Manual de Condutas Para Tratamento de Ulceras

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orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurg reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissio acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adapta diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqida controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso glo MINISTRIO DA SADE atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deve compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento do supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direi assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perce acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso ace pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhime enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orienta tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparado autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilida mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico prec apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independn cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissio acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adapta diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqida controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso glo atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deve compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento do supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direi assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perce acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso ace pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhime enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orienta tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparado autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilida mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico prec apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independn cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissio acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adapta diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqida controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso glo atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deve compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento do supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direi assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno

Manual de condutas para tratamento de lceras em hansenase e diabetes

Cadernos de preveno e reabilitao em hansenase; n. 22a edio revisada e ampliada

Braslia-DF, 2008

reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofission acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adapta diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqida controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso glob atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades dever compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento dos MINISTRIO DA SADE supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direit assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno Secretaria de Vigilncia em incluso ncapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoioSade orientao tratamento regular contato perceb acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso aces Departamento de Vigilncia Epidemiolgica pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimen enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orienta tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparador autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilida mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico preco apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independnc cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofission acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adapta diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqida controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso glob atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades dever compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento dos supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direit assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno ncapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceb acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso aces pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimen enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orienta tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparador autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilida mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico preco apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independnc cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofission acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adapta diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqida controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso glob atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades dever

Manual de condutas para tratamento de lceras em hansenase e diabetes

Srie A. Normas e Manuais Tcnicos

Cadernos de preveno e reabilitao em hansenase; n. 22a edio revisada e ampliada

Braslia-DF, 2008

2002 Ministrio da Sade. Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que no seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra da rea tcnica. A coleo institucional do Ministrio da Sade pode ser acessada, na ntegra, na Biblioteca Virtual em Sade do Ministrio da Sade: http://www.saude.gov.br/bvs Srie A. Normas e Manuais Tncicos Cadernos de Preveno e Reabilitao em Hansenase; n. 2 Tiragem: 2 edio revisada e ampliada 2008 80.000 exemplares Elaborao, edio e distribuio: MINISTRIO DA SADE Secretaria de Vigilncia em Sade Departamento de Vigilncia Epidemiolgica Organizao: Programa Nacional de Controle da Hansenase Produo: Ncleo de Comunicao Endereo: Esplanada dos Ministrios, Bloco G, Edifcio Sede, 1o andar, sala 134 CEP: 70058-900, Braslia/DF E-mail :[email protected] Endereo eletrnico: http://www.saude.gov.br/svs Coordenao-geral: Maria Leide W. de Oliveira Danusa Fernandes Benjamim Coordenao de texto: Maria Rita Coelho Dantas Reelaborao e reviso de contedo:Carmen Silvia de Campos Almeida Vieira enfermeira do Ambulatrio Regional de Especialidades de Taubat-SP. DRS XVII, profa. Ms do Depto. de Enfermagem da Universidade de Taubat Taubat-SP; Carmen Luiza Monteiro Paes Guisard assistente social do Grupo de Vigilncia Epidemiolgica XXXIII de Taubat; Ccero Fidelis Lopes mdico, formao especializada em angiologia e cirurgia vascular. Professor auxiliar da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia; Claudia Maria Escarabel fisioterapeuta, assessora tcnica do PNCH; Elcylene Leocdio mdica sanitarista, assessora do PNCH; Eni da Silveira Batalha de Magalhes enfermeira da rea tcnica de hansenase da Secretaria de Sade do Estado de Minas Gerais Belo Horizonte-MG; Getlio Ferreira de Morais mdico do Centro de Tratamento de Leses Joo Pipoca - Casa de Sade Santa Isabel, Betim-MG; Hannelore Vieth enfermeira, coordenadora de Projetos da DAHW Associao Alem de Assistncia aos Hansenianos e Tuberculosos - So Lus-MA; Helena Maria Bajay enfermeira Ms e estomaterapeuta da Unidade de Emergncia Clnica e Cirrgica do Trauma do Hospital das Clnicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Campinas-SP; Linda Faye Lehman terapeuta ocupacional, assessora tcnica da ATDS/MS; assessora tcnica para American Leprosy Missions na Preveno e Reabilitao de Incapacidades; Lcia Maria Frazo Helene enfermeira, profa. dra. do Depto. de Enfermagem em Sade Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de So Paulo-SP; Maria Aparecida Grossi mdica dermatologista, gerente do Programa Nacional de Controle da Hansenase de Minas Gerais; Olga Maria de Alencar, enfermeira, especialista em Sade da Famlia e assessora tcnica do PNCH-MS; Pedro Donati do Prado mdico analista III da Secretaria de Sade do Estado de Minas Gerais, responsvel pelo Programa de Hansenase, AIDS e Doenas Infecto-Contagiosas do municpio de Gurinhat, Belo Horizonte/MG; Snia Loureno Cortez professora da UNITAU e enfermeira estomaterapeuta do Ncleo de Enfermagem do Ambulatrio Regional de Especialidades de Taubat DRS XVII; Thayza Miranda Pereira enfermeira, especialista em Sade da Famlia, assessora tcnica do PNCHMS.

Fotos: Cortesia de Ccero Fidelis, Helena M. Bajay, Linda F. Lehman, Pedro Donati, Sonia L. Cortez Coordenao editorial: Fabiano Camilo Projeto grfico, diagramao e fotos do incio dos captulos: Ct. Comunicao Capa: Eduardo Trindade Reviso de texto: Yana Palankof

Impresso no Brasil/Printed in Brazil Ficha catalogrficaBrasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Departamento de Vigilncia Epidemiolgica. Manual de condutas para tratamento de lceras em hansenase e diabetes / Ministrio da Sade, Secretaria de Vigilncia em Sade, Departamento de Vigilncia Epidemiolgica. 2. ed., rev. e ampl. Braslia : Ministrio da Sade, 2008. 92 p. : il. (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos) (Cadernos de preveno e reabilitao em hansenase; n. 2) ISBN 978-85-334-1514-0 1. Hansenase. 2. lcera. 3. Diabetes. 4. Ateno sade. I. Ttulo. II. Srie. CDU 616-002.73Catalogao na fonte Coordenao-Geral de Documentao e Informao Editora MS 2008/0631 Ttulos para indexao: Ttulo em Ingls: Manual of conducts in ulcers in leprosy and diabetes treatment Ttulo em Espanhol: Manual de conductas para tratamiento de lcera en lepra y diabetes

orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgi reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofission acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adapta diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqida controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso glob atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades dever compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamen doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humaniza direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preven de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceb acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso aces pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimen enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orienta tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparador autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilida mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnsti precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade contro independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimen multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromis olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionad cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistnc viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidad deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamen doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humaniza direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preven de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceb acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso aces pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimen enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orienta tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparador autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilida mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnsti precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade contro independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimen multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromis olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionad cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistnc viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidad deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamen doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humaniza direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preven de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceb acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso aces pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimen enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orienta tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparador autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilida mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnsti precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade contro independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimen multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromis olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionad cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistnc viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidad deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamen doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humaniza direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preven de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceb acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso aces pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimen enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orienta tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparador autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilida mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnsti precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade contro independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimen multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromis olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionad cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistnc

rientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias paradoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional essibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao agnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade ontrole independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global endimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres ompromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia so global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades everes compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia so global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades everes compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia so global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades everes compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia

SuMRIO

s l o e l s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a

Apresentao 6 Introduo 8 Acolhimento 1O Entendendo sobre lceras da origem cicatrizao 20 Estrutura e funcionamento da pele 22 lceras 27 lcera microangioptica 33 lcera arteriosclertica 33 lceras anmicas 33 Queimaduras 34 Situaes especiais: reaes hansnicas 36 Avaliando o paciente 36 Cuidando de lceras tratamento 42 Curativos 44 Tcnicas de curativos 45 Tipos de curativo 50 Tratando outras lceras 67 Orientaes para o autocuidado 70 Organizao dos servios, responsabilizao e atribuies dos profissionais 78 Para saber mais 84 Legislao 85 Referncias 88

rientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias paradoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional essibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao agnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade ontrole independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global endimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres ompromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia so global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades everes compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia so global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades everes compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao 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global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia

APRESENTAO

s l o e l s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a

A

hansenase e o diabetes mellitus, doenas que afligem milhares de brasileiros, so consideradas entre as prioridades da pactuao nas trs instncias do SUS e, portanto, tm metas de controle e melhoria da ateno includas no Pacto de Gesto, assim como no Plano de Acelerao do Crescimento do Ministrio da Sade (PAC). Hoje, os sinais e os sintomas so conhecidos, e a hansenase tem cura. Mas em 2006 um contingente importante de pessoas foi diagnosticado j apresentando graus de incapacidade I e II, em conseqncia do diagnstico tardio. O diabetes altamente prevalente e apresenta alta morbi-mortalidade, sendo uma das principais causas de insuficincia renal, amputao de membros inferiores, cegueira e doena cardiovascular. Em ambas as doenas, a perda de sensibilidade tem papel importante no aparecimento e na evoluo de leses como fissuras, lceras, infeces. Na hansenase, as lceras crnicas infectadas podem levar osteomielite e amputao de membros. No diabetes, associam-se a complicaes vasculares e, alm das amputaes, caracterizam quadros de urgncia mdica. Essas seqelas afetam a imagem corporal e a auto-estima das pessoas, levando-as muitas vezes ao auto-isolamento e ao abandono de seus projetos, tendo grande repercusso em sua vida familiar, social e profissional, e essas pessoas so, em sua maioria, oriundas das camadas menos favorecidas da sociedade. Alm das habilidades e das qualificaes para dar os encaminhamentos adequados a cada situao, os profissionais de sade devem ser preparados para dispensar o cuidado humanizado na realizao de procedimentos teraputicos e dar apoio educativo. Devem-se valorizar os cuidados com o p neuroptico, seja em conseqncia da hansenase seja do diabetes, como uma ao cotidianamente negociada com o paciente. A rede de ateno bsica exerce um papel fundamental, pois sabemos que o diagnstico precoce, o tratamento oportuno e os autocuidados evitam a maioria das complicaes e garantem a qualidade de vida aos portadores das duas doenas. No menos importante sua interligao com a mdia e a alta complexidade, garantindo a linha de cuidado com as adequaes de calados, prteses, cirurgias emergenciais e de reabilitao, quando indicadas. Com este manual, o Ministrio da Sade vem fomentar a oferta desse servio na rede SUS de acordo com sua complexidade e espera subsidiar os profissionais de sade em suas aes. Tambm agradece a inestimvel colaborao dos especialistas que participaram da reviso tcnica e, em especial das pessoas que dividiram suas experincias.

Maria Leide W. de Oliveira Coordenadora do Programa Nacional de Controle da Hansenase Rosa Sampaio Coordenadora do Programa Nacional de Hipertenso Arterial e Diabetes

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rientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias paradoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional essibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao agnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade ontrole independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global INTRODUO endimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres ompromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia so global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades everes compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia so global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades everes compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia so global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades everes compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento 8 SECRETARIA DE VIGILNCIA EM SADE/MS ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia

INTRODuO

s l o e l s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a

N

o Brasil, as lceras constituem um srio problema de sade pblica, em razo do grande nmero de pessoas com alteraes na integridade da pele, embora sejam escassos os registros desses atendimentos. O elevado nmero de pessoas com essas leses contribui para onerar o gasto pblico. Mas muito mais oneroso o sofrimento das pessoas e a interferncia na sua qualidade de vida. As lceras so mais conhecidas na linguagem popular como feridas, mas optou-se neste manual por utilizar o termo cientfico lcera para evitar duplicidade na nomenclatura e pela complexidade que essas alteraes de pele e anexos apresentam. Entre os diversos tipos de lceras, as mais freqentemente encontradas nos servios de sade so as lceras venosas, as arteriais, as hipertensivas, as lceras por presso, as neurotrficas e o p diabtico. As lceras so geralmente de longa evoluo e de resposta teraputica varivel. Dentre estas, destacam-se as neurotrficas, comuns em algumas patologias que acometem o sistema nervoso perifrico, como a hansenase, o alcoolismo e o diabetes mellitus, considerados agravos de alta prevalncia no Brasil. As lceras neurotrficas podem acarretar vrios estigmas, levando o doente marginalizao. Para que isso no ocorra so necessrias medidas de assistncia integral que atendam s necessidades biopsicossociais dos pacientes e busquem melhorar suas condies de vida. Por essa razo, os profissionais devem estar coesos, valorizando a diversidade de papis em busca da integralidade da assistncia, garantindo a adeso do paciente e seus familiares ao tratamento, e enfatizando que a participao destes no processo de cura e o autocuidado so essenciais para a reabilitao. A relao entre os profissionais e o paciente deve ser baseada em respeito mtuo e dignidade. Os membros da equipe devem ter conscincia da responsabilidade de indicar um tratamento adequado, bem como reconhecer as prprias limitaes e realizar encaminhamentos para outros profissionais sempre que necessrio. O avano tecnolgico que disponibiliza novas terapias exige dos profissionais da rea da sade uma reflexo da prtica realizada, consolidada em base cientfica, de tal forma que justifiquem as aes adotadas na preveno e no tratamento das lceras, com o compromisso de oferecer qualidade na assistncia e otimizar recursos. Este material tcnico instrucional pretende oferecer subsdios equipe de sade para atualizao, direcionamento e reordenamento de suas aes em relao assistncia prestada aos pacientes com lceras em nosso pas. Este manual contm um captulo que aborda o acolhimento aos pacientes com lceras, em que profissionais e pacientes apresentam sua viso sobre o agravo e suas implicaes. Outros depoimentos esto inseridos ao longo do texto, dando ao leitor uma viso da problemtica que envolve as questes sobre lceras e p diabtico. As doenas de base, entre outras, so as principais causas de lceras e, assim, faz-se necessria uma poltica de sade claramente definida como estratgia de atuao na sua preveno.

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rientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias paradoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional essibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao agnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade MANUAL DE CONDUTAS PARA TRATAMENTO DE LCERAS EM HANSENASE E DIABETES ontrole independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global endimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres ompromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia so global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades everes compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia so global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades everes compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia so global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades everes compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento oses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao reitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno e incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber companhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso eno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento nfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao atamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras utocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico ecoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle dependncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento 10 SECRETARIA DE VIGILNCIA EM SADE/MS ultiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso har adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas ura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia

ACOlhIMENTO

s l o e l s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a s o o o r o o o s e o e o o s a

Eu sou uma entre tantas que, sob o domnio do medo, discriminei pessoas, as fiz sofrer, silenciei suas vozes e feri suas gargantas... Eu isolei meu povo e alimentei o nosso preconceito com o meu leite amarelado de medo... Durante tempos, quase toda a gente afastou-se e no viu e no soube e no cuidou dos que foram tocados. E ainda hoje suas histrias mostram trilhas de abandono, feridas e solido... Numa espiral, outras gentes com medo negaram sua existncia, no viram seus sinais e ela espalhou-se pelos quatro cantos, subiu e desceu morros e vales e florestas... E se eu olhar de frente esse medo? Medo de qu? Medo por qu? E se eu falar e fizer tantas perguntas at me cansar? E se eu me fartar de respostas e me inundar de certezas e puxar o fio do novelo de medo que tece tantos preconceitos? Alice1

AcolhimentoOs debates sobre acolhimento ganham importncia com a implantao do Sistema nico de Sade, com a ampliao macia de servios e porque a sociedade brasileira est mais exigente quanto ao exerccio de seus direitos e em relao qualidade do que lhe oferecido. Este conceito tem sido definido, de forma ampla, como a facilitao do acesso rede de servios e responsabilizao pela assistncia integral, adequada demanda em quantidade e qualidade. Assim compreendido, o acolhimento abrange a rede como um todo e se materializa por meio das aes das autoridades polticas e dos gestores para identificao de problemas, elaborao de protocolos tcnicos, capacitao de pessoal, proviso de insumos e medicamentos, definio de referncias e contra-referncias e sistemas de avaliao e controle. Alm disso, para que os servios respeitem os direitos das pessoas atendidas, essencial discutir atitudes, comportamentos e a forma com que os profissionais de sade tratam pacientes, ex-pacientes e seus familiares. Alm dos aspectos acima referidos, no acolhimento s pessoas acometidas pela hansenase

Alice acompanhou as oficinas e algumas entrevistas realizadas em maro de 2008 e escreveu pequenos textos que do sentido a fragmentos de algumas histrias e idias expressas no trabalho, com a finalidade de subsidiar os textos sobre acolhimento nos manuais tcnicos sobre hansenase.1

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preciso considerar: as representaes negativas da doena na sociedade, em razo do sofrimento e da necessidade de apoio dos pacientes para superar dificuldades, discriminaes e preconceitos; e as peculiaridades da doena, com vistas preveno precoce de incapacidades e deformidades. Neste texto sero levantadas algumas consideraes sobre esses dois temas.

Acolhimento e representAes dA hAnsenAseA hansenase est associada a histrias de isolamento, separaes, incapacidades, deformidades fsicas, feridas incurveis, pobreza, dependncia e discriminao. Como castigo divino para purgar os pecados e sentena de mal incurvel e deformante ela atravessou sculos at que a descoberta do bacilo e a cura pudessem indicar uma mudana que, no entanto, ainda no est materializada.A hansenase tipo uma armadilha. ou no ? Todo mundo se afasta de voc. At os prprios colegas. Eles tm preconceito. Antigamente, no se falava hansenase, era tipo uma doena que no tinha cura. Mas hoje em dia j tem tratamento [...] s vezes amigos meus perguntavam: o que que voc tem? Eu dizia: hansenase e eles: ah, no d certo no, voc aqui, isso pega na gente. Eu falava que depois do tratamento no pega. Tem deles que passa o pano por cima, mas tem deles que no aceitam, acham que pega, mesmo se tratando, acham que pega. Eu visitei uma pessoa, pedi um copo com gua e fiquei l conversando. Depois o filho dele me disse: sabe aquele copo? Meu pai jogou fora. Eu fiquei sem graa e nunca mais fui l. Francisco Souza

como lidAr com o medo e o preconceito no mbito dA sAdeAs aes de acolhimento s pessoas acometidas pela hansenase demandam profissionais de sade preparados para ajud-las a lidar com o medo, o preconceito e a discriminao presentes na sociedade. A ateno multidisciplinar, o apoio psicolgico, a troca de experincias com pessoas que passaram pelo problema e os grupos de apoio nos servios, ou comunitrios, so recursos importantes recuperao da auto-estima, superao do medo e da vergonha e promoo do bem-estar.Hoje eu j consigo viver em paz comigo. Eu agora estou me expondo, mas antes, a coisa que eu mais escondia eram meus ps. Eu tinha muita vergonha, at dentro de casa mesmo, embora meu marido no tivesse preconceito comigo. Hoje em dia no, eu j me soltei com a convivncia aqui no grupo de apoio. Wanda

A capacitao dos profissionais de sade e funcionrios dos servios, alm de informaes tcnicas, demanda reconhecimento e reflexo sobre o preconceito e a discriminao tambm existentes nos servios de sade.

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ACOLHIMENTO

Eu tentei esconder o meu problema, mas logo as pessoas descobriram. O preconceito pra mim comea desde os mdicos. O meu rosto ficou todo preto, as orelhas tambm, tudo roxo, preto, e quando eu ia para a consulta, s vezes uns me olhavam direito, outros no. Maria Jos

O preconceito que mais me chocou, entre todos, foi o dos profissionais de sade [...] na minha cabea, isso comprova que ningum sabe nada sobre Hansen. Porque se eu tenho absoluta certeza que hansenase no pega logo depois que voc comeou o tratamento, se eu sei que se pega pelo ar, em ambientes fechados, porque eu vou me afastar de algum que teve esse diagnstico e est em tratamento?. Marly, diretora do Gamah

A informao tcnica sobre a doena no suficiente para desmontar o medo e o preconceito. Mas estudar e refletir individual e coletivamente sobre o problema pode contribuir efetivamente para seu enfrentamento e superao.O medo se sobrepe informao. Tudo o que eu sabia sumiu quando soube o diagnstico. Existem medos e medos, um medo maior ou menor que depende das histrias de vida de cada pessoa. Por causa daquele medo to grande que eu senti ao receber o diagnstico eu fui fazer psicologia, pra ver se entendia o que se passava, por que tanto medo? Eu tenho estudado e pesquisado muito isso. Zilda, pedagoga e psicloga

humAnizAo do AtendimentoRefletir sobre o imaginrio coletivo em relao hansenase uma etapa para a humanizao, a integralidade e a qualidade da ateno. No tocante humanizao das relaes interpessoais, o olhar, a escuta, o toque ou um simples aperto de mo transmitem ao paciente a sensao de estar sendo cuidado, fortalecem os vnculos, a adeso aos tratamentos e a confiana na equipe.Ns buscamos oferecer um tratamento humanizado. H um dilogo da equipe com os usurios; uma distribuio do volume de atendimentos, de modo que o paciente no fique muito tempo aguardando pela consulta; oferta de material e uma ateno de qualidade. H pacientes novos que, de incio, esto muito assustados por estarem ali e eles vo interagindo com os profissionais, conversando... Ns fazemos questo de pegar na mo das pessoas. Isso faz uma diferena! Nossos pacientes reclamam que em alguns servios a equipe de sade tem medo de pegar na mo deles. Isso mostra para quem no tem hansenase que o doutor no tem medo da doena, a auxiliar de enfermagem no tem medo da doena, a faxineira no tem medo da doena. Ns no tratamos de modo diferenciado os pacientes com ou sem hansenase, e isso faz que as pessoas indiquem o servio, tragam outras, avisem a gente quando suspeitam de que algum tem a doena no lugar onde moram. Ali ele vai adquirindo informao. Getlio, mdico, integrante do Morhan

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Para investir na melhoria das relaes profissionais de sadepaciente importante que cada pessoa esteja disposta a olhar para si e a reconhecer, sem justificativas nem culpas, suas dificuldades. O impacto dessa atitude ser maior caso ela esteja inserida em uma ao coletiva no mbito do servio e da rede de sade. Algumas perguntas podem conduzir essa reflexo: como eu gostaria de ser atendido se tiver hansenase? Como so acolhidas as pessoas no servio de sade onde eu trabalho? Como eu/ns estou/estamos recebendo essas pessoas?

A preveno de incApAcidAdes comeA no diAgnstico precoceNo Brasil, embora o diagnstico da hansenase acontea cada vez mais cedo, muitas pessoas descobrem a doena quando j esto incapacitadas, mesmo tendo passado por servios de sade e consultado vrios mdicos.Quando eu adoeci, em todos os hospitais que eu chegava eles achavam que isso era um cncer. Passei por vrios hospitais s passando raiva. Eu s descobri a doena no interior da Bahia, numa cidade na beira do Rio So Francisco. Mas l tem pouco recurso. Eu fiz o tratamento, mas eu estava cheio de seqela, a vim pra Braslia. Eu agradeo muito a uma voluntria do Hospital Universitrio que cuidou de mim. Se vocs vissem meus ps... Era uma chaga viva. Com o trabalho dela eu me sinto melhor, antes eu no agentava nem pisar no cho [...] mas eu no sinto os ps, no posso andar de chinelo, se uma mosca sentar nas minhas pernas tudo vira uma ferida. Francisco Souza

A discriminao manifesta-se em particular diante das pessoas marcadas pelas seqelas, que, em geral, so decorrentes de diagnsticos tardios e dos quadros reacionais, assim como da falta de acesso aos tratamentos e aos cuidados emergenciais.Joo uma criana de 10 anos que usa um dorsoflexor em cada p, e a me dele chegou aqui dizendo que quando ele sai na rua chamado de robocop, de p mecnico. Uma criana passando por essa situao to cruel! Ele muito introspectivo. Eu ainda no sei como a voz dele. Eu fiz sua avaliao de incapacidade e ele s me respondia sim ou no balanando a cabea. Ana Jlia, terapeuta ocupacional

importnciA do diAgnstico precoce e trAtAmento imediAtoO diagnstico precoce e o tratamento imediato contribuem para reduzir a incidncia da doena, o risco de incapacidades, de seqelas e de deformidades, assim como a convivncia social com pessoas curadas e sem incapacidades ou seqelas graves, bem cuidadas e inseridas socialmente pode modificar a percepo que as pessoas tm sobre a doena. Garantir que a populao atingida pela hansenase viva uma vida normal, desenvolva seus talentos e projetos de vida s possvel em um contexto de ateno sade no qual no se abandone o paciente aps a cura da doena. Por isso fundamental avaliar todos eles durante o perodo de tratamento, no momento da alta e nos anos subseqentes.

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ACOLHIMENTO

Quatro anos depois do tratamento eu tive reao. Eu tive dormncia, os meus braos formigavam, tinha dor. O fato de eu conhecer os sinais e sintomas foi a melhor coisa que aconteceu. Porque eu no tinha a dormncia nas mos, no sentia nada, mas eu comecei a deixar os objetos carem. Desde criana eu era muito desastrada [...] ento no esquentei a cabea at que um dia eu deixei uma garrafa trmica cair da mo sem perceber. A eu fiquei preocupada, e no dia seguinte eu fui terapeuta ocupacional e falei: Fernanda me avalia porque eu t deixando as coisas carem [...] ela me avaliou e realmente eu estava com diminuio da fora e tive que comear a tratar a reao. A foi outro processo, mas eu me recuperei. Paula Brando, enfermeira

ACoLhER SAbER ouVIR o pACIENTE Ns recebemos pessoas no momento inicial da doena ou j com complicaes. E eu penso que acolher saber ouvir o paciente. Ele chega com muita ansiedade pelo diagnstico de hansenase, muito apreensivo em relao famlia e ao ambiente social. Ele chega sem saber direito o que a doena. Esse acolhimento deve ser feito da melhor maneira possvel, esclarecendo a respeito da patologia e do tratamento. A ansiedade causada pelo medo da segregao social. Eles acham que vo ser segregados e tm medo das seqelas. Depois de algum tempo eles comeam a se relacionar com as outras que esto em tratamento, ouvem outros depoimentos e vivncias e a ansiedade diminui.

Nem todos os pacientes tm conhecimento suficiente para identificar um quadro reacional, principalmente tantos anos aps a alta e sem seqelas, isso refora a necessidade de acompanhamento peridico e de orientao.

Acolhimento s pessoAs com feridAsAs pessoas com feridas crnicas merecem uma ateno especial. Elas ficam constrangidas e sentem vergonha por sua aparncia, pelo odor, pelo que despertam nas demais pessoas sua volta. Algumas fazem os curativos escondidas, para no serem vistas. Outras deixam de dormir com os companheiros na mesma cama, deixam de brincar com as crianas da famlia, afastam-se das atividades sociais.Uma vez, num lugar onde distribuam cestas bsicas, a responsvel fez um relaxamento com o grupo e pediu que todos tirassem os sapatos. Um dos homens estava com os ps enfaixados por causa das feridas e no queria tir-los. Ela insistiu tanto que ele tirou. A mulher que estava ao lado dele ficou virando o nariz por causa do mau cheiro. Ele nunca mais voltou l. Eu achei aquilo muito errado da parte dela, porque os pacientes tm vergonha das feridas, do cheiro, e no querem mostr-las. Marly, diretora do Gamah

Wilson (fisioterapeuta)

As feridas infectadas preocupam as pessoas tambm pelo risco de amputao, o que alm de atingir fortemente sua auto-imagem dificulta ainda mais o exerccio das atividades cotidianas e sociais.Eu recebi uma mulher diabtica com uma ferida no calcanhar que no cicatrizava. Ela j tinha usado todo tipo de palmilha. Precisei fazer, junto com a terapeuta ocupacional, um estudo para atendla e ver a melhor palmilha para o seu caso. Ela ia amputar o p se no conseguisse curar a ferida. Hoje ela est bem. Carlos, artfice-sapateiro

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Tivemos um paciente que nos marcou muito. Ele tinha entre 60 e 70 anos de idade e vinha de um longo internamento por causa de uma lcera crnica de origem venosa. Embora ele no estivesse curado, estvamos discutindo a possibilidade de lhe dar alta, quando fomos surpreendidos com sua proposta de que cortssemos sua perna para livr-lo daquela ferida e mais ainda com os seus argumentos em favor da cirurgia. Sem a perna, ou seja, sem a lcera, dizia ele: Eu posso voltar a conviver com os meus amigos e com a minha famlia, posso voltar a ter contatos mais ntimos e o aconchego do toque, pele a pele. A idia de uma amputao apavora qualquer pessoa, e estvamos ali diante de algum cujo sofrimento fora to grande que lhe tinha feito superar o medo e a dor de perder uma parte to importante do prprio corpo. Ccero, mdico

Acolhimento e AutocuidAdoNo trabalho de preveno de incapacidades e outros agravos, os resultados dependem do cuidado oferecido pelos profissionais de sade, das prticas de autocuidado realizadas pelas pessoas acometidas pela doena e do apoio da famlia ou das redes de proteo social. Sabe-se que no fcil assumir o compromisso de cuidar-se cotidianamente, pois isso significa mudar hbitos. Por isso, preciso tempo e dedicao das equipes de sade para conhecer cada pessoa e suas condies de vida, de modo que seja possvel adaptar as orientaes oferecidas e faz-las compreender os benefcios e a forma correta de execuo das aes recomendadas. As seqelas graves so mais freqentes na populao pobre, que depende exclusivamente do SUS para seu atendimento. Apesar dos avanos registrados nas ltimas dcadas, por diversas razes ainda no possvel atender com agilidade a todas as demandas. Assim, s vezes o paciente precisa esperar meses por uma consulta mdica, e nem sempre tem disposio os medicamentos, os insumos e os equipamentos necessrios sua recuperao.A maior parte dos pacientes que eu conheo vive em situao precria. Aqui no servio pblico, quando a mdica passa culos, eles no tm como comprar. Uma palmilha no tem como ser feita porque eles no tm o dinheiro do sapato. Uma luva de proteo para o trabalho na cozinha a mulher no tem. Se o cristo no tem dinheiro nem pro feijo, vai comprar uma luva? No vai... Os profissionais de sade recomendam: voc tem que usar tnis, como ele vai comprar um tnis? Voc tem que usar duas meias, hidratante, filtro solar para no escurecer demais a pele, como?. Marly, diretora do Gamah

O acolhimento tambm inclui a orientao da famlia, pois algumas no colaboram ou mesmo impedem que o paciente siga as recomendaes da equipe de sade.Um paciente do ambulatrio de feridas tinha lceras plantares avanadas nos ps e no fazia repouso. Referia que sua esposa no acreditava na gravidade do seu caso, bem como na necessidade do repouso, exigindo que ele sasse todos os dias para trabalhar como autnomo. As feridas no evoluam para a cicatrizao, e a falta de repouso, sensibilidade e

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ACOLHIMENTO

autocuidado levaram os ps s deformidades. Tentamos conscientizar uma filha que vinha consulta, com quem ele tinha uma relao um pouco melhor. Ele morava em outra cidade e sua esposa nunca aceitou vir ao nosso ambulatrio. Um caso difcil. Carmen, enfermeira

A discriminao de gnero um fator a ser trabalhado. Mesmo com as mudanas ocorridas nas ltimas dcadas, a proviso da casa ainda prerrogativa do homem, e as tarefas domsticas, atribuies da mulher, mesmo quando elas no podem assumi-las.Lucia foi internada por um ms para tratamento das feridas e da infeco. Aceitar a internao foi difcil, mas ela precisava repousar. Insistimos, pois em sua casa isso no seria possvel porque ela faz as atividades do lar, e as lceras deveriam estar fechadas para ela poder usar o calado e o dorsoflexor. Ana Jlia, terapeuta ocupacional

redes: estrAtgiA pArA Ateno de quAlidAde e controle dA doenAAs dificuldades dos pacientes reforam a importncia da articulao e da integrao das redes de sade locais, intermunicipais e estaduais. Os servios de referncia precisam estar vinculados rede bsica, que est em melhor posio para esclarecer e sensibilizar famlias e vizinhos, com visitas domiciliares e orientao busca de suporte financeiro para quem necessita.Quando o paciente no vai pegar a cartela de medicamentos no centro de referncia, ou se acontece dele no contar famlia que tem hansenase, ns ligamos para o paciente e conversamos ou encontramos uma forma de fazer a visita domiciliar sem constrang-lo, para falar com ele e para examinar os comunicantes. Silvia, gestora

O apoio da famlia e dos amigos que constituem as redes pessoais contribuem para a superao das dificuldades e a recuperao dos pacientes.Eu graas a Deus no sofri preconceito nenhum, minha me, meus filhos, pra eles no mudou nada. Eles sabem que algo mudou dentro de mim porque eu estou em depresso, e se eu fico sem o remdio j comeo a pensar besteira. muito difcil a gente acordar e ver que a gente t se deformando aos poucos. Mas agradeo a Deus a famlia maravilhosa que eu tenho, acho que sem eles eu no conseguiria passar por tudo o que eu passei. Gleice

Acolher

pessoAs AcometidAs pelA hAnsenAse Aprender A lidAr com A feridA dAs perdAs e

com o sofrimento de quem

no sente dor

A perda da sensibilidade e a ausncia de dor fsica, mecanismos de defesa e proteo, no representam ausncia de sofrimento para a pessoa atingida pela hansenase. 17

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A hansenase afeta os nervos, reduz a sensibilidade, elimina a dor. E por no sentir partes do corpo algumas pessoas ficam muito vulnerveis. Elas no percebem traumas fsicos importantes como ferimentos, queimaduras, fraturas, entre outros. Essas situaes agravam-se quando se sobrepem as infeces crnicas, a perda de tecidos e as amputaes. Por vezes elas sofrem perdas severas, de funes ou de partes do corpo, e essa perda da integridade corporal abala sua identidade e causa dor psquica, emocional, afetiva. A dor e o sofrimento so sempre mecanismos mistos de representao fsica e psquica. A dor fsica provocada por uma agresso jamais sentida com a mesma intensidade por pessoas diferentes. Qualquer dor limite, sinal de uma prova pela qual se passa de modo individual e nico, de acordo com as condies subjetivas que se tem para enfrent-la.

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entao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurg paradoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilida obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico preco oio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independn ENTENDENDO SOBRE LCERAS DA ORIGEM CICATRIzAO urgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofission essibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adapta gnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqida ntrole independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso glob ndimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deve mpromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento do pervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direit istncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno apacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceb ompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso ple manizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento eveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular conta ceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta ades esso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimen frentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orienta tamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparado ocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobiliza cial acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio inclus entao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurg paradoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilida obilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico preco oio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independn urgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofission essibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adapta gnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqida ntrole independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso glob ndimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno de incapacidades deve mpromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceber acompanhamento do pervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direit istncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento ver preveno apacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular contato perceb ompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta adeso acesso ple manizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimento enfrentamento eveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orientao tratamento regular conta ceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparadoras autocuidado escuta ades esso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobilizao social acolhimen frentamento ver preveno de incapacidades deveres compromisso olhar adaptao diagnstico precoce apoio incluso orienta tamento regular contato perceber acompanhamento doses supervisionadas cura eqidade controle independncia cirurgias reparado ocuidado escuta adeso acesso pleno humanizao direitos assistncia viso global atendimento multiprofissional acessibilidade mobiliza