Manual de Cineclubismo - Para Site

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HermanoFigueiredo

ComaparticipaçãodeReginaCéliaBarbosa

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O que é Cineclubismo?Cineclube é uma organização de pessoas que se unem

para a apreciação de obras cinematográficas de forma coletiva.O caráter democratizante e participativo é inerente as váriasetapas destaatividade.

Considero a prática cineclubista uma espécie demangue, espaço de onde sai o espectador crítico, o jovemrealizador, o crítico de cinema e, assim, contribui para arenovação e re-oxigenação do audiovisual brasileiro.

Felipe Macedo, ao conceituar o cineclubismo, declara:“O dicionário define cineclube como uma associação que reúne

apreciadores de cinema para fins de estudos e debates e paraexibição de filmes selecionados, mas a imprensa e o sensocomum amesquinham esse sentido e tratam o cineclubismocomo uma atividade de mero lazer cultural ... e explica trêscaracterísticas essenciais : O cineclube nãotem fins lucrativos; o cineclube tem uma estruturademocrática; o cineclube tem um compromisso cultural ouético .

Cineclube é um espaço de aglutinação, de resistência,de reflexão. É formado por pessoas que resolvem se juntar paraapreciar e discutir cinema de forma coletiva. Nem sempre umcineclube precisa ter espaço físico, embora a existência de umespaço ajude bastante. Cineclube é bem mais que umaestrutura física, é antes de tudo movimento, junção de idéias,pessoas.

A participatividade se dá desde a escolha dos filmes, noesforço conjunto para o acesso às obras, bem como para aviabilização das condições para a exibição. O cineclube étambém um lugar de formação do senso crítico, é um espaçopara discussões sobre o audiovisual, o que vai dar em discussõesmais amplas de temas como o direito à diversidade cultural,democratização e acesso a novas tecnologias.

a este movimento “ 

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Porquêformarumcineclube?Na grande maioria das cidades interioranas não há

cinema em funcionamento; as salas de cinema estão restritasàs capitais, em shoppings centers. De acordo com recentepesquisa realizada pelo Ministério da Cultura, apenas 14% dosbrasileiros vão ao cinema. Esta constatação está no estudo dopesquisador Frederico Barbosa, que considera que um dos

principais motivos é a dificuldade de acesso por "falta deequipamento e de oferta dos bens culturais".

Estes e outros dados nos apresentam um quadro deexclusão e de distribuição desigual dos bens culturais. Ocineclube é uma das respostas dos movimentos populares aestas distorções.

Também existem cineclubes em lugares onde hágrande oferta de cinema; nos grandes centros urbanos, oscineclubes são, muitas vezes, espaços para a apreciação críticada obra audiovisual, onde a intenção é viabilizar o acesso àsobras que estão fora do circuito comercial. E também ampliar o

debate em torno da linguageme produção audiovisual.

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Para formar um cineclubeA formação de um cineclube não é muito diferente da

formação de uma ONG. Precisa que haja um grupo de pessoascom objetivos comuns. Inicialmente são realizadas asdiscussões das pautas que são pertinentes à ação que sepretende efetivar. Estes encontros vão se dando e vaiprogredindo tanto a prática, quanto a organização do grupo.Chega um momento onde há um nível de amadurecimentosuficiente para a formalização e também para a prática

cineclubista de forma sistemática.O mais importante é a intenção do grupo em formar ocineclube e a sinergia para a criação e consolidação destaassociação.

Passos fundamentais para a fundaçãode um cineclube

- Refletir, discutir e definir sobre os objetivos;amadurecer as suas especificidades, as suas finalidades;

- Convocar uma reunião e formar uma comissão que

deverá discutir e formular o estatuto;- Convocar, através de carta-convite, uma assembléiageral de fundação da entidade para analisar, debater, alterar eaprovar o estatuto. Ao convocar a reunião é importante fazerconstar o dia, hora, local e objetivos da assembléia em edital deconvocação que deverá ser enviado paratodos os interessados e/ou publicado em algum órgão dedivulgação;

- Criar um livro de atas, onde serão anotadas asdiscussões e decisões da diretoria do cineclube devidamenteassinadas pelos presentes;

- Aprovar o estatuto;

- Eleger e dar posse à diretoria;- Registrar legalmente o cineclube em cartório.

com antecedência

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O que deve conter no Estatuto- Nome da entidade;-Sedeeforo;- Finalidades e objetivos;- Tipos de sócios, entrada, saída, direitos e deveres dos

mesmos;- Poderes da assembléia, da diretoria, do conselho

fiscal;- Tempo de gestão da diretoria e do conselho;

- Como se pode modificar o estatuto;- Como se pode dissolver a entidade;- Em caso de dissolução, para onde vai o patrimônio;

entre outras informações.

Com o registro, o cineclube pode ampliar sua atuação,consolidar parcerias através de convênios, participar de editaispara aprovação de projetos. Mas, é importante que estasparcerias estejam direcionadas a ações que visem atender aosobjetivos e a missão para a qual o cineclube foi criado.

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A composição da diretoriaUma das premissas básicas para a formação de um

cineclube é ter uma diretoria, eleita democraticamente e comduração de mandato determinado pelo estatuto da entidade.

: Presidente; Vice-presidente; Secretário; Tesoureiro; Programador.

Outro órgão importante é o Conselho Fiscal, em especialse o cineclube vir a participar de editais e convênios. É ele queirá acompanhar e atestar o bom uso dos recursos financeiros.

Também pode haver a formação de comissões, podendoo cineclube ter: comissão de programação, comissão delogística, comissão de divulgação, etc.

Cargos e funções da diretoria

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Local para exibição

Infra-estrutura

Pode ser um espaço alugado ou cedido, ou ainda, emalguns casos específicos de cineclubes que optam por exibir aoar livre, em praças, pátios de escolas, fábricas. Deve haver aescolha de um lugar de fácil acesso e bom fluxo de pessoas. Para

isso, pode ser necessário o estabelecimento de parcerias comoutras entidades e instituições como: Universidades,Associações de Moradores, Sesc, Sebrae, Secretarias deCultura, Secretarias de Educação, Sindicatos. Através deparcerias o cineclube pode conseguir o local para exibição e atéapoio para divulgação.

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Equipamento - Projetor audiovisualAlguns cineclubes ainda exibem em 16mm (dezesseis

milímetros); os mais estruturados, dispõem de equipamentosem 35mm (trinta e cinco milímetros). O mais comum, maisbarato e mais fácil de se obter por empréstimo, ou mesmoadquirir, é um projetor multimídia para exibição no formatoDVDeVHS.

As denominações 16mm e 35mm são especificações dabitola do projetor. A bitola

que é a mesma largura do filme que você usa na câmerafotográfica

A bitola 16mm é portátil e, conseqüentemente, maisfácil de transportar. Esta bitola teve seu auge de utilização háalgumas décadas. Outro formato que está ainda mais em desusoéoSuper8,bastantepopularatéadécadade70.

O formato 35mm é o mais usado nos dias de hoje. Masusar o 35mm implica em manter uma estrutura muito cara, quea maioria absoluta dos cineclubes da sociedade civil não dãoconta; este formato é utilizado quase que exclusivamente noscinemas comerciais e alguns casos, em cinemas mantidos porempresas, fundações, estatais, órgãospúblicos.

usada nos cinemas comerciais é a35mm,

.

Equipamento - Serviço de SomCaso a sala tenha um sistema de som, é preciso

providenciar cabos e outras peças necessárias para conectar asaída de som do projetor na entrada do som da sala. No caso dasala não ter serviço de som, deve-se providenciar uma mesa desom, um amplificador e, pelo menos, duas caixas acústicas. Éimportante consultar um técnico para que seja prevista amelhor solução de acústica que deve observar o tamanho, aestrutura da sala e a quantidade do público.

Em exibições ao ar livre, se o cineclube não dispõe de

equipamento de som, o aluguel ou empréstimo de carro de somé uma boa solução.

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Programação

Infelizmente a legislação brasileira ainda nãocontempla, como deveria, a atividade cineclubista. Por ser decaráter educativo, os cineclubes deveriam ter a liberdade deexibir qualquer obra audiovisual, mas o fato é que não podemosalugar um DVD na locadora da esquina e exibi-lo impunimente.

É necessário haver autorização do produtor, do distribuidor oudo autor da obra audiovisual.Recentemente, o MINC instituiu a Programadora Brasil,

que é uma central de acesso a f ilmes brasileiros,disponibilizando, já de início, 126 títulos a cineclubes, pontosde cultura, fundações e outros exibidores alternativos. Maisinformações no site: www.programadorabrasil.org.br

Nos catálogos dos festivais de cinema você podeencontrar sinopses, fichas técnicas e até endereço e contatotelefônico dos autores. Alguns desses catálogos podem serencontrados em sites.

Consta do serviço diplomático de alguns países o

empréstimo de filmes; algumas embaixadas e consuladospossuem importantes acervos disponibilizados gratuitamentepara instituições que desenvolvem trabalho educativo e semfins lucrativos.

Locação ou empréstimo de obras audiovisuaispara a programação

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Compondo a programaçãoDe posse das listas de filmes é hora de selecionar as

obras de acordo com a periodicidade de exibição do cineclube.Exemplo: semanal, quinzenal. Ou realização de umaprogramação extraordinária, como por exemplo: Mostraaudiovisual em função de uma data importante. 05 de junho -Dia do Meio Ambiente, com filmes de conteúdo sobre aproblemática ambiental.

Outra opção é quando a programação acontece emfunção da temática ou do diretor: Mostra Luis Bunuel, comduração de cinco dias seguidos ou ciclo do cinema japonês comcinco filmes exibidos a cada fim de semana.

Para ilustrar a questão acima, como exemplo, vamossupor que obtivemos com a embaixada japonesa uma lista defilmes disponíveis, de vários autores, com obras recentes eoutras antigas.

Podemos agrupar por filmes importantes dos diretoresmais representativos. Exemplo: “Contos da lua vaga”, deMizogushi; “Os sete samurais”, de Kurosawa; ou posso agrupá-los de outra forma, tipo Mostra Yasugiro Ozu e escolher algunsdos títulos mais representativos do diretor.

Nos tempos pré-internet a turma“

se virava”

comopodia, comprando livros de cinema, publicações de críticacinematográfica ou valia até pedir ajuda e orientação naembaixada ou consulado que, às vezes, até enviava junto com alista de filmes, publicações e notícias de mostras já realizadasque podiam ser reeditadas ou recombinadas. Hoje que o acessoa informações ficou bem mais fácil, vocês podem encontrarmuito mais elementos para uma boa programação.

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Respeitando a natureza do públicoBoa parte dos cineclubes tem um público cativo e com

pouca variação de perfil, mas há os casos dos trabalhositinerantes, como por exemplo o que realizamos na Ideário emvelas de jangada no litoral. É preciso, ao programar, pensar nopúblico que esperamos ou que supomos que vamos atrair. Nocaso do projeto “Acenda uma vela”, que realizamos no verão,no litoral alagoano, opto por anunciar uma mostra de curtas eaté fazer uma pré-seleção, mas só escolher o filme na hora,vendo a composição e até a reação do público.

Para quem exibe filmes ao ar livre ou em outros espaçosem que não se pode controlar detalhes, como a faixa etária dos

espectadores, é de fundamental importância ter visto o filmeantes de programar ou, antes de exibi-lo, é melhor cancelar umdos filmes programados numa mostra de curtas do que terconstrangimentos ou outro tipo de problemas com umaprogramação inadequada.

Não quero dizer que tais filmes não devam serprogramados, muito pelo contrário, mas ao programar deve-sepassar para o responsável pela divulgação e para a organizaçãoda exibição, a natureza dos filmes e observar os cuidados eprocedimentos necessários na seleção do público. No caso dasexibições ao ar livre fica mais complicado de controlar, nessecaso é melhor abrir mão de alguns títulos e substituí-los por

outros mais adequados.

A apreciação crítica do filmeO ideal é que após a exibição, o filme seja debatido pelos

sócios do cineclube e público presente. É importante também,convidar algum crítico, professor ou mesmo o realizador deobras audiovisuais para discutir o filme e, assim, contribuir paradesenvolver o senso crítico e favorecer a apreensão estética doconteúdo.

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Comunique-seA divulgação deve ser feita utilizando mais de um meio e

deve buscar alternativas de acordo com a realidade local.Em primeiro lugar o cineclube deve fazer sua logomarca

para que haja uma identidade visual do trabalho em todo omaterial de divulgação produzido. Deve-se investir na mídiaimpressa, na mídia eletrônica, no relacionamento com a“grande imprensa”.

A distribuição de filipetas, afixação de cartazes,utilização de carro de som, envio de e-mails, mensagens,releases, tudo é válido. Há uma modalidade de mídiaalternativa que é bem interessante, bicicleta de som quecircula em vários lugares e que tem baixo custo e éespecialmente interessante para bairros da periferia.

O texto, em geral, é a mensagem principal de umimpresso que irá divulgar a programação do cineclube. Éimportante que seja claro, direto, objetivo e de fácilentendimento.

Há uma frase bem conhecida que diz:“

uma imagem valepor mil palavras”. Isto acontece pela capacidade das imagensem comunicarem de forma rápida e direta a mensagem. Comomaterial ilustrativo para os panfletos, folders de programação,mensagens eletrônicas, pode-se optar pelo uso de desenhos,fotografias.

A arte do cartaz e de todas as peças é bem importante,até mesmo para a busca de apoio ou patrocínio. Para tanto, éimportante contratar os serviços de um profissional ou acessarum colaborador que queira oferecer gratuitamente o serviço dedesign gráfico. O importante é ter uma boa apresentação do

evento, devendo se usar a criatividade quando faltar recursos etambém para melhor utilizá-los.

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Mídia impressa

Mídia eletrônica

Impressos são os mais diversos materiais de divulgação,tais como panfletos, folders, cartazes, boletins, que usam opapel para veicular as informações. Mesmo com todas asfacilidades da internet, ainda temos a necessidade do impressoque além de divulgar, tem a função de documentar cadaprogramação.

O conjunto de meios como a internet, rádio, TV, sãochamados de mídia eletrônica. Em geral, um cineclube não temcondições de fazer anúncios pagos em TVs e rádios comerciais;mas por se tratar de uma ação cultural, deve procurar ganhar achamada mídia espontânea, enviando release para as redaçõesdos órgãos de imprensa. E deve buscar apoio, em especial, nasrádios e Tv comunitárias, públicas e/ou educativas.

A aparição da internet alterou, e muito, o perfil domundo da comunicação. Por isso, podemos dizer que a tarefa dedivulgação hoje é bem diferente da que acontecia há algumasdécadas. Com a internet, cada cineclube passa a ser um

potencial produtor e difusor de informações. Com o texto deprogramação pronto, fica mais fácil difundir via internet, sejapor e-mails, mailing list, sites de relacionamento, blogs; e assimvocê pode contagiar um mundo de gente para que venha assistiraos filmes propostos. A net ajuda bastante nas discussões dostemas e reflexões sobre a programação proposta nos grupos dediscussões, fóruns, comunidades virtuais.

Grande imprensaA chamada mídia alternativa veicula informações que

auxiliam no processo de democratização da informação, taiscomo as rádios e TVs comunitárias, e também a internet. Masnão deixe de procurar a imprensa, o conjunto de jornais, TVs,rádios de grande porte, que têm necessidade de notícias.Embora seja importante ter uma relação crítica com a chamada“grande imprensa”, é necessário acessar estes meios para darmaior visibilidade às ações do cineclube. Tendo um bom nível de

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organização e qualidade na programação, tem sempre grandepossibilidade da imprensa dar espaço na programação docineclube.

Envie o RELEASE junto com fotografias, folder. Paraenviar este material, você pode usar a internet; mas pode surtirmais efeito se você fizer uma visita ao órgão de imprensa; naocasião, aproveite para convencer a(o) jornalista sobre aimportância do trabalho do cineclube.

Release é um texto com o conjunto de informações sobreo evento cultural ou ação proposta pelo cineclube. Este textodeve ter informações interessantes, relevantes e objetivas. Norelease, o texto deve repassar as seguintes informações: PARAQUEM o evento está sendo destinado, ONDE e QUANDO serárealizado e O QUE vai ser realizado. Atenção! É fundamental ahonestidade, não adianta inventar informações. E cuidado paranão repassar dados com erros sobre datas ou locais. Envietambém, junto com o release, fotos, cartazes.

Mas o que é release?

E a clipagem?Quando for publicada a matéria, não esqueça de fazer aclipagem. Trata-se de juntar as diversas matérias de jornais,TVs, rádios, internet e organizar em pastas com indicações dedata, atividade e meio de comunicação. É importante guardartudo o que é publicado, pelo fato de que a matéria de jornal temuma função documental, ou seja, serve como comprovação deuma ação realizada pelo cineclube.

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Os cineclubes brasileiros são organizados em torno doConselho Nacional de Cineclubes (CNC) e, em alguns estados,são agrupados também em federações.

A diretoria do CNC é eleita a cada dois anos, durante aJornada Nacional de Cineclubes, que também é um evento deintercâmbio entre os conselhos e proporciona importantesdebates sobre as questões do audiovisual no Brasil.

O CNC é filiado à Federação Internacional de Cineclubes(FICC), que é presidida pelo italiano Paolo Minuto. O Brasilparticipa da diretoria com o nome de Antonio Claudino deJesus, presidente do CNC e vice-presidente da FICC.

Para filiar o seu cineclube ao CNC, consulte o site:

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AsustentabilidadeVocê deve se perguntar: como pode um cineclube cobrar

bilheteria, se não tem fins lucrativos? Na verdade, cineclubenão cobra ingresso, trata-se de uma taxa que deve sertotalmente revertida para a manutenção das atividades.

Há os casos de manutenção das atividades atravésde apoios e parcerias com instituições e/ou empresas privadas.O importante é que o cineclube tenha uma receita mínima parafazer frente às despesas.

Alguns cineclubes, além da contribuição mensal desócios e recolhimento de taxa de manutenção, realizam festas eoutras promoções para arrecadar recursos.

Quase sempre há bem mais despesas que receitas e ocineclube acaba tendo que fazer esforços homéricos para

sobreviver.

Sustentar é manter-se em pé, suprir as necessidades desobrevivência. A discussão sobre a sustentabilidade tem umpapel fundamental, pois sem esta preocupação pode havermuita fragilidade e todos os belos sonhos ruírem por falta de ter

como manter um mínimo de estrutura e de condições deexecução das programações.A sustentabilidade está relacionada a gestão

administrativa , ao modo como a diretoria e/ou o grupo conduzas finanças, planeja, capta recursos para que seja possível ter acontinuidade das ações.

O cineclube deve prever as ações que vai realizar, osparceiros, os projetos, as programações e mecanismosdiversificados de obtenção de recursos e de apresentação dosresultados contábeis e resultados das atividades.

Quanto mais resultado um cineclube apresenta, maisfica apto a conquistar novas parcerias; quanto mais parcerias,

mais consegue ampliar a sua sustentabilidade. Assim, podemosdizer que a sustentabilidade tem uma relação direta com atransparência e com a eficiência na gestão.

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Prestação de contas

O planejamento

Todas as ações financeiras num cineclube devem terprestação de contas, ou seja, deve sempre haver a explicaçãode como o recursos arrecadados foram utilizados, com ademonstração da receita e das despesas. A prestação de contasindica a idoneidade e credibilidade do grupo, sendo assim, nãose pode descuidar disso. É necessário ter um contador paraauxiliar nesta tarefa, em especial quando se lida com convêniospúblicos.

Todos os pagamentos devem ser feitos mediante recibo enota fiscal e todas as transações financeiras devem serregistradas. Procure saber mais informações sobre controlefinanceiro em entidades, pois a legislação regulamenta estesprocedimentos.

Planejar significa estabelecer um direcionamento,definir metas, prever resultados. O planejamento tem váriasutilidades num cineclube, uma delas é a de apontar os caminhospara o grupo e até mesmo ajudar nas escolhas sobre aprogramação.

Um bom planejamento começa por um estudo interno,onde se checa as condições internas e externas. Nesse processodeve-se perguntar: Qual a nossa capacidade de atuação? Quaisas nossas fraquezas e fortalezas? Como está o mundo lá fora?Quais as tendências atuais, legislação, questões sócio-econômicas e políticas?

No planejamento, após os estudos internos e externos,as definições da missão, dos valores, percepção dos pontos

fracos, pontos fortes, se chega na construção dos planosespecíficos para cada ação e/ou elaboração de programas eprojetos.

 As normas para prestações de contas devem constar noestatuto e deverão observar os Princípios Fundamentais deContabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade.

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Referências Bibliográficas

Felipe Macedo; João Batista Pimentel, Pequeno Manual deCineclube, CREC, Rio Claro/SP, abril de 2006.

Frederico Barbosa, Pesquisa IPEA, Ministério da Cultura, 2007.

Antônio Luiz de Paula e Silva, Utilizando o planejamento comoferramenta de aprendizagem, Global

João Carlos Benício, Gestão Financeira para organizações dasociedade civil,Global Editora, São Paulo/SP, 2000.

Apostila: Ciranda da Comunicação, Realização: SECULT, EdiçõesIdeário, Maceió/AL, 2006.

Regina Célia Barbosa, Como elaborar projetos culturais,Ideário, Maceió/AL, 2004.

Editora, São paulo/SP,

2000.

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Autoria dos textos:

Ilustrações:Vic (José Vicente)Pesquisa temática:Projeto gráfico e supervisão editorial: Regina Célia BarbosaPaginação e arte final: KátiaAlmeida

Revisão de textos: KátiaAlmeida

Edição: Ideário Comunicação e Cultura

Conselho Editorial Ideário:

Patrocínio:Fundo Nacional de Cultura

Ministério da CulturaGovernoFederal

Maceió/AL, dezembro de 2006

Hermano FigueiredoRegina Célia Barbosa

HermanoFigueiredo

MariseLeãoCiríacoRachel Rocha deAlmeida BarrosVicentina Dalva Lyra de Castro

Edições

Realização: Patrocínio:

Projeto