Manual 6669

17
Modelista de vestuário V/01/DC/2013.01 MANUAL DE FORMAÇÃO DSP Higien Higiene e Prevenção no trabalho UF 6669 Formadora: Corina Cruz Data: 2/2014

description

UFCD 6669

Transcript of Manual 6669

  • Modelista de vesturio V/01/DC/2013.01

    MANUAL DE FORMAO

    DSP

    Higien

    Higiene e Preveno no trabalho

    UF 6669

    Formadora: Corina Cruz Data: 2/2014

  • Pgina 2

    Este manual foi elaborado no mbito do mdulo Higiene e Preveno no Trabalho e uma ferramenta, para o formando, de consulta e estudo.

    Este manual tem como objetivos :

    - Definir conceitos de sade, doena profissional e acidente de trabalho.

    - Relacionar sade com local de trabalho.

    - Identificar as principais causas das doenas profissionais e dos acidentes de trabalho. - Identificar e interpretar elementos relevantes das estatsticas de acidentes de trabalho.

    - Identificar as principais caractersticas de um posto de trabalho-tipo.

    - Caracterizar as condies de trabalho ideais e as formas de as conservar.

    - Reconhecer as vantagens da proteo coletiva e individual.

    - Utilizar meios adequados de movimentao de cargas. - Identificar as regras de uti lizao de ecrs de computador.

    NOTA INTRODUTRIA

  • Pgina 3

    Conceitos3

    Estatsticas de acidentes de trabalho e doenas profissionais.5 Causas e consequncias dos acidentes de trabalho..5 EPI(s)...7 Movimentao manual de cargas11 Ergonomia..14 Regras de utilizao de ecrs de computador.15

    NDICE

  • Pgina 4

    Conceitos

    Sade

    Segundo a O.M.S. Organizao Mundial de Sade, um estado de bem estar fsico, mental e social completo e no somente a ausncia de dano ou doena.

    Doena profissional

    Doenas ligadas ao trabalho, ou seja, doenas que se agravam com o trabalho, ou que no estando directamente ligadas ao trabalho so por este influenciadas.

    A OMS, distingue os dois tipos de doenas relacionadas com o trabalho:

    - Doena ocupacional, situao para a qual existe uma relao bem estabelecida entre a

    alterao de sade e um ou mais factores do trabalho que podem ser bem identificados, quantificados e eventualmente controlados;

    - Doena relacionada com o trabalho, situao onde a relao entre a alterao de sade e o

    trabalho fraca, no clara e varivel.

    Acidente de trabalho

    todo acidente que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente leso corporal, perturbao funcional ou doena de que resulte a morte ou reduo

    na capacidade de trabalho ou de ganho.

    tambm considerado acidente de trabalho ocorrido:

    Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execuo de servios

    determinados pela entidade empregadora ou por esta consentida;

    Na ida para o local de trabalho ou no regresso deste, quando for utilizado meio de transporte

    fornecido pela entidade empregadora, ou quando o acidente seja consequncia de particular perigo do percurso normal ou de outras circunstncias que tenham agravado o risco do mesmo percurso acidente de trajeto;

    Na execuo de servios espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito

    econmico para a entidade empregadora;

  • Pgina 5

    Estatsticas de acidentes de trabalho e doenas profissionais

    1 O Estado assegura a publicao regular e a divulgao de estatsticas anuais sobre acidentes de trabalho e doenas profissionais.

    2 A informao estatstica deve permitir a caracterizao dos acidentes e das doenas profissionais, de molde a contribuir para os estudos epidemiolgicos, possibilitar a adopo de

    metodologias e critrios apropriados concepo de programas e medidas de preveno de mbito nacional e sectorial e ao controlo peridico dos resultados obtidos.

    Compete Inspeco-Geral do Trabalho a realizao de inquritos em caso de acidente de trabalho mortal ou que evidencie uma situao particularmente grave. 3 Nos casos de doena profissional ou quaisquer outros danos para a sade ocorridos durante o trabalho ou com ele relacionados, a Direco-Geral dos Cuidados de Sade Primrios, atravs

    das autoridades de sade, bem como a Caixa Nacional de Seguros de Doenas Profissionais, podem, igualmente, promover a realizao de inquritos.

    Causas e consequncias dos acidentes de trabalho

    A responsabilidade do acidente do trabalho era colocada nos trabalhadores, atravs dos atos inseguros, essa tendncia acabou criando uma conscincia culposa nos mesmos, pois era comum a negligncia, o descuido, a facilitao e o excesso de confiana serem apontados como

    causas dos acidentes.

    Trabalhador Empresa

    Consequncias directas Consequncias

    indirectas

    Consequncias directas Consequncias

    indirectas

    - Adiantamento de

    pagamento de transportes e

    tratamentos.

    - Complicaes oramentais

    - Incapacidade fsica

    - Perturbaes familiar

    - Mal-estar psicolgico

    (culpa dos seus colegas)

    - Perturbao da sua rotina

    diria

    - Custos de substituio ou

    reparao de maquinas

    - Custos com medicamentos,

    tratamento, cirurgia,

    - Aumento do absentismo

    - Reduo de produtividade

    - Possibilidade de reduo de

    lucro

    - Custo de investimento na

    preveno

  • Pgina 6

    Organizao dos servios

    Na organizao dos servios de segurana, higiene e sade no trabalho a entidade empregadora pode adoptar uma das seguintes modalidades:

    a) Servios internos;

    b) Servios interempresas; c) Servios externos.

    Havendo vrios estabelecimentos, a empresa pode adoptar modalidades diferentes para cada um deles.

    Servios internos

    1 Os servios internos so criados pela prpria empresa, abrangendo exclusivamente os trabalhadores que nela prestam servio.

    2 Os servios internos fazem parte da estrutura da empresa e funcionam sob o seu enquadramento hierrquico.

    3 - Os estabelecimentos ou empresas com pelo menos 50 trabalhadores e que exeram

    actividades de risco elevado devem organizar servios internos.

    Servios interempresas

    1 Os servios interempresas so criados por uma pluralidade de empresas ou estabelecimentos para utilizao comum dos trabalhadores que neles prestam servio. 2 O acordo pelo qual so criados os servios interempresas deve constar de documento escrito a aprovar pelo Instituto de Desenvolvimento e Inspeco das Condies de Trabalho.

    Servios externos

    1 Servios externos so os contratados pela empresa a outras entidades. 2 A contratao dos servios externos no isenta o empregador das responsabilidades que lhe so atribudas pela legislao relativa segurana, higiene e sade nos locais de trabalho.

    Factores a considerar na anlise da prioridade de postos de

    trabalho:

    - Frequncia e gravidade de acidentes (postos de trabalho com acidentes frequentes ou

    ocorrncias pouco frequentes mas com elevada gravidade);

    - Potencial de danos para a Segurana e Sade (as consequncias dos acidentes potenciais, a perigosidade das condies existentes ou o grau de exposio a factores de risco grave;

    - Novos postos de trabalho (devido pouca experincia associada a estes postos, os riscos podem no ser evidentes ou antecipados);

  • Pgina 7

    - Mudanas no posto de trabalho (novos riscos podem estar associados aos fatores objeto de mudanas);

    - Trabalhos no frequentes (trabalhadores podem estar expostos a um risco maior, quando executam trabalhos de no rotina).

    O trabalhador do posto analisado deve ser envolvido no processo de anlise como forma de se obter a sua colaborao na identificao dos riscos e o seu empenhamento nas medidas

    preventivas subsequentes.

    O trabalho deve ser observado nas suas condies normais de exerccio (por exemplo, se o trabalho normalmente realizado noite, deve, ento, ser observado noite).

    Quando estiver completa a observao e registo, as operaes devem ser discutidas por todos (incluindo o trabalhador), para se assegurar que esto registadas na sua ordem correta. Identificao de Potenciais Riscos

    Uma vez registadas as operaes bsicas, temos de identificar os potenciais riscos para cada

    operao. Baseado nas observaes, conhecimento de acidentes (suas causas) e pessoal experiente, listamos as situaes que podem estar erradas em cada operao.

    A utilizao de EPIs dever ser a ultima medida a adoptar, apenas quando estiverem esgotadas

    todas as outras solues.

    A uti lizao de EPIs

    deve obedecer a dois critrios fundamentais: a seleco e os requisitos na utilizao.

    A seleco de EPIs deve ser realizada observando os seguintes aspectos:

    - O tipo de riscos contra os quais se pretende proteger

    - A parte do corpo que se pretende proteger

    - O tipo de condies de trabalho

    - As caractersticas fsicas do trabalhador

    Os requisitos de uti lizao so os seguintes:

    - Adaptabilidade

    - Comodidade

    - Robustez

    - Leveza

    Proteco das vias respiratrias Existem diversos tipos de EPIs para a proteco das vias respiratrias. Eles diferem entre si fundamentalmente quanto aos riscos a proteger e de acordo com as condies de trabalho a que

    os trabalhadores que deles necessitam esto sujeitos.

  • Pgina 8

    Aparelhos filtrantes mscaras - contra poeiras, gases e vapores

    Este equipamento o mais utilizado e amplamente difundido. Exis tem muito tipos de mscaras. Elas diferem nos seguintes aspe ctos :

    Quanto ao tipo de agentes qumicos de que protegem

    Partculas

    Gases e vapores

    Mistos partculas, gases e vapores

    Quanto classe de proteco que oferecem:

    Classe P1, eficcia baixa

    Classe P2, eficcia mdia

    Classe P3, eficcia alta

    Aparelhos isolantes com aprovisionamento de ar fresco

    Isolam as vias respiratrias do trabalhador do ar ambiente que o rodeia. So utilizados em condies de trabalho mais extremas , em que a concentrao dos agentes qumicos excede determinados valores, que dependem dos agente em causa, e/ou a concentr ao de oxignio no ar dos locais de trabalho muito baixa, inferior a 17% em volume.

    Proteco auditiva

    Uma vez que existem muitos tipos diferentes de protectores, que podem ser uti lizados em

    diversos ambientes de trabalho, desejvel que se escolha o protector auditivo mais adequado para cada caso. Tipos de protectores auditivos

    Protectores Auditivos de Insero Pr Moldados So aqueles cujo formato definido. Podem ser de diferentes materiais: borracha, silicone, PVC.

  • Pgina 9

    As vantagens dos protectores auditivos pr-moldados so:

    Variedade de modelos;

    Compatveis com outros equipamentos, como capacetes, culos, respiradores, etc.;

    Reutilizveis ou descartveis;

    Pequenos e facilmente transportados e guardados;

    Relativamente confortveis em ambiente quente;

    No restringem movimentos em reas muito pequenas.

    Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos, barba e cicatrizes, sem interferncia na vedao.

    As desvantagens so:

    Movimentos (fala, mastigao) podem deslocar o protector, prejudicando a atenuao

    Necessidade de treino especfico

    Bons nveis de atenuao dependem da boa colocao

    S pode ser utilizado em canais auditivos saudveis

    Fceis de perder

    Menor durabilidade

    Protectores Auditivos de Insero Moldveis

    Feitos em espuma moldvel, com superfcie lisa que evita irritaes no canal auditivo.

    Contornam-se ao canal auditivo do utilizador, independentemente do tamanho ou formato do canal.

    As vantagens dos protectores de insero moldveis so:

    De espuma macia, no magoam o ouvido;

    Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos, barba e cicatrizes, sem interferncia na vedao;

    Ajustam-se bem a todos os tamanhos de canais auditivos;

    Compatveis com outros equipamentos como capacetes, culos, respiradores, etc.

    Descartveis e de baixo custo;

    Pequenos e facilmente transportveis e guardveis;

    Relativamente confortveis em ambiente quente;

    No restringem movimentos em reas muito pequenas;

    Quando colocados correctamente, proporcionam excelente vedao no canal auditivo.

  • Pgina 10

    As desvantagens so:

    Movimentos (fala e mastigao) podem deslocar o protector, prejudicando a atenuao;

    Necessidade de treino especfico para colocao;

    Bons nveis de atenuao dependem da boa colocao;

    No recomendado o manuseio se o utilizador estiver com as mos sujas;

    S podem ser uti lizados em canais auditivos saudveis;

    Fceis de perder.

    Protectores Auditivos Tipo Concha

    Formado por um arco plstico ligado a duas conchas plsticas revestidas internamente por espuma, que ficam sobre as orelhas. Possuem as almofadas externas para ajuste confortvel da

    concha ao rosto do utilizador, ao redor da orelha.

    Protectores Auditivos Tipo Capa de Canal

    So formados por uma haste plstica de alta resistncia deformao e rompimento, utilizadas abaixo do queixo ou atrs da cabea, com pontas de espuma substituveis nas extremidades.

    Acomodam-se na entrada do canal auditivo, possuem formato definido, no entrando em contanto com o canal auditivo do utilizador.

    As vantagens dos protectores tipo capa de canal so:

    Boa durabilidade das pontas;

    Pontas descartveis;

    Podem ser utilizados com a haste atrs da cabea ou debaixo do queixo;

    Podem ser usados com capacetes, culos e outros equipamentos sem que reduza a atenuao e mantendo a eficincia da vedao;

    A haste regulvel para no incomodar o utilizador;

    Mantm a atenuao atravs da presso nas pontas;

  • Pgina 11

    Excelente opo para usos intermitentes.

    As desvantagens so:

    No recomendado o manuseio das pontas com as mos sujas;

    Pode ser desconfortvel para 8 horas de trabalho;

    A atenuao depende da boa acomodao das pontas na entrada do canal auditivo.

    Movimentao manual de cargas

    Apesar de muitas vezes se utilizar o transporte mecnico de cargas, o Homem continua a ser o meio de transporte mais importante. O transporte manual envolve todo o corpo e a sua elevao s pode ser realizada atravs da

    tenso de muitos msculos, o que pode provocar um grande desgaste fsico. Mesmo que a carga a movimentar no se ja pesada ou volumosa, o transporte manual quase

    sempre um trabalho pesado, sobretudo quando h necessidade de elevao para plataformas ou de subir escadas.

    Visto que a capacidade de trabalho individual varia bastante, o desgaste fsico e o trabalho

    pesado so noes relativas. (Uma tarefa pode ser executada facilmente por um jovem forte e saudvel, mas essa mesma tarefa pode conduzir a um elevado desgaste quando

    executada por uma pessoa com mais idade ou com algum problema de sade).

    O transporte manual de cargas envolve partes ou todo o corpo e, mesmo que a carga a

    movimentar no seja muito pesada ou volumosa, a baixa eficincia do sistema muscular humano torna este trabalho pesado, provocando rapidamente fadiga com consequncias

    gravosas, nomeadamente aumentando o risco de ocorrncia de acidentes de trabalho ou de incidncia de doenas profissionais. Os estudos biomecnicos assumem particular importncia nas tarefas de transporte e levantamento de cargas, comuns a um grande

    nmero de actividades, nas quais se inclui a indstria metalomecnica, responsveis por vrias leses, por vezes irreversveis ou de difcil tratamento, sobretudo ao nvel da coluna. A coluna vertebral, devido sua estrutura em discos, pouco resistente a foras

    contrrias ao seu eixo (F2), como se pode observar na figura. Quando se levanta a carga na posio o mais erecta possvel, o esforo de compresso distribui-se uniformemente

    sobre a superfcie total de vrtebras e discos. Nesta posio consegue-se reduzir em cerca de 20 % a compresso nos discos, em relao ao levantamento na posio curvada.

    Existem dois tipos de levantamento de cargas no trabalho:

    Levantamento espordico: relacionado com a capacidade muscular;

    Levantamento repetitivo: onde acresce a capacidade energtica do trabalhador e a fadiga

    fsica.

    Quando surge a fadiga? Durante o esforo muscular esttico os vasos sanguneos do tecido

    muscular so comprimidos e o fluxo de sangue diminui, assim como, o fornecimento de oxignio e acar. A fadiga pode provocar consequncias gravosas, no s porque reduz a eficincia do

    trabalho, como pode conduzir a acidentes. Normalmente, a sua frequncia elevada e aumenta para o final do dia de trabalho.

  • Pgina 12

    Outros riscos associados elevao e transporte manual de cargas

    A ocorrncia de acidentes neste tipo de operao consequncia de movimentos incorretos ou esforos fsicos exagerados, de grandes distncias de elevao, do abaixamento e transporte,

    bem como de perodos insuficientes de repouso.

    RISCOS

    Queda de objetos sobre os ps;

    Ferimentos causados por marcha sobre, choque contra, ou pancada por objectos penetrantes;

    Sobre-esforos ou movimentos incorretos (de que pode resultar hrnia discal, rotura de ligamentos, leses musculares e das articulaes);

    Choque com objetos;

    Queda de objetos;

    Entalamento.

    Parte destes riscos podem ser controlados pela utilizao de dispositivos de proteco individual: capacetes, luvas, calado de proteco, ou recorrendo a aparelhos auxiliares.

    PREVENO

    Utilizar de preferncia charriots;

    No transportar em carro de mo cargas longas ou que impeam a viso;

    Manter as zonas de movimentao de cargas arrumadas;

    Sinalizar as zonas de passagem perigosas;

    Utilizar ferramentas que facilitem o manuseamento da carga;

    Tomar precaues na movimentao de cargas longas;

    Adoptar uma posio correcta de trabalho, tendo em ateno os seguintes aspectos:

    a) O centro de gravidade do trabalhador deve estar o mais prximo possvel e por cima do centro

    de gravidade da carga;

    b) O equilbrio do trabalhador que movimenta uma carga depende essencialmente da posio dos

    ps, que devem enquadrar a carga;

    c) O centro de gravidade do trabalhador deve estar situado sempre no polgono de sustentao; d) Adoptar um posicionamento correcto. Para tal, o dorso deve estar direito e as pernas flectidas;

    e) Usar a fora das pernas. Os msculos das pernas devem ser usados em primeiro lugar em qualquer aco de elevao;

    f) Fazer trabalhar os braos em traco simples, isto , estendidos. Devem, acima de tudo, suster a carga e no levant-la;

    g) Usar o peso do corpo para reduzir o esforo das pernas e dos braos;

    h) Orientar os ps. Quando uma carga levantada e em seguida deslocada, preciso pr os ps no sentido que se vai efectuar a marcha, a fim de encadear o deslocamento com o levantamento;

    i) Escolher a direco de impulso da carga. O impulso pode ser usado para ajudar a deslocar ou empilhar uma carga;

  • Pgina 13

    j) Garantir uma posio correcta das mos. Para manipular objectos pesados ou volumosos, devem usar-se a palma das mos e a base dos dedos. Quanto maior for a superfcie de contacto

    das mos com a carga, maior segurana existir. Para favorecer um bom posicionamento das mos, colocar calos sobre as cargas.

    Princpios da movimentao manual de cargas

    1. Avaliar a carga;

    2. Inspecionar a carga;

    3. Verificar a existncia de arestas ou bordos salientes;

    4. Identificar o local onde se vai colocar a carga;

    5. Identificar como se vai colocar;

    6. Escolher antecipadamente o trajeto mais conveniente

    Para levantar cargas

    - Manter as costas direitas;

    - Dobrar os joelhos;

    - Exercer fora com as pernas;

    - Manter a carga junto ao corpo.

    Para baixar cargas

    - Endireitar as costas;

    - Dobrar os joelhos;

    - Manter a carga junto ao corpo;

    - Exercer fora com as pernas;

    - Pousar um dos lados;

    - Pousar o outro lado.

    Para elevar cargas aos ombros

    - Elevar at cintura;

    - Levantar a coxa para amparar a carga;

    - Pegar por baixo da carga;

    - Rodar a carga contra o peito e para cima;

    - Elevar um dos lados em direo ao ombro mais prximo;

    - Equilibrar a carga ao ombro.

  • Pgina 14

    Para elevar carga acima da cabea

    - No elevar de um s momento;

    - Colocar a carga sobre um banco ou uma mesa;

    - Mudar ou ajeitar a forma de agarrar;

    - Se necessrio, colocar a carga em alturas sucessivas;

    - Colocar um p atrs e outro frente do corpo.

    Para torcer ou rodar o tronco com carga

    A carga mantm-se parada;

    O tronco NO roda;

    Os ps rodam o corpo e a carga

    Levantamento e transporte de cargas

    - Mos colocadas em lados opostos;

    - A carga mantm-se junto ao corpo.

    Ergonomia

    Cincia que utilizando conhecimentos de Anatomia, Fisiologia, Psicologia e Sociologia, fornece mtodos para a determinao dos limites que podem ser atingidos na realizao do trabalho humano, com o objectivo de adaptar o trabalho ao Homem e o Homem ao trabalho.

    A ERGONOMIA O ESTUDO DA ADAPTAO DO TRABALHO AO HOMEM.

  • Pgina 15

    Preveno

    Aces de preveno so todas as medidas destinadas a evitar os acidentes de trabalho e as doenas profissionais.

    Definir as aces de preveno consiste na tomada de decises quanto s medidas a adoptar para:

    Eliminar riscos;

    Limitar riscos;

    Limitar as consequncias dos riscos.

    Risco

    Consideram-se Risco de Trabalho todas as situaes, reais ou potenciais, susceptveis de a curto, mdio ou longo prazo, causarem leses aos trabalhadores ou comunidade, em resultado do trabalho.

    Regras de utilizao de ecrs de computador

    A utilizao do computador como ferramenta de trabalho exige regras de utilizao, com vista ao bem estar humano.

    O uso prolongado do teclado ou do rato pode levar a dores nos msculos e nervos a menos que algumas orientaes sejam seguidas. Trabalho intenso no computador sem alternncia, pausas

    para descanso e mudanas de postura pode ser prejudicial. possvel trabalhar com maior segurana e conforto seguindo as seguintes regras:

    Manter uma boa postura quando usar o teclado.

    Usar uma cadeira que tenha suporte para as costas.

    Manter os ps apoiados no cho ou num suporte apropriado para apoiar os ps.

    Evitar girar ou inclinar o tronco ou o pescoo ao trabalhar.

    Manter os ombros relaxados, cotovelos apoiados e confortveis.

    Evitar apoiar os cotovelos numa superfcie dura ou na mesa.

    Usar pequenas almofadas se necessrio.

    O antebrao deve ficar alinhado num ngulo de 100 a 110 graus com o teclado de modo a

    ficar numa posio relaxada. Isso requer que o teclado fique inclinado durante o trabalho.

    Os pulsos devem ficar numa posio neutra ou reta ao digitar ou se usar algum dispositivo

    de apontamento ou calculadora.

    Movimentar os braos sobre o teclado e nos apoios para os pulsos enquanto digita.

    Evitar ter os pulsos tortos ao usar o teclado ou o rato.

  • Pgina 16

    Trabalhar a um ritmo razovel .

    Fazer pausas frequentes durante o dia. Estas pausas podem ser breves e incluir

    alongamentos para optimizar os resultados.

    A cada duas ou trs horas levantar-se e fazer uma atividade alternativa.

    Diminuir o nmero de movimentos repetitivos. Isto pode ser feito com o auxilio de teclas de atalho e com o uso de programas especiais para esse fim.

    Alterar as tarefas com o fim de no permanecer com o corpo na mesma posio, por tempo prolongados, durante o trabalho.

    Manter os dedos e articulaes relaxadas enquanto digita.

    Evitar bater no teclado com muita fora. As mos devem ficar relaxadas.

    Descansar os olhos olhando, de vez em quando, para objetos diferentes enquanto

    trabalha.

    Evitar perder tempo a procurar coisas enquanto digita. Os apontamentos, arquivos e

    telefones devem estar num lugar de fcil acesso.

    Usar um apoio para o teclado e para o rato de modo a posicion-los corretamente.

    Ajustar e posicionar o monitor de modo que ao olhar para ele, o pescoo fique em posio neutra ou reta.

    O monitor deve ficar diretamente nossa frente. A parte superior da tela deve estar diretamente frente dos nossos olhos de modo que ao olhar para ela se olhe levemente para baixo.

    Regular o monitor de modo a evitar brilho excessivo. Evitar tambm reflexos de janelas e outras fontes luminosas.

  • Pgina 17

    Bibliografia

    Gaspar, Cndido Dias e outros, Coleco Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Universidade Aberta. Miguel, Alberto Srgio S.R.

    Manual de Higiene e Segurana do Trabalho, Porto Editora. Cabral, Fernando A. e Roxo, Manuel M.

    Segurana e Sade do Trabalho Legislao Anotada, 2. Edio, Almedina. Vilar, Manuel Dria.

    Acidentes de Trabalho e Doenas Profissionais, Vislis Editores. Aurlio, Jos Alexandrino, Segurana, Higiene e Sade na Construo Civil, Vislis Editores.

    Higiene, Segurana, Sade e Preveno de Acidentes de Trabalho, Verlag Dashfer.