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MANEJO DOS SINTOMAS
Prof.a Carin Weirich Gallon
Especialista em Nutrição Clínica – Unisinos
Mestre em Ciências Médicas – UFRGS
Doutoranda em Ciências Médicas – UFRGS
Sócia Fundadora da Sociedade Brasileira de Nutrição Oncológica - SBNO
INTRODUÇÃO
• Tratamento do Câncer é Multimodal
Quimioterapia
Cirurgia
Radioterapia
TCTH
INTRODUÇÃO
20% desses pacientes, morrem em decorrência da desnutrição e não da doença maligna
Desnutrição Moderada ou Grave
Durante o tratamento antitumoral, os pacientesoncológicos
(Consenso de Nutrição Oncológica, volume I, 2009; 109-115)
INTRODUÇÃO
Pacientes em cuidados
paliativos –81%
60% dos pacientes com
câncer são desnutridos
70% apresenta
alguma dificuldade
para se alimentar
Mais da metade dos pacientes necessita de
aconselhamento nutricional
30% necessitam de
suplemento nutricional
Controle dos sintomas que interferem na ingestão de alimentos
(Consenso de Nutrição Oncológica, volume I, 2015;)
MANEJO DOS SINTOMAS
Ravasco et al. (2005b), em estudorandomizado com pacientes portadores de câncerde cabeça e pescoço submetidos à radioterapia,encontraram:
• uma melhora na ingestão de calorias eproteínas no grupo que recebeu orientaçãonutricional versus pacientes sem intervenção quetiveram uma piora na qualidade de vida.
• Houve uma redução de 91% na incidência daanorexia, náuseas, vômitos, xerostomia e disgeusiano grupo que recebeu orientação nutricional.
• O aconselhamento nutricional individualizado intensivo requerprofissionais de nutrição com experiência específica emoncologia.
• Qualquer intervenção nutricional deve basear-se nanecessidade de uma ingestão adequada e também develevar em consideração outros fatores relevantes, como acapacidade digestiva e absortiva, a necessidade de alíviodos sintomas e quaisquer problemas psicológicos.
SINTOMAS E INTERCORRÊNCIAS MAIS COMUNS:
Dor
Constipação
Náuseas e vômitos
AnorexiaEnteriteDiarréia
Xerostomia
Disgeusia e disosmia
Disfagia e OdinofagiaSaciedade precoce
Esofagite
Alterações na mucosa oral
Fadiga
Trismo
É um dos sintomas mais frequentes em pacientes oncológicos afetando significativamente a qualidade de vida.
A principal razão para que o controle da dor seja uma prioridade no tratamento do câncer é o impacto positivo em sobrevida e qualidade de vida. O controle satisfatório da dor também contribui para que o paciente tolere melhor, e por mais tempo o tratamento oncológico.
As medicações utilizadas podem causar diversos efeitos colaterais, como:
Revista Brasileira de Oncologia Clínica Vol. 10, no 38 outubro / novembro / dezembro 2014
Consenso brasileiro sobre manejo da dor relacionada ao câncer
xerostomia, disgeusia, náuseas e
principalmente constipação
intestinal.
Dor oncológica
Os principais medicamentos utilizados para o alívio da dor são opióides, como; morfina, meperidina, metadona, fentanil...
Podem também ser utilizados os não opióides, como Acído acetil salicíclico e os antiinflamatórios não esteróides.
Dor oncológica
CONSTIPAÇÃO
• A constipação intestinal é, usualmente, definida em
termos de mudanças na freqüência, tamanho,
consistência ou facilidade de passagem das fezes
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tempo de duração
A constipação pode ser classificada como aguda ou
crônica.
Quanto à etiologia
A constipação pode ser classificada em orgânica ou
funcional.
CLASSIFICAÇÃO
• Aguda: ocorre durante períodos de jejum ou anorexia,
associados com infeção aguda, pós operatório,
viagens. Geralmente revertida espontaneamente.
• Crônica: ocorre quando a duração da constipação se
estende por mais de um a três meses.
CLASSIFICAÇÃO
A) ORGÂNICAS
São aquelas em que o fator etilológico é conhecido.
Podem ser classificadas como a seguir:
A1)Causas neurogênicas - doença de Hirschsprung (obstrução intestinal),pseudo-obstrução intestinal crônica, desordens do sistema nervoso central (SNC) como: meningomielocele,tumor, paralisia cerebral e hipotonia.
A2)Causas anais - fissuras, ânus anteriorizado, estenose (estreitamento) e atresia anal (anormalmente fechado).
A3)Causas endócrinas e metabólicas - hipotireoidismo, acidose renal, diabete insípido(incapacidade de produção de vasopressina=urina diluída=sede aumentada) e hipercalcemia.
A4)Uso de drogas - metilfenidato, fenitoína, imipramina, fenotiazida, antiácidos e medicamentos
CLASSIFICAÇÃO
B) FUNCIONAIS:
• São aquelas em que o fator etiológico é desconhecido. Segundo descrições da literatura, correspondem a 95,0% das constipações apresentadas pelas crianças.
• As diretrizes, chamadas os critérios de Roma IV, são a quarta versão dos critérios produzidos pela Fundação internacional de Roma. Os critérios cobrem todos os grupos de idade.
• Constipação FuncionalIncontinência fecal
Desimpactação:
- Clister glicerinado
- Polietileno glicol
- Óleo mineral
- Enemas de fosfato
OSMÓTICOS:
- Leite de Magnésia:
1 a 3 mL/Kg/dia
- Lactulose: 1 a 3 mL/Kg/dia
- Sorbitol
LUBRIFICANTES:
- Óleo mineral: 1 a 5 mL/Kg/dia
ESTIMULANTES:
- Sene
- Cáscara Sagrada
Enema, enteroclisma, supositórios ou clister=
sinônimos
lavagem intestinal utilizando-se de um tubo
com líquidos laxantes para
aplicação retal.
Categoriade fibra
Fibra Marca Porção Quantid. Por porção
Solúveis oligossacarídeos altamente fermentáveis
FOS Orafti-P95 Pó de 8 g / dia 7,5 g
Fibra solúvelaltamente fermentável
inulina
FiberChoiceFibersureBenefiber(Canadá)
2 comprimidos1 colher de chá 4-5 g
dextrina de trigo Benefiber (EUA)2 colher de chá de pó
3 g
Goma guar parcialmente hidrogenado (GGPH)de amido resistente
Benefiber(anteriormente)Hi-Maize
Póde 15-20 g de pó
7-9 g
fibra solúvel fermentável intermediário
Ispaghula / psyllium
farelo de aveia
MetamucilKonsylaveia Quaker
1 colher de cháde pó, comprimido, pastilhade 40 g seco
3 g de4 g (2 g solúvel)
A fibra insolúvel, minimamente fermentável
Farelo de trigoDisponível em supermercado
-15 G pó grosso-19 g de farelo-
pelotas
6,5 g4,5 g
A fibra
CONSTIPAÇÃO: CAUSAS MULTIFATORIAIS
CONSTIPAÇÃO
tratamento
fibras
fracionamento
de prebiótico, probiótico ou
simbiótico
ingestão hídrica
WHO, 2005;
Manual de cuidados paliativos oncológicos; controle dos sintomas. INCA, 2001
Consenso Nacional de nutrição Oncológica, INCA, 2015
• As náuseas e vômitos pós-quimioterapia são relatados por mais de 70% dos pacientes.
• Esses sintomas são classificados em três tipos:
a náusea antecipatória que ocorre antes do início das sessões de quimioterapia;
a náusea aguda que ocorre dentro das primeiras 24 horas pós-quimioterapia;
a náusea tardia que vai ocorrer de 24 horas até 5 dias após a quimioterapia.
Ryan JL, et al. Ginger (Zingiber officinale) reduces acute chemotherapy-induced nausea: a URCC CCOP study of 576 patients. Supportive care in cancer : official
journal of the Multinational Association of Supportive Care in Cancer. 2012;20(7):1479-89.
Náuseas e Vômitos
No exame clínico do paciente com N/V é essencial determinar a relevância clínica do sintoma.
Sugere-se usar uma escala numérica ou visual analógica para avaliação da intensidade.
Investigar início, duração,frequência, fatores de melhora e piora, assim como o uso de medicamentos e a presença de comorbidades.
É necessário determinar o grau de desidratação, a presença de desequilíbrio eletrolítico e pesquisar sinais clínico-radiológicos de obstrução intestinal.
Náuseas e Vômitos
NÁUSEAS E VÔMITOS: CAUSAS MULTIFATORIAIS
Tra
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gic
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• Os dados clínicos preliminares sugerem que o consumo de uma refeição rica em proteínas, pode melhorar os sintomas de náuseas e vômitos .
• relataram que uma combinação de suplemento de gengibre e proteína resultou em uma redução significativa nas CINV.
• O mecanismo exato para isso não é claro, mas observou-se que, durante a exposição a estímulos nauseantes, o ritmo elétrico do estômago torna-se desregulado. A ingestão de uma refeição mantém o ritmo fisiológico normal do estômago, o que pode, por sua vez, reduzir os sintomas de náuseas e vômitos.
• A superioridade observada da proteína na redução dos sintomas de náusea é atribuída ao seu efeito sobre a secreção de gastrina , que se acredita pode normalizar a atividade gástrica.
TRATAMENTO
Não é consensuado!!.
• ASCO
Ryan JL, et al. Ginger reduces acute chemotherapy-induced nausea: a URCC CCOP study of 576 patients. Support Care Cancer. 2012;20(7):1479-89.
Uso de gengibre para alívio das
náuseas .
0,5 a 1,0g dia (adultos)
• Revisão: 22 estudos
• Resultados: gengibre pode interagir com várias vias que estão diretamente implicadas no CINV, incluem propriedades anti-inflamatórias; a modulação da liberação de vasopressina, motilidade gastrointestinal e taxa de esvaziamento gástrico.
• Conclusões: limitações na literatura,
• são necessários mais estudos para garantir a segurança das recomendações
Autor, Ano e Local estudo
Delineamento e Tipo de estudo
Objetivos do estudo Metodologia / N Principais achados
Ryan, et al
2012
EUA
Ensaio clínicorandomizado.Duplo-cego
Analisar a eficáciado gengibre naredução denáuseas.
4 grupos que receberam capsulas de 250mg,um grupo recebeu placebo, um grupo 0,5g,um grupo 1g e um grupo 1,5g de gengibre.Em quimio. Todos os pacientes receberam 5-HT3. N= 576
Todas as doses de gengibrereduziram significativamente aseveridade das náuseas.
Zick, et al
2009
EUA
Estudo duplo-cego,randomizado,controlado complacebo.
Comparar diferentesdoses de extrato deraiz de gengibre eplacebo na eficáciada NVIQ
Foram divididos em 3 grupos, um gruporecebeu 1g o outro 2g e um grupo recebeuplacebo. Pacientes em quimio (5HT3) e játinham apresentado náuseas no cicloanterior. N=162
Não oferece nenhum benefícioadicional para a redução daprevalência ou gravidade deNVIQ agudo ou tardio quandoadministrado como antagonistasdo receptor 5-HT3.
Panahi, et al
2012
INDIA
Estudo piloto,randomizado,aberto clínico.
Avaliar os efeitos dogengibre contraambas as formasagudas e tardias daNVIQ em umapopulação comcâncer de mamaavançado.
Um grupo recebeu 1,5g de gengibre de 8/8h+ regime antiemético padrão e o grupocontrole recebeu somente o regimeantiemético padrão (granisetron edexametasona). N=100
A adição de 1,5g de gengibre àterapia anti-emética padrão reduza prevalência de náuseas de 6 a24h após a quimiotapia. Porémnão se mostra efetiva na reduçãoda prevalência e gravidade deNVIQ na fase aguda e tardia.
Pillai, et al
2011
EUA
Estudo duplo-cego,prospectivo,randomizado.
Eficácia do pó daraiz de gengibrecontra sintomasagudos e tardios deNVIQ
Pacientes 20 kg e <40 kg de peso receberam6 cápsulas/dia, contendo 167 mg degengibre ou amido em pó (Dose total: 1.000mg/dia); Pacientes 40 kg e <60 kg de pesoreceberam 5 cápsulas/dia, contendo 400mgde gengibre ou amido em pó (dose total:2.000 mg). N=57
Pó de raiz de gengibre foi eficazna redução da gravidade dossintomas agudos e tardios deNVIQ.
Manusirivithaya, et al
2004
TAILÂNDIA
Estudorandomizado,duplo-cego.
Avaliar o efeitoantiemético dogengibre emvômitos induzidospela Cisplatina.
Grupo A: 2 capsulas de 250mg de gengibreantes da quimioterapia, 1 capsula 6 horasdepois e 1 capsula 12 horas depois daquimioterapia. Grupo B: 2 capsulas placeboantes da quimioterapia, 1 capsula 6 horasdepois e 1 capsula 12 horas depois daquimioterapia. N=48
Na fase aguda o gengibre não semostrou eficiente, já na fase tardiasim, porém se comparado com40mg de metoclopramida, não hádiferença.
GENGIBRE:
• No Brasil os produtos disponíveis no mercado são: amido dogengibre, balas e cristais de gengibre e bebida alcoólica comgengibre, além do gengibre em pó e encapsulado.
• O gengibre tem sido incluído no ‘’Geralmente Reconhecido comoSeguro” (GRAS), documento da FDA (Food and DrugAdministration).
FRANCISCO, 2007; ElRokh, 2010
• As estratégias clínicas de tratamento da anorexia envolvem medicamentos,
• intervenções não farmacológicas,
• intervenções nutricionais e
• acompanhamento psicológico.
Anorexia
Consenso Nacional de nutrição Oncológica, INCA,
2015
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gic
oAnorexia
QUANTO A FREQUENCIA DIÁRIA
•> 3 EVACUAÇÕES LÍQUIDAS/DIA
Diarréia
QUANTO AO TEMPO DE DURAÇÃO:
-Diarréia aguda: duração = ou < 14 dias
-Diarréia persistente: 14 dias a 4 semanas
-Diarréia crônica: mais de 4 semanas de evolução
DIARRÉIA RELACIONADA COM ANTIBIÓTICOS
Ocorre em 10-14 dias após o início da ATBou em até 3 semanas após o seu término
( penicilinas, cefalosporinas, clindamicina)
Diarréia aquosa intensa
Casos graves (colite pseudomembranosa):febre, vômitos, distensão abdominal,toxemia, leucocitose acentuada, muco esangue nas fezes
HIDRATAÇÃO
HIDRATADO
condição alerta
olhos normais
lágrimas presentes
boca e língua úmidas
sede normal
diurese presente
DESIDRATAÇÃO
LEVE
irritada
olhos encovados
lágrimas ausentes
boca e língua secas
muita sede
diurese diminuída
DESIDRATAÇÃO
GRAVE
sonolento
olhos muito encovados
lágrimas ausentes
boca e língua secas
incapaz de beber
diurese ausente
Suspender alimentos, exceto LMSRO 10/10 minutos,até desaparecerem
sinais de desidratação (30 mL/Kg/hora)
Assim que reidratar (4 horas)
iniciar alimentação normalmanter oferta de líquidos
SRO após cadaevacuação ou vômito
Orientar sobre sinais
precoces de
desidratação
Oferecer maior
aporte de líquidos
Manter a
alimentação habitual
Reparação via
endovenosa
SF CONFORME
ESQUEMA MÉDICO
até os sinais
de desidratação
desaparecerem
fase de manutenção
e reposição das
perdas
EFEITOS DA DESIDRATAÇÃO
Whitney & Rolfes, 2008.
ESTADO DE HIDRATAÇÃOObservar
Condição Bem alerta Irritado, tranquilo Comatoso, hipotônico
Olhos Normais Fundos Muito fundos
Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes
Boca e língua Úmidas Secas Muito secas
Sede Bebe normalmente Sedento, bebe rápido e avidamente
Bebe mal ou não é capaz de beber*
Examinar
Sinal de prega Desaparecerapidamente
Desaparece lentamente
Desaparece muitolentamente
Pulso Cheio Rápido, débil Muito débil ou ausente*
Enchimentocapilar
Normal (até 3 segundos)
Prejudicado (3 a 5 segundos)
Muito prejudicado (mais de 5 segundos)*
CONCLUSÃO NÃO TEM DESIDRATAÇÃO
COM DOIS OU MAIS DOS SINAIS DESCRITOS,
HÁ DESIDRATAÇÃO
COM DOIS OU MAIS DOS SINAIS DESCRITOS,
INCLUINDO PELO MENOS UM DOS ASSINALADOS,
HÁ DESIDRATAÇÃO GRAVEGusmão et al., 2006; Morais et al., 2005
ESTADO DE HIDRATAÇÃOObservar
Condição Bem alerta Irritado, tranquilo Comatoso, hipotônico
Olhos Normais Fundos Muito fundos
Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes
Boca e língua Úmidas Secas Muito secas
Sede Bebe normalmente Sedento, bebe rápido e avidamente
Bebe mal ou não é capaz de beber*
Examinar
Sinal de prega Desaparecerapidamente
Desaparece lentamente
Desaparece muitolentamente
Pulso Cheio Rápido, débil Muito débil ou ausente*
Enchimentocapilar
Normal (até 3 segundos)
Prejudicado (3 a 5 segundos)
Muito prejudicado (mais de 5 segundos)*
CONCLUSÃO NÃO TEM DESIDRATAÇÃO
COM DOIS OU MAIS DOS SINAIS DESCRITOS,
HÁ DESIDRATAÇÃO
COM DOIS OU MAIS DOS SINAIS DESCRITOS,
INCLUINDO PELO MENOS UM DOS ASSINALADOS,
HÁ DESIDRATAÇÃO GRAVE
Plano A
Tratamento
domiciliar
ESTADO DE HIDRATAÇÃOObservar
Condição Bem alerta Irritado, tranquilo Comatoso, hipotônico
Olhos Normais Fundos Muito fundos
Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes
Boca e língua Úmidas Secas Muito secas
Sede Bebe normalmente Sedento, bebe rápido e avidamente
Bebe mal ou não é capaz de beber*
Examinar
Sinal de prega Desaparecerapidamente
Desaparece lentamente
Desaparece muitolentamente
Pulso Cheio Rápido, débil Muito débil ou ausente*
Enchimentocapilar
Normal (até 3 segundos)
Prejudicado (3 a 5 segundos)
Muito prejudicado (mais de 5 segundos)*
CONCLUSÃO NÃO TEM DESIDRATAÇÃO
COM DOIS OU MAIS DOS SINAIS DESCRITOS,
HÁ DESIDRATAÇÃO
COM DOIS OU MAIS DOS SINAIS DESCRITOS,
INCLUINDO PELO MENOS UM DOS ASSINALADOS,
HÁ DESIDRATAÇÃO GRAVE
Plano B
Terapia de
reidratação oral
no serviço de
saúde
ESTADO DE HIDRATAÇÃOObservar
Condição Bem alerta Irritado, tranquilo Comatoso, hipotônico
Olhos Normais Fundos Muito fundos
Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes
Boca e língua Úmidas Secas Muito secas
Sede Bebe normalmente Sedento, bebe rápido e avidamente
Bebe mal ou não é capaz de beber*
Examinar
Sinal de prega Desaparecerapidamente
Desaparece lentamente
Desaparece muitolentamente
Pulso Cheio Rápido, débil Muito débil ou ausente*
Enchimentocapilar
Normal (até 3 segundos)
Prejudicado (3 a 5 segundos)
Muito prejudicado (mais de 5 segundos)*
CONCLUSÃO NÃO TEM DESIDRATAÇÃO
COM DOIS OU MAIS DOS SINAIS DESCRITOS,
HÁ DESIDRATAÇÃO
COM DOIS OU MAIS DOS SINAIS DESCRITOS,
INCLUINDO PELO MENOS UM DOS ASSINALADOS,
HÁ DESIDRATAÇÃO GRAVE
Plano C
Terapia de
reidratação
parenteral
SORO DE REIDRATAÇÃO ORAL
• 1 envelope diluído em 1L água filtrada/fervida).
Cloreto de sódio + citrato trissódico dihidratado + cloreto de
potássio + glicose
DIARRÉIA
Consenso Nacional de nutrição Oncológica, INCA,
2015
ENTERITE
Consenso Nacional de nutrição Oncológica, INCA,
2015
A irradiação pode afetar as papilas gustativas quando a língua está localizada no campo de irradiação, provocando a perda da sensação gustativa.
As papilas gustativas sofrem atrofia com doses em torno de 10 Gy. Com isso, a percepção dos sabores ácido e amargo é mais comumente afetada no começo da irradiação, e posteriormente, há alteração gustativa para os sabores doce e salgado.
Essas alterações da sensação são transitórias e reversíveis, havendo retorno da percepção por volta de dois a quatro meses após a radioterapia.
A suplementação com zinco e cobre, preventivamente e ao longo de toda a radioterapia, até um período de tempo após o término do tratamento, pode reduzir a disgeusia.
Disgeusia e disosmia
Repercussões da radioterapia na região orofacial e seu tratamento*Radiol Bras vol.44 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2011
DISGEUSIA E DISOSMIA
Consenso Nacional de nutrição Oncológica, INCA, 2015
XEROSTOMIA
• A radiação, quando aplicada em doses entre 40 e 65 Gy, provoca uma reação inflamatória degenerativa, especialmente das células serosas acinares das glândulas salivares.
• Além disso, a ansiedade e depressão, muitas vezes presentes nesses pacientes, favorecem o aparecimento da xerostomia.
• A perda da função salivar causa numerosas sequelas adversas, incluindo: disfunção esofágica (esofagite crônica); maior frequência de intolerância aos medicamentos orais e produtos de higiene bucal; aumento da incidência de infecção local/regional (glossite, candidíase, cárie dentária, halitose, sialoadenitebacteriana);
Repercussões da radioterapia na região orofacial e seu tratamento*Radiol Bras vol.44 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2011
Consenso Nacional de nutrição Oncológica, INCA, 2015
MUCOSITE
• É caracterizada por descamação da mucosa, eritema, pseudomembrana e ulceração.
• Os sintomas dor e queimação ocorrem, principalmente, na ingestão de alimentos condimentados e de texturas ásperas, o que dificulta a higiene oral e a deglutição do alimento.
A Organização Mundial da Saúde definiu escores para graduação da mucosite:
grau ZERO representa ausência da mucosite,
grau I representa eritema,
grau II apresenta eritema, edema e úlcera dolorosa e o paciente ainda consegue se alimentar de sólidos,
grau III representa um quadro grave com ulcerações orais e o paciente consegue se alimentar apenas de líquidos,
grau IV representa o paciente que já não consegue se alimentar pela boca, necessitando de suporte nutricional.
Repercussões da radioterapia na região orofacial e seu tratamento*Radiol Bras vol.44 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2011
MUCOSITE
Consenso Nacional de nutrição Oncológica, INCA, 2015
TRATAMENTO
Uso de camomila –
Uso da glutamina -
Não é consenso
Não é consenso
Uso da camomila
Uso da glutamina
CAMOMILA
A utilização dos bochechos com chá de camomila, apesar denão encontrarmos citações na literatura que comprovem a suaeficácia, pelos resultados obtidos, podemos inferir que teveparticipação importante quanto ao grau e ao alívio dos sintomas damucosite, fato que pode estar associado à ação antiinflamatória dareferida substância.
Os constantes bochechos com água bicarbonatada e chá de camomila parecem ter contribuído para minimizar o desconforto da hipossalivação.
Prevenção e controle de sequelas bucais em pacientes irradiados.
Rev. de Radiol Bras. 2005
• O objetivo - comparar a crioterapia feita apenas com água e crioterapia feita com infusão de camomila para prevenção e redução da intensidade da mucosite oral em pacientes com câncer.
• A ocorrência de mucosite oral foi menor nos pacientes do grupo da camomila.
• Quando comparado aos controles, o grupo da camomila apresentou menos dor bucal e não teve ulcerações.
GLUTAMINA
• Revisão da literatura, base de dados PubMed, foi observado que a utilização da glutamina em pacientes que passavam por um stress metabólico aumentado foi benéfica e teve resultados estatisticamente significativos em 78% dos estudos e não mostrou significância estatística, portanto sem benefícios aos pacientes em 22%.
A glutamina pode diminuir a lesão da mucosa bucal
e melhora a recuperação intestinal.
• O objetivo deste estudo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo foi determinar se a glutamina oral diminuiu a gravidade da mucosite em pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
• Os pacientes consumiram por via oral 10 g de glutamina ou placebo 3 vezes por dia (às 7:00, 11:00 e 16:00 h) durante o curso CRT.
• o presente estudo demonstrou que a glutamina diminui significativamente a gravidade da mucosite induzida por CRT em pacientes com câncer de HN. Não houve pacientes com mucosite de grau 4 que apresentaram sangramento no grupo
TRISMO
• O trismo é uma sequela que limita a abertura bucal, dificulta a alimentação, a fonação, o exame da cavidade oral, o tratamento dentário, a higienização oral, e causa intenso desconforto.
• Os pacientes com tumores na faringe, em áreas retromolares e regiões posteriores do palato, são os mais afetados. Ou ainda, quando os músculos mastigatórios fazem parte do campo de radiação, há como consequências edema, destruição celular e fibrose muscular.
Repercussões da radioterapia na região orofacial e seu tratamento*Radiol Bras vol.44 no.6 São
Paulo Nov./Dec. 2011
TRISMO
Consenso Nacional de nutrição Oncológica, INCA, 2015
PRINCIPAIS EFEITOS DA QUIMIOE DA RADIOTERAPIA
QUIMIOTERÁPICOS
PRINCIPAIS EFEITOS COLATERIAS DA RADIOTERAPIA
• Mucosite (inflamacao da mucosa que fica congesta e edemaciada)
• Xerostomia (Inicia na dose de 1000CGy* (intensidade maxima no termino do tratamento), persistindo por aproximadamente 6 meses após o termino da RT)
• Disfagia (Ca cabeca e pescoco)
• Disfonia
• Nauseas
• Diminuicao paladar (papilas gustativas-doses de 1000CGy ja alteram)
• Diarreia (efeitos da radiacao no intestino=doses em torno de 1000Gy*)
*Gy=grays
O ALÍVIO DE SINTOMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E
ESPIRITUAIS PODE SER ALCANÇADO EM ATÉ
90% DOS PACIENTES COM CÂNCER;
• É necessário abordagem multiprofissional.
• A base multidisciplinar justifica-se pela grande complexidade dos sintomas trabalhados, além do
reconhecimento da influência que os aspectos não físicos exercem sobre a intensidade do quadro
clínico.
Considerações finais
Estes sintomas estão associados a piores prognósticos, incluindo:
• baixa sobrevida,
• redução da adesão ao tratamento,
• qualidade de vida diminuída.
A importância de se avaliar e intervir sob tais sintomas, não só em termos de sobrevida do paciente, mas também de qualidade de vida durante e apos o tratamento, esta bem estabelecida e e atualmente parte integrante dos pilares da pesquisa em oncologia clinica.
Considerações finais
Rev Gaúcha Enferm. 2015 set;36(3):109-12.