MANEJO BIOLÓGICO DE PRAGAS DE

SOLO

Enrico De Beni Arrigoni

ENRICO ARRIGONI – SOLUÇÕES EM MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS LTDA.

(019) 97128-6262

4º TECNOBIO PRAGAS

17 DE AGOSTO DE 2016

Importância econômica das pragas da cana

PREJÚIZOS CAUSADOS PELAS PRAGAS EM CANA-DE-AÇÚCAR (POTENCIAL)

PRAGAÁREA DE OCORRÊNCIA (ha X

1000)PREJUÍZO R$/ha/ano

PREJUÍZO TOTAL Milhões de Reais/ano

BROCA DA CANA 9000 370 3.330

CIGARRINHAS 4000 590 2.360

PRAGAS DE SOLO 1800 420 756

MIGDOLUS 500 1270 635

BROCA GIGANTE 850 630 536

SPHENOPHORUS 500 1060 530

SAÚVAS 800 210 168

TOTAL ANUAL 8.315

SE O CONTROLE MÉDIO É DE 70%, AINDA HÁ PERDAS DE R$ 2,5 BILHÕES

Importância econômica das pragas de solo

PREJÚIZOS CAUSADOS PELAS PRAGAS EM CANA-DE-AÇÚCAR (POTENCIAL)

PRAGAÁREA DE OCORRÊNCIA (ha X

1000)PREJUÍZO R$/ha/ano

PREJUÍZO TOTAL Milhões de Reais/ano

BROCA DA CANA 9000 370 3.330

CIGARRINHAS 4000 590 2.360

PRAGAS DE SOLO 1800 420 756

MIGDOLUS 500 1270 635

BROCA GIGANTE 850 630 536

SPHENOPHORUS 500 1060 530

SAÚVAS 800 210 168

TOTAL ANUAL 8.315

A ANÁLISE ECONÔMICA DO MONITORAMENTO DE PRAGAS DE SOLO DEMONSTROU

QUE NÃO HÁ BENEFÍCIO ECONÔMICO APENAS SE MONITORARMOS ÁREAS ONDE

HÁ MAIS DE 95% OU MENOS DE 5% DE ÁREAS INFESTADAS.

IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO

PARTICIPAÇÃO DOS CUSTOS DE CADA FASE

PERDAS EM TONELADAS

R$

PRAGAS DE SOLO DA CANA-DE-AÇÚCAR:

RESULTADOS OBTIDOS

1986 - controle em 100 % da área de plantio

1990 - controle em 30 % da área de plantio

1992 - controle em 8 %

1996 - controle em 14 %

1998 - controle em 17 %

1999 - controle em 22 %

2000 - controle em 18 %

2001 - controle em 22 %

2002 - controle em 24 %

2003 - controle em 33 %

2004 - controle em 30 %

2006- controle em 23 % da área de plantio

BROCA CUPINS

MIGDOLUS

SPHENOPHORUS

CIGARRINHAS

TELCHIN

SAÚVAS

INTERAÇÃO DO MANEJO DE CONTROLE DAS PRAGAS

DA CANA.

PRAGAS DE SOLO EM GERAL

PROBLEMAS

FALTA DE CONHECIMENTO

FALTA DE MÃO-DE-OBRA

DIFICULDADE DE CONTROLE

ELEVADO CUSTO DE CONTROLE

POUCAS INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS

OPORTUNIDADES

POSSIBILIDADE DE ESTUDO E DESENVOLVIMENTO

POSSIBILIDADE DE MELHOR DIRECIONAMENTO

TESTE DE NOVOS AGENTES E FORMAS DE APLICAÇÃO

NOVOS MÉTODOS E MELHOR DIRECIONAMENTO

BUSCA CONSTANTE DAS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS

PRAGAS DE SOLO

Sphenophorus levis

Cupins

Migdolus spp.

Nematóides

Pão de galinha

Elaterídeos - larvas-arame

Naupactus spp.

Crisomelídeos

Percevejo castanho

Pérola da terra

Hyponeuma taltula

Broca Gigante

Principais Pragas de Solo associadas à cana-de-açúcar

Migdolus – breve história do controle

1863 – descrição da espécie – Westwood

1927 – citação da praga em cana (Lane-Ibaté-SP)

1981 - controle com organoclorados

1983 – resultados com endossulfan

1984 – nematóides entomopatogênicos (testes)

1985 – destruição mecânica de larvas

1985 – proibição dos organoclorados

1986 – aplicação com arado de aiveca

1992 – uso de novas moléculas inseticidas

1994 – síntese do feromônio

2005 – controle microbiano (testes)

2006 – uso de nematóides entomopatogênicos (testes)

Migdolus – broca dos rizomas

PRINCIPAIS FACILIDADES NO CONTROLE:

1-) SUSCETIBILIDADE A AGENTES MICROBIANOS (NEMATÓIDES ENTOMOPARASITOS E FUNGOS)

2-) A PRAGA APRESENTA MOMENTOS DE EXPOSIÇÃO EM SEU CICLO DE VIDA – ponto fraco;

3-) HÁ UMA DIVERSIDADE DE MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS AGENTES DE CONTROLE;

4-) DURANTE A MAIOR PARTE DA VIDA ESTÁ EM CONTATO E ABRIGADO NO SOLO.

PRINCIPAIS DIFICULDADES:

1-) PROFUNDIDADE EM QUE AS FORMAS BIOLÓGICAS SE ABRIGAM NO SOLO;

2-) FALTA DE PESQUISA DIRECIONADA A ESTA PRAGA E MÉTODOS BIOLÓGICOS DE CONTROLE;

3-) FALTA DE CONHECIMENTO ESPECÍFICO EM RELAÇÃO AOS AGENTES MICROBIANOS DE CONTROLE;

4-) NECESSIDADE DE ADOÇÃO CONJUNTA E DE FORMA CORRETA DOS MÉTODOS DE CONTROLE.

CARACTERÍSTICAS GERAIS:

1-) ALIMENTA-SE E CONSEGUE FECHAR O CICLO BIOLÓGICO EM VÁRIOS HOSPEDEIROS;

2-) BAIXA TAXA DE REPRODUÇÃO, COM ALTA VIABILIDADE DAS FASES;

3-) CICLO BIOLÓGICO LONGO (2 A 3 ANOS).

Ciclo reprodutivo

Ovo

Pupa

Adulto Larva

Branco

6 a 7 mm

14 a 45 ovos20 dias

7 estágios

Profundidade

4m

Ciclo total:

2 a 3 anosDormentes

3 a 4 meses

Revoada (out-fev)

machos - 4 a 7 dias

Fêmeas - 7 a 38 dias

Migdolus fryanus - Broca dos Rizomas

Adultos dormentes

Fêmea

Migdolus fryanus – broca dos rizomas

Macho

SIMULAÇÃO DE CRESCIMENTO POPULACIONAL DE

LARVAS DE MIGDOLUS

Nº DE LARVAS/haCORTE

1º 2º 3º 4º 5º

10.000 10.000 150.000 150.000 2.250.000 ?

20.000 20.000 300.000 300.000 4.500.000 ?

30.000 30.000 450.000 450.000 6.750.000 ?

40.000 40.000 600.000 600.000 9.000.000 ?

50.000 50.000 750.000 750.000 11.250.000 ?

60.000 60.000 900.000 900.000 13.500.000 ?

70.000 70.000 1.050.000 1.050.000 15.750.000 ?

80.000 80.000 1.200.000 1.200.000 18.000.000 ?

90.000 90.000 1.350.000 1.350.000 20.250.000 ?

100.000 100.000 1.500.000 1.500.000 22.500.000 ?

SIMULAÇÃO DE INFESTAÇÃO DE LARVAS DE MIGDOLUS

Nº DE LARVAS/haNÚMERO ESTIMADO DE COLMOS POR HECTARE

40.000 50.000 60.000 70.000 80.000

10.000 0,25 0,20 0,17 0,14 0,13

20.000 0,50 0,40 0,33 0,29 0,25

30.000 0,75 0,60 0,50 0,43 0,38

40.000 1,00 0,80 0,67 0,57 0,50

50.000 1,25 1,00 0,83 0,71 0,63

60.000 1,50 1,20 1,00 0,86 0,75

70.000 1,75 1,40 1,17 1,00 0,88

80.000 2,00 1,60 1,33 1,14 1,00

90.000 2,25 1,80 1,50 1,29 1,13

100.000 2,50 2,00 1,67 1,43 1,25

300.000 7,50 6,00 5,00 4,29 3,75

Cornitermes bequaerti

Cornitermes cumulans

Embiratermes spp.

Heterotermes longiceps

Heterotermes tenuis

Nasutitermes spp.

Neocapritermes opacus

Neocapritermes parvus

Procornitermes triacifer

Syntermes dirus

Syntermes molestus

Rhynchotermes spp.

Cupins da cana-de-açúcar

Cupins da cana-de-açúcar

Larva Adultos

Scarabaeídeos

Pão-de-galinha

Larva

ESCARABAEÍDEOS OU PÃO-DE -GALINHA

ESCARABAEÍDEOS OU PÃO-DE -GALINHA

Bothynus medon - Morotó

As larvas recolhem a palha na superfície do solo e

enterram em câmaras subterrâneas 30 a 50cm de

profundidade - alimentam-se da palha em decomposição.

A Família Scarabaeidae é representada por muitas

espécies:

5.000 espécies no Mundo;

1.270 espécies nas Américas;

620 espécies no Brasil;

Cerca de 20 espécies em cana-de-açúcar;

Apenas 3 ou 4 apresentam alguma importância.

ESCARABAEÍDEOS OU PÃO-DE -GALINHA

É rara a ocorrência de danos primários ocasionados por

este grupo de pragas, mas podem ser vistos ataques em:

Raízes próximas a base de colmos;

Base de colmos;

Base de perfilhos;

“Rizomas”.

ESCARABAEÍDEOS OU PÃO-DE -GALINHA

Elaterídeos ou larva arame

Larvas

Larvas

Naupactus spp.

Larvas Adultos

Família Curculionidae - Poucas espécies em cana-de-açúcar

Larvas

CRISOMELÍDEOS

Família Chrysomelidae. Vaquinhas

Hyponeuma taltula Broca peluda

Larva

Lepidoptera

Família:

Noctuidae

Larva

Pupas

Adulto

Danos

Hyponeuma taltula - Broca peluda

Esta espécie está se tornando mais frequente em áreas de cana;

Há relatos de danos e perdas ocasionadas pelas lagartas;

Os danos ocorrem em bases de colmos, com a abertura de galerias;

No início esta espécie estava sempre associada a danos anteriores

de outras pragas, como Migdolus ou Sphenophorus;

Há indicações de que esta espécie esteja se adaptando à cultura

e poderá se tornar uma praga primária de maior importância;

Inseticidas registrados (???);

Merece atenção especial nos levantamentos.

Hyponeuma taltula - Broca peluda

Broca Gigante

Espécie e Sub-espécies:

Telchin licus licus Telchin licus laura

Ciclo reprodutivo - Metamorfose completa

Ovo

Pupa

Adulto Larva

50 a 139

ovos/fêmea

15 dias

85 dias

Ciclo Total: 139 dias

Em Laboratório

27 dias

BROCA GIGANTE DA CANA-DE-AÇÚCAR

12 dias

Broca Gigante da cana-de-açúcar

Beauveria bassiana: 60% de controle

Metarhizium anisopliae: 15% de controle

INTEGRAR SEMPRE A OUTROS MÉTODOS DE CONTROLE

OPORTUNIDADE DE SUCESSO

ALTA

MÉDIA

BAIXA

N.A.

PRAGASAGENTES DE CONTROLE

Metarhizium Beauveria Nematóides Parasitóides Predadores

MIGDOLUS

CUPINS

SPHENOPHORUS

SCARABAEIDEOS

HYPONEUMA

BROCA GIGANTE

RESUMO PRAGAS/AGENTES BIOLÓGICOS

OPORTUNIDADES DE UTILIZAÇÃO DOS AGENTES BIOLÓGICOS

PRAGASOPORTUNIDADE DE USO DO AGENTE BIOLÓGICO

Metarhizium Beauveria Nematóides Parasitóides Predadores

MIGDOLUS Plantio, colheita Plantio, colheita Plantio, colheita Revoada Período seco, reforma

CUPINS Iscas, plantio, colheita Iscas, plantio, colheita Revoada

SPHENOPHORUS Iscas Colheita, desenvolvimento Colheita, soqueiras Todo o ciclo

SCARABAEIDEOS Plantio, colheita Plantio, colheita Colheita, soqueiras

HYPONEUMA Colheita Colheita Colheita e base Todo o ciclo

BROCA GIGANTE Colheita Colheita Colheita e irrigação Todo o ciclo Todo o ciclo

Principais itens que devem ser lembrados na gestão do MIP:

1) Potencial de reprodução da praga e fator chave de controle;

2) Potencial médio da praga gerar perdas;

3) Métodos de monitoramento;

4) Critérios de definição de níveis populacionais de controle;

5) Métodos de controle disponíveis;

6) Custos de monitoramento;

7) Custos de controle;

8) Elaboração de relatórios de gerenciamento;

9) Comparar resultados obtidos (histórico);

10)Focar em áreas sujeitas a maiores perdas para cada praga;

11)Definir as alterações no manejo e pontos de melhoria (PDCA);

SEM ESQUECER A NECESSIDADE DE MANTER BANCOS DE DADOS.

Elaboração de relatórios de gerenciamento

RELATÓRIOS DE GERENCIAMENTO PARA PRAGAS DE SOLO

NÍVEIS POPULACIONAIS

PLANEJAMENTO DO CONTROLE

RENDIMENTOS OPERACIONAIS E CUSTOS

RESULTADOS PARCIAIS E FINAIS

PERDAS SOFRIDAS COM AS ALTERNATIVAS ADOTADAS

ALTERAÇÕES PROPOSTAS

DEFINIÇÃO DE METAS

PERMITE COMPARAR A EVOLUÇÃO DO CONTROLE ENTRE SAFRAS E INDICAR MELHORIAS

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