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INFORMATIVO DO TRIBUNALDE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ . 2001· ANO VI N° 63
bém pennite a emissão de alertason line, quando limites orçamentários estão próximos de ser atingidos. Com a medida, o TC eliminoucerca de 5 toneladas de papéis.
No encontro , cada prefeito epresidente de Câmara Municipalrecebeu um kit para acesso aoórgão , além de uma senha deidentificação. Em nome de todosos presen tes , os conselhe irosentregaram simbolicamente omaterial ao presidente da Associação dos Municípios do Paraná, Joarez Henrichs, prefeito deBarracão e ao presidente da Fe·deração dos Municipios do Paraná, Antonio Camilo, prefeito deManoel Ribas. Novamente, a AMP- Associação dos Municípios doParaná, será parceira do Tribunal no evento que marcará a segunda etapa da informatizaçãodos processos de prestação econtas dos mynicípigs
tas municipais sejam auditadasantes de submetidas a análise ejulgamento em plenário. "A tecnologia é, a cada dia que passa,uma importante aliada da fiscalização do dinhe iro púb lico",acrescenta latauro.
SIMO lan çamento da prime ira
fase do SIM, destinado especif icamente à Lei de Responsabilidade Fiscal, aconteceu no mêsde maio, em ato realizado no auditório do Canal da Música, emCuritiba. Com a participação de1.200 convidados, incluindo 356prefeitos e todos os presidentesde câmaras municipais, o sistema passou a possibilitar que relatórios exigidos pela LRF deixassem de ser apresentados empapel, passando a ser enviadospela Internet ou através de disquetes. A nova metodologia tam-
Tribunal de Contas treina contadores dos municfpios para utilização da nova versão do Sistema de Inlormação Municipais
o Tribunal de Contas vai darmais um passo no sentido de eliminar a papelada nos processosde controle e fiscalização dascontas públicas . No próximo dia5 de dezembro, às 15 horas, noCentro de Convenções de Curitiba, com a presença de todos osprefeitos paranaenses, será lançada a segunda etapa do SIM Sistema de Informações Municipais. A partir daí, o controle mensal da administração das prefeituras, a execução de obras públicas e a prestação anual de contas, passará a ser feita em meiomagnético, através da Intemet.
Segundo o conselheiro Rafael latauro, presidente do TC,"além da economia que a medi·da vai proporcionar, eliminandotoneladas de papéis, o controledas contas públicas ficará maiságil". A intenção do órgão é fazercom que, em 2002,,-, t,,:0~d~a~s~a~s~c~on'..':-:..-~~~~~~~~~~~~_~.!..!2;2...l.I~.IJJ.IIl.W...r.wI~ _
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TCouveprefeitos sobredificuldades nocumprimento daLei Fiscal
o presidenteRafaellataUni recebetítulo de sóciobenemérito daUvepar,emMaringá, duranteencontro sobreLRF
Convênio comParanacidadeincrementagestão fiscaldos municípios
TC lançacampanha paraeconomizar
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Informativo do Tribunal de Contas do Paraná
Prefeituras têmcontas rejeitadas
REVISÃO
ceiso Kava
PESQUISA MEMÓRIA
Maria Isabel Athayde Fontana
FOTOGRAFIA
Júlio César de Souza
JURISPRUD~NCIA
Pedro Domingo Ribeiro
EDiÇÃOCoordenadoria
de Comunicação SoclaJRedação Jornal Sumário
Praça Nossasenhora da 5aJete s/nfiJ
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Mandaguaçú, o Tribunal detectoumovimentação em contas correntes(Banco do Brasil e Banestado) quenão constam nos controles internos,divergência entre os valores recebidos e baixados da dívida ativa, ausência de proced imento visando orecebimento do realizável, baixa debens alienados pelo valor das respect ivas transações, não sendoapurado o valor contábil dos mesmos; extrapolação dos valores recebidos pelo prefeito e vice-prefeito , respectivamente em R$18.922,61 e R$ 6.463,86; ato fixatório da remuneração para a legislatura 97100 baixado extempo raneamente e não aplicação do valor total receb ido do Fundef, numa diferença de R$ 2.777,50 além dos restos a pagar de 2000 sem coberturafinanceira no valor de R$ 19.017 ,98.
Já nas contas de Rio Branco dolvaí, o TC apontou diferença apresentada no Demonstrativo Sintéticodo Ativo Permanente na composição da Dívida Ativa , ocas ionandoreflexos nos Anexos 14 e 15 daLRF; não envio de decla ração atestando que as retenções e recolh imentos das contribuições previdenciárias foram efetivadas; não atendimento ao limite mínimo constitucional de apl icar 25 % da rece ita naárea de ensino e não util ização dosrecursos do Funde f na valori zaçãodo magistério. A auditoria registrouainda a existência de despesa empenhada sem cobe rtura financeira.
PROCURADORES
Femando Augusto MelloGuimarães
Gabriel Guy LégerCélia Rosana Moro Kansoo
Laerzio Chiesorin JuniorE1izeu de Moraes CorrêaEliza Ana Zenedin Kondo
LangnerValêria eortla
AngeIa cassia CostaldelloKába Regina Puchasld
DIRETORA GERAL
Jussara Borba Gusso
EDITOR RESPONSÁVEL
Nilson PoI1l(DRT 1022)
REDAÇÃOLuciana Nogueira Nascimento
(DRT2927)
CORPO DEueERAllVo
CONSELHEIROS
Rafael lalauroPresidente
Henrique NalgeborenVice-presidente
Nestor BaptistaCorregedor Geral
Culelse Crls6stomoda Silva
Artagão de Mattos leãoHel"z Georg Herwfg
AUDITORES
Roberto Macedo GuimarãesMarins Alves de Camargo Nela
Jaime Tadeu Lechinsld
caio Márcio Nogueira Soares
Mais cinco prefeitu ras receberam pareceres pela desaprovaçãodas prestações de contas relativasao ano passado, emitidos pelo plenário do Tribunal de Contas. Pinhalde São Bento, Itapejara do Oeste,Mallet, Mandaguaçú e Rio Branco doIval são os municípios com as contas rejeitadas.
Em Pinhal de São Bento, o TCencontrou extrapofação dos subsídios percebidos pelo vice-prefeito,determinando o ressarcimento dovalor de R$ 1.726,95, atualizado , eo não atendimento ao Artigo 72 daLei Complementar 101/00, face ànão informação sobre despesascom serviços de terceiros nos exercícios de 1999 e 2000. O parecerapontou ainda a falta de empenho dascontribuições previdenciárias e a nãoefetividade na arrecadaçãode impostos e execução da Dívida Ativa.
IRREGULARIDADES
Nas contas de Itapejara do Oeste, a auditoria encontrou inconsistência nos saldos iniciais do realizável, cancelamento de dIvidas semdocumentação suporte , remuneração do prefeito e vice -prefeito acima do valor devido, ausência de relatório comprovando o reinvesti mento em despesa de capital e emrestos a pagar e concessão de aumentos salariais em índice acimada inflação, em ano eleitoral.
Nas contas de Mallet , foram encontradas despesas empenhadassem cobertu ra financei ra. Já em
I Ir------ I EXPEDIENTE I
Com base em denúncia feita à Corregedoria, o plenário do Tribunal de Contas condenou o ex-prefeito deSão Tomé, Antonio Cabrera de Sá (gestão 97/00 ) adevolver aos cofres do munic ípio quase R$ 250 milreais. A devolução tem que ser feita em 30 dias, embora ainda seja possível a apresentação de recurso.A decisão tem como base a concessão de reajusteaos secretários municipais sem amparo em lei préviaautorizatória.
Segundo relatório apresentado pelo corregedorNestor Baptista, na denúncia que foi formulada peloex-presidente da Câmara Municipal, Aparecido Man·zotti , ao invés de remunerar os secretá rios municiopais em R$ 554,37, o ex-prefeito pagou irregularmente R$ 950,00 mensais. O reajuste foi efetuado semamparo legal , ferindo a Lei Orgânica do Município e aConstituição.
DESAPROVAÇÕES
Na mesma sessão o plenário do TC desaprovouvárias prestações de contas de prefeituras e câmaras municipais. A Câmara Municipal de Jesuítas , exercici o de 98, teve contas rejeitadas por não comprovaro recolhimento das parcelas devidas ao INSS e emrazão da percepção indevida dos subsídios dos vereadores, que terão de devo lver recursos aos cofrespúblicos .
A prefeitura de Ouro Verde do Oeste, exercfc io de98, também teve parecer contrário nas contas , pelaviolação do princípio constitucional da publicidade , notocante ao leilão n.2 001/98. Da mesma forma, as contas dos vereadores de Luiziania, gestão 99, foram rejeitadas face a pendências no recolhimento das contribuições devidas pelos agentes políticos ao INSS.
Também a prefeitura de Tapira, exercfclo de 96, tevecontas rejeitadas pelo não repasse das cont ribuiçõesprevidenciárias, bem como não foram tomadas medidas para a operac ionalização do Fundo de Pensões,emprést imo realizado junto ao Instituto de Previdência e existência de denúncia julgada procedente noTC. Nova Cantu, exercício de 97 , também recebeuparecer contrá rio por irregularidades nos procedimentos Iicitatórios e a percepção irregular nos subsídiosdo vice-prefeito, cabendo ressarcimento aos cofrespúblicos.
Terceiro GrauAs prefe ituras poderão custear o transporte de alu
nos do 3° grau somente após utilizarem 25% de seusrecursos na educação infantil e fundamental, conforme determina a Constituição. A orientação está sendoprestada pelo Tribunal de Contas, a partir de consultafeita pela Prefeitura de Matinhos e relatada pelo conselheiro Nestor Baptista. Jamais o limite constitucional a ser empregado em educação poderá ser usadopelos prefeitos para despesas com o ensino superior,reforça o TC.
Nota
Te manda ex-prefeitodevolver R$ 250 mil
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Te quer explicação sobre isenções
Convênio vai agilizar fiscalizaçãoParanacidade e Te vão compartilhar dados sobre administrações municipais
e serviços referentes ao convênio, orientar e capacitar os agentes públ icos municipa is para autil ização do Sistema de Informações Municipais (SIM) e fornecer ao Paranacidade os dados captados a partir da implement ação do SIM referent es àgestão fiscal dos municípiosparanaenses.
que estejam envolvidos interesses públicos, espec ia lmente a receita tributária",justificou latauro.
Outra com issão tambémconc lui relatório sobre os impactos decorrentes da AçãoDireta de Inconstitucionalidade n. 2155-9, interposta pelogoverno de São Paulo, quesuspendeu liminarmente diversos artigos do Regu la mento do ICMS do Estado doParaná, gerando implicaçõesna arrecadação tributária.
tecnologia de informação, voltada para o controle da gestão fiscal municipal. Compete ao Tribunal colaborar para o aprimoramento e controle da gestãofiscal dos municípios paranaenses , executar ações de controle da gestão fiscal municipal ,realizar os procedimentos legais para contratação de bens
recentemente, quando a Daymler-Chrysler anunciou o fechamento de sua fábrica no Paraná, o TC orientou o governo arespeito da necessidade doscofres públicos serem ressarc idos pela montadora , a partir dorompimento do contrato. Umacomissão especial analisou todaa documentação alusiva à instalação da montadora na RegiãoMetropolitana de Curitiba.
"O TC não pode se furtar àsua competência constitucionalde analisar todas as ações em
lembrou que o TC e oParanacidade já vêmtrabalhando juntos háalgum tempo, pois aCoordenadoria de Auditoria de Operaçõesde Crédito Internacionais (Caoci) analisa otrabalho de aplicaçãode recursos internacionais executadopelo Paranacidade.
"Pensei muito ,quando o presidentedo Tribunal de Contasnos propôs o convênio , e resolvi aceitarporque nosso objetivoé comum, é aprimorara gestão municipal",di sse Fic insk i. "Concordamos em di o secretário do Desenvo lvimento Urbano. Lubomir Ficinski e o presidente do Te. Ralaelversas coisas e esta teteuro, assinam convênio de cooperação técnicaé uma delas". Segun-do ele, o convênio vaiajudar o TC a exercer uma atividade mais escla recedora e orientadora. "É isso que vai ajudaro poder municipal", concluiu, aocumprimentar latauro.
De acordo com o convênio,cabe ao Paranacidade apoia r efinanciar ações de mode rnização do Tribunal, especialmentequanto ao desenvolvimento da
sas, inclu indo as montadorasRenaulte Audi.
A preocupação do TC é nosentido de verificar se a decisãonão fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, pela qual o governosomente pode abrir mão de receita se houver outra indicadaparasubstituí-Ia. latauro informoutambém que a decisão atendesolicitação feita, via pronunciamento realizado no Senado Federal, pelo senador Osmar Dias.
CHRYSLERlatauro informou ainda que,
o Tribunal de Contas vaisolicitar esclarecimentos aogovernoestadualsobrea prorrogação de isenção de recolhimentode ICMSparaum grupo de empresas. A informação foi prestadapelopresidente do órgão, conselheiro Rafaellatauro, que determinou àInspetoria Geral de Controleque peça informações à Secretaria de Estado da Fazenda sobre a concessão do benefício que prorrogaria até~009 , a isenção para o pagalento de ICMSde oito empre-
Informativo do Tribunal de Contas do Paraná
Um convênio de cooperaçãotécnica firmado entre o Tribunalde Contas e o Paranacidade vaiperm itir a implementação e oaprimoramento de ações para oincremento da gestão fiscal dosmunicípi os paranaenses, alémde contribuir para a eficienteaplicação dos recursos públicosfede rais , estad uais e municipais. O convênio foi ass inadopelo presidente do Tribunal deContas, Rafael latauro, e pelosecretário de Estado do Desenvolvimento Urbano e superintende do Paranacidade , LubomirFicinski , no gabinete da presidência do Tribunal, com a presença de diretores de áreas deambas as insti tuições.
O presidente do TC considera o conv ênio uma prestaçãomútua de serviços: "O Paranacidade tem dados que nós nãotemos e nós dispomos de informações que eles não têm", disse Rafaellatauro. Segundo ele,os investimentos que serão feitos permitirão uma fiscalizaçãomais rápida. - "A meta é queem 2002 o Tribunal de Contasnão aprecie mais nenhuma conta sem ter feito antes uma auditoria . Esse convênio vai acelerar nossos objetivos". latauro
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Informativo doTribunal deContas do Paraná
Lei fiscal aperfeiçou conceitode democracia, diz latauroPresidente é homenageado com título de sócio benemérito da Uvepar
o país vive uma nova formade democracia, que não se esgota mais no voto na urna. Agora, com a Lei de Responsabilidade Fiscal em vigor, o eleitor temcondições de cobrar os compromissos assumidos e de escolheros caminhos de seu município,através do controle social. A afirmação foi feita, em Foz do Iguaçu, pelo presidente do Tribunal deContas, Rafael latauro , ao falarpara cerca de 350 vereadores etécnicos de cãmaras municipaisda região, durante seminário sobre a LRF promovido em conjunto com a Uvepar - União dos Vereadores do Paraná.
Durante quatro semanas foram realizados eventos em conjunto também em União da Vitória, Maringá, Ponta Grossa e Jacarezinho. Na solenidade promovida em Maringá, Rafael lataurofoi homenageado com o título desócio benemérito da Uvepar, emato prom ovido no plenário daCãmara Municipal. A homenagem foi entregue pelo presidenteda Uvepar, Edson Antonio Pri-
mon, vereador de Matelândia, epelo vice-presidente, Fábio Camargo, vereador em Curitiba.
DEFESANos encontros, Rafaellatauro
voltou a defender a legislação,que vem sendo criticada por alguns setores da administraçãoface à sua rigidez. "A lei é dura,é rigorosa, mas é necessáriapara garantir o correto empregodo dinheiro público, além de serlegítima, porque foi oriunda damanifestação popular", disse eleaos vereadores. O presidente daAssoc iação dos Municípios doOeste do Paraná, Derli Doni, prefeito de Toledo, destacou que "foiuma das reuniões mais importantes que já realizamos, com a presença da totalidade dos prefeitos".
Segundo o presidente do TC,as origens da lei estão nos movimentos populares que levaramao impeachment do ex-presidente Collor, à punição dos "anões"do orçamento e até à renúncia desenadores. "Embora editada pelogoverno, a LRF foi fruto da pres-
são da sociedade, que quer eliminaracorrupção davidanacional."
DESAPROVAÇÕESlatauro reconheceu que as
prefeituras estão ainda enfrentando dificuldades para se adaptarintegralmente à legislação, e informou, inclusive, que foi registrado um aumento significativono volume de contas desaprovadas, relativas ao exe rcício de2000, quando a LRF começou aser aplicada . Mesmo assim, garantiu que o índice é ainda inferior ao da maioria dos TCs deoutros Estados.
Durante os debates, o conselheiro informou sobre duas decisões adotadas pelo plenário doTC que possibilitaram às prefeituras não ficarem impedidas dereceber certidões liberató rias,sem as quais é impossível receber nov os recursos púb licos .Como a lei começou a vigorar nametade do ano passado, muitosprefeitos que assumiram nesseano encontraram problemas naárea de educação e saúde. A
Const ituição e a LRF determinam a aplicação anual de, nomínimo, 25% dos recursos emeducação. Munic ípio que nãoatingiu, além das contas desaprovadas, não recebe certidão.Com a decisão do plenário, o prefeito atual pode receber o documento, desde que aplique, nesse ano, além do percentual determinado, a diferença não aplicada no ano passado , mediantealteração da lei orçamentária.
A outra decisão está relacionada com a saúde. O municípiotem de aplicar 7% por ano emsaúde. Quem não aplicou , ficasem certidão. Assim, pela decisão do Tribunal, o atual prefeitoprecisa aplica r, além do valordeterminado anualmente , a diferença não aplicada em 2000 parcelada durante os quatro anos dagestão. Tudo mediante lei aprovada pela cãmara municipal. "OTC acatou a reivindicação dosprefeitos nestas questões , semferir a lei, já que a população nãopoderia ser prejudicada com afalta de recursos vitais para omunicípio", ressaltou latauro.
Te se antecipa para evitar problemas comLei Fiscal nas contas dos municípios
índice de reprovação subiu de 15% para 40% desde que a lei foi criada
cionado principalmente dúvidassobre as despesas referentesao transporte escolar, o pagamento de despesas que nãoconstam do orçamento, necessidade de licitação para determinados procedimentos, pagamento de despesas de outroentes da federação e limites degastos com pessoal.
Outros questionamentos estão relac ionados com o funcionamento das autarquias intragovernamentais, extinção de regime de previdência municipal,prazos fixados pela lei, continuidade de programas municipde atendimento a carentepagamento de precatórios ,tre out ras questões.
qua r à Lei deRespon sabi li dade Fiscal. Oprimeiro eventooco rreu emCampo Mourão,reunindo os prefeitos das microregiões da Comcam, Amunpar eAmerios.
O mesmo seminário tambémaconteceu em
Irati. Em Morretes, nas dependências do Teatro Municipal, estiveram reunidos os prefeitos do litoral, Região Metropolitana de Cu-
i rore ião do Leste a-
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Prefeitos da Comcam. Amunpar e Amerios. debatema LRF com técnicos do TC/PR
O Tribunal de Contas reuniu,em novembro , mais de 150prefe itos para debater as dificuldades que as prefe itu ras
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Sem desistir da austeridade, Tribunal evita inviabilizar administrações municipais
Cascavel, Edgar Bueno: "Todosapoiamos a LRF, mas é precisomudar a cabeça das pessoas". Apopulação imaginava até agora continuou - que a prefeitura podia tudo e esta cultura acabo usendo incorporada pelos prefeitos. Agora, precisamos nos adaptar e temos de trabalhar muitopara impedir que a figura do prefeito não seja desmoralizada.
EVENTOSO Tribunal vai adotar algumas
ações para ampliar seu progra ma de orientação a prefeituras ecâmaras. Dois grandes eventosdestinados aos prefeitos devemser realizados, em dezembro emarço, em conjunto com a AMP.Um material detalhado de divulgação será distribufdo às prefeituras e colocado na Internet, paraor ientar sobre a prestação decontas de 2001.
Aumento emano eleitoralgera desaprovaçãode contas
O Tribunal de Contas desaprovou as contas da Prefeitura eCâmara Municipal de Capitão Leônidas Marques, relativas aoano passado. No caso do Executivo, foi constatada a concessão de reajuste salaria l em período eleitoral e sem suporte emlei específica. Em conseqüência, houve extrapolação da percepção de remune ração do prefeito e vice-prefeito, em razãoda concessão indevida de aumento pela via de decreto, sendoainda desobedecido o artigo 72 da Lei Complementar 101/00.
No caso da Câmara Municipal, além da questão do reajuste, o TC apurou gastos irregulares com cartões natalinos, determin ando a devolução dos valores aos cofres públicos e o envio do processo, após decorrido o prazo derecurs o, ao Ministério Público para as providências legaiscabíveis. OUTROS
Por outro lado, também foram desaprovadas as contas daprefeitura de Alvorada do Sul, também do exercício do ano passado, face a déficit orçamentário na ordem de 20,48%, aumento do percentual das despesas com serviços de terceirosem relação ao ano anterior e cresc imento de despesas processadas e não pagas.
O plenário também deu parecer prévio contrário à aprovação das contas da prefe itura de Jardim Alegre, relativas aoano passado. O principal motivo foi o aumento das despesasempenhadas sem cobertura financeira . As irregularidades ocorreram entre 4 de maio e 31 de dezembro de 2000, ferindo oartigo 42 Lei de Responsabilidade Fiscal.
grama de divulgação da Lei, queenvolve até debates nas escolas,com a utilização de cartilhas. •Apopulação precisa saber o queprefeito pode e deve fazer, é umaquestão de mudança de cultura ede comportamento", acrescentou.
Da mesma forma, o prefeito de
Joarez Lima Henticbs, presoda AMp, fala das principais dificuldades das prefeituras no cumprimento da LRF
gastos com serviços de terceiros,que devem obedecer, até 2003,aos percentuais que vinham sendo aplicados em 1999.
Outra dificuldade se refere àcobrança de impostos, já que aLRF obriga os municípios a exercerem sua plena capacidade tributária, sob pena de ficarem impedidos de receber recursos deconvênios.
No encontro com os conselheiros e diretores do TC, os prefeitos também solicitaram informações sobre a aplicação dos recursos do Fundef, cujo emprego irregular vem motivando desaprovações; perguntaram sobre a situação dos Fundos Municipais de Previdência e sobre a prestação decontas de recursos de convêniosque, embora assinados com o govemo estadual, não tiveram os recursos respectivos repassados, oque fez com que algumas prefeituras tivessem de utilizar recursospróprios para concluir as obras.
O presidente da AMP, prefeitode Barracão, Joarez Lima Henrichs, considerou o debate bastante proveitoso. Ele acha que osprefeitos terão, agora, maioresfacilidades para interpretar o queestabelece a legislação.
CULTURADiversos prefeitos, mesmo en
frentando dificuldades, tambémdefenderam a LRF. Para o prefeito de Irati , Antonio Toti ColaçoVaz, "a lei é ótima para nós, o errado é o compadrio, o apadrinhamento, a história que o prefeitotem de ser o pai de todos, isto éque tem de mudar". O municípioestá executando um grande ro-
Prefeitos ganham oportunidadespara se enquadrar na Lei
Informativo doTribunal de Contas do Paraná
Apreensivos com o crescimento do índice de desaprovações decontas municipais, prefeitos quepresidem as 19 microregiões doEstado participaram de uma reunião de trabalho no Tribunal deContas, convocada a pedido daAsso ciação dos Municípios doParaná. Durante mais de três horas, foram discutidas espec ial mente as dificuldades que as prefeituras vêm encontrando paraobedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal.
No encontro, o presidente doTC, conselheiro Rafael latauro,deixou claro que é contra qualquermudança na lei e que ela veio parareconstruir a imagem do administrador público, hoje manchada pordenúncias de desmandos e corrupção. "O Tribunal não é sádico,não tem prazer em desaprova rcontas. Pelo contrário, essa situação nos entristece. Mas do jeitoque estava não dava mais paracontinuar", reforçou o presidente.
CONJUNTOO Tribunal e a AMP acertaram
um programa conjunto de trabalho para ampliar, ainda mais, asações de orientação aos municlpios no que diz respeito não apenas ao cumprimento da LRF, masao restante da legislação. Além denovos seminários, destinados exclusivamente aos prefeitos, o TC secolocou à disposição para responder às dúvidas dos prefeitos, inclusive através do sistema on fine,além de oferecer a possibilidade deeles apresentarem defesa, antesdos demais processos de prestaçãode contas serem submetidos ao julgamento do plenário.
"Vamos fazer o possível paranão prejudicar não o prefeito, maso cidadão, já que conta desaprovada significa o fim do repasse dedinheiro público, porém em nenhum momento vamos nos afastar do que determina alei", garantiu latauro.
DIFICULDADESO principal problema das pre
feituras com a vigência da LRFestá vinculado à redução das despesas com pessoal, limitadas em54% da receita corrente liquidapara as prefeituras e 6% para ascâmaras. Outra questão se refere à manutenção dos percentuaís
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Desempenho da Administração
' Rafael latauro - Presidente doTribunal de Cont as do Paraná
Iizadoras Superiores , realizadoem Seul , houve consenso sobrea indispensabilidade da redefinição e ampli ação dos conceitosde controle do Setor Público, quedevem atuar com mais intensidade no âmbi to da Dívida Pública,dos Passivos Contingentes e doRendimentode Contas, iníormando ao Governo sobre áreas de risco de fraude e eventuais prejuízos ao contribuinte.
O conclave deixou claro que éprioritária a avaliação do desempenho do Governo, não necessariamente para se imiscuir na formulação das políticas governa·menatais, mas para constatar ocumprimento da efetividade e, porextensão, do princípio da responsabilidade pública, evidenciandoa relação de accountability, quecorresponde exatamente em revelar ao cidadão o compromissodo Poder Público por resultados .
Diante dessa realidade, cresce em importância, também, ocontrole social, em que a população, devidamente organizada,avalia os serviços prestados peloGoverno ou participa de Conselhos que oferecem sugestõespara a est ruturação do planejamento governamental, numa esfera pública integrada e de benefícios mútuos.
No fundo, o que se deseja, efetivamente, é que o cidadão, aíidentificado como verdadeiro cliente, tenha maior grau de participação na ação pública, e que oGoverno seja julgado pela suacapacidade ou incapacida de deexecutar programas, de gerenciar bem o setor público , demonstrando o efeito multiplicador daaplicação dos recursos.
Não se reivindica a busca, aqualquer custo, da eficiênc ia doPoder Público, mas a implantação de sistema de contro le, que,na suaexecuçãoe afastadode regras tecnocráticas inoportunas,avalie as conseqüências dos programas de desenvolvimento e informeas disfunções encontradas.
Informativo do Tribunal de Contas do Paraná
com ênfase nos campos da educação e saúde , sem se descurarda promoção do desenvolvimento econômico, como condiçãoessencial de combate às gritantes diferenças, indicativas de que1 em cada três vive em situaçãode pobreza e que, dos países integrantes, 15 experimentam subdesenvolv imento crônico.
Por isso mesmo, nos ernbates encetadospara a mudança dosecular padrão operacional doEstado, notadamente aquelespres ididos pelo Centro LatinoAmericano de AdministraçãoPara o Desenvolvimento -eLAD,têm sido pregada a institucionalização de um Estado Eficiente,profissional, de resultados, longede práticasc1ientelistas e que, conforme Relatório do BancoMundial,de 1997, integre relaçãoequilibrada entre política e administração.
Outro aspecto a ser considerado é o de que, na discussãodosprojetos de reforma da estruturaestatal, a atividade de controleganha expressão, vincula-se aoprocesso democrático e apresenta-se como antídoto a combater erros decisórios, o impac-
A mudança do papel do Estado nos setores econômico, social, político e administrativo vemsendo amplamente discutida,especialmente no continente latino-americano, por se constituirno fundam ento indispensável àestabilidade democrática e aocombate às desigualdades.
Na verdade, o processo deurbanização, materializado a partir da década de 70, provocoucompleta alteração dos interesses da sociedade quanto ao comportamento do Estado , exigindoatuação eficiente e afastada doenraizado estigma do que seconvencionou chamar de crescimento empobrecedor.
Dentro dessa constatação,desenvolveu-seo conceitoda atuação gerencial do Estado, inspirado nas modificações introduzidas na área empresarial, em es·pecial no que respeita à reduçãoda grade hierárquica até entãoexistente, geralmente centralizacora, burocrática , de elevadoscustos e marcada por demorados passos decisórios.
Na América Latina , priorizouse rapidamente a área soc ial,
to deformador da corrupção e oresultado negativo de políticaspúblicasdecorrentesda incompetência e irresponsabilidade fiscal.
Nesse sentido, as EntidadesFiscalizadoras Superiores necessitam proceder significativasalterações em seu sistema de fiscalização, introduzindo mecanismos inovadores de atuação , quecontemplem a avaliação do desempenho do Govemo, medido apartir de parâmetros embasadosna economicidade, efic iência eefetividade. É preciso avançare muito - em relação ao clássicoe burocrático Controle de Conformidade, geralmente de base documentária, formal , papelística,procedimental, para adentrar naárea dos resultados e dos ganhos de efic iência, através de indicadores determinados, à luz daprática da performance auditing, difundida na América doNorte e na Comunidade Européia. Não basta indicar, quantitativamente, quanto se gastou emvacinas, mas é preciso saber osresultados objetivos da eliminação da doença e se estão deacordo com as metas planejadase as demandas da cidadania.
Essa é uma exigência da sociedade e dos modernos conceitos de democracia, que, segundo Norberto Bobbio, "é o Governo do Poder Público em público".Outro não é o entendimento deGera ld Caiden , para quem " ogoverno não pode ser uma empresa, mas pode se tornar maisempresarial". Na mesma linha, oPresidente do Banco Internac ional de Reconstrução e Desenvol·vimento - BIRD, James Wolfensohn , entende que, desde suacriação , a instituição destinou bilhões de dólares para o combateà miséria, e, no entanto , esta aumenta desmesuradamente , oque leva a crer em erros na aplicação dos recursos, ausência decontroles adequados e a necessidade de o Banco rever os crít érios de destinação.
No recente Congresso Mundial da INTOSAI - Organização In-
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InformativodoTribunal de Contas do Paraná
Um computador será dado para a melhor sugestão
OBRASINACABADASNAINTERNET
Infonnações sobre todas as1.055 obras paralisadas identi·ficadas pelo Tribunal de Contasjá estão disponíveis na Intemet."O objetivo é fazer com quequalquer pessoa possa teracesso aos dados , dentro deum princípio que está previstona Lei de Responsabilidade Fiscal, que é o do controle social",explicou o presidente do TC,Rafaellatauro. No endereçoeletrônico www.tce.pr.Qov.br.é possível se acompanhar o resultado do trabalho, inclusive com fotografiasde obras visitadaspessoalmente em 130 municípios.
Estão disponíveis tambémo relatório preliminar da auditoria , o programa de trabalhodesenvolvido, o sistema decoleta de informações e datalhes técnicos sobre as atividades. O Tribunal abre ainda, nomesmo endereço , espaçopara que a população colabore informando a existência deoutras obras que não foramconcluídas.
INVESTIGAÇÃO
O Tribunal de Contas do Paraná começa a investigar 51obras em 33 municípios queapresentam suspeitasde irregularidade. É o início da segundafase dotrabalhoda ComissãodeObrasInacabadas,que esteano,durante seis meses, percorreumais de 42 mil quilômetros.
O relatório do Tribunal disponívelna intemet,mostraque 88%das obrastiveramcomo fontederecursos o govemoestadual, 7%as administrações municipais e5% o governofederal. Dototaldeobrasparalisadas,a maioriaé deescolas (288), seguida de 210quadras e ginásios de esporte,191 rodovias,65 unidadesindustriais,53obrasde malhaviáriaurbana, 48 obras de saneamento,42 praças e parques, 35 creches, 29 obras de ação social(centros comunitários, casas deidosos, capelas), 22 obras deação cultural (Usinas do Conhecimento e casas de cultura), 20unidades de saúde, 19hospitais,11 delegacias e batalhões da Policia Militar, 8 conjuntos habitaci·anais, 6 prédiosadministrativos,4 terminais rodoviáriose 4 obrasem setores diversos.
criar uma cultura participativapara a Intranet, que tem se mostrado um instrumento valioso nacomunicação interna de váriasempresas e órgãos, além de seruma grande aliada na redução decustos, principalmente quanto autilização de papel."
Os servidores terão um mêsde prazo para apresentar sugestões. Uma comissão vai avaliar e ju lgar as propostas, consid erando sua apli cabilidade.O estfmulo à parti cipa ção dosfu nci onários é um compu tador da Compaq , doado pa ra aca mpanha por uma empresade informática.
EM CAMPO
Segundo o presidente da Comissão, engenheiro Pedro PauloPiovesan de Farias, "após a elaboração de planejamento estratégico estamos dando inicio a umprograma de visitas às entidadespúblicas envolvidas e a uma análise detalhada das constru çõesescolhidas". Uma equipe de técnicos inicioua análisededocumentação e verificações "in loco" noFórum de Curitiba, uma das obrasmais relevantes do relatório, tendoem vista valores envolvidos, tempo de paralisação e localização.
Urnasegunda equipeseguiuparaa região de Londrina eoutra passoua coletar informações em órgãosestaduais para na seqüênciavisitarobras na região de Ponta Grossa.
Para Piovesan, "a amostraselecionada para o início do trabalho apresenta situação variadas: há aquelas em que existemindícios de irregularidades gravese outras selecionadas por suarelevância".
A campanha surgiu da idéiade um funcionário, inspirado nainiciativa privada, com adaptações aos interesses e carac terísticas do Tribunal. A intenção éfazer com que o servidor participe, use a criatividade , a experiênc ia e o conhecimento parapropor medidas implementáveis,capazes de produz ir red uçãonos gastos .
REDEOutro objeti vo, segundo a di
retora de Recursos Humanos,Mady Cristine de Lemos Marchini, é incre mentar e estimular ouso da rede Intranet, estruturadahá pouco tempo. - "Queremos
estão div id indo a missão, emCuritiba e nas regiões de Londrina e Ponta Grossa .
"Estamos dando continuidadea um trabalho que duro u seismeses e que apresentou um diagnóstico da situação no Estado", explicou o presidente do TC,o conselheiro Rafael latauro. "Para nossa satisfação, vári asobras que constaram do relatório final foram retomadas, o que
d e m o n s t r aque resultadospositivos já foram alcançados com o trabalho do TC".Segundo la tauro , a auditoria agora seconcentra emob ras comsuspeita de ir·regularidades,sejam formaisou indícios deilegalidade.
Comunidade interna édesafiada a economizar
Investigação de obrasrastreia irregularidades
Relatório do Tribunal levou à retomada em vários municípios
O trabalho de levantamento deobras inacabadas em todo o Paraná, pelo Tribunal de Contas,entrou na segunda fase. Depoisde detectar a existência de 1.055obras sem conclusão - entremunicipais, estaduais e federais- a Comissão de Obras lnacabadas Iniciou um programa deauditoria em obras que apresentaram indícios de irregularidadesem 33 municípios. Três equipes
Desde copinhos descartáveisde água e café, até a energia elétrica e material de escritório; osfuncioná rios do Tribunal de Contas do Paraná estão sendo convidados a propor soluções queresultem em redução de gastospara o órgão. "Não basta fiscalizar os administradores , dizer oquanto podem gastar e onde.Nós também temos qu e nosadaptar à nova realidade brasileira e, principalmente, à Lei deResponsabilidade Fiscal. Promover a economia interna tambémfaz parte do nosso papel de flscalizadores", comenta o presidente do Tribunal, Rafaellatauro.
Pedra Paulo Piovessn, presoda Comissão de Obras eo presodo TC, Rafael teteuro, analisam relatório sobreobras paralisadas
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- 8M moria
Informativo do Tribunal de Contas do Paraná
Ex-procurador do Estadojunto do TC, Se/miroVa/verde Jobim Castor jáocupou várias secretar/asde Estado. PhD emAdministração Pública,Se/miro Va/verde deu seudepoimento ao Programade Recuperação daMemória do Tribuna/ deContas do Paraná.Acompanhe:
eu fiquei no lugar dele. Nessetempo o Jayme Canet, que eravice , passou a governador meconvidou para ser secretário dePlanejamento em seu governo.Passei os quatro anos como secretário e em seguida fui para osEstados Unidos fazer doutorado.No último ano do governo Canetfui nomeado procurador do Tribunal de Contas. Na época ainda era por nomeação do governador, isto foi em 78.
Passei dois anos e meio fora,voltei e me incorporei ao TC. Daiveio o governo Richa, para o qualfui novamente convocado paraser secretário do Planejamento.Voltei ao Tribunal em 94. Em 97saí licenciado para a Secretariade Educação, no governo ÁlvaroDias e voltei em 98 e ped i aposentadoria por tempo de serviçoproporcional. Efetivamente eutrabalhe i pouco no TC.
No TC nós tínhamos algunsdesafios intelectuais mais amplos, interpretações, por exemplo. Alguns momentos em queos assuntos apareciam, comocorreção monetária; amb ienteorçamentário inflacionário; nãopodemos esquecer que o orçamento era votado e que Unhamosuma inflação de 4.500% e issofazia com que qualquer peça orçamentária perdesse seu valor.O leg islador não criou o orçamento para ser apenas umapeça retórica. Ele criou o orçamento para ser um plano de alocação de recursos públicos, então havia várias interpretações,
problemas que foram estudadosna procuradoria, ligados à questão das atualizações de valorese interpretação da moeda.
De uma forma geral a Procuradoria tinha uma atividade dominada pela rot ina. Na minhaépoca de Procuradoria pude estudar mais como observador osmecan ismos de controle externo do Brasil. Tomei este períodomuito mais como um processode aprendizado. Até que pontonós estamos cumprindo a funçãoconstitucional de auxiliar o representante do povo, representadopelo congresso na assembléia?Uma outra coisa que foi importante nesta época foram asconstituições estadual e federal.Ambas foram anal isadas sobvários aspectos. Prime iro umcerto alargamento do conceitodo próprio controle , porque o TCrefletia muito uma visão legalista do formalista da despesa. Depois da Constituição começou ase falar da eficiência, da economicidade, da moralidade, da legitimidade da despesa, que é publica independente de seu caráter forma l. Eu acho que essa foiuma fase de transição que eupude observar lá e obviamente,muitas das coisas que eu aprendi foram fruto dessa observação.
Eu acho que o modelo francês de Tribunal é muito interessante. Ele mistura um pouco aquestão de representatividadepolítica, com uma espécie decarreira . Os franceses têm a figura do auditor, não sei o nomecerto , juizes que vêm da EscolaNacional de Administração Francesa, então isso cria um quadromuito qualificado. Em relação aoprocurador eu acho que é diferente porque a procuradoria elarepresenta o poder executivodentro do TC. Ela é a voz do governo , obviamente ninguémpode exigir que o governadorescolha entre 7 pessoas, uma desua confiança.
A L.R.F. é um dos documen-
tos mais importantes da administração brasileira, mas eu faço algumas restrições. Há um certomecanicismo na lei. Ninguémpode desconsiderar o fato de queem todas as administrações públicas se tem uma certa herança e essa herança é maldita.Uma outra questão da lei que meparece mecanicista, artificial, éa questão do próprio processoorçamentário. Eu fiz questão debuscar na internet as informações a respeito do desempenhoorçamentário e financeiro do estado e de outros estados, fiqueidecepcionado porque o nível deinformação que está disponívelao cidadão é muito baixo. Dizempara consultar a Internet, mas agente sente que é artificial. Euacho que a lei é um enormeavanço e acho que ela tem queser preservada. Deve-se obrigaro administrador público a ser legai , dizer que o tamanho do dinheiro é este. As coisas que estou gastando são essas e o queeu vou deixar de gastar é prapoder me acomodar. O conceitode responsabilidade fiscal é fundamentaI.
Eu acho que a função educativa do TC é fundamental, porque muito dos erros ocorrem porignorãncia e falta de transparência. Eu acho que a L.R.F. vaipermitir muito mais transparência. Enfim, eu acho que essa função educativa é muito importante porque a função inclusive doTC é aplicar a lei com uma certadose de sabedoria.
Eu aprendi tremendamente arespeito do estado, da organização social , da interação do cidadão com o poder público no Tribunal de Contas. Tenho uma ótima lembrança do tempo em queest ive no TC. Tenho uma lembrança carinhosa de vários amigos que convivi lá, com quemaprendi muito.
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