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  • UNIP- UNIVERISDADE PAULISTA

    Juliana Belmont - RA: B6003D-8, Vitor Lott - RA: B8464G-9, Wilson - RA:

    Malria

    SO PAULO

    2014

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  • 2

    SUMRIO

    1. MALRIA ........................................................................................................... 3

    1.1 Transmisso ................................................................................................... 3

    2. PLASMDIUM ................................................................................................... 4

    2.1 Morfologia do Plasmdium ........................................................................... 4

    2.2 Ciclo do Plasmodium ..................................................................................... 5

    3. MANIFESTAES CLNICAS .......................................................................... 6

    4. TRATAMENTO DA MALRIA .......................................................................... 8

    5. PREVENO .................................................................................................... 8

  • 3

    1. Malria

    Apesar de muito antiga, a malria continua sendo um dos principais problemas de

    sade pblica no mundo. Estima-se que a doena afeta cerca de 300 milhes de

    pessoas nas reas subtropicais e tropicais do planeta, resultando em mais de um

    milho de mortes a cada ano, na grande maioria, crianas.

    Tambm conhecida como paludismo, febre palustre, impaludismo, maleita ou sezo, a

    malria foi primeiramente citada na era Pr-crist, por Hipcrates. Foi ele quem

    descreveu as suas caractersticas de ocorrncia sazonal e de febre com padro

    paroxstico e intermitente.

    A partir do conhecimento do ciclo de vida do parasito, diferentes estratgias de ataque

    doena tm sido propostas, visando a interrupo de sua transmisso. Entre elas

    destaca-se o Programa de Erradicao da Malria, proposto em 1955 pela Organizao

    Mundial da Sade (OMS). Atualmente a OMS possui um plano de ao iniciado em

    1995, denominado Estratgia Global da Malria.Os parasitos causadores de malria

    pertencem ao filo Apicomplexa, famlia Plasmodiidae e ao gnero Plasmodium.

    Atualmente so conhecidas cerca de 150 espcies causadoras de malria em

    diferentes hospedeiros vertebrados. Destas, apenas quatro espcies parasitam o

    homem: Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae e P. ovale. Este ltimo ocorre

    apenas em regies restritas do continente africano.

    1.1 Transmisso

    A transmisso da doena ocorre depois que a fmea do mosquito Anopheles infectada

    por protozoarios do gnero Plasmodium.

    Aqui no Brasil so trs espcies associadas a malria em seres

    humanos:P.falciparum,P.vivasa e P.malariae.

    O protozorio transmitido ao homem pelo sangue,geralmente atravs da picada da

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    fmea do Anopheles infectada por Plasmdium,ou em casos raros por algum meio que

    o sangue de uma pessoa infectada entre em contato com o sangue de outra pessoa

    sadia,como por transfuso de sangue,compartilhamento de seringas e usuarios de

    drogas,e tambm de me para filho durante a gestao.

    2. PLASMDIUM

    O Plasmdium um parasita unicelular ptotozoario que infecta oe eritrcitos (glbulos

    vermelhos),causando a malria,a transmisso aos seres humanos ocorre pela picada

    da fmea do mosquito Anopheles.So Parasitas esporozoides das clulas

    sanguineas.Esse parasita tem duas fases de reproduo,assexual no ser humano e

    sexual no mosquito.

    2.1 Morfologia do Plasmdium

    Os plasmdios variam individualmente em tamanho, forma e aparncia, de acordo com

    o seu estgio de desenvolvimento e com suas caractersticas especficas. As formas

    evolutivas extracelulares, capazes de invadir as clulas hospedeiras (esporozotos,

    merozotos, oocineto), possuem um complexo apical formado por organelas conhecidas

    como roptrias e micronemas, diretamente envolvidas no processo de interiorizao

    celular. Apresentam uma membrana externa simples e uma membrana interna dupla.

    Esporozoto: alongado e apresenta ncleo central nico. Sua membrana formada

    por duas camadas sendo a mais externa formada principalmente pela protena CS, a

    qual participa de diversas interaes celulares durante o ciclo vital do parasito.

    Forma exo-eritroctica: aps a penetrao do esporozoto no hepatcito, ocorre a perda

    das organelas do complexo apical e o parasito se toma arredondado. Esta forma

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    chamada trofozoto e aps sucessivas divises celulares dar origem ao esquizonte

    tissular (ou criptozoto).

    Merozoto: so clulas similares e capazes de invadir somente hemcias.

    Estruturalmente, assemelham-se aos esporozotos, sendo porm menores e

    arredondados, e tendo uma membrana externa composta por trs camadas.

    Formas eritrocticas: compreendem os estgios de trofozotos jovem, trofozoto maduro,

    esquizonte e gametcitos.

    Microgameta: clula flagelada originria do processo de exflagelao, sendo constituda

    de uma membrana que envolve o ncleo e o nico flagelo.

    Macrogameta: clula que apresenta uma estrutura proeminente na superfcie, por onde

    se d a penetrao do microgameta (fecundao).

    Oocineto: forma alongada de aspecto vermiforme, mvel, contendo ncleo volumoso e

    excntrico.

    Oocisto: estrutura esfrica. Apresenta grnulos pigmentados em seu interior e est

    envolto por uma cpsula.

    2.2 Ciclo do Plasmodium

    O plasmdio desenvolve um ciclo sexuado dentro do organismo do mosquito e um

    assexuado no organismo humano. Depois de 30 minutos que entrou na circulao

    sangunea do homem, alcana o fgado e vai-se multiplicando dentro das clulas

    hepticas at que elas arrebentam. Ento, eles se espalham no sangue e invadem os

    glbulos vermelhos, onde se reproduzem a tal ponto que eles se rompem tambm.

    Onde o Parasita habita:

    No homem, as formas infectantes, os esporozotos, circulam brevemente na corrente

    sangunea. Na etapa seguinte o parasito se desenvolve no interior do hepatcito e,

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    posteriormente, nos eritrcitos. No inseto vetor, as diferentes formas evolutivas

    desenvolvem-se sucessivamente no interior da matriz peritrfica, no epitlio mdio, na

    hemolinfa e nas glndulas salivares.

    3. MANIFESTAES CLNICAS

    O perodo de incubao de malria varia de acordo com a espcie de plasmdio, sendo

    9-14 dias para o P. falciparum, 12-17 dias para o P. vivax, 18-40 dias para o P. malariae

    e 16-18 dias para o P. ovale. Uma fase inicial, caracterizada por mal-estar, cefaleia,

    cansao e mialgia, geralmente precede a clssica febre da malria. O ataque

    paroxstico agudo (acesso malrico), coincidente com a ruptura das hemcias ao final

    da esquizonia, geralmente acompanhado de calafrio e sudorese. Esta fase dura de 15

    minutos a uma hora, seguida de uma fase febril de 41C ou mais. Aps um perodo de

    duas a seis horas, ocorre defervescncia da febre e o paciente apresent sudorese

    profusa e fraqueza intensa. Depois de algumas horas, os sintomas desaparecem.

    Aps a fase inicial, a febre assume um carter intermitente. A peridiocidade dos

    sintomas est na dependncia do tempo de durao dos ciclos eritrocticos de cada

    espcie de plasmdio: 48 horas para P. falciparum, P. vivax e P.ovale (malria ter) e

    72 horas para P. malariae (malria quart).

    Malria no-complicada

    As manifestaes clnicas mais frequentemente observadas na fase aguda so comuns

    as quatro espcies que parasitam os humanos. Em geral, os acessos malricos so

    acompanhados de intensa debilidade fsica, nuseas e vmitos. Ao exame fsico, o

    paciente apresenta-se plido e com bao palpvel. A anemia, apesar de frequente,

    apresenta-se em graus variveis, sendo mais intensa nas infeces por P. falciparum.

    Durante a fase aguda da doena comum a ocorrncia de herpes simples labial.

    Em reas endmicas, quadros prolongados de infeco podem produzir manifestaes

    crnicas da malria. Um quadro conhecido como sndrome de esplenomegalia tropical

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    pode ocorrer em adultos jovens altamente expostos a transmisso, apresentando

    esplenomegalia, hepatomegalia, anemia, leucopenia e plaquetopenia. Os nveis de IgM

    total e IgG antiplasmdio so elevados nesses casos e a sndrome regride aps uso

    prolongado de antimalricos. Proteinria acentuada, hipoalbuminemia e edema podem

    ocorrer em infeces no-tratadas pelo P. malariae (sndrome nefrtica da malria

    quart).

    Malria grave e complicada

    Adultos no-imunes, crianas e gestantes, podem apresentar manifestaes mais

    graves da infeco, podendo ser fatal no caso de P. falciparum. A hipoglicemia, o

    aparecimento de convulses, vmitos repetidos, hiperpirexia, ictercia e distrbio da

    conscincia so indicadores de pior prognstico e podem preceder as seguintes formas

    clnicas da malria grave e complicada:

    Malria cerebral: os principais sintomas so uma forte cefaleia, hipertermia, vmitos e

    sonolncia. Em crianas ocorrem convulses. O paciente evolui para um quadro de

    coma, com pupilas contradas e alterao dos reflexos profundos.

    Insuficincia renal aguda: caracteriza-se pela reduo do volume urinrio a menos de

    400 ml ao dia e aumento da ureia e da creatinina plasmticas. mais frequente em

    adultos do que em crianas.

    Edema pulmonar agudo: particularmente comum em gestantes e inicia-se com

    hiperventilao e febre alta. As formas mais graves caracterizam-se por intensa

    transudao alveolar, com grave reduo da presso arterial de oxignio (sndrome da

    angstia respiratria do adulto).

    Hipoglicemia: frequente em crianas, ocorrendo em associao com outras

    complicaes da doena, principalmente a malria cerebral. Os nveis de glicose

    sangunea so inferiores a 30 mg/dl e a sintomatologia pode estar ausente ou ser

    mascarada pela sintomatologia da malria.

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    Ictercia: definida como colorao amarelada da pele e mucosa, em decorrncia do

    aumento da bilirrubina srica, resultando de hemlise excessiva ou de

    comprometimento da funo heptica.

    Hemoglobinria: caracterizada por hemlise intravascular aguda macia, acompanhada

    por hiper-hemoglobinemia e hemoglobinria. O paciente apresenta urina colria

    acentuada, vmitos biliosos e ictercia intensa. Necrose tubular aguda com insuficincia

    renal a complicao mais frequente e que pode levar a morte.

    4. TRATAMENTO DA MALRIA

    No existe vacina contra a malaria, uma doena autolimitada, mas que pode levar

    morte se no for tratada em determinados casos. O tratamento padronizado pelo

    Ministrio da Sade feito por via oral e no deve ser interrompido para evitar o risco

    de recadas.

    O medicamento indicado para a malria vivax bem tolerado e no provoca efeitos

    colaterais. O mesmo no acontece com os indicados para a malria falciparum, o que

    dificulta seu uso nesse caso.

    5. PREVENO

    * Use repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e mosquiteiro, quando

    estiver em zonas endmicas;

    * Evite banhos em igaraps e lagoas ou expor-se a guas paradas ao anoitecer e ao

    amanhecer, horrios em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa regio

    endmica;

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    * Procure um servio especializado se for viajar para regies onde a transmisso da

    doena alta, para tomar medicamentos antes, durante e depois da viagem;

    * No faa preveno por conta prpria e, mesmo que tenha feito a Quimioprofilaxia, se

    tiver febre, procure atendimento mdico;

    * Nunca se automedique.