MAIS PREZA 22-06

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4 9 # comportamento música cultura internet carreira cinema moda agito PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 22 de junho de 2012 MULHERES sem valor, na coluna do Alf PÁG.2 GUIA PREZA dos empregos dos sonhos PÁG.3 GAÚCHA dando toco no princípe PÁG.4 A banda gaúcha Papas da Língua emplacou sucessos no cenário nacional quando se abriu mais espaço para o pop paralelo (?) Mercado Edu Defferrari/Especial/CP De cara, façamos um exercício. Observem a nossa linha do tempo aí ao lado. Perceberam as bandas gaúchas que deixaram sua marca no cenário nacional nas últimas décadas? Foram fortes e marcantes, mas muito pontuais. Quem é do meio musical admite: sim, entre os grupos daqui e o mercado no centro do país existem barreiras. A impressão de que a música gaúcha, por vezes, é rejeitada, é, inclusive, compartilhada por alguns gaúchos. Mas será que é verdade? Para o proprietário da produtora Olelê Music, que agencia bandas como Cachorro Grande e Bidê ou Balde, Lelê Bortholacci, não há preconceito, mas sim uma importante barreira geográfica. “O conteúdo que atinge o público nacional quase sempre é produzido no eixo Rio-São Paulo, e a maioria das nossas bandas estão aqui no Sul. É uma questão lógica do capitalismo. O gasto de uma passagem de SP para qualquer lugar do país é muito menor que o gasto de uma passagem que saia de Porto Alegre. Eu tenho certeza, por exemplo, que se a Ultramen tivesse nascido por lá, teria feito o mesmo – ou maior – sucesso que O Rappa”, arrisca. Otimista ou realista, Lelê fortalece que essa proximidade se reflete inclusive nos relacionamentos, ou seja, nos contatos que a banda faz onde se instala. Dependendo da visibilidade que o grupo almeja para a carreira, estar lá realmente é fundamental, pois propicia socializar com quem fica por trás da música. E foi pensando assim que bandas como Cachorro Grande e Fresno, que estão com uma respeitada visibilidade nacional atualmente, tomaram a decisão de ir morar em São Paulo. Porém, engana-se quem avalia o sucesso do grupo pela mudança de estado. Beto Bruno, vocalista da Cachorro Grande, admite, com a experiência de quem já dividiu um apê com mais sete pessoas, que nada é fácil e a sensação é como se tivesse que começar do zero. “Não é nada glamouroso ir morar em SP. A gente foi porque realmente sentia que precisava. Largar a terrinha foi uma escolha muito difícil, mas era questão de necessidade mesmo”. E o pop... Além da distância, outro fator pode facilmente ser associado a essa nuvem do “mercado paralelo”: o RS é tradicionalmente taxado como um Estado do rock. “O rock gaúcho sempre teve a fama de ser mais tradicional e pesado. Para mim, o estilo está vivendo um momento bastante complicado, porque bandas com sons mais populares como o pop e o sertanejo são a bola da vez no país”, revela Lelê. Mas, claro, a gauchada também tem suas exceções, como a Chimarruts e Papas da Língua, que têm uma pegada mais pop, por exemplo. Nesse caso, a história lá em cima teve um enredo mais ativo porque atravessou a barreira e encontrou um nicho em expansão. “Ficamos 13 anos construindo como formigas uma carreira que foi aos poucos conquistando o Sul para, só depois, conseguir emplacar nacionalmente. E isso aconteceu em um momento em que o pop estava sendo o querido da vez no Brasil”, conta Léo Henkin, guitarrista e compositor do Papas. Para ele, independentemente do estilo, as dificuldades em furar o bloqueio cosmopolita sempre existiram, e não se configura um privilégio exclusivo dos gaúchos. “Até mesmo os artistas do eixo brigam para conquistar espaço lá. E isso ocorre em todo o mundo. Todo país tem um centro de propulsão dos negócios da música, e quem vive fora dele tem que brigar muito para entrar. A vida real do showbizz é dura mesmo. Tem que ter paciência, persistência e acreditar na sua arte”, conclui. Quer saber o que outras bandas daqui acham sobre isso? Então corre para a página 2! Engenheiros do Hawaii –1986 explosão nacional com o álbum ‘Longe Demais das Capitais’ Defalla – No ano de 1988 o grupo chegou ao grande público com a música ‘Repelente’ Nenhum de Nós – Em 1988, a música ‘Camila, Camila’ foi uma das mais executadas nas rádios Bidê ou Balde – Em 2001, o clipe da música ‘Melissa’ rendeu à banda o prêmio revelação VMB do ano Cachorro Grande – No ano de 2005, ‘Sinceramente’ ganhou destaque nas rádios de todo o país Fresno – Os guris ganharam recon- hecimento nacional com a música ‘Polo’, em 2007 Chimarruts – Em 2009, ‘Do Lado de Cá’ conquistou e entrou na graça da gurizada

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Edição #49

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c o m p o r t a m e n t o m ú s i c a c u l t u r a i n t e r n e t c a r r e i r a c i n e m a m o d a a g i t o

PORTO ALEGRE,SEXTA-FEIRA,22 de junhode 2012

MULHERES sem valor, na coluna do AlfPÁ

G.2 GUIA PREZA

dos empregos dos sonhos PÁG

.3 GAÚCHA dando toco no princípe PÁ

G.4

A banda gaúcha Papas da Língua emplacou sucessos no cenário nacional quando se abriu mais espaço para o pop

paralelo (?)Mercado

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De cara, façamos um exercício. Observem a nossa linha do tempo aí ao lado. Perceberam as bandas gaúchas que deixaram sua marca no cenário nacional nas últimas décadas? Foram fortes e marcantes, mas muito pontuais. Quem é do meio musical admite: sim, entre os grupos daqui e o mercado no centro do país existem barreiras. A impressão de que a música gaúcha, por vezes, é rejeitada, é, inclusive, compartilhada por alguns gaúchos. Mas será que é verdade?

Para o proprietário da produtora Olelê Music, que agencia bandas como Cachorro Grande e Bidê ou Balde, Lelê Bortholacci, não há preconceito, mas sim uma importante barreira geográfica. “O conteúdo que atinge o público nacional quase sempre é produzido no eixo Rio-São Paulo, e a maioria das nossas bandas estão aqui no Sul. É uma questão lógica do capitalismo. O gasto de uma passagem de SP para qualquer lugar do país é muito menor que o gasto de uma passagem que saia de Porto Alegre. Eu tenho certeza, por exemplo, que se a Ultramen tivesse nascido por lá, teria feito o mesmo – ou maior – sucesso que O Rappa”, arrisca. Otimista ou realista, Lelê fortalece que essa proximidade se reflete inclusive nos relacionamentos, ou seja, nos contatos que a banda faz onde se instala.

Dependendo da visibilidade que o grupo almeja para a carreira, estar lá realmente é fundamental, pois propicia socializar com quem fica por trás da música. E foi pensando assim que bandas como Cachorro Grande e Fresno, que estão com uma respeitada visibilidade nacional atualmente, tomaram a decisão de ir morar em São Paulo. Porém, engana-se quem avalia o sucesso do grupo pela mudança de estado. Beto Bruno, vocalista da Cachorro Grande, admite, com a experiência de quem já dividiu um apê com mais sete pessoas, que nada é fácil e a sensação é como se tivesse que começar do zero. “Não é nada glamouroso ir morar em SP. A gente foi porque realmente sentia que precisava. Largar a terrinha foi uma escolha muito difícil, mas era questão de necessidade mesmo”.

E o pop...

Além da distância, outro fator pode facilmente ser associado a essa nuvem do “mercado paralelo”: o RS é tradicionalmente taxado como um Estado do rock. “O rock gaúcho sempre teve a fama de ser mais tradicional e pesado. Para mim, o estilo está vivendo um momento bastante complicado, porque bandas com sons mais populares

como o pop e o sertanejo são a bola da vez no país”, revela Lelê.

Mas, claro, a gauchada também tem suas exceções, como a Chimarruts e Papas da Língua, que têm uma pegada mais pop, por exemplo. Nesse caso, a história lá em cima teve um enredo mais ativo porque atravessou a barreira e encontrou um nicho em expansão. “Ficamos 13 anos construindo como formigas uma carreira que foi aos poucos conquistando o Sul para, só depois, conseguir emplacar nacionalmente. E isso aconteceu em um momento em que o pop estava sendo o querido da vez no Brasil”, conta Léo Henkin, guitarrista e compositor do Papas. Para ele, independentemente do estilo, as dificuldades em furar o bloqueio cosmopolita sempre existiram, e não se configura um privilégio exclusivo dos gaúchos. “Até mesmo os artistas do eixo brigam para conquistar espaço lá. E isso ocorre em todo o mundo. Todo país tem um centro de propulsão dos negócios da música, e quem vive fora dele tem que brigar muito para entrar. A vida real do showbizz é dura mesmo. Tem que ter paciência, persistência e acreditar na sua arte”, conclui.

Quer saber o que outras bandas daqui acham sobre isso? Então corre para a página 2!

Engenheiros do Hawaii –1986 explosão nacional com o álbum ‘Longe Demais das Capitais’

Defalla – No ano de 1988 o grupo chegou ao grande público com a música ‘Repelente’

Nenhum de Nós – Em 1988, a música ‘Camila, Camila’ foi uma das mais executadas nas rádios

Bidê ou Balde – Em 2001, o clipe da música ‘Melissa’ rendeu à banda o prêmio revelação VMB do ano

Cachorro Grande – No ano de 2005, ‘Sinceramente’ ganhou destaque nas rádios de todo o país

Fresno – Os guris ganharam recon-hecimento nacional com a música ‘Polo’, em 2007

Chimarruts – Em 2009, ‘Do Lado de Cá’ conquistou e entrou na graça da gurizada

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Alejandro Zambra, um jovem escritor chileno, mandou muito bem no romance de estreia: “Bonsai”. O livro recém foi lançado no Brasil e já tá conquistando a gurizada. A história fala de primeiros amores e de um casal que lia em conjunto de vários livros. Apesar do tamanho reduzido (dá pra ler tranquilo na correria do dia a dia), os detalhes da trama ficam

na cabeça da gente por muito tempo.

Antônio Xerxenesky,

27 anos, escritor

2 S e x t a - f e i r a , 2 2 d e j u n h o d e 2 0 1 2

Eu curti a Cascata do Garapiá em Maquiné. É um passeio superbacana pra ser feito num fim de semana de sol. O lugar é bem reservado, no meio da natureza, e tem lugar pra acampar ou alugar cabanas pra quem não gosta da função do camping. Na região tem ainda a Cascata da Forqueta, da Solidão, da Água Branca, o Cânion da Serrinha e um monte de lugares lindos! Pra chegar é necessário ir até Maquiné

e pegar uma estradinha de chão batido que leva à Barra do Ouro.

Dafne Panatieri, 21 anos,

estudante

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curtiO que eu

assim? Mulheres sem valorDia desses escrevi um post no blog do

Mais Preza (maispreza.com.br) que deu o maior rebuliço. Falei “mal” das mulheres. Rapaz, que confusão eu arrumei. Resolvi voltar com o assunto, desta vez na versão impressa do caderno. Vamos contextualizar com um resumo do texto postado:

“Eu tenho mãe, irmã e namorada. Tenho várias amigas. Diversas mulheres possuem o meu respeito, admiração e meu desejo como homem. Muitas são as mulheres que eu bato palma. Perco a conta se eu pensar em quantas mulheres são exemplos profissionais para mim. Considero básicos os direitos iguais entre homens e mulheres e não consigo entender como pode ser diferente. Eu realmente penso tudo isso, mas eu preciso lhes contar outra coisa que eu penso. Mulheres, vocês não se dão o valor. Todas? Não, mas MUITAS. E falo isso porque tenho presenciado quieto a propagação do conceito de que homem tem que pagar camarote, bebida e não sei mais o quê pra mulher em balada. Tá errado.

Cena exemplificadora: Na Balada

Começa o processo com as promoções de ‘mulher não paga’. Por quê? Tem muita guria aí que ganha mais do que eu. Depois vem aquela história: juntam três, quatro, cinco homens, pagam uma fortuna pelo camarote e ficam lá com as iscas, digo, com as pulseiras, atraindo a mulherada. E por fim, eu queria saber onde tá escrito que é gentil homem pagar bebida pra mulher. Em que mundo nós estamos, gente? Ser gentil é abrir a porta, é ser educado, é dar flor. Vamos ser verdadeiros? O que o cara quer é uma troca simples (não fiquem chateadas, é a verdade): eu compro um espaço legal na balada – camarote -, eu faço tu te soltar – te dando bebida à vontade – e, por fim, eu quero ( ) ser gentil ( ) ser teu amigo ( ) te levar pra minha casa. (Se vocês colocarem x na primeira, são canalhas. Na segunda, são falsas malandras. Na terceira, conscientes).

Essa cena acontece todos os dias, aliás, todas as noites. Não acho legal, acredito que mulher pode muito mais que isso. Acho que mulher tem muito mais poder do que se vender por um copo de bebida. Abram o olho gurizada. Tem muita guria vazada mais perto do que você imagina. Abram o olho mulherada. Vocês valem muito mais que uma garrafa de espumante.”

Recebi muitas manifestações e 90% delas dizendo que eu tinha razão. Não se pode generalizar, mas acho que este tipo de mulher mancha a instituição feminina, que tanto lutou pra obter os mesmos direitos que os homens (o que pra mim é um absurdo ter que lutar, já que devia ser igual desde sempre). Enfim, em tempos onde as mulheres conquistam cada vez mais seu espaço, é deprimente saber que algumas (muitas) ainda se ‘vendem’ por uma taça de champanhe.

Falamos!

Esse texto foi originalmente publicado no blog de Guilherme Alf (guilhermealf.com.br) e o seu conteúdo é de responsabilidade do autor.

Guilherme [email protected]

Segue a ideia da semana, pessoal. E você, já plantou a sua no plantetuaideia.com.br? “Criar um projeto de inserção da sociedade nas soluções de arborização urbana. Hoje não é permitida a participação efetiva da população na arborização, o que afasta a população de suas árvores. Criar um projeto conjunto entre voluntários e técnicos da Smam para treinar e preparar tutores voluntários de arborização, que atuariam garantindo que a população possa participar do plantio de árvores.”

Cleber Sana

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“Quando troquei Porto Alegre por São Paulo, não fazia ideia do tamanho da encrenca. Demora pra aceitar que você morava em outro estado, distante e pequeno (e talvez isso faça o RS tão especial). Aos poucos vai se entendendo as leis da selva que movimentam o mercado, e isso é impossível aprender e praticar sem estar em SP. No caso, temos o apoio de uma gravadora que admiramos muito, como profissionais e como pessoas, o que ajuda a te acalmar quando alguma coisa não dá certo. E agora que vai sair o disco, a expectativa é grande. Vejo o mercado brasileiro receptivo à boa música, seja ela gaúcha ou acreana. Cantei a mesma canção no Rio Grande do Sul e no Rio Grande do Norte, e vi as pessoas se comoverem com a mesma intensidade.”

Arthur Teixeira, vocalista e guitarrista da Volantes

“A banda teve alguns pontos cruciais que ajudaram a romper o bloqueio do cenário nacional. O nosso segundo disco foi encartado na revista do Lobão, que circulava em todas as capitais do Brasil. A partir daí fomos contratados por uma gravadora e, pela demanda, tivemos a exigência de ir morar em SP. Por incrível que pareça, até o nosso reconhecimento no Sul aumentou depois disso. Mas acho que cada caso é um caso. Se tu chegar e fizer um rock verdadeiro, pensando na música, não interessa da onde tu veio, não tem preconceito, SP é a cidade do mundo. Estamos muito felizes com a nossa turnê nova, nosso último disco está tendo uma divulgação muito boa em relação aos outros, mas entendemos que estamos numa batalha ainda, sempre na estrada, não é vida boa.”

Beto Bruno, vocalista da Cachorro Grande

É tão difícil A gente conversou com uma galera que está em diferentes fases da carreira: os guris da Wannabe

Jalva, que ainda não saíram de Porto Alegre e já contam com um CD e grandes festivais na bagagem; a turma da Volantes, que está trabalhando no seu próximo álbum e mora há cerca de dois anos em São Paulo; e com a Cachorro Grande, que saboreia pouco a pouco a conquista do mercado nacional. Olha o

que cada um tem a dizer sobre romper o elo entre RS e o cenário nacional:

“Quando começamos a tocar com Wannabe Jalva havia um pequeno receio de que pudéssemos ser taxados de ‘mais uma banda gaúcha’. Existe uma história forte em relação ao rock do RS, e a forma como a música é feita aqui. Mas esse receio ficou pra trás com as viagens frequentes a outros estados. Sempre fomos bem recebidos e sempre teve uma abertura legal exatamente por não se tratar de mais uma banda do centro do país. A sensação é que existe um estereótipo na cabeça das pessoas do que é o rock gaúcho, tanto em estilo de som quanto em atitude, forma de vestir. Acabamos diminuindo a semelhança com as outras bandas por cantar em inglês e não ter o sotaque característico. Por outro lado, percebo que a maioria das bandas daqui tem dificuldade de formar um público tão forte lá pra cima, tendo que se mudar na maioria dos casos. Eu adoro o rock daqui e é sempre muito bom dar uma entrevista e dizer que venho da terra da Bidê ou Balde, da Cachorro Grande, da Pública, do Apanhador Só, entre outras tantas.”

Felipe Puperi, vocalista e guitarrista da Wannabe Jalva

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Fotógrafo da baladaCansou de fotografar paisagem e o ani-versário da sua tia? Já pode pegar sua câmera semiprofissional pra registrar os melhores (e os piores) momentos dos seus amigos na balada. E pode ser no automático mesmo, a gente jura que não conta pra ninguém. Estimativa salarial: um vale-ceva para os iniciantes, dois vale-cevas e a chance de pegar alguém para os mais experientes.

Loira da cervejaEssa é uma das mais fáceis. É só ter boa desenvoltura pra pagar de sensual enquanto um ventilador faz voar seus cabelos bem hidratados e você declama o bordão da marca para a qual você está sendo paga. Até a Sandy já foi uma delas, e olha que ela nem deve saber do que se trata uma breja!Estimativa salarial: 1 milhão – se você for a Sandy!

O mais tatuado do mundoÉ só tatuar o corpo inteiro, de todas as formas pos-síveis, até ninguém lembrar mais de como é a sua cara de verdade. Vale até tatuar tribal, borboletinha no cóccix, estrelinha no ombro, “vida loka” ou “carpe diem”.Estimativa salarial: pautas em programas bizarros da TV a cabo e participação em clipes da Lady Gaga.

Blogayra de modaSabe usar o teclado e se vestir sozinha? Pimba! Você pode ser uma blogayra. Agora você só precisa tirar fotos com as suas roupas e nos eventos que você frequenta (exemplo: aniversário da Claudinha, batizado do filho da Laurinha, noivado da Paulinha, etc).Estimativa salarial: esmalte para as mais pobrinhas, esmalte e convites pra lançamentos de esmalte pra quem for mais it-girl.

Fake do Twitter

Curte causar na Internet? Faça um perfil, coloque uma foto de alguma celebridade morta ou personagem dos anos 80. Faça comentários irônicos sobre política, futebol ou novela. Pronto, só aí você já tem uns 500 seguidores.Estimativa salarial: 20 ou mais RTs por tweet e ameaça de processo para os mais desbocadinhos.

Morena misteriosaJogadores de futebol, pagodeiros e canto-res sertanejos, enquanto não casam com a Juliana Paes, se divertem com a “Morena Misteriosa”. Ela é sempre vista na compa-nhia de algum famoso, saindo de uma bo-ate no Leblon, mas ninguém sabe o nome, porque ela é a “Morena Misteriosa”.Estimativa salarial: convites pra pro-gramas da tarde, ensaios sensuais e até participação em algum reality pra quem tiver sido Morena Misteriosa mais de cinco vezes.

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por Susi Borges@susiborges

O Falando Umas Verdades é a reunião de um pouco de tudo que a galera da redação do Mais Preza pensa, abordado de um jeito divertido e bem humorado. Até porque a gente acredita que bom humor não faz mal a ninguém. Aproveita e passa lá no blog que todo dia tem um post novinho pra você se divertir e ficar bem informado, de um jeito preza! (maispreza.com.br)

Unhas de pelúciaUnhas pintadas de bichinho, de bandeira do time, craqueladas, com glitter,

opacas... OMG! Tudo isso e mais um pouco tem tornado o simples fato de fazer as unhas um evento. Nada é tão simples que se resolve com Renda ou Rebu como antigamente. E nada é tão criativo que não possa se superar. Como é o caso das unhas de pelúcia, cuja ideia veio direto dos EUA, do New York Fashion Week 2012. As unhas ficam com aspecto aveludado. O efeito felpudo é garantido por meio da aplicação do pó de flocagem – feito de náilon e facilmente encontrado em lojas que vendem produtos pra artesanato. Por aqui, a técnica já está sendo aplicada pelo Espaço do Esmalte, que fica em Viamão (Laura Bandeira Lopes, 85) e custa

R$ 17. A equipe, comandada pela esteticista Lia Medeiros, também atende a domicílio em toda região

Metropolitana. É só marcar pelo telefone (51) 3045- 6025. Agora, assim, se você prefere se aventurar e entrar na onda “do it youserlf”, saca o passo a passo facinho, facinho, aí ao lado e arrasa! Pra fazer você vai precisar de pó pra flocagem, esmalte, topcoat

(finalizador) e acetona.

1) Pinte as unhas da cor que desejar e limpe os cantinhos como você faz normalmente.

2) Passe o topcoat sobre as unhas, evitando o contato com a pele.

3) Logo após passar o topcoat, mergulhe a unha dentro do potinho de pó para flocagem. Ao retirar o dedo do recipiente, aperte o pó de flocagem nas unhas para fixar bem.

4) Para retirar o excesso, você pode utilizar um pincel de maquiagem.

5) Caso fique pó grudado na sua pele, basta passar o removedor com algodão. Pronto, suas unhas de pelúcia estão prontinhas! Mais uma dica para a produção é fazer uma unha de cada vez.

Guia preza de empregos

Neste domingo, rola mais uma edição da noite de bandas independentes no Opinião (José do Patrocínio, 834) com a Noite Senhor F. Nesta edição, as atrações serão as bandas porto-alegrenses Funkalister e Renascentes, além dos goianos da Mechanics. A Noite Senhor F deste mês ainda promove uma arrecadação de agasalhos, por isso, pede-se que o público leve uma peça de roupa de inverno no dia. Ingressos antecipados a R$ 15 nas lojas Trópico dos Shoppings Iguatemi, Praia de Belas, Moinhos, Total, BarraShoppingSul, Bourbon Ipiranga, Canoas Shopping, Bourbon São Leopoldo, Bourbon Novo Hamburgo e Bourbon Wallig. Na hora, R$ 20. Os shows começam a partir das 21h.

Gig Rock

O Festival Gig Rock chega a Porto Alegre nesta edição, entre os dias 12 e 14 de julho. O Beco (Independência, 936) vai receber os shows internacionais de A Place to Bury Strangers, The Whip e The Virgins. Sempre com a abertura de grupos que estão se destacando no cenário independente brasileiro. Se liga nas datas: A Place to Bury Strangers toca dia 12, The Virgins, dia 13 e The Whip, dia 14. Os ingressos antecipados custam R$ 30 e podem ser comprados no ticketjam.com.br. Na hora custarão R$ 50.

Boomshakalaika

Na edição em que a Boomshakalaika chega à maioridade, os DJs residentes Karla Hofmann, Mark Telles, Buzz Lightyear e Segurança Boeira vão mostrar como é belo o mundo dos boomshakers. Aproveite pra curtir a noite ao som de Aladdin, A Pequena Sereia, A Bela e a Fera, Toy Story, O Rei Leão e muitos outros! Ainda terão os convidados Diogo Guisso e Floco pra fazer a galera dançar o melhor e o pior dos anos 90 e do começo dos anos 2000, do funk ao rock, do pop ao axé, do pagode ao brega. É amanhã, no Laika Club (Venâncio Aires, 59). Ingressos a R$ 15 com nome na lista e R$ 20 na hora.

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Faculdade é um saco às vezes, né? Ainda mais em final de semestre, quando a gente tem de virar as noites pra fazer trabalhos. Cadê os nossos direitos

de ir e vir (pro bar)? Se você também pensa em largar tudo, mas não quer ter que vender pastel na praia ou fugir com o circo russo, o #verdades de hoje

lista alguma das profissões moderninhas que estão bombando no mercado de trabalho. Todas muito dignas, veja bem:

F o t o s D i v u l g a ç ã o / C P

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S e x t a - f e i r a , 2 2 d e j u n h o d e 2 0 1 24

Mariana Achutti e Gabriela Guerra

Essa galera estilosona da galeria dessa semana esteve, no último sábado, no Complex, quando rolou o lançamento do Arnette Garage Band Festival II. A banda Stratopumas e a DJ Juli Baldi comandaram a tarde por lá em alto estilo. Ah, e se você ainda não tá ligado, passa lá no facebook.com/arnettebrasil que o concurso de bandas já tá rolando. É só inscrever a sua e torcer!!!

Galera da Stratopumas

Schana Breyer

Felipe Martini

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A estudante de design e modelo Miriane Siqueira, 18 anos, tem uma boa história de paquera para contar para as amigas em um bar de sushi. Em 2010, durante umas férias em Saint Tropez, em uma daquelas festinhas que rolam à tarde com música eletrônica na beira da piscina, um gringo veio puxar um papo com ela. Conversaram aleatoriedades sobre a vida e tal. Antes de ir embora, ele foi trocar uma ideia com os amigos dela. “Ele falou para eles que iria es-tar me esperando em tal lugar, numa determinada hora. E que era o Príncipe Harry” Miriane ficou chocada, já que ele nem tinha dado pistas de que era um membro da realeza britânica. O flerte despertou diferentes rea-ções. “Meu namorado da época ficou muito de cara, não conse-guiu nem almoçar. Já meus pais queriam que eu fosse ser prin-cesa”, brinca. Ela não fez muita questão de ir atrás dele. “Na hora, eu pensei em ir, pra dar uma zoa-da”, mas não foi e deixou as ami-gas até hoje na curiosidade.

O boy lixo e o boy magia O príncipe da Miriane, o Harry, é a ovelha negra da família

real: já admitiu que usou maconha e tem bebedeiras constan-tes. Foi internado em clínicas de reabilitação algumas vezes. Em uma festa à fantasia, chegou a usar uma suástica no peito, tendo que se desculpar publicamente. Mas, apesar da fama de

bad boy, que faz sucesso entre as mulheres, Miriane diz preferir o irmão William, o comportado da família. “Ele parece ser mais centrado e ainda tem aquelas honrarias militares. De rebelde já ia bastar eu no relacionamento”, brinca. Pena que ele já está muito bem casado com a Kate Middleton. Aliás, falando em

casamento, se Miriane tivesse dado uma chance para o Harry, quem sabe poderia até ter sido convidada para o casamento real ou para o jubileu de diamante da rainha, que aconteceu no começo deste mês. “Acho que eu poderia ter trocado os conta-tos, pelo menos”, afirma uma talvez arrependida Miriane.

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Não foi só o príncipe que curtiu a Miriane. A gata chamou a atenção até do Facehunter, uma das referências de blogs de street style no mundo, que esteve ministrando um workshop em Porto Alegre nas últimas semanas