MAIO 2011 - Paróquia da Maia · anno confecionando a seguinte forma. Saldo no fim do anno de...

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BOLETIM DE INFORMA˙ˆO PAROQUIAL MAIO 2011 ANO XXII - N” 237 Preo avulso: 0,50 PUBLICA˙ˆO MENSAL [email protected] http://www.paroquiadamaia.net Logo que foi a anunciada a Beatificaªo do Papa Joªo Paulo II, tomei a decisªo de ir a Roma participar neste grande acontecimento, unido a toda a Igreja e a todo o mundo que nele viu o rosto de Jesus Misericor- dioso. E tambØm senti que deveria ir agradecer o feliz acontecimento do dia 11 de Maio de 1991, dia da sua assinatura no Pergaminho, por ocasiªo da 1“ Celebra- ªo da Eucaristia na Igreja de Nossa Senhora da Maia (12/5/1991) com a BŒnªo dada Parquia , como disse ao SecretÆrio da Nunciatura de Lisboa, Mons, Callovi. Nªo tenho palavras para traduzir tudo o que, a partir desse dia, foi acontecendo na nossa Parquia e que Ø bem visvel a todos. Nªo o vejo s na construªo da Igreja, mas em tudo o mais que tem o sinal da fØ e que Ø a vida cristª de tanta e tanta gente sempre disponvel como Joªo Paulo II o foi a Deus e a Nossa Senhora - TOTUS TUUS . NinguØm, neste nosso mundo, Ø insensvel ao Papa Joªo Paulo II e agora ainda mais pela sua beatificaªo oficial, pois no coraªo de todos ele jÆ era santo. Estive em Roma. A mala que levei com o essencial era relativamente pequena, pois os dias seriam pou- cos, mas o meu coraªo transbordava de alegria, de agradecimento e de pedidos, pois estes nªo cabiam em nenhuma mala. Levei mesmo pedidos escritos que foram colocados junto da urna que conserva os seus restos mortais, junto ao Altar da Confissªo na Baslica de S.Pedro. A Roma, capital imponente, transformou-se em lugar onde se respirava santidade concretizada nos cartazes do Papa com as suas grandes frases que nortearam o seu Pontificado e que transformaram o mundo. Agradeo a Deus por esta graa que me concedeu de ter ido Beatificaªo de Joªo Paulo II. Senti bem ao vivo a sua palavra "Nªo tenhais medo... abri as portas a Cristo" . PDJ EDITORIAL

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BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIALMAIO 2011ANO XXII - Nº 237 Preço avulso: 0,50 �

PUBLICAÇÃOMENSAL

[email protected]://www.paroquiadamaia.net

Logo que foi a anunciada a Beatificação do PapaJoão Paulo II, tomei a decisão de ir a Roma participarneste grande acontecimento, unido a toda a Igreja e atodo o mundo que nele viu o rosto de Jesus Misericor-dioso.E também senti que deveria ir agradecer o feliz

acontecimento do dia 11 de Maio de 1991, dia da suaassinatura no Pergaminho, por ocasião da 1ª Celebra-ção da Eucaristia na Igreja de Nossa Senhora da Maia(12/5/1991) com a Bênção dada à Paróquia , comodisse ao Secretário da Nunciatura de Lisboa, Mons,Callovi.Não tenho palavras para traduzir tudo o que, a

partir desse dia, foi acontecendo na nossa Paróquia eque é bem visível a todos. Não o vejo só na construçãoda Igreja, mas em tudo o mais que tem o sinal da fé eque é a vida cristã de tanta e tanta gente sempredisponível como João Paulo II o foi a Deus e a NossaSenhora - TOTUS TUUS .Ninguém, neste nosso mundo, é insensível ao Papa

João Paulo II e agora ainda mais pela sua beatificaçãooficial, pois no coração de todos ele já era santo.Estive em Roma. A mala que levei com o essencial

era relativamente pequena, pois os dias seriam pou-cos, mas o meu coração transbordava de alegria, deagradecimento e de pedidos, pois estes não cabiamem nenhumamala. Levei mesmo pedidos escritos queforam colocados junto da urna que conserva os seusrestos mortais, junto ao Altar da Confissão na Basílicade S.Pedro.A Roma, capital imponente, transformou-se em

lugar onde se respirava santidade concretizada noscartazes do Papa com as suas grandes frases quenortearam o seu Pontificado e que transformaram omundo.Agradeço a Deus por esta graça que me concedeu

de ter ido à Beatificação de João Paulo II.Senti bem ao vivo a sua palavra "Não tenhais

medo... abri as portas a Cristo" .PDJ

EDITORIAL

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CONSULTANDO A HISTÓRIA

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 2

Depois da transcrição dos registos de 1898 relativos àsobras no cemitério, verificamos que, em fevereiro dessemesmo ano, "O presidente abriu a sessão e apresentou oprojecto e orçamento de peritos para a obra da egreja que aJunta unanimamente approvou". Depois, a ata seguinte - de 13de Março do mesmo ano - diz-nos que "O presidente abriu asessão e apresentou o orçamento ordinario do correnteanno confecionando a seguinte forma. Saldo no fim do annode 1897-393:720. Juros de 8 acções do Banco de Portugal

280:000 reis, idem de 4 ditas 140:000 reis, renda dos foros5:910 reis, producto do aluguer de terrenos 7:000 reis, taxasde entrada de cadaver no cemitério 1:500, soma a receita898:130 reis. Despeza, ordenado do sachristão 20:500 reis,idem do secretário 20:000 reis, espediente da Junta 600 reis,idem da regedoria 300 reis, guizamento e outras despezas doculto 13:000 reis, azeite em todo o anno para as lampadas dosachramento 12:000 reis, missas segundo o legado dosantissimo 720 reis (�)"

Maria Artur

S. MIGUEL DA MAIA

Proprietário e EditorParóquia da MaiaDirector e

Chefe de RedacçãoP. Domingos Jorge

ColaboradoresAna Maria RamosÂngelo SoaresAntónio MatosArlindo CunhaCarlos GomesConceição Dores de CastroHenrique CarvalhoHigino CostaIdalina MeirelesIsilda Irene R. Silva AlvesJosé Carlos TeixeiraJosé Manuel Dias CardosoLuís Clemente RibeiroLuís Sá FardilhaManuel MachadoMª Artur C.de Araújo BarrosMª Fernanda Ol. RamosMaria Lúcia Dores deCastroMª Luísa C.M. TeixeiraMaria Teresa AlmeidaMário OliveiraPaula Isabel Garcia SantosPedro AntunesVictorMeirelesCorrespondentes

Vários (eventuais)

Col. na ComposiçãoJoão AidoJoséTomé

Tiragem

NOTÍCIAS DA COMUNIDADENOTÍCIAS DA COMUNIDADENOTÍCIAS DA COMUNIDADENOTÍCIAS DA COMUNIDADENOTÍCIAS DA COMUNIDADE

CATEQUESEPodíamos procurar muitas palavras para iniciar a participação da catequese no BIP

deste mês, falaríamos sobre a vivência e celebração que fizemos da Páscoa de Jesus Cristo,mas optamos por dar prioridade ao testemunho daqueles jovens e pré-adolescentes danossa catequese que, sendo convidados, a participar na celebração de Quinta-feira Santa,aceitaram o convite, alguns deles surpreendidos pelo que lhes era pedido, mesmo assim,deixaram as suas casas e envolveram-se directamente na celebração da Última Ceia deJesus. Alguns deles experimentarão, quem sabe, um pouco da surpresa dos própriosapóstolos, como Pedro exemplificou no Evangelho que partilhamos. Estou certo que seráummomentomemorável para cada umdeles e esperoque compreendamo significado real,cada um deles, do lava-pés. Para os Judeus era uma prova de grande estima lavar os pés dequementrava em sua casa,mas era umescravo, e omenos qualificado que o fazia. Este factoaumentou a surpresa dos apóstolos quando Jesus lhes disse que tinha de lavar os pés atodos eles. E no fundo se pudesse fá-lo-ia a cada um de nós. Se calhar só com este grandeexemplo de humildade, alguns de nós, seríamos tocados pelo espírito de serviço e missãoque Jesus nos colocou como caminho com Ele na direcção do Pai. Quem não deixa tudoe se disponibiliza para o seguir, não percorre o caminho que Jesus propôs, não permite queO encontremos no rosto de cada um que servimos e na alegria dos outros quando damostestemunho d'Ele. No fundo, o ritual do lava-pés, pode servir para que cada um de nós serecorde da vocação ao serviço do anúncio da BoaNova, commaior lembrança para todos,em particular para os catequistas. Não é possível anunciar sem vocação de servir opróximo, em particular as crianças, adolescentes e jovens ansiosos de conhecer JesusCristo. Renovados pela Ressurreição de Jesus vamos iniciar os dois últimosmeses no nossoano pastoral, disponibilizem-nos para deixar tudo e segui-Lo, quando o desafio nos forcolocado. Uma última palavra para a nossa celebração do passado dia 30 de Abril, quedevemos repetir noutros anos, como forma de partilharmos a alegria de Jesus Ressuscitadoque sentimos. Não podemos celebrar a Via Sacra sem exultar com a Via Lucis, a primeiracaminho para a Páscoa, a segunda um exemplo para vivermos Jesus Ressuscitado. Podemosdizer emcada eucaristia que a nossa fé é "Anunciamos Senhor aVossamorte, Proclamamosa vossa Ressurreição, Vinde Senhor Jesus!" e terminar a celebração da Ressurreição nodomingo de Páscoa?

José Manuel Dias Cardoso

O LAR DE NAZARÉ está em construção.O site: www.paroquiadamaia.net - Consulte

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Mês de AbrilBAPTIZADOS

3 - Pedro Novais da SilvaDiana Rafaela Nascimento Pinho

9 - António de Castro Ribeiro Brás17 - Beatriz Gomes Mendes18 - Dânia Sousa Carvalho

16 - Sérgio Ricardo Neves Pereira eAndreia Patrícia Gomes Pires

24 - António Manuel Mendes Branco eCristiana Marina Pinto Nunes Monteiro

5 - José Augusto Ferreira da Costa (63 anos))9 - Esperança da Conceição Pereira (87 anos)10 - Mário António Morais Múrias ( 66 anos)11 - Mª Sara da Conceição Teixeira Moura (86 anos)16 - Olinda Soares (85 anos)22 - Ana de Jesus Carvalho (85 anoss)

Pró -VOCAÇÃO, por vocaçãoO Papa fala-nos das Vocações ConsagradasEstamos a iniciar a Semana de Oração que

culminará com o 48º Dia Mundial das Vocações(15 de Maio), para o qual o Papa propôs o tema"Propor as vocações na Igreja local".Concluimos o nosso contacto com a signifi-

cativa Mensagem que Bento XVI nos dirige eque nos deve interpelar a todos:"É preciso que cada Igreja local se torne

cada vez mais sensível e atenta à pastoralvocacional, educando a nível familiar, paroquiale associativo, sobretudo os adolescentes e osjovens - como Jesus fez comos discípulos - paramaturarem uma amizade genuína e afectuosacom o Senhor, cultivada na oração pessoal elitúrgica; para aprenderem a escuta atenta efrutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente comas Sagradas Escrituras; para compreenderem que entrar na vontade deDeus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir averdade mais profunda de si mesmos; para viverem a gratuidade e afraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de

Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações. "Propor as vocações na Igreja local"significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimentode Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida.(�) desejo dirigir uma fraterna saudação de especial encorajamento a quantos colaboram de vários modos nas paróquias

com os sacerdotes. Em particular, dirijo-me àqueles que podem oferecer a própria contribuição para a pastoral das vocações:os sacerdotes, as famílias, os catequistas, os animadores. Aos sacerdotes recomendo que sejam capazes de dar um testemunhode comunhão com o Bispo e com os outros irmãos no sacerdócio (�). Que as famílias sejam "animadas pelo espírito de fé, decaridade e piedade", capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamamento ao sacerdócio e à vidaconsagrada. Convictos da sua missão educativa, os catequistas e os animadores (�) "de tal forma procurem cultivar o espíritodos adolescentes a si confiados, que eles possam sentir e seguir de bom grado a vocação divina".Queridos irmãos e irmãs, o vosso empenho na promoção e cuidado das vocações adquire plenitude de sentido e de eficácia

pastoral, quando se realiza na unidade da Igreja e visa servir a comunhão. É por isso que todos osmomentos da vida da comunidadeeclesial - a catequese, os encontros de formação, a oração litúrgica, as peregrinações aos santuários - são uma ocasião preciosapara suscitar no Povo de Deus, em particular nos mais pequenos e nos jovens, o sentido de pertença à Igreja e a responsabilidadeem responder, com uma opção livre e consciente, ao chamamento para o sacerdócio e a vida consagrada.A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local. (�) "

Cont. na pág. 7

ÓBITOS

CASAMENTOS

MOVIMENTO DEMOGRÁFICO

Oração da Semana dasVocações

Senhor Jesus Cristo, BomPastor da vossa Igre-ja,Vósque tantonosamastes, quedestes avidaportodos nós, e, depois de ressuscitado de entre osmortos, prometestes estar connosco até ao fimdos tempos, nós vos suplicamos: fazei com quehajamais cristãosque sedeixemcativarpeloVossoamor e se ofereçam para o irradiar pelo mundocomo sacerdotes, religiosos ou religiosas.Ajudai nos, Senhor, a tudo fazer para que esta

graça nos seja concedida na comunidade cristã aque pertencemos. Teremos então mais razõespara Vos bendizer, em união com Santa Maria,Vossa Mãe bendita: Vós que viveis e reinais pelosséculos dos séculos. Amen.

24 de Maio, às 20 h,

Igreja de Nossa Senhora da Maia

Testemunhos de quem experimenta e vive a Expe-riência do Ressuscitado"A participação na cerimónia do lava-pés foi uma honra, mas

confesso que me senti "embaraçado" quando o representante de

QUINTA-FEIRA SANTA

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CENTRO SOCIAL

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Hoje, na habitual intervenção do nosso Centro Social nesta página, os nossos idososvão falar aos jovens, particularmente os da nossa paróquia:No recente dia 28 de Março celebrou-se o Dia Mundial da Juventude. Parece-nos

não ter tido qualquer utilidade a não ser a de nos propor a Juventude como tema dereflexão.Sim, tudo nos leva a crer que a juventude tem o seu dia, o seu tempo, com

características próprias a começar por um grande leque de capacidades fascinantes: ojovem é capaz de saltar, mover-se sem cansaço aparente, aprender e apreender o queaprendeu, contribuir para o avanço da ciência e bem estar da humanidade, entregar-segenerosamente aos seus ideais, passar por cima o insulto de um amigo... É certo quetambém tem alguns defeitos muito próprios que não cabem nesta página, já que são asvirtudes e não aqueles o que agora nos interessa. Então, interrogamos os jovens:Quereisou não ser jovens? Sois ou não capazes de perceber que todo o mundo se encantaconvosco? Sois ou não capazes de dar um salto de qualidade na nossa cultura, na atençãopelos vossos familiares e amigos, na capacidade de ouvir os bons conselhos de quem sabe,aproveitando-os como experiência pessoal, tornando-os vossos? Sois ou não capazes deperdoar alguma dor infligida por um parente ou amigo, dispondo-vos a ajudá-lo ou adeixar-vos ajudar por ele? Sois ou não capazes de ouvir com paciência os mais idosos,a dar-lhes o vosso lugar nos transportes ou nas filas de qualquer repartição, a respeitara ética e amoral da sua cultura, a não os escandalizares lambuzando-vos e "amachucando-vos" despudoradamente na via pública? Guardai estes dislates para outros momentos,

principalmente para depois deterdes a certeza que já sois umdo outro. Não era assim notempo deles. Havia mais respeito.Tendes à porta a Jornada

Mundial da Juventude, emMadrid, e um catecismo parajovens concebido por Bento XVI, que, segundo o Santo Padre, empalavras de prefácio, pretende explicar os fundamentos do Cristianis-mo para que vós o conheçais com a mesma precisão "que umespecialista de informática conhece o sistema operativo de um compu-tador". Neste catecismo, o Santo Padre sai em defesa dos jovens contraos que dizem que a juventude actual é superficial, afirmando, pelocontrário, que vós procurais saber de verdade o que é a vida. Por issoBento XVI pede que não falte nas mochilas de todos os participantes naJMJ - e não só - um exemplar do YouCat, (Catecismo para Jovens). É um

livro-cartilha que usa o método do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, com perguntas e respostas, dividido em quatrocapítulos, a saber: "Em que Cremos", "A Celebração do Mistério Cristão", "A Vida de Cristo" e "A Oração na Vida Cristã".Todavia, o Santo Padre avisa-vos: O Catecismo não vos adula; não oferece soluções; exige uma nova vida da vossa parte;

apresenta-vos a mensagem do Evangelho como a pérola de grande valor, alertando-vos para o recurso a Deus e à oração nosbons e maus momentos da vossa vida.

Manuel Machado

Orai !Orai muito!

Este livro insere-sena vivência dapreparaçãodoCentenáriodasAparições emFátimaque ocorrerá em 2017.Entretanto,asApariçõesdeNossaSenhora foramprecedidaspelasApariçõesdoAnjo

em 1916.É fundamentalmente sobre o que o Anjo rezou e ensinou aos Pastorinhos que trata

este livro.NumaprimeirapartesãocomentadasemeditadasasoraçõesdoAnjoenumasegunda

parte é feita referência aos Seus ensinamentos, apelos e convites."Orai! Orai muito!" foi o grande apelo. Este convite contínuo e incessante à oração é

caminho de santidade, de conversão, de vida nova, de esperança de um mundo novo!Rezemos. Rezemosmais emelhor nestemês deMARIA, não esquecendo asOrações

do Anjo que fascinando os Pastorinhos de então, para o Amor de Deus, igualmente hojeao meditá-las possamos interiorizar esse mistério de Amor transformador e libertador!

Maria Fernanda e Maria Teresa

CÂNTICODECORES

Lindos chilreios matinaisAlegram os verdes camposMatizados de flores�Louvam Nossa Senhora,E também as nossas mães,Com fresca luz perfumadaE seus cânticos de cores.

Enquanto as flores de Maio,Ao sol e ao vento, bailamNum coro de gargalhadas,Há mães, tristes e doentes,Sem um sorriso, um carinho,Sem luz nem cânticos de cores,A viver sós, isoladas.

Quem não gosta de um sorriso,De uma palavra de alento?Quem não gosta de flores?Vinde flores de Maio!Alegrai e alindaiO dia das nossas mães!Vinde cânticos de cores!

Ana Maria Ramos

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EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

DIA 1 DE MAIO - Domingo da Misericórdia - BEATIFICAÇÃO DO PAPA JOÃO PAULO IICrónica de três que participaram em Roma na Beatificação

A Equipa de Pastoral Familiar pre-para a nível paroquial o Dia Diocesanoda Família.Todos os Jubilandos, que aqui resi-

dam, são convidados pessoalmente oupor carta. Não será fácil contactar comtodos, pois os nossos dados são recolhi-dos dos Livros Paroquiais.Também se procurou investigar

quais os que aqui ainda residem. Nas Eucaristias tambémhaverá convite para que a todos chegue.O Programa para o dia 19 de Junho_Local: Nave Polivalente - Anta - Espinho13h30 - Recepção dos Casais Jubilandos;15h30 - Celebração da Eucaristia, presiddida por D. Manu

el Clemente- Renovação do compromisso matrimonial:- Entrega de bênçãos personalizadas aos casais jubi-lados persentes.

No dia 1 de Maio, Dia da Mãe, no fim das Celebrações foidistribuída a todas as Mães uma pagela com Nossa Senhora eo Menino Jesus e um hino à Mãe.

E.P.P.FMaria Luísa e José CarlosTeixeiraArmandina e Jorge LopesLídia Mendes

Fernanda e António TeixeiraMaria Elizabete e Jorge RealMaria Brízida e JoséToméP.Domingos Jorge

Contactos:917373873 - 962384918966427043 - 229416209 -919047039 - 961829756 -965450809 - 229448287 -917630347 - 229486634 -919664994

www.paroquiadamaia.net - [email protected]

SEMANA DAVIDA15 a 22/05/2011

Tema: Escolhe a vida e viverás

Conferência noSeminário deVilar dia 20, às

21h30

João Paulo I I , agoraBeatificado. é um Santo que euvi, ouvili o que escreveu esempre concelebrei em Fátimanas suas vindas a Portugal.A ida a Roma foi carregada

de história viva.Em Roma sentia-se a

presença dele em todos os lugares, mas dum modoespecial na Praça de S. Pedro.Ainda não digeri tudo quanto vi, ouvi e senti.Fui envolvido por tudo quanto se passou e por tudo

quanto no meu interior ia surgindo e que, no silêncio setornou em oração permanente. Sinto que fui "coligindo"tudo, tudo e que agora "vejo" com intensida e paz. Lá foium absorver , agora será um digerir.Foi uma divina maratona: Domingo: levantar, às 2h30

e partir para a Praça de S. Pedro... Quando chegámos àVia da Conciliação, aquela Avenida que continua após aPraça, no seu princípio já estava cheia... Às 9h00, apósarrastamentos e �quase pés no ar�, empurrões de todosos lados cheguei ao fundo da Praça ... queria muito estarna Praça e consegui. De lá já divisava o Altar, a fachada daBasílica e o Tapete onde estava a figura da João Paulo IIencoberta por uma cortina que foi retirada no momentoda Beatificação. Não há palavras para traduzir o que sentie vi e, no meu interior, se fazia luz.A celebração da Eucaristia, presidida pelo Santo

Padre Bento XVI, foi acção de graças de todosd e de todoo mundo, assim eu penso. .Após o almoço, 16h00, fui com mais 5, os que

quiseram, e meti-me na fila para venerar a urna dos restosmortais do Beato João Paulo II. Dentro daquela madeirasenti-o bem vivo e com os seus apelos. Para lá chegarforam mais 4 horas... já não sentia os pés...Fui rezando emmuito do tempo...Foi uma alegria entrar, após tantas horas, na Basílica

de S. Pedro.Quando cheguei junto das grades que estavam dum

e doutro lado formando um grande corredor, muitasfotos tirei com a minha pequena máquina, mas os olhostiraram imensas e a alma reservou-as revelando-as aospoucos. Ajoelhei frente à urna de João Paulo II e muitolhe pedi.Levava algumas cartas, uma das quais era minha, e

entreguei a um dos homens fardados que as colocounuma bandeja bem pertinho da Urna do Beato João PauloII. Como fiquei contente!!!!!!! Apetecia-me ficar lá.O dia tão intensamente vivido terminou já era o dia 2.Nesse dia partiu o grupo novamente para A Praça de

S.Pedro para participar na Eucaristia de Acção de Graças.Vesti a alva e estola que usei no Porto a 14 de Maio ereuni-me aos concelebrantes perto do Altar... fiquei naescadaria. Enquanto esperava pelo começo da Eucaristia,foi mais de uma hora, rezei a Liturgia das Horas, pedimuito ao Beato João Palo II, pus nas suas mãos os meusenseios de Padre e de Pároco...Foi correr para o avião... No aeroporto Sá Carneiro,

ao despedir-me, fui dizendo que voltaríamos naCanonização que será muito em breve.Em Agosto penso voltar.

Padre Domingos Jorge

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An

ANUNCIAIAOMUNDO

FAZ DA TUA ALMA UM DIAMANTE

No Domingo de Páscoa de 2007 foi apresentada, pelaprimeira vez, à assembleia que participou na Eucaristia das 19horas, na Igreja da Nossa Senhora da Maia, a Imagem de JesusMisericordioso. Iniciou-se a partir desse dia na nossa paróquiaa devoção à Misericórdia Divina revelada por Jesus a SantaFaustina. Assim a partir daquele ano, na semana a seguir áPáscoa é rezada, á noite, nas duas igrejas, aNovena àMisericór-dia Divina e é celebrada a Festa da Misericórdia no Domingoseguinte, conforme ficou instituído pelos pedidos feitos porJesus a Santa Faustina, através da Imagem em que se revelou, esobre a qual disse ser o vaso que oferecia à humanidade comoFonte da Sua Misericórdia.Ano após ano, é crescente o número de pessoas que vem

às 21h30m, nessa semana, ás nossas igrejas para em comunida-de participar na Novena. Este ano, logo na primeira noite onúmero parecia ter triplicado em relação ao ano anterior.Vamos no 5º ano da celebração e divulgação da Devoção àMisericórdia de Jesus. É ainda muito desconhecida da maioriados crentes. No entanto Jesus disse a Santa Faustina: anunciaminha filha, que sou o Amor e a própria Misericórdia. Quandouma alma se aproxima de mim com confiança, encho-a de umatal abundância que ela não pode encerrá-la toda em si mesmae irradia-a para as outras almas. E o Santo Padre João Paulo II nasua Encíclica sobre a Misericórdia Divina (de 30 de Novembrode 1980), acentua bem a necessidade da confiança e da oraçãoà Misericórdia de Deus. A divulgação da devoção a JesusMisericordioso vai-se fazendo essencialmente através dopequenino livro que serve de guião à devoção, que as pessoasvão adquirindo para elas e em grande número para oferecer aoutras.Este ano, o Sr. PadreDomingos escolheu a imagemde Jesus

Misericordioso para o Postal da Mensagem da Visita Pascal daParóquia daMaia. E comonas coisas deDeus, nada se passa poracaso, esta preferência do nosso Pároco faz-me ver, commuitaalegria e devoção, a relação em sentido profundo daMisericór-dia Divina a ser cada vez mais divulgada, aqui, no nosso meio, ede ummodomuito importante em todoomundo, uma vez queo dia da Beatificação do Santo Padre João Paulo II é o dia 1 deMaio,precisamente o primeiro Domingo a seguir à Pascoa, que

ele próprio proclamou para sempre, o Domingo da DivinaMisericórdia, em30deAbril de 2000, aquandodaCanonizaçãode Santa Faustina. Já anteriormente, em 18 de Abril de 1993,o Santo Padre tinha beatificado a Irmã Faustina noDomingo dePascoela.A escolha do primeiro Domingo depois da Páscoa para a

Festa da Misericórdia mostra-nos a estreita união que existe

entre omistério Pascal da Redenção e omistério daMisericór-dia deDeus. Esta união está ainda sublinhada pelaNovena, coma Coroa (o Terço) à Misericórdia Divina, a começar na Sexta-Feira Santa.A Imagem com a legenda � Jesus, eu Confio em Vós�, foi o

próprio Jesus que pediu, numa das aparições à Irmã Faustinapara que fosse pintado conforme a visão que lhe aparecia e Elelhe explicou todo o simbolismo dessamesma Imagem, desejan-do que ela viesse a ser venerada em todooMundo.Umdia essamensagem chegou à nossa comunidade cristã, e graças à forçado Espírito Santo, ela está a ser transmitida, progride e conquis-ta inúmeros corações humanos. Este é, sem dúvida, um Sinal deDeus nos nossos tempos.

M. Luísa C.M. Teixeira

Frente ao Altar, na Praça de S. Pedro, estava o quadro de Jesus Misericordioso. Nessaaltura o meu coração saltou até à Maia que, durante toda a semana celebrou o Terço daDivina Misericórdia e, no Domingo, Dia da Beatificação de João Paulo iriam, os presentesna Eucararistia, estar dummodo especial unidos ,pois foi o papa João Paulo II quem instituiuo Domingo da Misericórdia (II Domingo de Páscoa).Pedi ao Senhor Misericordioso por todos os que nas nossas duas Igrejas celebraram a

Semana da Misericórdia.

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Um grupo de cerca de 20 homens com idades a partir dos40 anos, encontra-se reunido. Abundam as T-shirts semmangas, as tatuagens, os cabelos longos, os óculos escuros e oscoletes de cabedal pretos. É ali no seu ambiente que tropeça-mos no "padre Zé".Quando se comemoraroDiaNacional doMotociclista, em

Coimbra, será ele a celebrar a missa perante uma assistênciaque rondará as 25 mil pessoas. A efeméride partiu, afinal, deuma ideia sua assim como também passou por ele a designaçãode S. Rafael, o arcanjo que conhece todos os caminhos, parapadroeiro dos motards. É uma cerimónia religiosa que reúnemotoqueiros de todo o País. "E que acontece por causa dele",diz um amigo. "Uniu os motociclistas de norte a sul. E isso nãoteve necessariamente a ver com a religião. Teve a ver com apessoa." José Fernando Lambelho, 53 anos, o "padre motard",não é uma pessoa normal. Beirão, nascido numa casa com vistapara as serras da Estrela e da Gardunha, cresceu no campo, nomeio dos animais, numa família pobre, um de vários irmãos. Aoalmoço, comiam-se "papas de carolo" (demilho e leite), hoje "oarroz-doce dos pobres" das Beiras. Era um ser livre que "só iaa casa para dormir".Em 1969, foi para o seminário, primeiro no Fundão e

depois na Guarda, porque percebeu que o País estava emguerra e não necessariamente por vocação. E foi um choque."Costuma dizer-se que galinha do campo não se dá emcapoeira... " Estranhou todas aquelas normas. Vivia confinadoa uma casa, obrigado a andar em silêncio e em fila, de sala deestudo em sala de estudo, com horários para levantar, estudar,rezar. Estranhou e chumbou o primeiro ano a todas asdisciplinas. "Era um mundo de regras, fechado", recorda, hoje,o padre. "Mas, no ano seguinte, fui tão bom aluno que ganheiuma bolsa de estudo."Estava, pois, bem encaminhado. Em 1974, porém, a queda

da ditadura apanha José com apenas 16 anos. No seminário daGuarda, o estudante troca cartas comamigas, recorrendo a umestratagema: elas só lhe escreveriam em nome de um padrecom quem José se correspondia. Certa vez, o "amigo" escre-

veu-lhe quatro cartas na mesma semana e o esquema não ruiupor pouco.O seminarista era um ser irrequieto, que veio a mudar-se

para Évora. No Alentejo, encontrou um ambiente liberal, maisaberto. Foi estudarTeologia,masdecididoanão serpadre. "Malcheguei ao semináriodeÉvora, deram-meumachave", recorda.Havia horários, claro, mas "cada um era responsável pelas suasacções". Foi então que conheceu Maria, com quem viria anamorar vários anos. Só que o apelo de Cristo falou mais altoe um domingo a relação acabou, entre choros e por mútuoacordo.No Alentejo, ganharia a fama de " padre comunista". Em

1984, após ser ordenado na Sé de Elvas, é-lhe atribuída aparóquia de Reguengos de Monsaraz, onde os seus métodospouco dados a hierarquias depressa o tornaram notado.Também a sua amizade com o ateu marxista-leninista queestava à frente da escola onde dava aulas deReligião eMoral lhevaleria a fama de "esquerdalha", que hoje não admite nemrenega: "Não tenho ideias de esquerda ou de direita". (�)É com uma abnegação quase sem limites que continua a

conquistar os por vezes duros corações dosmotards: ninguémqueovisseaolonge,alegreesorridente,nomeiodemotoqueirostatuados e guedelhudos, desconfiaria que o "nosso padre Zé"recebera, pouco antes, uma notícia catastrófica: a doença deque padece há seis anos, um cancro nos rins, chegou já aospulmões, onde tem instalado um tumor com sete centímetros.A morte pode não estar longe e ele sabe-o.Mas não é isso queodesanima. "Aminha sobrevivência tem

sido um milagre." A ciência e os médicos já não sabem o quefazer comele, diz. "Ultrapassei todososprotocolos e tratamen-tos..." Nem a doença lhe cala as críticas. A questão do celibato,por exemplo, preocupa-o. Não pelo sexo, que "isso há por aí

a rodos,oquenãoháéamor".Aflige-oaprópria vidadospadresmais velhos, quando amorte se aproxima: "Quemé que lhes dáo pão? Quem é que lhes dá carinho?", pergunta, sem terrespostas. (cf. Visão, 16 de Abril de 2011)

CristonaCelebração(oPadreDomingos),seassumiuperantemim,um simplesservoemcrescimento,atitudetãohumildeesublime".Pedro Sousa

"Foi a primeira vez que fiz parte da Ceia do Senhor.Senti-me nervoso mas Jesus ajudou-me a conseguir acalmar e a correr tudo lindamente.Foi uma experiência excelente porque fiquei a perceber melhor o significado dessa mesma ceia.Estou sem palavras do que vi é uma ceia muito bonita que Jesus quis partilhar com os discípulos." Tiago Maranhão"Com esta atitude, gesto de Jesus quando lavou os pés aos Apóstolos demonstrou o amor e humildade que Ele tem para com o

Homem(connosco), e assim dizer e fazer sentir que nós devíamos ser e fazer como Ele." Diogo PereiraFazer parte, da cerimónia do lava-pés, foi como se eu fosse um dos apóstolos e o senhor Padre Domingos fosse Jesus.Teve um significadomuito grande paramim." João Soares"Primeiro senti que era estranho porque entrei na igreja e pensei que fosse uma normal Eucaristia, mas a seguir, quando soube o

que ia fazer fiquei um bocado envergonhado porque nunca o tinha feito, mas depois de o ter feito senti-me orgulhoso e alegre."Valentim

Após o Lava-pés, senti, acima de tudo,muito conforto. Afonso

Continuação da pág. 7TESTEMUNHOS

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 8

Visita PascalUma vez mais, tive a oportunidade de fazer parte da visita

Pascal. Éramos um pequeno grupo anunciador da Ressurrei-çãodeCristo.Deportaemporta, demosaCruzabeijar a todosaqueles que desejaram receber Cristo.Apesar de haver muitas pessoas que não abriram as suas

casas à entrada de Cristo Ressuscitado, pois o fim-de-semanafoi prolongado, ainda sãomuitas aquelas que sentem alegria emreceber a Visita Pascal. Rostos que se riem, olhos que choramassim que a Cruz entra nas suas casas. É sempre esta imagemque fica ano após ano. As reacções das pessoas são sempre asmesmas: uma mistura de alegria com emoção banhada emlágrimas.Esta reacção fez-me lembrar como se teriam sentido as

mulheres quando se dirigiram ao sepulcro, levando os perfu-mes que tinham preparado e viram que este se encontravavazio.(Lc,24). Perantetaldescoberta,partiramparaaanunciaçãoda Ressurreição. Também nós, na Visita Pascal, fazemos omesmo: anunciamos.A alegria que se sente em todos aqueles que partem, no dia

de Páscoa, a anunciar a Ressurreição, assim como naqueles queabremas portas de suas casas , permaneça não só nelesmas emtodos os que os rodeiam. Que essa alegria não se resumaapenas ao Domingo de Páscoa mas seja um sentimento vivo.Que sejamos todos capazes de ser como as mulheres quepartiram a correr a anunciar o triunfo da vida eterna, dandoassim testemunho daquilo que viram e, sobretudo, sentiram.

Isilda AlvesA RESSURREIÇÃO�

"Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto"(Col 3,1)Ao navegar pela internet retirei uma mensagem de um Padre

português que esta no ReinoUnido sobre o anúncio da ressurrei-ção que gostava de partilhar com os leitores do nosso BIP."O anúncio da Ressurreição é o epicentro de toda a

mensagem cristã. Tudo, na vida de Jesus, se encaminha paraestes momentos que, mais uma vez, nos foram dados viver. Oapóstolo João denomina estesmomentos como a hora. A horado total esvaziamento de Si mesmo para uma entrega naradicalidade da sua vida. Nessa radicalidade de Jesus ficámosaptos para O continuar a encontrar muito mais além da Suaexistência no tempo e no espaço. Hoje,nomistériodaEucaristia,no serviço aos desfavorecidos, no testemunho de tantos homense mulheres, continuamos a ter a possibilidade de viver a vida deDeus.Essamesmaradicalidadeépedidaacadahomemacolhidonaságuasdobaptismo.OconviteélançadoporPaulo:"SeressuscitastescomCristo, aspirai às coisas do alto".Tal como outrora, Jesus teve a audácia na radicalidade da

Sua entrega, hoje também cada cristão precisa de audácia parase entregar a este caminho de perfeição na aspiração às coisasdo alto. A sociedade moderna necessita desses testemunhosque vivam a dinâmica da ressurreição para poder continuar aacreditar que é possível o AMOR. Num ambiente marcadopela crise e pela falta de esperança urge um aparecimentodestes testemunhos. Esta dinâmica parte do nosso baptismo e,constantemente, tem de ser recordada, ao jeito de exame deconsciência, para nos interrogarmos se a nossa vida tem sidocoerente com esta boa nova num despojamento do que emnós é marca do homem velho apegado às coisas da terra eadesão às coisas do alto.Se em Jesus os nossos olhos se voltam para a eternidade,

não podemos deixar de perceber que desde já, esse milagretem de acontecer nas nossas vidas. Acontecerá sempre que

Maria Lúcia

S.Jorge em EspinhoMais de 4mil escuteiros comemorarampadroeiroTodos os dias, milhares de Dirigentes e CIL's

trabalham na sombra para que os elementosvivam na plenitude o Escutismo tal qual B.Pidealizou. Trabalham, muitas vezes com sacrifício

nos esforçarmos por vencer o egoísmo, a mentira, a injustiça,o ódio e fizermos triunfar o Amor. Sejamos, pois, testemunhasda ressurreição marcando a diferença diante de tantos sem fée sem esperança."Sem dúvida um texto que nos interroga e nos faz pensar

nos valores que queremos para a nossa vida e do espaço queJesus ocupa nela. Meditemos em todas as palavras que amensagem contêm e façamos nós também o nosso exame deconsciência. Pedro Antunes

da vida pessoal, emprol de uma Juventudemelhor. Nopassadodia 30 de Abril, foi o culminar de mais um desses momentos.Espinho acordou, numdia que prometia ser cinzento, comumaimensidão de cor por toda a cidade. Quase 4.500 escuteiros detodaaRegiãodoPorto juntaram-separaoDiadeS. Jorge, SantoPatrono Mundial do Escutismo. O imaginário deste ano foi"Jorge...o Escuteiro", onde se pretendia que cada Escuteiro,sentisse que através da vivência da Lei e dos Princípios doEscutismo, pode ser melhor Cristão, melhor Ser humano, talcomo S. Jorge. A avenida 8 perdeu-se de vista coberta por ummar de escuteiros que ouviram atentamente as palavras doBispo D. Manuel Clemente, que sempre nos acompanha, e nosrelembrou que "somos todos companheiros de Jesus". O dia

decorreucomas actividadesdas várias sec-ções e com aimplementaçãodo novo Pro-g r a m aEducativo nasdiversas dinâ-micas. Oslobitos conse-guiramangari-arumatonela-

da de alimentos que foram entregues a instituições das 5freguesias de Espinho.OAgrupamento 95Maia não podia faltare compareceu com 34 Lobitos, 21 Exploradores, 23 Pioneirose 11 Dirigentes. Um dia cansativo, mas marcado por muitaalegria e convívio e onde os nossos elementos mostraram quesão dignos de ser tal como Jorge�o Escuteiro!

Teresa Oliveira Santos

Ainda só agora começou!"E mais uma Páscoa passou." Muita gente pensa assim, mas

ela ainda só agora começou.Para os cristãos domundo inteiro oDomingo de Páscoa foi

só o inicio do que é a base da nossa fé. Foi o diamais importantedo ano litúrgico. No Domingo de Páscoa todos os cristãoscelebraram a ressurreição de Jesus com a mesma certeza ealegria em todo o mundo. De diferentes maneiras, mas com amesma intenção.As celebrações do Tríduo Pascal foram muito bonitas.

Muitas pessoas vieram participar e celebrar a sua fé. O Sr. P.eDomingos, sempre com a sua alegria e confiança para acolhertodos, faz com que estas celebrações sejam ainda mais emoci-onantes.A ressurreição é o inicio de uma nova vida.

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ANOVOCACIOAL - UM DESAFIO E UMA OPORTUNIDADEApós a celebração da Páscoa, como discípulos do Senhor

Jesus, somos convidados diariamente a fazermos uma experi-ência nova e renovadora da presença do Deus vivo em nós.Jesus quer ajudar-nos a fazer uma verdadeira expêriencia

da novidade da vida nova da fé. Pois só iluminados, renovadose fortalecidos pelo fogodo amor que brota de uma relação livree autentica com o Jesus Ressuscitado é que nós poderemosrealizar o mandato que o Mestre nos deixou antes de partirparaoPai: "ComooPaimeenviou, tambémeuvos envio a vós...Ide por todoomundoe anunciai a BoaNova a todas as nações...Quem acreditar e for baptizado será salvo."Porque os nossos Bispos estão bem conscientes da urgên-

cia desta missão que faz da Igreja o que ela realmente é -"Testemunha viva do amor de Deus" -, escreveram-nos duascartas que certamente nos interpelam e desafiam. São elas"Comoeu vos fiz, fazei vós também -Para umrostomissionárioda Igreja emPortugal" e "Repensar Juntos aPastoral da Igreja emPortugal".

Também os Missionários Combonianos em Portugal aco-lheram estes dois documentos com toda a atenção e, sobretu-do com muita gratidão. Para nós foi como uma enorme lufadade ar fresco que entrou na nossa Família Comboniana e naIgreja. Sentimo-nos especialmente provocados pela convicçãoclara e inequivocamente expressa de que "a causa missionáriadeve ser, para cada cristão e para toda a Igreja, a primeira detodas as causas"...pois "não podemos ficar indiferentes ao

pensar nos irmãos e irmãs que ignoram ainda o amor deDeus."Nós sentimos que estas duas mensagens, que são verda-

deiras interpelações, nos tocamde umamaneiramuito especiala nós como missionários. São como convites que despertamem nós a paixão do primeiro amor pela MISSÃO e, assim, nosimpelem e exigem que sejamos suficientemente corajosos pararevermos e recriarmos a nossa Pastoral Vocacional Juvenil.Estes dois documentos avivam em nós o desejo e a

necessidade de sermos para a nossa Igreja e para o nossomundo, como Daniel Comboni o foi no seu tempo e exige denós que o sejamos hoje, novas sementes de Esperança. Porquesentimos que é urgente encontrar novas formas, caminhos econteúdos, para que a proposta vocacional seja mais atraente,incisiva e clara, a Província Portuguesa dos MissionáriosCombonianos está a dedicar todo este ano Pastoral à oraçãoe reflexão sobre esta área do nosso serviço pastoral.Com isto nós desejamos antes de mais gritar bem alto e

partilhar claramente com todos, especialmente com os maisjovens, esta nossa certeza: "Na verdade o Senhor Jesusressuscitou. Deus está presente na sua Igreja! Ele escolheu-nose chama-nos para sermos testemunhas do Seu amor por todaa humanidade."Com estes dois documentos a Igreja alerta-nos para um

dos maiores desafios colocados por Jesus: "Vós sois o sal daterra; Vós sois a luz do mundo". Isto é, sem dúvida, um sinalclaríssimo de que Deus faz Seu o nosso caminho, mesmoquando, distraídos comos nossos afazeres, nemdamos por Ele.Este desejo dos nossos Bispos, que nos é apresentado

como proposta no documento "Repensar a Pastoral da Igrejaem Portugal" para nós Missionários Combonianos significanecessariamente fazermos tudo o que está ao nosso alcancepara ajudarmos a colocar naordemdodia a urgência de sermoscristãos autênticos, profundamente enraizados na vida quenos toca viver. Isto é, pela escuta da Palavra e pela partilhahumilde, corajosa e confiante da mesma, deixarmos que Deusincarne, informe e modele toda a nossa existência.Só assim poderemos ser sal e luz neste mundo insípido e

ensombrado por falsas luzes.P.José Francisco Machado

Oração doAnoVocacional CombonianoÓ Pai, tu que desejas que todos os povos sesalvem, desperta em todos os cristãos um forteimpulsomissionário, para que Cristo seja teste-munhadoeanunciadoatodososqueaindaonãoconhecem.Pela intercessão de S. Daniel Comboni, sustémosmissionáriosnaobradaevangelizaçãoesusci-ta novas vocações para a missão.VirgemMaria, Rainha dos Apóstolos, que desteaomundooverboencarnado,orientaahumani-dade do novo milénio para aquele que é a luzverdadeiraqueiluminatodoovivente fazdenósseus colaboradores generosos.Por Cristo, nosso Senhor. Amen!

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MÚSICA E AMIZADE Neste tempo de Páscoa em que celebramos a morte e

Ressurreição de Cristo, entreguei aos meus amigos das Equi-pas de Nossa Senhora Maia 8, como prenda e sinal da Pás-coa da Ressurreição um disco com música do Renascimento,de autores Portugueses: Estêvão de Brito, Frei Manuel Car-doso, D. João IV, Duarte Lobo, Filipe de Magalhães e Estê-vão Lopes Morago. Juntei um cartão com a seguinte frase:“É impossível viver a vida sem música e sem amizade”. Afrase é do escritor latino Cícero a que acrescentei a palavra“música”.

Alterei a frase, completando-a com um pequeno/grandepormenor, acrescentando a música. De facto, a nossa vidatem sempre presentes estas duas componentes: música eamizade. São dois factores imprescindíveis e que se comple-mentam.

Vivemos envolvidos em sons. O que é preciso para osentender e “ouvir” é a atenção às pequenas coisas que nosrodeiam, ainda que algumas sejam quase imperceptíveis. Hámuitos sons que habitualmente se cruzam connosco e malnos apercebemos que existem: o ruído do vento, a água dumafonte, o murmúrio dos riachos, o som suave da chuva miudi-nha, o chilrear dos pássaros, a suavidade da brisa e do ventoque foge, o som fugidio dos carros que passam apressados, obater forte das ondas nos rochedos ou a suavidade da águana areia, a mãe cantando quando embala o filho pequenino...o som quase imperceptível da brisa que agita as folhas dasárvores.

Se dermos um pouco de atenção, notamos que todos estessons são diferentes, mas ligam bem uns com os outros. Estasintonia que existe na natureza podia ser um bom exemplo paranós. Quando estamos contentes trauteamos canções ou melo-dias improvisadas. Emitimos sons, sinais da nossa alegria. Masquando os sons nos faltam... Quando “ouvimos” apenas o silên-cio, de noite, à luz das estrelas, numa aldeia às escuras ou nosossego dos montes, sentimo-nos esmagados, perdidos, semreferências, na solidão que nos envolve.

Fotos de : José Carlos Teixeira

Cantarolamos quando estamos sós, tristes ou contentes.Ligamos o rádio, a TV. quase que mecanicamente... não pres-cindimos da música: cantamos, quando trabalhamos, quandoestamos sós, quando estamos tristes ou contentes, quando...não temos nada para fazer, em momentos de relaxamento,nas horas tristes ou alegres...

A música é a arte dos sons e daí resulta uma infinidade decombinações sonoras.

A música, seja ela de que tipo for: clássica, ligeira, religi-osa, samba...é, de certo modo, como a nossa relação com osamigos. Precisamos deles, da sua presença (ai os telemóveis,que quase não têm descanso!) do seu apoio, duma palavraespecial em alguns momentos, de alguém para ouvir uma con-fidência, a quem pedir um conselho, uma palavra calma, sen-sata tantas vezes, um estímulo, mesmo uma reprimenda...

Os amigos são imprescindiveis: saber que há sempre al-guém que não deixa que desanimemos em situações difíceis,que nos estimula, que dá apoio, quando necessário, é umabênção de Deus. Feliz aquele que tem amigos verdadeiros,“amigos de peito” como se costuma dizer. Amigos que dizem“não” quando têm que o dizer, ainda que custe fazê-lo. Aamizade não se compra, não se fecha, não se isola, não sepossui. Abre-se, dá-se, vive-se. Um verdadeiro amigo é aqueleque chega, quando o resto da gente já se foi embora.

A vida tem sentido se vivermos em sintonia com osnossos valores, com aquilo em que acreditamos e lhe dá sen-tido. Quando tudo isto se conjuga somos felizes, ape-tece-nos cantar, dar asas à nossa alegria, sinal da nossa har-monia interior.

Cantar é sinal da alegria que nos preenche, e do nossobem estar.

Dizia S. Luis Gonzaga: ”Um santo triste é um triste san-to!”

É impossível viver a vida sem música e sem amizade!Mário Oliveira

Morte e vida deWojtylaUm homem inteiro foi beatificado. Metade do mundo reconheceu esse mérito na sua fé. Outra parte na sua dimensão de

homem decisivo na evolução dum séculoD.R.Não é fácil falar de João Paulo II após três dias de convívio próximo. Andou a nosso lado por toda a Roma, no meio de

nós, na música, nas imagens, nos grandes momentos, nos cartazes, nas frases, no sorriso, no grande gesto, com uma intimidadefraterna sem qualquer véu de permeio. E na imaterialidade de quem partiu há pouco. Desde a cripta donde saiu a urna, à Basílicajunto do túmulo de S. Pedro, à grande Praça e arredores apinhada de povo, solenidade e festa, vida, morte e "ressurreição" dumhomem comum e invulgar a quem muito foi dado e aos poucos tudo foi tirado: a voz, o rosto, o gesto, a feição.Despojado como um Job, humilhantemente exposto naquela janela do seu gabinete onde lançou bênçãos, palavras doces

e amargas, sorrisos e pombas de paz. E onde não conseguiu pronunciar a última Mensagem Pascal. Antes, foi um gemido "urbiet orbi" prenúncio duma morte acompanhada no exterior pelos jovens que o visitaram quando ele já não podia chegar juntodeles.Um homem que veio de longe, do leste e do frio e trouxe ar do outro pulmão da Europa. Um homem forte que não ocultava

a própria fragilidade. Com a referência constante a Deus e a dimensão permanente do homem. Atento ao mundo do trabalhoeda contemplação. Senhor da palavra e do gesto profético e dasmãos frágeis que quase não abriamaporta do ano2000.Defensorda vida não apenas no primeiro e no último momento mas em todos os tempos e lugares onde se joga a dignidade de cada serhumano. O homem - a grande causa defendida nos templos e nos areópagos.Um poeta de Deus que não perdeu nunca a dimensão doutrinal do seu ministério e a exigência da teologia actualizada. Um

impulsionador doConcílio que nunca deixou de o amar, mesmo nas interpretações fantasiosas de alguns teólogos e pastoralistas.Um respeitador profundo da oração litúrgica, sabendo sempre como a encarnar nas culturas de África, Ásia ou Américas. Umhomem severo na exigência e pródigo no uso e proclamação da misericórdia.Um duplo visitador de Assis na celebração da sua universalidade, onde não teve medo de rezar pela paz ao lado dos

representantes das religiões domundo. Umdevoto de Fátima comoomais humilde peregrino que se não perde empreciosismosteológicos mas apenas, como as crianças crê, adora, espera e ama. Um testemunho e vítima das maiores ditaduras do séculoXX ao mesmo tempo que um crente profundo na liberdade do homem.Um homem inteiro foi beatificado. Metade do mundo reconheceu esse mérito na sua fé. Outra parte na sua dimensão de

homem decisivo na evolução dum século. Homem de Deus. Homem dos homens. Karol Wojtyla. João Paulo II. Beato. Nafelicidade de Deus. Para, noutra dimensão, venerarmos tudo o que foi e, na nova vida, continua a ser.

António Rego

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Não é fácil por estes diasescrever o que quer que sejasobre Portugal ou a Europasem esbarrar na crise econó-mica e financeira que o nossopaís atravessa, na relutânciados países europeus em nosajudar, ou nas propostas apre-sentadas pela Troika consti-tuída pelo Fundo MonetárioInternacional (FMI), pelo Ban-co Central Europeu (BCE) epela Comissão Europeia (CE). Mais: é completamente im-possível evitar o assunto, tãovital ele é para o nosso pre-sente e futuro colectivos.Como é por demais sabi-

do, chegámos a uma situaçãoem que o sector público (Es-tado - incluindo as administra-ções central, regional e local eas Empresas Públicas) come-çou a ter dificuldades em ob-ter financiamento externo e opouco que conseguia era ajuros exorbitantes, em que osBancos tinham eles própriosdificuldades em emprestar di-nheiro às empresas e às famí-lias, começando mesmo a pai-rar no horizonte o espectrode bancarrota, ou seja de in-solvência. E foi só quando to-dos os responsáveis máximospelos bancos que operam emPortugal comunicaram solenee cruelmente aoGovernoquenão compravam mais dívidapública, é que o este desistiudesse discurso de nacionalis-mo balofo de que jamais tole-

raríamos aentradadoFMI emPortugal, e resolveu pedir aju-da externa.Como chegámos até aqui,

é matéria ao mesmo tempocomplexa e simples. Comple-xa porque vem muito de tráse não é uma história apenas apreto e branco. Simples, por-que resultou sempre do mes-mo factor: uma incapacidadedos sucessivos governos (oactual muito mais do que ou-tros, diga-se emabonoda ver-dade) em controlar as despe-sas públicas e uma tendênciasuicidária para aplicar os re-cursos públicos disponíveis,incluindo os fundos estrutu-rais da União Europeia (U.E.)em investimentos nãoreprodutivos de grandesobras públicas, em vez de sermais no apoio às empresaspara a produção competitivade bens transaccionáveis. Enão fomos capazes de apro-veitar a invulgar redução dastaxas de juros decorrentes danossa entrada no euro paraabater na dívida pública.Chegámos, assim, a um

défice superior a 9% do PIBem 2010 e de uma dívida pú-blica total superior a 100% doPIB. Ou seja, a riqueza produ-zida no nosso país durantetodoumanonãochegariaparapagar aos credores do Estadoe demais instituições públicas.Ou seja, segundo estimativasfiáveis, estamosperante amai-or dívida pública desde 1892,que levou a Monarquia a umacrise comatosa que terminouna sua queda e na criação doregime republicano em 1910.E chegámos às razões da

vinda da Troika. Do programa

por esta apresentado a 5 deMaio para salvar o nosso paísda bancarrota possodizer queultrapassou as minhas expec-tativas pela positiva. Não porser emsimesmopositivo,maspela sua coerência e equilí-brio. Na verdade, para alémde um vasto conjunto de me-didas altamente penalizadoraspara os portugueses da classemédia, comocontrapartidadoempréstimo de 78.000 mi-lhões de euros a 3 anos, res-saltam duas coisas muito im-portantes e que o diferenci-am, como da noite para o dia,do famigerado PEC IV cujaaprovação o Governo quisforçar e que esteve na origemda sua queda. A primeira éuma taxa de juro considera-velmente inferior, da ordemdos 4,5%, em contraste comtaxas de 7 e 8% que andáva-mos a pagar por operações definanciamento avulso, e quenos permitirá outra capacida-de de pagamento.A segunda éa existência de um conjuntode propostas voltadas paraencorajar a competitividadedas empresas como sejam aredução das contribuiçõespara a Segurança Social ou amaior facilidade em despedirpessoas que nãocorrespondam às funçõespara que foram contratadas.Como também é sabido,

existe por essa Europa foraum ambiente de grande hosti-lidade em relação a Portugal,com comentários que nosenvergonham como povo eque enxovalham a nossa dig-nidade. Mas a verdade é quenãotemosnenhumarazãoparafazer discursos exaltados con-

Portugal aTroica e a EuropaArlindo Cunha

tra alemães, finlandeses ou in-gleses. Enãotemosrazão pre-cisamente porque andámosanos a fio a viver acima dasnossas posses, vamos, porisso, pedir o dinheiro delespara nos salvar da falência eainda por cima vociferamoscontra eles só porque nãoreagem com agrado a estenosso apelo! Quem deveria,afinal, estar indignado: eles ounós?!!! E ouvir estas manifes-tações de indignação por diri-gentes políticas com as maisaltas responsabilidades nagovernação do nosso país, nopresente ou no passado, con-fesso que me deixa ainda maispreocupado sobre a qualida-de de quem nos governa outem governado�Como comentário final,

impõe-se relembrar a gritanteactualidade daquela famosafraseatribuídaaogeneralGalba,Governador da Província Ro-mana da Lusitânia algures noséculo III AC, ao seu Impera-dor, a propósito dos Lusita-nos, de que " nos confins daIbéria vive um povo que nãose governa nem deixa gover-nar".Premonitória, sem dúvida

esta afirmação! Foi preciso viralguém de fora para fazer odevíamos ter sido nós própri-os a fazer!

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Páscoa da Ressurreição, a única esperança

Fotos de : José Tomé

Mais um ano, mais uma SemanaSanta, mais uma Páscoa.Mais um ano, vivido, dia a pós dia,

na incerteza de uma "nova" crise. Cri-se económica, que a todos assusta.Crise de valores, que mais deveriaassustar, mas que a poucos preocupa.Famíliasdesmembradas;paisque"des-cartam" os filhos; filhos que acham ospais "cotas"; falta de respeito pelosprofessores;descuidonaeducaçãodosalunos; falta de carinho pelos doentesapinhados em hospitais como se deum armazém se trate; ausência deprofissionalismo, porque apenas im-pera o interesse pelo dinheiro; des-cuidoparacomos idosos, tratando-oscomo simples objectos que "já deramo que tinham a dar". Desvalorizam-seas pequenas coisas de que a vida éfeita.Mais uma Semana Santa, vivida,

nãocomomaisuma,mascomoprepa-ração para o grande acontecimento, aRessurreição de Jesus. Vivemos oTríduoPascal, comonos demais anos,desde o interior. Enchemos o cora-ção,mastambém"enchemos"osolhos,pois tenho ouvido a muitos que "ascelebrações da Semana Santa na Maiasão muito bonitas."Mais uma Páscoa da Ressurreição,

vivida, nãocomomais uma,mas comouma nova Páscoa. Revestimo-nos de

vidanova.Reconstruímo-nosporden-tro. Deitámos fora velhos rancores,ressentimentos,mágoasedores.Olhá-mos os outros como irmãos a respei-tar e a amar. "Recarregamos as bateri-as" com amor, carinho, atenção, res-peito e alegria.Foi grande a expectativa de uma

manhã de domingo soalheira, pois aSemana Santa foi chuvosa. AVia Sacradecorreu bem, foi bonita, profunda,viveu-se interiormente asmeditaçõesde cada estação e viveu-se exterior-mente o testemunho a passar a todosos que connosco se cruzavam,mas foiabençoadapela chuvaquedocéucaiu.Contudo, no domingo o sol brilhouno azul profundo. Ouviam-se os pás-saros a cantar, buliam devagarinho asfolhas das árvores. Estava uma manhãserena. E, nessa manhã, entre campa-inhas com o seu "tlim-tlim" e cânticosde aleluia, os grupos da Visita PascalpartiramdoSantuáriorumoatodasasruas da nossa Maia. Todos os quequiseram receber o Senhor, abriramasportas eos coraçõesdepar empar.Os grupos, entre tapetes de flores,caminhavam triunfantes acompanha-dos por Jesus, humilde na sua cruz.Pequenos e grandes, com alegria uns,com alguma tristeza escondida ou-tros, mas todos eles cheios de espe-rança, recebiam Jesus e retribuíam os

votos de Santa Páscoa.Pela tarde, os grupos voltaram a

reunir-se com a comunidade na cele-braçãodaEucaristia.Oscoraçõeschei-os de alegria pelo anuncio feito conta-giaram todos os presentes. Encheu-sea igreja dessa alegria fervorosa. A ale-gria e o entusiasmo do Sr. P.eDomin-gos eram também contagiantes. Uni-dos na mesma fé elevamos a Deus asnossaspreceseonossoagradecimen-to por mais uma Páscoa vivida na ale-gria de Jesus Ressuscitado.Assim, partimos com alegria, von-

tade e esperança de continuar a novaPáscoa.Nota de rodapé: aproveito este

espaço para agradecer ao casal Con-ceição e Joaquim Oliveira, pois foipelas suas mãos que a Lúcia, o Jorge eeu, começámos, há alguns anos, estemaravilhoso anúncio de Jesus Ressus-citado.

Conceição Dores de Castro

Quemdesejartomarpartenesta Peregri-nação deveráinscrever-seaté ao fim deMaio

-Visitar-se-á(entre outroslugares):

Milão;Verona;Pádua;Veneza,Pisa;Florença;Siena;Assis;ROMA

(Beato JoãoPaulo II)

TAMBÉM ESTIVE EM ROMA

Foimuitobom fazer esta viagemportão boa causa - a Beatificação de JoãoPaulo II-Tudo correu tão bem até certa

altura, mas quando já estava a acabar aSanta Missa, eu ainda não tinha comun-gado por não me ser possível aproxi-mar-me das gardes, dei meia dúzia depassos e às frente encontrei uma se-nhora do nosso grupo, natural de Braga,comecei a chorar e disse-lhe: Eu nãoacredito no que está a acontecer comi-go, ela tentou consolar-me e nisto vejoela levantar o dedo no ar e vejo umsacerdote na minha frente para me daro Senhor. Graças a Deus tudo acaboubem.Muito obrigada, Sr. P. Domingos

Maria da Conceição Garcia Fernandes

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 13

Um colunista do Público pergunta-va um destes dias como era possívelacreditar na beatificação assente nummilagre: em particular, na beatificação deJoão Paulo II pela cura de uma freira quepadecia de Parkinson. E acrescentavaque a Igreja deveria antes beatificar aIrmã, pois tinha sido escolhida para rece-ber a Graça!Confesso que o que me aflige não é

a posição do colunista, que humildemen-te deposito nas mãos do Senhor, atravésdas minhas orações pela sua conversão.Aflige-me antes pensar que esta opiniãopossa lançar a dúvida em crentes menosresistentes à lógica persuasiva de umdiscurso que se pretende moderno. Eessa é uma preocupação com outrosentido também: estaremos a prepararas pessoas de forma robusta para oconfronto com os que quererãocaracterizá-las como acéfalas por acredi-tarem?Encanta-nos, numa leitura dos mila-

gres que Jesus realizou na Sua vida públi-ca, a inextrincável união do VerdadeiroDeusedoVerdadeiroHomem.NoEvan-gelho, os milagres partem sempre dealguma manifestação de fé, que comoveinfinitamente Jesus. Deus que é Amor,enche-se de ternura pela fé dos homens,seja pelos cegos que gritam "Jesus, Filhode David, tem compaixão de nós!" (Mt20,31); pelaCananéia que responde "Masos cachorrinhos comem das migalhas

O sentido fo MilagreCarlos Santos*

que caem da mesa dos seus donos!" (Mt15,20); pela mulher que toca na sua veste(Mt 9, 29); tudo partindo do sublimemomento emque aVirgemMãe se limita,emCaná, a formular a oração de petição:"Não têm vinho." (Jo,2,3), ao que acres-centa o comando imperativo que ecoaaté nós "Fazei tudo como Ele vos disser!"(Jo, 2, 5). A todos os pedidos, desde oespecialíssimo pedido de Maria, Jesusacede!Ecomumainterjeiçãosobrequemlhe pede. "Mulher, grande é a tua fé!", dizà Cananéia. Simultaneamente, exorta osdiscípulos pela "pouca fé".Jesus, Verdadeiro Homem, comove-

se profundamente com a fé dos homens!Essa é a base domilagre: o pedido, envol-to na fé inabalável!Mas para alémda fé dequem pede, está o objectivo último domilagre, que será o que verdadeiramenteilude o colunista do jornal: como dizJesus no túmulo de Lázaro, não é pararecompensa dos homens, que seriaefémera e terrena,masparamaiorGlóriado Pai, que os milagres são realizados.Como nota S. João, depois de Caná, osdiscípulos acreditaram n'Ele! O amor deDeus manifesta-se de formas que nãonos cabe compreender, nem presumircompreender. No lava-pés, Jesus diz aPedro "O que eu faço, tu não és capaz desaber agora! Porém, mais tarde compre-enderás!" (Jo 13,7). O apelo à adesão àVontade de Deus, que o próprio Jesusleva ao extremo na Santa Cruz, ao aban-

dono das potências da razão, pela Razãosuperior, que não cabe no terreno mun-dano compreender, é fundamento daaceitação de porque foi aquele pedidoescolhido para sinalizar ao Mundo a de-voção devida a João Paulo II. A compre-ensão de que o milagre não surge comorecompensa, mas por graça especial deDeus, que se aproxima de cada um denós, cheio de Amor, e que se manifestana História, na forma que Lhe apraz, ecomo entende ser adequado, para refor-ço da fé e Sua Maior Glória, são funda-mentais para evitar o erro de regatearméritos.Os pobres de espírito, de que fala a

bem-aventurança, como ensina BentoXVI, são os que se aproximam de Deusde mãos vazias, cientes de que nada têmou merecem, nada podem regatear.Amam e esperam a Misericórdia. Dospobres de espírito é o Reino! A eternida-de é a recompensa. O sujeito do milagreterreno, não é o que nós achamos quemerece. É o que melhor se adequa, aosSeus Desígnios. Porque o Reino, essapromessa aos pobres de espírito, não édeste mundo. Disse-o Jesus a Pilatos.Sejamos humildes de coração! É essa aresposta às manhas da lógica mundana. Eque só o Amor da alma ao seu Criadorpode derrotar: o Amor confia! E nãoespera prémios.* Professor de Economia na UCP

([email protected])

Ninguém lhe pode ficar indiferente. Ele foi o nosso Papa,amado por todos, capaz de galvanizar multidões de jovens ede adultos.Falava com o coração e sentíamo-nos cativados por

aquele sorriso sincero e olhar alegre de bondade infinita, depastor que sabe chamar a si o seu rebanho. Que ama todosno beijo que dá na terra que visita, ajoelhado em gesto dehumildade e amor. Foi o meu Papa, porque me marcou maisprofundamente que os seus antecessores. Fez um pontifica-do de paz, promoveu a concórdia , a união e anunciou umCristo jovem emisericordioso aos povos, numa nova Páscoa.Sempre vi nele o Santo que a Igreja reconhece ,passadosapenas 6 anos sobre a sua partida deste mundo, onde ficarásempre connosco. Nele vemos o homem dinâmico, o Papavisitador de diferentes povos, em interacção com todos euma interacção especial com os jovens. Era um Santo, é umSanto. Não um Santo triste, mas um Santo alegre, como o seuolhar espelha e o seu terno sorriso mostra. Um Papa quedeixou mensagens e exemplos de amor aos homens e a

Cristo, que mostrou um Cristo jovem e pediu que Oamassemos.Não disse "abri as portas a Cristo", mas "Escancarai as

portas a Cristo". Esta expressão reveste-se de maior força .Escancarar implica um gesto espontâneo, de quem está felize ansioso por receber a visita.. É isto que João Paulo II pedepara fazermos com Cristo no nosso coração. Escancarar asportas do coração a Cristo!Que dia bonito para a beatificação do nosso Papa. Não foi

só o dia da Mãe, do primeiro dia de Maio, mês de Maria quetanto venerou e amou. Foi também o domingo da DivinaMisericórdia, do Cristo bondoso que a todos ama e perdoana sua misericórdia. Foi o dia de Pentecostes, ainda Páscoapresente. João Paulo II está em Páscoa junto de Cristo e seuexército de Santos.Em breve teremos a alegria de o ver canonizado, este

Santo alegre.Idalina Meireles

Santo alegre !

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 14

NA SUA LUZ VEREMOS A LUZ

Creio que ninguém fica indiferente aos diferentes momentos da Quaresma.Cada momento vivido com uma mistura indiscutível daquilo que somos e do que

gostaríamos de ser.Cada momento vivido com a emoção da Paixão.Cada momento vivido com o silêncio que tudo diz apenas com as palavras do

coração e do olhar.Cada momento vivido com a certeza que Cristo não permanecerá morto.Cada momento vivido com a certeza de que a Cruz sofrimento é também a cruz

Amor e Vida.Foi com esta certeza que abrimos as portas da nossa casa e da nossa vida para

receber Cristo Vivo.Foi coma certeza transformada emalegria que Lhe dissemos, na intimidade da nossa

oração, que deixamos a porta sempre aberta pois ansiamos viver no Seu Amorincondicional e verdadeiro.E foi com esta certeza que a catequese quis celebrar este tempo pascal.Foi com a certeza que Cristo vive entre nós que a catequese quis viver a Via Lucis.Cristo ressuscitou!É preciso sentir e viver esta certeza. É preciso perceber que a alegria contagiante

deste anúncio faz eco em nós, após dois mil anos.Precisamos de perceber que Cristo Vivo é o sentido único da nossa Fé.Precisamos de perceber que a mensagem de Cristo é actual, exigente e radical.Precisamos de perceber que Cristo precisa de cada um de nós para tornar a Sua

mensagemreal.Precisamos de nos inspirar na santidade de todos os homens e mulheres que, com

coragem, determinação, generosidade e altruísmo, denunciam as injustiças, trabalhame lutam pela dignidade da vida humana, dedicam o seu tempo e as suas vidas ao diálogoe à paz.Precisamos de repousar na imagem e lembrança de João Paulo II, beatificado a 1 de

Maio, para perceber que todos somos chamados a abraçar a paz e a solidariedade, apedir perdão, a reconhecer as nossas faltas, a trabalhar pela tolerância e pelo diálogo.Assim, testemunharemos Cristo Vivo!

Canonizado

Envolto do mesmo espíritoO mundo inteiro num gritoNaquele momento benditoOrou para o infinito.Santo súbito! Santo súbito!-Por tanto lhe querer bem!

Tinha de ser. PressentiQuando daí a dias viviAlgo, grave, que sofriA quem, dorido, pediLogo, na voz dele ouvi-Tem calma. Vais ficar bem.

Na firmeza, do seu falarNa ternura do seu olharA sua maneira de estarLevou-o a peregrinarNão parando de viajarEm visitas pelo mundo�

�Nas viagens que faziaPor caminhos de MariaA bem da paz e da famíliaLevava aos jovens, alegriaNa mensagem transmitiaValor e sentido profundo.

E� aos povos insegurosBaniu barreiras e murosReconstruindo futurosPara que nos corações purosOs sentimentos segurosFossem caminho dos Céus�

�Assim, em várias ocasiõesPromoveu nas inter-religiõesBons diálogos e oraçõesAbrindo os coraçõesE unindo as multidõesÀ Volta do mesmo Deus

"Sou mensageiro da verdadeDa reconciliação, da liberdadeDa esperança, da santidadeDa fé e da fraternidadeDe Cristo à humanidadeNeste meu pontificado."

Foi um grande sofredorPois lhe provocaram dorDe angústia e de amorPelo pobre. Pelo pecador.-HOMEM de tanto valor��Terá de ser: Canonizado!

Henrique Antº Carvalho

Paula Isabel

Às MãesA Mãe é como uma árvoreDe floresta frondosaPor dentro tem rosas e espinhosPor fora é maravilhosa.

Também é como um rioDe água limpa e transparenteÀs vezes somos os culpadosDe não ir na sua corrente.

Parecida com uma florPerfumada e atraenteMesmo perdendo as pétalasFica sempre a semente.

É bom ter da nossa MãeNem que seja só um pouquinhoPoder acariciá-laOlha-la. Dar-lhe um beijinho.

Aqueles que as não temUnam-se nesta saudação-É bom recordar a MãeNem que seja em oração.

Henrique Antº Carvalho

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 15

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Beatificação de João Paulo IIEstive em Roma

Quando no dia 29 entrei no avião com destino a Romapara assistir às cerimónias debeatificaçãodoPapa JoãoPauloII estava longe de imaginar toda a vivência que elas me iriamproporcionar. O momento após o ritual de beatificaçãoproferido pelo Papa Bento XVI foi de uma tal explosão dealegria que era possível sentir uma união de alegria entretodos os que ali estavam por causa de um grande homem,a caminho de ser reconhecido pela Santa Igreja como Santo,como foi o Papa João Paulo II.João Paulo II foi um Papa que conseguiu unir as pessoas

em torno de Jesus Cristo através de Maria, porque elepróprio assim o fazia e assim sentia e vivia como Ele, amavaopróximocomo Jesus disse e isso sentia-se em todas as suasextraordinárias expressões, transbordantes e irradiantesde alegria, paz, amor e bem que nos beneficiou a todos.As cerimónias de beatificação começaram com uma

vigilia de oração noCircusMaximus na noite do dia 30 comopreparação para a missa de beatificação. Falava-se queestariam presentes cerca de 1,2 milhões de pessoas.

Cofre do Santuário-Cofre do Santuário-... AbrilNªSªBom Despacho(cofre) 155,80; (Sacristia) 390,00; Nª Sª de Fátima102,00; Santíssimo 9,90; Sagrado Coração de Jesus 7,90; Sto.António76,90; S.Roque 6,70 ; Almas 28,95; S. Gonçalo e S.Francisco de Paula12,05; Anjo da Guarda 11,45; S.Miguel e S, João 30,45; S.José e MeninoJesus de Praga 3,40;S.Lourenço e S. Sebastião 2,35; Santa Teresinha e StaBárbara 0,80; NªSª da Assunção 13,90; Acção Social 9,55; Obras 2,30

No dia 1 dirigimo-nos paraa Praça de S. Pedro por voltadas 3H15, uma hora mais doque em Portugal, onde chega-mos por volta das 4H00. Espe-ramos até às 5H30, altura emque abriram os portões paraentrar no recinto. O tempopassou depressa e em quantoesperavamos tomamos o pe-queno-almoço que tinha sidodistribuidopelaorganizaçãoaosperegrinos. A missa começoueram 10H00 e depois do ritualde introdução veio o ritual debeatificação, o momento altode todas as cerimónias.A tarde do dia 1 foi utilizada para entrar na Basílica de S. Pedro

onde estava a urna do Beato João Paulo II e onde fizemos umaoração a João Paulo II, tendo aí sido colocadas as intençõespessoais e as daqueles que o Sr. Pe. Domingos representava.No dia 2 o Sr. Pe. Domingos teve a honra de concelebrar a

missa de acção de graças pela beatificação de João Paulo II, emborapara tristeza do grupo não ter sido possível ficar até ao fim porrazões de horário com o vôo de regresso.Sinto-me priveligiado por ter podido ter tido um Papa queme

aproximou mais de Jesus, que me mostrou como Maria é a portade entrada para o Reino de Deus. Agradeço muito por isso massempre com a sensação que este agradecimento será semprepequeno comparado com o bem que o Beato João Paulo II meproporcionou e proporciona. Posso dizer que basta olhar para asua imagem que logo me proporciona uma sensação de pazinterior.Como membro desta comunidade maiata e como português

tenho ainda mais razões para me sentir priveligiado. A Maia foiabençoada por João Paulo II o que é um bem extraordinário quese tem vindo a revelar e a qual devemos ter a capacidade dehonrar. Portugal teve o privilégio de ter sido particularmenteacarinhado por João Paulo II que atribuiu a Nossa Senhora deFátima omilagre da sua sobrevivência após o atentado perpetradono Vaticano.Força, coragem, ousadia para chegar a Deus com alegria e paz

interior, através de Maria. Não tenhais medo! Abri as portas aCristo! Todo teu Maria! Serão talvez as frases mais marcantes deJoão Paulo II. Através delas podemos ver que é em Jesus quereside a liberdade e a paz de cada umequepara lá chegar podemoscontar com o amor de Maria.Por fim faço um pedido ao Beato João Paulo II para que

interceda por toda a nossa comunidade da Maia que ele um diaabençoou. Que a nossa comunidade continue a prosperar nosentido do bem comum, que tenhamos líderes capazes de nosproporcionar uma vivência em que os valores cristãos estejampresentes e que possamos ser exemplo para outros, tal como JoãoPaulo II o foi para o mundo inteiro.

CarlosTeles

FUI PEREGRINOAROMA

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 16

S. MIGUEL DA MAIABOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL

ANO XXII Nº 237

2011Publicação Mensal

PROPRIEDADEDAFÁBRICADAIGREJAPAROQUIALDAMAIADirector: PadreDomingos Jorge

Chefe deRedacção:Adelino deLimaMartinsTelef: 229448287 /229414272/229418052Fax: 229442383 [email protected]

Registo naD.G.C.S. nº 116260Empr. Jorn./Editorial nº 216259http://www.paroquiadamaia.net

Impresso na Tipografia LessaLargo Mogos, 157 - 4470 VERMOIM - MAIA

Telef. 229441603

Tiragem1.500 exemplares

Luís Fardilha

Pela Cidade...Pela Cidade...Pela Cidade...Pela Cidade...Pela Cidade... EDUCAÇÃO EM TEMPO DE GUERRA ELEITORALEDUCAÇÃO EM TEMPO DE GUERRA ELEITORALEDUCAÇÃO EM TEMPO DE GUERRA ELEITORALEDUCAÇÃO EM TEMPO DE GUERRA ELEITORALEDUCAÇÃO EM TEMPO DE GUERRA ELEITORAL

Numa altura em que a política eco-nómica e financeira para os próximosanos está a ser preparada por umadelegação que reúne os representan-tes da Comissão Europeia, do BancoCentral Europeu e do Fundo Monetá-rio Internacional, a pré-campanha elei-toral tem-se ocupado dos temas emque ainda poderá haver alguma margemde decisão para o futuro governo por-

tuguês. Entre eles, tem-se destacado a educação, com osepisódios intermináveis à volta da avaliação de desempenhodos docentes ou com a discussão quanto ao papel quedeverá caber ao Estado e aos privados na garantia do acessouniversal ao ensino.Como era previsível, o tribunal constitucional julgou

ilegítima a suspensão do actual modelo de avaliação dedesempenho dos docentes, decidida pelos deputados detodas as bancadas da oposição no último suspiro daassembleia parlamentar que agora está dissolvida. Já emclima de campanha eleitoral, esta sentença foi assinaladapelo governo socialista como uma importante vitória. Peloseu lado, os partidos da oposição e os sindicatos reiterarama sua intenção de continuarem a resistir à aplicação doactual modelo, até que possam revogá-lo. Pelo que sepercebe, esta é uma guerra que está para durar, pelo menosenquanto servir os interesses eleitorais de uns e outros. Ésabido que "em tempo de guerra não se limpam armas", masnão se pode deixar de assinalar que a eternização desteconflito continua a prejudicar a vida nas escolas, provocan-do problemas de relacionamento pessoal e originandomuitos pedidos de reforma de professores experientes ededicados. Poderá parecer utópico num momento de con-fronto eleitoral, mas o que seria desejável seria a substitui-ção do actual modelo de avaliação por outro mais simples,mais operacional e, sobretudo, mais consensual. Suspen-der, apenas, ou insistir na aplicação da legislação em vigorpoderá ser interessante do ponto de vista da contabilidadeeleitoral, mas não serve os interesses da educação.Dum modo geral, os temas educativos deveriam ser

discutidos fora do clima de guerra aberta que tem caracte-rizado o combate político nos tempos mais recentes. Setodos aceitam que a qualidade do ensino é uma condiçãodecisiva para sairmos da depressão actual e conseguirmosconstruir um futuro viável, fica difícil entender que este setenha tornado num domínio privilegiado de luta partidária.Não quero com isto dizer que não deva haver discussão deideias e confronto de programas; pelo contrário, é fulcralque cada um apresente as suas propostas com clareza aoseleitores e esclareça as razões das suas escolhas. O que nãoé aceitável é que o debate se transforme em combate, ouseja, que cada um dos lados esteja mais interessado emdestruir as ideias dos adversários políticos do que em ouvi-las e tentar melhorar as suas próprias propostas. Diz-se queda discussão nasce a luz, mas para isso seria preciso que elafosse feita de modo aberto, tolerante e civilizado, numaperspectiva que valorizasse a colaboração e não numa lógicanegativa que assenta na recusa liminar de toda e qualquer

ideia que não seja "nossa".Infelizmente, estando reduzido o leque de domínios em

que os partidos podem marcar as suas diferenças, a educa-ção tornou-se, como a saúde, num terreno privilegiado deluta política. Haverá, nas actuais condições, possibilidade derepensar o modo como o Estado deve assegurar o acessode todos a um ensino de qualidade, sem pôr em causa odireito das famílias à liberdade de escolha? Valeria a penadiscutir se existem razões sérias para que o ministério daeducação continue a dirigir e a condicionar nos mais peque-nos detalhes a vida das escolas, impedindo o desenvolvi-mento de projectos educativos diferenciados e adaptadostanto às condições socioculturais de cada comunidadeeducativa quanto aos valores e desejos dos encarregadosde educação. Sem pôr em causa a função de regulação esupervisão do Estado, já vai sendo tempo de equacionar aquestão da autonomia das escolas em bases amplas, conju-gando as dimensões da liberdade e da responsabilidadeeducativas e abrindo mão da obsessão pelo controlo gover-namental de tudo o que se passa no dia-a-dia de cada um dosmúltiplos estabelecimentos de ensino espalhados pelo país.Neste quadro, poderia equacionar-se a convivência do

ensino público com o privado - particular ou cooperativo -, estudando o lugar de cada subsistema no panorama globale regulando as suas modalidades de funcionamento e dearticulação. No entanto, quando se reduz esta discussão auma disputa entre ricos e pobres, colando o rótulo doprivilégio e do elitismo a todos os estabelecimentos priva-dos, sem levar em conta as diferentes realidades queexistem e fechando os olhos às suas possíveis virtudes, odebate sério fica inviabilizado, com as diferentes facçõesacantonadas nas suas trincheiras, surdas e cegas aos argu-mentos e às razões dos outros. Foi este o impasse a quechegou o confronto entre o movimento "SOS escolas" e oministério. Apesar da imagem inicial de pacificadora comque se apresentou Isabel Alçada, a ainda ministra da educa-ção não conseguiu impedir que se chegasse a este clima deguerrilha, quando esta deveria ser uma área privilegiada parao consenso e a colaboração.

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PÁSCOA 2011PÁSCOA 2011PÁSCOA 2011PÁSCOA 2011PÁSCOA 2011Fotos de:José Carlos

P.Domingos Jorge

S.MIGUEL DA MAIA - Suplemento - Pág. 1

SUPLEMENTOSUPLEMENTOSUPLEMENTOSUPLEMENTOSUPLEMENTOBIP ANOXXII - Nº 237

Maio 2011

Para que todos os leitores possam reviver a Páscoa de2011, o S. Miguel da Maia publica um Suplemento.Neste Suplemento aparecem Fotos dos vários momentos

da Preparação e da Vivência Pascal, bem como alguns teste-munhos dos Grupos Pascais.

4ª Cruz4ª Cruz4ª Cruz4ª Cruz4ª CruzAlegres, percorremos as ruas da nossa cidade anun-

ciandoaRessurreiçãode Jesus. Apesardeste anoaPáscoater coincidido comum fim-de-semana prolongado, fomosacolhidos com alegria por todos aqueles que abriram asportas das suas casas, querendo assim acolher Jesus,beijando - O.Foimuito bomter sentido a vivência da fé de todosos

que quiseram acolher a Cruz e, juntamente com eles, tervivido "mais" uma Páscoa.

Isilda Alves6ª Cruz6ª Cruz6ª Cruz6ª Cruz6ª CruzNamanhã deDomingo de Páscoa, os grupos da Visita Pascal partiram do Santuário com a alegria renovada para anunciar a grande notícia.Cada um de nós levava a certeza do anúncio a fazer: Jesus Ressuscitou! E, assim, como as portas se abriram para receber a vida, assim

se abriram os corações e acolheram a Boa Nova.A alegria, a ingenuidade e até a curiosidade estavam expressadas nos sorrisos das crianças.A solidão, a doença e a tristeza eram traduzidas por uma lágrima no rosto dos mais velhos.A ternura, o carinho e o amor reluziam nos casais recém-casados, que abriam o lar pela primeira vez à passagem de Jesus.Mas, comum a todas eram a esperança e a certeza. A esperança de que cada dia que passa é um novo dia a ser vivido. A certeza, de que

cada dia é vivido com a alegria de Jesus ressuscitado.Após percorrermos as ruas da nossa cidade, com as campaínhas a anunciar a nossa caminhada, acompanhados por Jesus, regressamos

ao Santuário, não por terminarmos o nosso anúncio, mas por continuarmos a fazê-lo, porque a Páscoa vivemo-la todos os dias.Jesus Ressuscitou Aleluia, Aleluia!

Jorge Castro

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S.MIGUEL DA MAIA - Suplemento - Pág. 2

8ª CruzCruzCruzCruzCruzO nosso grupo percorreu, uma vez mais, as ruas do Novo

Rumo, para levar a cada casa o anúncio e a presença de JesusRessuscitado.Em cada ano há sempre algo que me marca ou chama a atenção

de uma forma particular. Este ano, senti, como emnenhumoutro ano,umaalegria imensanas famílias aoreceberemaVisitaPascal.Apresençade Cristo Ressuscitado era uma visita desejada e reconfortante.Em todas as casas que visitámos, rapidamente se sentia um

ambiente de proximidade e até de familiaridade com todas aspessoas.Certamentequenãosomostodos iguais,masnestedia,algomuito forte nos coloca em comunhão. A uns cabe a missão deanunciar, a outros, a missão, igualmente importante, de receber.Este é, provavelmente, o dia do ano em que nos aproximamos

mais do ideal de uma grande Família Cristã. Em qualquer outro diadoano,mesmorecebendoasmesmaspessoas,dificilmenteteríamoscomo primeiro tema de conversa, a pessoa de Jesus Cristo, nemseguiríamos a falar da alegria da Fé com tanta naturalidade.É um dia único, e, à semelhança do Natal, seria bom que a

Páscoa fosse todos os dias.Carlos Costa

9 ª C r u z9 ª C r u z9 ª C r u z9 ª C r u z9 ª C r u zNodomingodePáscoa, 24deAbril de 2011, finda aCelebração

Pascal, proclamada pelo Pe.Domingos, segui-se a visita doCompas-soPascal às casas dosmaiatosque abriramasportas paraque aCruzde Cristo nelas entrasse e para que chegasse a sua benção para osque nelas habitam. O tilintar contínuo das campaínhas anunciava àsgentes da Maia que o Compasso estava a chegar, entrado em cadaresidência, e onde aguardavam para além dos seus residentes,amigos e familiares. Caminhámos em clamor, entoando lindoscânticos que iluminavam as almas dos paroquianos visitados. Nofinal do dia, as Cruzes Pascais recolheram festivamente à Igreja daMaia, acompanhadas por muitos fiéis. Foi um dia inesquecível paratodos nós, pois o espírito de partilha, solidariedade, amizade e oclima de confraternização entre todos esteve sempre presente.

Maria Jorgina Lage10ªCruz10ªCruz10ªCruz10ªCruz10ªCruzDepois de uma Semana Santa carregada de chuva o S Pedro lá

nos deu uma trégua na manha do Domingo de Páscoa, para a VisitaPascal de 2011 na nossa paróquia.Animados pelos raios de sol da manha de domingo e depois da

bênção do nosso pároco partimos do Santuário de Nossa SenhoradoBomDespacho, coma certeza que íamos levar e anunciarCristovivo aos lares que a Ele se abrissem.OstestemunhosdaRessurreiçãodeCristonãosesãorepetitivos

de ano para ano. Em cada anúncio de Jesus Cristo é para nós umaconstante descoberta e novidade. Jesus é mesmo assim: não serepete de ano para ano.Épor issoquesemprenosmotivaenosanima integrarumacruz

naVisita Pascal, pois sabemos que nas casas que se abriremoCristoRessuscitado é sempre motivo de novidade.

Francisco Coelho // Pedro Antunes

Page 19: MAIO 2011 - Paróquia da Maia · anno confecionando a seguinte forma. Saldo no fim do anno de 1897-393:720. Juros de 8 acçıes do Banco de Portugal 280:000 reis, idem de 4 ditas

S.MIGUEL DA MAIA - Suplemento - Pág. 3

11ª CruzEu gostei muito de ir no compasso, foi uma experiência nova mas

única, fantástica e muito empolgante.

Mariana Macedo, 14 anos

Gostomuito de Jesus, por isso vou fazer tudo por ele e continuar no

compasso.

Tiago Silva, 10 anos

Levar o Senhor a todas as pessoas e casas que o amam e admiram foi

uma das melhores experiências que já tive. Pensarmos que, de certo

modo, fomososmensageirosdeJesuséumsentimentodegratificação

etambémdemuitaalegria.Esperopoderrepetirestabelaexperiência

por muitos mais anos..

Joana Pinho, 17 anos

Esta primeira vez que fiz parte do compasso foi uma novidade,

mas foi muito boa. Sem dúvida alguma que, enquanto puder, irei

repetir. Aquilo que se sente em cada casa é um sentimento

inexplicável, um sentimento único.

Augusto Macedo, 51 anos

13ª CruzOnossogrupoteve,maisumavez,oprivilégiode ter ido

porta-a-porta a anunciar a Ressurreição de JesusCristo.Verificamos,commuitogosto,queoanúnciofoirecebido

com muita alegria e receptividade, não só pela abertura docoração a Cristo no beijar da Cruz, como, também, nosarranjos de verdes e flores que tinhamàs portas, alguns umaautêntica obra de arte..Vivemos, também,o contraste de sermos recebidos em

exíguos espaços onde mal cabíamos, e outros onde nossentíamos perdidos na imensidão dos salões.Todavia, o calor do acolhimento era omesmoe a nossa

presença foi o bastante para banhar de luz pascal os espaçosgrandes ou pequenos.Lembramos ao Senhor, no início da nossa caminhada,

algunsdaquelesquejáforamnossoscompanheirosdajornada,masqueoSenhor já chamouàúltimamorada, e terminamosa dar graças aDeus por nos ter dado,mais uma vez, a saúdesuficiente para cumprirmos a nossa missão: ALELUIA.

João Teixeira

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14ªCruz14ªCruz14ªCruz14ªCruz14ªCruz

Como vem sendo hábito, este elenco oompassante percorreu, comalegria e cânticos a Rua Eng° Duarte Pacheco, Rua Clotilde Ferreira daCruz, Rua da cavada e, por último, aRuaDomingos Luís BarreirosTomé.A Paz esteja convosco! Jesus ressuscitou! Aleluia! Aleluia!FoicomestasaudaçãoqueanunciamosaRessurreiçãodeJesusCristo

atodasasfamíliasqueOdesejaramreceber,eforammuitas!Outrasviram-se na necessidade de se ausentarem para, com suas famílias de origem,poderem comemorar a Páscoa.Recolhamos,cristãos,nonossocoração,estacertezadaressurreição,

porque ela nos fará caminhar com Cristo para uma nova vida eterna.Porque buscais entre osmortosAquele que está vivo?Não está aqui! Ressuscitou!Esta certeza constitui umpilar da FéCristã;mais ainda, ela é o centro

da vida litúrgica. É a celebração do mistério da morte, eternamenterenovado.Quero agora saudar todos aqueles que me acompanharam nesta

santamissão,poisdemonstrarammuita féeviveram-na,nestedia, commuita alegria e esperança! Continuem, pois, o anúncio; na família, notrabalho, no vosso convívio quotidiano, para que o cordeiro Pascalcontinue a transmitir às almas a luz que nunca se apaga.

Lopes Cardoso