Magnes Natura

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Atração magnética no reino animal, vegetal, mineral e hominal, como o Dr Anton Mesmer desenvolveu o mesmerismo, e como isto influenciou a medicina posterior, e ainda como seus metodos ainda são utilizado, mesmo que sejam considerados hoje em dia como obsoletos

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Magnetismo animalOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.Ambox important.svgForam assinalados vrios aspectos a serem melhorados nesta pgina ou seco:Necessita de referncias de fontes secundrias fiveis publicadas por terceiros.Texto necessita de reviso, devido a inconsistncias e/ou dados de confiabilidade duvidosa.Necessita ser reciclada de acordo com o livro de estilo.Contm referncias que necessitam de formatao.Precisa de correo textual.Marcas[Expandir]A pgina est num processo de expanso ou reestruturao.Esta pgina atravessa um processo de expanso ou reestruturao. A informao presente poder mudar rapidamente, podendo conter erros que esto a ser corrigidos. Todos esto convidados a contribuir e a editar esta pgina. Caso esta no tenha sido editada durante vrios dias, retire esta marcao.Esta pgina foi editada pela ltima vez por Rodrigo Elias Cardoso (D C) h 1 segundos. (Recarregar)

Magnetismo animalParte da srie sobre omagnetismo animalConselho de magnetistas.jpgEsta srie faz parte do WikiProjeto Magnetismo animal.Conceitos relacionadosDeus Jesus e o magnetismo animal Mesmerismo (terico) Fluido Csmico UniversalFranz Anton Mesmer Magnetizador Fenmenos MagnticosPlexos Sonambulismo magnticoFluido magntico Passe magntico Fluido vital Tato MagnticoSopro Magntico Olhar MagnticoMentomagnetismo Tina de MesmerHistriaCronologiaMesmer - CronologiaHistria no BrasilObras bsicasAforismos de MesmerMemria de Mesmer, sobre suas descobertas Tratado Completo sobre o MagnetismoMesmer a cincia negada e os textos escondidosMesmer e o Magnetismo Animal Magnetismo CurativoMagnetizadoresFranz Anton Mesmer Marqus de PuysgurFranois Deleuze Baro du PotetHector Durville Abade FariaValentine Greatrakes Alphonse BouvierCharles Deslon Honor de BalzacVariadosPomada Vov PedroVidente de PrevostMesmer (filme)o caso do Sr. Waldemar(Allan Poe)Icon portal.png Portal do Magnetismo Animalv eMagnetismo animal, magnetismo curativo ou biomagnetismo [1] [2] a faculdade que o chamado magnetizador teria em transformar; o fluido csmico universal em fluido magntico, e este por sua vez entrando nas ndis, vias energticas do ser humano, em fluido vital. Fundamentado como doutrina, o mesmerismo com seu conjunto de aforismos criam as bases para prticas teraputicas. Este se desenvolveu no final do sculo XVIII e teve seu perodo ureo at o fim do sculo XIX. Foi relatado como um dos primeiros movimentos em larga escala a trazer ateno para o desenvolvimento do mundo acadmico ocidental para os fenmenos paranormais.[3] [4] .

O mesmerismo foi ainda organizado como doutrina e defendido pelo mdico subio, Franz Anton Mesmer[5] , inmeras vezes acusado de charlatanismo[6] [7] [8] [9] [10] e outras tantas vezes denotado como sbio[11] [12] [13] . Foi afirmada uma cincia coadunante com a filosofia e a religio,[14] buscando a melhor compreenso, no apenas do universo tangvel, mas tambm do universo energtico e fludico[15] .

ndice [esconder] 1 Etimologia2 Magnetismo pr-mesmrico2.1 Na antiguidade2.2 A medicina magntica de Sc XVII3 Era mesmrica3.1 O Tratamento da senhorita Paradis4 As primeiras fundamentaes escritas sobre o Mesmerismo4.1 As propostas de Memria sobre a descoberta do magnetismo animal4.2 A tina de Mesmer e as crises magnticas5 O conselho contra o magnetismo animal6 As principais correntes de magnetismo6.1 Os psicofluidistas6.2 Espiritualista6.3 Os imaginacionistas7 Controversas cientficas7.1 Na Frana7.1.1 A comisso de Louis XVI7.1.2 O relatrio de Husson7.1.3 Dubois e sua rejeio dos protocolos experimentais7.2 Na Europa7.3 Nos Estados Unidos7.3.1 Novas pesquisas8 Desenvolvimento do Mesmerismo9 Magnetismo e Hipnotismo9.1 Sonmbulos e videntes10 O magnetismo e o espiritismo11 O magnetismo animal e poltica12 O magnetismo animal perante a filosofia13 O magnetismo animal na arte e na literatura14 Magnetismo animal e a cincia moderna14.1 Sensor quntico detecta assinatura magntica do corpo humano14.2 Magnetismo moral14.3 Pesquisas sobre o magnetismo no Brasil15 Veja tambm16 Notas e referncias17 Referncias18 Bibliografias18.1 Bibliografias em Portugus (Nacional ou traduzida)18.2 Bibliografias Internacionais18.2.1 Antes da Revoluo Francesa18.2.2 No XIX sculo18.2.3 Bibliografia contempornea18.3 Ligaes externasEtimologia[editar | editar cdigo-fonte]A practictioner of Mesmerism using Animal Magnetism Wellcome V0011094.jpgO termo magnetismo animal surgiu como um neologismo, mais precisamente de uma palavra-valise em juno com uma palavra adjetiva (magntisme + animus), sem se tornar necessariamente um morfema, que seria a doutrina dos estudos e dos atributos animais anlogos as condies do magnetismo mineral[16] .

A palavra magnetismo (do francs magntisme, estudo das propriedades dos ms) provm do grego, magnes, "m", e este do francs antigo, isme, "doutrina" [16] .

E da palavra "animal" (do latim animus, por seu significado raiz, "respirao"), vem especificamente para identificar sua potencialidade como uma qualidade pertencente aos seres viventes[16] .

As lnguas antigas no possuem um termo que tenha um sentido preciso para exprimir o que os magnetizadores entendiam por essas palavras, at o fim da idade mdia. Quase todos os etimologistas esto de acordo em relacionar a origem raiz lexicogrfica magnes[16] .

Tem o magnetismo animal outras heteronomias como o magnetismo humano[17] , magnetismo curativo[18] magnetismo pessoal[19] , magnetismo vital[nota 1] , medicina magntica[20] e o biomagnetismo[21] .

Magnetismo pr-mesmrico[editar | editar cdigo-fonte]Na antiguidade[editar | editar cdigo-fonte]Um papiro foi descoberto nas runas de Tebas no Egito descrevendo as seguintes palavras que expunham a pr-ideia do mesmerismo:

Cquote1.svgColoca a mo sobre o doente para acalmar a dor e diz (diga) a dor que pare[16] .Cquote2.svg

Diagrama do "Meridiano" do estmagoEntre 2500 e 2700 anos antes de Cristo, j existia a[22] medicina oriental descrita como uma "sistematizao" de tratamento catalogado como uma das mais antigas formas de medicina do mundo. [23] [24] Efetivada por vrios tratados como inquestionvel e chamada como Medicina tradicional, discursa sobre temas similares ao magnetismo, como por exemplo o[25] sistema de circulao da energia pelos meridianos do corpo humano. [26] [27]

Os Magos caudeus e os brmanes da ndia antiga curavam pelo olhar magntico, e por meio deste, os assistidos caiam em estado de sono[28] .[29] Os egpcios foram altamente influenciados, religiosamente, pelas caractersticas indianas, os quais empregavam na cura das doenas com passes magnticos. Assim disse Diodoro de Siclia:

Cquote1.svg(...)doentes chegavam em multido ao templo de sis, para ai serem adormecidos pelos sacerdotes. A maior parte dos pacientes caam em crise e indicavam, eles mesmos, o tratamento que os devia reconduzir sade (...) havia entre os egpcios , em todas as pocas, pessoas dotadas da faculdade de curar por meio da aposio de mos e de insuflaes, conseguindo fazer desaparecer doenas tidas como incurveis.[29]Cquote2.svgNa Grcia antiga seu povo bebeu nas fontes do conhecimento egpcio e no tardou em equipara-los e at a subjug-los com seu "magnetismo humano"[nota 2]

AvicenaAristteles que viveu entre 384 e 322 antes de Cristo desenvolveu teorias sobre a atuao das foras magnticas, em seu Tratado sobre a alma, para fazer uma analogia entre a ao da alma, que seria a gnese do movimento dos animais, com analogia ao do m, que gera o movimento em um pedao de ferro[30] . Entre os anos de 98 e 55 a.C. Lucrcio, um dos primeiros a defender a teoria atmica entre os filsofos, tentou descrever a atuao da fora magntica do m sobre o ferro. E em seu livro VI do Tratado-Poema Da natureza, relata que os tomos do material magntico expulsariam o ar presente entre eles e o ferro de modo que este seria tracionado pelo ar em direo magnetita. Estas ideias de carter mstico e sobrenatural, para a poca, ao redor do magnetismo impulsionou, principalmente na Idade Mdia, a possibilidade de curas provenientes de usos medicinais da magnetita e outros ms, o qual mais tarde impulsionaria Paracelso a criar seus tratados sobre a cura atravs do magnetismo animal[31] . Na Glia, os druidas e as druidesas eram magnetizadores por excelncia, como atestam muitos historiadores[29] [32] [33] [34] . Sua medicina magntica ficou to referenciada que vinham pacientes de todos os lugares[29] . A percepo do Magnetismo Animal no ocidente foi denotado no primrdio da medicina por Hipcrates[35] e fundamenta-se nas manifestaes e nos ensinamentos de Paracelso, de Rudolph Gckel der ltere[36] .Suas bases so desenvolvidas e compreendidas como uma doutrina de cunho filosfico voltada para o aperfeioamento moral do homem, que acredita na possibilidade de auto desenvolvimento psquico moral.[37]

Cquote1.svgMdicos experientes podem confirmar que o calor que flui das mos, quando aplicado em doentes, altamente salutar. Enquanto deixo minhas mos sobre meus pacientes, sinto como se uma fora puxasse para fora as dores dos locais afetados, assim como diversas impurezas[38]Cquote2.svg Hipcrates

HipcratesQuem obteve grande exito neste assunto foi Simo o "Mgico", que soprando os epilticos, acabava com o mal que os consumiam[29] . Entre os anos 77 e 79 d.C Plnio, o Velho[39] escreveu o livro Naturalis Historiae e no livro VII nos diz:

Cquote1.svgHavia em Hellespont, uma espcie de homens chamados "Ophiognes"[40] [nota 3] , que tinham o dom de curar, pelo tato, as mordidas das serpentes e de fazer sair todo o veneno do corpo, nele aplicando somente a mo... alguns homens tm uma virtude medicinal em certas partes do corpo, como a que diziam possuir o dedo polegar do Rei PirroCquote2.svge em seguida explana conceitos tericos que chocariam em similitude com textos mesmricos[43] .

Prximo aos anos 1000 d.C. Avicena em sua obra Da natureza (I.6), admite a ao que um indivduo pode exercer sobre um outro, no qual ele atribui alma um poder considervel, que pode no somente agir sobre seus corpos, como tambm sobre outros corpos[44] .

Cquote1.svgEla pode atrair corpos distantes, exercer sobre eles uma ao equilibrante ou desequilibrante; em uma palavra, produzir; em certos casos, a sade e a doena[45] .Cquote2.svgA medicina magntica de Sc XVII[editar | editar cdigo-fonte]Magnetistas e magnetizadores do sculo XVII, que se apresentam com uma sabedoria similar ao mesmerismo atual, tm, em sua maioria, a ascendncia - os pais fundadores da filosofia natural - tais como o mdico suo Paracelso[46] , Roger Bacon e Pietro Pomponazzi[47]

Marslio Ficino no ano de 1460, Cornlio Agripa e Pietro Pomponazzi em 1500 iniciam as bases do magnetismo para a posteridade[29] .

ParacelsoParacelso (1493-1541) foi o principal defensor desta "primeira e tmida aproximao entre o magnetismo e a biologia". Arnaud de Villeneuve foi buscar nos conhecimentos descritos pelos autores rabes, conceitos magnticos. Atingindo seu objetivo, seu xito foi tamanho que acabou sendo condenado pela Sorbona. Eles apresentam a sade como um estado de harmonia entre o microcosmo individual e o macrocosmo celestial que contm fluidos e influncias ocultas de todos os tipos[48] . Segundo Paracelsus, o poder interno da alma pode ser exteriorizado do corpo que anima e agir sobre outros corpos, independente da vontade e as imaginaes dos outros[49] . Para ele, a vontade e a f a excelncia para o potencial magntico, representando o poder de agir sobre os outros[50] .

Robert Fludd, mdico Ingls influenciado por Paracelso[51] , tornou-se convencido dos atributos dos efeitos mdicos da "pomada de simpatia". Tambm entre os representantes deste movimento est o cientista alemo Rudolph Glocenius. Gockel considera a natureza regida por uma fora motriz, em todos os lugares, que consiste na lei da atrao e repulso[52] . O mdico belga Jean Baptista van Helmont desenvolveu ideias semelhantes s de Gockel[53] . Para Gockel e Van Helmont, o magnetismo, com a sua dimenso terica e parte prtica, os levariam ao domnio da magia.

Cquote1.svgqualquer cincia oculta ou se eleva acima que adquirimos atravs da observao e clculo mgica; todos os poderes que no pertence a uma ao mecnica um poder mgico.Cquote2.svg Van HelmontPara ele, todo homem pode influenciar seu companheiro remotamente se um acordo entre o operador e o paciente for criado, e se a sensibilidade do paciente foi realizada[54] .

Athanasius KircherAthanasius Kircher, alemo, determinou em seu tratados que o magnetismo atua como um princpio ao qual explica todos os fenmenos naturais e sobrenaturais ainda no estudados. Ele explica o "magnetismo do amor", como uma lei bsica csmica da atrao entre os seres vivos, atrao essa que a fonte de ligaes do amor entre os seres e que tambm e responsvel pela cura de doenas pelo tratamento magntico[55] . Aps estas referncias mesmeristas incluram tambm o mdico escocs William Maxwell que referenciou temas similares em 1679[56] e Ferdinand Santanelli em 1723[57] .

Era mesmrica[editar | editar cdigo-fonte]Franz Anton Mesmer.jpg

Descrio de charlatismo referindo ao magnetismo animal como "Dedo mgico"Franz Anton Mesmer (1734 - 1815), mdico alemo, formado em medicina pela Universidade de Viena[58] , telogo pela Universidade de Ingolstadt[58] e doutor em filosofia pela Universidade Jesuta de Dillingen[58] foi quem postulou a existncia de um fluido magntico universal o qual poderia fazer uso teraputico. Introduziu o termo magnetismo animal em 1773 na mesma poca que inicia o tratamento da prima de Mozart.

Mesmer queria ter condies de interpretar racionalmente os fenmenos e energia que, conectada ao corpo humano, seria responsvel por muitas manifestaes, entre elas; transes e curas.[3] [59] E, como tal, denotavam-no referir-se ao irracional ou a magia[60] . Enquanto ele queria fundamentar o magnetismo como cincia, trazendo este da condio sobrenatural para um estudo das propriedades de uma condio natural, isso levou por seus detratores a divulgar sobre ele o arqutipo de charlato[61] e ao magnetismo animal a condio de uma pseudocincia[62] . Desde que se tornou pblico, o magnetismo animal virou objeto de controvrsia, principalmente na Frana, onde a Faculdade de Medicina condenou a no ser praticado pelos mdicos desde o ano de 1784. Isso no impediu que o magnetismo animal continuasse a se espalhar de vrias formas, pois alguns magnetizadores continuaram a atribuir os efeitos dos estudos de Mesmer aos fluidos, outros atribuindo-lhes a vontade e outros ainda a imaginao do magnetizador e magnetizado.

Franois Deleuze afirmava ser a vontade a matriz e motriz responsvel pela atuao dos fluidos, e que se fosse pela imaginao no haveria como os vidente sonmbulos perceberem sua atuao em objetos inanimados mesmo sendo imantados sem que as cobaias estivessem prximas[63] . Os que defendiam a ideia das imaginaes serviram de fonte para as teorias da hipnose desenvolvidas por mdicos como James Braid[64] ou Ambroise-Auguste Libeault. E outros ainda denotam o processo magntico em estreito contato com espritos[65] . Franz Anton Mesmer publicou em 1766, em Viena, De l'influence des plantes sur le corps humain (A influncia dos planetas sobre o corpo humano). Foi fortemente influenciado por Newton, Galileu, Kepler, Coprnico e pelos Aforismos de Hipcrates, alm de seu mestre professor Universitrio[66] . Mesmer descrito como plagiador de alguns autores como o caso de Richard Head[67] . Depois viria uma injria do padre jesuta Maximilian Hll (Hell) sobre a descoberta do uso teraputico de placas magnticas as quais Mesmer as achavam sem utilizao, onde as mesmas s seriam teis aps serem transformadas em magnetos mesmricos, o que no ocorreria se no fossem mesmerizados[67] .

Cquote1.svgOs escritos de Padre Hll repetido sobre este assunto, entregou ao pblico, sempre vido por uma especfica contra a doena do nervo, a opinio infundada, ou seja, que a descoberta em questo consistiu apenas no uso do m. Eu escrevi a minha vez de destruir este erro ao publicar a existncia do MAGNETISMO ANIMAL, essencialmente distinta do m; mas o pblico avisado por um homem de reputao, permaneceu em seu erro[68] .Cquote2.svgAps sua retificao, e subtrado o magnetismo mineral de sua doutrina, determinado que seu tratamento viria de seu potencial magnetizador, nascendo ento o nome Magnetismo Animal. No ano de 1775, os exorcismos do Padre Johann Joseph Gassner comearam a ser investigados por uma comisso nomeada por Maximilian Joseph III da Baviera aps este eleito. Esta mesma comisso intima Mesmer ir a Munique e em 27 de Maio 1775 ele prova sua capacidade de fazer surgir e desaparecer nos pacientes vrios sintomas sem o uso de exorcismo[69] . No dia seguinte, na presena do Tribunal e da academia, ele diz:

Cquote1.svgGassner curou os doentes por magnetismo animal sem perceber . A partir desta perspectiva, podemos considerar a relao entre o magnetizador e o magnetizado[70] .Cquote2.svgO Tratamento da senhorita Paradis[editar | editar cdigo-fonte]

Maria Theresia von ParadisMaria Theresia von Paradis foi tratada por Mesmer, do final de 1776 at meados de 1777. Tal tratamento foi capaz de realizar uma melhora temporria em seu quadro de cegueira, isso at ela ser removida de seus cuidado, em meio as preocupaes. Tendo por um lado o escndalo por se tratar com um acusado de charlatanismo, e por outro, a potencial perda da penso disponibilizada pela rainha Maria Theresia, caso perdesse sua deficincia [71] . De qualquer forma, nestas condies a cegueira voltou permanentemente, e o Dr. Mesmer, com seus detratores afirmando falha no tratamento da famosa pianista cega [72] , o descreveram como um charlato e ele sai de Viena, porm defendendo-se com a seguinte inscrio:

Cquote1.svgO pai e a me da senhorita Paradis, testemunhou a sua cura, e dos progressos que ela fazia no uso de seus olhos, apressou-se a espalhar este evento e satisfao. Acorreu minha casa uma multido para disso se assegurar; E cada um, depois de colocar o paciente a uma espcie de teste, se retirava admirados, dizendo as coisas mais lisonjeiras. [73]Cquote2.svg MesmerAs primeiras fundamentaes escritas sobre o Mesmerismo[editar | editar cdigo-fonte]Em fevereiro de 1778, Mesmer chegando a Paris, mudou-se para a Place Vendme, nmero desesseis. Tentou, sem sucesso, obter reconhecimento da Acadmie des Sciences, da Socit Royale de Mdecine e da Facult de mdecine de Paris. Retirando-se para a aldeia de Crteil[74] publicou seu artigo: Memria sobre a descoberta do magnetismo animal em 1779[75] com o apoio do seu primeiro grande convertido o mdico Charles Deslon.

As propostas de Memria sobre a descoberta do magnetismo animal[editar | editar cdigo-fonte]Cquote1.svgExiste uma influncia mtua entre os corpos celestiais, a Terra e os homens.Um fluido distribudo, e continuo de modo a no sofrer nenhum vazio, a sutileza no permite qualquer comparao, e que, por sua natureza, capaz de receber, propagar e comunicar todas as impresses do movimento, o meio desta influncia.Essa interao sujeito a leis mecnicas, at agora desconhecida.O resultado desta ao resulta efeitos alternativos, que podem ser considerados como um fluxo e refluxo.Este fluxo e refluxo mais ou menos gerais, mais ou menos em particular, mais ou menos composto, de acordo com a natureza das causas que o determina. atravs desta operao (a mais universal dentre aquelas que a Natureza nos oferece) como relaes de atividade so exercidas entre os corpos celestes, a terra e suas partes constitutivas.As propriedades do Matria do corpo organizado dependem disso.O corpo do animal experimenta os efeitos alternativos deste agente; E se infiltra na substncia dos nervos, afetando-os imediatamente.Isso particularmente evidente no corpo humano, as propriedades semelhantes s do m; podemos distinguir vrios plos opostos tambm e, que podem ser comunicados, alterados, destrudos e reforados; o fenmeno da inclinao tambm observado.A propriedade corpo animal que o torna suscetvel influncia dos corpos celestes, e a interao das pessoas em torno dele, que se manifesta por sua analogia com o m, me determinado a nomear como MAGNETISMO ANIMAL.A ao e a virtude do magnetismo animal, assim caracterizado, podem ser transmitidas aos demais corpos animados e inanimados. Uns e os outros so, contudo, mais ou menos suscetveis.Esta ao e virtude pode ser fortalecido e se espalhou pelos mesmos corpos.Observa-se na experincia o fluxo de um material cuja sutileza penetra todos os corpos sem perder a sua atividade significativamente.Sua ao ocorre em uma distncia remota, sem a ajuda de qualquer organismo intermdio.Ela aumentada e refletida por espelhos, como a luz.Ele transmitido, propagado e aumentado pelo som.Esta virtude magntica pode ser acumulada, concentrada e transportada.Eu tenho dito que os corpos animados no tm a mesma probabilidade: o mesmo, embora muito pouco, que se opuseram como uma propriedade que sua mera presena destrua todos os efeitos do magnetismo em outro corpo.Esta virtude oposta tambm penetra todos os corpos; ela tambm pode ser transmitida, propagada, acumulada, concentrada e transportada, refletida por espelhos, e propagado por som; que no apenas uma privao, mas virtude oposta positiva.O m quer seja natural ou artificial, bem como outros corpos, susceptveis do Magnetismo Animal, e at mesmo da virtude oposta, sem em um ou em outro caso, sua ao sobre o ferro e a agulha no sofra alterao; o que prova que o princpio de magnetismo animal difere essencialmente da do mineral.Este sistema ir fornecer novos esclarecimentos sobre a natureza do Fogo e da Luz, bem como a teoria da Atrao, Fluxo e refluxo do m e Eletricidade.Isso far com que percebam que o m e a eletricidade artificial tm relao com as doenas, propriedades comuns com vrios outros agentes que a Natureza nos oferece e que, se resultarem alguns efeitos teis da administrao destes, eles so devidos a Magnetismo Animal.Ns reconhecemos pelos fatos, de acordo com as regras prticas que hei de fazer, que este princpio pode curar imediatamente doenas dos nervos, e outros mediatamente.Com a sua ajuda, o mdico iluminado sobre o uso de medicamentos; ele aperfeioa a sua ao, e que provoca e dirige crises salutares, de modo a tornar o seu dirigente.Ao comunicar o meu mtodo, vou demonstrar uma nova teoria da doena, a utilidade universal do princpio que lhes proponho.Com esse conhecimento, o mdico certamente ir julgar a origem, a natureza e o progresso das doenas, ainda mais complicado; que ir impedir o aumento, e ter sucesso em sua cura, sem nunca expor o paciente aos efeitos perigosos ou consequncias infelizes, qualquer que seja a idade, temperamento e sexo. Mesmo as mulheres durante a gravidez e quando do parto gozaro da mesma vantagem.Esta doutrina, por fim, que o mdico em um estado de bem julgar o grau de sade de cada indivduo, e de preserv-lo das doenas sobre as quais ele possa ser exposto. A arte da cura vai chegar a sua perfeio final[76] [77] .Cquote2.svgDe acordo com Franz Anton Mesmer o magnetismo animal a capacidade de curar o paciente atravs do fluido natural que o magnetizador seria capaz de acumular e transmitir atravs da magnetizao [78] atravs e pelo corpo.

Sendo Mesmer criador da teoria unitria que descreve o entrelaamento entre o homem e o universo[79] , o Sr. Alphonse Lus Constant em relao a estas propostas, referencia tal informao com as seguintes palavras:

Cquote1.svgMesmer teve a gloria de encontrar, sem iniciador e sem conhecimentos ocultos, o agente universal da vida e de seus prodgios; seus Aforismos que os sbios de seu tempo deviam considerar como tantos paradoxos, viro um dia a ser as bases da sntese fsica.Cquote2.svg Eliphas LeviSendo fortemente atacado pela Faculdade de Medicina de Paris, Mesmer publica panfletos e artigos defensivos na Gazette de Sant e no Journal de mdecine [80] e sua influncia lhe proporciona clientes e defensores como o marqus de Lafayette, o advogado Nicolas Bergasse e o banqueiro William Kornmann. Alm disso, nos seus Resumo histrico dos fatos relativos ao Magnetismo Animal, publicado em 1781, Mesmer respondeu a seus adversrios em "alto e bom tom"[81] .

A tina de Mesmer e as crises magnticas[editar | editar cdigo-fonte]Ver artigo principal: Tina de MesmerMesmer's animal magnetism therapy Wellcome V0011096.jpgMesmer admitindo cada vez mais pacientes, e incapaz de magnetiz-los individualmente, em 1780 introduziu um novo mtodo de tratamento coletivo com sua baquet (tina),[82] atravs da qual ele poderia tratar mais de trinta pessoas ao mesmo tempo[82] . Eram dispostas as pessoas em torno desta celha, a qual, na parte superior dispunha de hastes de metal, que era tocada pelos doentes, que logo entravam em "crise curativa".

Mesmer neste perodo j contava com o auxlio de assistentes, vestido com seda lils e portando uma barra de ferro com comprimento de dez a doze polegadas, eles "magnetizava" as partes doentes do corpo de pacientes[83] . Mesmer geralmente realizava as sesses de magnetismo com o tocar do Fortepiano ou pelo som distinto da Glass Harmnica [82] , instrumento este inventado por Benjamin Franklin em 1762.

Harmnica de vidro, similar a usada por MesmerNo perodo destes tratamento coletivo, em torno da tina de Mesmer, fenmenos manifestavam-se contagiantes denominados "crises magnticas", durante o qual as mulheres ricas da sociedade perdiam completamente o seu controle, caiando em "histria", desmaio e convulses ... A testemunha descreve uma crise detalhada:

Cquote1.svgA respirao foi levado s pressas; Ela estendeu os braos atrs das costas, torcendo acentuadamente, e inclinando-se o corpo para a frente; houve uma agitao geral de todo o corpo; a presso dos dentes tornou-se to alto que podia ser ouvido do lado de fora; ele mordeu a mo, e forte o suficiente para que a marcas dos dentes permaneceram acentuada[84] .Cquote2.svgEsses ataques so descritos por Mesmer, como contendo um devido valor teraputico[85] . O fluido vital, este por sua vez refora-se pelos passes magnticos, superando o obstculo que se opuseram sua circulao no corpo do paciente[86] [87] . Em casos de convulses violentas, os pacientes eram levados para uma sala acolchoada chamada sala de crise, onde ali ficariam at que as mesmas cessassem[88] [89] [90] , com o objetivo de precaver machucados.

No consultrio de Franz Anton Mesmer, continha quatro baquets, das quais: uma era reservada para as pessoas sem condies financeira, e as demais, suas ocupaes deveriam ser reservadas com antecedncia, ao custo de 300 Louis d'or por ms[91] .

O conselho contra o magnetismo animal[editar | editar cdigo-fonte]Em 1781 o Rei Luis XVI, sua esposa e membros de sua corte, solicitaram Academia Francesa de Cincias que investigasse Mesmer e suas supostas curas. A academia nomeou uma comisso composta por: Benjamin Franklin, Antoine Lavoisier, o ento prefeito de Paris Jean Bailly e Joseph-Ignace Guillotin. Esta comisso foi encarregada de investigar Mesmer e suas afirmaes de cura. Um dos testes se constituiu na magnetizao de uma rvore por um preposto de Mesmer, e a posterior identificao desta por um jovem com os olhos vendados. Ele deveria identificar a rvore que apresentasse maior fora magntica. O rapaz reportou vrias sensaes e afirmava que a fora magntica estava aumentando mesmo quando se distanciava da rvore. O experimento terminou com o rapaz desmaiando.[7]

O conselho refutou o mesmerismo, mas confirmou os trabalho realizado por Mesmer, alegando ser estes realizados pela sugesto[92]

As principais correntes de magnetismo[editar | editar cdigo-fonte]Quando Mesmer deixou Paris em 1785, a prtica do magnetismo animal estava prosperando, apesar das proibies da faculdade, o mesmerismo foi representado por trs correntes principais[93] e apenas surgindo uma nova corrente aps a Restaurao Francesa:

Os mesmeristas explicavam as mudanas fisiolgicas e psicolgicas provocadas pelo magnetizao com foco em fluxo de fluido. Sua concepo dominante resolutamente materialista e fisicalista, est prximo aos dos mdicos, como Dsir Pttin, preferem falar de eletricidade vital.Os psicofluidistas[94] vem a vontade como o verdadeiro agente da ao magntica, mas mantm a premissa de um fluido como um veculo curativo. Os tericos dessa corrente reivindicam a razo, acreditando que o sonambulismo revela os potenciais e premissas latentes da alma.Os Espritualistas foi uma corrente vinculada a um ramo mstico de Maonaria[95] os quais como os Espritas[96] [97] [98] [99] [100] [101] [102] [103] [104] [105] [106] [107] [108] [109] [110] [111] [112] [113] (que s surgram aps a Restaurao Francesa) pensam que seus pacientes reagem diretamente sobre a reao da vontade e da orao. Podendo relatar ainda que, durante os transes, tais magnetizados, entram em contato com anjos ou espritos.Os imaginacionistas surgiram aps a Restaurao, para os quais, nem a vontade do magnetizador, ou qualquer fluido intervenientes eram reconhecidos como pautveis em suas teorias. Para eles, o magnetismo apenas competncias internas, colocando-os acima dos magnetizados em relao aos poderes da imaginao, o que poderia alterar drasticamente a totalidade psico-orgnico do mesmo.Os psicofluidistas[editar | editar cdigo-fonte]

Amand Marie Jacques de Chastenet de PuysgurAdmitindo-se a hiptese de um fluido universal, os psicofluidistas, conduziam suas teorias, mas insistentemente, defendendo o potencial que a vontade do magnetizador e sua convico com o magnetismo[78] , para realizao do tratamento de seu paciente. Alm disso, para eles, a vontade do operador, em vez de impor a vontade ao paciente, seria somada com a do mesmo, sendo assim, o sucesso a soma das vontades e adminculo dos dois.

O Marqus de Puysgur, oficial da artilharia, Armand Marie Jacques de Chastenet, foi seu maior divulgador. Sendo ele, um dos primeiros persuadido por seus dois irmos mais jovens, a entrar na Companhia de Harmonia Universal, para seguir os ensinamentos de Mesmer.

A incluso prtica do Marqus ao magnetismo se deu da seguinte forma: "como parte de seu regimento em Estrasburgo estavam completramente ferido, veio seu interesse em tratar os jovens soldados doentes".

O Iluminista, Marqus encontrava-se igualmente preocupado com a sade de seus vassalos e com disposio para trabalhar em sua terra, para o advento do progresso[114] . Em 4 de maio de 1784, em repouso em sua rea de Buzancy arredores de Soissons, enquanto ele aliviava pelo magnetismo um jovem campons, Victor. Ento com 24 anos, Puysgur observa que em vez das convulses da "crise mesmrica", Victor cair em um sono tranquilo e profundo. Para sua surpresa, Victor, o campons, embora aparentemente adormecido, manifestava-se uma intensa atividade mental, o qual, era expressado sem o seu arcaico dialeto e com temas que ultrapassavam suas condipes cotidianas[115] .

O Marqus de Puysgur enquanto reproduzia estas experincias, nos dias seguintes outra coisa surpreende. Em seus acessos chamado de "sonambulismo induzido" ou "sono magntico [116] , Victor parece capturar os pensamentos e desejos do marqus, sem que fosse necessrio formul-los. Assim, como uma ordem, Puysgur formulava um desejo silencioso e Victor expunha-o, como se ele tivesse acesso direto ao que estava acontecendo na mente de seu magnetizador. Alm disso, enquanto em transe, Victor ajudava Puysgur a diagnosticar os males de seus outros pacientes e explicava como se comportar em relao a eles. Falamos de "lucidez magntica" para descrever a viso no sonambulismo, a qual, discorre sua prpria doena e de outros outro, indicando os remdios que melhor os tratariam[117] .

Puysgur tambm descobriu que:

Cquote1.svg...um sonmbulo pode ver dentro de seu corpo enquanto ele magnetizado, pode diagnosticar a doena, a previso da data da sua cura e at mesmo se comunicar com os mortos e os ausentes[118] .Cquote2.svgAo acordar, Puysgur observou que sonmbulos esqueciam tudo o que acontecera enquanto estes estavam magnetizados[119] . Os fenmenos de "lucidez magntica" desafiavam a racionalidade do Iluminismo em que eles parecem descrever que:

Cquote1.svg... a conscincia humana pode superar, em certas circunstncias, os terminais do assunto e restries espaos-temporais, que pareciam inevitveis para fiscalizar seu exerccio. Este tpico foi fechado para o tipo do pensamento axiomtico Iluminista[114] .Cquote2.svgPerante os fatos, descobrem que parecem apoiar a ideia de uma interligao virtual de conscincias[114] , Puysgur abandonaria a partir de ento o axioma da conscincia fechada. Para ele, esses fenmenos lcido deveriam ser estudados como so todas as outras faculdades humanas.

Ulmeiro do Marqus de PuysgurEm seguida, os pacientes se renem para Buzancy e Puysgur organiza os tratamento coletivos em torno de um grande Ulmeiro[120] . E em 17 de maio do mesmo ano o Marqus de Puysgur escreveu a seu irmo:

Cquote1.svgEles se juntam em torno de minha rvore, havia mais de 130 pacientes esta manh[121] .Cquote2.svgUma testemunha descreveu a cena da seguinte forma:

Cquote1.svgFoi estabelecido em torno da rvore, vrios bancos circulares, pedra, em que sentou todos os pacientes, os quais envolvem com a corda as partes do corpo doentes para sanarem seus sofrimentos. Em seguida, a operao comea, todos formando a cadeia, e erguidos pelo toque do polegar. [...] O Sr. Puysgur [...] escolhe entre seus pacientes diversos temas, tocando em suas mos e apresentando sua varinha (barra de ferro de cerca de 15 centmetros), os quais caem em crises perfeitas [...] Esses pacientes em crise, tm o poder sobrenatural, de descrever [...]rgo afetado, a parte do sofrimento; eles indicam os devidos de remdios que sero mais salutar a seu tratamento e o tempo que levar para ser totalmente curado[122] .Cquote2.svgConforme descreve alguns autores, as experincias de Puysegur, permitiu s crenas populares dos camponeses, relacionadas a curas, videntes e plantas medicinais. O que tambm contribuiu para Puysgur reestruturar essas crenas foi a influencia por sua leitura das obras de Jean-Jacques Rousseau[123] [124] . Como alguns sonmbulos, aps o diagnstico de um paciente, esto fazendo em xtase na floresta para a planta provvel para cur-lo, e descrever o local onde ele for encontrado, no diferente dos textos em que o filsofo em herborizado um estado perto do xtase, especialmente em devaneios de um caminhante solitrio[125] . Em 1785, Victor leva Puysgur Paris demonstrar suas descobertas, que se sucederam antes das relatadas por Mesmer. No mesmo ano, ele assumiu o comando de seu regimento de artilharia Estrasburgo e cria nesta cidade Socit harmonique des amis runis onde treina mais de 150 magnetizadores[126] e introduz muitos centros de tratamento. Esta instituio continuou a existir at 1789 e publicou numerosos artigos sobre os vrios casos tratados pelo magnetismo. Homem do Iluminismo, Puysgur comea a seguir as novas ideias da corrente revolucionria e fica encantado com o rumo dos acontecimentos. Nomeado general de artilharia em 1791 , ele renunciou em maio 1792. Enquanto seus dois irmos se refugiaram no exterior, ele recusou-se a segui-los. Sob o terror da Revoluo.

Joseph Philippe Franois DeleuzePuysgur passou dois anos na priso com sua esposa e filhos, mas evita o pior e no privado de suas propriedade. Sob o Primeiro Imprio Francs, de 1800 a 1805 , ele foi prefeito de Soissons [127] . Entre 1807 e 1813, Puysgur publicou vrias obras em favor do magnetismo e realiza demonstraes com o jovem campons Hbert com muitas autoridades mdicas, incluindo o mdico Franz Joseph Gall e em 1815 , revitalizou a 'Socit de l'harmonie' em nome de Mesmer e do magnetismo [128] .

Efeitos do MesmerismoEm 1814, o interesse nos escritos de outro adeptos do magnetismo animal, o naturalista Joseph Philippe Franois Deleuze, colaborador de Antoine Laurent de Jussieu , no Museu Nacional de Histria Natural , em Paris, desenvolveria a publicao de jornal, os Anais de magnetismo, em que expe os experimentos conduzidos por magnetizadores em toda a Europa. Estas edies tornar-se-ia a Biblioteca do Magnetismo Animal de 1818[129] . Deleuze defende o magnetismo contra os positivistas da academia, mas tambm contra a ala direita da Igreja Catlica, representada em particular pelo Padre Fustier[130] , Pai Wurtz e o abade Fiard que vem no magnetismo nada mais que uma conspirao manica para minar as bases do Cristianismo, uma condio ameaadora para a igreja tendo em seus bastidores o prprio Satans [131] . Outros Magnetizadores psicofluidistas foram Charles de Villers , Auguste Leroux, AA Tardy de Montravel, Louis Joseph Charpignon, Casimir Chardel , Charles Lafontaine e o mdico Alphonse Teste. Os membros desta corrente publicaram a maior parte da sua doutrina no Revue du magntisme(Jornal do magnetismo)[132] .

Cartaz de uma sesso pblica de magnetismo animal em 1857.Espiritualista[editar | editar cdigo-fonte]AbaDeFaria.JPGOs Espiritualistas so a parte de uma corrente crist desde o Iluminismo , atribudo a um ramo mstico da Maonaria[133] . Seu lder foi o tesofo Louis Claude de Saint-Martin , e o iniciador desta corrente de penjsamento foi Martinez de Pasqually o qual foi fortemente influenciado pelas obras de Emanuel Swedenborg. Saint-Martin tornou-se o vigsimo stimo membro da "Socit de l'Harmonie" (Sociedade da Harmonia), em 4 de Fevereiro de 1784 , mas gradualmente longe de Mesmer, ele insistiam na inexistncia materialista da a ao do fluido[134] . Alguns espiritualistas afirmam agir diretamente sobre o paciente, sem a influncia de um fluido, pela vontade e orao. Outros consideravam o contato do magnetizado com entidades supra-humana[135] . Estes teosofistas magnetizadores Lyon trabalhavam com mulheres sonmbulas com quem supunha-se ter uma relao especial com as condies extra humanas[136] . Dentre essas mulheres pode-se incluir: Jeanne Rochette e Marie Louise de Vallire Montspey. Alm das polmicas com os psicofluidistas, sabemos que Puysgur frequentava a estes ambientes, especialmente atravs da Loja Manica "A franqueza de Estrasburgo", qual pertencia com seus irmos [137] e Henry Delaage[138] . A outra parte dos espiritualista conta partir de agosto de 1813 , na pessoa de Jos Custdio da Faria o qual d em Paris um curso sobre sonambulismo provocado, o qual ele prefere chamar o sono lcido. Uma testemunha contempornea, o mdico Alexandre Bertrand , descreve seu mtodo:

Cquote1.svgA pessoa que queria se submeter sua ao foi colocado em uma cadeira, e prometeu fechar os olhos e meditar; Ento, de repente, se soltou em um sono, a voz em forma imperativa, que era geralmente produzida sobre o paciente dava tal impresso para produzir nele uma ligeira agitao do corpo inteiro, calor, sudorese e s vezes, o sonambulismo[139] .Cquote2.svgAbade Faria, tanto contesta: a teoria do fluido de Mesmer quanto a teoria do Marqus de Puysgur no papel decisivo da vontade do terapeuta na introduo do transe magntico [140] . Ele tambm negava a personalidade do magnetizador qualquer poder efetivo sobre o paciente dizendo ser teorias populares sobre os poderes sobrenaturais[141] . Para ele, o sono lcido s era liberado pelos poderes ocultos da alma, expressando a forma velada e fragmentria dos sonhos. Descreve Faria que o magnetizador s ajuda o paciente a acessar seus recursos internos. Faria foi ridicularizado na imprensa, especialmente em uma srie de cruis artigos de Victor-Joseph tienne de Jouy e, em seguida, a partir de 1816 , em um pedao de Vaudeville por Jules Vernet por ttulo La magntismomanie[142] . Refutado por psicofluidistas, que no perdoam-lhe a sua rejeio do fluido, e criticado por seus colegas eclesisticos, que o acusam de se aliar com as foras demonacas, tendo assim que fechar a sua sala de conferncias e retirar-se para um internato para meninas como capelo [143] .

Os imaginacionistas[editar | editar cdigo-fonte]Os imaginacionistas rejeitavam a ideia de fluidos independentemente de sua origem e no aceitavam tambm a potencialidade da vontade. Eles deferiam a ideia de que tudo era impulsionado pela imaginao. De 23 de agosto de 1819 a janeiro de 1820 , o mdico Alexandre Bertrand , politcnico e futuro colunista cientfica no jornal Le Globe, da cursos pblicos sobre o Mesmerismo. Primeiro, defensor das ideias psicofluidistas, aps um perodo refaz suas teses mudando para a linha de pensamento imaginacionistas[144] . Bertrand entre os demais ouvintes, h um nmero de mdicos que exercem magnetismo no hospital. Aos poucos, inicia-se em relao aos fluidos os vrios mdicos cticos de renome, Henri-Marie Husson, Lon Rostan , Franois Broussais , Pierre Fouquier ou tienne-Jean Georget [145] , assistir s experincias que se alinham-se causa do magnetismo. Tambm encontrado entre eles Baro tienne Flix d'Henin de Cuvillers, editor da revista Archives du magntisme animal de 1819 , o filsofo Maine de Biran , General Franois-Joseph Noizet[146]

Controversas cientficas[editar | editar cdigo-fonte]Na Frana[editar | editar cdigo-fonte]O historiador Robert Darnton mostrou como a cincia durante os anos subsequentes de 1780 inspirava tal entusiasmo que quase apagou o limite, nunca muito distinto antes do sculo XIX, que separa a verdadeira cincia da pseudo-cincia[147] . Numa altura em que a capacidade do cientista para explorar as foras da natureza inspira uma admirao quase religiosa, onde:

Cquote1.svgVoltaire torna inteligvel a teoria da gravitao de Newton, ou Franklin que aplica as propriedades da energia eltrica para a inveno de pra-raios e onde os Irmos Montgolfier espantam a Europa, ao levantar um homem no ar, o fluido invisvel de Mesmer no parece to milagroso [148]Cquote2.svgSe atualmente podemos considerar que o magnetismo animal fez a transio entre a f do Iluminismo na capacidade da razo para decodificar as leis da natureza e do fascnio do romantismo para o sobrenatural [149] , que Deve ser enfatizado que o conflito entre os magnetistas instituio mdica no coloca cara a cara luz da razo e da escurido do oculto, mas diferentes concepes de razo. Aos olhos dos magnetizadores tal Puysgur, Deleuze ou Bertrand, a razo no tem o direito de excluir feita em nome de uma ideia pr-determinada do possvel e o impossvel.Para seus adversrios, no entanto, os fenmenos magnticos contradizem a ordem da natureza e, portanto, perde seu tempo estudando-o[150] .

A comisso de Louis XVI[editar | editar cdigo-fonte]

Jean Sylvain Bailly

Antoine-Laurent de JussieuEm 1784, diante de rumores e alguns casos de cura em lugares altos, Louis XVI nomeou duas comisses para estudar a prtica do magnetismo animal[151] :

A primeira comisso ocorreu ha 12 maro, e foi composta por quatro mdicos da Facult de Paris (Faculdade de Paris): Michel Joseph Majault, Charles Louis Sallin, Jean d'Arcet, Joseph-Ignace Guillotin; e cinco membros da l'Acadmie des sciences (Academia Real das Cincias): o qumico Antoine Lavoisier ,o fsico Jean-Baptiste Le Roy ,o oficial naval Gabriel de Bory ,o astrnomo Jean Sylvain Bailly e o embaixador dos Estados Unidos Benjamin Franklin;A segunda, ele prprio nomeou o Baro de Breteuil em 05 de abril daquele mesmo ano, foi composta por membros da Socit royale de Mdecine (Sociedade real de medicina): Charles-Louis-Franois Andry, Mauduyt de La Varenne, Claude-Antoine Caille, o botnico Antoine-Laurent de Jussieu e Pierre-Isaac Poissonnier.Os comensais baseiam suas observaes no trabalho dos discpulos de Mesmer, o mdico Charles Deslon, que, ao contrrio de seu mestre, concordou em compartilhar sua experincia com eles. Em seus experimentos, os comissrios ver que um paciente est tomando crise na crena equivocada estava mesmerizado, outro paciente trazido diante de cinco rvores no jardim de Franklin, dos quais apenas um foi magnetizado por Deslon ele desmaiou ao p de um dos outros quatro. Na casa de Lavoisier, um copo de gua normal, produz convulses em um paciente que, silenciosamente, engolir o contedo de um copo de gua magnetizada[152] . Em seu relatrio officiel[153] , Lavoisier disse que

Cquote1.svg sobre as coisas que podemos ver ou sentir que importante para se proteger contra os desvios da imaginao"Cquote2.svg[154] . O relatrio oficial da outra placa faz concluses muito semelhantes aos de Bailly[155] e Jean Sylvain Bailly tambm afirma, em um relatrio secreto para o rei que:

Cquote1.svgo tratamento magntico s podem ser prejudiciais moral[156] .Cquote2.svgEle ressalta que:

Cquote1.svgo homem que magnetiza mulheres geralmente mantm os joelhos delas confinado aos seus, portanto, em contato. A mo aplicada parte doente e por vezes os ovrios; tato por isso tanto aplicado a um nmero infinito de partes nas imediaes das partes mais sensveis do corpo ... nisso a atrao mtua entre os sexos deve estar em pleno vigor[156] .Cquote2.svgAntoine-Laurent de Jussieu, por sua vez, se recusa a assinar o mesmo documento, ele e seus colegas publicaram um contra-relatrio que afirma que "a influncia fsica do homem sobre o homem" com ou sem tocar deve ser Aceita[157] . Deslon publica tambm uma retrica ao relatrio no qual ele criticou os mtodos e concluses dos comissrios. Argumentando que

Cquote1.svgse a imaginao medica a melhor, por que ns no podemos fazer uma medicina imaginativa?[158] .Cquote2.svgAlm disso, os defensores do magnetismo animal defenderam que o conceito IMAGINAO permite aos comissrios desqualificar o magnetismo sem ter que correr o risco de definir, investigar mais profundamente ou invocam esta condio, portanto, sem ter que produzir testemunha confivel para a Definio [159] . Na sequncia da publicao em 24.000 exemplares dos dois relatrios oficiais, a Facult de mdecine de Paris (Faculdade de Medicina de Paris) impe aos seus membros magnetizadores a assinar um ato de renncia em que se comprometem a garantir que:

Cquote1.svgnenhum mdico ir declarar adepto do magnetismo animal nem por seus escritos ou praticando-o[160]Cquote2.svg.

O relatrio de Husson[editar | editar cdigo-fonte]

Dr MD Henri-Marie HussonNo incio do sculo XIX, a opinio da academia permanece largamente desfavorvel ao magnetismo animal, como evidenciado no panfleto privado publicado em 1812 por Antoine-Franois Montegre de Jenin, o secretrio da Academia de Medicina, no qual ele acusa o magnetismo

Cquote1.svgser contrria razo, moralidade e levar os homens a brutalidade[161]Cquote2.svgE o artigo de Julien-Joseph Virey, publicado no Dicionrio de Cincias Mdicas em 1818 [162] . No foi desenvolvido at 1825 quando o mdico, Dr. Pierre Foissac, direciona para a Academia de Medicina a defesa, uma reviso da "memria do magnetismo [163] .

M. Julien-Joseph VireyOnde ele afirmava que o sonambulismo magntico susceptvel de abrir novos caminhos para a fisiologia e psicologia. A reunio pblica realizada em 20 de janeiro de 1826 para julgar a adequao desta avaliao. Enquanto alguns membros da academia consideravam ainda as concluses dos oficiais de Louis XVI como vlidas. O professor Henri-Marie Husson, mdico-chefe do Hospital Hotel Dieu, observou que as teorias adotadas, os meios utilizados e os efeitos obtidos em tratamentos magnticos mudaram desde os dias de Mesmer[164] . Em 1826, Husson cria uma comisso oficial para se pronunciar sobre o magnetismo animal. A comisso iniciou seus trabalhos em janeiro de 1827 e apresentaram as suas concluses para a Academia de Cincias, em 21 e 28 de Junho de 1831, reconhecendo que a maioria dos fenmenos magnetismo eram reais. Em particular, o relatrio cita a remoo de um tumor feita em 1829 pelo cirurgio Jules Cloquet em sono magntico, durante o qual o paciente no mostra nenhum sinal de dor[165] . O relatrio tambm descreve como Foissac curou atravs do mesmerismo o paraltico Paul Villagrand considerado incurvel tanto pelo doutor Franois Broussais como por outros mdicos[166] . Neste relatrio, o que causou um escndalo e no foi publicado pela academia [167] , foi a citao a Comisso onde afirma que:

Cquote1.svgConsiderado como um fenmeno fisiolgico ou como terapia, o magnetismo deve encontrar o seu lugar no contexto do conhecimento mdico [...] a Academia deve incentivar a pesquisa sobre o magnetismo como um ramo muito curioso de psicologia e Histria Natural[168] .Cquote2.svgDubois e sua rejeio dos protocolos experimentais[editar | editar cdigo-fonte]Em 1833, o mdico Frdric Dubois (d'Amiens) publica um panfleto atacando os magnetizadores e o relatrio de Henri-Marie Husson [169] que j havia sido publicado por Foissac . Neste texto, Dubois assimila todos os magnetizadores como charlates e diz

Cquote1.svgrevoltado ao ver a reputao de personagens srios comprometidos por malabarismo indigno[170]Cquote2.svgEm 1837, uma comisso chefiada pelo Dubois foi nomeada para estudar os fenmenos magnticos apresentados pelo mdico Dr. Didier Berna. Berna oferece protocolos experimentais que no aceita pela comisso que relata de forma contrria mesmo sem fundamentao. Alm disso, Berna havia exposto aos comissrios que se comprometia com a assinatura dos protocolos experimentais em cada reunio, o que foi recusado[171] . O Comit de Dubois fez meia dzia de experimentos em dois sonmbulos [172] e tiraram suas concluses absolutamente opostas s de Husson. De acordo com o seu relatrio, que lido na Academia de Medicina, em 12 e 17 de agosto de 1837, nenhum dos supostos fenmenos realizados pelos magnetizadores podem ser observados. Apesar dos protestos de Husson e Berna, em 15 de junho de 1842, a Academia de Medicina decide no tomar interesse no magnetismo animal.

Na Europa[editar | editar cdigo-fonte]

Christoph Wilhelm Hufeland.Enquanto na Frana as autoridades cientficas quase sempre rejeitaram o magnetismo, a situao foi diferente na Prssia. Em 1812, o governo prussiano nomeou uma comisso de inqurito que publicou em 1816 um relatrio favorvel ao magnetismo. Posteriormente, as Universidades de Berlim e Bonn criaram as ctedras mesmricas. Entre os mesmeristas alemes incluem os mdicos David Ferdinand Koreff, Christoph Wilhelm Hufeland[173] , Karl Alexander Ferdinand Kluge[174] , Karl Christian Wolfart, Karl Schelling, Arthur Lutze, Carl August von Eschenmayer e Justinus Kerner[175] .

Em 1815, o czar Alexander I nomeou uma comisso que concluiu que o magnetismo um verdadeiro agente, mas s deve ser realizado por mdicos instruidos.No ano de 1817, o rei Frederick VI da Dinamarca publica uma ordem semelhante sobre o mesmo assunto[176] .

O Mesmerismo encontra terreno frtil na Sua, mais precisamente em Lausanne no ano de 1786, graas ao francs Michel Servan, Procurador Geral do Parlamento de Grenoble. Vrias sesses privadas so organizadas sob a sua liderana, apesar do parecer negativo do mdico Auguste Tissot [177] . John Bell foi o primeiro a praticar e ensinar o magnetismo animal em Londres nos anos de 1780. Em 1786, as "Memrias da histria e ao estabelecimento do magnetismo animal" do Marqus de Puysgur surge na velha Londres. Em torno de 1787, o doutor J.B. Mainauduc, aprendiz de Charles Deslon, sai da Frana e vai ensinar o magnetismo [178] . O interesse no magnetismo retomado em 1833, seguindo da traduo em Ingls do relatrio de Husson e publicado na revista mdica The Lancet por J.C. Colquhoun, magnetizador treinado na Alemanha [179] . Em 1837, Jules du Potet de Sennevoy, que conduziu os experimentos para comisso de Husson, "exporta" a prtica do magnetismo animal para a Inglaterraque se torna a forma particular de tratamento do mdico Ingls John Elliotson [180] .

O ltimo estgio de extrapolao do mesmerismo na Europa se faz com o mdico James Esdaile na ndia britnica [181] , um precursor do uso do magnetismo animal na Anestesiologia. Elliotson e demitido do posto de professor no University College de Londres no ano de 1838 sob presso da Revista Mdica. The Lancet, cujo diretor, Thomas Wakley tinha apoiado inicialmente o mesmerismo [182] . O magnetismo expulso da instituio britnica, mas, ao contrrio da Frana, nenhum decreto oficial vem impedir ou limitar a prtica[183] . De 1843 a 1856, Elliotson publica a revista The Zoist dedicada ao magnetismo animais[184] .

Nos Estados Unidos[editar | editar cdigo-fonte]

Gilbert du Motier Lafayette o Marqus de LafayetteEm maio de 1784, o Marqus de Lafayette Gilbert Motier de Lafayette escreveu uma carta entusiasmada com o trabalho de Mesmer para George Washington. Lafayette escreveu:

Cquote1.svgUm mdico alemo chamado Mesmer, fez a maior descoberta sobre o magnetismo animal, j com alunos formados, incluindo seu humilde servo chamado um dos mais entusiastas[185] .Cquote2.svgEsta carta seguida por uma do prprio Mesmer em 16 de junho, a Washington, cinco meses depois de confirmar que ele se reuniu Lafayette [186] . Este ltimo, desde ento, com instruo sobre o magnetismo animal encontrou uma comunidade de Shaker [nota 4] e viu uma semelhana entre as prticas de transe destes e as crises mesmricas. Lafayette tambm participa de rituais de indgenas norte americanos, convencido de que o magnetismo animal a redescoberta de uma prtica antiga e primitiva [187] . Sabemos, contudo, que Benjamin Franklin e Thomas Jefferson foram ambos hostil prtica do magnetismo animal. Jefferson, que temiam uma onda de invaso do mesmerismo em seu pas, enviou numerosos panfletos anti-mesmeristas e cpias dos relatrios das comisses para os amigos influentes.

Nos anos 1790, Elisha Perkins, membro fundador da Sociedade de Medicina da Connecticut, faz um uso teraputico de placas de metal [188] . A prtica de Perkins no bem recebida, assim tanto os mdicos apoiadores do magnetismo animal quanto Perkins so excludos da Sociedade Mdica Connecticut[188] .

Entre os que levaram o magnetismo animal para a Amrica do Norte, h tambm o Sr. Joseph du Commun, dando suas primeiras lies de animais magnetismo em Nova Yorkno ano de 1829 e Charles Poyen Saint Sauveur, que ensina a prtica do mesmerismo em Massachusetts em 1834[189] .

Cquote1.svg[Nos Estados Unidos] salvaguardas institucionais, ainda embrionrio, no teve como na Frana o desenvolvimento de mesmerismo[183] .Cquote2.svgNovas pesquisas[editar | editar cdigo-fonte]Nos EUA, pesquisas espordicas sobre magnetismo animal foram realizada no sculo XX, e os resultados publicados; por exemplo, B. Grad escreveu trs artigos relacionados ao assunto entre 1961 e 1976 e Allan Gauld com suas analises atingiu resultados intrigantes[190] .

Desenvolvimento do Mesmerismo[editar | editar cdigo-fonte]

Maria AntonietaNo ano de 1781 mais precisamente em maro, Maria Antonieta ordena a Jean-Frdric Phlypeaux de Maurepas negociar com Mesmer[191] seus conhecimentos e ideais, ofereceram-lhe uma penso vitalcia de 20.000 Livre tornesas francesas e mais 10.000 Livre tornesas francesas para abrir uma clnica se ele aceitasse a superviso do governo, o que foi recusado, por no parecer muito generosa a oferta e porque ele se recusava a ser fiscalizado por aqueles que seriam seus alunos. Em 1782, ao ouvir que Charles Deslon tem adquirido clientes para o magnetismo animal, Mesmer reanima e com a ajuda de Bergasse e Kornmann inicia a propagao do Mesmerismo. Para isso criaram a Socit de l'Harmonie Universelle(Sociedade da Harmonia Universal), seu objetivo garantir a sobrevivncia e vulgarizao da doutrina e combater as ameaas das instituies governamentais e acadmicas. Em 1785 Bergasse, Kornmann e D'Eprmesnil estando em discordncia com os preceitos de Mesmer e condizencia da doutrina so excludos da Sociedade[192] .No ano de 1785 em junho, Mesmer encontra-se no Hotel de Coigny, a Rua Coq-Heron, tendo a instituio 343.764 livros de acordo com o tesoureiro da Sociedade.Em 1789, com a Revoluo Francesa acontecendo ocorre seu desmantelamento, porm antes disso a organizao-me de Paris continha quatrocentos e trinta membros e sucursais, alm de suas sedes em Estrasburgo, Lyon, Bordeaux, Montpellier, Bayonne, Nantes, Grenoble, Dijon, Marseille, Castres, Douai e Nmes[193] . Neste perodo o mesmerismo iniciou sua propagao, no ficando circunscrito em territrio francs[194] , o professor da Universidade de Yale e historiador de medicina, Arturo Castiglioni, comenta que:

Cquote1.svgDa Frana, o mesmerismo passou para a Inglaterra e chegou ao continente americano. O descrdito do mesmerismo decorreu da proliferao de impostores e charlates, que se diziam magnetizadores e que usavam os mais diferentes processos para ludibriar os incautos [194]Cquote2.svg A. CastiglioniMagnetismo e Hipnotismo[editar | editar cdigo-fonte]Sonmbulos e videntes[editar | editar cdigo-fonte]

Henry SidgwickOutros magnetizadores e pesquisadores se denotam por estudar o fenmeno mesmrico denominado sonambulismo provocado, este particularmente o caso do mdico alemo Justinus Kerner, que fica interessado na famosa sonmbula de Prevorst Friederike Hauffe, que vivia em permanente estado de transe[195] [196] . De acordo com Kerner, Friederike possua o dom da segunda vista, fez prescries de remdios onde mdicos falharam, detinha muita sensbilidade a determinadas substncias. E mantinha-se quase permanente em contato com os espritos[183] .

Na Frana, citamos o caso do clarividente Leonid Pigeaire Montpellier que podia ler atravs dos corpos opacos. Em particular sabe-se que o fsico Franois Arago, George Sand e Thophile Gautier participaram de experimentos com Leonide em Paris [197] em 1838. Devemos tambm mencionar a famosa Alexis Didier [198] , que foi notavelmente o maior objeto de experimentos conduzidos pelo professor Ingls Herbert Mayo no ano de 1850[183] .

neste perodo que surge o Espiritismo forjado no calor dos conceitos e estruturao mesmrica[199] .

O magnetismo e o espiritismo[editar | editar cdigo-fonte]Ver tambm: Espiritismo

O simbolo do EspiritismoFoi nesse perodo que o Espiritismo[200] . Allan Kardec ainda definiu o Magnetismo e o Espiritismo como cincias irms na Revista Esprita:

Cquote1.svgO espiritismo liga-se ao magnetismo por laos ntimos, considerando-se que essas duas cincias so solidrias entre si. Os espritos sempre preconizaram o magnetismo, quer como meio de cura, quer como causa primeira de uma poro de coisas; defendem a sua causa e vm prestar-lhe apoio contra os seus inimigos. Os fenmenos espritas tm aberto os olhos de muitas pessoas, que, ao mesmo tempo aderem ao magnetismo. Tudo prova, no rpido desenvolvimento do Espiritismo, que logo ele ter direito de cidadania. Enquanto espera, aplaude com todas as suas foras a posio que acaba de conquistar o Magnetismo, como um sinal incontestvel do progresso das ideias.[201]Cquote2.svg Allan Kardec

Allan Kardec codificador da doutrina EspritaSegundo Kardec, o magnetismo haveria preparado o caminho para o espiritismo:

Cquote1.svgO Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e o rpido progresso desta ltima doutrina se deve, incontestavelmente, vulgarizao das ideias sobre a primeira. Dos fenmenos magnticos, do sonambulismo e do xtase s manifestaes espritas no h mais que um passo; tal a sua conexo que, por assim dizer, torna-se impossvel falar de um sem falar do outro. Se tivssemos que ficar fora da cincia magntica, nosso quadro seria incompleto e poderamos ser comparados a um professor de fsica que se abstivesse de falar da luz. Todavia, como entre ns o magnetismo j possui rgos especiais justamente acreditados, seria suprfluo insistirmos sobre um assunto que tratado com tanta superioridade de talento e de experincia; a ele, pois, no nos referiremos seno acessoriamente, mas de maneira suficiente para mostrar as relaes ntimas entre essas duas cincias que, a bem da verdade, no passam de uma.[202]Cquote2.svg Allan KardecEm 1875, o filsofo Ingls Henry Sidgwick comeou a estudar cientificamente os mdiuns espritas, inaugurando o atual "cincia psquica" com a criao da SPR, (Society for Psychical Research)[203] . Alguns anos mais tarde, juntamente com o filsofo William James, estudaram temas como a famosa "medium" Eleonora Piper. Na Frana, a metapsquica emerge de 1905, em particular com o trabalho de Charles Richet[204] . Richet, com estudiosos de renome mundial, tais psiquiatra Gilbert Ballet, Edouard Branly, Pierre Curie, Marie Curie, Henri Bergson e Jean Perrin, em 1905 iniciam experimentos com a mdium napolitana Eusapia Palladino que se estende at o ano de 1907[205] . Depois de 1910, os estudiosos de psicologia migrados da Alemanha iniciam um bloqueio a ascenso das cincias psicolgicas, e, a controlar o conselho de estudiosos depois da morte de William James.

O magnetismo animal e poltica[editar | editar cdigo-fonte]Entre os primeiros discpulos de Mesmer, existem muitos dos futuros lderes da Revoluo Francesa entre eles o marqus de La Fayette , Jacques Pierre Brissot, Nicolas Bergasse, Adrien Duport, Jean-Louis Carra e Jean-Jacques Duval d'Eprmesnil[206] . Quando Bergasse, Kornmann e D'Eprmesnil so excludos da "Socit de l'Harmonie" em 1785, Mesmer acusa-os de trair a finalidade original do movimento, ou seja, a luta contra "o despotismo das academias", e se estendem essa luta a guerra contra o despotismo poltico[207] . Como Brissot, se juntou ao grupo no vero de 1785 e tornando-se adepto do magnetismo animal, acusou o governo francs de usar as academias para sufocar as novas verdades da cincia e da filosofia[208] .

Cquote1.svgpelo qual o fluido magntico Mesmer explica a ao magntica afeta todos os homens e manifestar a sua igualdade essencial para alm das distines sociais[209] .Cquote2.svg Lon Chertok citando: Bergasse e BrissotMas, neste momento, reconhecido apenas aos reis o poder de curar o doente pelo toque. Este poder do rei da Frana para curar as pessoas que sofriam de escrfula reconhecida a partir do sc XI[210] e confirmava o direito divino que levava o cargo de monarca. Assim, o magnetismo era em prtica uma grande ameaa ordem poltica da poca[211] . Durante a revoluo, o magnetismo animal retorna, dispersos pela emigrao e convulso social, porm no incluso no mbito do Primeiro Imprio ou sob a gide da Restaurao francesa[212] . Em 1815, a Baronesa Barbara Juliane von Vietinghoff, chegou em Paris com o exrcito russo rodeado de magnetizadores dentre estes Puysgur e Bergasse. Bergasse recebeu muitas vezes a solicitao do czar Alexandre I da Rssia para participar de seu passeio[213] .

O magnetismo animal perante a filosofia[editar | editar cdigo-fonte]

Andr-Marie AmpreO filsofo Maine de Biran, como seu amigo, o fsico Andr-Marie Ampre[214] , era apaixonado por magnetismo animal. Para entender o sonambulismo , Maine de Biran comea pela definio do sono como

Cquote1.svga suspenso do esforo e do corpo docente voluntrio (que podem deixar no trabalho a capacidade de) sentir ou receber impresses e ser afetado.Cquote2.svg

Maine de BiranDistingue as impresses obscuros que nunca acessam a representao real das percepes completas que exigem que eu seja a atividade representativa[215] . Ele sugere que, no estado de sonambulismo, impresses obscuros,

Cquote1.svguma multido de impresses nula ou ineficaz no estado ordinrio, tornou-se to sensvel, poderia ser usado como sinais ou meios de comunicao entre o magnetizador e o magnetizado[216] .Cquote2.svg Maine de BiranAssim, o que revela o estado de sonambulismo, o impacto de uma vida por trs da qual participamos, por meio da imaginao passiva, a animalidade. A partir desta perspectiva, o estado magntico

Cquote1.svg...a revelao do filho com quem so tecidos, muitas vezes sem o nosso conhecimento, todas as relaes entre os seres humanos[217] .Cquote2.svg Franois RoustangEm geral, na Frana, a filosofia acadmica gradualmente foi ganha pelo racionalismo positivista, sendo aos pouco perdido o interesse pelo magnetismo[218] . Na Alemanha, no entanto, o magnetismo animal objeto de referncias constantes entre maiores pensadores como: Hegel, Schelling, Fichte, Schopenhauer e Gustav Fechner. Georg Wilhelm Friedrich Hegel, que leu Hufeland, Kluge e Schelling fala do magnetismo animal, no incio da terceira parte de sua Enciclopdia das Cincias Filosficas[219] intitulado Filosofia da Mente[220] [221] . Hegel tambm menciona o magnetismo animal na sua correspondncia com o filsofo Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (irmo de Karl Schelling) e seu ex-aluno, o holands Pieter van Ghert Gabriel. Em uma carta a este ltimo, ele escreveu sobre o magnetismo animal:

Cquote1.svgO efeito parece-me descansar na simpatia uma individualidade animal, pode contrair com o outro, na medida em que a simpatia do ltimo com si mesmo, sua fluidez a si mesmo, inibida ou paradoCquote2.svg

Georg Wilhelm Friedrich HegelPara Hegel, embora, do ponto de vista da conscincia , o estado magntico est caindo, a perda, o perigo, a fonte de muitos erros, este o incio da conscincia da doena, no a no ser que, por si s, uma bno, pois renova o "alma sensvel" mergulhando o indivduo em que se encontra por trs do magnetismo animal, o ser humano recupera um pouco do seu sentimento de vida que ele perdeu com a conscincia [222] .

Arthur SchopenhauerPara Schopenhauer, o magnetismo animal uma funo da vida, tendo sua sede no sistema linftico, que seria o centro da vida inconsciente, tendo o centro da vida psquica estritamente temporal no sistema cerebral, sendo ele o centro da vida consciente. Ele considerava que o transe sonamblico era um trabalho realizado por ambos sistemas, normalmente separadas da conscincia vigilante e das sensaes originais do paciente. Schopenhauer sugere ainda que um processo semelhante ao do paciente inconsciente tem lugar em paralelo com o terapeuta. Para ele, a influncia do magnetismo exercida no apenas como um parente de uma mente com outra, mas tambm como uma comunicao pessoal, sem contato fsico direto, mais sutil, mais indireto, mais velada[223] . Nos suplementos para o quarto livro Mundo como Vontade e Representao, ele fez a conexo entre o amor, a sexualidade , a magia e o relatrio-magnetizador, sendo expresses diferentes do mesmo fenmeno universal de simpatia entre os seres vivos[224] .

Em 1836 Schopenhauer dedicou dois textos ao magnetismo animal. O primeiro em Vontade da Natureza (30 pginas), onde lemos:

Cquote1.svg... No magnetismo animal, vemos imediatamente a runa dos "principium individuationis" (espao e tempo) que pertence ao reino da mera aparncia. As barreiras que impe aos indivduos e entre eles esto quebrados; entre magnetizador e sonmbulo, o espao j no uma separao, a comunidade de pensamentos e a Vontade de movimento so estabelecidas. O estado magntico leva o indivduo alm das condies que fazem parte do fenmeno simples, determinados pelo espao e o tempo, que so chamados de proximidade e distncia, presente e futuro.Cquote2.svgEm Parerga e Paralipomena (1851), captulo 5 do primeiro livro (60 pginas) dedicado a Aparies e a fatos relacionados ao mesmerismo.

O magnetismo animal na arte e na literatura[editar | editar cdigo-fonte]Em 1822 o mdico David Ferdinand Koreff, titular na cadeira de magnetismo animal da Universidade de Berlim, contribuiu no desenvolvimento em Paris, da grande popularidade dos Contos de Hoffmann, seu amigo mesmerista, incluindo "O magnetizador" e "A casa Estril", magnetismo animal desempenha papel imprecindvel a obra[225] .

Volumes La comdie humaine, na edio inglesa de 1901David Ferdinand Koreff ainda introduz Heinrich Heine em crculos e influncias literrias parisienses de Hugo, Stendhal, Balzac, Delacroix, Madame de Stal e Chateaubriand. O magnetismo animal de forma destacada no prefcio filosfico dos Miseraveis de Victor Hugo em Ursule Mirout[226] e no prefcio de A Comdia Humana de Honor de Balzac. Alexandre Dumas frequentemente recorria ao magnetismo animal em seu romance Joseph Balsamo e relata a tina de Mesmer em seu livro o Colar da Rainha.

Cosette, por mile Bayard, ilustrao da edio original de 1862 de Os miserveisO pupilo de Mesmer, Mozart, d lugar ao magnetismo animal em sua pera Cos fan tutte, referenciando a ajuda de uma pedra de Mesmer: (Ato I, Cena 4:"Aqui est o famoso magneto, pedra de Mesmer, originria da Alemanha, que se tornou famosa na Frana").[227]

Primeiros compassos de "Cos Fan Tutte".O magnetizador John Elliotson era o mdico pessoal de Charles Dickens, William Thackeray e Harriet Martineau[228] . Este ltimo, que sofria de uma doena crnica, comeou em 1844 seu tratamento com o mesmerismo, obtm a cura incitada pelo magnetizador Spencer T. Hall, inspirando-a a publicar no ano seguinte as suas Lettres sur le mesmrisme ( Cartas sobre mesmerismo ).O tratamento seguido por Harriet Martineau o objeto de curiosidade de Elizabeth Barrett Browning e de Charlotte Bront, conduzindo um experimento em si mesma onde escreveu sobre isso para sua irm Emily em 1851.Em 1919, os militares tchecos utilizaram clarividentes na guerra contra os hngaros, com resultados satisfatrios. Por isso, em 1925, publicaram um manual sobre os fenmenos paranormais para o Exrcito, intitulado "Clarividncia, Hipnose e Magnetismo, de autoria de Karel Hejbalik.Edgar Allan Poe escreveu em uma de suas curtas histrias sobre experincias estranhas com magnetismo O caso Valdemar (os fatos no caso do senhor Valdemar) e Apocalipse mesmerico.Em 1921 Horst Wolfram Geissler descorre Mesmer como um personagem secundrio na novela Der liebe Augustin.Stefan Zweig escreveu uma novela Healing the Spirit: Mesmer, Mary Baker Eddy, Freud (1931).Toni Rothmund descreve a vida de Mesmer em seu romance "Doutor ou charlato" (1939).Durante a Segunda Guerra Mundial, Bretislav Kafka, na Tchecoslovquia, colocava os seus sonamblicos em transe magntico para fins de espionagem por clarividncia. Stephan Ossowieck utilizou o seu sonambulismo, na resistncia polonesa, para observar, por clarividncia, a posio das tropas alems[229] .No romance filosfico Ilha, publicado em 1962, seu autor Aldous Huxley refere-se ao magnetismo animal.

Animal Magnetism - ScorpionsAnimal Magnetism o stimo lbum da banda alem de rock Scorpions lanado em 1980. A capa foi criada pela empresa de artes finais Hipgnosis. A gravao original foi remasterizado[230]

Poster de AmadeusEm 1984 o magnetismo animal mencionado pela corte no filme AmadeusPer Olov Enquist desenvolve o personagem principal Friedrich Meisner em seu romance O quinto inverno magnetizador baseado em Franz Anton Mesmer.Em 1994 e lanado o filme sobre a vida de Mesmer Dr. Mesmer e Feiticeiro tendo Alan Rickman como Franz Anton MesmerSegredos de Cura Alternativa (1994) Mesmer interpretado por Jay Nickerson.Alissa Walser faz em seu romance de 2010, no incio da noite de msica o foco central foi o encontro entre Mesmer e Maria Theresa Paradis. Ela retrata a histria do ponto de vista do mdico Mesmer, a partir da perspectiva do paciente Paradis e do ponto de vista de seus pais. [231] [232] Os pais temem na novela que a filha poderia perder pelo tratamento de Mesmer a sua penso. [233]A tentativa de curar Maria Theresia por Franz Anton Mesmer fico em um conto chamado "Harmony", de Julian Barnes, em sua coleo 2011 de histrias curtas.Mesmerismo um dos principais temas do romance Lien, L'armata dei sonnambuli |lang=it |trad=L'armata dei sonnambuli escrito por um grupo de escritores italianos, Wu Ming, obra publicada em 2014.No romance O Lair of the White Worm por Bram Stoker , um dos principais viles descendente de um discpulo de Mesmer, e tem poderes mesmricos os quais so usado para o mal.O quarto lbum de estdio da banda de rock System of a Down chamado de MezmerizeMagnetismo animal e a cincia moderna[editar | editar cdigo-fonte]Sensor quntico detecta assinatura magntica do corpo humano[editar | editar cdigo-fonte]Independentemente de copiosos exames modernos conterem o termo "magntico" em seu nome, a referncia relativa a tecnologia usada para gerar imagens do corpo humano, e no a uma aferncia do magnetismo gerado pelo mesmo, no entanto em 2010 pesquisadores norte-americanos e alemes construram um sensor capaz de registrar a assinatura magntica humana[234] . Este foi o pioneiro dos estudo a ser realizado sobre o magnetismo humano em condies clnicas usando minissensores magnticos de ltima gerao[234] . Os pesquisadores do Instituto Nacional de Padronizao e Tecnologia (NIST) em conjunto com os cientistas do Instituto Nacional de Metrologia da Alemanha que dirigiram a pesquisa divulgaram os resultados na revista cientfica Applied Physics Letters[234] .

Cquote1.svgO experimento um marco significativo porque, embora os cientistas saibam h muito tempo que o corpo humano gera seus prprios campos magnticos, o chamado magnetismo humano, ou magnetismo animal, tem-se restringido a formulaes esotricas, nas quais o desejo de crer de alguns se alia vontade de fazer seguidores de outros, resultando em prticas sem fundamentao, de cunho religioso.O avano da tecnologia dos sensores, que agora esto se tornando capazes de detectar os campos magnticos do corpo humano com preciso suficiente, pela primeira vez abrem o campo pesquisa cientfica rigorosa[234] .

Cquote2.svg Revista Dirio da SadeMagnetismo moral[editar | editar cdigo-fonte]Estudos realizados por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology, tambm em 2010, denotam que o julgamento moral de uma pessoa pode ser alterado atravs da manipulao de uma regio especfica do seu crebro com um campo magntico[235] . A pesquisa partiu do princpio de que "quando julgamos se uma ao moralmente certa ou errada, ns nos apoiamos na nossa capacidade de compreender o estado mental da pessoa que a praticou", deste modo, os pesquisadores enfraqueceram a atividade das clulas do crebro na regio da juno tmporo-parietal [nota 5] , sendo a rea que busca entender o estado mental dos outros[235] .

A sagacidade de interpretar intenes foi desordenada e os experimentados se viram forados a se concentrar mais nas informaes para realizarem um melhor julgamento. A pesquisa foi publicada na revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences e explanado pela BBC[235] .

Pesquisas sobre o magnetismo no Brasil[editar | editar cdigo-fonte]Ver artigo principal: Magnetismo no BrasilEm 2014 foi relatado nos jornais que:

Cquote1.svgUm estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de So Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de So Paulo), comprova que a [...] energia liberada pelas mos tem o poder de curar QUALQUER TIPO DE MAL ESTAR.[236] .Cquote2.svgO Jornal da Cidade de Bauru em 13 de julho de 2014 relatou o trabalho desenvolvido pelo professor Francisco Habermann (professor aposentado de nefrologia), a professora Niura Padula e outros integrante do grupo de pesquisadores da Unesp/Botucatu, descrevendo que o passe magntico seria um conhecimento resoluto desde o sculo XVIII baseado no que a fsica clssica denota ser as pontas dos dedos que agiriam como para-raios ou como terminais pontiagudos que recebem e transmitem "foras", podendo uma pessoa influenciar a outra simplesmente estendendo as mos[237] .

Cquote1.svgEste grupo de mdicos da Faculdade de Medicina de Botucatu est tomando todo o cuidado metodolgico para no ter outra influncia a no ser a imposio das mos ou seja, o uso das pontas[237] .Cquote2.svg Francisco HabermannO jornal ainda afirmou que aps as escolhas dos voluntrios as aplicaes de passe vo durar oito semanas e que a professora Padula informou at seu mtodo probativo:

Cquote1.svgEm 20% dos voluntrios vamos fazer eletroencefalograma porque queremos saber se esse tipo de tratamento altera as ondas cerebrais. muito interessante esse trabalho. Queremos um dado mais palpvel do indivduo[237] .