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    Magia Organizada Planetria

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    Vicente Beltrn Anglada

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    Edio eletrnic a N1

    Copyright Associao Vicente Beltrn Anglada 2008

    http://www.asociacionvicentebeltrananglada.org

    Inscrita com o n 35.865 da Seo 1 do RegistroBarcelona (Espanha)

    VViicceennttee

    BBeellttrrnn

    AAnnggllaaddaa

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    PPllaanneettrriiaa

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    "A meu Mestre, com imensadevoo e gratido" .

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    Sumrio

    PREFCIO

    CONSIDERAES PRELIMINARES

    Captulo I - O ESPAO UMA ENTIDADE - O Espao a Matriz de todas as Criaes. O Espao multidimensional, multimolecular e multigeomtrico. O ter a primeira condensao do Espao. Os setetipos de ter qualificado. A cadeia natural dos elementos qumicos atravessa as redes espaciais dosmundos. No Espao, refundem-se Esprito criador, o PAI, e a substncia material, a ME. A analogia dofogo triplo com as trs qualidades vivas do Espao. A inevitvel relao mgica dos Centros Criadores coma Entidade ESPAO. A eleio do Campo de Criao pelos Logos criadores. O objetivo da Ao criadora:redimir e enobrecer as qualidades da Matria.

    Captulo II - A ESTRUTURA MOLECULAR DO UNIVERSO - A expresso infinita da vida atmica. Todos oselementos atmicos surgem da Entidade ESPAO. Por que o Espao multidimensional, multimolecular emultigeomtrico? A relao NOME-FORMA um dos grandes segredos da Magia. A Inteno, a Idiaabstrata e a Mente concreta. O Processo evolutivo do tomo. O tomo, como o homem, possui vida,conscincia e uma forma tripla. Qual o tipo de conscincia do tomo? O tomo procede de uma correntede vida mondica? O Agrupamento de vidas atmicas por afinidade qumica um ato de conscinciainteligente. A criao de Egrgoras boas e ms pelos seres humanos. O Guardio do Umbral e o Anjo daPresena. A Transmutao alqumica dos Elementos.

    Captulo III - A UTILIZAO MGICA DAS VIDAS INTERMOLECULARES - Os Requisitos bsicos da Magia. OsNveis de expresso consciente da Magia branca e negra. Os Compostos atmicos e as vidas dvicasintermoleculares. O Conhecimento dos Mantras de Invocao. As Condies operativas da Magia.Conceitos mgicos sobre os Elementais construtores dos corpos expressivos humanos. O Som da triplaPersonalidade e o Som da Alma. As causas da separatividade humana. O "Santo Critrio" na difcil Arte daMagia. O Efeito da Energia Dinmica em ao.

    Captulo IV - A FORA MGICA DOS ELEMENTOS - Os Elementos naturais ou foras vivas da Natureza. AsVidas dvicas formam uma verdadeira Escada de J ac, preenchendo de energias e formas todos os planosdo Sistema. A Redeno molecular uma verdadeira iniciao espiritual da Matria. As Iniciaes e oControle sobre as hierarquias dvicas que comandam os Elementos. A Obra mgica da Transfigurao. ARealidade mgica supera toda a fico, por maravilhosa que seja.

    Captulo V - OS PROJETORES DA MAGIA ORGANIZADA - A respostada humanidade s radiaes mgicasdos Adeptos. O MAYAVIRUPA, ou "Corpo de Maya". Os Mayavirupas solares so Escudos protetores dahumanidade. O KAMARUPA, ou "Corpo de Desejo". As razes fundamentais da Grande FraternidadeBranca. A Luz resultado do equilbrio dos opostos. Algumas idias sobre as funes de Harmonia eEquilbrio do plano bdico em nosso Sistema solar.

    Captulo VI - A GEOMETRIA, SUPORTE MGICO DA IMAGINAO - "DEUS GEOMETRIZA" (Plato). AGeometria a engrenagem magntica entre planos, reinos, raas, espcies e compostos moleculares. ODestino de tudo quanto existe est escrito no firmamento. As Divinas Medidas ureas surgem daspropores csmicas arquetpicas. As Redes espaciais estendidas entre os mundos so as razes doKarma. Filosofia da vida e Filosofia da forma. As trs amplas vertentes da investigao csmica. Osignificado oculto das Redes geomtricas espaciais. A Geometria esotrica a Geometria do Esprito. OKarma da Terra est condicionado pelas leis da Gravitao.

    Captulo VII - A INVERSO DAS LEIS DA POLARIDADE - Os grandes Homens foram grandes Magos. O corpohumano, um perfeito expoente da Magia Organizada. Os devas so os Senhores dos Cnones secretos deCriao. O Fenmeno cientfico de Levitao. A Fora Neutra entre duas foras em Equilbrio a Fora vivada Magia. O ALKAHEST surge do Espao puro. A Magia de Cura se realiza a partir dos espaos neutros. Averdadeira Cincia do PRANAYAMA. A Cincia dos Intervalos. A Pureza, o vnculo de unio entre o Mago e

    o ALKAHEST.

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    Captulo VIII - A MAGIA E AS CERIMNIAS LITRGICAS - As Regras Mgicas da Liturgia. Cada Raio tem suasprprias frmulas de Invocao mgica. Os Raios so Entidades Espirituais. Os Sacramentos vvidos so osuporte da Magia Organizada. O Rito preside a Manifestao da Forma. O Mistrio da Concepo. TodoMistrio revelado constitui uma Iniciao. Os Participantes no Mistrio da Concepo. Mistrio, Sacramentoe Rito. Devas AGNISVATTAS, AGNISURYAS e AGNISCHAITAS. A Grande Analogia csmica da Criao.Os trs Cdigos genticos da Alma.

    Captulo IX - O HOMEM, UM CRIADOR MGICO DE SONHOS - O que , tecnicamente falando, o Sonho?Sonhar sinnimo de Viver. Os diferentes tipos de Sonho. A subconscincia individual e o Inconscientecoletivo. A Continuidade da Conscincia. A Arte e a Cultura dos povos com criaes mgicas humanas. AMagia dos Costumes. A Inspirao e a Tcnica. O segredo da Arte infundir alma e vida s obrasrealizadas. Entre a Inteno e a Forma se acha sempre a Imaginao do Criador.

    Captulo X - AS ATIVIDADES MGICAS DOS ASHRAMS - O Ashram de um Mestre um reflexo do Universo doLogos. Os Ashrams planetrios. Ashrams principais e Ashrams subsidirios. O Trabalho que se realiza nosAshrams da Hierarquia. A Ateno e a Expectativa Serena. As trs Etapas do Ensinamento mgico e suasanalogias com os graus da Maonaria. Escolas de ANALOGIA e Escolas de UNIFICAO humano-dvica.H um Deva para cada Homem e um Homem para cada Deva. Escolas de Aprendizes de Mago, deConhecedores da Magia e de Sbios criadores de Magia.

    Captulo XI - CONSIDERAES MGICAS DE ORDEM SOCIAL - "No princpio de sua evoluo, todos os sereshumanos se comportam como magos negros" (Mestre D.K.). "A Senda Inicitica a Senda dos Heris"(Mestre K .H.). A Legio das Almas atrasadas. A Estirpe dos Homens Cados. Os Dois Caminhos da MagiaOrganizada. O Fenmeno de Kama-Manas. A Destruio de Atlntida. A Gestao etrico-psquica doGuardio do Umbral. O Pecado Original. O Anjo da Presena. O Caminho Espiritual.

    Captulo XII - A LUA E AS ATIVIDADES MGICAS PLANETRIAS - A Lua um astro morto. Os momentos deExaltao Cclica dos Plenilnios. O Karma da Terra est vinculado ao processo de desintegrao da Lua.

    O Desapego humano acelera o processo de Desintegrao Lunar. A Iniciao destri os resduos lunaresdos corpos. O Fogo da Determinao e o Fogo Inicitico. Os trs Arcanjos e os trs ElementaisConstrutores. A Dissociao de Kama-Manas. O Processo ps-inicitico do Discpulo espiritual. A Leimgica de Construo segue ao processo espiritual de Ideao.

    Captulo XIII - CONSIDERAES OCULTAS SOBRE O SENHOR DO MUNDO SANAT KUMARA - As diferentesdenominaes de SANAT KUMARA, o Senhor do Mundo. O Ancio dos Dias. O Donzel das DezesseisPrimaveras. O Avatar dos Nove Vus. "O Nove o nmero do Homem e o nmero da Iniciao." O MagoSupremo do Planeta. Os Agentes de SHAMBALLA. O Iniciador nico. A J ustia Solar e o ProcessoInicitico.

    Captulo XIV - CONSIDERAES MGICAS SOBRE A VINDA DOS SENHORES DA CHAMA TERRA - Como osSenhores da Chama vieram Terra? A Utilizao de grandes Faculdades Mgicas desconhecidas. A

    Criao de um MAYAVIRUPA venusiano. A Investigao Esotrica vai muito alm da InvestigaoCientfica. O 5 o nmero sagrado de Vnus. O 4 o nmero sagrado da Terra. A Disposio hierrquicados Senhores da Chama. O Trabalho dos trs KUMARAS.

    Captulo XV - CONSIDERAES, GERAIS SOBRE A MAGIA - A Arte da Invocao Dvica. O Reconhecimentodos Devas solares e dos Devas lunares. Os Devas e os ambientes sociais do mundo. Os Devas de StimaOrdem. O Trabalho dos elementais da terra, da gua, do fogo e do ar. Os Devas de Sexta Ordem. OTrabalho dos Devas astrais. Os Devas de Quinta Ordem. O Trabalho dos Devas gneos ou mentais.

    Captulo XVI - LTIMAS CONSIDERAES O Protoplasma Universal e o ter Primordial." A Liberao umfenmeno espiritual e se manifesta como a gravitao. A Magia mais antiga que o mundo. O SagradoDom da Oportunidade.

    EPLOGO

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    Prefcio

    [p15] A grande preocupao da Hierarquia espiritual do planeta foi, desde sempre, o bem-estar social eo equilbrio psicolgico dos seres humanos. Ao longo dos tempos, essa grande Fraternidade tem trabalhadoincansavelmente para alcanar esses fins, de acordo com a lei do Karma. Para tal resultado, econsiderando a evoluo espiritual da humanidade em cada um dos ciclos da histria planetria, tempromovido, organizado e desenvolvido uma srie de projetos cuja colocao em prtica por parte dosdiscpulos e Iniciados dos diferentes Ashrams, ou grupos espirituais dependentes da Hierarquia espiritual,tem conseguido manter afastada da Terra uma parcela muito considervel das tremendas foras negativasque, procedentes do prprio planeta e tambm dos ambientes csmicos, poderiam alterarfundamentalmente ou tornar ineficazes alguns daqueles planos e projetos to bem elaborados pelosaugustos Responsveis do Plano de evoluo planetria.

    No entanto, os momentos atuais esto impregnados de tanta cobia, egosmo, dio, brutalidade e faltade compreenso espiritual em grandes setores humanos, que a Grande Fraternidade, inspirada desde oCentro mstico de Shamballa, decidiu modificar em alguns aspectos os planos iniciais concernentes Vindado Instrutor espiritual da Nova Era, que havia sido prevista para os fins do presente sculo, e adiar paramelhores e mais nobres tempos esse acontecimento to transcendente e to [p16] veementementeesperado pelos homens e mulheres de boa vontade do mundo e pelas mnadas espirituais dos demaisreinos da natureza.

    Por isso, e coincidindo com o Festival de Wesak do ano de 1955, teve lugar em Shamballa um magnoConclio presidido pelo Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, a que assistiram os Senhores do Karmaplanetrio, os Anjos superiores dos Reinos e os grandes Adeptos da Grande Fraternidade. Nesse Conclio,observaram muito atentamente as condies humanas existentes e, de acordo com os acontecimentos quetinham lugar nos nveis psquicos e ambientes sociais da humanidade, foram elaborados trs projetosfundamentais que deveriam ser postos em prtica imediatamente pelos discpulos e Iniciados de todos osAshrams da Hierarquia espiritual do planeta, apresentados ao mundo como salvaguardadores do Bemcsmico e como precursores de uma nova tica social na vida dos povos da Terra. Os projetos foram os

    seguintes:1. Promover o reconhecimento do Reino de Deus, SHAMBALLA, em todos os meios esotricos,

    religiosos, filosficos e metafsicos do mundo e apresentar a Hierarquia espiritual do planeta, ouGrande Fraternidade Branca, como o Ashram espiritual e grupo prtico de trabalho do Senhor doMundo, atravs do qual projetam, organizam e levam a termo os propsitos e decises do grandeSenhor planetrio dentro do crculo-no-se-passa da Terra;

    2. Atrair a ateno dos aspirantes espirituais domundo, e muito especialmente dos cientistas commente ampla e progressista, sobre aquela misteriosa corrente de vida logica definidaesotericamente como dvica ou anglica, considerando-a como a ENERGIA potencial da Criaocsmica, solar, planetria, humana e atmica; [p17]

    3. Introduzir conscientemente os discpulos espirituais dos diferentes Ashrams da Hierarquia espiritualdo planeta nos mistrios da Criao, neles desenvolvendo, mediante tcnicas apropriadas, aatividade espiritual tecnicamente descrita pelos Adeptos como MAGIA ORGANIZADA, queorientar os esforos dos discpulos em direo ao bem-estar da Raa e do Servio criador.

    Esse triplo projeto tem se desenvolvido desde ento nos ambientes sociais da humanidademediante:

    a. a publicao de livros fazendo referncia a um ou outro desses trs projetos hierrquicos;

    b. a insero de artigos relativos ao triplo projeto em revistas esotricas, metafsicas e cientficas.

    c. conferncias pblicas dando a conhecer, por meio de discpulos convenientemente preparados,

    idias e arrazoamentos relativos a esses grandes propsitos de Shamballa.

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    d. a atitude positiva, altamente lgica e cientfica adotada pela maior parte dos discpulos espirituais dosdiferentes Ashrams da Hierarquia, a qual permitiu apresentar tais idias de maneira racional eintelectual, e no meramente mstica, nos ambientes sociais do mundo.

    O Reino de Deus ou SHAMBALLA no foi apresentado ao mundo geral das crenas religiosas, at omomento, em sua verdadeira e abrangente dimenso. Geralmente as grandes organizaes religiosas domundo, particularmente as ocidentais, costumam apresentar o Reino de Deus e de Sua J ustia como umaalternativa prpria e arrogando-se o direito de representantes genunos desse Reino de Deus na Terra. Masa realidade de Shamballa demasiado elevada e grandiosa para que possa caber nesses pequenos elimitados moldes religiosos, intelectualmente to estreitos e dogmticos. Somente os gruposverdadeiramente [p18] esotricos, inspirados espiritualmente pelos Ashrams da Hierarquia, podero revelara realidade infinita desse Reino transcendente em sua dimenso mais apropriada.

    Quanto exposio cientfica da evoluo dvica como a ENERGIA potencial da Criao, podemosdizer que esse um desafio muito atual e, no curso das trs ltimas dcadas, tm sido publicados muitoslivros sobre esse interessante tema em diversas partes do mundo, escritos por diversos discpulosespirituais altamente qualificados, e assim seus conhecimentos tm conseguido penetrar em muitas reasdo saber humano, at o ponto que as elevadas hierarquias de uma das mais poderosas organizaesreligiosas do mundo, ante a evidncia de que alguns seres celestiais at aqui considerados pouco menosque um patrimnio quase exclusivo de suas doutrinas religiosas passavam ao domnio pblico do natural eintelectual, no tiveram outra opo, sob risco de ficarem alheias em uma matria to importante, a no serpronunciarem-se abertamente sobre a existncia dos Anjos e suas influncias espirituais na vida dos sereshumanos, assim como as virtudes operativas do Esprito Santo na vida social da humanidade.

    O estudo da MAGIA ORGANIZADA, um dos grandes projetos de Shamballa para essa Nova Era degrandes revelaes espirituais, introduziu-se no mundo atravs das investigaes parapsicolgicas, doconhecimento e utilizao pratica da telepatia e do despertar de certas faculdades psquicas superiores emalguns discpulos mundiais altamente capacitados. Tudo isso tem redundado em um conhecimento maisprofundo da psicologia humana e das misteriosas vidas que se agitam nos impressionantes vazios dos

    mundos invisveis.No entanto, o mais interessante do triplo projeto de Shamballa, que promover a introduo de muitos

    discpulos espirituais na grande corrente inicitica, o convencimento de que o REINO DE DEUS, que uma promessa permanente de redeno [p19] para todos os seres humanos, ser revelado atravs dosexcelsos guardies dvicos dos mundos invisveis mediante a atividade de um tipo especfico de MAGIAORGANIZADA, executada pelo abnegado grupo dos discpulos espirituais e pelos homens e mulheresinteligentes e de boa vontade do mundo, que tenham reconhecido como boa a eficcia desse trabalhohierrquico e tenham decidido lutar at o fim para que o triplo projeto de Shamballa, unificado em seuscoraes, constitua a garantia de uma nova e mais harmoniosa ordem social para todos os seres humanos,j que essa a Lei que impulsiona a vida dos verdadeiros servidores da Raa.

    Vicente Beltrn Anglada

    Em CANDANCHU (Pirineus Aragoneses), sob o signo de LEO de 1986.

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    Consideraes Preliminares

    [p21] O termo MAGIA tem para o investigador esotrico um valor puramente essencial e absolutamentecientfico, conceituando na vida da Divindade uma extraordinria capacidade de sntese que, decompostana ordem trina da manifestao: Inteno-ldia-Forma, constitui a base da criao universal. Essa umaidia que nos acompanhar constantemente na linha de nosso estudo sobre a Magia Organizada em nossomundo, e muito particularmente no que se refere ao centro planetrio que chamamos humanidade, tendo-seem conta que o ser humano, sendo essencialmente uma Mnada espiritual, tambm potencialmente umaTrade, que tende a reproduzir constantemente em sua pequena vida e em escala microcsmica poderesmgicos idnticos aos que a prpria Divindade utiliza na criao do Universo.

    A utilizao correta daqueles inerentes atributos criadores depender, logicamente, do grau de evoluoespiritual alcanado pelos seres humanos em determinados perodos cclicos da histria planetria, e aconseqente integrao de suas respectivas Trades espirituais constitudas, como esotericamente se sabe,por Atma (a vontade espiritual), Budhi (o amor inclusivo) e Manas (a mente abstrata).

    Outra das principais idias a levar em conta em nosso estudo sobre a Magia Organizada Planetria ade que a Magia uma atividade universal atravs da qual invocada ENERGIA para a produo de formas.Essa idia, como vero, introduz [p22] um terceiro fator a considerar muito profundamente em nossas in-vestigaes, considerando a ENERGIA como uma propriedade eltrica do Espao, o qual, como trataremosde explicar oportunamente, uma Entidade absoluta e infinitamente inclusiva que acolhe dentro de si todasas criaes possveis, desde a mais gigantesca e esplndida galxia ao mais insignificante dos tomosqumicos.

    Ao longo do nosso estudo, iremos evidenciando tambm que a Magia, como instrumento de criao, serenova no transcurso dos tempos, medida que se desenvolve o sentido superior da mente na vida dosseres humanos. Assim, h de se supor que cada era na histria cclica da humanidade tem a sua prpria einerente Magia, a que vem propiciada pela transmutao espiritual e redeno material de muitos sereshumanos, fatores determinantes da peculiar civilizao e cultura dos povos da Terra. Esse um ponto a ser

    considerado com ateno se queremos compreender claramente o sentido em que se move a MagiaOrganizada em nosso mundo. Apreciado em suas amplas repercusses sociais, ilustrar o conhecimentodas lutas e dificuldades que os seres humanos devero enfrentar para apagar de suas conscincias ainstintiva recordao das eras anteriores com sua inseparvel seqela de memrias, heranas e tradiesancestrais, para poder desenvolver dentro de si o tipo de Magia que corresponde aos novos ciclosevolutivos mundiais. A esse esforo incessante da humanidade para adaptar-se aos ciclos consecutivos dahistria do planeta, denomina-se ocultamente de RENOVAO, e caso se examine profundamente otermo, se observar que o agente dinmico que impulsiona as atividades cclicas de transmutaoespiritual e de redeno material, de modo que se formar agora um novo tringulo de operatividademgica que, de um modo ou de outro, se acha vinculado sagrada Trade espiritual:RENOVAO-TRANSMUTAO-REDENO.

    [p23] Como elemento inseparvel do nosso estudo sobre Magia devemos considerar tambm que toda

    expresso de ENERGIA ou de eletricidade na vida da Natureza essencialmente dvica ou anglica, e quea gigantesca mquina da evoluo do conjunto planetrio depende em grande parte da ntima vinculaohumano-dvica e do inevitvel e incessante contato estabelecido entre ambas as correntes de vidaevolutiva. Essa misteriosa relao instituda entre os anjos e os homens se acha claramente exposta noconhecido axioma oculto: "A energia segue ao pensamento", cuja significao mais concreta e objetiva aafirmao de que, a cada pensamento dos homens, os anjos ou devas respondem com energia, com apotencialidade eltrica que surge do Espao a cada intento criador. Ao longo de nossas investigaes,trataremos de esclarecer um tema to importante, cuja compreenso por parte dos aspirantes espirituaislhes permitir introduzirem-se nos altos segredos da Magia Organizada no nosso mundo. Ao seaprofundarem nos mesmos, iro se tornando conscientes de que tudo na vida relao, e que a vinculaoexistente entre os homens e os devas dever estender-se aos demais reinos da Natureza, aos veculosexpressivos do ser humano e ao sistema de comunicao estabelecido entre eles atravs do ter doEspao, mediante os ocultamente chamados "sons invocativos", ou palavras de poder. Quanto a isso,

    vejamos a seguinte relao:

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    SOM REINO VECULO DE EXPRESSO HUMANA

    OM............. Espiritual Mente abstrata

    A Animal Mente concretaHumano

    U Vegetal Corpo emocional

    M Mineral Corpo fsico

    [p24] A afinidade ou atrao magntica que os seres humanos sentem por algum determinado veculode expresso vai desenvolvendo neles o que poderamos chamar de "nota tpica invocativa", ou suacapacidade de criar magia, de invocar certo tipo de devas em algum nvel definido, mental, emocional oufsico, ou seja, que a pulsao ou invocao das notas A, U ou M em suas vidas pessoais lhes incluir emum ou outro dos trs principais grupos psicolgicos humanos: intelectual, devocional e instintivo. O grandeenunciado crstico "...os conhecers por seus frutos" marca o destino mgico na vida do homem e lhecoloca em seu correspondente nvel de operatividade mgica.

    Assim, nossas investigaes sobre Magia Organizada em nosso mundo, alm de incluir idias toprofundamente abstratas como a de que o Espao uma Entidade, devero incidir muito particularmente nopermanente impulso da evoluo da vida do ser humano e de seus constantes e permanentes esforospara integrar-se harmoniosamente no contexto social onde vive imerso, sendo esse intento o mais gloriosoda Magia Organizada em nosso mundo, uma magia que nos revelar, sem dvida, os grandes mistriosocultos sob o termo "Criao", que se aplica ao homem como o mais esplndido dos Deuses.

    Trataremos de imprimir aos nossos estudos, tanto quanto seja possvel, um carter rigorosamente

    cientfico, seguros de que dessa maneira sero melhor compreendidas as idias, s vezes profundamenteabstratas ou metafsicas, que iro surgindo durante o curso de nossas investigaes, ainda que seja bvioadvertir que devero ser os prprios leitores, cada qual segundo seu prprio nvel de compreenso, os queho de dar sabor ao ensino recebido atravs das pginas deste livro.

    E para terminar essa breve introduo preliminar sobre o tema da Magia Organizada Planetria, sdesejamos advertir o leitor de que esse estudo exigir de si um permanente desejo de investigar e decompreender, utilizar em todo o momento o [p25]justo exerccio da ateno e ter a absoluta convico deque a luz da verdade, que se acha em qualquer lugar e em todas as coisas, lhe acompanhar em todas asfases do seu estudo se estiver realmente interessado em descobrir o enorme segredo que se oculta sob otermo MAGIA... Tal , ao menos, o nosso mais ardente desejo e suprema esperana.

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    Captulo I

    O ESPAO UMA ENTIDADE

    [p27] A primeira grande afirmao oculta relativa Magia, e a que seguramente ser a mais difcil de sercompreendida pelos aspirantes espirituais do mundo, a de que "o Espao uma Entidade". Mas se nose chegar a uma interpretao correta dessa verdade oculta resultar impossvel compreender o verdadeirosignificado da atividade mgica onde quer que essa se realize, seja em um ambiente csmico, solar,planetrio, humano ou atmico. Sendo assim, as primeiras grandes questes que devemos nos formular aoenfrentar o estudo da Magia Organizada no mundo sero seguramente estas: por que o espao umaentidade? e, por que relacionamos a Magia com essa Entidade?

    O Espao, segundo nos dito ocultamente e a Cincia, com o tempo, dever confirmar, a matriz detodas as criaes. Tem uma absoluta capacidade de resposta a todas as vibraes, sejam as que provmdo mais humilde tomo ou do mais glorioso Arcanjo. Isso assim, porque cada tipo de conscincia absorve se assim podemos dizer uma poro mais ou menos extensa de espao para verificar dentro da mesmao experimento criador que responda s necessidades de sua vida evolutiva. Por estranho e misterioso queparea, o espao fornece "automaticamente e sem esforo" o TER qualificado, a substncia primordial,que cada Centro Criador precisa.

    A respeito dessa idia, e para esclarec-la nas mentes dos [p28] aspirantes espirituais como elementointrodutor de suas conscincias no grande oceano de mistrios que se oculta sob a palavra Magia, vamosafirmar uma das grandes verdades que se ensinam em todos os Ashrams da Hierarquia: "O Espao multidimensional, multimolecular e multigeomtrico". Essa tripla afirmao, aparentemente to difcil deentender, contm, no entanto, a resposta concreta afirmao to absolutamente abstrata de que o Espao uma Entidade. como se o definssemos, igual ao que fazemos com um Logos ou com um ser humano,de acordo com o sentido da trindade que governa todas as coisas criadas, e ainda, levando a idia a seusextremos limites e ultrapassando por completo nossa pequena compreenso humana, vendo o Espaocomo um espelho onde se reflete todo tipo de trindade manifestada, sendo, nesse sentido, uma resposta

    definida a qualquer poder invocativo proveniente de no importa qual centro criador, logico, humano ouatmico.

    Quando, de um de tais centros criadores, surge o grande mantra de construo, o Espao lhe abre umade suas dilatadssimas entranhas e lhe oferece como ddivas inefveis os materiais que necessita para suamanifestao, aqueles cujas caractersticas se amoldam perfeitamente qualidade e magnitude do intentocriador a ser desenvolvido.

    Se o Espao no fosse uma Entidade consciente em uma medida e grandeza que escapa porcompleto nossa anlise se dentro de seu seio abrangente no existisse essa tremenda e indescritvelcapacidade de resposta a todos os possveis impactos, no haveria possibilidade alguma de criao. Oespao seria algo inerte, vazio, carente de vida e de toda possibilidade criadora. No obstante, vistaesotericamente, a poderosssima e inclusiva Conscincia do Espao se revela sempre como uma Entidade

    absolutamente vital dotada de infinitas e misteriosas entranhas de onde se geram, se desenvolvem e seextinguem todos os mundos e todos os universos.

    [p29]Tratando de simplificar um pouco essa idia, talvez devssemos afirmar tambm que o Espao TER, ter em todas as suas possveis modificaes. Referindo-nos concretamente ao nosso Logos solar,cuja natureza setenria, poderamos dizer que Sua capacidade criadora invocou do Espao sete tipos deter. Mediante esse aporte de teres qualificados, Ele criou os sete planos do sistema solar, cada um dosquais se acha sob a regncia de um Morador do espao definido ocultamente como Arcanjo, Mahadeva ouSenhor Raja. Para melhor compreenso do tema, poderamos acrescentar que esses grandes regentesdvicos de planos fazem parte da absoluta entidade Espao e cooperam na obra criadora do Logos solardesde o princpio at o fim de Seu mahamanvntara, ou ciclo de manifestao de Seu universo. EssesSenhores Rajas evoluem concomitante com os Logos de quem se converteram circunstancialmente emservidores, da mesma maneira que as entidades dvicas que constituem o triplo veculo de manifestao

    humana evoluem paralelamente evoluo do homem. Essa uma idia extraordinariamente inspiradora

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    e, em que pese que utilizamos como sempre o princpio de analogia, somos conscientes de que, a menosque utilizem a intuio, isso ser muito difcil de ser compreendido pelos aspirantes espirituais.

    O conceito dos Arcanjos ou grandes Rajas, criadores de planos dentro dos sistemas setenrios quefazem parte de nosso sistema csmico, poderia estender-se talvez devido identidade de origem atodas as constelaes e galxias que constituem o Cosmos manifestado. Todas as criaes, independendode sua magnitude, extenso e qualidade, aparentemente obedecem a um idntico princpio invocativo, o deatrair por similaridade de vibraes os Moradores qualificados do Espao. Variaro somente as dimenses,os aspectos moleculares e as formas geomtricas que cada Logos precisa para sua manifestao, pois seo Espao multidimensional, multimolecular e multigeomtrico, [p30] deveremos logicamente supor quehaver universos que suplantam infinitamente a medida imposta ao nosso por suas prprias Leis daevoluo.

    Tambm bvio, quando afirmamos que o Espao uma Entidade, que somos conscientes de queessa idia, a menos que se possua clarividncia mental, no passa de uma mera hiptese ou umaengenhosa teoria. Contudo, a vista experimentada do Mago, ao explorar as profundidades misteriosas doEspao, nesse caso entendendo por espao aquelas zonas planetrias ou universais no ocupadas porcorpos de matria densa, ou seja, ali onde a viso corrente no percebe nada, observa um estranho emisterioso mundo cheio de maravilhosas e enigmticas formas, condensando infinitas e incompreensveisradiaes de luz e de sons e seguindo rapidamente prodigiosos caminhos no ter, como se um poderinvisvel lhes impulsionasse em certas direes definidas, constituindo msticos agrupamentos reunidos emordem a determinadas cores, ntimos e peculiares sons e a indescritveis formas geomtricas. Se a viso doclarividente iniciado aprofunda em suas percepes, as quais dependero naturalmente da qualidade dasiniciaes recebidas, contemplar novas e mais esplendentes formas geomtricas, novas e mais difanascores, e seus ouvidos se extasiaro com novas, desconhecidas e inefveis melodias.

    Como ocultamente temos aprendido, a Entidade Espao multidimensional, e nossas investigaesesotricas nos tm levado concluso de que a cada dimenso corresponde uma apropriada ordemmolecular de elementos atmicos, cada qual com sua prpria e correspondente nota vibratria. O tomo, tal

    como o estuda a fsica moderna, tridimensional, mas o observador clarividente percebe, no interior dos"espaos vazios" dos elementos atmicos, outros conjuntos moleculares de carter etrico, astral oumental, cuja sutileza e beleza so acrescidas medida que se eleva o nvel da percepo clarividente, demaneira [p31] que, em certas elevadssimas zonas de integrao espiritual, chega a perceber-se o Espaocomo um todo vvido e coerente, pleno de entidades e formas impossveis de serem estudadas einvestigadas atravs dos meios cientficos atuais, mesmo os mais complexos e sofisticados.

    Existem, assim, entidades e compostos moleculares em todas as dimenses do Espao, e ao iniciado decerta evoluo espiritual possvel perceber as indescritveis formas geomtricas das excelsas vidas quemoram nas zonas livres do Espao e estabelecer uma nova ordem de elementos atmicos, infinitamentemais sutis que os conhecidos e catalogados pela cincia qumica moderna, que no entanto se encontra toatrasada na rea de suas observaes e investigaes que no conseguiu ainda descobrir certoselementos atmicos, apesar de serem de natureza tridimensional, situados no primeiro dos teres do plano

    fsico, o que segue ao estado gasoso da matria, e que, portanto, os teres superiores do espao fsicocontinuam sendo s umas meras abstraes no campo de suas investigaes cientficas. H, ocultamentefalando, o chamado "quaternrio etrico" dos elementos atmicos do plano fsico, constituindo uns nveisonde s pode penetrar a percepo extraordinariamente aguda do Mago, que observa uma incrvel srie devidas atmicas e compostos moleculares que fazem parte inseparvel da atividade da Magia Organizadaem nosso mundo e constituem o campo de observao dos cientistas do futuro.

    O verdadeiro mago vem descobrindo essa cadeia ininterrupta de elementos qumicos que surge maisalm e acima do tomo de hidrognio. Quando os cientistas do mundo conseguirem descerrar o vuespiritual que separa os elementos qumicos densos dos elementos qumicos etricos do plano fsico, teroem seu poder a "chave mgica" que lhes permitir introduzirem-se conscientemente em outras regies maissutis do Espao. O segredo "chave" dessa revelao se acha oculto no tomo [p32] de hidrognio, uma vezque foi descoberta dentro do mesmo uma misteriosa entidade dvica que rege toda sua expresso atmica.

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    Portanto, para o esoterista, para o investigador da Cincia da Magia, o Espao no somente a somatotal dos elementos qumicos e compostos moleculares que o constituem, mas tambm e essencialmenteaquela extraordinria e indescritvel Entidade que cria, dirige e organiza toda a infinita quantidade de vidasanglicas que vivem, se movem e tm o ser dentro do seu seio abrangente. Desse seio surgem todas asvibraes denominadas tecnicamente dimenses do espao, as quais, considerando a idia de um ngulomuito profundo e esotrico, no so seno "estados de conscincia" da entidade Espao, cujas expressesso, por analogia, as muito longas e interminveis sries de elementos atmicos, compostos moleculares eformas geomtricas que os Logos criadores de galxias, constelaes, sistemas solares e esquemasplanetrios utilizaram em determinados momentos para criar seus gigantescos corpos de expresso cclica.

    Se analisarmos essa idia muito ocultamente, daremos conta de que no fenmeno eterno da criao qualquer que seja sua importncia se observa a primeira das grandes polaridades conhecidas, o Espritocriador e o Espao, a Entidade mstica que oferece suas entranhas como depsito vivo e semente de todasas criaes possveis. O Esprito constitui o aspecto PAI, e o Espao representa o aspecto ME, cujanatureza virginal se mantm eternamente pura e imaculada, apesar das infinitas criaes que se realizamno interior de suas indescritveis e misteriosas entranhas. Da amorosa fuso do Pai Esprito, que oaspecto positivo ou dinmico do Espao, com a Me Matria, que o Espao em seu aspecto receptivo,com toda a sua imensa e desconhecida capacidade de resposta a todos os impactos surgidos de qualquercentro criador, surge constante e invariavelmente o FILHO do Espao, a conscincia de criao que"remove [p33] criadoramente os teres e constri o crculo-no-se-passa" estabelecido para todas aspossveis e interminveis criaes.

    A compreenso profunda dessa idia oferece ao Iniciado o primeiro dos grandes indcios nodescobrimento das razes msticas da Magia Organizada no mundo. Pressupe para o discpulo o maisnobre e puro dos estmulos no Caminho da Luz que est percorrendo dentro do Alfa e mega de si mesmo,e o mais precioso elemento de ajuda na aquisio das altas virtudes espirituais que o convertero um diaem um Iniciado, em um verdadeiro expoente da Magia branca planetria.

    Analisando a extraordinria idia contida na afirmao oculta "o Espao uma Entidade", vamos

    analisar agora o tema geral de outro ponto de vista, considerando sua expresso tripla: multidimensional,multimolecular e multigeomtrico como essncia gnea de diferente qualidade vibratria, e estabelecendo,como resultado, a seguinte analogia:

    a. fogode FOHAT, que corresponde s qualidades multidimensionais do Espao, em seu aspecto dePai, o Esprito;

    b. fogo SOLAR, que corresponde s qualidades multimoleculares do Espao, em seu aspecto deFilho, de Alma ou de Conscincia;

    c. fogo porFRICO, que corresponde s qualidades multigeomtricas do Espao, em seu aspectode Me, de Matria ou de Forma.

    Desse ngulo de observao um tanto mais profundo, poderamos deduzir com certa lgica que a infinitapliade de vidas atmicas, que constituem as trs qualidades vivas do Espao, esto vivificadas por um tipoparticular de essncia gnea, igual a que sucede quando analisamos a constituio tripla do homem, demaneira que no seria ilgica, de forma nenhuma, a idia de considerar o Espao como uma Entidade quese expressa atravs[p34] de trs CORPOS, cada um dotado de qualidade determinada e peculiarssima.Assim se formaria a seguinte analogia:

    CENTRO ESSNCIA QUALIDADECRIADOR GNEA DO ESPAO

    Esprito - Mnada FOHAT MultidimensionalAlma - Conscincia SOLAR MultimolecularMatria - Corpo FOGO POR FRICO Multigeomtrico

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    Poderamos dizer tambm, sempre de acordo com o princpio de analogia, que as trs qualidades queconstituem a Entidade Espao vm a ser como outras tantas entidades cuja funo expressar a foraviva, eternamente incompreensvel e indescritivelmente maravilhosa do Espao. Essa idia, como sepoder observar, muito abstrata e, portanto, muito difcil de ser assimilada intelectualmente. Por isso quesuas implicaes espirituais, ainda que as mais simples, devero ser captadas com ajuda da intuio.

    Continuando com a mesma idia, haver que supor, mesmo hipoteticamente, que cada uma das trsentidades que constituem a Trindade expressiva da entidade Espao, estar formada por uma indescritvele eternamente inconcebvel quantidade de "chispas gneas" dotadas de vida, de conscincia e de formasgeomtricas peculiares em infinitas e incompreensveis escalas ou freqncias vibratrias, dentro do grupoque integra cada qualidade. Essa idia permitir compreender o mecanismo mediante o qual se verifica atranscendente alquimia da Criao com a incessante e ininterrupta concepo, gestao e desenvolvimentoda infinita multiplicidade de galxias, constelaes, sistemas solares e esquemas planetrios que povoamas inconcebveis entranhas da entidade Espao.

    [p35] No podemos nos introduzir muito profunda e abertamente no maravilhoso tema da MagiaOrganizada em nosso planeta sem ter em conta essas inevitveis relaes dos centros criadores com aentidade Espao, das quais ho de surgir inevitavelmente todos os "crculos-no-se-passa" dentro dosquais se realiza a funo krmica se nos possvel captar a infinita grandiosidade dessa idia deatualizar as qualidades vivas do Espao como uma liberao incessante das incalculveis eincompreensveis vidas atmicas que se agitam dentro de cada qualidade. Essa uma idia, como poderoobservar, que exigir de ns uma extraordinria capacidade de sntese e uma mente enormementereceptiva s impresses mais abstratas ao alcance da nossa capacidade de investigadores esotricos.

    Outra idia a considerar, e que sem dvida surgir da ateno depositada nos conceitos examinadosanteriormente, a que tem a ver com o que tecnicamente poderamos definir com o termo "eleio docampo", quer dizer, a designao do "lugar" do Espao onde um Logos realizar a sua funo criadora. Arespeito disso, poderamos dizer que a eleio do campo e a extenso e qualidade do mesmo dentro doEspao dependero sempre da evoluo espiritual dos Logos ou Centros Criadores, que evocaro a

    quantidade e qualidade de criaturas do Espao necessrias para poder levar a cabo sua obra no interior do"crculo-no-se-passa" eleito previamente.

    Sem dvida, a concluso mais profundamente esotrica a que poderamos chegar acerca das idias queestamos examinando o reconhecimento de que qualquer centro criador, seja logico, humano ou atmico, essencialmente Espao, e que surge do Espao de acordo com a presso das oportunidades cclicas doque chamamos evoluo, e que tal evoluo tem como objetivo nico purificar e enobrecer eternamente asqualidades infinitas do Espao, mediante aquela funo iniludvel ou "krmica" que os centros criadoresrealizam por "redimir" ou purificar [p36] todas as vidas gneas ou eltricas componentes das trs qualidadesque constituem o Espao, multidimensionais, multimoleculares e multigeomtricas, as quais, em nossoscorrentes estudos esotricos, conhecemos sob o nome de espirituais, causais e materiais.

    A viso naturalmente se perde quando tratamos de focaliz-la na indescritvel extenso deste mar sem

    limites do nosso raciocnio, mas, sem dvida, adquiriremos a segurana de algo que talvez hajafreqentemente suscitado profunda inquietude ao longo de nossas investigaes esotricas, umainquietude proveniente da nossa incapacidade de compreender o inexplicvel mecanismo da evoluocsmica... Um dia, no entanto, veremos florescer no seio dessa enorme inquietude o sentido maravilhosoda Paz, que nos guiar imediatamente para os caminhos iniciticos onde a atividade mgica de nossa vidase espraiar por zonas do Espao onde a inquietude, a confuso ou a dvida sero desterradas parasempre. A Iniciao, a atividade suprema no nosso planeta que nos converter em perfeitos Magosbrancos, nos situar dentro da entidade Espao como perfeitos conhecedores da lei do Esprito, nosreconhecendo, em cada um numa das magnficas etapas que iremos percorrendo, como a CONSCINCIAqualificada que reunir dentro de si as Intenes supremas do Esprito, de nosso PAI celestial, e asqualidades inerentes nossa grande ME, o Espao eternamente Virgem... Tal , evidentemente, a Lei daCriao, o verdadeiro sentido da Magia Organizada no nosso mundo, que trataremos de esclarecer naspginas deste livro.

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    Captulo II

    A ESTRUTURA MOLECULAR DO UNIVERSO

    [p37] Para que a nossa investigao oculta prossiga em bases cientficas, teremos que estudar primeiroo que realmente uma estrutura molecular, esse fundamento bsico sobre o qual se erege a soberbaarquitetura do sistema solar.

    Qualquer estrutura molecular formada de tomos. O tomo aparentemente a parte maisinsignificante de matria com que o investigador cientfico das leis qumicas do Universo se depara. Noentanto, a unidade atmica no a menor parte de substncia material, j que composta de outros corposainda menores que chamamos prtons, nutrons e eltrons. E assim, examinando esses elementosmenores luz da clarividncia etrica, os veremos subdivididos em partculas eltricas cada vez maisdiminutas, at se perderem na imensido infinita do Espao.

    No possvel aos investigadores cientficos perceber dado que no possuem faculdades depercepo oculta e que seus sofisticados instrumentos tcnicos ainda no conseguiram atravessar asfronteiras que separam os nveis etricos dos densos no plano fsico esses mnimos e invisveis corposque se agitam no interior do tomo e que, esotericamente, so considerados os veculos expressivos deseu ncleo vital, constituindo mirades de inconcebveis vidas que evoluem nas reduzidas dimensesatmicas como ns o fazemos dentro do "crculo-no-se-passa" [p38] do planeta. A investigao atual nacincia qumica se inicia a partir do tomo de hidrognio, composto por um prton, um nutron e um eltron,e esse tomo de hidrognio considerado a unidade bsica em qumica, quer dizer, que todos os demaistomos ou elementos qumicos que compem a estrutura molecular de qualquer corpo na vida da Naturezas so somas, ou agregados, de tomos de hidrognio, que se estendem a partir dessa unidade bsica atabarcar toda a gama de elementos qumicos existentes, cada vez mais carregados de tomos dehidrognio. Assim, o elemento qumico Laurncio, formado por cento e trs tomos de hidrognio, podeaparecer, do ponto de vista da evoluo atmica, como uma verdadeira galxia em miniatura. Mas,segundo foi conseguido averiguar recentemente, existem, no entanto, elementos qumicos muito mais

    pesados que o Laurncio, o que reafirma a verdade esotrica de que a cincia no chegou ao fim dessesdescobrimentos, como ainda no se chegou a descobrir a natureza da eletricidade e o mistrio que encobrea Fonte csmica do Espao, de onde surgem todos os elementos qumicos e todos os compostosmoleculares... O Espao, essa tremenda e desconhecida Entidade, contm em "suspenso" se podemosassim dizer uma infinita cadeia de elementos qumicos, os quais, por sua prpria e indefinvel acuidade etransparncia, se confundem com o prprio Espao. Para descobrir alguns deles, sem entretanto sairmosdo plano fsico, preciso um tipo de viso ou investigao que ainda no est ao alcance da Cincia fsicamoderna.

    Sendo assim, se levado em conta o dito em outras partes desse estudo acerca do Espao, no sentidode que multidimensional e multimolecular, deveremos supor, logicamente, que na composiogeomtrica dos planos e nveis do nosso sistema solar entraro compostos moleculares de indescritveldiafaneidade e pureza, como, por exemplo, os que entram na construo dos planos superiores do

    sistema, para os quais os seres humanos, [p39] mesmo os mais qualificados, carecem de sentidosadequados de percepo.

    Sempre utilizando o princpio da analogia, poderamos afirmar tambm que o Espao, que multidimensional e multimolecular, h de ser tambm multigeomtrico, j que possui em suspenso todasas formas imaginveis. A geometria, como suporte da imaginao dos Magos, o campo deexperimentao de vidas e conscincias que transcendem a investigao dos homens mais avanados daTerra, sendo a geometria, vista sob o ngulo oculto, um arquivo permanente de formas universais quejamais foram percebidas nem investigadas.

    De acordo com essa idia, e seguindo na linha de nossas investigaes sucessivas da MagiaOrganizada planetria, deveramos perguntar: por que o Espao multidimensional, multimolecular emultigeomtrico?

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    1. multidimensional porque contm em si todas as dimenses e magnitudes possveis para que aVida que surge de qualquer centro criador possa manifestar-se. As dimenses dentro das quaisesses centros criadores vivem, se movem e tm o ser indicaro sempre o grau de evoluoalcanado pelos mesmos, ou seja, o seu grau de experincia csmica. Um estudo do processoinicitico a que se acha sujeita a entidade humana ao chegar a certas etapas de integraoespiritual nos informaria, sem dvida, o significado real da evoluo e da estreita vinculaoexistente entre as iniciaes espirituais e as dimenses do Espao.

    2. multimolecular porque, de acordo com o grau de evoluo alcanado por qualquer Logos ouCentro Criador, assim ser a qualidade do enorme e indescritvel grupo de compostos moleculares,com os quais construir Seus corpos de manifestao, quer dizer, Seus planos ou esferas [p40]expressivas. Todo o processo de amalgamao molecular se baseia, contudo, nas leis mgicas doSom, cujas notas invocativas existncia pronunciadas pelo Logos atrairo do seio profundo dequalquer dimenso do Espao todas aquelas vidas atmicas e compostos moleculares que vibramou que respondem idntica freqncia de Som. Tal como se diz ocultamente, "a Palavra oelemento mgico da Criao".

    3. multigeomtrico porque cada grupo de notas componentes do Som ou da Palavra formam umNOME que personifica de maneira misteriosa uma Entidade especfica, Arcanjo ou Mahadeva, aqual criar no seio profundo do Espao a Forma geomtrica requerida atravs do enorme grupo devidas atmicas e compostosmoleculares que correspondem quele NOME. Da a conhecida fraseesotrica, to pouco compreendida at o momento por muitos aspirantes espirituais: "O NOME ABASE GEOMTRICA DA FORMA."

    Para o investigador esotrico, a relao Nome-Forma constitui um dos grandes segredos da Magia.Essa afirmao oculta vem asseverada pela experincia dos eminentes Magos planetrios, que no ensinodado a Seus discpulos os incitam a descobrir o nome ou som interno designado por Deus, o Criador, acada ser e a cada coisa criada, e passar muito por alto sobre o nome que lhes foi arbitrariamente designadopelos seres humanos.

    O fato de que o Espao seja uma misteriosa e incompreensvel Entidade multidimensional,multimolecular e multigeomtrica obriga o Mago a que de acordo com as sagradas leis de vibrao utilize criadoramente aquelas propriedades do Espao na realizao de todas as suas operaes mgicas,servindo-se consciente e deliberadamente de seu propsito espiritual, de [p41] suas idias abstratas e desua mente concreta, na plena compreenso de que:

    a. a Inteno espiritual est relacionada s dimenses do espao;

    b. as idias, abstratas em sua natureza, esto vinculadas s composies moleculares inerentess qualidades destiladas por alguma dimenso do Espao definida;

    c. a mente concreta, ou substancial, est relacionada com a faculdade de "visualizar" as formas

    geomtricas mais oportunas e convenientes para o desenvolvimento de qualquer operaomgica definida.

    Quando existe uma perfeita sintonia entre as capacidades criadoras do Mago e as propriedades doEspao, produz-se a verdadeira obra mgica, a criao consciente, tendo em conta que as capacidades doMago dependero logicamente da etapa que tenha alcanado ao longo de sua evoluo espiritual. H,portanto, uma conseqente sintonia entre o grau de evoluo do Mago e as correspondentes dimenses doEspao, a qual informar ao investigador esotrico o que h que entender por "crculo-no-se-passa"quando se faa referncia a qualquer centro criador de conscincia. Da que, sendo o Espaomultidimensional, multimolecular e multigeomtrico, lgico supor que a dimenso especfica de um planode criao e as formas geomtricas que surgiro como efeito da mobilizao ou colocao em exerccio dedeterminados grupos atmicos ou compostos moleculares, sero uma conseqncia natural dascapacidades criadoras desenvolvidas pelo Mago, como fruto de sua evoluo espiritual.

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    Magia Organizada Planetria

    Vemos, definitivamente, que a totalidade do Cosmos manifestado, ou seja, o aspecto substancial eobjetivo que tem sua razo de ser dentro do Espao absoluto, o resultado da atividade desenvolvida portodos os Logos criadores seja qual for o [p42] seu grau de evoluo espiritual e da magnitude dos Seus"crculos-no-se-passa". Essas conscincias logicas utilizam o Espao como recipiente, morada e arquivode Suas infinitas criaes. Sendo assim, um corpo humano, um esquema planetrio, um sistema solar, umaconstelao ou um sistema csmico de galxias obedecem s mesmas leis e atividades de criao,variando unicamente de acordo com o grau de evoluo alcanado, o nmero de dimenses conquistadas,a qualidade dos elementos moleculares invocados e as formas geomtricas utilizadas no processo deconstruo da Obra mgica que cada Logos tem a misso ou o destino de criar nos infinitos e eternamentedesconhecidos vazios do Espao absoluto...

    Sendo assim, o processo evolutivo do tomo constitui um dos grandes segredos da Magia. Ao tomoqumico devido sua aparente insignificncia no se d grande importncia nos estudos esotricosatuais. Mas sem esses minsculos corpos atmicos, no poderiam existir corpos organizados na vida daNatureza, nem mesmo o gigantesco corpo do sistema solar poderia existir.

    Um tomo, examinado do ngulo de percepo da clarividncia causal, um universo em miniatura,mas para no elevar demasiadamente o conceito em nosso estudo da Magia Organizada, o analisaremossomente do ponto de analogia com o ser humano, e o consideraremos como o elemento bsico de criaodos conjuntos moleculares ou celulares, mediante o qual so estruturados seus trs corpos de expressonos trs planos inferiores do sistema solar, o fsico, em seus dois canais, o denso e o etrico, o astral e omental, o qual, se levamos em conta o que no esoterismo entendemos por leis de evoluo, nos indicarque os conjuntos atmicos que formam a matria com que so estruturados aqueles corpos qualquer queseja a sua densidade esto evoluindo igualmente a ns nos distintos nveis expressivos do sistema solar.

    [p43] De acordo com essa afirmao, poderamos assegurar tambm que o tomo uma vida quepossui uma conscincia e se expressa atravs de uma bem definida e estruturada forma geomtrica, a qualinformar ao investigador esotrico que baseia todas as suas investigaes nos sbios princpios daanalogia hermtica, que as entidades atmicas, analisadas sempre sob o ngulo de sua correspondncia

    com os seres humanos, possuem um corpo de expresso triplo, fsico, astral e mental, a um grauimpossvel de determinar pela cincia atual, s percebido em suas exatas funes pelos grandes Videntes eIniciados da Grande Fraternidade Branca do Planeta. Poderamos, talvez, ter um vislumbre dessaequivalncia tripla atribuindo ao tomo valores qualitativos humanos. Por exemplo, tomando como base deanalogia o tomo de hidrognio, poderamos dizer que:

    a. o prton equivale ao corpo mental;b. o nutron equivale ao corpo emocional;c. o eltron equivale ao corpo fsico.

    Deveremos, no entanto, aprofundar muito os nossos estudos sobre o tomo para poder chegar a essasinteressantes concluses que, aparentemente, carecem de toda validade cientfica, mas, de acordo com asabedoria oculta dos grandes Iniciados, toda Vida, por insignificante que seja, se comporta como um centro

    de conscincia inteligente e com certos valores qualitativos que os seres humanos ainda no chegaram adescobrir, no transcorrer dos seus estudos psicolgicos, filosficos ou cientficos.

    Porm, na hiptese de que o tomo deva a sua forma particular quantidade de prtons, eltrons enutrons que em seu conjunto formam um corpo organizado e concretamente definido, ou seja, o corpotriplo que a vida atmica utilizar atravs de um tipo desconhecido de conscincia, a investigao ocultanos levar inevitavelmente a nos perguntar: qual ser esse tipo de [p44] conscincia? e, ter a mesmaorigem da dos seres humanos dos nveis causais?

    Analisemos essa conscincia atmica relacionando-a unicamente com seu triplo veculo de expresso, oprton, o nutron e o eltron, ainda que, atualmente, s seja considerado o corpo unificado do tomo, semconsiderar outra coisa alm de seus campos magnticos, da energia contida em seu ncleo central e decomo liberar essa energia para produzir determinados resultados: luz, calor, radiaes benficas em

    medicina etc. ou, em um desventurado caso, para produzir exploses nucleares, nem sempre controladascorretamente.

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    Para o investigador esotrico, o tomo muito mais. Adivinhamos nele uma conscincia inteligente, noa inteligncia do homem, certamente, mas um tipo de conscincia altamente qualificada, cujas funes como as nossas tendem a seguir o curso inaltervel da evoluo logica dentro do sistema solar.Examinadas atentamente, revelam um processo similar ao seguido pelos seres humanos, no sentido de queso capazes de dirigir inteligentemente, a partir do centro protnico, que poderamos classificar comoncleo espiritual do tomo, ou mente atmica, todos os movimentos do tomo no interior de sua prpriaperiferia ou dentro de corpos maiores nos quais, em unio com outros tomos similares, formam parte deestruturas moleculares capazes de serem utilizadas por tipos de conscincia em nveis muito maisavanados de evoluo, como os dos seres humanos que, por sua vez, no so seno simples einsignificantes tomos dentro do corpo gigantesco da Terra.

    No seria de forma alguma ilgico, pois, falar de uma corrente de vida mondica descendendo dos altoslugares do esquema terrestre, proporcionando vida a essas diminutas existncias atmicas, uma vida que,em contato com a substncia material de cada plano, origina esse tipo de conscincia que estamosanalisando, o mesmo que ocorre com os seres humanos e tambm [p45] com os prprios Deusesmanifestados. Sempre de acordo com a analogia, poderamos afirmar tambm que a evoluo atmica uma corrente de vida logica, to completa e inclusiva quanto as correntes de vida humana e dvica eseguindo idnticas leis e princpios de manifestao e evoluo.

    O agrupamento molecular dos tomos por seleo natural na vida dos reinos, raas e espcies, umverdadeiro "ato de conscincia", demonstrando-se cientificamente como "afinidade qumica". E osagrupamentos atmicos induzidos pela lei, ou princpio, da seletividade, acham-se presentes em todos osnveis e dimenses do Espao, considerando sempre o que temos dito nas pginas anteriores quanto aosentido de que a cada dimenso do Espao correspondem uns tipos especficos de tomos, e a essesdeterminados tipos de conscincia ou qualidades peculiares dentro da Vibrao geral do plano, nvel oudimenso onde se acharem localizados. por afinidade qumica, ou por seletividade natural, que foramcriados os infinitos compostos moleculares dos diferentes planos do sistema solar, as esferas de evoluoplanetria e os corpos expressivos do homem. Tudo Magia de expresso, repetida eternamente no

    misterioso e insondvel interior das indescritveis parcelas do Espao virgem, a verdadeira Me de todas ascoisas existentes.

    Sendo assim, que conseqncias poderamos selecionar desses dados esotricos em nosso estudosobre Magia Organizada Planetria? O conhecimento das vidas atmicas essencial para o trabalhomgico, pois o Mago opera sempre sobre essa infinita multiplicidade de pequenssimos seres, j que soeles os verdadeiros artfices da criao. Poder-se- argir, talvez, que o Mago branco utiliza em suasoperaes mgicas devas de grande evoluo espiritual que aparentemente nada tm a ver com aevoluo das vidas atmicas. Contudo, e tal como esotericamente se sabe, os Deuses, os Anjos e oshomens, mesmo quando pertencem a planos e a reinos de evoluo diferentes, trabalham em [p46]inteligente colaborao na Obra criadora do mesmo Senhor, e deve-se prestar uma profunda e particularateno ao fato de que todas as expresses criadoras surgem dos compostos moleculares, j que essesdo forma s conscincias e vivificam suas auras magnticas. J amais podemos separar o Criador de Sua

    Obra, seja qual for a magnitude do processo criador. Portanto, no caso de um experimentado Magohumano, o fato de que opere com Devas muito evoludos no alterar o processo mediante o qual eatravs daqueles Devas o Mago chega a comandar e controlar mirades dessas diminutas vidas atmicas.

    Toda vida e toda conscincia se manifesta por meio de uma forma, e o macrocosmo, em que pese a suagrandeza, no poderia expressar-se a no ser atravs das infinitas e inumerveis vidas microcsmicas quese agitam igneamente em cada um dos sete planos do sistema. A inquebrantvel relao Vida-conscincia-forma constitui a atividade mgica, seja qual for o propsito, o nvel ou a capacidade criadora que surgemde no importa qual centro logico de criao. As formas resultantes sempre estaro de acordo com otringulo constitudo pela inteno do Mago, o nvel de criao, etrico, fsico, astral ou mental escolhido e ahabilidade conquistada para criar e manter coerentemente as formas criadas em qualquer daqueles nveis.

    Examinemos, por exemplo, o caso das Egrgoras que a bondade ou a maldade dos homens criaram nas

    zonas etrico-fsicas do planeta, formadas por uma inacreditvel quantidade de elementos atmicos ecompostos moleculares extrados de qualquer esfera dimensional do Espao. Para o investigador esotrico

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    que tenha desenvolvido a clarividncia causal, quaisquer dessas "massas atmicas" oscilam ao redor deum ncleo central imposto por uma intencionalidade criadora que est se manifestando. A relaomagntica estabelecida entre essa inteno e cada um dos elementos etrico-psquicos invocadosconstituintes daquela massa pe em atividade um tipo de conscincia digamos [p47] dvica queorganiza, projeta e desenvolve a forma geomtrica da massa assim criada. Temos a a representao dasqualidades e dos defeitos, das virtudes e dos vcios engendrados pela humanidade, pois, devido sua inatae, infelizmente, ainda inconsciente capacidade criadora, existe uma grande quantidade de Egrgoras, umasbenignas, outras malignas, que esto flutuando nos nveis etrico-psquicos do planeta, esperando amnima oportunidade que se lhes oferea para manifestarem-se nos ambientes sociais do mundo. Emessncia, esse o sentido da histria e o fundamento da civilizao e cultura dos povos da Terra.

    Ao longo da atividade mgica planetria, sempre se acham presentes, como testemunhos do dramahumano, estes dois expoentes da dualidade planetria, o Bem e o Mal, e a conseqente luta entre si dessasduas gigantescas Egrgoras disputando a presa da alma humana. Os Adeptos da Magia branca planetria,os Teurgos da Boa Lei, e os adeptos das sombras, ou Magos negros, mantm uma terrvel e constante lutano intento, sancionado pelas leis da polaridade universal, de atrair para seus respectivos lados o maiornmero de aliados possvel dentre as entidades que constituem a raa humana, induzindo uns ao bemespiritual, outros ao apego material.

    Vemos, assim, que, quando nos ensinamentos esotricos sobre a Iniciao se faz referncia s provasque o discpulo dever enfrentar antes que possa penetrar no Recinto inicitico, sempre se d por exemploo das gigantescas Egrgoras criadas pela humanidade, ocultamente chamadas "o Guardio do Umbral",senhor da magia negra planetria, e o "Anjo da Presena", o Senhor da Magia branca e do Bem supremo, eao dificlimo caminho que circula entre os dois, "estreito como o fio da navalha", que o discpulo tem quepercorrer antes que possa penetrar no Santurio oculto, prostrar-se aos Ps do Iniciador e ver brilhar SuaEstrela resplandecente.

    [p48] Podem passar muitas vidas antes que o discpulo possa trilhar o nobre Caminho do meio ensinadopor BUDA, o que guarda a sua pureza no meio da cruenta luta dos opostos. Passo a passo, o discpulo vai

    avizinhando-se desse extraordinrio espao neutro, completamente vazio de toda polaridade, que oconverter em um perfeito Mago branco, as foras de luz invocadas em suas meditaes e em seus atos deservio e sacrifcio pelo bem da Raa vo aclarando o seu caminho e depositando no interior dos seusveculos expressivos aqueles tomos e compostos moleculares de grande diafaneidade e transparnciaque "iluminaro sua inteligncia" e desvelaro posteriormente sua intuio, a fim de que possa manter-sedignamente no Caminho espiritual que separa as duas Egrgoras e leva ambas a zonas de perfeitoequilbrio dentro do corao do discpulo. Esse , definitivamente, o Caminho da Iniciao, onde a luta substituda pela perfeita harmonia entre os opostos, entre os dois inimigos de todos os tempos, e por aquelaPaz que transcende toda compreenso.

    Ao clarividente treinado, um discpulo de terceira iniciao hierrquica, por exemplo, sumamente fcilobservar desde o plano causal, ou mental superior, as formas geomtricas das Egrgoras, boas e ms,assim como a composio molecular de suas massas, e sabe muito mais acerca dessa composio

    orgnica se podemos assim dizer que os mais preclaros qumicos do mundo, que ainda nodesenvolveram a clarividncia etrica que lhes permitiria observar a transmutao alqumica dos elementosetricos procedentes do quarto ter do plano fsico planetrio em tomos de hidrognio, com o queiniciariam uma era de investigao cientfica mais completa que lhes informaria da presena de umaprodigiosa srie de elementos qumicos e compostos atmicos, que seus mais adiantados e sofisticadosmeios tcnicos no conseguiram ainda descobrir.

    A cincia qumica do futuro se ver extraordinariamente [p49] enriquecida com o descobrimento dessestomos ou elementos qumicos chamemos-lhes de transio que se acham "suavemente recolhidos" emcertos nveis definidos da aura etrica planetria e constituiro as peas estruturais de base para conquistaras novas e desconhecidas regies do Espao, aquelas que abriro para a humanidade as gloriosasperspectivas de uma era de relaes humanas mais corretas e fraternas...

    Vivamos apercebidos, pois, diante dessa tremenda realidade e deixemo-nos levar pela infinita riqueza deseu contedo. Que o termo TOMO adquira, de agora em diante, um significado mais profundo e definido,

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    aceitando como lgica a idia de que forma parte de uma corrente de vida e de existncia sem a qual nopoderiam ser criadas as bases estruturais do Universo, nem haveria possibilidade alguma de manifestaopara todas aquelas Entidades csmicas, solares e planetrias que vivem, se movem e tm o Ser dentro dosinfinitos vazios do Espao virgem, Matriz eterna de todas as possveis criaes...

    Captulo III

    A UTILIZAO MGICA DAS VIDAS INTERMOLECULARES

    [p51] O assombroso campo de investigao aberto diante de ns depois do descobrimento da existnciada grande corrente de vida logica que chamamos "evoluo atmica", nos incitar, em seguida, ao estudodaquelas existncias intermoleculares, que, invisveis por completo aos olhos humanos, constituem, noentanto, o fator coerente que permite a expresso de qualquer tipo de forma na vida da Natureza.

    Tendo o Mago conseguido localizar as entidades intermoleculares necessrias para efetuar a obramgica que decidiu realizar, e tendo sido possvel contatar o impulso dinmico que arde no centro de todaunidade de vida atmica, o trabalho que tem diante de si o de construir, mediante o poder da mente, asformas geomtricas que sero necessrias para poder erigir as estruturas moleculares que respondam aseu propsito criador. De acordo com o mesmo, dever ater-se aos seguintes requisitos:

    a. ter uma idia muito clara e definida do objeto mgico a realizar;

    b. poder situar-se conscientemente no nvel requerido de atividade mgica;

    c. saber com exatido com que agrupamentos dvicos e vidas atmicas naquele nvel lhe ser

    possvel trabalhar; [p52]d. conhecer os mantras de invocao com os quais se far obedecer por aquelas vidas dvicas e

    atmicas.

    Todos esses requisitos fazem parte da vida dos iniciados da Grande Fraternidade Branca, mas soutilizados tambm pelos componentes da Loja negra do planeta, cujos fins so diametralmente opostos aosque os membros da Hierarquia espiritual planetria tratam de atingir. Esses ajustam suas metas e seusprojetos s intenes divinas, buscando, com nobre empenho, o bem do conjunto, enquanto que os adeptosda Loja negra s pretendem fins egostas em prol de si mesmos, ou de um grupo reduzidssimo de pessoasque utilizam o nobre exerccio da Magia para se oporem ao desenvolvimento do plano de evoluoplanetria ditado pelo Logos do esquema terrestre. Esses Magos negros compem uma fraternidade ocultarepleta de projetos malsos e se movem em ambientes srdidos, envoltos em sombras de dio e de

    ambio. Os Magos negros constituem a legio daqueles a quem Madame Blavatsky definiu como "almasperdidas". No nosso desejo efetuar um estudo das operaes mgicas realizadas pelos Magos negrosatravs de seus devas servidores e de seus inconscientes sectrios humanos recrutados dos baixos fundosplanetrios. S pretendemos falar da Magia num sentido criativo, da Magia Organizada para o bem emnosso mundo, e de obter com esse estudo quantos dados nos sejam precisos acerca do que h queentender por criao, seja qual for o nvel da Natureza onde tenha lugar, j que criar como temosafirmado em vrias ocasies , no seno a utilizao consciente ou inconsciente da Magia atravs dainteno da idia e da mente.

    O nvel de criao ou de utilizao da Magia indicar sempre o grau de evoluo espiritual do Mago,tendo em conta que no plano mental inferior, no plano astral mais denso e nos baixos nveis etricos, osMagos negros detm um poder igual ou [p53] maior que os Magos brancos, cuja eficincia criativa observada principalmente nos nveis superiores do planeta.

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    Poderamos dizer, de acordo com a analogia, que os Magos negros operam no nvel do quaternriohumano (mente concreta, corpo emocional, veculo etrico e corpo fsico denso), e que os Magos brancos,sem deixarem de exercer poder sobre esse quaternrio, operam com muito mais eficincia nos nveis daTrade. Assim, de acordo com os fins propostos por um ou por outro grupo de Magos, os elementosatmicos, compostos moleculares e foras dvicas invocadas variaro enormemente em qualidade e graude sutilidade. Poderamos dizer, tambm, que os Devas invocados pelos Magos brancos, operando desde onvel da Trade espiritual, constroem os compostos atmicos e moleculares que formam o plano tmico,bdico e mansico superior, que contm uma importantssima quantidade do triplo fogo mondico que, noreceptculo de Manas, torna a fundir-se para realizar qualquer tipo de magia de ordem superior. Desseponto de vista, poderamos dizer que a Iniciao espiritual dos membros da Grande Fraternidade Branca uma operao mgica na qual intervm conjuntamente os trs fogos da Natureza: o de Fohat, o Solar e ode Kundalini.

    Do mesmo modo, os Magos negros se adaptam a certas iniciaes que so realizadas em recintosobscuros e sinistros, situados s vezes debaixo da crosta terrestre, utilizando o fogo de Kundalini em seuaspecto inferior, ou seja, o que potncia e desenvolve os centros situados abaixo do diafragma dosdiscpulos na aprendizagem da arte fatal da magia negra e lhes dota de uma tremenda vitalidade noscorpos inferiores, fsico, astral e mental concreto, razo pela qual lhes sumamente fcil subjugar,enfeitiar ou condicionar a alma de pessoas dbeis, amedrontadas ou que adoecem por razes espirituais.

    Observando o trabalho realizado por ambos os grupos de Magos a partir dos nveis causais, assiste-se auma experincia [p54] interessante e ao mesmo tempo educativa. Os compostos moleculares, utilizadospelos Magos negros aparecem, ante a observao clarividente, como umas curiosas formas geomtricaspolidricas, geralmente cbicas e irregulares, cujas cores vo do cinza opaco ao violeta escuro, passandopor uma srie de gradaes do vermelho e do marrom terroso. Esses compostos moleculares soconstrudos pelos devas definidos correntemente no ocultismo como "foras lunares", ou foras dassombras, vindas para a Terra em uma onda de vida involutiva procedente da terceira cadeia de nossoesquema planetrio, chamada lunar. So uma particular espcie de devas de baixa vibrao, cuja moradase acha nas cavernas obscuras e tenebrosas galerias que sulcam o subsolo da Terra e tm grande poder

    nos nveis etricos planetrios. Observam-se muito ativos tambm nas zonas mais inferiores dos trsmundos da evoluo humana e seu poder enorme, tendo se intensificado atravs dos tempos peloescasso grau de evoluo alcanado pela maioria dos seres humanos, cuja conscincia se move,preferencialmente, nos nveis psquicos inferiores, e so uma presa fcil para esses anjos das sombras,habilidosamente conduzidos pelos Magos negros.

    A atrao magntica exercida pelo adepto da magia negra planetria se realiza por meio de certasEgrgoras malss. A Egrgora no cansaremos nunca de repetir uma forma psquica criada pelavontade para o bem ou para o mal dos seres humanos, dos componentes da humanidade terrestre. AEgrgora criada pelos Magos negros em colaborao com a humanidade pouco evoluda fortalecida pelosdevas das sombras que, em linguagem oculta, foram denominados com justia "senhores do quadrado",pois so especialmente ativos nos nveis especficos do quaternrio humano. Disso se infere por simplesanalogia a presena de formas cbicas, freqentemente irregulares, dos compostos moleculares com que

    se criam psiquicamente as Egrgoras do mal. A figura do quadrado, colorida pelas sombrias [p55] coresanteriormente descritas, sempre indicar, para a percepo do clarividente treinado, o tipo de magia que seest realizando e o objetivo sinistro que o mago negro est perseguindo. Por essa razo, e de acordo com obom karma da humanidade em seu conjunto, os Magos brancos podem entorpecer e tambm inutilizar otrabalho cuidadosamente elaborado pelos Magos negros, colocando entre esses e a sua obra compostosmoleculares de alta vibrao magntica procedente dos planos superiores do planeta.

    Os compostos atmicos previstos e as vidas dvicas intermoleculares utilizadas pelo Mago branco emseu trabalho de criar as Egrgoras do Bem se caracterizam por suas cores brilhantes e belas composiesgeomtricas polidricas, cujas formas costumam ser piramidais, cnicas, cilndricas ou esfricas. As coresvariaro de acordo com a obra mgica a realizar, e suas tonalidades em azul, amarelo, violeta claro ou rosasero sempre lmpidas, cristalinas e refulgentes. Para o observador clarividente, essas composiesindicam, sem sombra de dvida, a obra benfica que o Mago branco pretende levar a cabo.

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    Cada grupo de devas, superiores ou inferiores, ativos em qualquer nvel na vida da Natureza, emitecertas notas ou sons que lhe so prprios e caractersticos, ou que concordam com sua evoluo espiritual.Assim, o Mago, seja qual for a sua condio, dever conhecer essas notas e reproduzi-las sob forma deinvocaes ou mantras. O mantra como ocultamente se sabe um som, ou grupo de sons, mediante oqual o Mago invoca e se faz obedecer pelas hostes dvicas que constituem os elementos vivos daNatureza, sejam da terra, da gua, do fogo, do ar ou do ter em suas diversas modificaes.

    Quanto aos Magos brancos, o conhecimento dos mantras obtido durante a cerimnia de Iniciao e,em cada nova e superior Iniciao, novos mantras lhes so comunicados, os quais se somam aos mantrasanteriormente revelados, constituindo uma [p56] srie de Sons e Palavras que lhes, permitiro estender seupoder por zonas cada vez mais amplas e inclusivas. Desse modo, o raio de ao da Magia aumenta medida que os Magos vo recebendo as sucessivas Iniciaes, desde os nveis etricos at o reinomondico. Cada Iniciao marca a pauta de um trabalho mgico novo e mais fecundo, e se amplia at oinfinito o conhecimento do plano mgico planetrio, levado adiante pelo Senhor do Mundo. Prevem-sefacilmente, assim, os resultados da ao mgica, e o Mago branco cada vez mais poderoso e, ao mesmotempo, mais prudente e circunspecto em suas atividades mgicas. Ele comea a ver tal como o GrandeRegente Planetrio "o fim desde o princpio". Ao conhecer os planos planetrios, tal como surgem deSHAMBALLA, tambm lhe revelado o conhecimento relativo s condies que regem para cada nvel detrabalho e para cada grupo de Devas. So comunicadas, ento, as frmulas mntricas com que lhe serpossvel alterar vontade certas condies ambientais e converter-se em luz e inspirao para muitasalmas aspirantes. Essa ser, desde ento, sua Obra Mgica e, no desenvolvimento dessa missoconsciente e deliberadamente aceita, ser sempre ajudado pelos grandes Regentes do Plano de evoluoplanetria e pela incrvel quantidade de hostes dvicas que trabalham incansavelmente, e desde o princpiodos tempos, para o florescimento do Bem dentro do corao humano.

    Quanto s atividades realizadas pelos Magos negros, teria de dizer o mesmo que a respeito dos Magosbrancos, mas invertendo a ordem do processo estrutural da Magia executada e considerando as iniciaesrecebidas em seus recintos sinistros e obscuros como simples amontoados de conhecimentos cada vezmais extensos e profundos das leis que regem a Matria, a favor da qual decidiram trabalhar. Desse modo,

    obtm-se como os Magos Brancos o que poderamos chamar "segredos da Voz", ou aquelamultiplicidade de sons ou mantras com os quais lhes [p57] ser possvel invocar e se fazer obedecer pelosdevas lunares em muitas de suas hostes e hierarquias, para obter resultados mgicos nos nveis inferioresda vida da Natureza e nos da vida social humana.

    Os Magos negros vo recebendo iniciaes cada vez mais densas se podemos assim dizer naordem expressiva planetria, e medida que vo adquirindo o poder material que as mesmas lhesconferem, podem se aprofundar cada vez mais no reino da Matria e, conseqentemente, vo perdendo devista, cada vez mais, o Reino do Esprito. Desse modo, vo criando em sua volta uma aura cada vez maisdensa e escura, cuja potncia ir aumentando at chegar a um ponto de solidificao que absorver suasconscincias e lhes ocultar para sempre a linha da luz espiritual que leva ao eterno, aos planos superioresda Natureza, e lhes converter em "partes inseparveis" da Matria com que haviam decidido trabalhar e daqual se fizeram companheiros inseparveis. Convertem-se assim, em "almas perdidas", para as quais no

    existe praticamente salvao, misticamente falando, e cuja nica alternativa ser a de chegar a formar parteintegrante da Matria, de cuja substncia nutrem seu eu, e iniciar a partir da sua "evoluo" como almas,devendo percorrer o caminho que as correntes de vida involutiva que criam os reinos inferiores da Naturezaseguem, e "esperar" que a evoluo cclica e a infinita Compaixo dos Senhores do Karma lhes ajudempara que possam um dia recobrar seu "eu" espiritual e aquelas condies que possibilitaro que, em umfuturo longnquo, possam reintegrar-se como seres humanos corrente ascendente da vida espiritual. Esse o justo castigo por terem se rebelado contra a augusta J ustia da Criao.

    Uma vez apercebidos do fato de que toda a situao criada na vida da Natureza e da humanidade umresultado da Magia Organizada aplicada pelo Criador a cada coisa criada, a pergunta que nos assaltar deimediato ser sem dvida, a que com [p58] toda lgica se formularia o investigador esotrico: quais so ascondies operativas da Magia? Ou, melhor dizendo, quais so as condies mediante as quaispoderamos nos converter em verdadeiros Magos brancos? Partindo da idia de que "somos feitos

    imagem e semelhana de nosso divino Pai Criador" e que, portanto, estamos capacitados para criar, estasseriam as condies requeridas:

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    a. possuir uma personalidade perfeitamente coordenada;

    b. haver se libertado, em uma grande medida, do sentimento de separatividade;

    c. sentir-se completamente livre de conceitos doutrinrios;

    d. haver vencido o sentimento de orgulho e ambio.

    Analisando essas condies, vemos que so as mesmas que so impostas ao discpulo que recebetreinamento espiritual em qualquer Ashram da Hierarquia. E se acrescentarmos a essas quatro condiesimprescindveis os quatro requisitos bsicos descritos nas pginas anteriores, teremos uma idia muitoclara do equipamento psicolgico com o qual deveremos trabalhar como discpulos espirituais e comoMagos conscientes. De certo ngulo de viso, as quatro condies exigidas e os quatro requisitos bsicosimpostos pela lei mgica vm a ser, para o aprendiz de Mago branco, o que o ctuplo Caminho do meiorepresenta no budismo esotrico. Analisemos agora, mais concreta e detalhadamente, as quatro condiesexpostas como garantia da efetividade mgica:

    a. Possuir uma personalidade perfeitamente coordenada pressupe o correto controle do Mago sobre ostrs veculos de expresso pessoal, mental, astral e fsico, o qual nos leva de novo ao reconhecimento doconceito intermolecular que atribumos a toda substncia e a toda forma, levando em conta que cada um[p59] dos trs corpos ou veculos formado por uma enorme quantidade de tomos e compostosmoleculares, mantidos em coerncia como conjuntos atmicos atravs do poder aglutinante de umaentidade dvica, designada ocultamente como "Elemental construtor", cuja atividade e desenvolvimentodependem da evoluo alcanada pelo eu espiritual que utiliza esses trs invlucros ou corpos.

    O Elemental construtor, seja fsico, astral ou mental, possui o segredo da Voz com a qual mantmcoerentemente todo o seu equipamento molecular, formado por uma incrvel quantidade de unidadesdvicas menores. H, portanto, trs Elementais construtores sobre os quais tem que exercer controle para

    facilitar o nobre exerccio da Magia. So os trs Servidores da alma aos quais os tratados sobre ocultismofazem referncia. A necessidade de mant-los sob controle, por parte da alma ou da personalidade humananos trs mundos, se faz imprescindvel porquanto cada um desses trs Elementais construtores segue asua prpria tendncia e inclinaes naturais, gravitando logicamente em direo ao oceano de substnciaelemental da qual procede e se alimenta. Assim, quando esotericamente ou em termos de Magia falamosde controle como base de integrao ou de coordenao dos veculos da alma, referimo-nos, obviamente,ao domnio que o Mago tem que exercer sobre os trs Elementais que constituem os seus veculos deexpresso nos trs mundos. Um controle triplo que, examinando judiciosamente, deve comear pela mentedo Mago, como central diretora de todas as atividades conscientes da personalidade psicolgica, e emseguida sobre o veculo emocional, o mais poderosamente organizado de quantos que constituem oequipamento triplo de manifestao molecular. A substncia astral a mais poderosa e influente devido acertas razes solares, cujo segredo se acha na expresso krmica de segundo Raio de Amor-Sabedoria,incidindo [p60] principalmente, no que se refere humanidade planetria, no sexto plano solar, o plano

    astral do sistema, potentemente qualificado pelas energias de sexto Raio, cuja Nota mgica revela oesprito de DEVOO Obra do Criador, vida da Natureza e vida dos homens.

    Controlar o corpo emocional constitui, portanto, o principal objetivo do Mago e pressupe a tarefapreliminar de concentrao e de meditao efetuada atravs do corpo mental que, logicamente, constituiro ponto de partida da meditao, do controle e da disciplina por parte do Mago, ou seja, o rduo epersistente trabalho de governar e dirigir corretamente as atividades naturais do Elemental construtor damente, com o natural desdobramento das energias superiores que tornaro radioativas a multiplicidade devidas atmicas e elementos celulares, que constituem o corpo mental.

    Se o Mago segue o caminho do Bem, as energias que o assistiro em seu nobre empenho coordenadorlhe sero facilitadas ou transmitidas do plano causal pelo Anjo solar de sua vida. Essas energias solaresdignificaro os compostos moleculares do seu equipamento mental, os impregnaro de luz e usando um

    termo altamente cientfico de nossos tempos os tornaro "radioativos". Essa radioatividade atmica, ouradiao molecular, sempre indicar que se obteve xito no trabalho mgico de dignificar a obra do

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    Elemental construtor do corpo mental, e que se alcanou o ponto requerido de integrao ou coordenaoentre a mente e o crebro.

    Utilizando a luz que irradia dos compostos moleculares resgatados do corpo mental, o Mago, ento,precipitar essas energias radiantes sobre o Elemental construtor do corpo astral, fundindo-as com as vidasatmicas que o constituem e reorientando-as para a integrao molecular, o que lhes permitir vencer astendncias instintivas ou inatas da substncia densa do corpo astral, e tornarem-se, por sua vez,radioativas. [p61] Em todos os casos, a radioatividade um dos grandes fenmenos mgicos quedeveremos considerar em nossas investigaes sobre a Magia Organizada Planetria.

    A fuso da luz mental com a luz que arde misteriosamente em cada tomo de substncia astralproduzir uma dupla radiao que, atravs do corpo etrico, afetar o corpo fsico denso, o qual, operandode acordo com a lei evolutiva solar, se converter em um receptor automtico das energias que provm dosnveis astral e mental e, de acordo com essas, tornar tambm radioativas todas as clulas que compemos diferentes rgos do corpo fsico. Essa fase de irradiao fsica atravs do corpo denso se denominamisticamente "processo de redeno da matria". Ao longo desse processo, o Elemental construtor docorpo fsico denso ir integrando todos os seus elementos atmicos conforme a nova Nota mgicafornecida por seus dois irmos, os Elementais construtores dos corpos astral e mental, e o clarividentetreinado poder observar ento o "Triplo Clice Radiante, o SANTO GRAAL que conter o Verbo causal deRevelao.

    Vemos, pois, que a coordenao ou integrao do triplo veculo da Personalidade humana, ou alma emencarnao nos trs mundos, o resultado da fuso harmoniosa dos trs Elementais construtores doscorpos fsico, astral e mental que, atravs de um veculo etrico puro e radiante, sintonizaram suas Notasparticulares ou sons vibratrios com a NOTA causal da Alma solar, o Eu superior. Esse processo deintegrao ou coordenao, cujo resultado final a fuso das trs energias, ou dos trs fogos de BRAHMAcom o Fogo solar de VISHNU da qual o Anjo solar em seu prprio plano uma perfeita expresso podeser definido, de acordo com a escala de sons criadores da Natureza, da seguinte maneira: [p62]

    SOM EXPRESSOOM. A Alma em seu prprio plano

    A. O Elemental construtor do corpo mentalU. A personalidade O Elemental construtor do corpo astralM. (A alma em encarnao) O Elemental construtor do corpo fsico

    A alma em encarnao, que no caso em anlise o discpulo espiritual ou aprendiz de Mago, h que termuito presente essa analogia de seus corpos com a Nota tripla AUM, e a de suas aspiraes mais elevadascom a Nota espiritual OM, de que tanto tm falado os estudos esotricos como o Som mediador entre aPersonalidade humana nos trs mundos e a Mnada espiritual nos nveis mais elevados do sistema. Mais

    adiante, medida que vai recebendo as sucessivas Iniciaes planetrias, o discpulo espiritual vai sefazendo cada vez mais consciente da Nota essencial da Criao, a Nota de SHIVA, cuja vibrao ou soms audvel para os grandes Iniciados, e poder, em virtude dessa Nota, ter um absoluto controle mgicosobre o completo equipamento de expresso de Seu Esprito imortal, sobre a Alma em seu prprio plano, overdadeiro Anjo da Presena, e sobre a conscincia integrante dos trs veculos ou Elementais construtoresque chamamos Personalidade humana, ou alma em encarnao nos trs mundos.

    b. O Mago tem que vencer o sentimento de separatividade. A pergunta que nos vir de imediato : qual a causa da separatividade humana? Falando muito cientificamente, poderamos dizer que a falta deintegrao espiritual ou de coordenao inteligente entre os trs veculos com os quais se expressa o eupessoal ou alma em encarnao. Isso poder parecer um tpico reiterativo do que acabamos de dizerquanto coordenao da [p63] personalidade humana atravs da mente, do corpo emocional e do corpofsico. Mas h que considerar que cada um dos trs Elementais construtores possui um tipo particular deconscincia que poderamos definir como "conscincia molecular", a qual determina um sentido muito

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    Magia Organizada Planetria

    egosta se podemos dizer assim dentro do campo particularizado, por meio do qual se manifesta, e queconstitui um "crculo-no-se-passa" muito definido de todas as suas atividades. Quando essa conscinciamolecular particularizada muito potente e agressiva, o eu humano no suficientemente preenchido deideais espirituais sofre essa influncia particularizada aceitando-a como prpria e, em virtude disso, sesente isolado do complexo social que o rodeia, sofre uma verdadeira crise de valores psicolgicos e setorna, assim como os Elementais construtores de seus corpos expressivos, muito egosta e separativo emrelao aos demais.

    As causas da separatividade vm impostas por duas condies. A primeira krmica e revela o grau dedependncia da alma em relao aos seus veculos. A segunda obedece lei dos prprios veculos, osquais seguem fatalmente a lei imposta pelo princpio de gravitao para a substncia da qual provm e sealimentam, sentindo-se enormemente atradas para a mesma, seguindo uma linha natural de menorresistncia.

    Cada um dos Elementais construtores dos corpos mental, astral ou fsico vive, assim, desligado um dooutro e segue seu prprio caminho, o que marca o oceano de substncia de onde tenha extrado todos osseus compostos atmicos constituintes. Se o eu espiritual que se expressa por meio desses trs Elementaisno est muito evoludo, ele se sentir como parte integrante de seus corpos de expresso e no havernele sentimento algum de personalidade criadora. Sua lei, seu propsito e todas as suas atividades sociaise individuais viro marcadas por impulsos separativos e refletiro somente "o que querem seus corpos",mas no as intenes da sua alma superior... Teremos ento a [p64] personalidade comum, egosta eseparativa que majoritariamente se expressa nos ambientes sociais do mundo e que constitui umverdadeiro recipiente de "substncia anti-social", tecnicamente descrita.

    Cada um dos vecu