Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf ·...

56
Magazine Edição n.º 4 | Outubro 2016 GRANDE REPORTAGEM Reprocessamento de Material de Empréstimo ENTREVISTA José Carlos Caiado Diretor Clínico e Vogal da Comissão Executiva dos SAMS PICS OPINIÃO Reprocessamento de endoscópios A esterilização como um eficaz método de prevenção PARCERIA Cordeiro Saúde Uma parceria para o Crescimento REPORTAGEM Biodescontaminação Ambiental Caso prático

Transcript of Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf ·...

Page 1: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine

ENTREVISTAAdalberto Campos FernandesPresidente da Comissão Executiva do SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde

REPORTAGEMNa Vanguarda do Reprocessamentode Dispositivos Médicos

OPINIÃOGermano CoutoBastonário da Ordem dos Enfermeiros

BOAS PRÁTICASBiossegurança em Implantologia Gabriela Luís, Médica Dentista

Edição n.º 1 | Novembro 2014

Magaz ine Edição n.º 4 | Outubro 2016

GRANDE REPORTAGEMReprocessamento de Material de Empréstimo

ENTREVISTAJosé Carlos CaiadoDiretor Clínico e Vogal da Comissão Executiva dos SAMS PICS

OPINIÃOReprocessamento de endoscópios A esterilização como um eficaz método de prevenção

PARCERIACordeiro SaúdeUma parceria para o Crescimento

REPORTAGEMBiodescontaminação AmbientalCaso prático

Page 2: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

DESTINATÁRIOS

Esta ação de formação é dirigida a todos os pro fissionais de saúde que, direta ou indiretamente, se encontrem envolvidos na preparação e ma nuseamento de dispositivos médicos em blocos operatórios, clinicas e/ ou laboratórios, nomeada mente: Enfermeiros, Assistentes Operacionais, Técnicos e Assistentes de Medicina Dentária, Auxiliares de Ação Médica, Técnicos de Labora tório, entre outros.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Sensibilizar os participantes para a prática de uma correta política de Segurança, Higiene e Preven ção dos riscos de infeção hospitalar e necessidade de utilização de material esterilizado em am biente hospitalar.

• Identificar fatores que contribuam para o contro lo da infeção hospitalar, regras e procedimentos de segurança e eficiência na condução e manutenção dos equipamentos de esterilização.

• Garantir as técnicas e os procedimentos corretos para o manuseamento e transporte de material, a limpeza, desinfeção, embalagem, esterilização, armazenamento, controlo de qualidade e distribui ção dos dispositivos médicos.

• Permitir a aquisição de conhecimentos que con tribuam para as boas práticas na prestação de cui dados de saúde.

PROGRAMA GERAL

• Classificação de dispositivos médicos • Triagem de dispositivos médicos • Dispositivos médicos reprocessáveis • Circuitos de dispositivos médicos • Conceção e estrutura física de um serviço de esterilização:

áreas, organização do es paço e equipamento• Unidades de descontaminação de disposi tivos médicos

1. Recolha: Transporte e rastreabilidade 2. Descontaminação: princípios de limpeza; processos de

lavagem; seleção de deter gentes e desinfetantes3. Inspeção e Embalagem: requisitos de preparação e

embalagens: inspeção; téc nicas de montagem; testes de funciona lidade dos materiais a reprocessar; crité rios e métodos de embalamento

4. Esterilização: métodos de esterilização 5. Expedição: Controlo de qualidade; proce dimentos de

validação e registo

Inscrições Abertas!

Curso de Reprocessamento de Dispositivos Médicos

t: 211 324 129 | f : 211 324 194 | e-mail: [email protected] | www.CENES.pt

DATA: Abril 2017

DURAÇÃO: 32 horas

HORÁRIO: 9h00m-13h00m

14h00m-18h00m

LOCAL: CENES

Azinhaga dos Barros, nº8 B, 1600-016 Lisboa

Page 3: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

SUMÁRIO | CENES Magaz ine

FICHA TÉCNICA

Magazine CENES

A Magazine CENES é um suporte de distribuição

gratuita, dirigida a clientes e parceiros.

Os conteúdos visam proporcionar ao público-alvo

uma leitura focada nas atividades do CENES e nos

valores que o norteiam, incluindo também con-

teúdo editorial nacional e internacional relevante

para o setor: entrevistas, reportagens, artigos de

opinião, ciência, tecnologia e saúde.

Propriedade

CENES, Centro de Reprocessamento

de Dispositivos Médicos, Lda.

Sede

Azinhaga dos Barros, nº8 B, 1600-016 Lisboa

Tel. +351 211 324 129 | [email protected]

Coordenação e Gestão Integrada de Conteúdos

Green Media – Agência de Comunicação

R. D. João V, n.º 17, 1º Esq.

1250-089 Lisboa

Tel. +351 214 120 868 | [email protected]

Tiragem

6.000 Exemplares

Depósito Legal

383627/14

Isento de registo no ICS nos termos do n.º 1, alínea

a, do artigo 12º do Decreto Regulamentar nº 8/99

de 9 de Junho de 1999

A Magazine CENES está disponível online em:

www.CENES.pt

3 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

QR Code

04 | Destaques

05 | Editorial

06 | Notícias

08 | Agenda

09 | Entrevista - Dr. José Carlos Caiado

12 | Grande Reportagem - Reprocessamento de Material de Empréstimo I

16 | Opinião - A Evolução na Embalagem das Caixas de Empréstimo

18 | Sistemas de Informação - O contributo dos sistemas de informação para a missão das unidades de saúde na operação das centrais de reprocessamento de dispositivos médicos - I

23 | Gestão de Infraestrutura e Manutenção - O contributo da Manutenção para a disponibilidade operacional - I

26 | Biodescontaminação Ambiental com peróxido de hidrogénio vaporizado em ambiente cirúrgico

35 | Tradelabor: Monitorização Ambiental

36 | Entrevista Prof. Dr. Carlos Robalo

37 | Entrevista Dr.ª Ana Oliveira

38 | Reprocessamento de Endoscópios

47 | Sistemas de Esterilização a Baixa Temperatura

52 | Parceria

Page 4: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

38 52

12 1809

09 | Entrevista a José Carlos CaiadoNesta edição damos a conhecer a opinião do Dr. José Carlos Caiado, Diretor Clínico e Vogal da Comissão Executiva dos SAMS

12 | Grande Reportagem sobre o Reprocessamento de Material de EmpréstimoPara dar a conhecer os atuais desafios nos Serviços de Esterilização Centralizada (SEC), conversámos com a Enfermeira Chefe e Responsável Técnica no CENES, Enf.ª Flora Carvalho e o Coordenador Operacional no CENES, Hélio Crespo

18 | Sistemas de informaçãoPor Nuno Gomes, Gestor de Projectos

38 | Reprocessamento de EndoscópiosDamos a conhecer as melhores práticas de prevenção nos procedimentos endoscópicos

52 | Cordeiro SaúdePara melhor conhecermos os contornos da parceria de sucesso que a Cordeiro Saúde realizou com o CENES, entrevistámos a Enf.ª Carolina Madaleno, Enfermeira Chefe da Unidade de Cirurgia de Ambulatório

CENES | DESTAQUESMagaz ine

4 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Page 5: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

EDITORIAL | CENES Magaz ine

5 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

esta quarta edição, apresentamos uma coletânea de novidades que se revelam autênticas conquistas na área da Saúde:

projetos-pilotos a estudos premiados com assina-tura portuguesa, que motivam o orgulho nacional e que nos incentivam a manter a procura pela ex-celência.

O mercado atual está repleto de exigências que pretendem ir ao encontro de práticas que melho-rem substancialmente a qualidade dos processos associados à Saúde dos utentes. A inovação orga-nizacional responde a essas necessidades, sendo imperativo manter firme a luta pela descoberta de mais e melhor e, desta forma, acreditarmos que nos encontramos na linha da frente dessa procura.

A inovação organizacional aliada à melhoria dos processos, contribui para o alinhamento do repro-cessamento de dispositivos médicos com a pres-tação integrada de cuidados de saúde, numa com-binação perfeita em prol da segurança e conforto do doente.

O bem-estar do doente deve resultar de uma am-pla cadeia de serviços e para o CENES, um elo crí-tico nessa cadeia, é essencial o reconhecimento da prestação de um serviço de excelência. No entanto, e ainda assim, pretendemos ir mais além na nossa estratégia. É objectivo do CENES ser uma referência para todas as Unidades de Saúde no que respeita ao reprocessamento de dispositivos médicos, poten-ciando a prestação integrada de cuidados de saúde como um dever, para além de um direito.

Hoje já ultrapassámos os 3 milhões de dispositivos médicos reprocessados, um número que partilha-mos consigo e que pretendemos que continue a aumentar por forma a consolidar a nossa visão e missão, que, em conjunto com os nossos valores pautam a nossa atuação nestes 3 anos de existên-cia: integridade, transparência, inovação, seguran-ça e resiliência.

N

“Hoje já ultrapassámos mais de 3 milhões de dispositivos médicos reprocessados, um número que partilhamos consigo e que pretendemos que continue a subir para consolidar a nossa visão e missão”

Pedro RodriguesDireção-Geral

Page 6: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

CENES | NOTÍCIASMagaz ine

6 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

A abertura da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Abrantes, vai permitir uma redução de cerca de 40% do número de utentes sem médico atribuído, que corresponderá a cerca de 4.500 utentes da região.

A Câmara de Abrantes fez um investimento de um milhão e cinquenta mil euros no novo equipamento de saúde, no centro da cidade, que vem substituir o antigo centro de saúde, a funcionar dentro do hospital de Abrantes, em instalações cedidas pelo Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT).

O projeto pretende facilitar o acesso dos uten-tes a cuidados de saúde oral, medida que levará médicos dentistas aos centros de saúde abran-gidos. Com esta iniciativa, que vai abranger, por enquanto, dois centros de saúde no Alentejo (Portel e Montemor-o-Novo) e onze na zona de Lisboa, o Ministério da Saúde vai afetar profis-sionais de saúde oral àquelas unidades de cui-dados de saúde primários. A escolha dos locais regeu-se por dois critérios: centros de saúde que já possuíssem condições físicas próprias para o fim, de forma à experiência ser iniciada o mais rapidamente, e locais onde não houvesse tanta oferta de cuidados de saúde.

O Hospital Lusíadas no Porto realizou, pela primeira vez em Portugal, um implante auditivo bilateral invi-sível externamente num doente com surdez neuro-sensorial moderada bilateral.

“O implante é feito aos dois ouvidos em simultâneo e, ao contrário das próteses convencionais, não fica nada à vista. Esta é uma cirurgia muito minuciosa que demora aproximadamente seis horas mas de muito baixo risco, com um pós-operatório sem dor que per-mite ao doente, no dia seguinte, já estar em casa e a ouvir dos dois ouvidos”. O facto de ser realizada bilateralmente faz com o que o doente mantenha a estereofonia, bem como a noção espacial e o equi-

líbrio. Quando a cirurgia é feita num só ouvido é comum o doente expe-rienciar um desequilíbrio a que o cérebro tem de se adaptar”, esclarece o otorrinolaringologista.

O aparelho implantado é composto por um micro-fone que capta o som, um processador de som e um transdutor que conduz o som para os pequenos ossos da audição vibrando-os de forma semelhante ao processamento normal da audição. O implante é realizado por baixo da pele, o que o torna invisível.

Unidade de Saúde Familiar de Abrantes vai reduzir em 40% número de utentes sem médico

Projeto-piloto de saúde oral arranca em 13 centros de saúde em Lisboa e no Alentejo

Primeiro implante auditivo bilateral invisível aplicado em Portugal

Page 7: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

NOTÍCIAS | CENES Magaz ine

7 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Os Investigadores da Universi-dade de Trás-os-Montes e Alto Douro desenvolveram uma pla taforma eletrónica para dar apoio à prescrição de exercí-cio físico para doentes com diabetes.

A plataforma foi desenvolvida no âmbito do projeto “Diabetes

em Movimento” que está a ser implementado em Vila Real e que tem como objetivo comba-ter o sedentarismo, promoven-do o exercício físico, e auxiliar os profissionais de saúde, espe-cialmente dos cuidados de saú-de primários, na promoção de estratégias de exercício físico de baixo custo e elevada aplica-

bilidade, adaptadas às principais características e doenças desta população.

O programa “Diabetes em mo-vimento” foi lançado em 2014 e junta médicos, enfermeiros e investigadores do Centro Hos-pitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e da faculdade.

O Prémio Grünenthal/ASTOR 2016 foi atribuído a uma equipa de médicos da Unidade de Dor do Cen-tro Hospitalar do Porto, por um caso clínico sobre a doença de Buerger e a uma equipa de médicos da Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Cascais pelo estudo sobre a dor aguda e incidência de dor crónica pós-alta. A doença de Buerger é uma doença inflamatória das veias e artérias de pequeno e médio calibre que se apresenta com isquemia dos pés e das mãos, e tem maior prevalência no género masculino e em fumadores.

O estudo feito pela equipa do Porto passava pelo acompanhamento de uma doente de 60 anos, com antecedentes de tabagismo e seguimento em con-sulta de cirurgia vascular por úlceras digitais e dor nas mãos com 14 meses de evolução que foi poste-riormente referenciada para a unidade de dor cróni-ca. Após a colocação de um estimulador elétrico me-dular a doente reportou ausência de dor e melhoria das úlceras digitais, tendo sido iniciada redução da terapêutica analgésica. Em Cascais, o estudo basea-va-se em avaliar a dor aguda durante o internamento em Unidade de Cuidados Intensivos e investigar a in-

cidência e impacto da dor crónica nos doentes após alta. Para essa investigação foi realizado um estudo retrospectivo da dor durante o internamento, através da análise de várias escalas de dor e a avaliação da dor crónica, e de entrevista telefónica nos doentes com 6 a 12 meses pós-alta. O Prémio Grünenthal/ASTOR destina-se a galardoar trabalhos originais em língua portuguesa sobre aspetos de investigação clí-nica no âmbito do tratamento da dor, ou descrição de casos clínicos, da autoria de profissionais de saúde e apresentados sob a forma de comunicação oral.

Este prémio foi entregue no Convénio da ASTOR (Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor) que teve como objetivo criar um espaço de informação, debate e discussão de ideias e pro-postas de melhoria no âmbito do diagnóstico e tra-tamento da dor crónica e aguda e da dor no doente oncológico.

Plataforma eletrónica vai apoiar prescrição de exercício físico para doentes com diabetes

Médicos portugueses distinguidos por estudos na área da dor

Page 8: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

CENES | AGENDAMagaz ine

8 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

A cidade de Berlim, na Alemanha, sediará o Con-gresso Anual da Federação para Hospitais de Ci-ências de Esterilização (WFHSS). O 18º Congresso Mundial de Esterilização irá realizar-se de 4 a 7 de outubro de 2017.

O objetivo do congresso será assegurar que os pro-fissionais e os parceiros, de todos os continentes, tenham a oportunidade de trocar os seus conheci-mentos e experiências a nível mundial.

Esta é uma ocasião para compartilhar conhecimen-to e tecnologia baseado nas melhores práticas, padronização e inovação de conceitos-chave. Para além disso, existe o objetivo comum e prioridade: o reprocessamento de dispositivos médicos reutilizá-veis (RMD) realizados com eficiência e segurança.

http://www.wfhssbonn2017.com/

A próxima edição do Congresso Português da Car-diologia realizar-se-á entre os dias 22 e 25 de Abril de 2017, em Albufeira, no Palácio de Congressos do Algarve.

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia é a enti-dade responsável pela organização do evento que tem como lema “Olhar o Coração – Conhecimento, Inovação e Arte.

http://www.cpc2017.com/

SEMANA DIGESTIVAO Prof. Dr. Rui Tato Martinho anunciou a Semana Di-gestiva 2017, que se vai realizar de 7 a 10 de Junho, na Herdade dos Salgados, no Algarve.

Entre gastrenterologistas, enfermeiros e médicos de outras especialidades, o Presidente da Comissão Organizadora da próxima Semana Digestiva espera acolher “mais de 600 pessoas” no evento.

Referiu ainda que “a gastrenterologia é uma especia-lidade das mais importantes, pois tem três doenças nas principais causas de mortalidade como o cancro do estômago, o cancro do cólon e as doenças do fígado, para além de tratar de outras doenças que afectam milhares de pessoas como a obstipação, doença de refluxo e o intestino irritável”.

18TH WORLD STERILIZATION CONGRESSBERLIM, ALEMANHA4 A 7 DE OUTUBRO DE 2017

CONGRESSO PORTUGUÊSDE CARDIOLOGIA

5º CONGRESSO GLOBAL DE INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA EM SAÚDEO 5º Congresso Global de Investigação Qualitativa em Saúde terá lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, nos dias 8 e 9 de maio.

A organização da iniciativa estará a cargo da Associação Portuguesa de Enfermeiros, sendo que o Congresso terá como tema a “Investigação qualitativa em saúde. Uma força para a mudança!”.

http://www.apenfermeiros.pt/evento/5o-congresso-global-inves-tigacao-qualitativa-saude/

14ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEMA 14ª edição da Conferência Internacional de Inves-tigação em Enfermagem vai realizar-se entre os dias 12 a 14 de Maio de 2017, na Fundação Calouste Gul-benkian, em Lisboa.

A conferência terá como tema “A translação do conhe-cimento de enfermagem: Uma força para a mudança na prática clínica!”, e será organizada pela Associação Portuguesa de Enfermeiros.http://www.apenfermeiros.pt/evento/14a-conferencia-interna-cional-investigacao-enfermagem/

Page 9: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

9 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

ENTREVISTA | CENES Magaz ine

sua experiência na área da saúde teve iní-cio em 2003, no Ministério da Saúde, com um projeto na Unidade de Missão para

acompanhar trinta e uma unidades hospitalares transformados em empresas, os hospitais SA. A estas instituições foi conferida a mesma gestão existente nos hospitais privados no sentido de

tentar garantir que tivessem o mesmo desempe-nho que estes.

Executou funções na administração do IGIV e mais tarde na ACSS - Administração Central de Sistemas de Saúde que surgiu da empresa IGIV. Em 2008 é convidado a integrar a equipa da nova ordem jurídi-

Diretor Clínico e Vogal na Comissão Executiva dos SAMS

Dr. José Carlos Caiado é formado em Gestão de Empresas e nos últimos anos tem vindo a desempenhar um papel docente da Universidade Nova de Lisboa. Integra de momento a comissão executiva do SAMS e soma mais de 10 anos de experiência na área, resultado da sua passagem por diversos hospitais de Lisboa e instituições ligadas à gestão de unidades de saúde.

Dr. José Carlos Caiado

A

Page 10: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

10 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

CENES | ENTREVISTA Magaz ine

ca do Hospital Amadora-Sintra quando a unidade, que entrara em regime de parceria público/privada gerida pelo grupo José de Mello, integrou o sec-tor empresarial do Estado português. Entre 2010 e 2012 passou pelo Hospital Santa Maria, sendo a sua última intervenção em unidades de saúde do setor público.

José Carlos Caiado ingressou na comissão executiva do SAMS em fevereiro de 2013 constituída“para le-var à organização um cunho mais empresarial à per-ceção integrada dos cuidados de saúde do SAMS”, incorporando a equipa do Dr. Adalberto Campos Fer-nandes e Dr. Faustino Ferreira até ao momento.

Questionado sobre quais as maiores fragilidades na gestão de um hospital, Dr. Caiado responde que, numa primeira instância: “é imprescindível haver um foco em quatro grandes componentes ao lon-go do ciclo de gestão de qualquer unidade: planear; contratualizar os serviços externamente, definir or-çamentos e planos de atividades anuais; deter a ca-pacidade de conseguir contratualizar internamente também esses objetivos com cada serviço que inte-gra também a instituição e por fim, ter um proces-so integrado de acompanhamento, monitorização e avaliação, que deve ser permanente e recorrente, permitindo identificar atempadamente os desvios e implementar planos de ação para corrigi-los.” Na área da saúde, em concreto, refere que “torna-se mais complexo uma vez que o planeamento tem re-correntemente condições externas muito imprevi-síveis e nesta área existem organizações altamente complexas, como é o caso de um hospital central que possui mais de sessenta serviços e aos quais os nossos clientes recorrem num momento frágil das suas vidas, e a nossa linha de atuação tem de ter em conta este fator.”

Nos últimos três anos o Serviços de Assistência Médico Social (SAMS), enfrentou um grande desa-fio em prol de alternativas de financiamento para a instituição. Alargar a sua carteira de clientes e deixar de prestar serviços apenas aos seus benefi ciários foi a meta a atingir. Assim, qualquer utente passou a usufruir dos serviços da unidade hospitalar, uma atu-ação que o Dr. Caiado assume como “fundamental para a sustentabilidade do SAMS a médio e longo prazo”. Neste sentido, o plano estratégico traçado garantia o aumento do número de utentes não be-neficiários – no final de 2015 esse número já repre-

sentava mais de 25% - mas também garantir que a instituição caminhava numa trajetória de melhoria do desempenho no que refere a eficiência operacio-nal, para isso, foram feitas parcerias de otimização dos processos de controlo interno. Um dos objetivos desse plano passava também por melhorar o aces-so dos utentes e dos beneficiários às instalações do SAMS com a implementação de um centro espe-cializado de contactos que permite mais rapidez na marcação de consultas, complementado com uma plataforma online para o efeito. Por fim, uma forte aposta na melhoria das condições de trabalho, com investimentos em equipamentos médicos especia-lizados e renovação do corpo clínico com profissio-nais de renome que permitam uma rápida resposta às necessidades de quem procura os serviços das unidades que integram o SAMS.

“Quanto mais trabalharmos nesta área maior será o nosso contributo para reduzir essa percentagem ainda muito elevada. A nível nacional, o SAMS encontra-se entre os hospitais com a menor taxa de infeções hospitalares. Queremos continuar a melhorar, motivo pelo qual esta parceria com o CENES fez todo o sentido.”

Quando é pedido ao Dr. Caiado que avalie o mer-cado do reprocessamento de dispositivos médicos em Portugal, este responde que da sua experiência “esta é uma oportunidade única para que um projeto como este que foi iniciado pelo SAMS possa ter sucesso porque é fundamental que haja um volu-me significativo para que seja possível diluir custos em termos desta componente de esterilização e re-processamento de material de consumo clínico. O SAMS tem a capacidade de possuir esse volume de atividade necessário, e se conseguir agregar várias instituições neste projeto, conseguirá diluir os seus custos fixos iniciais de investimento e poderá ser um parceiro importante para várias instituições.”

Atualmente em Portugal existe uma percentagem elevada (10,5%) de infeções hospitalares, valores demasiado altos para o Dr. Caiado, números que

Page 11: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

11 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

ENTREVISTA | CENES Magaz ine

advêm não só, mas também, das atuais condições de esterilização e reprocessamento dos dispositi-vos, especialmente nos hospitais públicos. Vários fatores comprovam que uma parceria com uma so-lução em outsourcing, neste caso, o CENES, é uma mais-valia em termos financeiros, opinião partilha-da pelo Dr. José Caiado“esta seria uma boa forma de garantir que, não só os hospitais públicos, como também as clínicas de pequena dimensão, teriam o melhor equipamento à sua disposição, com pro-cedimentos de controlo interno instituídos a nível europeu e que o CENES já implementou em Portu-gal. Uma solução que garantia as melhores práticas médicas, sem necessidade de investimento.” Os profissionais de saúde são constantemente sensibilizados para as boas práticas da esteriliza-ção e reprocessamento de dispositivos médicos “uma vez que são quem está mais próximo dos utentes e sabem que uma boa política de esterili-zação e limpeza dos materiais usados é fundamen-tal para prestarem um serviço de qualidade que permite trabalhar com toda a segurança, resultan-do num impacto muito significativo na melhoria do estado de saúde dos doentes.”

“Uma vez que são quem está mais próximo dos utentes e sabem que uma boa política de esterilização e limpeza dos materiais usados é fundamental para prestarem um serviço de qualidade”

Após 2 anos em parceria com o CENES, Dr. Caia-do confirma os benefícios para o SAMS: “A nossa atividade aumentou significativamente, realizámos mais de 11 mil cirurgias por ano, nas nossas unida-des hospitalares. Não havia nem o espaço, nem o equipamento necessário para fazer este reproces-samento. Conseguimos prestar um serviço aos nos-sos utentes com a certeza de que o equipamento está nas melhores condições e é de boa qualidade, garantindo o controlo das infeções hospitalares” assegurando por fim que, “acreditamos que este é um investimento, não só com retorno financeiro, mas que trará também notoriedade. Esta parceria revelou-se uma segurança para os profissionais de saúde e para todos os nossos utentes.”

PERFIL Dr. José Carlos Caiado

Atualmente é Vogal da Comissão Executiva dos SAMS – Serviço de Assistência Médica e Social, cargo que ocupa desde 2003.

Desde 2011 é professor auxiliar convidado da NOVA IMS Information Management School.

Desempenhou funções enquanto Coordenador da Pós Graduação em Gestão de Informação e Business Intelligence na Saúde, Nova – IMS.

Ocupou o cargo de Vogal Executivo do Con-selho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE; do Hospital Fernando da Fonseca, EPE; do Conselho Diretivo ACSS - Administração Central do Sistema de Saúde e do IGIF - Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde.

Doutorando em Estatística e Gestão de Infor-mação.

Page 12: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

12 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

O reprocessamento de conjuntos, cedidos em regime de empréstimo às unidades de saúde, constitui, atualmente, um dos maiores desafios nos Serviços de Esterilização Centralizada (SEC). Este regime é habitualmente conhecido por “material à consignação” ou, simplesmente, “consignados”.

Reprocessamento de Material de Empréstimo - I

comum as unidades de saúde públicas ou privadas solicitarem, por rotina, aos distri-buidores por grosso, conjuntos específi-

cos de instrumentos cirúrgicos para determinada especialidade, com contra consumo de implantes ou outros.

Esta necessidade das unidades de saúde resulta de um conjunto diverso de fatores:

o avanço tecnológico constante, quer das técni-cas cirúrgicas, quer dos dispositivos médicos, so-bretudo nas especialidades de ortopedia, plástica e neurocirurgia;

a impossibilidade das unidades de saúde apresen-tarem um inventário capaz e suficiente para fazer face às necessidades cirúrgicas; os procedimentos cirúrgicos realizados com baixa-frequência ou, por oposição, programas operatórios

É

Magaz ine

CENES | GRANDE REPORTAGEM

Page 13: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

13 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

com várias intervenções agendados para o mes mo dia, sem que a instituição possua o número de con-juntos necessários para a sua execução; o constrangimento financeiro que, entre outras con-sequências, tornam incomportáveis a aquisição dos conjuntos, em definitivo, devido aos custos eleva-dos desse material cirúrgico.

Esta prática, que apresenta claros benefícios, preo-cupa, porém, cada vez mais os profissionais de saúde, porque apresenta riscos potenciais para os doentes e para si mesmos, atendendo que os hospitais assumem a responsabilidade ética de as-segurar que todos os conjuntos de instrumentais estejam isentos de contaminação, seguros para a sua utilização, cumprindo os princípios inerentes à segurança do doente com o firme propósito de contribuir para a prevenção das infeções associa-das aos cuidados de saúde.

COMPETÊNCIAS E REALIDADES

Por forma a atingir-se o desejado nível de coor-denação, é necessária a definição clara de com-petências a cada uma das partes intervenientes neste circuito.

Antes de mais, é da responsabilidade exclusiva dos SEC das unidades de saúde o reprocessamento de todos os instrumentos cirúrgicos de uso múltiplo, aplicando as suas melhores práticas no reprocessa-mento, de modo a minimizar os potenciais riscos de infecção. Esta competência decorre do conjunto de requisitos e características que, segundo as normas, legislação e boas práticas, os SEC devem apresen-tar ao nível de conhecimentos e experiências, assim como, dos equipamentos, infra-estruturas e recur-sos humanos disponíveis.

O empréstimo de instrumentos cirúrgicos apresen-ta, contudo, constantes desafios aos SEC devido, essencialmente, à interferência com o funcionamen-to e dinâmica de trabalho dos mesmos. O planea-mento e coordenação entre cirurgiões, bloco ope-ratório (BO), SEC e as empresas fornecedoras dos instrumentais apresenta-se assim como sendo de extrema importância para que os SEC possam ga-rantir o reprocessamento destes instrumentais de forma segura e em tempo útil.

Adicionalmente, e em concordância com estes prin-cípios, o material à consignação deve ser entregue

direta e exclusivamente nos SEC, seguindo o fluxo estabelecido para o reprocessamento, ou seja, se-rem rececionados na área de descontaminação para serem sujeitos ao reprocessamento completo. Caso os mesmos sejam entregues no BO, é da respon-sabilidade deste reencaminhá-los imediatamente para o SEC para serem sujeitos ao seu completo e adequado reprocessamento.

Relativamente às empresas, é da sua competên-cia fornecerem instrumental e implantes em bom estado, seguros para manipulação e uso, assim como toda a informação técnica subjacente a to-das as etapas do seu reprocessamento garantindo deste modo a segura e adequada utilização desses dispositivos médicos, considerando o fim a que se destinam. Este fornecimento deverá ser feito até à véspera da data da cirurgia para que se possa proce-der à verificação atempada, em fase da inspeção, de todos os itens e componentes que fazem parte do conjunto cirúrgico relativamente à sua integridade/alteração de estrutura. Caso se verifiquem disposi-tivos não conformes, p.ex. dispositivos de corte e brocas sem integridade do fio de corte, pinos com as pontas dobradas, provas partidas ou fissuradas, ros-cas de encaixe moídas, entre outros, que requeiram a sua substituição por parte das empresas, a entrega atempada dos instrumentais evitará o adiantamento ou, in extremis, o cancelamento desnecessário da intervenção cirúrgica.

Magaz ine

GRANDE REPORTAGEM | CENES

Page 14: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

14 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6Magaz ine

Contudo, é usual verificar-se que as empresas não conseguem disponibilizar atempadamente o instru-mental solicitado por forma a ser reprocessados apropriadamente nos SEC.

Estas situações decorrem, efetivamente, de um nível de solicitação elevado de certos tipos de conjuntos de instrumental cirúrgico. O mesmo resulta também que nem sempre são entregues todas as caixas que per-tencem a esse conjunto porque uma ou outra ainda está a ser utilizada noutra instituição de saúde.

Verificando-se estas situações, o impacto na efi-ciência do reprocessamento e no fluxo de traba-lho do SEC é evidente: dependendo o reproces-samento completo – ou seja, lavagem, inspecção, montagem, lubrificação, embalagem, esterilização e documentação para efeitos de rastreabilidade – de tempo, recursos técnicos e humanos para que sejam cumpridas as normas, recomendações e as boas práticas publicadas, fica todo este processo colocado em causa, reflectindo-se também na efi-cácia do reprocessamento do material residente. Tendo os profissionais do SEC plena consciên-cia sobre a urgência do material, verificam-se, frequente e adicionalmente, pressões de alguns profissionais de saúde (resultantes de alguma ili-teracia na área do reprocessamento) para acele-rar a entrega dos instrumentais no BO, resultan-do deste modo num aumento do nível de stress das equipas do SEC, o que potencia o risco de erros e falhas de ordem vária.

Ex: de 4 de 12 caixas que fazem parte de um conjun-to para revisão da prótese do joelho

É também da responsabilidade das empresas de material disponibilizar os conjuntos cirúrgicos (atra-vés de requisições das instituições), fazerem-se acompanhar das respectivas guias de transporte, memórias descritivas dos conjuntos e instruções de fabricante (IFU).

Observa-se, contudo, que muitos instrumentais emprestados circulam entre instituições com um “certificado de descontaminação”. Apesar de ser uma prática requerida legalmente, este “certifi-cado” apenas serve para efeitos de transporte, não podendo, por isso, ser os instrumentos con-siderados seguros para o processo de esteriliza-ção terminal sendo que somente instrumentais corretamente limpos podem ser esterilizados! A não observação e respeito por este princípio basi-lar do reprocessamento de dispositivos médicos compromete seriamente o bem-estar e segurança do doente. Considerando, ainda assim, que o cer-tificado de descontaminação é seguro e suficien-te, desconhecem, no entanto, se os dispositivos circularam em carrinhas transportadoras com os requisitos e condições necessárias para o trans-porte de instrumentos cirúrgicos limpos e este-rilizados.

FORMAÇÃO

Acrescente-se a isto o risco potencial a que os profissionais do SEC estão expostos devido a um processo de descontaminação desadequado, tornando os dispositivos impróprios para manipu-lação, função essencial desta fase do reproces-samento. Neste campo, é necessário reforçar a formação, com atua lizações frequentes, dos fun-cionários do SEC, por forma a sensibilizar e cons-ciencializar os mesmos para estes factos.

QUESTÕES NORMATIVAS

A única indicação oficial relativamente a esta ques-tão é a Circular Informativa do Infarmed nº 170/CD de 2008 em que, devido à sua natureza jurí-dica, as medidas nela apresentadas não são de carácter legalmente obrigatório, ainda que remeta para a directiva DIR 93/42/CEE, transposta para a legislação nacional pelo Decreto-Lei nº 273/95 (en-tretanto substituído pelo Decreto-Lei 145/2009, que estabelece as regras a que devem obedecer a investigação, o fabrico, a comercialização, a en-trada em serviço, a vigilância e a publicidade dos dispositivos médicos e respectivos acessórios, transpondo a Directiva Europeia 2007/47/CE), esta de carácter obrigatório, referindo também o con-junto de normas a serem observadas durante o reprocessamento de dispositivos médicos de uso múltiplo – como é o caso do material cirúrgico à consignação.

completo. Caso os mesmos sejam entregues no BO, é da responsabilidade deste reencaminhá-los imediatamente para o SEC para serem sujeitos ao seu completo e adequado reprocessamento.

Relativamente às empresas, é da sua competência fornecerem instrumental e implantes em bom es-tado, seguros para manipulação e uso, assim como, toda a informação técnica subjacente a todas as etapas do seu reprocessamento garantindo deste modo a segura e adequada utilização desses dispo-sitivos médicos, considerando o fim a que se destinam. Este fornecimento deverá ser feito até à vés-pera da data da cirurgia para que se possa proceder à verificação atempada, em fase da inspecção, de todos os itens e componentes que fazem parte do conjunto cirúrgico relativamente à sua integri-dade/alteração de estrutura. Caso se verifiquem dispositivos não conformes, p.ex. dispositivos de corte e brocas sem integridade do fio de corte, pinos com as pontas dobradas, provas partidas ou fissuradas, roscas de encaixe moídas, entre outros, que requeiram a sua substituição por parte das empresas, a entrega atempada dos instrumentais evitará o adiantamento ou, in extremis, o cancelamento desne-cessário da intervenção cirurgia.

Contudo, é usual verificar-se que as empresas não conseguem disponibilizar atempadamente o instru-mental solicitado por forma a ser reprocessados apropriadamente nos SEC. Estas situações decorrem, efectivamente, de um nível de solicitação elevado de certos tipos de con-juntos de instrumental cirúrgico. O mesmo resulta que nem sempre são entregues todas as caixas que pertencem a esse conjunto porque uma ou outra ainda estão a ser utilizadas noutra instituição de saúde.

Verificando-se estas situações, o impacto na eficiência do reprocessamento e no fluxo de trabalho do SEC é evidente: dependendo o reprocessamento completo – ou seja, lavagem, inspecção, montagem, lubrificação, embalagem, esterilização e documentação para efeitos de rastreabilidade – de tempo, recursos técnicos e humanos para que sejam cumpridas as normas, recomendações e as boas práticas publicadas, fica todo este processo colocado em causa, reflectindo-se também na eficácia do repro-cessamento do material residente. Tendo os profissionais do SEC plena consciência sobre a urgência do material, verificam-se, frequente e adicionalmente, pressões de alguns profissionais de saúde (resultantes de alguma iliteracia na área do reprocessamento) para acelerar a entrega dos instru-mentais no BO, resultando deste modo num aumento do nível de stress das equipas do SEC, o que potencia o risco de erros e falhas de ordem vária.

Ex: de 4 de 12 caixas que fazem parte de um conjunto para revisão da prótese do joelho

É também da responsabilidade das empresas de material disponibilizar os conjuntos cirúrgicos (através de requisições das instituições), fazerem-se acompanhar das respectivas guias de transporte, memó-rias descritivas dos conjuntos e instruções de fabricante (IFU). Observa-se, contudo, que muitos instrumentais emprestados circulam entre instituições com um “cer-tificado de descontaminação”. Apesar de ser uma prática requerida legalmente, este “certificado” apenas serve para efeitos de transporte, não podendo, por isso, ser os instrumentos considerados seguros para o processo de esterilização terminal sendo que somente instrumentais correctamente

completo. Caso os mesmos sejam entregues no BO, é da responsabilidade deste reencaminhá-los imediatamente para o SEC para serem sujeitos ao seu completo e adequado reprocessamento.

Relativamente às empresas, é da sua competência fornecerem instrumental e implantes em bom es-tado, seguros para manipulação e uso, assim como, toda a informação técnica subjacente a todas as etapas do seu reprocessamento garantindo deste modo a segura e adequada utilização desses dispo-sitivos médicos, considerando o fim a que se destinam. Este fornecimento deverá ser feito até à vés-pera da data da cirurgia para que se possa proceder à verificação atempada, em fase da inspecção, de todos os itens e componentes que fazem parte do conjunto cirúrgico relativamente à sua integri-dade/alteração de estrutura. Caso se verifiquem dispositivos não conformes, p.ex. dispositivos de corte e brocas sem integridade do fio de corte, pinos com as pontas dobradas, provas partidas ou fissuradas, roscas de encaixe moídas, entre outros, que requeiram a sua substituição por parte das empresas, a entrega atempada dos instrumentais evitará o adiantamento ou, in extremis, o cancelamento desne-cessário da intervenção cirurgia.

Contudo, é usual verificar-se que as empresas não conseguem disponibilizar atempadamente o instru-mental solicitado por forma a ser reprocessados apropriadamente nos SEC. Estas situações decorrem, efectivamente, de um nível de solicitação elevado de certos tipos de con-juntos de instrumental cirúrgico. O mesmo resulta que nem sempre são entregues todas as caixas que pertencem a esse conjunto porque uma ou outra ainda estão a ser utilizadas noutra instituição de saúde.

Verificando-se estas situações, o impacto na eficiência do reprocessamento e no fluxo de trabalho do SEC é evidente: dependendo o reprocessamento completo – ou seja, lavagem, inspecção, montagem, lubrificação, embalagem, esterilização e documentação para efeitos de rastreabilidade – de tempo, recursos técnicos e humanos para que sejam cumpridas as normas, recomendações e as boas práticas publicadas, fica todo este processo colocado em causa, reflectindo-se também na eficácia do repro-cessamento do material residente. Tendo os profissionais do SEC plena consciência sobre a urgência do material, verificam-se, frequente e adicionalmente, pressões de alguns profissionais de saúde (resultantes de alguma iliteracia na área do reprocessamento) para acelerar a entrega dos instru-mentais no BO, resultando deste modo num aumento do nível de stress das equipas do SEC, o que potencia o risco de erros e falhas de ordem vária.

Ex: de 4 de 12 caixas que fazem parte de um conjunto para revisão da prótese do joelho

É também da responsabilidade das empresas de material disponibilizar os conjuntos cirúrgicos (através de requisições das instituições), fazerem-se acompanhar das respectivas guias de transporte, memó-rias descritivas dos conjuntos e instruções de fabricante (IFU). Observa-se, contudo, que muitos instrumentais emprestados circulam entre instituições com um “cer-tificado de descontaminação”. Apesar de ser uma prática requerida legalmente, este “certificado” apenas serve para efeitos de transporte, não podendo, por isso, ser os instrumentos considerados seguros para o processo de esterilização terminal sendo que somente instrumentais correctamente

completo. Caso os mesmos sejam entregues no BO, é da responsabilidade deste reencaminhá-los imediatamente para o SEC para serem sujeitos ao seu completo e adequado reprocessamento.

Relativamente às empresas, é da sua competência fornecerem instrumental e implantes em bom es-tado, seguros para manipulação e uso, assim como, toda a informação técnica subjacente a todas as etapas do seu reprocessamento garantindo deste modo a segura e adequada utilização desses dispo-sitivos médicos, considerando o fim a que se destinam. Este fornecimento deverá ser feito até à vés-pera da data da cirurgia para que se possa proceder à verificação atempada, em fase da inspecção, de todos os itens e componentes que fazem parte do conjunto cirúrgico relativamente à sua integri-dade/alteração de estrutura. Caso se verifiquem dispositivos não conformes, p.ex. dispositivos de corte e brocas sem integridade do fio de corte, pinos com as pontas dobradas, provas partidas ou fissuradas, roscas de encaixe moídas, entre outros, que requeiram a sua substituição por parte das empresas, a entrega atempada dos instrumentais evitará o adiantamento ou, in extremis, o cancelamento desne-cessário da intervenção cirurgia.

Contudo, é usual verificar-se que as empresas não conseguem disponibilizar atempadamente o instru-mental solicitado por forma a ser reprocessados apropriadamente nos SEC. Estas situações decorrem, efectivamente, de um nível de solicitação elevado de certos tipos de con-juntos de instrumental cirúrgico. O mesmo resulta que nem sempre são entregues todas as caixas que pertencem a esse conjunto porque uma ou outra ainda estão a ser utilizadas noutra instituição de saúde.

Verificando-se estas situações, o impacto na eficiência do reprocessamento e no fluxo de trabalho do SEC é evidente: dependendo o reprocessamento completo – ou seja, lavagem, inspecção, montagem, lubrificação, embalagem, esterilização e documentação para efeitos de rastreabilidade – de tempo, recursos técnicos e humanos para que sejam cumpridas as normas, recomendações e as boas práticas publicadas, fica todo este processo colocado em causa, reflectindo-se também na eficácia do repro-cessamento do material residente. Tendo os profissionais do SEC plena consciência sobre a urgência do material, verificam-se, frequente e adicionalmente, pressões de alguns profissionais de saúde (resultantes de alguma iliteracia na área do reprocessamento) para acelerar a entrega dos instru-mentais no BO, resultando deste modo num aumento do nível de stress das equipas do SEC, o que potencia o risco de erros e falhas de ordem vária.

Ex: de 4 de 12 caixas que fazem parte de um conjunto para revisão da prótese do joelho

É também da responsabilidade das empresas de material disponibilizar os conjuntos cirúrgicos (através de requisições das instituições), fazerem-se acompanhar das respectivas guias de transporte, memó-rias descritivas dos conjuntos e instruções de fabricante (IFU). Observa-se, contudo, que muitos instrumentais emprestados circulam entre instituições com um “cer-tificado de descontaminação”. Apesar de ser uma prática requerida legalmente, este “certificado” apenas serve para efeitos de transporte, não podendo, por isso, ser os instrumentos considerados seguros para o processo de esterilização terminal sendo que somente instrumentais correctamente

completo. Caso os mesmos sejam entregues no BO, é da responsabilidade deste reencaminhá-los imediatamente para o SEC para serem sujeitos ao seu completo e adequado reprocessamento.

Relativamente às empresas, é da sua competência fornecerem instrumental e implantes em bom es-tado, seguros para manipulação e uso, assim como, toda a informação técnica subjacente a todas as etapas do seu reprocessamento garantindo deste modo a segura e adequada utilização desses dispo-sitivos médicos, considerando o fim a que se destinam. Este fornecimento deverá ser feito até à vés-pera da data da cirurgia para que se possa proceder à verificação atempada, em fase da inspecção, de todos os itens e componentes que fazem parte do conjunto cirúrgico relativamente à sua integri-dade/alteração de estrutura. Caso se verifiquem dispositivos não conformes, p.ex. dispositivos de corte e brocas sem integridade do fio de corte, pinos com as pontas dobradas, provas partidas ou fissuradas, roscas de encaixe moídas, entre outros, que requeiram a sua substituição por parte das empresas, a entrega atempada dos instrumentais evitará o adiantamento ou, in extremis, o cancelamento desne-cessário da intervenção cirurgia.

Contudo, é usual verificar-se que as empresas não conseguem disponibilizar atempadamente o instru-mental solicitado por forma a ser reprocessados apropriadamente nos SEC. Estas situações decorrem, efectivamente, de um nível de solicitação elevado de certos tipos de con-juntos de instrumental cirúrgico. O mesmo resulta que nem sempre são entregues todas as caixas que pertencem a esse conjunto porque uma ou outra ainda estão a ser utilizadas noutra instituição de saúde.

Verificando-se estas situações, o impacto na eficiência do reprocessamento e no fluxo de trabalho do SEC é evidente: dependendo o reprocessamento completo – ou seja, lavagem, inspecção, montagem, lubrificação, embalagem, esterilização e documentação para efeitos de rastreabilidade – de tempo, recursos técnicos e humanos para que sejam cumpridas as normas, recomendações e as boas práticas publicadas, fica todo este processo colocado em causa, reflectindo-se também na eficácia do repro-cessamento do material residente. Tendo os profissionais do SEC plena consciência sobre a urgência do material, verificam-se, frequente e adicionalmente, pressões de alguns profissionais de saúde (resultantes de alguma iliteracia na área do reprocessamento) para acelerar a entrega dos instru-mentais no BO, resultando deste modo num aumento do nível de stress das equipas do SEC, o que potencia o risco de erros e falhas de ordem vária.

Ex: de 4 de 12 caixas que fazem parte de um conjunto para revisão da prótese do joelho

É também da responsabilidade das empresas de material disponibilizar os conjuntos cirúrgicos (através de requisições das instituições), fazerem-se acompanhar das respectivas guias de transporte, memó-rias descritivas dos conjuntos e instruções de fabricante (IFU). Observa-se, contudo, que muitos instrumentais emprestados circulam entre instituições com um “cer-tificado de descontaminação”. Apesar de ser uma prática requerida legalmente, este “certificado” apenas serve para efeitos de transporte, não podendo, por isso, ser os instrumentos considerados seguros para o processo de esterilização terminal sendo que somente instrumentais correctamente

CENES | GRANDE REPORTAGEM

Page 15: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

15 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Magaz ine

Da mesma forma, a ausência de padrões de pro-cedimento em Portugal para a área da esterilização levanta desde logo um problema: as práticas e os procedimentos não são uniformes entre as insti-tuições pelo que, nos materiais à consignação, sendo frequentemente compostos de materiais com um grau de complexidade considerável e, assim, requerendo vários passos de limpeza, os técnicos são obrigados a recorrer exclusivamente à sua formação e experiência. Da mesma forma que estes são factores importantes para o cumpri-mento criterioso das boas práticas, caso tenham sido adquiridos de forma não tutelada por quem de direito e exclusivamente empírica, poderão estar na base de graves más práticas. De facto, esta situa-ção é a que mais frequentemente se observa.

Cabe, como é natural, às administrações e entida-des competentes garantir que os funcionários re-cebam a formação necessária para o desempenho das suas funções. Infelizmente, nem sempre es-tes corpos dirigentes têm presente a necessida-de de atualização constante, como é evidencia-do pelo facto do último curso para Responsáveis dos SEC, ministrado pela ARS Lisboa e Vale do Tejo, ter sido realizado no ano de 2006. Consi-derando a renovação de pessoal que ocorre natu-ralmente nos diversos serviços das unidades de saúde, e sendo os responsáveis do SEC o reser-vatório natural de conhecimentos e boas práticas, verificar-se-á certamente uma carência de conhe-

cimentos ao nível das chefias dos SEC que terá, logicamente, reflexos nos procedimentos destes serviços, com concomitante falta de atenção para com a questão do material de empréstimo.

CONCLUSÃO

Em conclusão, para que esta problemática pudes-se ser, no mínimo, atenuada, seria necessária uma abordagem em várias frentes: na vertente da formação de to do o pessoal afecto ao SEC, por forma a identificar as irregularidades existentes;

na vertente das empresas, pela produção de le-gislação clara, que inclua padrões de transporte e manuseamento e gestão responsável dos conjun-tos cirúrgicos, e subsequente fiscalização, assim como, pela sensibilização elementar relativamente ao risco associado por práticas menos corretas; pela parte dos corpos administrativos , de coorde-nar todas as unidades envolvidas (BO, SEC, Gru-pos Coordenadores Locais dos Programas de Pre-venção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, Gestão de Risco, Medicina Ocu-pacional) por forma a uniformizar os procedimen-tos estabelecidos e dar uma resposta uniforme das unidades prestadoras de cuidados de saúde, a título individual ou colectivo.

Flora Moura Carvalho - Enfermeira Chefe | Responsável Técnica no CENESHélio Crespo – Coordenador Operacional no CENES

GRANDE REPORTAGEM | CENES

Page 16: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

16 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6Magaz ine

solução comumente uti lizada passa pela utilização de folhas de esterilização consti-tuindo-se um SBE com duas folhas ou um

SE com três folhas. Em Portugal, tradicionalmen-te, opta-se pela utilização de folhas de esterilização em polipropileno por este possuir propriedades de resistência mecânica superiores ao tecido não tecido wet-laid. Esta escolha, para além do custo que representa uma vez que a opção passa quase sempre por elevadas gramagens devido ao desco-nhecimento de que gramagem não é sinónimo de resistência, muitas vezes conduz à existência de graves problemas de resíduos de humidade no in-terior das caixas.

Existe hoje em dia um novo SBE pré-formado, se-melhante apenas em aspecto ao tradicional SBS

em papel/filme, especialmente desenvolvido para a embalagem de caixas de elevada dimensão e/ou peso e dispositivos delicados que necessitem de proteção. Este novo SBE é constituído por uma face em filme, o que permite a visualização do inte-rior da caixa, a sua primeira grande vantagem, e por uma face porosa com um novo material à base de poliolefina, a sua segunda grande vantagem. A sua denominação, ULTRA®, representa o reflexo das suas capacidades.

ULTRA® foi desenvolvido através de um protocolo com diversas Instituições de Saúde de referência, em diversos países europeus, tendo sido validado como SBS para mais de 360 dias em condições re-ais de utilização em um Centro Hospitalar, por dois laboratórios independentes, ISEGA (Alemanha) e

A

A Evolução na Embalagem de Caixas de Empréstimo

A utilização de instrumental cirúrgico em regime de empréstimo é, hoje em dia, uma prática comum na generalidade das Instituições de Saúde. O elevado custo dos mesmos, associado aos rápidos avanços tecnológicos, assim o obrigam, uma vez que não existe capacidade financeira para a sua permanente aquisição. Sendo o mesmo entregue nas Instituições de Saúde em caixas das mais diversas dimensões e pesos, a constituição de um sistema de barreira estéril (SBE) / sistema de embalagem (SE) adequado a cada caso, constitui um desafio diário para os serviços de esterilização.

CENES | OPINIÃO

Page 17: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Pira (Reino Unido). Ou seja, UL-TRA® foi desenvolvido com utili-zadores para resolver os proble-mas dos mesmos utilizadores.

ULTRA® possui uma resistência mecânica até 4 vezes superior aos materiais convencionais o que lhe permite, em embalagem simples e desde que garantida a assépcia na sua abertura, fa-cilmente substituir um SBE de dupla folha sequencial/ termo-selada ou mesmo em contentor reutilizável.

Por outro lado, por via das suas características, ULTRA® permite a melhor abertura asséptica no ponto de uso de uma embalagem flexível pré-formada à data, inde-pendentemente do sentido ou da velocidade da sua abertura.

ULTRA® pode ser selado com uma máquina de selagem em contínuo normalmente utiliza-da nos serviços de esterilização. Quando associado à sua estação de trabalho é possivel realizar o processo de embalagem em man-ga pré-formada, incluindo o corte e as duas selagens, em apenas 30 segundos.

De sobre importância acresce o facto de a utilização de ULTRA® representar uma solução mais económica do que a utilização dos tradicionais SBE, sendo que, em relação à utilização de con-tentores reutilizáveis pode gerar uma economia superior a 50%,

e em relação às folhas de este-rilização uma economia de cerca de 75% na constituição de SBE. A economia na cadeia logística é inevitavelmente elevada, uma vez que, por força da sua compa-tibilidade, ULTRA® substitui prati-camente todos os diversos SBE utilizados num SEC diminuindo drasticamente o número de refe-rências a gerir.

Numa época em que é exigida cada vez maior qualidade aos SBE, quer pelas exigências a que são sujeitos quer pela premente re-dução das Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS), ULTRA® representa claramente o futuro da embalagem nos serviços de esterilização revolucionando as práticas do mesmo e contribuindo de forma decisiva para a redução das IACS.

ULTRA® é uma marca registada de AMCOR FLEXIBLES SPS

Vasco AmorimExecutive ManagerPergut Portugal, Lda

17 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Resistência à perfuração de acordo com ASTM D3763

150

100

50

0

New

ton

Papel Grau Médico 60g/m2

Papel Grau Médico 70g/m2

Folha de Polipropileno 57g/m2

ULTRA

Falhas assépticas na abertura(ruptura do papel ou do filme)

1020

304050

60

70

0%

SBE pré-formado com papel

grau médico 60g/m2

SBE pré-formado com papel

grau médico 70g/m2

ULTRA

6

3

0

New

ton

SBE pré-formado com papel

grau médico 60g/m2 ou

70g/m2 (valores médicos)

ULTRA

Força de selagem( 1,5N de acordo com a EN 868-5)

Custo de constituição de SBE

(material + mão de obra)

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

0

SBE em dupla folha de

polipropileno de 100x100cm

SBE em ULTRA 42cmx70cm

Euro

OPINIÃO | CENES

Page 18: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

18 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

CENES | SISTEMAS DE INFORMAÇÃOMagaz ine

O contributo dos sistemas de informação para a missão das unidades de saúde na operação das centrais de reprocessamento de dispositivos médicos - IOs sistemas de informação desempenham uma função vital na eficiência operacional das unidades de saúde e das centrais de reprocessamento, agilizando a interacção e eficácia operacional.

Page 19: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO | CENES Magaz ine

s unidades de saúde são, cada vez mais, confronta das com requisitos e imposições legais relativas à segurança dos pacientes

e ao controlo de qualidade via processos certifica-dos. A este cenário acresce o contexto actual de gestão, que obriga a duas condições quase dico-tómicas: por um lado, o aumento do investimen-to para responder às exigências de qualidade por parte dos utentes dos serviços; e por outro, a per-manente necessidade de melhoria da eficiência das actividades operacionais, na óptica da redução de custos e optimização de recursos.

Como parte integrante de uma unidade de saúde, seja na modalidade de off-site ou in-house, uma central de reprocessamento de dispositivos médicos é um centro de custo sujeito às condições e restrições acima referi-das e cuja actividade, não obstante a contínua procura

na melhoria da qualidade de serviço, importa também optimizar. Com efeito, e apesar dos recursos, mate-riais e humanos, empregues numa central serem con-sideráveis, o aumento da eficiência destes não pode influenciar a qualidade dos serviços prestados, nome-adamente no que respeita ao controlo de qualidade e aos riscos de contaminação e infecção hospitalar1.

Ora, um dos investimentos com maior retorno e que contribui de forma decisiva para a optimização operacional de uma organização, ou departamento, é o investimento em sistemas de informação. Não só porque estes aportam a inovação, a homogenei-zação e meios de comunicação avançados mas, so-bretudo, porque permitem elevar a produtividade, a agilidade operacional, o controlo e a inteligência sobre o negócio. No caso das centrais de reproces-samento, geridas com base em processos opera-cionais mensuráveis e uniformizados (e, em alguns casos, certificados) um sistema de informação acaba por ser uma ferramenta fundamental para a manutenção da qualidade do serviço e o simultâ-neo aumento do desempenho operacional. E é fácil verificar que a sua ausência pode ser um fator im-peditivo à optimização operacional de uma central de reprocessamento. Vejamos alguns exemplos concretos.

Os sistemas de informação são, atualmente, os principais veiculadores de inovação. Tecnologias como códigos de barras, códigos data-matrix, RFID ou GPS não podem ser implementadas sem o seu suporte. Tais tecnologias são, comprovadamente, potenciadoras do aumento da produtividade que podem ser utilizadas em dispositivos médicos, contentores, equipamentos e cestas de lavagem e esterilização, armários de transporte e veículos, assegurando uma elevada eficácia na identificação unívoca, na redução de erros de leitura ou no auxílio à localização de objectos.

Outro aspecto onde os sistemas de informação con-tribuem para a eficiência operacional prende-se com os mecanismos de comunicação, desde a comunica-ção informal entre agentes das unidades de saúde e agentes da central de esterilização, até à integração automática de informação proveniente de outros sistemas. O potencial destes mecanismos permite,

A

19 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

1 Este factor é cada vez mais relevante, não só para a percepção de qualidade da unidade e para a segurança dos doentes, mas também é, e no caso de unidades de saúde públicas nacionais, uma variável que influi no financiamento estatal.

Page 20: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

por exemplo, emitir comunicados específicos e associados a uma determinada tipologia de dis-positivos (mantendo a comunicação estruturada e controlada) ou identificar, em tempo real, as necessidades, e respectivas quantidades, de dis-positivos médicos para os blocos operatórios. As unidades de saúde conseguem, assim, identificar as disponibilidades de stock e os objectos em reprocessamento, podendo, também, ajustar e optimizar o planeamento de recursos humanos, salas e blocos operatórios.

Consequentemente, esses mecanismos de co-municação asseguram a melhoria da gestão de stocks e inventário presente nas centrais de re-processamento ou nas unidades de saúde. Dada a ubiquidade dos sistemas de informação, qual-quer alteração realizada ao inventário de uma unidade de saúde é automaticamente propagada e acessível à central de reprocessamento. Estas alterações, que contemplam não só modificações de quantidades e tipos de dispositivos, mas tam-bém de documentação e instruções de reproces-samento, são causadoras de um sem número de perturbações quando implementadas de forma manual ou não estruturada.

As atividades de reporting, avaliação e análise operacional são dificultadas na ausência de um sistema de informação. As funcionalidades, mes-mo as mais básicas, presentes nos actuais siste-mas providenciam vantagens que não podem ser alcançadas de um modo manual ou não estrutu-rado. O desempenho de um qualquer processo passa sempre pela medição e controlo de métri-cas e indicadores operacionais, pelo que os movi-mentos e eventos da central de reprocessamento (gerados por colaboradores, dispositivos ou equi-pamentos) devem ser integralmente registados e analisados. Só assim a equipa de gestão tem a capacidade de tomar decisões respeitantes à optimização e produtividade com o menor grau possível de incerteza de informação.

Por fim, sem um sistema de informação capaz, a tarefa de implementação e manutenção de um sistema de gestão da qualidade (designadamente a norma ISO 13485), que responda aos requisi-tos normativos associados a processos, rastre-abilidade, gestão documental e gestão do risco, torna-se cada vez mais árdua. Efectivamente, a

operacionalização de fluxos de trabalho concor-dantes com objectivos de constância e unifor-mização só é objectivamente exequível através da introdução de um sistema de informação. As ramificações dos processos operacionais, decor-rentes de diferentes tipologias de dispositivos médicos, e respectivas particularidades de repro-cessamento, obrigam a uma miríade de etapas e procedimentos distintos de difícil padronização e controlo. Acresce que o procedimento de rastre-abilidade, de importância fulcral para uma central de reprocessamento, quando implementado sem o suporte de um sistema de informação, pode fa-cilmente induzir erros com consequências graves para utilizadores e utentes. Da mesma forma, a gestão documental, sem a presença de funcio-nalidades automáticas de criação, atribuição, aprovação e notificação obriga a um esforço su-plementar excessivo que, em muitas situações, pode mesmo colocar em causa todo o sistema da qualidade.

Por último, a gestão do risco deve ser avaliada em qualquer actividade ou processo, implementados ou a implementar, na central de reprocessamen-to. Mecanismos para avaliação do risco devem ser criados por forma a avaliar o seu impacto e mitigar as consequências. Tais mecanismos, pela sua complexidade e requisitos de informação só se tornam eficientes se acoplados a um sistema de informação.

Os exemplos atrás descritos (e muitos outros poderiam ser identificados) demonstram que a capacidade de automatização e disseminação de informação é relevante para o aumento do desem-penho dos colaboradores e para o planeamento antecipado da operação, quer por parte da central de reprocessamento quer pelas unidades de saú-de.

Assim, e analisando a Figura 1., um sistema de informação para a gestão de uma central de repro-cessamento deve ter em consideração um con-junto de módulos capacitados para dar resposta, não só aos requisitos do processo principal de re-processamento, mas a todo o contexto de gestão operacional e a actividades de apoio, desde os pro-cessos de suporte e administrativos às questões logísticas e de controlo. Consequentemente deve o sistema de informação:

CENES | SISTEMAS DE INFORMAÇÃOMagaz ine

20 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Page 21: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Área de descontaminação

- Receção de dispositivos

- Consulta de instruções de desmontagem e lavagem

- Registo de tintas, lavadoras e testes

Serviços internos ou unidades externas

- Gestão de pedidos de reprocessamento

- Gestão de inventário

- Gestão de notificações

Área estéril

- Controlo de qualidade

- Gestão de inventário estéril

- Expedição

Área de inspeção

- Atribuição de filas de trabalho

- Consulta de instruções de inspecção e montagem

- Impressão de etiquetas

- Registo de esterilizadores e testes

Gestão e controlo

- Gestão de entidades e recursos

- Check lists

- Níveis de serviço

- Dashboards e relatórios

Logística e mobilidade

- Gestão de armazém

- Gestão de rotas

- Aplicação Android

Fornecer a máxima disponibilidade operacional para todos os utilizadores, independentemente da sua lo-calização, seja esta na central, nos departamentos das unidades de saúde ou nos circuitos logísticos;

Mapear os processos operacionais de forma integral, considerando as diferentes tipologias de unidades de saúde, especialidades médicas e dispositivos médi-

cos, sem descurar a priorização de processos, os ní-veis de serviço e os mecanismos de comunicação; Disponibilizar aplicações de mobilidade, não só para os circuitos logísticos mas também para as etapas do circuito de reprocessamento onde a utilização de um computador não seja possível ou conveniente (como na elaboração do pedido de reprocessamento ou na descontaminação);

Figura 1.

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO | CENES Magaz ine

21 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Page 22: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Acompanhar, em tempo real, as actividades dos processos operacionais, administrativos e logísticos, através de dashboards de indicadores e relatórios funcionais de gestão;

Possibilitar o rastreamento integral dos dispositivos médicos reprocessados, bem como facilitar o cum-primento de normativos e sistemas de gestão da qualidade aplicáveis à operação;

Integrar, através de interfaces lógicos, com equipa-mentos operacionais (como lavadoras e esteriliza-dores), sistemas de informação empresariais (como ERPs), sistemas de controlo de assiduidade e siste-mas de gestão de recursos hospitalares (como salas e blocos operatórios).

Este conjunto de características-chave configura os atributos funcionais elementares sobre os quais os re-quisitos detalhados devem ser desenvolvidos e adap-tados à realidade de cada central de reprocessamento. Os projetos de implementação devem ser trabalhados em função das tipologias das unidades de saúde e da central de esterilização, e das especificidades dos flu-xos de trabalho, processos e níveis de serviço.

A implementação de um sistema de informação numa central de reprocessamento é um projecto que requer um planeamento apurado e um com-promisso permanente. As mudanças para um para-digma de inovação e automatização de informação comportam dificuldades que devem ser minimiza-das através da colaboração e envolvimento de todos os stakeholders, de uma comunicação constante e pertinente por parte dos gestores e de um progra-ma de formação à medida, completo e adaptado a cada perfil de utilizador. No entanto, as mais-valias e benefícios aportados pela plena utilização de um sistema de informação são evidentes. Não só pelos aspectos operacionais, onde ganhos de eficácia são imediatamente obtidos, mas também pelos ganhos ao nível da eficiência, com a constante identificação e avaliação de melhorias e optimização de recursos humanos, financeiros e materiais.

Nuno Gomes• Gestor de Projectos na Bettertech• Licenciado em Informática de Gestão pela Universidade do

Minho• Mestrado em Engenharia de Sistemas - Investigação Operacional

pelo Instituto Superior Técnico• MBA University of Massachusetts - EUA

ISO 13485Sistema de Gestão de Qualidade para Dispositivos Médicos

Considerado um processo de elvada complexidade e criticidade para a saúde pública, o processo de reprocessamento de dispositivos médicos está sujeito a obrigações legais necessárias para assegurar as boas práticas e a eficácia desse processo.

A certificação ISO 13485 é uma dessas obrigações

Na Deltagest oferecemos um serviço global para a obtenção da certificação ISO 13485 e damos resposta ao compromisso das entidades de saúde em atender os requisitos mais exigentes do reprocessamento de dispositivos médicos

www.deltagest.pt CONSULTORIA | TECNOLOGIA | OUTSOURCING

CENES | SISTEMAS DE INFORMAÇÃOMagaz ine

Page 23: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

A gestão da infra-estrutura e equipamentos (I&E) numa Unidade de Saúde está sujeita a um elevado nível de exigência. E no que

respeita ao Serviço Central de Esterilização (SEC), que tem como produto final Dispositivos Médicos esterilizados aptos para o uso, e em tempo útil, a disponibilidade operacional da I&E, afigura-se como um factor operacional crítico.

É neste enquadramento que a gestão de I&E assu-me um papel preponderante, desde a concepção à manutenção dos meios, procurando assegurar uma disponibilidade operacional permanente.

Assim, no planeamento da I&E de uma Unidade de Saúde, quer os requisitos técnicos, quer os requisi-tos processuais, são analisados de forma a assegu-rar que a concepção do espaço e dos meios promo-vem a melhor eficácia operacional, não descurando a eficiência preconizada para cada processo, ineren-te às boas práticas que contribuem para a seguran-ça do doente. Adicionalmente, é ainda necessário que os requisitos de fiabilidade sejam incluídos no processo de procurement, para que numa fase de operação, a I&E tenha uma disponibilidade de ope-racionalidade próxima de 100%.

Consequentemente, a manutenção da I&E é pro-gramada em função da fiabilidade operacional re-querida, ou seja, planeada de acordo com o modelo RCM (Reliability Centred Maintenance). Numa primeira fase, e alinhado com a Política de Manutenção preconizada para cada Unidade de Saúde, devem ser definidos objectivos para pos-terior monitorização do desempenho das I&E.

Assim, terão que ser elaborados todos os planos de Manutenção - de acordo com a Politica de Ma-nutenção adotada - Ou seja, devem ser definidos os seguintes planos:

Manutenção de infraestrutura que garante que todo o suporte vital a nível de infraestrutura se en-contra operacional, (AVAC, Eletricidade, Redes de Água), é elaborado tendo em conta todas as espe-cificações e normativas a nível de qualidade de ar, tratamento de ar, tratamento de água, limpeza e respectivos controlos periódicos. Sendo um SCE uma área bastante sensível em questões ambien-tais, a Gestão Técnica Centralizada (GTC) possibili-ta a monitorização do ambiente operacional.

A

O contributo da manutenção para a disponibilidade operacional - I

GESTÃO DA INFRAESTRUTURA E MANUTENÇÃO | CENES Magaz ine

23 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Page 24: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Manutenção de equipamentos, que verifica equipa-mentos utilizados no processo de esterilização pre-enchem os requisitos técnicos e normativos, todo este plano é baseado e estruturado segundo os pro-tocolos de manutenção do fabricante. No entanto, e tirando partido do histórico de desempenho dos equipamentos, poder-se-á almejar uma maior dispo-nibilidade operacional, transformando a manutenção preventiva em manutenção preditiva.

Calibração de EMM’s, que assegura a disponibili-dade de todos os EMM’s (equipamento de medida e monitorização) necessários à operação tais como: sensores de temperatura, humidade e pressão, sela-doras, incubadoras, que se encontram verificados e calibrados, garantindo assim a operacionalidade e o controlo ambiental.

Stocks, que contribui para a gestão de stocks da organização e estabelece os níveis mínimos, máximos e médios de stocks das peças (spares) necessárias à correcta operacionalização e gestão I&E, garantido o cumprimento da disponibilida-de operacional. A previsão e definição dos níveis de stock é feita através de um historial de peças substituídas e número de intervenções de um de-terminado equipamento.

Com o planeamento efectuado, é despoletado um conjunto de actividades para execução, nas quais serão realizadas todas as intervenções de acordo com os planos definidos, intervenções essas de Ma-nutenção Preventiva (MP). A MP será realizada em intervalos de tempo pré-determinados, ou de acordo com critérios prescritos com o objetivo de minimizar a probabilidade de avaria nas I&E.

O não cumprimento da MP, pode degenerar em ris-cos como falhas de produtividade e inoperacionali-dade das I&E, que podem afectar o produto final do SCE. Por outro lado, o cumprimento de todos os pla-nos de manutenção com actividades de frequência periódica diversa, permite-nos realizar um controlo e acompanhamento de todas as variáveis que influen-ciam a operação de um SCE.

Com um controlo e acompanhamento efectivo da ma-nutenção é possível realizar um estudo da fiabilidadede equipamentos e aferir da aptidão do equipamen-to para realizar uma determinada função durante um dado período nas condições pré-definidas.

Deste modo, a informação gerada pela manuten-ção permite afinar os planos de manutenção para a melhoria do desempenho da I&E, procurando assegurar o primordial objectivo – garantir a dispo-nibilidade operacional máxima para que a função do SCE seja cumprida.

Diversos indicadores de desempenho poderão ser conjugados com a disponibilidade operacional. No en-tanto, os mais relevantes para a manutenção centra-da na fiabilidade, poderão ser os seguintes: MTTR (Medium Time To Repair) - Tempo médio de Reposição de Avaria

MTBF (Medium Time Between Failures) -Tempo médio entre avarias. A disponibilidade e fiabilidade operacional melhora quando MTBF aumenta, e o MTTR desce.

Deste modo, e completando o ciclo planeamento/execução/controlo na gestão de I&E, constatamos que o desempenho das I&E e a da informação ge-rada são essenciais para a tomada de decisões e consequente melhoria do seu planeamento, cujo contributo para a operação de um SCE é funda-mental, entre outras variáveis, para a segurança do doente.

João Almeida (Eng.) Infra-estruturas & Manutenção do CENES

CENES | GESTÃO DA INFRAESTRUTURA E MANUTENÇÃOMagaz ine

24 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Objectivos de Disponibilidade

Operacional

Acompanhamento do Desempenho e de Indicadores

Controlo da Execução

Atribuição de Responsabilidades

Operacionalidade das I&E de um SCE

Planeamento- Planos

Execução de Actividades

Page 25: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

A engitagus é uma empresa nacional, de ca­pitais privados, com 20 anos de actividade, que conta com uma estrutura técnica e humana que lhe permite incrementar valor em áreas de negócio como a Energia (instalações eléctricas e certificação energética), Sistemas de Clima­tização e QAI e a Gestão da Manutenção de Equipamentos e Sistemas Electromecânicos, áreas em que os seus colaboradores têm for­mação e sólida experiência profissional.

engitagus lda

Morada: Estrada da Ribeirinha ­ Alcoparque 1, Fracção A

2705­845 Terrugem, SINTRA

Telefone: + 351 219 605 840

E-mail: [email protected]

www.engitagus.com

Gps: 38º50’35.60’’N 09º21’47.68’’W

Desde 2012 apostamos numa política de internacionalização e estamos representados em Moçambique respondendo ao crescimento do mercado e da economia daquele país. A empresa opera na área da Gestão de Projectos e Energia, Instalações Eléctricas e Energia e Sistemas de Ar Condicionado (AVAC), oferecendo mão de obra qualificada e mantendo a mesma qualidade de serviços que em Portugal.

Com um portfólio já bastante interessante, tem em carteira clientes como Nestlé, Galp, Millenium BIM, MozaBanco entre outros.

PUBLICIDADE

Page 26: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

RESUMO

Estudou-se a viabilidade da descontaminação ambiental no âmbito hospitalar com vapor seco de peróxido de hidrogénio produzido por sistema VHP® ARD Steris. Foi aplicado numa Sala de Operações e num quarto de Isolamento com adufa, ambos da Unidade de Queimados de um hospital geral. As exposições foram, respetivamente, de mais de 400 ppm durante 40 minutos e mais de 250 ppm durante 89 minutos, sendo suficientes para a mudança dos múltiplos indicadores químicos e a esterilidade mostrada nos indicadores biológicos de Geobacillus stearothermophilus. Em suma, o ensaio foi satisfatório de acordo com as previsões efetuadas.

Biodescontaminação Ambiental com peróxido de hidrogénio vaporizado em ambiente cirúrgicoCaso Prático

CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTALMagaz ine

26 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Vaquero de la Hoz MT*, Fariñas Cabrero M**, Vaquero Puerta JL**

* Divisão Biodescontaminação. STERIS Ibéria S.A.U. Espanha.** Serviço de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Hospital Universitário “Río-Hortega”. Valladolid. Espanha.

Estudo realizado com o apoio do Subprograma Torres-Quevedo-2009, do Ministério da Ciência e Inovação do Governo espanhol (expediente nº PQT-09-02-02071).

PALAVRAS-CHAVEDescontaminação, desinfeção, peróxido de hidrogénio, salas cirúrgicas.

Contactos:Doctora Arquitecta María Teresa Vaquero de la HozClinical Specialist BiodescontaminaciónSteris Iberia S.A.U.Calle Caléndula 95 - Mini Parc II28109 El Soto de la Moraleja, Alcobendas (Madrid), Españ[email protected]

Page 27: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL | CENES Magaz ine

27 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

INTRODUÇÃO

No final do século XVIII, começaram a introduzir-se diversas substâncias químicas para combater epide-mias infecciosas, que se julgava serem transmitidas pelo ar de acordo com a “teoria miasmática”1. Os produtos eram supostamente tóxicos e, por conse-guinte, eram aplicados em instalações fechadas, tais como o interior dos barcos, e sem pessoas. Um pro-cedimento semelhante foi levado a cabo por Lister, no final do século XIX, em ambiente cirúrgico mas já de uma outra forma, através da emissão de vapores de fenol no decurso de uma intervenção, tentando criar um ambiente asséptico, por forma a evitar as frequentes infeções cirúrgicas2. Naquele momento, começava a ser conhecida a natureza microbiana de algumas infeções e a ser introduzidos outros proce-dimentos preventivos, com base científica e ensaia-dos em laboratório (vacinas, soros imunes, etc.)

A partir dos anos 70 do século XX, começa a estudar-se em profundidade a epidemiologia das infeções no-socomiais e a sua prevenção3,4. Aplicam-se produtos desinfectantes emitidos para o ar em locais hospitala-res, com ou sem a presença de pessoas, segundo o grau de toxicidade associado a esses produtos. Trata-va-se de soluções de combinações fenólicas e aldeí-dicas várias, dispersadas por aquecimento, a partir da sua forma líquida, formando gotas que vaporizavam as superfícies contaminadas. Este procedimento era designado por “fumigação”. Uma aplicação peculiar consistia na descontaminação do equipamento médi-co de grandes dimensões, tais como as incubadoras usadas em neonatologia, dentro de grandes câmaras onde era introduzido gás formol que posteriormente era neutralizado com amoníaco. A grande vantagem associada à fumigação era a im-pregnação, mais ou menos completa, das superfí-cies expostas. O inconveniente era a toxicidade dos componentes dos produtos utilizados, cada vez mais conhecida e estabelecida, tais como valores TLV e PEL, estudados pelas agências norte-americanas especializadas em exposição laboral. Para além dis-so, o equipamento de descontaminação não dava informação suficiente sobre o nível de concentração alcançada pelo desinfetante. Estes problemas asso-ciados fizeram com que a descontaminação por difu-são aérea fosse preterida pela desinfeção manual de superfícies através da adição de desinfectantes aos produtos normais de limpeza comum, apesar da di-

ficuldade e morosidade requeridas em certas super-fícies (tetos, paredes e recantos)5. A dificuldade era acrescida quando se tinha de descontaminar o equi-pamento médico cuja complexidade era crescente.

Era urgente encontrar algum tipo de substância que tivesse problemas de toxicidade mínimos e uma maior capacidade de penetração nos poros e aber-turas das superfícies que aquela oferecida pelas par-tículas líquidas (gotas) dos desinfectantes utilizados. Em 1984, para dar resposta a este problema, rea-lizou-se um ensaio sobre biodescontaminação por peróxido de hidrogénio como principio ativo, uma molécula química muito conhecida, cuja principal novidade consistia na forma de apresentação como vapor seco, que se demonstrou eficaz para determi-nadas concentrações e tempos de exposição ao ar 6-11. Inicialmente, começou por ser utilizada em salas expostas a um elevado risco de infeção, tais como as salas brancas da indústria farmacêutica e alimen-tar, laboratórios, entre outros 12-15.

Chegou a pensar-se que esta inovação se poderia estender ao ambiente hospitalar onde continuavam a ocorrer HAI (Healthcare Associated Infections). No entanto, alguns micro-organismos causantes como p.ex. o Acinetobacter baumannii, persistiam em di-versas superfícies hospitalares, desenvolvendo uma resistência elevada aos antibióticos e por conse-guinte colocando o paciente susceptível à infeção16. A necessidade de atender a potenciais vítimas de pandemias transmitidas por via aérea, aparecidas no decurso da última década, motiva novas aplicações nos centros de assistência em caso de emergência epidemiológica. A conceção da biodescontaminação de recintos hospitalares e sanitários (ambulâncias, centros geriátricos, etc.) de uso continuado e de grande dimensão torna necessária a sua avaliação através de um programa com indicações bem defi-nidas e uma planificação adequada ao cumprimento das mesmas.

Como exemplo da complexidade destes programas, passaram a ser tomadas em consideração a tipologia das salas e espaços de acordo com o risco associado, o tipo de pacientes atendidos e as práticas clínicas a que eram submetidos 17. Para além das áreas ocu-padas por pacientes potencialmente propagadores de infeções por via aérea, como sejam os tubercu-losos 18 (que requerem isolamento), começam a ser consideradas as exigências requeridas, em número

Page 28: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine28

Mag

azin

e C

EN

ES

Edi

ção

n.º

4 O

ut 2

016

e diversidade crescente, por doentes imunodefi-cientes e especialmente vulneráveis, atendidos em unidades de cuidados críticos (cuidados intensivos, queimados, transplante de medula óssea, transplan-tes de órgãos, neonatologia, etc.), e aos submetidos a intervenções cirúrgicas. Em casos mais restritos, procede-se ao isolamento protetor (PE: protective environment) 19,20.

Ao longo do tempo, a eficácia germicida do vapor seco de peróxido de hidrogénio 21 frente a patogéni-cos resistentes 22, inclusivé priões 23,vai sendo com-provada, atingindo níveis estéreis em determinadas condições de concentração, tempo de aplicação e termo-higrométricas ambientais. Mas a sua aplica-ção está somente comprovada na indústria alimentá-ria e farmacêutica onde a sua utilização é vulgarizada. Sem duvidar da sua ação antimicrobiana equivalente em outros lugares, preconizam-se soluções para o meio sanitário assistencial e hospitalar, sob a forma de esterilizadores a baixa temperatura e biodescon-taminação ambiental 24. Com relação a esta última, torna-se necessário comprovar a sua viabilidade pe-rante uma multiplicidade de fatores recentes: ma-teriais de construção utilizados, tipo de instalações, equipamentos, circuitos elétricos, dispositivos ele-trónicos, disposição, etc., sendo que a sua compa-tibilidade com estes meios físicos assume particular relevância no que diz respeito à segurança do pa-ciente e do pessoal circulante (contenção e controlo de toxicidade). Estas variáveis devem ser tomadas em consideração na organização, programação, pla-nificação e desenvolvimento da aplicação.

A fim de medir o comportamento do vapor seco de hidrogénio como descontaminante e desinfetan-te até um possível nível de esterilização nas áreas hospitalares críticas, realizou-se um ensaio em salas cirúrgicas da Unidade de Queimados de um Hospital Geral de construção nova, controlando os parâme-tros físicos da aplicação e a resposta antimicrobiana em esporas bacterianas.

MATERIAL E MÉTODOS O estudo realizou-se no Hospital Universitário Río-Hortega de Valladolid (Espanha), na Unidade Clínica de Grandes Queimados, com uma construção recen-te, por forma a valorizar o procedimento de biodes-contaminação de salas de uso periódico intermitente (bloco operatório) e de quartos, de uso continuado,

para pacientes de alto risco, desocupados. Foi apli-cado no bloco operatório com dimensões e caracte-rísticas assinaladas na Figura 1. Esta unidade dispõe de ar-condicionado próprio que foi desligado durante o ensaio, mantendo-se ligados os restantes dispositi-vos eletrónicos. Foi estabelecido um estado de alerta para em caso de emergência, poder ser parado o tes-te e utilizada de imediato a sala de operações.

Ainda na mesma unidade de queimados, foi realizado um ensaio acerca de um quarto de pacientes críticos internados, em isolamento com adufa incluída para proteção. Ver na Figura 2 dimensões e configuração. Novamente, o ar-condicionado próprio foi desligado durante o ensaio, mantendo-se ligados os restantes dispositivos eletrónicos.

Figura 1.- Dimensões e configuração do bloco operatório.

Figura 2.- Dimensões e configuração do quarto de isolamento.

Figura 3- Equipamento de biodescontaminação STERIS.

de hidrogénio vaporizado VHP® 1000 ARD, com painel PLC B&R 420, que controla as funções e permite um interface com o usuário e os dispositivos externos, porta Ethernet para conexão com PC e porta USB para transferência de dados de medida para a m em o r i a externa e os acessórios abaixo descriminados: • 2 sensores externos de concentração de H2O2 (SENSING

UNIT); • 1 circulador de ar (ROOM CIRCULATION UNIT); • 1 arejador auxiliar (AUXILIARY AERATION UNIT). • cartuchos desumidificadores (DRYER): 1 de tamanho

pequeno utilizado no bloco operatório e 1 grande utilizado no quarto de isolamento;

• 1 regenerador de cartuchos desumidificadores (DRYER REGENERATOR).

Colocaram-se 2 ventiladores para favorecer uma difusão homogénea dos gases no meio interno.

A unidade de VHP® 1000 ARD contém um sistema sonoro e visual para alertas (qualquer alteração na programação inicial do ciclo), bem como toda a informação do ciclo, mostrando tempo e concentração de peróxido de hidrogénio que é registada num PC portátil externo e guardada em dispositivo USB.

O germicida utilizado foi o consumível Vaprox®, registrado no Infarmed com o número 58.779-4. Aliás, o sistema VHP® e Vaprox® estão registados na Agencia Española de Medicamentos y Productos Sanitarios, e no Infarmed e estão em conformidade com a normativa vigente sobre germicidas. O produto apresenta-se em garrafas de 900ml, com uma solução concentrada de peróxido de hidrogénio a 35%.

As etapas que compõem o ciclo de biodescontaminação 7,24,25 são desumidificação, condicionamento,

descontaminação e arejamento (Figura 4). Durante o processo de desumidificação o ar circula através do cartucho desumidificador reutilizável até 34m3/h, com um fluxo de circulação de ar de 14 a 34m3/h.

Na fase de condicionamento o peróxido é injetado e vaporizado sem chegar ao ponto de condensação. O sistema produz uma injeção de peróxido de 2 a 12g/min. Na fase de descontaminação propriamente dita a concentração necessária no ar é mantida.

Na fase de arejamento, o ar é recirculado através de um catalisador de peróxido, que se decompõe em oxigénio e água, até que a sua concentração a t i n j a m e n o s d e 1ppm. Segundo a OSHA: PEL (8h) de peróxido de hidrogénio,

Altura livre= 2.90 m Superfície útil= 41.16 m2 Volume total= 119.36 m3

Altura livre= 2.70m m Superfície útil= 33.82 m2 Volume total= 91.31 m3

Circulador de ar Módulo auxiliar de arejamento

Regenerador desumidificador

Recargas de desumidificador

Módulo sensor Unidade Básica VHP® 1000 ARD

Figura 1.- Dimensões e configuração do bloco operatório.

Figura 2.- Dimensões e configuração do quarto de isolamento.

Figura 3- Equipamento de biodescontaminação STERIS.

de hidrogénio vaporizado VHP® 1000 ARD, com painel PLC B&R 420, que controla as funções e permite um interface com o usuário e os dispositivos externos, porta Ethernet para conexão com PC e porta USB para transferência de dados de medida para a m em o r i a externa e os acessórios abaixo descriminados: • 2 sensores externos de concentração de H2O2 (SENSING

UNIT); • 1 circulador de ar (ROOM CIRCULATION UNIT); • 1 arejador auxiliar (AUXILIARY AERATION UNIT). • cartuchos desumidificadores (DRYER): 1 de tamanho

pequeno utilizado no bloco operatório e 1 grande utilizado no quarto de isolamento;

• 1 regenerador de cartuchos desumidificadores (DRYER REGENERATOR).

Colocaram-se 2 ventiladores para favorecer uma difusão homogénea dos gases no meio interno.

A unidade de VHP® 1000 ARD contém um sistema sonoro e visual para alertas (qualquer alteração na programação inicial do ciclo), bem como toda a informação do ciclo, mostrando tempo e concentração de peróxido de hidrogénio que é registada num PC portátil externo e guardada em dispositivo USB.

O germicida utilizado foi o consumível Vaprox®, registrado no Infarmed com o número 58.779-4. Aliás, o sistema VHP® e Vaprox® estão registados na Agencia Española de Medicamentos y Productos Sanitarios, e no Infarmed e estão em conformidade com a normativa vigente sobre germicidas. O produto apresenta-se em garrafas de 900ml, com uma solução concentrada de peróxido de hidrogénio a 35%.

As etapas que compõem o ciclo de biodescontaminação 7,24,25 são desumidificação, condicionamento,

descontaminação e arejamento (Figura 4). Durante o processo de desumidificação o ar circula através do cartucho desumidificador reutilizável até 34m3/h, com um fluxo de circulação de ar de 14 a 34m3/h.

Na fase de condicionamento o peróxido é injetado e vaporizado sem chegar ao ponto de condensação. O sistema produz uma injeção de peróxido de 2 a 12g/min. Na fase de descontaminação propriamente dita a concentração necessária no ar é mantida.

Na fase de arejamento, o ar é recirculado através de um catalisador de peróxido, que se decompõe em oxigénio e água, até que a sua concentração a t i n j a m e n o s d e 1ppm. Segundo a OSHA: PEL (8h) de peróxido de hidrogénio,

Altura livre= 2.90 m Superfície útil= 41.16 m2 Volume total= 119.36 m3

Altura livre= 2.70m m Superfície útil= 33.82 m2 Volume total= 91.31 m3

Circulador de ar Módulo auxiliar de arejamento

Regenerador desumidificador

Recargas de desumidificador

Módulo sensor Unidade Básica VHP® 1000 ARD

Figura 1.- Dimensões e configuração do bloco operatório.

Figura 2.- Dimensões e configuração do quarto de isolamento.

CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

Page 29: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine

29 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

O equipamento de biodescontaminação utilizado para emissão do vapor seco de peróxido de hidro-génio7,25, (Figura 4) foi o Sistema de Biodescontami-nação (VHP®ARD BIODESCONTAMINATION SYS-TEM) da STERIS, composto por uma unidade móvel geradora de peróxido de hidrogénio vaporizado VHP® 1000 ARD, com painel PLC B&R 420, que controla as funções e permite um interface com o usuário e os dispositivos externos, porta Ethernet para cone-xão com PC e porta USB para transferência de dados de medida para a memória externa e os acessórios abaixo descriminados:

2 sensores externos de concentração de H2O2 (SENSING UNIT); 1 circulador de ar (ROOM CIRCULATION UNIT); 1 arejador auxiliar (AUXILIARY AERATION UNIT). cartuchos desumidificadores (DRYER): 1 de tama-nho pequeno utilizado no bloco operatório e 1 gran-de utilizado no quarto de isolamento; 1 regenerador de cartuchos desumidificadores (DRYER REGENERATOR).

Colocaram-se 2 ventiladores para favorecer uma di-fusão homogénea dos gases no meio interno.

A unidade de VHP® 1000 ARD contém um sistema sonoro e visual para alertas (qualquer alteração na programação inicial do ciclo), bem como toda a infor-mação do ciclo, mostrando tempo e concentração de peróxido de hidrogénio que é registada num PC portátil externo e guardada em dispositivo USB.

O germicida utilizado foi o consumível Vaprox®, re-gistrado no Infarmed com o número 58.779-4. Ali-ás, o sistema VHP® e Vaprox® estão registados na Agencia Española de Medicamentos y Productos Sanitarios, e no Infarmed e estão em conformida-de com a normativa vigente sobre germicidas. O produto apresenta-se em garrafas de 900ml, com uma solução concentrada de peróxido de hidrogé-nio a 35%.

As etapas que compõem o ciclo de biodescontami-nação 7,24,25 são desumidificação, condicionamento, descontaminação e arejamento (Figura 4).

Durante o processo de desumidificação o ar circula através do cartucho desumidificador reutilizável até 34m3/h, com um fluxo de circulação de ar de 14 a 34m3/h.

Na fase de condicionamento o peróxido é injetado e vaporizado sem chegar ao ponto de condensação. O sistema produz uma injeção de peróxido de 2 a 12g/min. Na fase de descontaminação propriamen-te dita a concentração necessária no ar é mantida.

Na fase de arejamento, o ar é recirculado através de um catalisador de peróxido, que se decompõe em oxigénio e água, até que a sua concentração atin-ja menos de 1ppm. Segundo a OSHA: PEL (8h) de peróxido de hidrogénio, 1ppm (0,0014mg/L). Os re-síduos produzidos carecem de toxicidade, estando compostos por vapor de água e oxigénio. O vapor de água é eliminado pelo sistema de secagem.

Figura 3 - Equipamento de biodescontaminação STERIS.

Figura 1.- Dimensões e configuração do bloco operatório.

Figura 2.- Dimensões e configuração do quarto de isolamento.

Figura 3- Equipamento de biodescontaminação STERIS.

de hidrogénio vaporizado VHP® 1000 ARD, com painel PLC B&R 420, que controla as funções e permite um interface com o usuário e os dispositivos externos, porta Ethernet para conexão com PC e porta USB para transferência de dados de medida para a m em o r i a externa e os acessórios abaixo descriminados: • 2 sensores externos de concentração de H2O2 (SENSING

UNIT); • 1 circulador de ar (ROOM CIRCULATION UNIT); • 1 arejador auxiliar (AUXILIARY AERATION UNIT). • cartuchos desumidificadores (DRYER): 1 de tamanho

pequeno utilizado no bloco operatório e 1 grande utilizado no quarto de isolamento;

• 1 regenerador de cartuchos desumidificadores (DRYER REGENERATOR).

Colocaram-se 2 ventiladores para favorecer uma difusão homogénea dos gases no meio interno.

A unidade de VHP® 1000 ARD contém um sistema sonoro e visual para alertas (qualquer alteração na programação inicial do ciclo), bem como toda a informação do ciclo, mostrando tempo e concentração de peróxido de hidrogénio que é registada num PC portátil externo e guardada em dispositivo USB.

O germicida utilizado foi o consumível Vaprox®, registrado no Infarmed com o número 58.779-4. Aliás, o sistema VHP® e Vaprox® estão registados na Agencia Española de Medicamentos y Productos Sanitarios, e no Infarmed e estão em conformidade com a normativa vigente sobre germicidas. O produto apresenta-se em garrafas de 900ml, com uma solução concentrada de peróxido de hidrogénio a 35%.

As etapas que compõem o ciclo de biodescontaminação 7,24,25 são desumidificação, condicionamento,

descontaminação e arejamento (Figura 4). Durante o processo de desumidificação o ar circula através do cartucho desumidificador reutilizável até 34m3/h, com um fluxo de circulação de ar de 14 a 34m3/h.

Na fase de condicionamento o peróxido é injetado e vaporizado sem chegar ao ponto de condensação. O sistema produz uma injeção de peróxido de 2 a 12g/min. Na fase de descontaminação propriamente dita a concentração necessária no ar é mantida.

Na fase de arejamento, o ar é recirculado através de um catalisador de peróxido, que se decompõe em oxigénio e água, até que a sua concentração a t i n j a m e n o s d e 1ppm. Segundo a OSHA: PEL (8h) de peróxido de hidrogénio,

Altura livre= 2.90 m Superfície útil= 41.16 m2 Volume total= 119.36 m3

Altura livre= 2.70m m Superfície útil= 33.82 m2 Volume total= 91.31 m3

Circulador de ar Módulo auxiliar de arejamento

Regenerador desumidificador

Recargas de desumidificador

Módulo sensor Unidade Básica VHP® 1000 ARD

1 2 3 4 100%Ponto de

Condensação

Concentração VHP

1. Desumidificação | 2. Condicionamento3. Descontaminação | 4. Arejamento

Tempo0%

% Humidade Relativa

Figura 4.- Ciclo típico do processo biodescontaminação VHP®.

CICLO TIPICO DE DESCONTAMINAÇÃO COM SISTEMA VHP

BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL | CENES

Page 30: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine30

Mag

azin

e C

EN

ES

Edi

ção

n.º

4 O

ut 2

016

O equipamento foi deixado em contacto e acesso superficial. Do interior de qualquer das salas testa-das foram somente retirados os componentes ce-lulósicos de forma a evitar o consumo excessivo de peróxido. Todas as saídas de ar-condicionado foram tapadas com lâminas de PVC sobrepostas e coladas com fita adesiva impermeável bem como outras zonas susceptíveis à entrada de ar. Todas as áreas foram sinalizadas com placas e demar-cadas com fita branca e vermelha para impedir o acesso, exceto nos casos de emergência devida-mente controlados e autorizados.

Os ciclos foram iniciados no horário da manhã em todos os locais testados, que ficaram fechados e com o equipamento de desinfeção operacional até ao início da manhã do dia seguinte, altura em que os espaços foram abertos e as condições iniciais repostas, tendo decorrido cerca de 20 horas des-de o início até ao fim das operações. O período de tempo em que os locais se mantiveram fechados é muito superior ao necessário para que se com-pletem as 4 etapas que constituem a biodescon-taminação: desumidificação, condicionamento, descontaminação propriamente dita e arejamento; sendo este tempo o mais aproximado da realidade dadas as possibilidades operacionais de um am-biente hospitalar e as especificidades laborais. Ob-viamente, o excesso de tempo de permanência do equipamento de descontaminação deve-se a uma fase prolongada de arejamento e subsequente.

Fixou-se uma concentração de peróxido na “fase de estagnação” de 400ppm e 30 minutos no bloco operatório, e de 250ppm e 90 minutos no quarto de isolamento. Estes ciclos são validados para ob-ter uma redução da carga microbiana de 10-6.

O início e monitorização do ciclo foram efetuados através de um PC portátil conectado por cabo à unidade ARD. Todos os dados capados pela unida-de e sensor externo à unidade puderam ser visu-alizados no portátil, sendo que toda a informação obtida ficou registada no dispositivo de armazena-mento USB, nomeadamente toda a informação do ciclo, tempos detalhados e níveis de concentração de peróxido de hidrogénio. Vidé Tabela I para o seu resumo.

Foram tidos em consideração os planos de des-contaminação e a documentação MSDS com limi-tes de exposição. Foram empregues os EPIs ne-cessários à preparação dos locais, manipulação do equipamento, do Vaprox® e dos indicadores quími-cos e biológicos, nomeadamente batas, óculos de proteção e luvas.

Foram ainda controladas as possíveis fugas de pe-róxido para o exterior com unidades Dräger Pac III. Para esta situação preparou-se ainda um equipa-mento autónomo de respiração Dräger X- PLORE 6300, filtro Dräger X-PLORE Pal 40.

Por forma a medir os resultados da operação fo-ram empregues indicadores químicos e biológicos, oferecidos pela STERIS. Os indicadores químicos expostos ao peróxido de hidrogénio foram os STE-RIS VHP® Indicator, concebidos especificamente, colocados em inúmeros pontos do local (esquinas superiores e inferiores, pontos-chave de propaga-ção por contacto, lugares de difícil acesso, etc.). Os controlos biológicos foram os Spordex® cons-tituídos por esporas de Geobacillus stearothermo-philus Apex Log 456 TriScale Indicators com car-gas de 104, 105, e 106 de cada tipo, colocadas em

TIPO DE CICLO E TEMPOS

RECINTO CICLO ESTAGNAÇÃO INICIO FIM

Bloco Operatório 30min > 400ppm 15:53 9:28

400ppm 16:38 - 17:18 20/06/2011 21/06/2011

Quarto 90min > 250ppm 12:10 9:24

250ppm 12:51 - 14:19 21/06/2011 22/06/2011

Tabela I

CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

Page 31: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine

31 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

locais estratégicos onde, normalmente, se encon-tra o paciente. Utilizaram-se ainda controlos bioló-gicos, distribuídos em séries com cargas de 104, 105, e 106 em dois locais do bloco operatório e dois

no quarto de isolamento. Os meios de crescimen-to dos indicadores biológicos foram incubados por um tempo mínimo de 5 dias a 56-60ºC, controlan-do o seu crescimento por mudança de cor.

Tabela II

LOCALIZAÇÃO DOS INDICADORES

LOCALIZAÇÃO

INDICADORES QUÍMICOS INDICADORES BIOLÓGICOS

BLOCO OPERATÓRIO

1, 2, 3, 4 4 esquinas superiores e inferiores do bloco

5 Parte inferior da mesa cirúrgica Parte superior da mesa cirúrgica Parte inferior da mesa cirúrgica

6 Parte posterior do PC do braço do equipamento cirúrgico

7 Parte traseira da coluna do equipamento cirúrgico

8 Parte superior da lâmpada cirúrgica

9 Interior da gaveta do equipamento

10 Teclado e parte traseira do PC colocado numa parede

QUARTO DE ISOLAMENTO

1, 2, 3, 4 4 esquinas superiores e inferiores do quarto

5, 6, 7, 8 4 esquinas superiores e inferiores da adufa

9 Parte inferior da cama Parte superior da cama Parte inferior da cama

10 Parte posterior do braço do equipamento cirúrgico

11 Teclado e parte traseira do PC colocado numa parede

12 Parte posterior do sofá

BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL | CENES

__

__

__

__

__

__

__

__

__

__

__

Page 32: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

A localização dos indicadores químicos e dos in-dicadores biológicos e dos testes desafio respe-tivos, é a exposta nas Figuras 5 e 6, detalhadas na Tabela II com os números dos planos. As le-tras dos planos fazem referência aos elementos que compõem o sistema de Biodescontaminação VHP® ARD, designados por: A) unidade básica, B) cartucho desumidificador, C) circulador de ar e D) arejador auxiliar.

RESULTADOS

As concentrações de vapor de peróxido de hidrogé-nio no ar do bloco operatório alcançaram resultados conforme demonstrado na Figura 7. O ponto mais alto aproxima-se dos 500ppm, e superam 400ppm durante 40 minutos. Utilizou-se o cartucho de desu-midificador pequeno.

A Figura 8 descreve a curva de concentração de pe-róxido de hidrogénio no quarto de isolamento para proteção de queimados. Observa-se que o ponto má-ximo de concentração se situa em 375ppm e que o tempo total em que a concentração supera 250ppm é de 89 minutos. Utilizou-se o cartucho desumidifica-dor grande. Estes valores devem-se ao facto de que a programação do ciclo inicial (30 minutos a 400ppm) ter sido modificada automaticamente pela unidade ARD na fase 2 (90 minutos a 250ppm) por não ter al-cançado os níveis de concentração. Com 90 minutos a 250ppm, procedeu-se ao cancelamento manual da fase 3, passando diretamente para a fase de areja-

mento. O nível de H2O2 medido no final do ciclo e ao entrar na sala foi de 2ppm medidos com o Dräger Pac III passando a 0ppm imediatamente após a aber-tura do local e consequente arejamento.

Em coerência com o registado graficamente, todos os indicadores de exposição ao peróxido de hidro-génio mudaram de cor, comprovando uma exposi-ção suficiente. Todos os indicadores biológicos de concentração diversa, 104, 105, e 106 de esporas de Geobacillus stearothermophilus, depois de um período de incubação de cinco dias a 56ºC, não apre-sentaram crescimento bacteriano.

COMENTÁRIOS De salientar, que a eficácia do sistema VHP® ARD já havia sido comprovada, com êxito, em ocasiões ante-riores, em locais hospitalares21. Neste ensaio em par-ticular destacam-se inúmeras vantagens, entre elas, a eficácia germicida demonstrada, atingindo níveis estéreis, e a inocuidade do método tanto para o meio ambiente como para os materiais e pessoas. A simpli-cidade do processo químico, no qual não são produzi-das moléculas intermédias e as moléculas finais são tão naturais como o oxigénio e a água, contribuem para estes resultados e evitam a humidificação das superfícies. A compatibilidade com os equipamentos de alta tecnologia médica também é outro fator mui-to importante uma vez que a sua presença é maior nas áreas críticas hospitalares e incluem circuitos ele-trónicos que exigem precauções elevadas. Por outro

Magaz ine32

Mag

azin

e C

EN

ES

Edi

ção

n.º

4 O

ut 2

016

entre elas, a eficácia germicida demostrada, atingindo níveis estéreis, e a inocuidade do método tanto para o meio ambiente como para os materiais e pessoas. A simplicidade do processo químico, no qual não são produzidas moléculas intermédias e as moléculas finais são tão naturais como o oxigénio e a água, contribuem para estes resultados e evitam a humidificação das superfícies. A compatibilidade com os equipamentos de alta tecnologia médica também é outro fator muito importante uma vez que a sua presença é maior nas áreas críticas hospitalares e incluem circuitos eletrónicos que exigem precauções elevadas. Por outro lado, grande parte destes equipamentos apresenta uma estrutura complexa e praticamente inacessível a uma desinfeção manual. A crescente preocupação para com os pacientes em condições criticas e a seleção microbiana dentro dos meios de assistência faz com que a descontaminação ambiental, no âmbito sanitário, tenha toda a legitimidade e possa, inclusive, em situações emergentes, ser a solução radical para extinguir surtos epidemiológicos, que de outra forma, se tornariam um problema persistente.

De salientar, que em relação à regulamentação de suporte que regula esta tecnologia no sector hospitalar17, é maioritariamente muito recente, sobretudo no que concerne a ambientes interiores-29, tendo no máximo 2 décadas e em condições mais restr itas, as das “salas brancas” já mencionadas30.

Ainda que a historia dos hospitais conte já com mais de 2 milénios e as suas condições higiénicas uma preocupação constante desde o início, a maior coletânea de documentação técnica e especializada nesta matéria surge numa época mais recente. Depois das recomendações inovadoras na área da biosegurança por parte das SEMPSPH e INSALUD, de 200031, surgiram também os standards norte-americanos de ASHRAE, a Norma UNE 100713 (2005) 32 e os Guias de

Figura 5- Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório. Figura 6- Equipamento e localização de IQ e IB no quarto de

isolamento.

Figura 7.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no Bloco Operatório.

Figura 8.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no quarto de isolamento

0 50

100 150 200 250 300 350 400 450 500

15:5

3

17:3

2

18:5

9

20:2

4

21:4

0

22:5

7

0:13

1:29

2:45

4:01

5:18

6:34

7:50

9:06

0

100

200

300

400

12:1

0

13:3

6

14:5

6

16:1

1

17:2

3

18:2

9

19:3

5

20:4

1

21:4

7

22:5

3

23:5

8

1:04

2:10

3:16

4:22

5:27

6:33

7:39

8:45

entre elas, a eficácia germicida demostrada, atingindo níveis estéreis, e a inocuidade do método tanto para o meio ambiente como para os materiais e pessoas. A simplicidade do processo químico, no qual não são produzidas moléculas intermédias e as moléculas finais são tão naturais como o oxigénio e a água, contribuem para estes resultados e evitam a humidificação das superfícies. A compatibilidade com os equipamentos de alta tecnologia médica também é outro fator muito importante uma vez que a sua presença é maior nas áreas críticas hospitalares e incluem circuitos eletrónicos que exigem precauções elevadas. Por outro lado, grande parte destes equipamentos apresenta uma estrutura complexa e praticamente inacessível a uma desinfeção manual. A crescente preocupação para com os pacientes em condições criticas e a seleção microbiana dentro dos meios de assistência faz com que a descontaminação ambiental, no âmbito sanitário, tenha toda a legitimidade e possa, inclusive, em situações emergentes, ser a solução radical para extinguir surtos epidemiológicos, que de outra forma, se tornariam um problema persistente.

De salientar, que em relação à regulamentação de suporte que regula esta tecnologia no sector hospitalar17, é maioritariamente muito recente, sobretudo no que concerne a ambientes interiores-29, tendo no máximo 2 décadas e em condições mais restr itas, as das “salas brancas” já mencionadas30.

Ainda que a historia dos hospitais conte já com mais de 2 milénios e as suas condições higiénicas uma preocupação constante desde o início, a maior coletânea de documentação técnica e especializada nesta matéria surge numa época mais recente. Depois das recomendações inovadoras na área da biosegurança por parte das SEMPSPH e INSALUD, de 200031, surgiram também os standards norte-americanos de ASHRAE, a Norma UNE 100713 (2005) 32 e os Guias de

Figura 5- Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório. Figura 6- Equipamento e localização de IQ e IB no quarto de

isolamento.

Figura 7.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no Bloco Operatório.

Figura 8.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no quarto de isolamento

0 50

100 150 200 250 300 350 400 450 500

15:5

3

17:3

2

18:5

9

20:2

4

21:4

0

22:5

7

0:13

1:29

2:45

4:01

5:18

6:34

7:50

9:06

0

100

200

300

400

12:1

0

13:3

6

14:5

6

16:1

1

17:2

3

18:2

9

19:3

5

20:4

1

21:4

7

22:5

3

23:5

8

1:04

2:10

3:16

4:22

5:27

6:33

7:39

8:45

Figura 5 - Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório. Figura 5 - Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório.

CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

Page 33: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine

33 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

lado, grande parte destes equipamentos apresenta uma estrutura complexa e praticamente inacessível a uma desinfeção manual. A crescente preocupação para com os pacientes em condições criticas e a se-leção microbiana dentro dos meios de assistência faz com que a descontaminação ambiental, no âmbito sanitário, tenha toda a legitimidade e possa, inclusive, em situações emergentes, ser a solução radical para extinguir surtos epidemiológicos, que de outra forma, se tornariam um problema persistente. De salientar, que em relação à regulamentação de suporte que regula esta tecnologia no sector hospi-talar17, é maioritariamente muito recente, sobretudo no que concerne a ambientes interiores-29, tendo no máximo 2 décadas e em condições mais restritas, as das “salas brancas” já mencionadas30.

Ainda que a historia dos hospitais conte já com mais de 2 milénios e as suas condições higiéni-cas uma preocupação constante desde o início, a maior coletânea de documentação técnica e es-pecializada nesta matéria surge numa época mais recente. Depois das recomendações inovadoras na área da biosegurança por parte das SEMPS-PH e INSALUD, de 200031, surgiram também os standards norte-americanos de ASHRAE, a Norma UNE 100713 (2005) 32 e os Guias de CDC (2003, 2007) 19,20, para citar somente algumas das mais relevantes. Todas elas perspectivando a proteção do paciente, sem esquecer das mais tradicionais elaboradas do ponto de vista laboral, por entidades de renome internacionais, tais como a ACGIH ou NIOSH, ou em Espanha o INHST. O controlo de in-feção nos blocos operatórios foi-se estabelecendo

entre elas, a eficácia germicida demostrada, atingindo níveis estéreis, e a inocuidade do método tanto para o meio ambiente como para os materiais e pessoas. A simplicidade do processo químico, no qual não são produzidas moléculas intermédias e as moléculas finais são tão naturais como o oxigénio e a água, contribuem para estes resultados e evitam a humidificação das superfícies. A compatibilidade com os equipamentos de alta tecnologia médica também é outro fator muito importante uma vez que a sua presença é maior nas áreas críticas hospitalares e incluem circuitos eletrónicos que exigem precauções elevadas. Por outro lado, grande parte destes equipamentos apresenta uma estrutura complexa e praticamente inacessível a uma desinfeção manual. A crescente preocupação para com os pacientes em condições criticas e a seleção microbiana dentro dos meios de assistência faz com que a descontaminação ambiental, no âmbito sanitário, tenha toda a legitimidade e possa, inclusive, em situações emergentes, ser a solução radical para extinguir surtos epidemiológicos, que de outra forma, se tornariam um problema persistente.

De salientar, que em relação à regulamentação de suporte que regula esta tecnologia no sector hospitalar17, é maioritariamente muito recente, sobretudo no que concerne a ambientes interiores-29, tendo no máximo 2 décadas e em condições mais restr itas, as das “salas brancas” já mencionadas30.

Ainda que a historia dos hospitais conte já com mais de 2 milénios e as suas condições higiénicas uma preocupação constante desde o início, a maior coletânea de documentação técnica e especializada nesta matéria surge numa época mais recente. Depois das recomendações inovadoras na área da biosegurança por parte das SEMPSPH e INSALUD, de 200031, surgiram também os standards norte-americanos de ASHRAE, a Norma UNE 100713 (2005) 32 e os Guias de

Figura 5- Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório. Figura 6- Equipamento e localização de IQ e IB no quarto de

isolamento.

Figura 7.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no Bloco Operatório.

Figura 8.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no quarto de isolamento

0 50

100 150 200 250 300 350 400 450 500

15:5

3

17:3

2

18:5

9

20:2

4

21:4

0

22:5

7

0:13

1:29

2:45

4:01

5:18

6:34

7:50

9:06

0

100

200

300

400

12:1

0

13:3

6

14:5

6

16:1

1

17:2

3

18:2

9

19:3

5

20:4

1

21:4

7

22:5

3

23:5

8

1:04

2:10

3:16

4:22

5:27

6:33

7:39

8:45

entre elas, a eficácia germicida demostrada, atingindo níveis estéreis, e a inocuidade do método tanto para o meio ambiente como para os materiais e pessoas. A simplicidade do processo químico, no qual não são produzidas moléculas intermédias e as moléculas finais são tão naturais como o oxigénio e a água, contribuem para estes resultados e evitam a humidificação das superfícies. A compatibilidade com os equipamentos de alta tecnologia médica também é outro fator muito importante uma vez que a sua presença é maior nas áreas críticas hospitalares e incluem circuitos eletrónicos que exigem precauções elevadas. Por outro lado, grande parte destes equipamentos apresenta uma estrutura complexa e praticamente inacessível a uma desinfeção manual. A crescente preocupação para com os pacientes em condições criticas e a seleção microbiana dentro dos meios de assistência faz com que a descontaminação ambiental, no âmbito sanitário, tenha toda a legitimidade e possa, inclusive, em situações emergentes, ser a solução radical para extinguir surtos epidemiológicos, que de outra forma, se tornariam um problema persistente.

De salientar, que em relação à regulamentação de suporte que regula esta tecnologia no sector hospitalar17, é maioritariamente muito recente, sobretudo no que concerne a ambientes interiores-29, tendo no máximo 2 décadas e em condições mais restr itas, as das “salas brancas” já mencionadas30.

Ainda que a historia dos hospitais conte já com mais de 2 milénios e as suas condições higiénicas uma preocupação constante desde o início, a maior coletânea de documentação técnica e especializada nesta matéria surge numa época mais recente. Depois das recomendações inovadoras na área da biosegurança por parte das SEMPSPH e INSALUD, de 200031, surgiram também os standards norte-americanos de ASHRAE, a Norma UNE 100713 (2005) 32 e os Guias de

Figura 5- Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório. Figura 6- Equipamento e localização de IQ e IB no quarto de

isolamento.

Figura 7.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no Bloco Operatório.

Figura 8.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no quarto de isolamento

0 50

100 150 200 250 300 350 400 450 500

15:5

3

17:3

2

18:5

9

20:2

4

21:4

0

22:5

7

0:13

1:29

2:45

4:01

5:18

6:34

7:50

9:06

0

100

200

300

400

12:1

0

13:3

6

14:5

6

16:1

1

17:2

3

18:2

9

19:3

5

20:4

1

21:4

7

22:5

3

23:5

8

1:04

2:10

3:16

4:22

5:27

6:33

7:39

8:45

Figura 7 - Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no Bloco Operatório.

Figura 8 - Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no quarto de isolamento

BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL | CENES

Page 34: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine34

Mag

azin

e C

EN

ES

Edi

ção

n.º

4 O

ut 2

016

de forma decidida33, e em geral, alargou-se a todo os locais críticos hospitalares como consequência da recente normativa UNE 171330-4, específica sobre “áreas controladas” dentro dos espaços sa-nitários34.

CONCLUSÃO À vista dos resultados obtidos, a técnica ensaiada é viável e recomendada para o meio hospitalar, resol-vendo problemas de flora residente, com níveis de redução de até 106.

BIBLIOGRAFIA1. Carrillo JL , Riera Perelló P, Gago R: “La introducción en España

de las hipótesis miasmáticas y prácticas fumigatorias. Historia de una polémica (JM Aréjula-MJ Cabanellas).” Medicina e Historia, nº 67; Barcelona, abril 1977.

2. Leski, E: “El hospitalismo. Consideración histórica.” Hexágono Roche, 1979; 2(1): 1-10.

3. McDonnell, G: “Antisepsis, Disinfection, and Sterilization: Types, Action, and Resistance.” ASM Press; Washington DC, 2007. ISBN: 978- 1-55581-392-5.

4. McDonnell, G; Russell, AD: “Antiseptics and disinfectants: Activity, Action and Resistance.” Clin Microbiol, 1999; Rev 12: 147-179.

5. Exner, M: “Divergent opinions on surface disinfection: myths or pre- vention? A review of the literarture.” GMS Krakenhhyg Interdiszip, 2007; 2 (1): Doc 19.

6. Mitchell M: “Infection control´s new frontier.” Managing Infection Control, mayo 2007; 32-3.

7. STERIS Corporation: “VHP® (Vaporized Hydrogen Peroxide) Bio- decontamination Technology.” Technical Data Monograph STERIS Ltd; Hampshire, UK, Junio 2003.

8. Hultman C, Hill, A, McDonnell, G: “The Physical Chemistry of Decontamination with Gaseous Hydrogen Peroxide.” Pharmaceutical Engineering, 2007; 27 (1): 22-32.

9. McDonnell G: “Hydrogen peroxide fogging/fumigation.” J Hosp Infect, 2005; 62: 385-386.

10. McDonnell G: “Fumigation of Enclosed Environments.” ISSM Annual Yearbook, 2003.

11. Meszaros, JE, Antloga K, Justi C, Plesnicher C, McDonnell G: “Area Fumigation with Hydrogen Peroxide Vapor.” Applied Biosafety, 2005; 10(2): 91-100.

12. Krause, J, McDonnell, G, Riedesel H: “Biodecontamination of animal rooms and heat sensitive equipment with Vaporized Hydrogen Peroxide.” Cont Topics, 2001; 40:18-21.

13. Krishnan J, Berry JD, Fey G, Wagener S: “Vaporized Hydrogen Peroxide based Biodecontamination of a High Containment Laboratory under negative pressure.” Applied Biosafety, 2006; 11(2): 76-80.

14. Malmborg A, Wingren M, Bonfield P, and McDonnell G: “Room decon- tamination with vaporized hydrogen peroxide.” Cleanrooms; Noviembre, 2001.

15. McDonnell, G: “The hospital environment and disinfection”. NHS Healthcare, 2005; 72-73.

16. Kramer A, Schwebke I, Kampf G: “How long do nosocomial pathogens persist on inanimates surfaces? A systematic review.” BMC Infect Dis, 2006; 16: 130.

17. Vaquero de la Hoz, María Teresa: “Calidad del Aire Interior (IAQ) en las edificaciones hospitalarias”. Universidad de Valladolid, 2011. http://uvadoc.uva.es/handle/10324/836. (Tesis Doctoral)

18. Kahnert A, Seiler P, Stein M, Aze B, McDonnell G, Kautmann SH: “Decontamination with vaporized hydrogen peroxide is effective against Mycobacterium tuberculosis.” The Society for Applied Microbiology. Letters in Applied Microbiology, 2005; 40: 448-52.

19. CDC: “Guidelines for Environmental Infection Control in Health Care Facilities. Recommendations of CDC and Health Care Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC).” MMWR, 2003; 52 (RR 10): 1-42.

20. Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M, Chierello L, and Healthcare Infection Control Practice Advisory Committee: “Guideline for Isolation Precautions: Preventing Transmission of Infectious Agents in Healthcare Settings 2007.” CDC; Atlanta, 2007; http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/isolation/isolation2007.pdf

21. McDonnell G, Bonfield P, Domínguez Hernández V: “The safe and effective fumigation of hospital areas with a new fumigation method.” 34th Annual APIC Education Conference and Annual Meeting; San Jose, California, 24-28 de junio de 2007; Vol 35 Nº 5.

22. Hartly J, McQueen S, Hollis M, Philps A, McDonnell G: “A new met- hod of environmental disinfection and use in the control of MRSA out- breaks.” 34th Annual APIC Education Conference and Annual Meeting; San Jose, California, 24-28 de junio de 2007; Vol 35, Nº 5.

23. Fichet G, Antioga, K, Comoy E, Deslys, JP, McDonnell G: “Prion inac- tivation using a new gaseous hydrogen peroxide sterilization process.” J Hosp Infect, 2007; 67: 278-286.

24. Vega Buendía AM: “Tecnología con peróxido de hidrógeno vaporizado (VHP): esterilización de dispositivos médicos empaquetados y esterili- zación ambiental”. El Autoclave, 2008; 20 (1): 20-25.

25. STERIS Corporation: “Manual del operador. Unidad de biodesconta- minación VHP® 1000 ARD”. STERIS Ltd, Hampshire, UK, 2007. (12/18/07).

26. AENOR: Norma UNE 100011:1991. “Climatización. La ventilación para una calidad aceptable del aire en la climatización de los locales.”

27. AENOR: UNE EN 13098:2001. “Atmósferas en el lugar de trabajo. Directrices para la medición de microorganismos y endotoxinas sus- pendidas en el aire.”

28. AENOR: Norma UNE 171210:2008. “Calidad ambiental de interiores. Buenas prácticas en planes de desinfección, desinsectación y desrati- zación.”

29. AENOR: Norma UNE 171212:2008. “Calidad ambiental de interiores. Buenas prácticas en las operaciones de limpieza.”

30. AENOR: Norma UNE EN ISO 14644-1:2000. “Salas limpias y locales anexos. Parte 1: Clasificación de la limpieza del aire.”

31. Grupo de Trabajo de la SEMPSPH y el INSALUD: “Recomendaciones para la verificación de la bioseguridad ambiental respecto a hongos oportunistas.” Med Prev, 1999; 1: 15-20.

32. AENOR: UNE EN 100713:2005. “Instalaciones de acondicionamiento de aire en hospitales.”

33. Cruceta Arbolés, G: “Verificación y validación de la calidad ambien- tal en áreas quirúrgicas.” Ingeniería Hospitalaria, 2005.

34. Domínguez Hernández, V: “Documento de consenso de la SEMPSPH sobre la validación de salas de ambiente controlado en hospitales.” Málaga, Junio de 2009.

CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

Page 35: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine

COMO SE FAZ? | CENES

monitorização de parâmetros físicos e micro-biológicos em salas limpas de uso hospitalar (ambientes de trabalho asséptico) é um pro-

cesso fundamental no que respeita à prevenção de ocorrência de infeções nosocomiais e consequente segurança dos seus utentes. Em qualquer ambiente onde exista presença humana, a ausência de micror-ganismos é de certa forma inevitável, pelo que, o objetivo máximo de um programa de controlo e mo-nitorização em salas limpas é determinar/impedir a existência de partículas viáveis (microrganismos) ou não viáveis, que poderão constituir risco à ocorrência de infeções (nosocomiais), mediante contacto direc-to com o utente, ou de forma indireta, por conta-minação de materiais (estéreis) que posteriormente entrarão em contacto com o utente.

À eficácia dos protocolos de limpeza, desinfeção e con-dições de assepsia inerentes ao funcionamento deste tipo de ambientes (fardamento, procedimentos/técni-cas de trabalho), juntam-se outros componentes “cha-ve” para o controlo e manutenção da qualidade do ar.

A nível físico, destaca-se a importância do controlo e monitorização de temperatura, humidade relativa, concentração de partículas totais (classificação ISO-

GMP), pressões diferenciais, eficácia e eficiência dos estágios de filtração de ar (“leak test”) e taxas de renovação de ar. A nível microbiológico, a determi-nação de partículas viáveis (unidades formadoras de colónias), seja por exposição de placas de sedimen-tação, seja por utilização de método ativo, com vista à determinação de eventuais partículas viáveis em suspensão.

A multiplicidade de fatores existentes e a sua inter-relação, bem como a relativa imprecisão e variabilida-de dos métodos de ensaio microbiológicos existen-tes, evidencia a necessidade e complementaridade da análise em conjunção dos parâmetros físicos e microbiológicos para garantir uma completa avalia-ção da qualidade do ar.

Igualmente essencial, e complementar à definição dos parâmetros a ensaiar, é o estabelecimento de um plano periódico de ensaios/monitorização, o qual garanta resultados que permitam o diagnóstico ne-cessário e a eventual aplicação de ações corretivas e/ou preventivas, previamente definidas, cujo objeti-vo último será a segurança do utente hospitalar.

Eng. João Santos, Validação de Salas Limpas da Tradelabor

Tradelabor: Monitorização Ambiental

A

35 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Page 36: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

CENES | ENTREVISTAMagaz ine

36 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Como surgiu a Sociedade Por-tuguesa de Pneumologia e qual tem sido o papel da mesma na prevenção das doenças respira-tórias dos portugueses?A Sociedade Portuguesa de Pneu-mologia, surge em 1974, pela ne-cessidade sentida por diversos profissionais que se afirmavam como expoentes na prestação de cuidados de saúde respiratórios, com o objetivo de promover e proteger a saúde respiratória dos portugueses, apostando sempre na educação e na formação pro-fissional, através de estímulo ao desenvolvimento de estudos e à divulgação de todos os assuntos relacionados com a patologia res-piratória, sob qualquer aspeto ou modalidade.

Nos últimos anos temos procu-rado assumir um papel relevan-te na resposta às necessidades urgentes na área respiratória, não apenas numa perspetiva preventiva, com enfoque no ta-

bagismo, na poluição atmosféri-ca, na vacinação e na correta uti-lização de antibioterapia, como igualmente numa indispensável aposta no contínuo aperfeiçoa-mento e modernização dos ser-viços hospitalares, numa mais eficaz interação domiciliar e na disseminação da acessibilidade da população aos cuidados de saúde, que constituem exem-plos paradigmáticos aos cuida-dos respiratórios domiciliares e a reabilitação respiratória e, globalmente, na promoção da qualidade de vida dos nossos doentes.

Quais os maiores desafios ou dificuldades e quais as gran-des conquistas que já foram feitas pela SPP?Os grandes desafios centram-se na aposta na prevenção da doença respiratória, de que não é demais salientar o papel de re-levância nefasta do tabagismo, mas também da poluição do-

méstica, ocupacional e ambien-tal e das infeções respiratórias.Um dos grandes desafios recen-tes da SPP é sem dúvida a sua in-ternacionalização, que passa por um novo posicionamento e por uma maior abertura para a Euro-pean Respiratory Society (ERS).

Os grandes desafios centram-se na aposta na prevenção da doença respiratória

Tendo como fundamento nucle-ar a promoção da saúde respira-tória e enquanto sociedade cien-tífica, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia foi, é e sempre será o reflexo da capacidade de intervenção dos seus asso-ciados, num país onde a saúde respiratória não deve nem pode ser ignorada, pois representa um significativo impacto na saú-de da população.

Prof. Dr. Carlos Robalo Cordeiro Presidente da SPP

Page 37: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

No âmbito da Comissão de Téc-nicas Endoscópicas da SPP, a temática da esterilização e re-processamento dos dispositivos médicos tem sido abordada?Apesar de ser um tema muito pertinente, nos últimos anos não tem sido abordado nas reu-niões da Comissão de Trabalho de Técnicas Endoscópicas.

Considera que pode existir uma relação direta entre a qua-lidade dos serviços de esteri-lização/ reprocessamento de dispositivos mé dicos e as in-feções decorrentes de exames diagnóstico?As infeções ou pseudo-infeções decorrentes da deficiente limpe-za e desinfeção dos aparelhos de broncoscopia estão bem des-critas na literatura, sendo situa-ções raras. As mais frequentes são as pseudo-infeções, ou seja contaminação do canal de traba-lho por deficiente limpeza ou de-sinfeção que se traduz por cultu-ras positivas em colheitas, sem existir uma verdadeira infeção, sendo que na maioria das situ-ações os microrganismos não chegam a entrar em contacto

com o doente. O reconhecimen-to da situação é importante uma vez que uma pseudo-infeção poderá determinar o uso desne-cessário e inadequado de antibi-óticos.

Assim, para além da adequada limpeza e desinfeção dos apa-relhos, bem como dos aces-sórios utilizados, deverá haver uma vigilância microbiológica de eventuais surtos em cluster de organismos detectados por broncoscopia. A deteção de um cluster de microorganismos em doentes submetidos a broncos-copia deverá determinar uma in-vestigação de modo a apurar a origem do foco.

Estas situações são muito raras e só são passíveis de ocorrer quando as regras básicas de limpeza e desinfeção não são cumpridas. Na generalidade das Unidades de Endoscopia Respiratória os aparelhos são reprocessados por pessoal trei-nado (usualmente enfermeiros) o que minimiza a possibilidade da ocorrência deste tipo de in-feções.

De que forma pode a Sociedade Portuguesa de Pneumologia ser um interveniente ativo na sen-sibilização dos utentes, para a importância da correta esterili-zação de dispositivos médicos, no que respeita à utilização dos

mesmos em exames de diag-nóstico?A sensibilização não deve ser feita aos utentes, mas aos pro-fissionais que diretamente in-tervêm nos referidos exames. Tantos os médicos que execu-tam os exames como os enfer-meiros que assistem na realiza-ção dos mesmos devem saber as regras de correta limpeza e desinfeção dos aparelhos.Deve ser também da responsa-bilidade dos médicos que execu-tam os exames e que controlam os resultados obtidos, de modo a detetar precocemente um eventual cluster de infeção.

Deve ser também da responsabilidade dos médicos que executam os exames e que controlam os resultados obtidos

A SPP, através da Comissão de Técnicas Endoscópicas, po-derá intervir na organização de sessões de sen sibilização para médicos e enfermeiros que es-tejam envolvidos na realização de broncoscopias, não só das unidades de broncoscopia mas também de blocos operatórios ou unidades de medicina inten-siva, onde estes aparelhos são muitas vezes usados por não-pneumologistas.

Dr.ª Ana Oliveira Coordenadora da Comissão de Técnicas Endoscópicas da SPP

ENTREVISTA | CENES Magaz ine

37 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Page 38: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Reprocessamento de endoscópios - IA importância da desinfeção de endoscópiosTodos os microrganismos patogénicos e, ocasionalmente, aqueles que em condições normais não o são, podem produzir diversas infeções, se forem introduzidos de forma mecânica no interior do organismo, seja a realizar uma técnica cirúrgica, uma exploração invasiva ou simplesmente uma cura cirúrgica. Por outro lado, é muito importante ter em conta que as intervenções, explorações, curas, etc., se realizam cada vez mais em doentes com idades muito precoces ou muito avançadas, e por vezes com graves problemas associados. Estas infeções nosocomiais são um dos principais problemas com que nos deparamos atualmente a nível hospitalar, com graves repercussões, quer económicas, quer sociais.

Magaz ine

CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS38

Mag

azin

e C

EN

ES

Edi

ção

n.º

4 O

ut 2

016

Page 39: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

ntre as medidas com eficácia compro-vada na luta contra estas infeções no-socomiais encontram-se a limpeza e a

esterilização. A equipa de enfermagem pode e deve ter um papel muito importante na preven-ção deste tipo de infeções, mediante a realiza-ção da limpeza e esterilização dos materiais de forma metódica e precisa, dando a cada material o tratamento mais adequado, uma vez que estas tarefas são atividades muito ligadas à prática de enfermagem.

Não deve esquecer-se que o material endoscópi-co é um bem comum, que tem um custo muito elevado, e que a sua má utilização ou tratamento inadequado encurtam a vida do mesmo.

Por esse motivo, a Pentax Medical está envolvi-da de forma ativa na formação e no seguimento destes processos. Além disso, a Pentax Medical investe no I+D para modificar os seus produtos e facilitar a limpeza dos mesmos. Através de um rigoroso protocolo, certifica que, com a utilização adequada, os endoscópios serão absolutamente seguros e livres de infeções cruzadas.

A limpeza pode ser realizada de duas formasdistintas

1. Manual.2. Mecânica, com máquinas de lavar elétricas ou

por ultrassons.

A limpeza manual compreende quatro fases

A.- Limpeza do instrumental, com o detergente selecionado para tratar e dissolver a sujidade.

B.- Escovagem com uma escova de cerdas não metálicas (as cerdas metálicas podem danificar o aço) com a finalidade de libertar a sujidade.

C.- Enxaguamento com água desmineralizada (as águas muito duras podem produzir manchas no instrumental e, posteriormente, corrosão por picadas), sendo o enxaguamento reali-zado de forma minuciosa e com água abun-dante, para remover os restos orgânicos e o detergente. Não existe uma boa limpeza sem um enxaguamento perfeito, uma vez que qualquer resto de detergente atuará como barreira, impedindo a ação do agente esteri-lizante.

D.- Secagem, que se realizará imediatamente após o enxaguamento, para evitar a formação de man-chas na superfície do instrumental que acabariam por produzir corrosão no mesmo. Uma secagem defeituosa, com a existência de gotas de água, pode conduzir a uma esterilização incorreta, uma vez que as gotas de água podem atuar como bar-reira protetora sobre as bactérias.

Uma vez limpo o instrumental, procede-se à este-rilização do mesmo, de forma a evitar o contágio com vírus da hepatite B, C, VIH, etc., que se po-deria produzir através de picada por parte do pes-soal que o manipula, ao colocá-lo nos contentores cirúrgicos.

Limpeza mecânica elétrica (máquinas de lavar)

As máquinas de lavar elétricas possuem, geral-mente, vários programas, sendo estes cinco os principais:

- Pré-lavagem: programa útil para instrumental muito sujo.

- Lavagem do instrumental: nesta fase, a tempera-tura do interior da câmara não deve ser superior a 45°C para evitar a coagulação das albuminas que permaneceriam coladas à superfície do material e que acabariam por o deteriorar.

- Enxaguamento: nesta fase, a temperatura deve oscilar entre 75°C e 90°C.

- Desinfeção térmica: a 90°C durante 10 minutos para prevenir doenças profissionais na manipula-ção do instrumental.

- Secagem do material.- Atualmente, a tendência é limpar o instrumental

o máximo possível por este meio devido à sua rapidez e eficácia, para além de que o pessoal de enfermagem apenas manipula o instrumental contaminado.

Escolha do detergente

Dos múltiplos detergentes que existem no merca-do, a escolha do mesmo faz-se com base no seu poder desincrustante, na facilidade de penetração até aos pontos mais inacessíveis, eliminando san-gue, secreções, gordura, etc., que seja eficaz em águas duras, que não forme placas calcárias, que seja de enxaguamento fácil, que não seja corrosi-vo e que seja facilmente biodegradável.

E

Magaz ine

REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENES

39 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Page 40: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

O que é a desinfeção?

A desinfeção consiste na destruição dos micror-ganismos patogénicos e de inúmeros saprófitos. Deve desinfetar-se todo o material que vai estar em contacto com mucosas ou pele não íntegra dos doentes. Segundo a FDA, os desinfetantes de alto nível são substâncias químicas capazes de eli-minar em 15 a 30 minutos os germes patogénicos depositados sobre um material inerte, alterando esse material o mínimo possível. Esta destruição abrange toda a forma de vida vegetativa, bacté-rias, fungos, vírus, etc., menos as suas formas es-poruladas (esporos), exceto se aplicados durante longos períodos de tempo (6 horas ou mais) em solução integral.

Dos diversos materiais utilizados como desinfe-tantes de alto nível, existem atualmente dois mais conhecidos e de eficácia comprovada.O glutaraldeído a 2% e o glutaraldeído de fenola-to. A desinfeção realiza-se por imersão do mate-

rial em solução desinfetante, deixando a referida solução atuar durante 20 a 30 minutos, sendo o material depois depositado num recipiente com soro fisiológico ou envolto num pano estéril para a sua utilização.

O profissional de enfermagem verifica se o ma-terial está perfeitamente limpo, uma vez que a presença de restos orgânicos inativa a solução, bem como se a imersão do material a desinfetar é feita corretamente, ou seja, que não existem zonas de material que não estejam em contacto com o líquido desinfetante e que este não está fora de prazo.

Uma falha no processo de limpeza e desinfeção pode acarretar consequências negativas na pos-terior esterilização do material de endoscopia, favorecendo a transmissão destas infeções. Daí a importância do cumprimento rigoroso de todas as fases do processo de limpeza e desinfeção por parte dos profissionais de enfermagem.

Magaz ine

CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS40

Mag

azin

e C

EN

ES

Edi

ção

n.º

4 O

ut 2

016

Page 41: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine

REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENES

41 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Esterilização

A esterilização consiste na destruição de toda a forma de vida microbiana, incluindo esporos (os esporos são microrganismos mais resisten-tes ao calor, bem como a agentes químicos e radiações).

Não é possível demonstrar de forma eficaz o esta-do estéril de um material, quer porque os meios de que dispomos não são suficientes para demonstrar a presença de microrganismos vivos num objeto, deparando-nos com falsos negativos, quer porque o mesmo processo de verificação produziria uma contaminação involuntária, onde o material parece não estéril quando na realidade o está, deparan-do-nos com um falso positivo. A esterilidade de um objeto faz referência à probabilidade de que esse objeto não está contaminado. Isto significa que podemos encontrar um objeto não estéril en-

tre um milhão de objetos submetidos a esteriliza-ção. Tal é praticamente impossível de demonstrar, pelo que, na prática, consideramos que um objeto apresenta um estado estéril se este tiver sido sub-metido aos diversos processos de esterilização e a equipa da central de esterilização tiver validado todos os controlos realizados no processo.

É muito importante ter sempre em conta e res-peitar as recomendações relativas à esterilização do material indicadas pelo fabricante na etiqueta, bem como o cumprimento da norma CEE corres-pondente, eliminando todo o material de utilização única uma vez utilizado.

Cortés Ridaura, L.-D.U.E. Supervisor da Central de Esteriliza-ção do Hospital Geral Universitário de ValênciaDr. Emilio de la Morena,. Chefe do Serviço de Endoscopia doHospital da Zarzuela.

Líder Global no Controlo da Infecção

V-PRO® maX & V-PRO® 60Sistema de Esterilização de Baixa Temperatura H202 a 59%

Aumente a sua eficácia. Optimize o seu custo operacional. 60 ou 136 Litros, 12 ou 20 Lumens por ciclo, Plasma Free.

+ Fácil de Usar + Rápido + Versátil + Económico + Seguro + TranquiloTecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido de hidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil.

Aplicações: Centrais de Esterilização, Blocos Operatórios.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricanteswww.steris.com/products/devicematrix

Biodescontaminação 10-6 Sistema e Serviço de Biodescontaminação Ambiental

Elimine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Eficácia Anti-Microbiana contra largo espectro de microorganismos

+ Proactividade na Prevenção da Infecção HospitalarProcesso validado e controlado ambientalmente

Aplicações: Unidade de Cuidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas, Espaços Críticos e de Risco elevado, e em Espaços nos quais foram detectados Surtos.

Distribuidor Exclusivo

System 1® ExpressSistema Único de Esterilização no Ponto de Uso

Em 18 minutos, elimine a contaminação cruzada entre exames de endoscopia.+ Rápido + Seguro + Rentabilidade no Uso de Endoscópios + Versátil + Produtividade entre Exames

Para Endoscópios rígidos e flexíveis e todos os dispositivos médicos submergíveis com e sem lumens

& Reliance® EPSSistema de Desinfecção de Alto Nível para Endoscópios Flexíveis

Sabia que a Reliance EPS tem um sistema único sem conexões com Endoscópios?Prolongue a vida útil dos Endoscópios, Optimize o custo de manutenção.

+ Seguro + Tranquilo + EconómicoEliminação da descontaminação manualReprocessamento automático de dispositivos médicos com e sem lumens.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricantes: www.steris.com/products/devicematrix

Vitatech Healthcare TecnhologiesProjectos | Desinfecção & Esterilização | Biodescontaminação +351 217 968 081 | [email protected] | www.vitatech.pt

Especial Endoscopia

Reprocessamento automático de

Endoscópios.

Aplicações: Unidades de Exames

Especiais com Endoscopia (Urologia,

Ginecologia, Gastroenterologia,

Pneumologia, Cardiologia) e Blocos

Operatórios.

Líder Global no Controlo da Infecção

V-PRO® maX & V-PRO® 60Sistema de Esterilização de Baixa Temperatura H202 a 59%

Aumente a sua eficácia. Optimize o seu custo operacional. 60 ou 136 Litros, 12 ou 20 Lumens por ciclo, Plasma Free.

+ Fácil de Usar + Rápido + Versátil + Económico + Seguro + TranquiloTecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido de hidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil.

Aplicações: Centrais de Esterilização, Blocos Operatórios.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricanteswww.steris.com/products/devicematrix

Biodescontaminação 10-6 Sistema e Serviço de Biodescontaminação Ambiental

Elimine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Eficácia Anti-Microbiana contra largo espectro de microorganismos

+ Proactividade na Prevenção da Infecção HospitalarProcesso validado e controlado ambientalmente

Aplicações: Unidade de Cuidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas, Espaços Críticos e de Risco elevado, e em Espaços nos quais foram detectados Surtos.

Distribuidor Exclusivo

System 1® ExpressSistema Único de Esterilização no Ponto de Uso

Em 18 minutos, elimine a contaminação cruzada entre exames de endoscopia.+ Rápido + Seguro + Rentabilidade no Uso de Endoscópios + Versátil + Produtividade entre Exames

Para Endoscópios rígidos e flexíveis e todos os dispositivos médicos submergíveis com e sem lumens

& Reliance® EPSSistema de Desinfecção de Alto Nível para Endoscópios Flexíveis

Sabia que a Reliance EPS tem um sistema único sem conexões com Endoscópios?Prolongue a vida útil dos Endoscópios, Optimize o custo de manutenção.

+ Seguro + Tranquilo + EconómicoEliminação da descontaminação manualReprocessamento automático de dispositivos médicos com e sem lumens.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricantes: www.steris.com/products/devicematrix

Vitatech Healthcare TecnhologiesProjectos | Desinfecção & Esterilização | Biodescontaminação +351 217 968 081 | [email protected] | www.vitatech.pt

Especial Endoscopia

Reprocessamento automático de

Endoscópios.

Aplicações: Unidades de Exames

Especiais com Endoscopia (Urologia,

Ginecologia, Gastroenterologia,

Pneumologia, Cardiologia) e Blocos

Operatórios.

Líder Global no Controlo da Infecção

V-PRO® maX & V-PRO® 60Sistema de Esterilização de Baixa Temperatura H202 a 59%

Aumente a sua eficácia. Optimize o seu custo operacional. 60 ou 136 Litros, 12 ou 20 Lumens por ciclo, Plasma Free.

+ Fácil de Usar + Rápido + Versátil + Económico + Seguro + TranquiloTecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido de hidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil.

Aplicações: Centrais de Esterilização, Blocos Operatórios.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricanteswww.steris.com/products/devicematrix

Biodescontaminação 10-6 Sistema e Serviço de Biodescontaminação Ambiental

Elimine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Eficácia Anti-Microbiana contra largo espectro de microorganismos

+ Proactividade na Prevenção da Infecção HospitalarProcesso validado e controlado ambientalmente

Aplicações: Unidade de Cuidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas, Espaços Críticos e de Risco elevado, e em Espaços nos quais foram detectados Surtos.

Distribuidor Exclusivo

System 1® ExpressSistema Único de Esterilização no Ponto de Uso

Em 18 minutos, elimine a contaminação cruzada entre exames de endoscopia.+ Rápido + Seguro + Rentabilidade no Uso de Endoscópios + Versátil + Produtividade entre Exames

Para Endoscópios rígidos e flexíveis e todos os dispositivos médicos submergíveis com e sem lumens

& Reliance® EPSSistema de Desinfecção de Alto Nível para Endoscópios Flexíveis

Sabia que a Reliance EPS tem um sistema único sem conexões com Endoscópios?Prolongue a vida útil dos Endoscópios, Optimize o custo de manutenção.

+ Seguro + Tranquilo + EconómicoEliminação da descontaminação manualReprocessamento automático de dispositivos médicos com e sem lumens.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricantes: www.steris.com/products/devicematrix

Vitatech Healthcare TecnhologiesProjectos | Desinfecção & Esterilização | Biodescontaminação +351 217 968 081 | [email protected] | www.vitatech.pt

Especial Endoscopia

Reprocessamento automático de

Endoscópios.

Aplicações: Unidades de Exames

Especiais com Endoscopia (Urologia,

Ginecologia, Gastroenterologia,

Pneumologia, Cardiologia) e Blocos

Operatórios.

Líder Global no Controlo da Infecção

V-PRO® maX & V-PRO® 60Sistema de Esterilização de Baixa Temperatura H202 a 59%

Aumente a sua eficácia. Optimize o seu custo operacional. 60 ou 136 Litros, 12 ou 20 Lumens por ciclo, Plasma Free.

+ Fácil de Usar + Rápido + Versátil + Económico + Seguro + TranquiloTecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido de hidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil.

Aplicações: Centrais de Esterilização, Blocos Operatórios.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricanteswww.steris.com/products/devicematrix

Biodescontaminação 10-6 Sistema e Serviço de Biodescontaminação Ambiental

Elimine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Eficácia Anti-Microbiana contra largo espectro de microorganismos

+ Proactividade na Prevenção da Infecção HospitalarProcesso validado e controlado ambientalmente

Aplicações: Unidade de Cuidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas, Espaços Críticos e de Risco elevado, e em Espaços nos quais foram detectados Surtos.

Distribuidor Exclusivo

System 1® ExpressSistema Único de Esterilização no Ponto de Uso

Em 18 minutos, elimine a contaminação cruzada entre exames de endoscopia.+ Rápido + Seguro + Rentabilidade no Uso de Endoscópios + Versátil + Produtividade entre Exames

Para Endoscópios rígidos e flexíveis e todos os dispositivos médicos submergíveis com e sem lumens

& Reliance® EPSSistema de Desinfecção de Alto Nível para Endoscópios Flexíveis

Sabia que a Reliance EPS tem um sistema único sem conexões com Endoscópios?Prolongue a vida útil dos Endoscópios, Optimize o custo de manutenção.

+ Seguro + Tranquilo + EconómicoEliminação da descontaminação manualReprocessamento automático de dispositivos médicos com e sem lumens.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricantes: www.steris.com/products/devicematrix

Vitatech Healthcare TecnhologiesProjectos | Desinfecção & Esterilização | Biodescontaminação +351 217 968 081 | [email protected] | www.vitatech.pt

Especial Endoscopia

Reprocessamento automático de

Endoscópios.

Aplicações: Unidades de Exames

Especiais com Endoscopia (Urologia,

Ginecologia, Gastroenterologia,

Pneumologia, Cardiologia) e Blocos

Operatórios.

Prevenção e Controlo da InfeçãoBiodescontaminação Ambiental | Reprocessamento de Dispositivos Médicos+351 217 968 081 | [email protected] | www.vitatech.pt

Page 42: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

42 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6Magaz ine

CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS

Reprocessamento de endoscópios - IIA esterilização como um eficaz método de prevençãoOs Procedimentos Endoscópicos são métodos utilizados para diagnósticos precisos e terapêuticas invasivas em várias especialidades, incluindo a urologia, gastroenterologia, oncologia, ginecologia, pneumologia, entre outras. O risco de infeção em ambiente hospitalar é considerável, dependendo do tipo de procedimento endoscópico e principalmente da eficácia do reprocessamento. “As infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) incluem-se hoje entre as complicações mais frequentes de hospitalização. No início da década de noventa o Harvard Medical Practice Study constatou que, só uma IACS era a segunda mais importante das complicações adversas em doentes internados. As IACS apresentam muitas características que as tornam uma componente crítica de qualquer programa de segurança do doente.” (1). Desta forma, os endoscópios usados em hospitais e clínicas, podem ser fontes de infeção cruzada, quando o seu processo de reprocessamento não for efetivo. (2)

Page 43: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

partir da década de 80 a infeção hospitalar teve um aumento muito significativo, cha-mando a atenção da comunidade científi-

ca, que procurou validar e padronizar a utilização de agentes desinfetantes, antisséticos e esterili-zantes. (3)

Já na década de 90 começam a surgir as primeiras comissões de controlo de infeção hospitalar, que visam a sua atenção nos métodos de vigilância epidemiológica e tentativa de prevenção da infe-ção hospitalar. Em todo o ambiente hospitalar, a preocupação com o controlo de infeção passou a ser um ponto fulcral e constante. (3)

Assim poderemos afirmar que o reprocessamen-to de DM reutilizáveis acarreta complexos fatores que necessitam de considerar acima de tudo, a segurança do cliente. Para tal, a esterilização e os seus processos, deve ser entendida “como com-ponente essencial na qualidade dos materiais uti-lizados na prestação de cuidados, com um forte impacte no controlo de infeção nosocomial e no custo do cliente tratado (...) ” (4)

Atualmente, as precauções padrão são um con-junto de medidas amplamente difundidas nas uni-dades de saúde, que devem ser aplicadas pelos profissionais nos cuidados de rotina a todos os doentes com o objetivo de quebrar a cadeia de transmissão de infecção e proteger os profissio-nais de saúde (5).

Segundo o Plano Nacional de Controlo de Infeção, as precauções padrão “… constituem uma estra-tégia de primeira linha, para o controlo de infeções associadas à prestação de cuidados de saúde. São um conjunto de medidas que devem ser cumpri-das sistematicamente, por todos os profissionais que prestam cuidados de saúde, a todos os do-entes, independentemente de ser conhecido o seu estado infecioso. São destinadas a todas as pessoas que tenham contacto com os doentes em todos os locais onde sejam prestados cuidados de saúde, seja qual for o diagnóstico ou a suspeita de diagnóstico”. (6)

Considerando todos os doentes potenciais fon-tes de infeção, todos os acessórios utilizados nos procedimentos endoscópios devem ser reproces-sados infetados por igual após cada intervenção endoscópica.

Desinfeção de alto nível ou esterilização?

Os endoscópios são instrumentos sofisticados de utilização, sendo objeto de um design complexo, de difícil limpeza. (7)

De acordo com a classificação de Spaulding, dis-positivos médicos críticos que penetram o tecido estéril ou o sistema vascular devem ser esterili-zados, enquanto os dispositivos semicríticos que entram em contato com a pele ou membranas mu-cosas podem ser esterilizados ou desinfetados em alto nível. (8)

A

Magaz ine

43 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENES

Desinfeção de Alto Nível Esterilização

Dispositivos Médicos Semicríticos Críticos

Procedimentos Em contacto com membranas

mucosas.Penetra parcial ou totalmente

a membrana mucosa.

Aplicabilidade Endoscopias de menor risco Endoscopias de maior risco

Fonte: Spaulding EH, Lawrence Carl A Block Seymour Stanton Reddish George F. Chemical disinfection of medical and surgical materials. 1968

Page 44: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

44 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Manual

Semi-Automático

Automático - Desinfecção Alto Nível

Automático - Esterilização

+ Segurança+ Rastreabilidade

Ilustração 4A Evolução no Reprocessamento de Endoscópios

Fonte: CENES, 2016

Magaz ine

CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS

Uma modificação recentemente proposta para o sistema de classificação Spaulding seria expandir a definição dos itens críticos incluindo dispositivos que penetram tecidos estéreis ou o sistema vascular secundariamente através de uma membrana muco-sa (por exemplo, um broncoscópio permite examinar os brônquios através da boca ou do nariz). (9)

Até à data, têm sido alvo de um processo de de-sinfeção de alto nível, em virtude da sua classifi-cação de dispositivos semicríticos e pelo facto de não serem possíveis de esterilizar pelo método convencional a alta temperatura, por vapor satu-rado. (7,8)

Reprocessar endoscópios por desinfeção de alto nível tem sido considerado um processo seguro. Contudo, considera-se a margem de segurança mínima. Tendo em conta a carga bacteriana nor-mal, presente em dispositivos médicos, o método de desinfeção de alto nível apenas garante uma eliminação efetiva de cerca de 20% do total de carga microbiana, sendo que a restante carga mi-crobiana será irreversivelmente inativada pela de-sinfeção de alto nível, mas continuando contudo presente do dispositivo médico. (7)

Idealmente desejável seria a inativação da carga microbiana pela desinfeção, adjuvada pela elimi-nação dessa mesma carga, com um processo de esterilização.

Adotar o processo de esterilização, para todos os endoscópios flexíveis, será em termos de seguran-ça para o doente, o processo desejável. Isso pode ajudar a prevenir infeções de doentes submetidos a técnicas endoscópicas, pois a esterilização elimina todos os microrganismos e esporos de bactérias, que podem persistir mesmo após a desinfeção de alto nível. A modificação também abordará a questão de acessórios críticos de endoscópios que passam pelo endoscópio e podem ser expostos a agentes patogénicos residuais num endoscópio que não tenha sido esterilizado.

Razão pela qual, é importante considerar de for-ma global o reprocessamento de endoscópios, tal como acontece nos Serviços Centrais de Esterili-zação (SCE), e incluir a rastreabilidade total nas endoscopias realizadas em salas de operação ou em salas de exames especiais, assegurando deste modo o controlo sobre os processos.

São vários os fatores que comprometem a segu-rança do reprocessamento do endoscópio, e logo a segurança do doente, como a zona onde se pro-cessa a desinfeção dos endoscópios, pesando pela qualificação e responsabilidades dos técnicos que procedem à descontaminação, cuidados com as precauções universais de higiene (como lavagem das mãos) e culimando nos aspetos relativos aos próprios equipamentos (7). Qualquer quebra nes-ta cadeia não só pode provocar a transmissão de agentes patogénicos, como também aumenta o ris-co de desvios de diagnósticos.

A Evolução no Reprocessamento dos Endoscópios

Page 45: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

45 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Ilustração 1 - Critérios para a definição de protocolos

Fonte: CENES, 2016

Validação&

Registos

Normas Segurança

Risco

Tempo Preço

Formaçãoem BoasPráticas

Deste modo, os protocolos a observar no reprocessamento de endoscópios poderão ser definidos em função dos seguintes critérios, entre outros:

Os protocolos irão definir, entre outros, os circuitos de utilização e de reprocessamento nas diversas fases de processo.

As Fases do Ciclo de Utilização e Reprocessamento

O reprocessamento do endos-cópio está inserido num ciclo de utilização e reprocessamento, tal como outro qualquer dispositivo médico. No entanto, o local do seu reprocessamento pode diferir entre o SCE e no do ponto de uso, o que reduz substancialmente o tempo de reprocessamento, dis-ponibilizando o endoscópio para uso de forma mais célere.

Neste ciclo de utilização e repro-cessamento de endoscópios, a sala de reprocessamento de en-doscópios no ponto de uso deve possuir condições de segurança e eficácia, com acesso às tecno-logias necessárias, para garantir o funcionamento correto da unidade da endoscopia, permitindo a boa execução de todos os processos.

Eficácia Eficiência Protocolos

Ilustração 2 – Ciclo de Utilização e Reprocessamento de Endoscópios no Ponto de Uso Vs SCE

Fonte: CENES, 2016

1 - Uso7 - Logística

2 - Transporte

3 - Limpeza e Preparação

5 - Transporte

6 - Armazenamento

4 - Desinfecçãoou Esterilização

Magaz ine

REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENES

Page 46: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Processo o Pe

Processo

o Pe

Processo

o Peco

Processo

o Peca

Fonte:

Conclusão

A área de

limpeza e d

entre os dis

Os respons

baseadas em

dos seus pro

de lavagem ermite realiz

Rápid Fácil p Econó

semiautomáermite uma d

Rápid Segur Versá Econó

de desinfeçãermite reproonfortável pa

Proce Segur

autom Fácil ( Cump Unive

de esterilizaermite reprarecem de u

Proceprévia

Sistem Segur Fácil, Unive

CENES, 2016

reprocessam

desinfeção o

spositivos e o

sáveis técnic

m evidências

ocedimentos

e desinfeção

zar a lavagemo;

para o utilizaómico (para a

ático (com ladesinfeção vo (permite a

ro (disponibiltil (realizada

ómico (para a

ão de alto níocessar os enara os profis

esso totalmenro (realiza omática) (para o utilizaprimento da ersal (permite

ação (automáocessar endma esteriliza

esso totalmena); ma que permro (processo (para o utiliz

ersal, permite

mento deve

ou esterilizaç

os pacientes

cos pelo rep

s para atuali

s no reproce

o manual m e a desinfe

ador; a instituição

avagem prévvalidada de foadequar o teliza o registo

a todos os pra instituição

ível (automándoscópios dsionais. nte automát

o processo d

ador) Norma 1588e reprocessa

ático) doscópios cação: nte automát

mite uma estecom menor

zador); e reprocessa

ser concebi

ção que min

.

processamen

zação das di

essamento.

eção dos end

e/ou medico

via) orma rápidampo do ciclo

o); ocessos); e/ou medico

ático) de forma e s

tico validadode lavagem

83 1-4 ar todo o tipo

onsiderados

tico e rápido

erilização dorisco);

ar todo tipo d

ida para um

nimize a pot

nto de endo

iretrizes (boa

doscópios.

o)

e segura. o);

o).

segura para

; e desinfeçã

o de endoscó

s de risco e

(carece de u

o endoscópio

de endoscóp

ma execução

encial propa

oscópios dev

as práticas) a

o pacie

ão de f

ópios)

elevado

uma lava

o;

pios;

consciente

agação de ag

vem seguir

afim de max

de cada pa

gentes pato

as recomen

ximizarem a

asso de

génicos

ndações

eficácia

Processo o Pe

Processo

o Pe

Processo

o Peco

Processo

o Peca

Fonte:

Conclusão

A área de

limpeza e d

entre os dis

Os respons

baseadas em

dos seus pro

de lavagem ermite realiz

Rápid Fácil p Econó

semiautomáermite uma d

Rápid Segur Versá Econó

de desinfeçãermite reproonfortável pa

Proce Segur

autom Fácil ( Cump Unive

de esterilizaermite reprarecem de u

Proceprévia

Sistem Segur Fácil, Unive

CENES, 2016

reprocessam

desinfeção o

spositivos e o

sáveis técnic

m evidências

ocedimentos

e desinfeção

zar a lavagemo;

para o utilizaómico (para a

ático (com ladesinfeção vo (permite a

ro (disponibiltil (realizada

ómico (para a

ão de alto níocessar os enara os profis

esso totalmenro (realiza omática) (para o utilizaprimento da ersal (permite

ação (automáocessar endma esteriliza

esso totalmena); ma que permro (processo (para o utiliz

ersal, permite

mento deve

ou esterilizaç

os pacientes

cos pelo rep

s para atuali

s no reproce

o manual m e a desinfe

ador; a instituição

avagem prévvalidada de foadequar o teliza o registo

a todos os pra instituição

ível (automándoscópios dsionais. nte automát

o processo d

ador) Norma 1588e reprocessa

ático) doscópios cação: nte automát

mite uma estecom menor

zador); e reprocessa

ser concebi

ção que min

.

processamen

zação das di

essamento.

eção dos end

e/ou medico

via) orma rápidampo do ciclo

o); ocessos); e/ou medico

ático) de forma e s

tico validadode lavagem

83 1-4 ar todo o tipo

onsiderados

tico e rápido

erilização dorisco);

ar todo tipo d

ida para um

nimize a pot

nto de endo

iretrizes (boa

doscópios.

o)

e segura. o);

o).

segura para

; e desinfeçã

o de endoscó

s de risco e

(carece de u

o endoscópio

de endoscóp

ma execução

encial propa

oscópios dev

as práticas) a

o pacie

ão de f

ópios)

elevado

uma lava

o;

pios;

consciente

agação de ag

vem seguir

afim de max

de cada pa

gentes pato

as recomen

ximizarem a

asso de

génicos

ndações

eficácia

Processo o Pe

Processo

o Pe

Processo

o Peco

Processo

o Peca

Fonte:

Conclusão

A área de

limpeza e d

entre os dis

Os respons

baseadas em

dos seus pro

de lavagem ermite realiz

Rápid Fácil p Econó

semiautomáermite uma d

Rápid Segur Versá Econó

de desinfeçãermite reproonfortável pa

Proce Segur

autom Fácil ( Cump Unive

de esterilizaermite reprarecem de u

Proceprévia

Sistem Segur Fácil, Unive

CENES, 2016

reprocessam

desinfeção o

spositivos e o

sáveis técnic

m evidências

ocedimentos

e desinfeção

zar a lavagemo;

para o utilizaómico (para a

ático (com ladesinfeção vo (permite a

ro (disponibiltil (realizada

ómico (para a

ão de alto níocessar os enara os profis

esso totalmenro (realiza omática) (para o utilizaprimento da ersal (permite

ação (automáocessar endma esteriliza

esso totalmena); ma que permro (processo (para o utiliz

ersal, permite

mento deve

ou esterilizaç

os pacientes

cos pelo rep

s para atuali

s no reproce

o manual m e a desinfe

ador; a instituição

avagem prévvalidada de foadequar o teliza o registo

a todos os pra instituição

ível (automándoscópios dsionais. nte automát

o processo d

ador) Norma 1588e reprocessa

ático) doscópios cação: nte automát

mite uma estecom menor

zador); e reprocessa

ser concebi

ção que min

.

processamen

zação das di

essamento.

eção dos end

e/ou medico

via) orma rápidampo do ciclo

o); ocessos); e/ou medico

ático) de forma e s

tico validadode lavagem

83 1-4 ar todo o tipo

onsiderados

tico e rápido

erilização dorisco);

ar todo tipo d

ida para um

nimize a pot

nto de endo

iretrizes (boa

doscópios.

o)

e segura. o);

o).

segura para

; e desinfeçã

o de endoscó

s de risco e

(carece de u

o endoscópio

de endoscóp

ma execução

encial propa

oscópios dev

as práticas) a

o pacie

ão de f

ópios)

elevado

uma lava

o;

pios;

consciente

agação de ag

vem seguir

afim de max

de cada pa

gentes pato

as recomen

ximizarem a

asso de

génicos

ndações

eficácia

Processo o Pe

Processo

o Pe

Processo

o Peco

Processo

o Peca

Fonte:

Conclusão

A área de

limpeza e d

entre os dis

Os respons

baseadas em

dos seus pro

de lavagem ermite realiz

Rápid Fácil p Econó

semiautomáermite uma d

Rápid Segur Versá Econó

de desinfeçãermite reproonfortável pa

Proce Segur

autom Fácil ( Cump Unive

de esterilizaermite reprarecem de u

Proceprévia

Sistem Segur Fácil, Unive

CENES, 2016

reprocessam

desinfeção o

spositivos e o

sáveis técnic

m evidências

ocedimentos

e desinfeção

zar a lavagemo;

para o utilizaómico (para a

ático (com ladesinfeção vo (permite a

ro (disponibiltil (realizada

ómico (para a

ão de alto níocessar os enara os profis

esso totalmenro (realiza omática) (para o utilizaprimento da ersal (permite

ação (automáocessar endma esteriliza

esso totalmena); ma que permro (processo (para o utiliz

ersal, permite

mento deve

ou esterilizaç

os pacientes

cos pelo rep

s para atuali

s no reproce

o manual m e a desinfe

ador; a instituição

avagem prévvalidada de foadequar o teliza o registo

a todos os pra instituição

ível (automándoscópios dsionais. nte automát

o processo d

ador) Norma 1588e reprocessa

ático) doscópios cação: nte automát

mite uma estecom menor

zador); e reprocessa

ser concebi

ção que min

.

processamen

zação das di

essamento.

eção dos end

e/ou medico

via) orma rápidampo do ciclo

o); ocessos); e/ou medico

ático) de forma e s

tico validadode lavagem

83 1-4 ar todo o tipo

onsiderados

tico e rápido

erilização dorisco);

ar todo tipo d

ida para um

nimize a pot

nto de endo

iretrizes (boa

doscópios.

o)

e segura. o);

o).

segura para

; e desinfeçã

o de endoscó

s de risco e

(carece de u

o endoscópio

de endoscóp

ma execução

encial propa

oscópios dev

as práticas) a

o pacie

ão de f

ópios)

elevado

uma lava

o;

pios;

consciente

agação de ag

vem seguir

afim de max

de cada pa

gentes pato

as recomen

ximizarem a

asso de

génicos

ndações

eficácia

CONCLUSÃO

A área de reprocessamento deve ser conce-bida para uma execução consciente de cada passo de limpeza e desinfeção ou esteriliza-ção que minimize a potencial propagação de agentes patogénicos entre os dispositivos e os pacientes.

Os responsáveis técnicos pelo reprocessamento de endoscópios devem seguir as recomendações baseadas em evidências para atualização das dire-trizes (boas práticas) afim de maximizarem a eficá-cia dos seus procedimentos no reprocessamento. Os técnicos devem seguir as instruções dos fa-bricantes (IFUs) de cada dispositivo médico para garantir a integridade do dispositivo.

REFERÊNCIAS1. Pina, Elaine; Silva Maria Goreti; Da Silva, Eduardo; Uva, An-

tónio. Infeção relacionada com a prestação de cuidados de saúde: infeções da corrente sanguínea. Infeções Nosocomiais. Vol28, Nº1 – Janeiro/Junho 2010.

2. Machado, Alexandre; Pimenta, Ana; Contijo, Paulo. Microbiologic profile of flexible endoscope disinfection in two brazilian hospitals. V.46 – n.º 4 – out./dez. 2006

3. Freiberger, Mônica. Opinião dos pacientes cirúrgicos e conheci-mentos dos trabalhadores em centros de material e esterilização em relação aos artigos médico-hospitalares esterilizados. Disser-tação de mestrado, Brasília. 2006

4. DGS. Manual e Normas de Procedimentos para um Serviço Cen-tral de Esterilização. 2001

5. Portugal. Ministério da Saúde. Divisão de Saúde Ambiental. Plano de gestão de resíduos hospitalares em centros de saúde. Lisboa: DGS, 2007c. 112 p. ISBN 978-972-675-171-7

6. Jung Michael; Beilenhoff, Ulrike. Hygiene: The looming Achilles heel in endoscopy. 2016

7. Spaulding EH, Lawrence Carl A Block Seymour Stanton Reddish George F. Chemical disinfection of medical and surgical materials. In: Lawrence Carl A Block Seymour Stanton Reddish George F, ed. Disinfection, sterilization, and preservation. Philadelphia: Lea & Febiger; 1968:517-531.

8. Rutala WA. ERCP scopes: a need to shift from disinfection to steri-lization? Meeting of the FDA Gastroenterology and Urology Devices Panel of the Medical Devices Advisory Committee [transcript]. Anna-polis, MD: Free State Reporting, Inc.; Meeting date May 15, 2015.

Processo de lavagem e desinfeção manual • Permite realizar a lavagem e a desinfeção dos endoscópios.

Rápido; Fácil para o utilizador; Económico (para a instituição e/ou medico).

Processo semiautomático (com lavagem prévia)• Permite uma desinfecção validada de forma rápida e segura.

Rápido (permite adequar o tempo do ciclo); Seguro (disponibiliza o registo); Versátil (realizados todos os processos); Económico (para a instituição e/ou médico).

Processo de desinfeção de alto nível (automático)• Permite reprocessar os endoscópios de forma e segura para o paciente e

confortável para os profissionais. Processo totalmente automático validado; Seguro (realiza o processo de lavagem e desinfecção de forma automática) Fácil (para o utilizador) Cumprimento da Norma 15883 1-4 Universal (permite reprocessar todo o tipo de endoscópios).

Processo de esterilização (automático)• Permite reprocessar endoscópios considerados de risco elevado que carecem

de uma esterilização: Processo totalmente automático e rápido (carece de uma lavagem prévia); Sistema que permite uma esterilização do endoscópio; Seguro (processo com menor risco); Fácil (para o utilizador); Universal, permite reprocessar todo tipo de endoscópios.

Magaz ine

CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS46

Mag

azin

e C

EN

ES

Edi

ção

n.º

4 O

ut 2

016

Page 47: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

V-PRO® ™ Sistemas de Esterilização a Baixa TemperaturaINTRODUÇÃO

Foram desenvolvidos, até à data, um número de pro-cessos de esterilização por peróxido de hidrogénio gasoso, incluindo os habitualmente referidos como esterilizadores ‘’gás de plasma”. Não é claro qual o papel que o plasma desempenha na “esterilização” da carga (por exemplo, tal como descrito por Kre-bs et al4), mas desempenha um papel importante no processo global para garantir a segurança (isto é, para remover resíduos).

Como alternativa a estes processos, têm sido de-senvolvidos verdadeiros sistemas de esterilização por peróxido de hidrogénio gasoso. Têm sido utiliza-dos sistemas semelhantes ao longo de mais de 15 anos em várias instalações laboratoriais e de fabrico, mas só recentemente aplicados para aplicações de esterilização hospitalar de rotina. Estas são as séries do Esterilizador V-PROTM e são descritas em por-menor no presente relatório.

O PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO AMSCO V-PRO

O Esterilizador V-PRO maX e o Esterilizador V-PRO 60 (Figura 1) são as mais recentes adições a uma série de esterilizadores V-PRO destinados a serem utiliza-dos para a esterilização terminal de limpos, lavados e secos, metal reutilizável e instrumentos médicos não-metálicos usados em instalações de saúde, incluindo endoscópios cirúrgicos flexíveis e broncoscópios.

Figura 1 - Esterilizador V-PRO maX, Esterilizante VAPROX HC e Esterilizador V-PRO 60.

O sistema consiste, pelo menos, no esterilizador e esterilizante VAPROXTM HC e V - PRO . Os com-ponentes adicionais incluem indicadores biológicos, indicadores químicos e materiais de embalagem. O esterilizante VAPROX HC consiste em peróxido de hidrogénio líquido, o qual é usado para fazer o peró-xido de hidrogénio gasoso (peróxido de hidrogénio vaporizado também conhecido como VHP®) durante o processo de esterilização. O sistema é vantajoso uma vez que só utiliza peróxido de hidrogénio ga-soso para a esterilização na ausência de qualquer outro biocida ou a energia (por exemplo, plasma) de origem. O esterilizante VAPROX HC é um proprie-tário, 59% esterilizante peróxido hidrogénio líquido contido num copo multi-ciclo que foi projetado para o manuseamento seguro e fácil.

Os esterilizadores são concebidos com três ciclos de esterilização semelhantes, validados para permi-tir a esterilização de uma ampla variedade de dispo-sitivos médicos:

Ciclo Lúmen: usado para esterilizar instrumentos, incluindo aqueles com espaços de difusão restrita e lúmens internos em aço inoxidável. Este ciclo é especificamente projetado para garantir a esterili-zação de endoscópios lúmen rígidos e semi-rígidos. O ciclo validou pedidos de dispositivos lúmen ca-nalizados em aço inoxidável individuais, duplos e triplos.

Ciclo Não Lúmen: Um ciclo rápido utilizado para esterilizar instrumentos não-lúmen, incluindo aque-les com espaços de difusão restrita feitos de aço inoxidável, como a porção articulada de fórceps e tesouras, óptica rígida não-lúmen, endoscópios Da Vinci Si ou Xi, bem como outros dispositivos sen-síveis ao calor, tais como as pás de desfibrilação, pinças bipolares, baterias e cabos de luz, etc.

Ciclo flexível: um ciclo rápido utilizado para a esteri-lização de endoscópios cirúrgicos lúmen e flexíveis, como os utilizados em otorrinolaringologia, urologia e atendimento cirúrgico e broncoscópio.

Magaz ine

SISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA | CENES

47 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Page 48: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

CENES | SISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURAMagaz ine

48 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

São mostrados exemplos de cargas comuns na Figura 2.

Os ciclos de esterilização designados em todos os Esterilizadores V -PRO são projetados para serem equivalentes entre si em exposição a VHP e outras condições do processo, a eficácia antimicrobiana, compatibilidade de materiais e exigências de toxici-dade de acordo com exigências americanas, euro-peias, nacionais e internacionais. Isso inclui o cum-primento com a norma EN ISO 14937 Esterilização de produtos de cuidados de saúde.

Requisitos gerais para a caracterização de um agen-te esterilizante e para o desenvolvimento, validação e controlo de rotina de um processo de esterilização, incluindo a demonstração de esterilidade de acordo com EN 556 e um nível de garantia de esterilidade (SAL) de ≥10-6 de acordo com ANSI / AAMI ST 67.

Segue uma descrição de um ciclo do esterilizador V-PRO:

A carga a ser esterilizada é colocada dentro da câmara e a porta selada. Durante a primeira fase, o condicio-namento, a câmara é evacuada para remover o ar e a humidade residual dentro da carga. Esta fase é muito importante e acresce um grande benefício para a ope-ração dos sistemas de esterilização V-PRO, removen-do qualquer humidade menor residual da carga, asse-gurando, assim, um mais provável ciclo de sucesso.

A seguir é a fase de esterilização: É injectado peróxi-do de hidrogénio gasoso que se deixa difundir para a carga na câmara de pressão subatmosférica para a esterilização. Em todos os casos a fase de este-rilização é projetada para fornecer um nível mínimo

de garantia de esterilidade (SAL) de 10-6, de acordo com ANSI / AAMI ST 67 e EN 556. A fase de este-rilização consiste em quatro impulsos de exposição peróxido de hidrogénio gasoso. Após a conclusão do último impulso, a carga é automaticamente arejada, reduzindo a pressão no esterilizador. Qualquer peró-xido de hidrogénio gasoso na câmara é rapidamente esgotado através de um conversor catalítico que de-compõe de forma segura o gás para água e oxigénio. Por esta razão, não há ventilação especial (diferente daquele exigido pela boa prática) ou drenagem re-querida para a operação do sistema. Na conclusão do ciclo, a carga pode ser libertada imediatamente e parametricamente utilizada ou armazenada sem are-jamento suplementar necessário.

Na Figura 3, os gráficos dos ciclos de esterilização para o Esterilizador V-PRO maX.

Como o vapor, o peróxido de hidrogénio gasoso é um esterilizante de superfície. Por conseguinte, deve entrar em contacto com todas as superfícies a serem esterilizadas. Embalagem incorrecta, carga ou instrumentos molhados podem interferir com o pro-cesso de esterilização. Também devem ser tomadas precauções para assegurar que o endoscópio está correctamente preparado para a esterilização num processo à base de vácuo de acordo com as instru-ções do fabricante (por exemplo, utilizar a tampa de ventilação para prevenir danos no dispositivo).

Gráfico de Pressão do ciclo Não Lumen do V-PRO Ciclo maX

Doc#©201

esteracord

SeguA carfase, da casistemassegA segdifundcasosesterconsido úlQualqconverazãorequeimedineces Na Fig ComoconseEmbaestercorreas insdispo Figurfase d Gráfic

# A10501EN,

5, STERIS C

rilidade de acdo com ANS

ue uma descrrga a ser eso condiciona

arga. Esta famas de estegurando, assguir é a fasdir para a cas a fase derilidade (SAListe em quattimo impulsoquer peróxidersor catalítio, não há veerida para aiatamente essário.

gura 3, Os grá

o o vapor, eguinte, devalagem incorilização. Tamectamente prstruções do

ositivo).

ra 3. Exemplode condicionam

co de Pressã

, 2015-09, RCorporation

cordo com EI / AAMI ST 6

rição de um sterilizada é amento, a câase é muito erilização V-sim, um maise de esteriliarga na câme esterilizaçã) de 10-6, detro impulsoso, a carga édo de hidrogico que decentilação espa operação e parametric

ficos dos ciclo

o peróxidove entrar errecta, cargambém devemreparado parfabricante (p

o dos gráficos mento, fase d

ão do ciclo N

ev A

EN 556 e um67.

ciclo do estecolocada de

âmara é evacimportante e

-PRO, removs provável ciczação: É inj

mara de pressão é projetaacordo comde exposiçã

é automaticagénio gasosocompõe de fpecial (diferedo sistema. amente utili

os de esteriliza

de hidrogéem contacto a ou instrumm ser tomadara a esterilizpor exemplo,

dos ciclos doe esterilização

Não Lumen d

m nível de ga

erilizador V-Pentro da câmcuada para re acresce uvendo qualqclo de sucesjectado perósão subatmoada para fo

m ANSI / AAMão peróxido

amente arejao na câmaraforma segurente daquele

Na concluszada ou ar

ação para o E

énio gasoso com todas

mentos molhaas precauçõ

zação num p, utilizar a ta

o esterilizadoro e fase de ar

do V-PRO Ci

arantia de e

PRO: mara e a porremover o arm grande b

quer humidasso. óxido de hidosférica pararnecer um

MI ST 67 e Ede hidrogén

ada, reduzinda é rapidamera o gás pare exigido pesão do ciclormazenada s

sterilizador V-

o é um ests as superfadas podem

ões para asseprocesso à bmpa de vent

r V-PRO maXejamento.

clo maX

sterilidade (S

rta selada. Dr e a humidaenefício para

ade menor re

rogénio gasoa a esterilizanível mínimoN 556. A fas

nio gasoso. Ado a pressãoente esgotadra água e oela boa prátio, a carga psem arejam

-PRO maX.

terilizante defícies a ser interferir coegurar que oase de vácutilação para p

X. O ciclo cons

SAL) de ≥10

Durante a prade residual da a operaçã

residual da c

oso que se ação. Em todo de garantse de esteriliApós a conco no esterilizdo através doxigénio. Poica) ou dren

pode ser libeento suplem

e superfícierem esterilizom o proceso endoscópiouo de acordoprevenir dan

siste em três

0-6 de

imeira dentro

ão dos carga,

deixa dos os tia de zação clusão zador. de um r esta

nagem ertada mentar

e. Por zadas. sso de o está o com nos no

fases,

Figura 2 - À esquerda, uma carga mista típica de dispositivos sensíveis ao calor que são processados no ciclo Flexível do Es-terilizador V-PRO maX. À direita, dispositivos não lúmen carre-gados na prateleira do esterilizador para serem processados no Ciclo curto Não lúmen.

Figura 3 - Exemplo dos gráficos dos ciclos do esterilizador V-PRO maX. O ciclo consiste em três fases, fase de condiciona-mento, fase de esterilização e fase de arejamento.

Page 49: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

CONSIDERAÇÕES SOBRE SEGURANÇA

O processo de esterilização foi projetado e validado para incorporar quatro considerações importantes so-bre segurança: a segurança para o operador, para os dispositivos, para o paciente e para o ambiente. De um ponto de vista ambiental, o peróxido de hidrogénio decompõe-se rapidamente na água e oxigénio, sem outros resíduos formados durante o processo.

Os processos de esterilização V-PROTM são compa-tíveis com uma ampla variedade de materiais e ins-trumentos médicos, incluindo, aço inoxidável, latão, titânio, vidro, e polímeros tais como polietileno, PTFE (Teflon) e silicone. Alguns materiais absorventes tais como papel, algodão, linho, gazes e madeira não po-dem ser esterilizados em qualquer processo de esteri-lização de peróxido de hidrogénio.

É importante validar que o processo remove os resí-duos de peróxido de hidrogénio a partir da câmara e carga guiando a fase de esterilização para níveis se-guros. Isto é alcançado durante a fase de arejamento sob vácuo. Foram determinados níveis residuais ad-missíveis pela EN ISO 10993-17 Avaliação biológica de dispositivos- médica Parte 17: Estabelecimento dos limites admissíveis para substâncias lixiviáveis. Os processos de esterilização V-PRO foram mostra-dos para reduzir repetidamente os níveis de resíduos dos dispositivos médicos representativos (incluindo endoscópios flexíveis, ressectoscópios e fórceps) para bastante abaixo dos limites de resíduos deter-minados. Além disso, foram realizadas avaliações de irritação ocular, toxicologia sistémica aguda, irritação intradérmica e compatibilidade sanguínea em confor-midade com a norma ISO EN 10993. Os resultados confirmaram que os dispositivos reprocessados eram não-tóxico, não irritantes e compatíveis com sangue, e são seguros para uso após o processamento em esterilizadores V-Pro.

A consideração final de segurança, é a segurança para o operador do esterilizador numa clínica, ambiente da sala de operação ou departamento de serviços esté-reis. Como um sistema de baixa temperatura, ao con-trário de esterilização a vapor, os dispositivos estão disponíveis após a esterilização para uso imediato e à temperatura ambiente. Dois riscos específicos foram minimizados com o gás de processo: a exposição ao peróxido líquido no sistema de entrega do esterilizante VAPROX HC e exposição ao gás durante o processo

de esterilização. Em condições de funcionamento nor-mais de utilização, o operador não está exposto aos conteúdos do recipiente de esterilizante VAPROX HC. O recipiente do esterilizante é completamente selado, e o operador não pode aceder ao esterilizante sem danificar fisicamente o cartucho. O recipiente ventila-do e selado é carregado e bloqueado pelo sistema de controlo do esterilizador e é determinado um prazo de validade manualmente. Veja a figura 4 para carregar um novo recipiente VAPROX HC.

Além disso, o recipiente de esterilizante fica comple-tamente vazio após o uso no esterilizador, o qual inclui uma característica específica para remover qualquer esterilizante não utilizado, e expirado no interior da taça antes de permitir o acesso ao cartucho para eli-minação. Após a geração e utilização de peróxido de hidrogénio gasoso durante a fase de esterilização do ciclo, o gás é removido da câmara através de um con-versor catalítico que converte o peróxido em oxigénio e água, não dando, desta forma, exposição ao gás. Para confirmar, sob condições normais de reprocessa-mento, o ambiente em torno do esterilizador foi testa-do para níveis aceitáveis de gás durante as condições típicas do ciclo de esterilização. Os níveis foram > 20 vezes menor do que o limite de exposição de peróxido de hidrogénio gasoso (PEL) permitido publicados in-ternacionalmente, que é um Tempo médio ponderado (TWA) de 1 ppm.

EFICÁCIA ANTIMICROBIANA

O largo espectro de actividade do peróxido de hidro-génio gasoso, tem sido amplamente estudado e pu-blicado, com conhecida viricida, bactericida, fungicida, micobactericida, cisticida e actividade esporicida (resu-midos na Figura 5 5-9). São contínuos os testes anti-microbianos e de compatibilidade nas nossas insta-lações de pesquisa, com especial ênfase na eficácia de testes contra patógenos atípicos que normalmen-

Magaz ine

49 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

Figura 4 - Carregamento do recipiente esterilizante VAPROX HC no esterilizador V-PRO.

SISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA | CENES

Page 50: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine50

Mag

azin

e C

EN

ES

Edi

ção

n.º

4 O

ut 2

016

te não são testados em processos de desinfecção e esterilização. O teste é baseado nos métodos de ensaio, de padrão europeu, antimicrobianos e confir-mou a eficácia contra: Várias estirpes de amebas, incluindo cistos ameobal Várias estirpes de proteínas príon, sob piores condi-ções de teste, incluindo vCJD / BSE, CJD e scrapie

(este trabalho foi publicado por Fichet et al (2007) Journal of Infection Hospital 67: 278-386)

A variedade completa de vírus, micobactérias, bac-térias patogénicas chave (incluindo MRSA, VRE e Acinetobacter) e esporos de bactérias (incluindo Clostridium difficile), na presença de sujidade ou condições “sujas”

É importante notar que nem todos os sistemas ou aplicações de peróxido de hidrogénio são os mes-mos. Muitos processos apenas usam o peróxido líqui-do, alguns usam uma mistura de líquido e gás (num sistema de vaporização ou pulverização, semelhante a vapor saturado) e, poucos utilizam peróxido apenas sob a forma de gás10. Estes processos variam em efi-cácia e segurança antimicrobiana11. Neste contexto, estamos apenas interessados no peróxido de hidro-

génio gasoso (VHP®) e os dados descritos nos relató-rios aplicam-se ao peróxido de hidrogénio unicamente na forma de gás.

Comercialmente, a utilização dos processos de esterili-zação V-PROTM teve um grande aumento nos últimos anos em todo o mundo, e é vendido em mais de 100 países. As principais razões para o uso desta tecnolo-gia são:

Figura 5 - Um resumo da actividade antimicrobiana publicada, de peróxido de hidrogénio gasoso.

ESPOROS BACTERIANOS

BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS

VIRUS ENVELOPADOS

HELMINTAS

VIRUS GRANDES, NÃO-ENVELOPADOS

PRIÕES

MICOBACTÉRIAS

VIRUS NÃO-ENVELOPADOS

FUNGOS

BACTERIAS GRAM-POSITIVAS

Mycobacterium tuberculosisMycobacterium bovisMycobacterium terraeMycobacterium smegmatisNocardia lactamdurans

Doença Creutzfeldt Jakob (CJD)Variante CJD (vCJD)Encefalopatia Bovina Espongiforme (BSE)Tremor epizoótico (scrapie)

Geobacillus sterothermophilusBacillus atrophaeus

Bacillus anthracisBacillus cereus

Bacillus circulansBacillus pumillus

Clostridium difficileClostridium botulinum

Clostridium tetaniClostridium sporogenes

Salmonella enterica serotipo Choleraesuis

Escherichia coliYersinia pestis

Pseudomonas aeruginosaBurkholderia cepaciaSerratia marcescens

Proteus vulgarisKlebsiella pneumoniae

Acinetobacter baumannii

OrthomyxoviridaeParamyxoviridae (incluindo Newcastle)

Herpesviridae (herpes simplex pseudoraivoso)Rhabdoviridae (incluindo vírus de estomatite vesicular)

TogaviridaeFlaviridae (incluindo peste suína clássica)

Coronavirus (incluindo SARS Urbani)

Enterobius spp.Caenorhabditis elegans

Syphacia spp.Ascaris spp.

AdenoviridaePoxviridae (Vaccinia, Varíola)

Parvoviridae (mouse and canine parvovirus)Picornaviridae (Polio Type 1, rinovirus 16, vírus vesicular suino, rinovirus 14)Reoviridae (Reovirus aviário; rotavírus)Caliciviridae (vírus exantema vesicular)

Aspergillus nigerAspergillus terreusAspergillus fumigatus Trichophyton mentagrophytesPenicillium chrysogenumCandida parapsillosisCandida albicansSaccharomyces cerevisiaeRhodotorula glutinis

Staphylococcus aureusMRSAEnterococcus faeciumEnterococcus faecalisVRELactobacillus casalListeria monocytogenesLegionella pneumophilaPropionibacterium

CENES | SISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA

Page 51: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine

51 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

REFERÊNCIAS1. McDonnell G (2007) Antisepsis, Disinfection, and Sterilization:

Types, Action, and Resistance Washington DC ASM Press. 2. Justi, C., Amato, V., Antloga, K., et al. (2000). Demonstration of a

sterility assurance level for a liquid chemical sterilisation process. Zentral Sterilisation 9: 170-181.

3. Block, S.S. (1991). Peroxygen compounds. p. 167-181. In S.S. Block (ed.). Disinfection, Sterilization and Preservation. 4th ed. Lea & Febiger, Philadelphia, PA.

4. Krebs MC, Becasse P, Verjat D et al (1998). Gas plasma sterilization: relative efficacy of the hydrogen peroxide phase compared with that of the plasma phase. International Journal Pharmaceutics 160: 75-81.

5. Heckert RA, Best M, Jordan LT, et al (1997). Efficacy of Vaporized Hydrogen Peroxide Against Exotic Animal Viruses. Applied and Environmental Microbiology 63:3916-3918.

6. Meszaros JE, Antloga K, Justi C, et al (2005). Area Fumigation with Hydrogen Peroxide Vapor. Applied Biosafety, 10(2):91-100.

7. Kokubo M, Inoue T, and Akers J (1998). Resistance of common environmental spores of the genus Bacillus to vapor hydrogen peroxide vapor. PDA Journal Pharmaceutical Science and Technology. 52: 228-231.

8. Graham and Rickloff (1992). Development of VHP sterilization technology. Journal of Healthcare Materials Managers 10(8):54, 56-8.

9. Klapes and Vesley (1990). Vapor-phase hydrogen peroxide as a surface decontaminant and sterilant. Applied and Environmental Microbiology 56: 503-506.

10. McDonnell, G. (2007). Hydrogen peroxide fogging/fumigation. Journal of Hospital Infection 66: 196-197.

11. Hultman, C, Hill, A, McDonnell, G. 2007. The Physical Chemistry of Decontamination with Gaseous Hydrogen Peroxide.

Pharmaceutical Engineering 27 (1), 22-32. 12. Alfa MJ, DeGagne P, Olson N, Hizon R. (1998). Comparison of

liquid chemical sterilization with peracetic acid and ethylene oxide sterilization for long narrow lumens. American Journal of Infection Control. 26(5):469-77.

13. Sebastian V, C Sanchez, R. Andrade, et al (2008). Estudio de la efficia esterilizante del sistema de esterilizacion a baja temperature Amsco V-Pro 1. XVII Congreso Internacional del CEDEST 2008. Cordoba, Spain. 16-18 April, 2008.

14. McDonnell G and Russell AD (1999). Antiseptics and Disinfectants: Activity, Action, and Resistance. Clinical Microbiology Reviews. 12(1):147-179.

15. McDonnell, G. Peroxygens and other forms of oxygen. Their use for effective cleaning, disinfection and sterilization, in Biocides old and new: where chemistry and microbiology meet, Zhu, P.C. ed., ACS Symposium Series, Oxford University Press, New York, 2006.

16. Finnegan, M., Denyer, S.P. McDonnell, G, Maillard, J.Y. Biocidal oxidation of macromolecules. Hospital Infection Society, Amsterdam, 15-18 October 2006. Journal of Hospital Infection (2006) 64 (1): S39.

17. Fichet G., K. Antloga, E. Comoy, et al (2007). Prion inactivation using a new gaseous hydrogen peroxide sterilisation process. Journal of Hospital Infection 67: 278-386.

18. Yan ZX, Stitz L, Heeg P et al (2004) Infectivity of prion protein bound to stainless steel wires: a model for testing decontamination procedures for transmissible spongiform encephalopathies. Infection Control and Hospital Epidemiology 25(4):280-3

19. Fichet, G. E. Comoy, K. Antloga, et al. (2004). Novel methods for disinfection of prion-contaminated medical devices. The Lancet 364: 521-526.

Adequado para equipamentos termolábeis sensíveis a humidade e calor, tais como, em alguns casos, endos-cópios flexíveis críticos Pode reduzir os danos no aquecimento de dispositi-vos sensíveis, tais como telescópios rígidos Oferece um método alternativo de esterilização termi-nal de baixa temperatura Os dispositivos médicos estão arrefecidos após o pro-cessamento e estão, portanto, disponíveis para uso imediato Não são deixados resíduos tóxicos sobre os instru-mentos após o processamento Processos de esterilização são muito mais curtos do que outras formas de esterilização a baixa temperatu-ra, por exemplo: sem arejamento, tais como esteriliza-ção por óxido de etileno Facilidade de instalação e configuração sem as impli-cações para a saúde e segurança de outros métodos de esterilização a baixa temperatura Liberação paramétrica após processo concluído

CONCLUSÕES

Instrumentos médicos continuam a ser mais com-plexos no seu design, permitindo uma maior flexibi-lidade e capacidades nas intervenções cirúrgicas e diagnósticas. Exemplos incluem o desenvolvimento de combinações de dispositivos de drogas, instru-

mentos de robótica, eletrónica integrada e nanotec-nologia. Estes avanços de concepção terão de andar de mão dada com a capacidade de esterilizar e re-esterilizar instrumentos de uma forma segura, eficaz e compatível. Novos processos de esterilização tam-bém terão de ser rentáveis, ter tempo de resposta rápida e satisfazer normas nacionais e internacionais existentes ou em desenvolvimento. Com o desen-volvimento de sistemas de baixa temperatura mais robustos e de baixo custo, o que permite uma maior flexibilidade no projeto do dispositivo, num tempo de retorno mais curto e outras vantagens potenciais (tais como redução de custos-por-ciclo, instalação mínima e requisitos de manutenção). Os Sistemas de peróxido de hidrogénio gasoso parecem oferecer todas essas vantagens-chave. Para além da sua efi-cácia antimicrobiana comprovada, de largo espectro, a vasta compatibilidade do material e um excelente perfil ambiental, o peróxido de hidrogénio gasoso pode ser combinado com os tempos de ciclo rápido, os critérios de libertação paramétrica e desenvolvi-mento ciclo robusto, para oferecer uma alternativa importante à esterilização a vapor e a atender às ne-cessidades desafiadoras de avanços perioperatórios e diagnóstico.

Brisia López OrtegaMarketing Manager - STERIS IBERIA

SISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA | CENES

Page 52: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

CORDEIRO SAÚDEUma Parceria para o CrescimentoA Unidade de Cirurgia de Ambulatório (UCA) da Clínica da Beloura nasceu em Janeiro de 2007 e está integrada no Grupo Cordeiro Saúde. Este grupo é constituído por uma estrutura pluridisciplinar de clínicas que funcionam em rede disponibilizando, de forma simples e integrada, serviços de saúde e cirúrgicos orientados para o bem-estar e para a qualidade de vida dos clientes.

52 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6Magaz ine

CENES | PARCERIA

Page 53: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Magaz ine

53 M

agaz

ine

CE

NE

S E

diçã

o n.

º 4

Out

201

6

CENES | PARCERIA

a UCA realizam cirurgias de ambulatório, daí, preconizar-se que o internamento perdure até 24 horas. A UCA é constitu-

ída por duas salas operatórias e uma Unidade de Cuidados Pós-Anestésicos (UCPA) onde os clien-tes recuperam do período pós-cirúrgico. A unidade dispõe também de uma sala de pequena cirurgia e exames de gastroenterologia, apoiada por dois gabinetes de consultas.

A abrangência clínica do grupo formalizou a cria-ção de profissionais totalmente vocacionados para interagir com as diversas especialidades ci-rúrgicas, de forma a responder às necessidades dos clientes. Proporciona níveis de satisfação elevados, respeitando a individualidade e a priva-cidade dos clientes, integrando nos serviços os mais elevados padrões deontológicos.

Procuramos crescer e inovar, investindo nos nos-sos profissionais pois temos a forte convicção de que, estes, fazem toda a diferença na satisfação dos clientes. Deste modo, temo sempre a preo-cupação de que a equipa seja bem formada e vo-cacionada.

Motivação, Dedicação, Qualidade, Eficiência, Competência, Respeito, Empenho e Segurança são objetivos que caracterizam a prática Clínica na UCA.

Na organização privilegiamos o diálogo, apostando na formação e inovação. Cumpre com a ética e as-sumimos o compromisso com o cliente honrando a

N

Page 54: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

qualidade dos serviços de saúde assentes nas me-lhores práticas garantindo cuidados de excelência.

“O CENES veio transmitir a toda a equipa a confiança e o rigor exigido pela autoridade reguladora. Sabemos que todas as normas são criteriosamente cumpridas. Sem dúvida que com esta parceria aumentamos a qualidade nos cuidados, que todos os dias realizamos aos nossos clientes.”

Sendo a prática baseada na excelência e rigor dos cuidados que prestam, também procuram a me-lhor solução relativamente ao reprocessamento dos dispositivos médicos. Surge assim a parceria com o CENES. O compromisso com o outsourcing do CENES nasceu da vontade do grupo em se querer submeter a um processo de certificação da Qualidade em Saúde.

A qualidade, o rigor e a segurança dos cuidados de saúde são o foco. Sabemos que as infeções asso-ciadas aos cuidados de saúde são a maior causa de morbilidade nos clientes. Para a Cordeiro Saú-de é de extrema importância a segurança nos seus serviços e na qualidade das suas práticas.

Na UCA realizam-se Cirurgias das várias especia-lidades:- Cirurgia Geral, Maxilo-facial, Plástica e Estética,

Vascular, Oftalmologia, Ortopedia, Otorrino

Magaz ine54

Mag

azin

e C

EN

ES

Edi

ção

n.º

4 O

ut 2

016

Carolina Madaleno, Enfermeira Chefe da Unidade de Cirurgia de Ambulatório

CENES | PARCERIA

Page 55: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar
Page 56: Magazine Edição n.º 1 Edição n.º 4 Outubro 2016cenes.pt/pdf/cenes_revista_4.pdf · 2018-07-10 · 6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016 A abertura da Unidade de Saúde Familiar

Líder Global no Controlo da Infecção

V-PRO® maX & V-PRO® 60Sistema de Esterilização de Baixa Temperatura H202 a 59%

Aumente a sua eficácia. Optimize o seu custo operacional. 60 ou 136 Litros, 12 ou 20 Lumens por ciclo, Plasma Free.

+ Fácil de Usar + Rápido + Versátil + Económico + Seguro + TranquiloTecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido de hidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil.

Aplicações: Centrais de Esterilização, Blocos Operatórios.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricanteswww.steris.com/products/devicematrix

Biodescontaminação 10-6 Sistema e Serviço de Biodescontaminação Ambiental

Elimine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Eficácia Anti-Microbiana contra largo espectro de microorganismos

+ Proactividade na Prevenção da Infecção HospitalarProcesso validado e controlado ambientalmente

Aplicações: Unidade de Cuidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas, Espaços Críticos e de Risco elevado, e em Espaços nos quais foram detectados Surtos.

Distribuidor Exclusivo

System 1® ExpressSistema Único de Esterilização no Ponto de Uso

Em 18 minutos, elimine a contaminação cruzada entre exames de endoscopia.+ Rápido + Seguro + Rentabilidade no Uso de Endoscópios + Versátil + Produtividade entre Exames

Para Endoscópios rígidos e flexíveis e todos os dispositivos médicos submergíveis com e sem lumens

& Reliance® EPSSistema de Desinfecção de Alto Nível para Endoscópios Flexíveis

Sabia que a Reliance EPS tem um sistema único sem conexões com Endoscópios?Prolongue a vida útil dos Endoscópios, Optimize o custo de manutenção.

+ Seguro + Tranquilo + EconómicoEliminação da descontaminação manualReprocessamento automático de dispositivos médicos com e sem lumens.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricantes: www.steris.com/products/devicematrix

Vitatech Healthcare TecnhologiesProjectos | Desinfecção & Esterilização | Biodescontaminação +351 217 968 081 | [email protected] | www.vitatech.pt

Especial Endoscopia

Reprocessamento automático de

Endoscópios.

Aplicações: Unidades de Exames

Especiais com Endoscopia (Urologia,

Ginecologia, Gastroenterologia,

Pneumologia, Cardiologia) e Blocos

Operatórios.

Líder Global no Controlo da Infecção

V-PRO® maX & V-PRO® 60Sistema de Esterilização de Baixa Temperatura H202 a 59%

Aumente a sua eficácia. Optimize o seu custo operacional. 60 ou 136 Litros, 12 ou 20 Lumens por ciclo, Plasma Free.

+ Fácil de Usar + Rápido + Versátil + Económico + Seguro + TranquiloTecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido de hidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil.

Aplicações: Centrais de Esterilização, Blocos Operatórios.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricanteswww.steris.com/products/devicematrix

Biodescontaminação 10-6 Sistema e Serviço de Biodescontaminação Ambiental

Elimine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Eficácia Anti-Microbiana contra largo espectro de microorganismos

+ Proactividade na Prevenção da Infecção HospitalarProcesso validado e controlado ambientalmente

Aplicações: Unidade de Cuidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas, Espaços Críticos e de Risco elevado, e em Espaços nos quais foram detectados Surtos.

Distribuidor Exclusivo

System 1® ExpressSistema Único de Esterilização no Ponto de Uso

Em 18 minutos, elimine a contaminação cruzada entre exames de endoscopia.+ Rápido + Seguro + Rentabilidade no Uso de Endoscópios + Versátil + Produtividade entre Exames

Para Endoscópios rígidos e flexíveis e todos os dispositivos médicos submergíveis com e sem lumens

& Reliance® EPSSistema de Desinfecção de Alto Nível para Endoscópios Flexíveis

Sabia que a Reliance EPS tem um sistema único sem conexões com Endoscópios?Prolongue a vida útil dos Endoscópios, Optimize o custo de manutenção.

+ Seguro + Tranquilo + EconómicoEliminação da descontaminação manualReprocessamento automático de dispositivos médicos com e sem lumens.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricantes: www.steris.com/products/devicematrix

Vitatech Healthcare TecnhologiesProjectos | Desinfecção & Esterilização | Biodescontaminação +351 217 968 081 | [email protected] | www.vitatech.pt

Especial Endoscopia

Reprocessamento automático de

Endoscópios.

Aplicações: Unidades de Exames

Especiais com Endoscopia (Urologia,

Ginecologia, Gastroenterologia,

Pneumologia, Cardiologia) e Blocos

Operatórios.

Prevenção e Controlo da InfeçãoBiodescontaminação Ambiental | Reprocessamento de Dispositivos Médicos+351 217 968 081 | [email protected] | www.vitatech.pt

Líder Global no Controlo da Infecção

V-PRO® maX & V-PRO® 60Sistema de Esterilização de Baixa Temperatura H202 a 59%

Aumente a sua eficácia. Optimize o seu custo operacional. 60 ou 136 Litros, 12 ou 20 Lumens por ciclo, Plasma Free.

+ Fácil de Usar + Rápido + Versátil + Económico + Seguro + TranquiloTecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido de hidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil.

Aplicações: Centrais de Esterilização, Blocos Operatórios.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricanteswww.steris.com/products/devicematrix

Biodescontaminação 10-6 Sistema e Serviço de Biodescontaminação Ambiental

Elimine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Eficácia Anti-Microbiana contra largo espectro de microorganismos

+ Proactividade na Prevenção da Infecção HospitalarProcesso validado e controlado ambientalmente

Aplicações: Unidade de Cuidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas, Espaços Críticos e de Risco elevado, e em Espaços nos quais foram detectados Surtos.

Distribuidor Exclusivo

System 1® ExpressSistema Único de Esterilização no Ponto de Uso

Em 18 minutos, elimine a contaminação cruzada entre exames de endoscopia.+ Rápido + Seguro + Rentabilidade no Uso de Endoscópios + Versátil + Produtividade entre Exames

Para Endoscópios rígidos e flexíveis e todos os dispositivos médicos submergíveis com e sem lumens

& Reliance® EPSSistema de Desinfecção de Alto Nível para Endoscópios Flexíveis

Sabia que a Reliance EPS tem um sistema único sem conexões com Endoscópios?Prolongue a vida útil dos Endoscópios, Optimize o custo de manutenção.

+ Seguro + Tranquilo + EconómicoEliminação da descontaminação manualReprocessamento automático de dispositivos médicos com e sem lumens.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricantes: www.steris.com/products/devicematrix

Vitatech Healthcare TecnhologiesProjectos | Desinfecção & Esterilização | Biodescontaminação +351 217 968 081 | [email protected] | www.vitatech.pt

Especial Endoscopia

Reprocessamento automático de

Endoscópios.

Aplicações: Unidades de Exames

Especiais com Endoscopia (Urologia,

Ginecologia, Gastroenterologia,

Pneumologia, Cardiologia) e Blocos

Operatórios.

Elimine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Eficácia Anti-Microbiana contra largo espectro de microorganismos

+ Proactividade na Prevenção da Infecção HospitalarProcesso validado e controlado ambientalmente

Aplicações: Unidade de Cuidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas, Espaços Críticos e de Risco elevado, e em Espaços nos quais foram detectados Surtos ou onde foram realizadas obras.

Aumente a sua eficácia. Optimize o seu custo operacional.60 ou 136 Litros, 12 ou 20 Lumens por ciclo, Plasma FrW.

+ Fácil de Usar + Rápido + Versátil + Económico + Seguro + TranquiloTecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido dehidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil.

Aplicações: Centrais de Esterilização, Blocos Operatórios.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricanteswww.steris.com/products/devicematrix

Sistema e Serviço de Biodescontaminação Ambiental

Sistema de Esterilização de Baixa Temperatura H202 a 59%

Biodescontaminação 10-6

V-PRO® maX & V-PRO® 60

Líder Global no Controlo da Infecção

V-PRO® maX & V-PRO® 60Sistema de Esterilização de Baixa Temperatura H202 a 59%

Aumente a sua eficácia. Optimize o seu custo operacional. 60 ou 136 Litros, 12 ou 20 Lumens por ciclo, Plasma Free.

+ Fácil de Usar + Rápido + Versátil + Económico + Seguro + TranquiloTecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido de hidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil.

Aplicações: Centrais de Esterilização, Blocos Operatórios.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricanteswww.steris.com/products/devicematrix

Biodescontaminação 10-6 Sistema e Serviço de Biodescontaminação Ambiental

Elimine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Eficácia Anti-Microbiana contra largo espectro de microorganismos

+ Proactividade na Prevenção da Infecção HospitalarProcesso validado e controlado ambientalmente

Aplicações: Unidade de Cuidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas, Espaços Críticos e de Risco elevado, e em Espaços nos quais foram detectados Surtos.

Distribuidor Exclusivo

System 1® ExpressSistema Único de Esterilização no Ponto de Uso

Em 18 minutos, elimine a contaminação cruzada entre exames de endoscopia.+ Rápido + Seguro + Rentabilidade no Uso de Endoscópios + Versátil + Produtividade entre Exames

Para Endoscópios rígidos e flexíveis e todos os dispositivos médicos submergíveis com e sem lumens

& Reliance® EPSSistema de Desinfecção de Alto Nível para Endoscópios Flexíveis

Sabia que a Reliance EPS tem um sistema único sem conexões com Endoscópios?Prolongue a vida útil dos Endoscópios, Optimize o custo de manutenção.

+ Seguro + Tranquilo + EconómicoEliminação da descontaminação manualReprocessamento automático de dispositivos médicos com e sem lumens.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricantes: www.steris.com/products/devicematrix

Vitatech Healthcare TecnhologiesProjectos | Desinfecção & Esterilização | Biodescontaminação +351 217 968 081 | [email protected] | www.vitatech.pt

Especial Endoscopia

Reprocessamento automático de

Endoscópios.

Aplicações: Unidades de Exames

Especiais com Endoscopia (Urologia,

Ginecologia, Gastroenterologia,

Pneumologia, Cardiologia) e Blocos

Operatórios.

Líder Global no Controlo da Infecção

V-PRO® maX & V-PRO® 60Sistema de Esterilização de Baixa Temperatura H202 a 59%

Aumente a sua eficácia. Optimize o seu custo operacional. 60 ou 136 Litros, 12 ou 20 Lumens por ciclo, Plasma Free.

+ Fácil de Usar + Rápido + Versátil + Económico + Seguro + TranquiloTecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido de hidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil.

Aplicações: Centrais de Esterilização, Blocos Operatórios.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricanteswww.steris.com/products/devicematrix

Biodescontaminação 10-6 Sistema e Serviço de Biodescontaminação Ambiental

Elimine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Eficácia Anti-Microbiana contra largo espectro de microorganismos

+ Proactividade na Prevenção da Infecção HospitalarProcesso validado e controlado ambientalmente

Aplicações: Unidade de Cuidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas, Espaços Críticos e de Risco elevado, e em Espaços nos quais foram detectados Surtos.

Distribuidor Exclusivo

System 1® ExpressSistema Único de Esterilização no Ponto de Uso

Em 18 minutos, elimine a contaminação cruzada entre exames de endoscopia.+ Rápido + Seguro + Rentabilidade no Uso de Endoscópios + Versátil + Produtividade entre Exames

Para Endoscópios rígidos e flexíveis e todos os dispositivos médicos submergíveis com e sem lumens

& Reliance® EPSSistema de Desinfecção de Alto Nível para Endoscópios Flexíveis

Sabia que a Reliance EPS tem um sistema único sem conexões com Endoscópios?Prolongue a vida útil dos Endoscópios, Optimize o custo de manutenção.

+ Seguro + Tranquilo + EconómicoEliminação da descontaminação manualReprocessamento automático de dispositivos médicos com e sem lumens.

Consulte a Matriz de Compatibilidade validada pelos Fabricantes: www.steris.com/products/devicematrix

Vitatech Healthcare TecnhologiesProjectos | Desinfecção & Esterilização | Biodescontaminação +351 217 968 081 | [email protected] | www.vitatech.pt

Especial Endoscopia

Reprocessamento automático de

Endoscópios.

Aplicações: Unidades de Exames

Especiais com Endoscopia (Urologia,

Ginecologia, Gastroenterologia,

Pneumologia, Cardiologia) e Blocos

Operatórios.