Mab - Site - Roteiro 9 - Educar as Massas

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Educar as massas Citações extraídas e adaptadas do “Livro Vermelho” de Mao TseTung Nunca dissimulamos nossas aspirações políticas. Está bem definido, não cabe a menor dúvida que nosso programa de futuro, o programa máximo é fazer nosso País avançar para o Socialismo. Nossa organização e concepção marxista do mundo apontam inequivocamente, para esse ideal supremo. O objetivo último é a instauração da sociedade socialista. Não possuir um ponto de vista político correto é como não ter alma... Além da direção do partido há um fator decisivo: a quantidade da população. Quantidade significa maior fermento de ideias, maior entusiasmo e energia. Devemos confiar nas massas e confiar no partido. Esses são dois princípios fundamentais. Se duvidarmos deles, nada podemos fazer. O povo, e só o povo, constitui a força motriz na criação da história universal. As massas são os verdadeiros heróis; sem compreender isso é impossível adquirir até mesmo os elementos mais básicos. Há que ajudar cada camarada a compreender que enquanto estivermos apoiados no povo, e acreditarmos no inesgotável poder criador das massas populares, quer dizer confiar no povo e nos identificar com ele, poderemos vencer as dificuldades e nenhum inimigo poderá nos esmagar.. As massas dispõem de um poder ilimitado. Elas podem organizar- se e marchar para todos os lugares e setores de trabalho onde possam dar livre curso à sua energia. Elas podem se orientar para a produção, em profundidade e extensão, e criar para si próprias um número crescente de obras de bem estar. As massas têm um entusiasmo potencial inesgotável pelo socialismo . Só uma pessoa que não sabe mais que seguir a velha rotina é incapaz de perceber tal entusiasmo; quem segue a velha rotina sempre subestima o entusiasmo popular. As massas podem se levantar como poderoso furacão, tempestade ou força vertiginosa e violenta que nenhum poder poderá deter. Quebrarão todas as cadeias e amarras e se lançarão pelo caminho da libertação - sepultarão os imperialistas, caudilhos militares, funcionários corruptos, déspotas locais... Todos os partidos revolucionários e todos os camaradas revolucionários serão postos à prova pelas massas. A revolução deve apoiar-se nas massas populares, contar com a participação de muita gente. É preciso combater a simples confiança num punhado de indivíduos que ditam ordens... que trabalham num frio e quieto isolamento. Tais “dirigentes” resistem em dar explicações aos dirigidos e não sabem como dar livre curso à iniciativa e a energia criadora das massas. A razão porque o dogmatismo, empirismo, autoritarismo, seguidismo, sectarismo, burocratismo e arrogância no trabalho popular são nocivos e intoleráveis, está no fato de que esses males afastam a militância das massas. O autoritarismo é errôneo porque ultrapassa o nível de consciência política das massas e viola o princípio da ação voluntária das massas. O autoritarismo manifesta o mal chamado precipitação. A militância não pode pensar que tudo o que ela compreende está também compreendida pelas massas . Só penetrando no seio das massas e fazendo investigações é que se pode descobrir se elas compreendem ou não um assunto e se estão ou não dispostas a passar à ação. Fazendo assim é possível evitar o autoritarismo. O seguidismo (basismo) é igualmente errôneo porque se mantém abaixo do nível de consciência política das massas e viola o princípio de dirigi-las no seu avanço. O seguidismo manifesta o mal chamado lentidão. A militância não deve pensar que as massas não compreendem aquilo que eles próprios não compreenderam.

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Educar as massasCitações extraídas e adaptadas do “Livro Vermelho” de Mao TseTung

Nunca dissimulamos nossas aspirações políticas. Está bem definido, não cabe a menor dúvida que nosso programa de futuro, o programa máximo é fazer nosso País avançar para o Socialismo. Nossa organização e concepção marxista do mundo apontam inequivocamente, para esse ideal supremo. O objetivo último é a instauração da sociedade socialista. Não possuir um ponto de vista político correto é como não ter alma... Além da direção do partido há um fator decisivo: a quantidade da população. Quantidade significa maior fermento de ideias, maior entusiasmo e energia. Devemos confiar nas massas e confiar no partido. Esses são dois princípios fundamentais. Se duvidarmos deles, nada podemos fazer. O povo, e só o povo, constitui a força motriz na criação da história universal. As massas são os verdadeiros heróis; sem compreender isso é impossível adquirir até mesmo os elementos mais básicos. Há que ajudar cada camarada a compreender que enquanto estivermos apoiados no povo, e acreditarmos no inesgotável poder criador das massas populares, quer dizer confiar no povo e nos identificar com ele, poderemos vencer as dificuldades e nenhum inimigo poderá nos esmagar.. As massas dispõem de um poder ilimitado. Elas podem organizar-se e marchar para todos os lugares e setores de trabalho onde possam dar livre curso à sua energia. Elas podem se orientar para a produção, em profundidade e extensão, e criar para si próprias um número crescente de obras de bem estar. As massas têm um entusiasmo potencial inesgotável pelo socialismo. Só uma pessoa que não sabe mais que seguir a velha rotina é incapaz de perceber tal entusiasmo; quem segue a velha rotina sempre subestima o entusiasmo popular. As massas podem se levantar como poderoso furacão, tempestade ou força vertiginosa e violenta que nenhum poder poderá deter. Quebrarão todas as cadeias e amarras e se lançarão pelo caminho da libertação - sepultarão os imperialistas, caudilhos militares,

funcionários corruptos, déspotas locais... Todos os partidos revolucionários e todos os camaradas revolucionários serão postos à prova pelas massas. A revolução deve apoiar-se nas massas populares, contar com a participação de muita gente. É preciso combater a simples confiança num punhado de indivíduos que ditam ordens... que trabalham num frio e quieto isolamento. Tais “dirigentes” resistem em dar explicações aos dirigidos e não sabem como dar livre curso à iniciativa e a energia criadora das massas. A razão porque o dogmatismo, empirismo, autoritarismo, seguidismo, sectarismo, burocratismo e arrogância no trabalho popular são nocivos e intoleráveis, está no fato de que esses males afastam a militância das massas. O autoritarismo é errôneo porque ultrapassa o nível de consciência política das massas e viola o princípio da ação voluntária das massas. O autoritarismo manifesta o mal chamado precipitação. A militância não pode pensar que tudo o que ela compreende está também compreendida pelas massas. Só penetrando no seio das massas e fazendo investigações é que se pode descobrir se elas compreendem ou não um assunto e se estão ou não dispostas a passar à ação. Fazendo assim é possível evitar o autoritarismo. O seguidismo (basismo) é igualmente errôneo porque se mantém abaixo do nível de consciência política das massas e viola o princípio de dirigi-las no seu avanço. O seguidismo manifesta o mal chamado lentidão. A militância não deve pensar que as massas não compreendem aquilo que eles próprios não compreenderam. Muitas vezes, as massas nos ultrapassam e estão ansiosas para avançar um passo, enquanto os camaradas são incapazes de atuar como seus dirigentes. Refletem a opinião de elementos atrasados, tomam tais opiniões como se fosse a opinião das grandes massas e põem-se assim a reboque desses elementos atrasados. É o oportunismo de esquerda. A militância deve usar o método democrático de persuasão e educação na sua atividade com a classe trabalhadora. É inadmissível adotar a atitude autoritária ou os meios de coerção. O resultado da coerção é submeter sem convencer; isso só serve em

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relação ao inimigo. Ninguém deve seguir cegamente os outros ou encorajar a obediência servil. Além disso, devemos compreender que a educação ideológica é um trabalho de longo prazo, paciente e minucioso. Não se pode achar que com tantas conferências ou reuniões se pode mudar uma ideologia construída. Para ligar-se às massas importa agir de acordo com as necessidades e aspirações das massas. Todo trabalho com as massas deve partir de suas necessidades, e não da vontade de qualquer indivíduo, ainda que bem intencionado. Acontece, às vezes, que objetivamente as massas precisam de certas mudanças, mas subjetivamente ainda não estão conscientes dessa necessidade, não a desejam ou ainda não estão determinadas a realizá-la. Nesse caso, devemos esperar pacientemente. Devemos seguir dois princípios: a) a necessidade real das massas e não o que imaginamos que sejam suas necessidades; b) o desejo livremente expresso pelas massas e as decisões que tomam por si próprias e não as decisões que tomamos em seu lugar. A militância deve fazer com que as massas compreendam que ela representa seus interesses e respira o mesmo ar que elas. Deve ajudar para que, partindo dessas realidades, cheguem à compreensão das tarefas mais elevadas como as tarefas revolucionárias. Assim vão apoiar a revolução, ajudar a ampliá-la por todo o país, responder aos apelos políticos e lutar, até o fim, pela vitória da revolução. Em vez de colocar-se acima delas, a militância deve penetrar profundamente no seio das massas, despertá-las, contribuir para elevar sua consciência política, de acordo com seu nível atual. Seu dever é de, passo a passo, e seguindo o princípio da voluntariedade, ajudá-las a organizar-se e a travar todos os combates essenciais permitidos pelas circunstâncias internas e externas, de cada momento e lugar. Passar à ofensiva quando as massas ainda não estão despertadas, seria aventureirismo. Se insistíssemos em levar as massas a fazer alguma coisa contra a sua vontade, o resultado seria, seria inevitavelmente, o fracasso. Por outro lado, se não avançamos quando as massas pedem que se avance, isso seria oportunismo de direita. No trabalho prático, a direção correta é das massas para as massas que significa: a) recolher as ideias das massas (dispersas, não sistemáticas); b) concentrá-las (pelo estudo, transformá-las em ideias sintetizadas e

sistematizadas); c) voltar às massas para propagar e explicar essas ideias, de tal modo que as massas assumam como suas, persistam nelas e as traduzam em ação; d) verificar a justeza dessas ideias no decorrer da ação das massas. Depois é preciso voltar a concentrar as ideias das massas e levá-las, outra vez, às massas para que estas persistam nessas ideias e as apliquem firmemente. Repetindo, indefinidamente, esse processo, as ideias vão se tornando cada vez mais corretas, vivas e ricas. Essa é a teoria Marxista do conhecimento Repetindo: nossa atarefa é recolher as ideias das massas, concentrá-las e levá-las, sempre de novo, às massas para que estas as apliquem firmemente. Assim se chega a elaborar as ideias justas de direção. Tal é o método fundamental de direção. Isso exige ir para o meio das massas, aprender com elas, sintetizar suas experiências e tirar dessas experiências princípios e métodos ainda melhores e sistemáticos. Depois, é preciso explicá-los às massas (fazer a propaganda) e chamá-las a por em prática para resolver seus problemas e alcançar a libertação e a felicidade. Por mais ativo que seja o grupo dirigente, sua atividade se reduzirá a um esforço infrutífero de grupinho, se não for combinada com a atividade das grandes massas. Mas, se apenas as grandes massas são ativas e não há um forte grupo dirigente que organize essa atividade, ela não se manterá por muito tempo, não vai avançar na justa direção, nem atingir um nível mais elevado. O espírito de abnegação e devoção pelo povo nasce do sentido da responsabilidade da tarefa e do ilimitado afeto pelos camaradas e o povo. É preciso eliminar a ideia existente em muitos quadros de que é possível conquistar vitórias fáceis graças a acasos felizes, sem luta dura, sem suor sem sangue. Onde há luta, há sacrifício e a morte é coisa frequente. Como temos em mente os interesses e os sofrimentos da maioria do povo, sacrificar-se por ele é dar a nossa entrega toda a significação. Mas, é preciso evitar os sacrifícios desnecessários.