Lusíadas

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Soluções – Caderno de preparação para a Prova Final (Para)Textos 9.° ano OS LUSÍADAS NA PROVA FINAL (p. 14) 1.1. Exemplo de resposta: A estância apresentada integra a primeira parte d’Os Lusíadas, a Proposição. Nesta parte, o narrador propõe-se cantar o heroísmo e a “fama das vitórias” alcançadas pelos Portugueses, imortalizando, assim, “o peito ilustre Lusitano”. Desta forma, o herói exaltado não será um português em particular, mas sim todo o povo, ou seja, um herói coletivo, que se notabiliza pelas suas ações ao longo da História, ao contrário das epopeias clássicas que enalteciam heróis individuais como Ulisses ou Eneias. Os últimos quatro versos contribuem para a glorificação e mitificação do herói, uma vez que o narrador sublinha a valentia dos Portugueses, a quem até os deuses obedeceram. Assim, o “valor mais alto” dos Lusitanos ofuscará aquele alcançado pelos heróis clássicos. [119 palavras] 2.1. Exemplo de resposta: A estância apresentada pertence ao episódio do Consílio dos Deuses. Neste episódio, os deuses, convocados por Mercúrio a pedido de Júpiter, reúnem-se para decidir o futuro dos Portugueses, nomeadamente se estes deverão ser ajudados a chegar em segurança ao Oriente. Vénus e Marte intervêm a favor dos Lusitanos Vénus, por considerá-los um povo romântico, falante de uma língua derivada do latim; Marte, por considerá-los guerreiros e, também, por estar apaixonado por Vénus. Baco não é favorável à ajuda, pois receia perder a fama que tem no Oriente se os Portugueses lá chegarem. Finalmente, Júpiter toma uma decisão relativamente ao destino da “humana gente” – os Portugueses devem ser ajudados a chegar, sem tumultos, ao Oriente, onde devem ser bem recebidos. [119 palavras] 3.1. Exemplo de resposta: As estâncias apresentadas pertencem ao episódio de Inês de Castro e referem-se ao momento em que Inês é levada pelos carrascos à presença de D. Afonso IV, para que este decida o seu futuro. Ao vê-la, o monarca sente, imediatamente, piedade e pretende perdoá-la. No entanto, o povo persuade-o a condenar a fidalga. Inês sente-se desolada e implora por piedade. Pensa em D. Pedro e nos filhos que deixará, movida pela mágoa e pela tristeza. Temendo deixar os filhos órfãos, Inês vai, então, dirigir-se ao monarca, implorando-lhe pela sua vida. [90 palavras] 4.1. Exemplo de resposta: A estância em causa pertence ao episódio das Despedidas de Belém, referindo-se ao momento em que Vasco da Gama embarca, juntamente com a sua tripulação, rumo à Índia. Ao narrar tal episódio ao rei de Melinde, Vasco da Gama relembra o momento da partida: face ao sofrimento dos familiares dos marinheiros e temendo que o mesmo se propague a si e à sua tripulação (“Por não nos magoarmos”), dissuadindo o embarque (“ou mudarmos/Do propósito firme começado”), o capitão ordena que os marinheiros entrem nas naus sem se despedirem dos respetivos familiares. 1 PT9CP © Porto Editora fotocopiáv el

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Solues Caderno de preparao para a Prova Final(Para)Textos 9. ano

OS LUSADAS NA PROVA FINAL (p. 14)

1.1. Exemplo de resposta:A estncia apresentada integra a primeira parte dOs Lusadas, a Proposio. Nesta parte, o narrador prope-se cantar o herosmo e a fama das vitrias alcanadas pelos Portugueses, imortalizando, assim, o peito ilustre Lusitano.

Desta forma, o heri exaltado no ser um portugus em particular, mas sim todo o povo, ou seja, um heri coletivo, que se notabiliza pelas suas aes ao longo da Histria, ao contrrio das epopeias clssicas que enalteciam heris individuais como Ulisses ou Eneias.

Os ltimos quatro versos contribuem para a glorificao e mitificao do heri, uma vez que o narrador sublinha a valentia dos Portugueses, a quem at os deuses obedeceram. Assim, o valor mais alto dos Lusitanos ofuscar aquele alcanado pelos heris clssicos.

[119 palavras]

2.1. Exemplo de resposta:A estncia apresentada pertence ao episdio do Conslio dos Deuses. Neste episdio, os deuses, convocados por Mercrio a pedido de Jpiter, renem-se para decidir o futuro dos Portugueses, nomeadamente se estes devero ser ajudados a chegar em segurana ao Oriente.

Vnus e Marte intervm a favor dos Lusitanos Vnus, por consider-los um povo romntico, falante de uma lngua derivada do latim; Marte, por consider-los guerreiros e, tambm, por estar apaixonado por Vnus. Baco no favorvel ajuda, pois receia perder a fama que tem no Oriente se os Portugueses l chegarem.

Finalmente, Jpiter toma uma deciso relativamente ao destino da humana gente os Portugueses devem ser ajudados a chegar, sem tumultos, ao Oriente, onde devem ser bem recebidos.

[119 palavras]

3.1. Exemplo de resposta:As estncias apresentadas pertencem ao episdio de Ins de Castro e referem-se ao momento em que Ins levada pelos carrascos presena de D. Afonso IV, para que este decida o seu futuro.

Ao v-la, o monarca sente, imediatamente, piedade e pretende perdo-la. No entanto, o povo persuade-o a condenar a fidalga. Ins sente-se desolada e implora por piedade. Pensa em D. Pedro e nos filhos que deixar, movida pela mgoa e pela tristeza.

Temendo deixar os filhos rfos, Ins vai, ento, dirigir-se ao monarca, implorando-lhe pela sua vida.

[90 palavras]

4.1. Exemplo de resposta:A estncia em causa pertence ao episdio das Despedidas de Belm, referindo-se ao momento em que Vasco da Gama embarca, juntamente com a sua tripulao, rumo ndia.

Ao narrar tal episdio ao rei de Melinde, Vasco da Gama relembra o momento da partida: face ao sofrimento dos familiares dos marinheiros e temendo que o mesmo se propague a si e sua tripulao (Por no nos magoarmos), dissuadindo o embarque (ou mudarmos/Do propsito firme comeado), o capito ordena que os marinheiros entrem nas naus sem se despedirem dos respetivos familiares.

assim, num ambiente de comedimento e de conteno de sentimentos, que a viagem tem incio.

[108 palavras]

5.1. Exemplo de resposta:A estncia apresentada pertence ao episdio do Adamastor, sendo Vasco da Gama o narrador e o Adamastor a personagem a quem ele se dirige.

Como castigo pela ousadia dos Portugueses, o Adamastor anuncia, furioso e aterrador, os seus Fados, ou seja, as tragdias, tormentas, mortes e naufrgios que sofrero a audcia por tentarem desvendar o mar oculto transformar esse mar numa sepultura para os Lusitanos.

Entretanto, o Gama, ainda que apavorado pelo monstro, sente-se tambm maravilhado por aquela figura disforme e dirige-lhe uma pergunta. Esta provoca uma alterao no gigante que, em sofrimento, com a voz pesada e amara, lhe contar a histria do seu amor por Ttis, de como foi enganado e transformado no Cabo das Tormentas.

[118 palavras]

6.1. Exemplo de resposta:A estncia apresentada pertence ao episdio da Tempestade.

As palavras apresentadas nos versos 1 a 4 so proferidas por Vnus. Atravs delas, possvel perceber que a deusa tem conhecimento que a terrvel tempestade que se abateu sobre a armada de Vasco da Gama no foi um fenmeno natural, mas sim obra de Baco. Ou seja, uma vez mais, aquele tenta prejudicar os Portugueses, tentando impedir a sua chegada ndia.

Para garantir que os nautas alcanam o seu destino, Vnus ordena s Ninfas que estas coloquem grinaldas nas cabeas, ou seja, que elas seduzam e acalmem os ventos e, desta forma, a armada de Vasco da Gama possa prosseguir viagem.

[111 palavras]

7.1. Exemplo de resposta:As estncias apresentadas pertencem ao episdio da Ilha dos Amores. Aqui, narra-se o momento em que Vnus, a Deusa Cpria, se prepara para cumprir a ordem que Jpiter, o Padre Eterno, lhe deu, isto , recompensar os Portugueses e dar-lhes a merecida glria.

A deusa considera que a ordem de Jpiter deve ser cumprida, pois os Portugueses foram vtimas de Baco durante a viagem e passaram por vrias dificuldades, merecendo algum descanso.

Para cumprir tal ordem, Vnus pede auxlio ao seu filho, que, sendo Cupido, o deus do Amor, a ajudar a criar uma recompensa, certamente, do agrado dos nautas Lusitanos.

[101 palavras]

8.1. Exemplo de resposta:As estncias pertencem ao episdio de Lionardo e relatam o momento da perseguio dos nautas s ninfas, na Ilha dos Amores.

Um dos nautas, Lionardo, tenta alcanar Efire, mas no o consegue, pois a ninfa no se deixa apanhar. Assim, cansado da perseguio infrutfera, dirige-se a Efire (versos 6 a 16) para perceber a razo de tal resistncia. Ao contrrio das outras ninfas, que se rendem facilmente vontade do inimigo, Efire resiste para tentar aumentar a paixo do nauta por si.

Cansado de perseguir Efire, Lionardo, com o objetivo de a fazer ceder, argumenta que as outras ninfas j se entregaram aos marinheiros e que, embora ele tenha m fama quanto ao amor, capaz de am-la.[118 palavras]

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