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Forluz Revista da Fundação Forluminas de Seguridade Social entrevista finanças vem comigo Felinto Sernache, consultor da Towers Watson, fala sobre previdência fechada, planos e longevidade Quanto custa formar um filho e quais estratégias podemos usar, mesmo em situações de crise financeira Assistida e conselheira da Forluz, Angela Maria é um exemplo vivo de como se manter sempre atuante * 9 ano IV setembro de 2015 L u m e Antes de alterar o perfil, confira dicas de especialistas para saber qual mais se adequa à sua realidade O que envolve mudar o perfil de investimento? Páginas 12 a 15

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ForluzRevista da Fundação Forluminas de Seguridade Social

entrevista finanças vem comigoFelinto Sernache, consultor da Towers Watson, fala sobre previdência fechada, planos e longevidade

Quanto custa formar um filho e quais estratégias podemos usar, mesmo em situações de crise financeira

Assistida e conselheira da Forluz, Angela Maria é um exemplo vivo de como se manter sempre atuante

*9ano IV

setembro de 2015

LumeAntes de alterar o perfil, confira dicas de especialistas para saber qual mais se adequa à sua realidade

O que envolve mudar o perfil de investimento?

Páginas 12 a 15

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No menu previdência os participantes podem acessar:

Previdência

Extrato do saldo de contasBeneficiários InscritosHistórico do Perfil/Percentual de ContribuiçãoSimuladores

Ativo

ContrachequeDados CadastraisValor do benefício (CPA)Informe anual de rendimentos

Assistido

Quer saber mais sobre a Forluz, acesse o portal.

No endereço www.forluz.org.br, você acompanha de perto tudo o que está

acontecendo na Fundação, seus dados e sua conta de aposentadoria. Veja algumas

opções que estão a um clique.

Você ainda pode conferir as publicações, os investimentos

e as decisões dos conselhos e do órgão regulador, a Previc.

Venha navegar com a gente!

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índice

16para viver melhor: finanças em dia

Conheça dicas de como investir e se planejar para garantir a educação dos filhos nos dias de hoje

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giro Forluz

entrevista

vem comigo

para viver melhor: previdência em foco

boas ideias

especial

passatempo vaga-lume

Saiba dos fatos de destaque que marcaram a Fundação no período

Previdência, planos e longevidade são temas abordados na entrevista de Felinto Sernache, consultor da Towers Watson

Estar sempre em atividade é uma marca da assistida Angela Maria; dançar é a sua mais nova e prazerosa motivação

Nesta edição, saiba o que deve ser avaliado na hora de mudar de perfil de investimento

Conheça os dispositivos eletrônicos que auxiliam os usuários a manter um estilo de vida mais saudável

Grupo de Trabalho busca aprimoramento das atividades para que o atendimento melhore a cada dia

Divirta-se e aprenda com a cruzada temática. E você ainda concorre a brindes.

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editorial

Vida que segue

Os chineses enxergam crise como “oportunidade”. Nessa perspectiva, elas são de fato estimulantes e nos fazem encontrar saídas inimagináveis para nossos proble-mas. Por isso, nossa reportagem do Finanças em Dia buscou justamente se debru-çar sobre uma questão essencial: custo e educação dos filhos numa situação de aperto financeiro. Como a vida não para, fomos dar uma olhada em novas alterna-tivas tecnológicas que vão nos ajudar muito a cuidar da nossa saúde. É o que você vai encontrar na seção Boas Ideias.

A entrevista desta edição é com o consultor da Towers Watson, Felinto Sernache. Especialista em montagem de planos previdenciários, Sernache explica a importân-cia dos planos e as principais questões que devemos estar atentos na atualidade e que os afetam, como longevidade, ciclo de vida financeira, dentre outros. Aproveite e và à seção Previdência em Foco: saiba por que nasceram os perfis de investi-mento associados aos planos previdenciários da Fundação e o que considerar nas mudanças de perfis.

Nossos participantes têm sempre boas histórias pra contar. Desta vez, na editoria Vem Comigo, nosso personagem é a conselheira da Forluz, Angela Maria de Oliveira Souza. Uma dica: sempre muito ativa, ela continua assim. É o que vamos mostrar pra você.

E tem muito mais: no Passatempo, você encontra quadrinhos e o jogo online. Lume é para você ler e se divertir. Vá em frente!

Victor CorreiaEditor Geral

Fundação Forluminas de Seguridade Social - Forluz // A Revista Lume é uma publicação eletrônica quadrimestral, editada pela Assessoria de Comunicação // Editor Geral: Victor Aluísio Silva (MTb MG03519JP) // Edição de Texto: Viviane Primo, Cinara Rabello e Maiza Silva (estagiária) e colaboração de Raphael Jardim // Projeto gráfico e diagramação: Link Comunicação Empresarial (www.linkcomunicacao.com.br) - Danielle Marcussi // Imagens: Fotolia // Ilustração/Quadrinhos: Giselle Vargas // Redação: av. do Contorno, 6500 - Lourdes - Belo Horizonte - MG // CEP 30.110-044 // Telefone: (31)3215-6701 // E-mail: [email protected] //Portal: www.forluz.org.br

As matérias publicadas nesta revista têm caráter exclusivamente informativo, não gerando qualquer espécie de direito ou obrigação por parte da Forluz. // Os textos assinados não corres-pondem necessariamente a opinião da Lume ou da direção da Entidade.

expediente

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giro Forluz

Para mais informações sobre a Fundação, acompanhe seus diversos veículos de comunicação ou acesse a seção de notícias do portal:

www.forluz.org.br

Treinamento de conselheiros

PVM em movimento

Presta contas 2015

Fiscalização do Plano A

Economista na Fundação

Os conselheiros fiscais e deliberativos da Forluz participaram do 4º módulo do Programa de Capacitação e Treinamento de Conselheiros, em junho, na sede da Fundação. Nesse módulo, voltado para as operações financeiras, foram apresentados os conceitos sobre a gestão de ativos, renda fixa, regras atuariais e o modelo de decisão do Comitê de Investimentos. O treinamento iniciado em 2014 terá um total de cinco módulos.

A edição do Presta Contas 2015, com o tema “O Desafio de Manter a Forluz Saudável”, aconteceu em 15 de junho, na sede da patrocinadora Cemig, com cerca de 160 presentes. Durante o evento, foram apresentados os números de 2014 e os participantes puderam conferir, ainda, a apresentação do atuário e diretor da Towers Watson, Felinto Sernache, que falou sobre como o idoso de hoje está se adequando ao aumento da longevidade e seus impactos para o sistema de previdência.

A Forluz recebeu o economista e sócio do banco Brasil Plural, Mário Mesquita, no dia 26 de junho. Ele falou sobre o cenário macroeconômico. Anualmente, a Fundação convida diversos especialistas do mercado financeiro a fim de definir as

estratégias que serão adotadas na Política de Investimentos do próximo ano, buscando obter os melhores resultados a médio e longo prazo.

O Plano Saldado de Benefícios, Plano A, passou por mais uma fiscalização por parte da equipe Previc. Ao final dos trabalhos, em 29 de maio, nenhuma irregularidade foi detectada. Tais auditorias visam averiguar os investimentos, planos, liquidez e todos os processos, que são sistematicamente conferidos, tendo em vista a perenidade e a saúde financeira e atuarial da Fundação.

O programa Para Viver Melhor realizou seis ações para os participantes ativos e assistidos, no mês de agosto. Só nesse período, mais de 750 pessoas acompanharam de perto os números da Forluz, e ficaram por dentro de como e onde são aplicados os recursos. Também foram apresentados o patrimônio dos planos e os benefícios de aposentadoria. A novidade deste ano é a presença de um representante do Cadastro para atender os interessados em conferir e atualizar os dados cadastrais.

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entrevista

Educação, a base de tudoPara Felinto Sernache, da Towers Watson, educação financeira básica é o caminho para incentivar a poupança previdenciária na vida adulta

Lume - A evolução do sistema de previdência fechado no Brasil está congelada em mais ou menos 15% do PIB, enquanto em países desenvolvidos se aproxima, ou até supera, 100%. Quais os principais entraves para esse crescimento aqui?

FS - Se somarmos o patrimônio conjunto da previdência fechada e da aberta, chegaremos a algo entre 20 e 22% do nosso PIB. Ainda assim, é um valor muito baixo para um país que pretende ter uma poupança interna oriunda desse tipo de sistema para fomentar o crescimento do país. O principal entrave, em relação a esse crescimento, começa pela questão cultural. A população brasileira não vem sendo educada para fins de poupança. Ao contrário, nos últimos dez a doze anos, o povo brasileiro vem sendo estimulado a consumir em vez de poupar. Esse é o fator, em minha opinião, mais relevante.

Lume - Quais as principais implicações desse comportamento da população?FS - Como já disse, o centro da questão está na falta de cultura previdenciária. Se por um lado temos sido estimulados a gastar, e não a fazer poupança, por outro, sabemos que a população vai viver mais do que as gerações de nossos pais. Precisamos nos convencer de que precisaremos trabalhar mais para subsistir por mais anos. A questão da cultura previdenciária perpassa a cultura financeira. Primeiro, é preciso saber lidar com os gastos e fazer planejamento familiar em relação às finanças, para depois se atentar para a previdência. Um grande entrave também é essa falta de introdução do assunto finanças nas escolas, para dar base às crianças, futuros consumidores. A gente ainda vê muita gente olhando se a prestação cabe no bolso, e não se os juros estão embutidos, e de que forma, naquela prestação. Portanto, temos um longo caminho pela frente, para que possamos atingir a plenitude daquilo que chamamos de cultura previdenciária e a expansão do desenvolvimento tão desejado pelo Brasil.

Lume - Se o impacto da longevidade nos planos de previdência será tão significativo, qual a melhor maneira dos participantes e fundações lidarem com essa realidade?

FS - Sabemos que vamos viver mais e, portanto, trabalhar mais e poupar mais para a aposentadoria. Quando a gente fala de longevidade e previdência, precisamos separar dois tipos de planos. Quando falamos de

Arqu

ivo

Forlu

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plano de benefício definido, a longevidade tem uma implicação direta na indicação de superávits ou de déficits desses planos. Porque quanto mais os indivíduos sobrevivem, maior é a necessidade de pagamentos dessas rendas vitalícias e, havendo ausência de recursos, naturalmente serão necessários aportes. Por outro lado, a legislação das entidades fechadas de previdência evoluiu muito ao longo dos anos em relação aos testes de aderência das hipóteses de sobrevida que os atuários têm utilizado nos cálculos atuariais. É uma calibragem que acontece e deverá acontecer a cada período, para evitar que hajam déficits ou superávits por causa da longevidade. Deve haver uma orientação para os participantes, por parte dos fundos de pensão, ao falar sobre os planos de benefícios de contribuição definida e contribuição variável, especialmente os de contribuição definida. Essa orientação é no sentido conscientizá-los a entender e promover um equilíbrio entre a forma de receber o benefício e a longevidade. Muitos planos hoje já introduziram nos seus regulamentos um balanço em relação a forma de recebimento de benefício, descrevendo quanto e por quanto tempo o participante vai receber por um período fixo de tempo ou por um percentual do saldo de conta. Esse tipo de mecanismo, inserido nos regulamentos, é que vai promover com que as pessoas, bem educadas, possam calibrar o recebimento do seu benefício, para que esse benefício possa durar a maior parte da sobrevida do indivíduo. Portanto, o grande desafio nos planos de contribuição definida também é um desafio de educação, pois as pessoas passariam a monitorar muito bem a forma de recebimento do seu benefício, caso essa forma de recebimento de benefício não for vitalícia. Nesses casos, a educação financeira e previdenciária é importante para monitorar e suportar os impactos da longevidade dentro dos programas de contribuição definida.

Lume – A adesão automática aos planos é uma possiblidade que está em estudo junto ao órgão regulador, a Previc. O senhor acha que se adotada essa medida pode ajudar a ampliar os níveis de adesão?

FS - Claro. Nosso cérebro foi orientado e concebido para só agir em caso de muita necessidade. Então, quando o indivíduo entra num plano de previdência e recebe um formulário para responder se quer ou não aderir a um plano de previdência, a chance desse indivíduo preencher voluntariamente o formulário e buscar uma poupança para a aposentadoria, é muito pequena. Lembrando que esse indivíduo não foi educado para ter a formação de poupança como parte da sua vida e que não foi orientado a ser pró ativo. Sendo assim, a adesão automática trabalhará outra parte do cérebro, que é a inércia, a parte que aceita a condição que já foi oferecida. Portanto, é diferente quando a pessoa recebe um formulário dizendo que foi inscrita automaticamente no plano de previdência e que, se não quiser contribuir, terá que preencher um formulário e enviá-lo para o fundo de pensão. Fazendo assim, a chance do indivíduo desistir é muito menor. A adesão automática é um grande evento que vai promover o aumento da população coberta por planos de previdência no Brasil e o aumento dos recursos oriundos para a formação de poupança de longo prazo. Naturalmente, por que as pessoas passaram a aderir e contribuir automaticamente.

Lume - O atrelamento dos planos de previdência aos ciclos de vida financeira é uma tendência atual? Como funciona? Há espaço para a incorporação desse tipo de proposta aos planos da previdência fechada?

A população brasileira não vem sendo educada para fins de poupança. Ao contrário, nos

últimos dez a doze anos, o povo brasileiro vem sendo estimulado a

consumir em vez de poupar

FS- Sim. Não só os planos de previdência fechada, como também dos planos de previdência aberta. Se o plano oferece perfis de investimento, o ciclo de vida poderá ajudar o participante a tomar decisões mais acertadas. O ciclo de vida é para pessoas que não têm condições de tomar decisão sobre qual tipo de investimento é melhor pra ela. Ou para as pessoas que têm condições pra isso, mas, por algum motivo, não querem tomar essa decisão. Basicamente, o ciclo de vida funciona assim: na medida em que o indivíduo vai progredindo na idade, vai envelhecendo, e se aproximando da aposentadoria, o perfil de investimento e a porção de renda variável contida no portfólio vão diminuindo. Quanto mais próximo da aposentadoria, deve-se ter o mínimo de risco na sua carteira. Afinal de contas, o participante vai usar esses recursos para sobreviver, então, não vale a pena arriscar o em renda variável. Quanto mais tempo o participante tem pela frente, mais pode arriscar o capital na renda variável. Então, o conceito é como se tivesse um portfólio auto ajustável ao longo do tempo, na medida em que você se aproxima da aposentadoria, você diminui a exposição ao risco. Algumas entidades já estão incluindo no regulamento a opção do participante de escolher um perfil auto ajustável, que segue o conceito do ciclo de vida. Sem dúvida, essa é uma tendência de mercado.

Lume – Que conselho você daria a um empregado que trabalha em uma empresa que oferece um plano de previdenciário e ainda não aderiu?

FS - A Towers Watson fez uma pesquisa no mundo inteiro com mais de 7 mil empregados, de diversos níveis e idades. No Brasil, foram mais de mil entrevistados e uma das perguntas era: quais são as suas prioridades financeiras neste momento? A pesquisa foi segmentada por idade: até os 40 anos; entre 40 e 50 anos; e de 50 anos em diante. Os empregados até 40 anos nem citaram previdência; de 40 a 50 anos, a sexta prioridade era o plano de previdência. E acima de 50 anos, a primeira prioridade era o plano de previdência. Não é possível juntar dinheiro suficiente para aposentadoria a partir de 50 anos para ter uma velhice adequada. A pessoa não vai ter dinheiro suficiente para a assistência médica na aposentadoria. Portanto, comece a contribuir o quanto antes, desde jovem. Encontre espaço no seu orçamento para isso e depois você se acostuma com o desconto. Só assim você vai conseguir uma velhice em melhores condições econômicas.

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raio x

Resultados da Forluz em relação às EFPCs do país e ao mercadoCompare a rentabilidade acumulada do Plano B da Forluz, frente às fundações e aos indicadores de renda fixa e renda variável.

Plano B Resultados

Rentabilidade dos PlanosForluz x Sistema

Fonte: Abrapp - Consolidado Estatístico

Periodo: 2010 até Junho/2015

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vem comigo

Ativismo que revigoraAngela Maria, participante assistida e conselheira deliberativa da Forluz, comprova que um estilo de vida mais dinâmico e participativo pode ser recompensador

Chegar à aposentadoria com saúde e disposição é o sonho de qualquer pessoa que deixou para trás a vida laboral, ou seja, a fase do horário e do cartão de ponto. Mas para Angela Maria de Oliveira Souza, participante assistida e suplente do Con-selho Deliberativo da Forluz, um estilo de vida ativo não está restrito somente à imaginação: aos 59 anos, essa forma de comportamento tornou-se um hábito.

O desejo de se manter atuante acompanha Angela desde o início da carreira. Assim que se tornou empregada da Cemig, ela já se interessava por atividades que iam além de sua função, participan-do ativamente de sindicatos, partidos políticos e organizações para valorizar a mulher no ambiente de trabalho. Mas há pouco mais de um ano, essa força de vontade ganhou novo impulso.

Sentindo-se desanimada na pós-aposentadoria, Angela deu ouvidos ao coração quando viu um convite no jornal da Asso-ciação dos Eletricitários Aposentados e Pensionistas da Cemig e Subsidiárias – AEA MG para uma apresentação sobre o grupo de dança Coração de Minas. Curiosa, decidiu comparecer e, ra-pidamente, teve a certeza de que iria participar. Desde então, Angela se reúne com o grupo - formado majoritariamente por participantes assistidas da Forluz - uma vez por semana para praticar a Dança Sênior (saiba no quadro ao lado).

Os benefícios da dança para o corpo e a saúde das pessoas na terceira idade são muitos. Mas a forma como essa ativida-de transformou a vida de Angela ultrapassa qualquer estudo científico. “Eu estava sedentária e desanimada, mas a dança trabalhou minha autoestima, meu equilíbrio e minha noção de espaço. Durante as aulas, fazemos um trabalho minucioso que requer muita atenção, mas o que mais importa é que ganha-mos a convivência com pessoas que geralmente não temos tanto contato”, revela.

Angela encontrou na Dança Sênior uma oportunidadedetornar seu estilo de vida mais ativo

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Durante as aulas, fazemos um trabalho minucioso que requer muita atenção, mas o que mais importa é que ganhamos a convivência com outros aposentados, pessoas que geralmente não temos tanto contato

Ao mesmo tempo em que conhece novos colegas apaixonados pela dança, em casa, a assistida da Forluz convive de per-to com alguém que não é dessa praia. Mas o que não falta é apoio por parte de Altair Coelho de Souza, aposentado da Cemig e marido de Angela. “Ele é tímido, e não consegue re-alizar atividades como essas. Mas sempre me acompanha em todos os lugares”, se orgulha.

Novas habilidades

O grupo Coração de Minas, do qual Angela faz parte, conta com 100 participantes e se apresenta em Uberlândia, Belo Horizon-te e outras cidades mineiras. O desafio de se apresentar em público com o grupo exige treino e concentração, mas Angela conseguiu se adaptar rapidamente. “No início a professora mandava eu ir para direita, e meu corpo ia para a esquerda. Mas melhorei muito”, comemora.

Outra vantagem da Dança Sênior que mudou a vida de Angela está relacionada a um dos grandes males da atualidade: a falta de foco e concentração. Para ela, a Dança Sênior aju-dou-a a viver mais o presente, se concentrando no momento e evitando se distrair com as preocupações futuras, o que contribuiu para a realização de tarefas com mais eficiência e tranquilidade.

Trajetória de respeito

A mesma inquietação que fez Angela buscar o grupo de Dança Sênior, a partir de um anúncio no jornal, também é responsá-vel por sua trajetória de mais de 20 anos nos conselhos da Forluz. Antes mesmo de saber o que era a Fundação e quais

A Dança Sênior

A Dança Sênior combina coreografias variadas com músicas folclóricas de diferentes povos. Praticada em círculo, a dança conta com músicas alegres e animadas, e exige bastante da memória dos praticantes. A atividade leva em conta as limitações das pessoas com idade avançada. Assim, pode ser praticada em pé ou sentado, em ritmo lento ou acelerado, com ou sem acessórios, individualmente ou em grupos, e também por pessoas com limitações físicas.

Idealizada por Ilse Tutt, em 1974, na Alemanha, a Dança Sênior foi trazida ao país em 1978. Atualmente, já conta com mais de 8 mil alunos no Brasil, além de ser praticada em vários países do mundo.

Ainda que não seja apaixonado pela dança, o marido de Angela acompanha a esposa em cada apresentação

O grupo Coração de Minas da AEA, do qual Angela faz parte, é formado em sua maioria por mulheres assistidas da Forluz

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os seus objetivos, a aposentada decidiu participar da eleição para o conselho em função de um anúncio que viu em um jornal do sindicato local.

Mesmo que repentina, a decisão se revelou acertada. Hoje, 25 anos após se candidatar, Angela já acumula cinco mandatos como conselheira da Forluz, tanto no conselho fiscal quanto no deliberativo. A assistida sente uma grande responsabilidade perante os beneficiários da Fundação. “Acredito que o peso do voto para um conselheiro tem tanto valor quanto o voto para deputados e presidentes, afinal a Forluz é nosso patri-mônio”, explica.

O foco e a concentração que trabalhos na dança nos ajudam a realizar

nossas tarefas com mais eficiência e com muito

mais tranquilidade

OS BENEFíCIOS DA DANçA SêNIOR PARA O CORPO E A MENTE

Mente:: Estimula o desenvolvimento de novos laços afetivos e contribui para a autoestima e a qualidade de vida:: Favorece o pensar criativo e o autoconhecimento:: Reduz o risco de declínio cognitivo:: Melhora a atenção e a memória

Braços e pernas:: Aprimora a coordenação motora

:: Melhora a flexibilidade

Costas:: Melhora a postura

Geral:: Modela o corpo:: Auxilia no ganho e manutenção do condicionamento físico:: Preserva a massa muscular:: Previne quedas:: Melhoria global na função cardiovascular:: Melhora a imunidade do organismo

Fonte: Dança sênior: um recurso na intervenção terapêutico-ocupacional junto a idosos hígidos (Janine Gomes Cassiano; Larissa da Silva Serelli; Simone Abrantes Cândido; Aline Torquetti; Karina Fonseca)

Grupo Coração de Minas em ação

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para viver melhorprevidência em foco

Vai mudar de perfil?Com a adoção dos perfis de investimento, a partir de 1998, a Forluz procurou atender a uma demanda crescente por parte dos participantes de se tornarem coparticipantes na gestão de investimento da sua conta de aposentadoria. A iniciativa trouxe a possibilidade do participante escolher um perfil conforme o que os economistas chamam de apetite ao risco, ou seja, o quanto cada um está disposto a arriscar.

Para a gerente de Renda Fixa, Participações e Empréstimos da Forluz, Patrícia Totino, antes de optar por um dos perfis, o participante deve observar a composição da carteira de investimentos de cada um. “Todos os perfis têm em sua composição títulos de renda fixa, empréstimos a participantes e imóveis. Entretanto, o conservador, o moderado e o agressivo têm uma fatia maior ou menor, em ações e participações em empresas no Brasil e no exterior”, explica. Veja na tabela ao lado os percentuais de alocação por segmento em cada perfil de investimento. Patrícia também orienta ao participante a fazer

Confira as dicas de especialistas antes de fazer sua escolha e saiba qual é o perfil mais adequado à sua realidade.

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uma análise sobre sua capacidade de lidar com as oscilações do mercado financeiro, o seu apetite ao risco e reavaliar sua escolha. “A pessoa que perde noites de sono por que a bolsa está em queda não pode optar por um perfil agressivo”.

Entretanto, para quem suporta esse mercado flutuante de ações, o perfil agressivo pode oferecer ganhos reais diante de uma mudança de cenário econômico. É o que esclarece o responsável pelas áreas de multi-assets e estratégias de diversificação da Rio Bravo Investimentos, Eduardo Levy. “Apesar do risco, podemos tirar proveito do mercado, sem deixar de ter em mente que esses investimentos funcionam a médio e longo prazo e que não vale correr riscos desnecessários. A escolha do perfil também deve ter como base a renda que o investidor tem e a que pretende ter. O ideal é observar se o ganho está acima da inflação”, afirma Levy.

Patrícia Totino

Arquivo Forluz

Vender na baixa e comprar na alta

Para Aquiles Mosca, o investidor que muda de perfil com frequência, sem que tenha sofrido alteração relevante em seus objetivos financeiros, via de regra, incorre em erros grosseiros. Nos momentos de baixa dos mercados as pessoas tendem a se tornar avessas ao risco e migram do perfil moderado ou agressivo levando todos os seus recursos para aplicações conservadoras. Ao agir de tal forma, ela vende barato os ativos mais arriscados, em vez de comprá-los baratos. O inverso ocorre em momentos de alta, quando se desfaz dos

Perfil de Investimento

Renda Fixa, Investimento Estruturado e

Investimento no Exterior (1)

Renda Variável, Investimento Estruturado e

Investimentos no Interior (1) e (2)

Imóveis Emprestimos

Ultraconservador 77% a 100% 0% Até 8% Até 15%

(1) Inclui fundos (FIP, FIEE, FII, FIE eFIM) com cláusula estabelecida em regulamento que evidencie característica predominante de Renda Fixa.(2) Inclui os segmentos “Investimentos Estruturados” e “Investimentos no Exterior”, excetuando-se estruturações de fundos (FIP, FIEE, FII, FIE e FIM) com cláusula estabelecida em regulamento que evidencie característica predominante de Renda Fixa. (3) Para fins de alocação, os segmentos renda variável, estruturados e investimentos no exterior, nos perfis conservador, moderado e agressivo, são considerados um único segmento.

Conservador 67% a 95% 5% a 10% Até 8% Até 15%

Moderado 52% a 90% 10% a 25% Até 8% Até 15%

Agressivo 27% a 75% 25% a 50% Até 8% Até 15%

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ativos conservadores e volta a comprar ativos de risco mudando para os perfis moderado ou agressivo. “Agindo dessa maneira, o investidor faz as compras a preços elevados, isto é, compra caro e mais uma vez troca o pé prejudicando o retorno total da carteira”, diz.

Mudança de vida & mudança de perfil

Aquiles Mosca explica que não existe perfil mais atrativo para um determinado momento. “O que existe é um perfil que aten-de melhor as condições e objetivos de cada investidor, base-ado em sua tolerância a risco, horizonte ou prazo de inves-timento e momento de vida. É a combinação desses fatores que deve orientar a escolha de perfil”, explica.Quanto mais próximo de requerer benefício, menor deve ser a volatilidade da carteira e maior o foco em garantia de renda. Isso significa uma maior concentração em ativos de renda fixa que geram renda estável. Portanto, o mais indicado para os participantes que estão próximos de se aposentar são os perfis de caráter conservador e ultraconservador.

O primeiro passo para quem decide contribuir com a previdência complementar é traçar um objetivo. É preciso ter em mente a idade que deseja se aposentar, que parcela da sua renda atual pode poupar e quantos anos restam até o momento da aposen-tadoria. Ao responder a essas perguntas, o futuro participante de um plano de benefícios poderá direcionar seus investimen-tos de forma que contribua o quanto antes, e com o maior valor possível, para garantir uma renda satisfatória ao se aposentar. Para os mais jovens, que ainda não têm um salário compatível com sua expectativa, é preciso levar em conta a perspectiva de crescimento profissional. É possível começar com uma pequena quantia mensal e aumentar o valor gradativamente ao longo dos anos. Outra dica é fazer simulações. Essa medida ajudará o futuro contribuinte do plano a saber o valor e quanto tempo terá para fazer suas contribuições.

Perspectiva de ganho

É importante determinar uma meta desde cedo e persegui-la. Sempre que possível, é preciso se perguntar: ao me aposentar, tenho a pretensão de ter um ganho de R$ 3 mil, de 5 mil, de 10 mil? Se almejo 10 mil, por exemplo, devo me empenhar mais, quem sabe arriscar mais quando posso. Vou escolher eventualmente perfil mais arrojado com essa expectativa.

• Mais idade: um participante que se aproxima da aposentadoria deve tornar seu perfil cada vez mais conservador, pois terá pouco tempo para se recuperar de uma possível perda até a data da aposentadoria, quando irá utilizar os recursos poupados. A preservação do capital acumulado deve ter um papel determinante na escolha do perfil.

Aquiles Mosca

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1. Apetite ao risco

Você consegue olhar sempre a longo prazo? Se não consegue vivenciar perdas e ganhos em

pouco tempo, é melhor ficar em perfis mais

conservadores.

2. Fases da vida

Quanto mais próximo à aposentadoria, o ideal é arriscar

menos, pois o tempo para recuperar o que se perde

é menor.

3. Migração de perfil

O conceito se aplica a quem muda de perfil em momentos de instabilidade

econômica. Se você vai do agressivo para o conservador quando a bolsa está em queda, vai perder com a venda dos

ativos em renda variável.

4. Composição

da carteiraObserve a composição da

carteira de investimentos de cada perfil para saber o percentual

de investimento em cada segmento.

5. Meu perfil é mais....

Ultraconservador é para quem quer correr menos riscos. Conservador é voltado para quem mas admite pouca exposição a

riscos. Moderado é indicado para quem prefere correr um pouco mais de risco visando melhor retorno. Agressivo é para quem não se importa em correr muito risco,

na tentativa de obter alta rentabilidade.

OBS.: Na Forluz, o participante pode alterar o perfil de investimento a qualquer momento, desde que respeite a carência de 12 meses da última alteração.

• Menos idade: um jovem que está iniciando sua poupança previdenciária tem tempo para recuperar eventuais perdas. Neste caso, faz todo sentido recorrer a um perfil mais agressivo com o objetivo de melhores retornos.

• Momento de vida: um participante solteiro e sem filhos, tende a optar por um perfil diferente de um casado, com filhos. Eventos da vida como casamento e chegada de um ou mais filhos podem e devem influenciar a composição da carteira do investidor.

5 DICAS PARA AJUDAR VOCê A ESCOLHER O PERFIL DE INVESTIMENTO

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para viver melhorfinanças em foco

Quanto custa formar um filho?

Há algumas décadas, a preocupação em formar um filho se resumia à matrícula

em uma escola pública de qualidade. Hoje, é bem

diferente. Saiba por quê

O que já era complexo ficou ainda mais diante da atual si-tuação econômica e do afunilamento do crédito em meca-nismos como o Fundo de Financiamento Estudantil – FIES. Somado a esse fato, naturalmente, a alta dos juros, do dólar e as consequentes altas das mensalidades escola-res e universitárias. O fato é que, hoje em dia, educar um filho requer planejamento e recursos financeiros em larga escala. E pode acreditar, quanto antes os pais começa-rem a formar poupança com essa finalidade, maiores são as chances de um futuro sem sobressaltos.

Erasmo Vieira

Arquivo pessoal

Uma das opções para viabilizar tais iniciativas - e que vem ganhando cada dia mais adeptos - são os fundos de renda fixa. Segundo o consultor financeiro Erasmo Vieira, esse tipo de investimento tem sido o mais procurado pela população para ajudar na concretização desses projetos de vida, uma vez que os rendimentos estão melhores em razão da alta taxa de juros.

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Lume

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QUANTO JUNTAR POR MêS PARA PAGAR A

FACULDADE DO SEU FILHO?Para formar um filho em engenharia, com mensalidade de R$ 1.396,00 ao mês e uma duração de 5 anos de estudos, o valor total a ser inves-tido será de R$ 83.760,00, segundo levantamento do Mercado Mineiro.

A PARTIR DE 0 ANOS

A PARTIR DE 5 ANOS

A PARTIR DE 10 ANOS

R$ 387,78

R$ 536,92

R$ 872,50

Se você começar a juntar dinheiro assim que seu filho nascer, o valor mensal destinado pra isso será menor. Veja neste exemplo quanto será necessário guardar por mês para poder pagar a faculdade do filho quando ele estiver com 18 anos.

Atenção: a projeção acima foi baseada no custo médio mensal de uma faculdade de engenharia mineira e não levou em consideração os reajustes anuais e a inflação. O cálculo apresentado não inclui transporte, alimentação, livros e demais gastos com a universidade.

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Lume18

Para fazer com que o filho não se torne um dependente financeiro na vida adulta, os pais devem procurar ajuda. No mercado há diver-sos recursos para auxiliar nessa formação. São palestras, livros, sites e cursos, muitos deles gratuitos, e que podem orientar a mu-dança de comportamento de toda a família em relação ao dinheiro.

Um dos motivos para a procura desse tipo de investimento pode ser o alto custo do ensino superior. Um levantamento feito pelo site Mercado Mineiro, em agosto deste ano, revelou que a varia-ção dos preços nos cursos de graduação das universidades de Belo Horizonte, em alguns cursos, pode chegar a 214,86%. Inves-timento que não para por aí, já que, além da mensalidade, é pre-ciso custear livros, transporte e, às vezes, a moradia dos filhos.

“Os custos dos estudos dos filhos, principalmente as universi-dades, são altos e todos devem se preparar para essa despesa. Além disso, os pais optam por esse investimento pois gostam de ter o compromisso da prestação mensal’, destaca Erasmo.

“Proporcionar segurança aos nossos filhos é um prazer”. É o que diz o médico cooperado da Cemig Saúde, Ubaldo Fonseca de Carvalho, que desde o nascimento de sua filha Gabriela, há cinco anos, vem formando uma reserva para custear os estudos e outras despesas emergenciais. “Escolhi investir em um fundo de renda fixa. A opção por esse tipo de investimento foi por ele ser mais conservador, de longo prazo e mais seguro”, destaca.

Para chegar ao valor aportado mensalmente, em torno de 5% da renda familiar, Ubaldo projetou um montante que o ajudasse a co-brir os gastos com educação ou outras necessidades emergenciais. “Não fiz o investimento pensando em aposentadoria. O intuito foi mesmo garantir segurança no futuro”, ressalta.

Para Erasmo, quanto antes os pais começarem a fazer algum tipo de poupança, melhor. “Quando você poupa para realizar o sonho futuro, você tem um grande aliado que são os juros, que irão re-

Gabriela, filha de Ubaldo Fonseca

Arquivo pessoal

munerar a sua contribuição e o valor irá crescer. No longo prazo, qualquer taxa de juros faz diferença”.

Palavra-chave: disciplina

A disciplina de poupar, na família de Carlos Renato e Lurdenilde Mi-randa, que trabalham, respectivamente, na Cemig e na Cemig Tele-com, começou quando os filhos estavam com quatro meses de vida. “Quando a Lurdenilde voltou da licença maternidade do Icarus e do Glaucus, tivemos que colocá-los em uma escola em tempo integral. O valor era bem elevado. Naquele momento, percebemos a neces-sidade de formar uma reserva financeira para o futuro escolar, o início da carreira profissional ou até mesmo para algum dos muitos imprevistos da vida”, afirma Carlos Renato.

Segundo ele, o primeiro recurso foi investido na tradicional poupança. Hoje, eles têm um mix de aplicações em previdência e tesouro direto, que têm características de longo prazo e são mais seguras e conservadoras.

Não fiz o investimento pensando

em aposentadoria. O intuito mesmo foi garantir segurança

no futuro.

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O importante é ter disciplina financeira pois

o investimento nos filhos e na educação deles é a

melhor herança que podemos deixar para

nossos pequenos

“Nossa meta consiste em fazer aplicações constantes em ativos que apresentem retorno financeiro superior à inflação. Fazemos aportes no aniversário dos meninos, no Natal, ao recebermos o décimo terceiro salário e, também, as participações nos re-sultados. O importante é ter disciplina financeira, pois o inves-timento nos filhos e na educação deles é a melhor herança que podemos deixar para nossos pequenos. O futuro começa agora, mas nunca é tarde para ajustar as velas para uma navegação mais precisa pelos mares da vida”, destaca.

Independente da opção por poupança, tesouro direto, ou outro tipo de produto financeiro, o importante é acompanhar. Por se

Lurdenilde, Carlos Renato e os filhos Icarus e Glaucus

Arqu

ivo

pess

oal

tratar de investimentos de longo prazo, é preciso consultar os rendimentos pelo menos duas vezes ao ano. Outra dica impor-tante é avaliar as taxas de administração cobradas pelas insti-tuições financeiras, pois, no longo prazo, pequenas oscilações dessas taxas produzem grandes diferenças.

O consultor Erasmo dá outra dica importante para os pais que investem pensando em garantir o futuro dos filhos: “deixe isso em segredo. Não fale para os filhos ou netos que você fez qualquer tipo de investimento para garantir os estudos deles. Já acompanhei casos em que os filhos pegaram esse dinheiro, gastaram com outras coisas e não estudaram”.

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boas ideias

Tecnologia para cuidarEm pleno século 21, aplicativos e dispositivos eletrônicos são grandes aliados no desafio de manter um estilo de vida mais saudável

Se há algumas décadas a possibilidade de realizar video-conferências parecia saída de filmes de ficção científica, hoje já estamos bem acostumados à ideia de fazer chama-das de vídeo com outras pessoas. Mas ao mesmo tempo em que traz grandes avanços para a comunicação, a tecno-logia também vem revolucionando o modo como cuidamos do corpo e da saúde.

Conheça alguns aplicativos e dispositivos que prometem transformar o nosso comportamento e a área da saúde nos próximos anos.

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Atividades físicasAlém de contar as horas, o relógio da Apple monitora atividades físicas, fornecendo estatísticas em tempo real. O Apple Watch sugere metas personalizadas, nos incentivando a atingi-las. Recentemente, também foi lançado o Life Clock, um aplicativo específico para o dispositivo que utiliza informações pessoais para estimar quanto tempo de vida ainda temos. A previsão pode variar para mais quando praticamos atividades físicas, e para menos quando estamos sedentários e comendo mal.

Controle de alimentaçãoMuitos aplicativos nos ajudam a controlar alimentação, quan-tidade de calorias ingeridas e hidratação, contribuindo assim para ganharmos ou perdermos peso. O MyFitnessPall, por exemplo, possui milhares de alimentos e bebidas cadastra-dos, o que facilita o registro pelo usuário. Com a ajuda de seu médico ou nutricionista, você define uma meta de calorias diária e começa a preencher. A cada dia, o app informa o quanto você pesaria em um mês, levando em conta a quanti-dade de calorias ingeridas no dia.

Qualidade do sonoO sono ruim está associado a diversos problemas de saúde. Pensando nisso, aplicativos como o FitBit e o Sleep Cycle registram as horas de sono e a qualidade do descanso, levando em conta os mo-vimentos do corpo durante a noite. Com as informações, o usuário pode modificar alguns de seus hábitos ou até mesmo tomar a decisão de procurar ajuda de um especialista.

Postura corretaO Lumo Lift é um pequeno dispo-sitivo, similar a um broche. Disponível em várias cores e modelos, o equipamento detecta a posição do corpo e, assim que você começa a se inclinar, ele vibra, como um lembrete para manter a postura correta. O dispositivo pode ser afixado em roupa e também conta passos, distância e calorias.

Medição de glicoseA medição do nível de glicose é de grande utilidade para a qualidade de vida e a medicação de diabéticos. Em 2014, uma empre-sa lançou um medidor que pode ser plugado dire-tamente no smartphone, registrando e analisando em tempo real a quantidade de glicose que circula no sangue.

Enxergar de novoRecentemente, um vídeo emocionante revelou como os óculos eSight permitiram a uma mãe cega enxergar sua filha pela primeira vez. O equipamento combina uma câmera, um dis-play e um computador que geram o vídeo em tempo real, se adaptando a problemas de visão específicos de cada pessoa. A tecnologia é cara (15 mil dólares, segundo o fabricante), mas no futuro ainda pode ajudar muitas pessoas.

Transformando fezes em águaNo início de 2015, o empresário Bill Gates bebeu um copo de água que, momentos antes, era somente um monte de fezes. Financiada pela fundação de Bill Gates, a máquina que faz essa transformação ferve os dejetos e o vapor resultante é purificado até se tornar água potável. A má-quina ainda consegue gerar toda a eletricidade que preci-sa, o que a torna uma tecnologia promissora para a saúde pública em países que não possuem condições adequadas de saneamento.

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especial

Conhecer para atender melhorQualificar o atendimento ao participante é o foco do Grupo de Trabalho, um fórum que busca debater e facilitar o entendimento das atividades da Fundação

A fim de aprimorar o conhecimento dos empregados e promover a melho-ria constante no atendimento ao participante, a Gerência de Previdência, Atuária e Atendimento da Forluz criou o Grupo de Trabalho (GT), em 2014. Desde então, em seus encontros são abordados temas que destrincham a Fundação, previdência complementar, investimentos e outros temas. Até o momento, foram realizados dez eventos, um por mês, a maioria conduzidos pelos próprios empregados e gerentes da Entidade.

Segundo a assistente administrativa, responsável pela execução dos encontros, Roberta das Graças Cândido, o GT é um espaço para deba-ter diferentes temas, sanar dúvidas e incentivar o constante aprendi-zado. “Buscamos melhorar a compreensão e o entendimento dos em-pregados que lidam direta ou indiretamente com o atendimento sobre questões ligadas às regras, fluxos e processos da Forluz”, explica.

Para Roberta, as informações e a troca de experiências são im-portantes ferramentas de gestão e aperfeiçoamento profissional.

“O conhecimento é um dos requisitos para a qualidade de atendimento.

Quando o participante entrar em contato conosco, será

atendido por uma equipe bem informada, atualiza-da, conectada e, sobre-tudo, que conhece a em-presa como um todo. Isso

garante agilidade e solu-ções acertadas em relação

às demandas”.

Nível de satisfação do participante

De olho na satisfação dos partici-pantes, a Forluz avalia o nível de aprovação em relação aos serviços prestados, desde 2009. A pesquisa, realizada anualmente, revela que o atendimento tem sido bem avaliado. Em 2014, por exem-plo, o atendimento telefônico recebeu nota geral 9, em uma pontuação de 1 a 10.

Para o atendente Luiz Gustavo Santos Silva, o conhecimento é a base de tudo. “Os participantes estão cada vez mais antenados, querem saber mais e acompanham o dia a dia da Fundação, os investimentos, rentabilidades, riscos e mudanças regulamentares. Recebemos vários e diferentes questionamentos e para prestar um aten-dimento com excelência, é preciso conhecer bem Fundação, e o GT vem oferecendo essa oportunidade a cada encontro”, ressalta.

O agradecimento recebido por e-mail da participante Wanda Lúcia Mene-zes Teixeira vai ao encontro dessa busca pelo resultado positivo. “Gosta-ria de parabenizar a equipe de atendimento da Fundação pelo excelente trabalho que tem feito em nos atender e prestar todos os esclarecimentos necessários com eficiência e agilidade. Quero deixar meu agradecimento especialmente ao Felipe, que foi muito eficiente. Parabéns pela equipe, que é nota 10”. Confira os temas já abordados no GT no gráfico ao lado.

Luiz Gustavo Santos Silva

Roberta das Graças Cândido

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GRUPO DE TRABALHO

>> Se você encontrou alguma dificuldade na hora de sanar dúvidas, entre em contato conosco e sugira o assunto do próximo GT. Os canais de aten-dimento da Forluz são o 0800-0909090, o [email protected]. O atendimento presencial é na sede, à avenida do Contorno, 6500, 3º andar, Lourdes, ou nos postos de atendimento da Forluz e Cemig Saúde no interior de Minas.

Palestras e temas abordados

1. Leis Complementares 108 e 109Palestrante: analista previdenciária

da Forluz, Rejane Couto

2. Composição e função dos conselhos e diretorias da Forluz

Palestrante: secretária Geral da Foluz, Roseli Maciel

3. A relação da DRP com as diretorias, os conselhos e os participantes

Palestrante: diretor de Relações com os Participantes da Forluz, Vanderlei Toledo

4. Conhecendo a assessoria de Compliance

Palestrante: assessora de Compliance da Forluz, Raquel Gouveia

5. Histórico, estrutura e desafios da Forluz

Palestrante: presidente da Forluz e da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto

6. Conhecendo a Assessoria de RiscoPalestrante: assessor de Risco da Forluz,

Antônio Carlos Bastos D’ Almeida

7. Por dentro do SantanderPalestrante: representante do Santander,

Maria de Cássias Rios da Silva

8. Investimentos: o que saber para melhor atender?

Palestrante: gerente de Gestão de Renda Fixa, Participações e Empréstimos

da Forluz, Patrícia Totino

9. Política e perfil de investimentos: o que o

participante deve saber? Palestrante: analista de

investimentos, Fábio Maia

10. Atendimento a participantes: um trabalho a quatro mãos

Palestrante: coordenadora do CTR Leste de Relacio-namento, membro da comissão nacional, e gerente

de Cadrastro e Relacionamento da Fundação Libertas de Seguridade Social, Maria Helena da Silva Netto

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artigo

Mobilidade: as EFPCs ao alcance de um toque

Na era em que os computadores estão na palma das mãos, empresas precisam aderir às novas tendências e tecnologias

Em 2007, o núme-ro de pessoas que acessavam a Internet via smar-tphone era de 400 milhões, contra 1,1 bilhão de acessos por meio de computado-res. Entre 2013 e 2014, tivemos a “virada desse jogo” e hoje o acesso à Internet através de smartphone é de 2 bi-lhões, contra 1,7 bilhão por meio de computadores.

Veja no quadro ao lado, a média em minutos que uma pessoa passa utilizando diferentes dispositivos para acessar a inter-net, e o quanto o uso do smartphone tem crescido. No final da década de 90, passamos pelo início do uso da Internet nas em-presas e residências. No início de 2000, estava instalada uma corrida na qual as organizações buscavam o desenvolvimento de suas páginas Web, pois todas queriam estar na Internet.

Com a Forluz não foi diferente. O começo das visi-tas à sua página data de 13 de março de 2000. Portanto, são mais de 15 anos no ar. Ao longo

desse tempo, a página Web da Fundação se tornou um

portal, passou por várias versões e

ganhou funciona-lidades e servi-ços adicionais.

Por Cristiano Freitas, gerente de Teconologia

da Informação da Forluz

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Atualmente, a Forluz prepara uma nova versão de seu portal, a ser lançado em breve. Trata-se de um projeto capitaneado pelas áreas de Comunicação e TI, com o apoio e participação de empregados, gerentes, diretores, conselheiros e partici-pantes. Será um portal de cara nova e que poderá ser aces-sado por diferentes tipos de dispositivos, como smartphones, tablets, notebooks, computadores, etc.

Mas o assunto que trataremos aqui não será o nosso portal. Este já se encontra consolidado e cumpre seu objetivo de ofe-recer serviços, educação previdenciária e levar a seus parti-cipantes informações atualizadas da Forluz, tendo em vista a transparência e a objetividade.

Vivemos atualmente a era da mobilidade, na qual todos - ou quase todos - possuem um dispositivo móvel que acessa a internet. Me refiro ao smartphone e me atrevo a dizer que temos um computador em nossas mãos. Quantos de nós não usa mais o velho e bom com-putador em casa, pois tudo o que precisamos fazer na internet está ao nosso alcance, acessível por meio do smartphone.

Face a esse contexto, temos o de-safio de disponibilizar, aos nos-sos participantes, informações e serviços que se adequem a tal

realidade. E de que forma isso deve

ser feito?

• Desenvolvendo

TOTAL DE MINUTOS DE USO ENTRE DISPOSITIVOS MóVEIS E DESkTOPS

portais que funcio-nem em diferentes dispositivos, sejam eles smartphones de diferentes ta-manhos e marcas, tablets, computa-dores, notebooks, televisão e, num futuro bem próximo, por meio de relógios, geladeiras e, porque não, as próprias roupas.

• Disponibilizar APPs (aplicativos móveis), aqueles que seu banco, empresas de aviação, cooperativas de táxi e uma infi-nidade de segmentos de negócio já oferecem. Através destes APPs, o participante poderá acessar suas principais informa-ções previdenciárias, ter acesso a notícias atualizadas, simu-lar empréstimos e rentabilidades.

Outro exemplo que podemos citar no uso de aplicativos é o caso de planos de saúde, que aboliram o uso de carteirinhas físicas. O usuário acessa sua carteirinha por intermédio do APP e a apresenta no atendimento da unidade de saúde.

Hoje, a tecnologia está ao alcance de todos e o desafio para as organizações será disponibilizar serviços e facilidades que ajudem a simplificar a vida das pessoas. Esse é o nosso de-safio enquanto entidade de previdência complementar, que se pauta pela transparência e excelência em seus serviços.

30%

28%

57%

61%

12%

11%

Desktop Smartphone Tablet

ABRIL 2014

ABRIL 2015

Fonte: Comscore/Empresa especializada em pesquisa de mercado

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passatempovaga-lume

Cruzada Temática Teste seus conhecimentos e concorra a brindes.

A Cruzada Temática consiste em preencher o diagrama, respeitando os cruzamentos, com as palavras em desta-que. Para acessar, clique no link no pé da página e siga as orientações.

Ao acertar o desafio, preen-cha seus dados e envie à For-luz, conforme as instruções no próprio jogo. Assim, você concorrerá a brindes culturais como pares de ingressos para cinemas, teatros ou shows; livros; CDs e DVDs, até feve-reiro de 2016.

Entre no jogo agora mesmo!

CLIQUE AQUI

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quadrinhos

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SEUS DADOS CADASTRAIS NA FORLUZ ESTÃO EM DIA?

AGORA, VOCÊ FAZER A ATUALIÇÃO DIRETAMENTE NO PORTAL DA FORLUZ. É RÁPIDO, PRÁTICO E MUITO SEGURO.

Se preferir, você também pode atualizá-los na sede da Fundação ou nos postos de

atendimento no interior.

Participantes ativos devem alterar os dados junto ao RH da empresa do grupo Cemig

na qual trabalham.

Atenção: caso tenha feito alguma atualização recente,

não é necessário fazer novamente.

Clique aqui