Adriano Schwartz - Tendência autobiográfica do romance contemporâneo
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LUIZA MAHIN: estudo sobre a construção de um mito libertárioDulcilei da Conceição Lima*
Resumo
Em 1880, Luiz Gama escreveu e encaminhou uma carta autobiográfica ao jornalista
carioca Lúcio de Mendonça. Nessa carta descreveu aquela que teria sido sua mãe, Luiza
Mahin, uma africana nagô, livre e pagã. A partir disso, surgiram publicações, poemas e
romances que, durante mais de um século alimentaram o desenvolvimento de um mito.
Na década de 1980, as ativistas do MNU buscaram em suas ancestrais exemplos de
luta e resistência que pudessem erigir como símbolo, entre tantas, encontraram através de
Arthur Ramos, Luiza Mahin.
Pelas mãos das mulheres ligadas ao movimento negro, o mito foi reelaborado e, como
produto da imaginação simbólica, apropriado pela memória social.
Palavras chave: Imaginação simbólica, mito, memória social.
Abstract
In 1880, Luiz Gama wrote and sent a letter to the autobiographic carioca journalist
Lúcio de Mendonça. This letter describes what would have been his mother, Luiza Mahin, an
African Nago, free and paid. From this, there were publications, poems and novels that, for
over a century fueled the development of a myth.
In the 1980s, the activists sought to MNU in their ancestral examples of struggle and
resistance that could build a symbol, among many, found by Arthur Ramos, Luiza Mahin.
The hands of women linked to the black movement, the myth has been revised and, as
a symbolic product of the imagination, suitable for social memory.
Keywords: Symbolic imagination, myth, social memory.
* Universidade Presbiteriana Mackenzie.Mestranda do Programa de Pós-graduação em Educação, Arte e História da Cultura. Trabalho apoiado
pelo fundo Mackpesquisa.
Luiz Gama foi um ex-escravo que se tornou importante escritor, jornalista e
abolicionista. Ele viveu e atuou em São Paulo, de 1840 a 1882, quando morreu. Dois anos
antes de seu falecimento, escreveu e encaminhou uma carta autobiográfica ao jornalista
carioca Lúcio de Mendonça, que havia solicitado ao abolicionista, informações para
elaboração de um artigo. Nessa carta, Luiz Gama descreveu aquela que teria sido sua mãe,
Luiza Mahin, uma africana nagô, livre e pagã1.
Ligia Fonseca Ferreira, com base na análise que fez da carta à Lúcio de Mendonça e
do poema Minha Mãe de 1861 (enviado anexo à carta ao jornalista), afirma que Luiza Mahin
foi uma criação do escritor. Em sua tese de doutorado, defendida em 2001, sobre a vida e a
obra de Luiz Gama, a autora aponta as contradições presentes nesses documentos, que
equivaleriam à confirmação de que se trata de uma personagem fictícia. Exemplo disso é a
condição religiosa de Luiza: no poema, Gama atribui à mãe a religiosidade cristã e, mais
tarde, na carta enviada ao jornalista, afirma categoricamente que a mãe manteve-se pagã, pois
sempre recusou o batismo e a doutrina cristã (GAMA, 1880).
As informações fornecidas na carta foram utilizadas em publicações, poemas e
romances que, durante todo o século XX e ainda no início do século XXI, alimentaram o
desenvolvimento de um mito. Segundo Ligia Ferreira, “Déformation des propôs de son fils,
une certaine fabulation s´est donc créée autour du personage de Luiza Mahin, qui, enlevéé au
<<discours>> de Luiz Gama, gagnera, em tant que mythe, une certaine autonomie”2
(FERREIRA, 2001:67).
Em 1933, Pedro Calmon publicou Malês: a insurreição das senzalas. O romance, que
trata do Levante dos Malês, ocorrido em 1835 em Salvador, é protagonizado por Luiza
Mahin. Embora Calmon tenha atribuído à Luiza o fracasso do levante (teria sido ela quem 1 Trecho da carta de Luiz Gama à Lúcio de Mendonça, para efeito de comparação das características criadas pelo autor e aquelas atribuídas à personagem posteriormente: “Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa Mina (Nagô de Nação) de nome Luiza Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor era de um preto retinto e sem lustro, tinha os dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, insofrida e vingativa. Dava-se ao comércio – era quitandeira, muito laboriosa, e mais de uma vez, na Bahia, foi presa como suspeita de envolver-se em planos de insurreições de escravos, que não tiveram efeito. Era dotada de atividade. Em 1837, depois da Revolução do dr. Sabino, na Bahia, veio ela ao Rio de Janeiro e nunca mais voltou. Procurei-a em 1847, em 1856 e em 1861, na Corte, sem que a pudesse encontrar. Em 1862, soube, por uns pretos minas que conheciam-na e que deram-me sinais certos, que ela, acompanhada de malungos desordeiros, em uma “casa de dar fortuna”, em 1838, fora posta em prisão; e que tanto ela como os seus companheiros desapareceram. Era opinião dos meus informantes que esses ‘amotinados’ fossem mandados pôr fora pelo governo, que, nesse tempo, tratava rigorosamente os africanos livres, tidos como provocadores. Nada mais pude alcançar a respeito dela”. 2 Tradução livre: Deformação da proposta de seu filho, uma certa fabulação foi então criada em torno da personagem Luiza Mahin, que, removida do discurso de Luiz Gama, ganhará como mito, uma certa autonomia.
2
denunciou os planos dos revoltosos às autoridades), foi sua suposta participação na revolta
que perpetuaria sua imagem. Segundo João José Reis, em Rebelião Escrava no Brasil, (...) à revelia de Pedro Calmon, Luiza Mahin se tornaria “símbolo do valor da
mulher negra no Brasil”, conforme escreveu Arthur Ramos. Para confirmá-lo, em
anos recentes ela tem recebido repetidas homenagens do movimento negro
brasileiro, sobretudo da ala feminina, por sua suposta atuação destacada na revolta
dos malês (REIS, 2003: 303).
Mais de quarenta anos separam Malês: a insurreição das senzalas de novas
publicações que tratam de Luiza Mahin. Na década de 70, Pedro Calmon e Arthur Ramos
escreveram artigos sobre sua atuação nos eventos de 1835. A visão de Ramos, situando Luiza
Mahin como símbolo da luta da mulher negra (por ter, segundo ele, feito de sua casa um dos
principais espaços das reuniões malês para a preparação da revolta e estando ela mesma entre
as lideranças da rebelião), foi incorporada pelo segmento feminino do movimento negro,
responsável pela produção de textos, poemas e atribuição de seu nome à escola, rua e praça e
ainda a um grupo de mulheres negras do Rio de Janeiro na década de 80. Em 2006, Ana
Maria Gonçalves publicou Um defeito de cor, uma biografia de Luiza que contempla, desde
sua saída da África como escrava para o Brasil, com cinco anos de idade, até sua vida no
continente após seu retorno.
Não se pretende discutir aqui as razões pelas quais Luiz Gama teria supostamente
inventado a personagem, mas analisar sua apropriação pelo seguimento feminino do
movimento negro e tratar das reelaborações que garantiram a manutenção de Luiza Mahin no
imaginário e na memória afro-brasileira. Desse modo, entende-se a personagem como
construção mítica, de acordo com estudos desenvolvidos por Ernst Cassirer, Gilbert Durand,
Pierre Bordieu e Maurice Halbwachs acerca da imaginação simbólica e da memória coletiva
(além de outros teóricos que produziram estudos semelhantes).
No final da década de 1970 com o processo de redemocratização em andamento, o
movimento negro se reorganizou. Nesse momento foi fundado o Movimento Negro
Unificado, que entre outras medidas, optou por celebrar a memória de Zumbi dos Palmares
como principal referencial histórico na luta do negro brasileiro. Desse modo, o dia 20 de
novembro (data da morte de Zumbi) passou a ser celebrado como Dia da Consciência Negra
em contraposição ao dia 13 de maio, tratado como o dia em que a monarquia brasileira
concedeu a liberdade aos escravizados.
3
As ativistas do MNU, sentindo-se insatisfeitas com a limitação dos discursos raciais e
feministas que não davam conta da realidade da mulher negra brasileira, decidiram fundar
grupos independentes que abordassem essa especificidade. Tal como o MNU, buscaram em
suas ancestrais exemplos de luta e resistência que pudessem erigir como símbolo, entre tantas,
encontraram através de Arthur Ramos, Luiza Mahin.
Alzira Rufino, Ilza Araci e Maria Rosa Pereira, do Coletivo de Mulheres Negras da
Baixada Santista, escreveram “Mulher negra tem história”, o livro traz uma pequena biografia
de Luiza e se tornou referência para outras publicações.
De acordo com esse texto, Luiza Mahin teria nascido na África, sob etnia jeje, sendo transportada para
o Brasil como escrava. Para outros (...) ela nasceu livre, em Salvador, BA,
por volta de 1812. Inteligente e rebelde, participou de todas as revoltas (sic)
desencadeadas na cidade de Salvador e arredores contra o regime da
escravidão. No levante de 1830 está grávida. (...) Juntamente com escravos
de todas etnias (sic), lidera o plano (sic) para a Grande Insurreição – a
Revolta dos Malês (...) O levante não chegou a se concretizar. (...) Luiza
consegue escapar e parte para o Rio de Janeiro, onde continua sua luta pela
liberdade (sic), sendo por essa razão presa, e possivelmente deportada para
a África.
Dessa forma, as escritoras recorrem à versão que atribui à Luiza Mahin características
como, inteligência, rebeldia, liderança e determinação aliadas à maternidade. Trata ainda da
origem africana ou afro-descendente de Luiza. Esses elementos constituem um importante
referencial simbólico e força agregadora, pois identificam na personagem características
valorizadas pelas militantes negras e, portanto o modo pelo qual elas querem ser
reconhecidas.
Segundo Cassirer (1994:48), o homem vive em um universo simbólico criado através
da linguagem, do mito, da arte e da religião. Cada um desses elementos gera e partilha seu
próprio mundo significativo. O sentir e o atuar humanos dependem das representações. Desse
modo, o símbolo é criação resultante das condições psíquicas, culturais e sociais em que
surge. É agente fundamental de organização do real, de ligação entre elementos antagônicos,
pois o símbolo não é, apenas representa, remete a algo. Sendo assim, não é elemento estático: O equilíbrio sócio-histórico de uma determinada sociedade nada mais seria
do que uma constante realização simbólica, e a vida de uma cultura seria
feita dessas diástoles e sístoles, mais ou menos lentas, mais ou menos
4
rápidas, conforme a própria concepção que essas sociedades têm da história
(DURAND, 1988:104).
Essa construção simbólica de Luiza Mahin vem, portanto atender à necessidade de
reconhecimento do papel social da mulher negra na formação da sociedade brasileira e,
justificar a luta empreendida por essas mulheres, demonstrando a partir desse exemplo a
especificidade da condição feminina afro-descendente. Há também a intenção de romper com
o referencial simbólico herdado da escravidão que trata a mulher negra a partir de estereótipos
como o da negra trabalhadora braçal ou da mulata possuidora de uma sexualidade
exacerbada (SHUMACHER e BRAZIL, 2007:198).
Pierre Bordieu (2004:165-167) afirma que o poder simbólico possui em sua forma
essencial a capacidade para produzir ou reconhecer grupos. Através do mecanismo da
linguagem e do capital simbólico adquirido em experiências anteriores, busca-se um
reconhecimento que permitirá mudar uma visão pré-existente de um determinado grupo
social, fazê-lo existir visivelmente, mostrar sua homogeneidade e força. As representações
simbólicas, individuais ou coletivas, tornam-se, dessa forma, estratégias de luta pelo espaço
social.
A mitificação de Luiza Mahin busca ocupar no imaginário o espaço social negado à
mulher negra, ao mesmo tempo através dessa conquista do imaginário pretende-se ampliar a
ocupação do espaço social real.
A disputa pelo espaço social se dá também através da disputa pelo espaço geográfico.
Em 1985, por iniciativa do Coletivo de Mulheres Negras de São Paulo o nome de Luiza
Mahin foi dado a uma praça na Freguesia do Ó, constituindo-se assim num momento à sua
memória.
Fig. 1 Cartaz de inauguração da Praça Luiza Mahin (SCHUMACHER e BRAZIL, 2007:368-369).
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Le Goff (2003: 526) afirma que o monumento evoca o passado, perpetua a recordação
através da materialidade produzida no intuito de preservar um personagem ou uma situação.
Através dessa medida, não apenas o nome de Luiza é perpetuado na memória coletiva, mas
também realiza o mito. Dessa maneira a personagem passa a estar calcada numa realidade
possível, o que amplia sua eficácia simbólica.
A praça sendo um espaço público permite ainda, a realização pedagógica do símbolo,
responsável segundo Durand (1988:100-102), pelo restabelecimento do equilíbrio
psicossocial e sócio-histórico de um determinado grupo.
O mito3, como manifestação da representação simbólica, se insere na realidade social,
age, forma e informa sobre ela (MOLES, 1991:10). Um dos mecanismos do mito para realizar
essa função, bem como a de luta pelo espaço social é o culto ao herói4. O herói é um
importante elemento unificador, representante máximo da memória coletiva dos povos.
Segundo José Murilo de Carvalho,Heróis são símbolos poderosos, encarnações de idéias e aspirações,
fulcros de identificação coletiva. (...) tem de responder a alguma
necessidade ou aspiração coletiva, refletir algum tipo de
personalidade ou de comportamento que corresponda a um modelo
coletivamente valorizado (CARVALHO, 1990:55).
Assim, Luiza Mahin, a partir das características e ações que lhe são atribuídas, se
constitui como modelo heróico desenvolvido e utilizado pelas ativistas do movimento negro
feminino, como estratégia de mobilização, identificação e mesmo de construção de um
passado ajustado às necessidades do presente (BORDIEU, 2004:162).
Em 1986, às vésperas das comemorações em torno dos cem anos da abolição, Miriam
Alves escreve o poema Mahin amanhã (ALVES, 1986:46): Ouve-se nos cantos a conspiração
Vozes baixas sussurram frases precisas
Escorre nos becos a lâmina das adagas
3 O mito é uma representação simbólica que tem como função, entre outras, fixar modelos das atividades humanas. Sendo assim, não pode ser visto a partir de uma visão reducionista que o toma apenas por lenda, mas tratado como mecanismo de compreensão das múltiplas realidades sócio-culturais dos grupos humanos. A construção do mito se dá a partir dos mecanismos da imaginação, se efetiva a partir da crença, da intuição, da fé. Dessa forma, pode inclusive se opor aos registros históricos. Ver CARVALHO, 1990:58.4 Entende-se o aqui o culto ao herói como criação simbólica, da ordem do mito e ao mesmo tempo importante elemento constituinte da memória coletiva.
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Multidão tropeça nas pedras
Revolta
Há revoada de pássaros
Sussurro, sussurro:
---- é amanhã, é amanhã.
Mahin falou, é amanhã.
A cidade toda se prepara
Malês
Bantus
Geges
Nagôs
Vestes coloridas resguardam esperanças
Aguardam a luta
Arma-se a grande derrubada branca
A luta é tramada na língua dos Orixás
---- é aminhã, é aminhã
Sussurram
Malês
Geges
Bantus
Nagôs
---- é aminhã, Luiza Mahin falô.
O poema evoca a participação de Luiza Mahin na maior revolta de escravos ocorrida
no Brasil, tal como o texto de “Mulher negra tem história”, atribuindo-lhe um papel de
liderança no levante. Será a partir da suposta participação de Luiza na rebelião que se
garantirá sua manutenção na memória coletiva.
Segundo Jacques Le Goff (2003:469) a memória social é importante constituinte da
identidade individual e coletiva, e como tal, se configura como instrumento e objeto de poder.
Sendo representação de si própria, torna-se mecanismo ideológico de legitimação, abrindo
espaço para as mais variadas reivindicações.
A memória coletiva, assim como a imaginação simbólica, está em constante processo
de adaptação, são as solicitações do presente que vão nortear a elaboração da memória de
acordo com a dinâmica social.Essa memória assegura a coesão e solidariedade do grupo e ganha
relevância nos momentos de crise e pressão. Não é espontânea: para manter-
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se precisa permanentemente ser reavivada. É, por isso, que é da ordem da
vivência, do mito e não busca coerência, unificação (MENEZES, 1992:15).
Em torno das discussões acerca do centenário da abolição e da elaboração de uma
nova constituição para o país, os mecanismos da memória foram utilizados pelos ativistas na
busca por uma revisão e reconhecimento da atuação do negro na história e na sociedade
brasileira. Nesse sentido, Luiza Mahin cumpre como mito do herói, o duplo papel de
referencial simbólico e agente de memória. Tanto o símbolo, quanto a memória já são em si
elementos unificadores, o poema de Miriam Alves reforça essa idéia, construindo uma
personagem capaz de conjugar grupos distintos em torno de um mesmo propósito. Era
importante que naquele momento, as diferenças entre os diversos grupos do feminismo negro,
e mesmo do movimento negro em sua totalidade, fossem deixadas de lado, para que se
discutisse em conjunto a situação do negro e em particular da mulher negra, visando a
ampliação do espaço para esses grupos dentro de uma nova configuração democrática do
estado brasileiro.
Fig. 2 Passeata comemorativa do dia 8 de março, São Paulo, SP, 1988.Fotografia de Marta Baião. Acervo Geledés – Instituto da Mulher Negra.
(SCHUMACHER e BRAZIL, 2007:368-369).
O caso de Luiza Mahin evidencia, portanto a reivindicação de uma memória coletiva,
baseada em referenciais desenvolvidos pela imaginação simbólica. O movimento negro
feminino buscou e construiu na personagem os atributos necessários para garantir a coesão do
grupo, elementos que permitiram identificação, reforçaram ideais, ampliaram espaços e
criaram meios em que as lutas pudessem se desenrolar posteriormente.
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FONTES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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