Luís de Sttau Monteiro

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Influência de Brecht

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Lus de Sttau Monteiro Dramaturgo

Felizmente H Luar!Lus de Sttau Monteiro

DramaturgoInfluncia do teatro BrechtIntencionalidade da obra1Lus de Sttau MonteiroNascimento: 3 de Abril de 1926, em Lisboa;Morte: 23 de Julho de 1993, em Lisboa;Filho de: Lcia Rebelo Cancela Infante de Lacerda e Armindo Rodrigues de Sttau Monteiro.

Lus Infante de Lacerta Sttau Monteiro- dramaturgo e romancista, formou-se em direito, mas optou pelo jornalismo. O tempo passado em Inglaterra, durante a juventude, possibilitou-se o contacto com movimentos de vanguarda da literatura anglo-saxnica que foram fundamentais na sua formao intelectual. As suas stiras sobre a ditadura e a guerra colonial tornaram-no objeto de perseguio poltica e levaram-no priso.

2Depois da Segunda GuerraSurgimento de novos dramaturgos;Busca de uma esttica teatral que respondesse s preocupaes dos artistas frente realidade.At revoluo dos cravosO teatro em Portugal era mais lido que encenado.Mrcia Regina Rodrigues, Traos pico-Brechtianos na Dramaturgia PortuguesaTeatro portugus

Livro, pg 2143Duas ltimas pocas que antecedem o 25 de Abril de 1975Preocupao de abrir o caminho a uma reflexo crtica sobre a realidade;Teatro portugus

O teatro pico, desenvolvido pelo dramaturgo alemo Bertolt Brecht, deu respostas s perplexidades dos dramaturgos portugueses.Bertolt Brecht (1898-1956)Livro, pg 214Dizer quem Brecht4BrechPrope um afastamento entre o ator e a personagem e entre o espetador e a histria narrada;

O ator deve, lucidamente, saber utilizar o gesto social, examinando as contradies da personagem e as suas possveis mudanas, que lhe permitam acentuar o desfasamento entre o seu comportamento e o que representa.Influncia do teatro de Brecht

. Para que, de uma forma mais real e autntica, possam fazer juzos de valor sobre o que est a ser representado.5O espetador do teatro dramtico diz: -Sim, eu j senti isso. Eu sou assim. O sofrimento deste homem comove-me, pois irremedivel. uma coisa natural. Ser sempre assim. () Choro com os que choram e rio com os que riem.Influncia do teatro de Brecht

Bertolt Brecht afirma (in Estudos sobre Teatro):O espetador do teatro pico diz: -Isto que eu nunca pensaria. No assim que se deve fazer. Que coisa extraordinria, quase inacreditvel. Isto tem de acabar. O sofrimento deste homem comove-me, pois seria remedivel. () Rio de quem chora e choro com os que riem.. Para que, de uma forma mais real e autntica, possam fazer juzos de valor sobre o que est a ser representado.6Influncia do teatro de BrechtTeatro pico BrechtianoFaz uma anlise crtica da sociedadeMostra a realidadeSubstitui o sentir pelo pensarTcnica da distanciao. Para que, de uma forma mais real e autntica, possam fazer juzos de valor sobre o que est a ser representado.7Influncia do teatro de BrechtFelizmente H Luar!A pea destina-se reflexo sobre o presente partindo da figurao de um momento da histria passada com que o presente mantm uma relao analgica;O espetador deve abandonar uma atitude passiva e assumir uma atitude crtica;Ao dramaturgo interessa-lhe que o ator se revele lcido. Ao dizer isto, a personagem est quase de costas para os espetadores. Esta posio deliberada. Pretende-se criar desde j, no pblico, a conscincia de que ningum, no decorrer desta pea, vai esboar um gesto para o cativar ou para acamaradar com ele.. Para que, de uma forma mais real e autntica, possam fazer juzos de valor sobre o que est a ser representado.8Felizmente H Luar!

Destaca a preocupao com o Homem e o seu destino;Reala a luta contra a misria e a alienao;Denuncia a ausncia de moral;Alerta para a necessidade de uma superao com o surgimento de uma sociedade solidria que permita a verdadeira realizao do Homem. Intencionalidade da obra Felizmente h luar um drama narrativo, de carter social, dentro dos princpios do teatro pico.

Ao escrever esta pea, Sttau Monteiro visa denunciar, no s as atrocidades cometidas durante o regime absolutista, mas tambm despertar os leitores/espectadores para as crueldades e injustias que se cometiam em Portugal, durante o perodo do fascismo.O sculo XIX uma metfora para se falar do sculo XX, num tempo em que a censura proibia tudo o que fosse contra o poder institudo.As crticas so a todos os nveis: social, poltico, econmico, ideolgico, cultural e religioso.Sttau Monteiro pretende desmascarar toda uma sociedade hipcrita que assenta na represso e no subdesenvolvimento. Com ideologias arcaicas o pas no pode evoluir.A escolha do drama para levar a cabo uma dura crtica sociedade no arbitrria. O gnero literrio o que melhor se presta, pelo seu tom, pela sua forma e pelo carcter pedaggico que encerra.O autor no pretende enganar o pblico, por isso, logo na abertura da pea, refere explicitamente:

"Ao dizer isto, a personagem est quase de costas para os espectadores. Esta posio deliberada. Pretende-se criar desde j, no pblico, a conscincia de que ningum, no decorrer desta pea, vai esboar um gesto para o cativar ou para acamaradar com ele".

O grande objectivo de Sttau Monteiro didctica, pretende levar a uma profunda reflexo da sociedade do seu tempo. Esta uma forma de incitar revolta e subverso de um regime autoritrio e repressivo que est a mutilar o pas e a coloc-lo como retrgado aos olhos do mundo.

9Intencionalidade da obra Como atingir os objetivos

Ao da narrativaCaracterizao das personagensNotas margemElementos da luz e somLinguagemD. Miguel ForjazBeresfordVicenteManuelSousa FalcoFrei Diogo de MeloMatilde de MeloPrincipal SousaFelizmente h luar um drama narrativo, de carter social, dentro dos princpios do teatro pico.

Ao escrever esta pea, Sttau Monteiro visa denunciar, no s as atrocidades cometidas durante o regime absolutista, mas tambm despertar os leitores/espectadores para as crueldades e injustias que se cometiam em Portugal, durante o perodo do fascismo.O sculo XIX uma metfora para se falar do sculo XX, num tempo em que a censura proibia tudo o que fosse contra o poder institudo.As crticas so a todos os nveis: social, poltico, econmico, ideolgico, cultural e religioso.Sttau Monteiro pretende desmascarar toda uma sociedade hipcrita que assenta na represso e no subdesenvolvimento. Com ideologias arcaicas o pas no pode evoluir.A escolha do drama para levar a cabo uma dura crtica sociedade no arbitrria. O gnero literrio o que melhor se presta, pelo seu tom, pela sua forma e pelo carcter pedaggico que encerra.O autor no pretende enganar o pblico, por isso, logo na abertura da pea, refere explicitamente:

"Ao dizer isto, a personagem est quase de costas para os espectadores. Esta posio deliberada. Pretende-se criar desde j, no pblico, a conscincia de que ningum, no decorrer desta pea, vai esboar um gesto para o cativar ou para acamaradar com ele".

O grande objectivo de Sttau Monteiro didctica, pretende levar a uma profunda reflexo da sociedade do seu tempo. Esta uma forma de incitar revolta e subverso de um regime autoritrio e repressivo que est a mutilar o pas e a coloc-lo como retrgado aos olhos do mundo.

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