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LUIS CLAUDIO TRINDADE

UMA ANÁLISE CRÍTICA DE CONTEÚDOS DE MÍDIA E DO USO DE TECNOLOGIAS

UNIDADE DIDÁTICA

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Secretaria de Estado da Educação do Paraná- SEED

Núcleo Regional de Londrina

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

Autoria e Orientação

Luis Claudio Trindade

Autor e organizador

Área: Gestão Escolar

PDE – 2010

Profª Márcia Bastos de Almeida

Orientadora- IES: UEL

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 2

2 A MÍDIA COMO INSTRUMENTO DE MANIPULAÇÃO IDEOLÓGICA .............. 4

3 A “ÉTICA” NOS REALITY SHOWS ................................................................... 8

4 O PARADIGMA TOYOTISTA ............................................................................. 11

5 MÍDIA E MASSIFICAÇÃO .................................................................................. 13

6 O PAPEL DA ESCOLA PÚBLICA PERANTE AS TECNOLOGIAS................... 17

7 SUGESTÕES PROPOSITAIS ............................................................................. 19

8 NAVEGAÇÃO PELA WEB ................................................................................ 23

9 DIREITOS AUTORAIS: ALGUMAS REGRAS ................................................... 26

10 PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO: UM RECURSO FACILITADOR ................ 28

11 PLANO DE AULA PARA O USO DAS TIC’S ................................................... 31

12 O CYBERBULLYING ........................................................................................ 33

13 ESPAÇOS VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: BLOGS .................................... 35

14 AVALIAÇÃO / PROPOSTAS ............................................................................ 37

REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 38

APÊNDICES .......................................................................................................... 39 Apêndice A – Cronograma do Grupo de Encontros .............................................. 40 Apêndice B – Questionário para Levantamento de Informações ........................... 41 Apêndice C – Plano de Aula com uso de Recursos Multimídia (Sugestão) ........... 43 Apêndice D - Filmes Sugeridos .............................................................................. 44

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1 APRESENTAÇÃO

Apresenta-se essa Produção Didático-Pedagógica, na forma de

Unidade Didática, como uma das etapas do Programa de Desenvolvimento

Educacional PDE – 2010/2011, na área de Gestão Escolar, de autoria do Professor

- PDE Luis Claudio Trindade, vinculado à IES- Universidade Estadual de Londrina e

orientado pela Profª Márcia Bastos de Almeida.

Essa Unidade Didática tem como propósito subsidiar a

implementação do Projeto de Intervenção intitulado “Políticas Públicas para a

Educação nos anos 90 e o Paradigma Toyotista”, na Escola Estadual Monsenhor

Josemaria Escrivá- Ens. Fundamental, tendo como público alvo os Professores e

Educadores.

Após a revisão bibliográfica e aprofundamento teórico empreendidos

na 1ª Etapa do Projeto, faz-se necessário a consecução do Objetivo Geral e dos

Objetivos Específicos, nele elencados, tendo como referência a problematização

destacada como ponto de partida, as indagações norteadoras dos estudos

realizados e o sentido das argumentações realizadas durante a referida revisão.

Com esse propósito, propõe-se a socialização dessa Unidade

Didática, através da formação de um Grupo de Estudos de Professores e

Educadores, com a realização de 06 reuniões previamente agendadas, nas quais

serão abordados os assuntos dessa Unidade, através de leituras, discussões e

atividades práticas, conforme o disposto no Cronograma que segue no apêndice A,

utilizando-se do Laboratório de Informática, da TV Pendrive, aparelho de DVD e, se

necessário, outros recursos tecnológicos que estejam à disposição.

Este Material Didático Pedagógico tem caráter informativo e

formativo. Contém, entre outras, informações à respeito de possibilidades para a

navegação na WEB e utilização de recursos tecnológicos; apresenta informações a

respeito da Legislação que regulamenta os Direitos autorais; orientações de como

elaborar um Plano de Aula com o uso das TIC’s e orientações para a elaboração de

um blog.

Além de Informativo, tem também caráter formativo, pois procura-se

fazer nessa Unidade Didática uma análise crítica e fornecer subsídios para a

ressignificação da ideia de modernidade. Com esse propósito, essa análise é

articulada, neste texto, às mudanças na base do sistema capitalista de produção

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ocorridas com a projeção do paradigma toyotista e à análise do ideário neoliberal e

sua propagação através das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s).

Além disso propõe-se a análise de trechos de filmes que abordem a

questão da modernidade, no que diz respeito ao impacto do aparato tecnológico

sobre a individualidade do ser humano e a vida em sociedade, fazendo um

contraponto entre as possibilidades do uso da tecnologia e a expectativa que tem-se

sobre ela: a tecnologia redentora e a tecnologia ameaçadora.

Faz-se também algumas considerações à respeito da prática do

Cyberbullying, com o objetivo de proporcionar ao Professor e Educadores algumas

informações para subsidiar sua conduta frente à essa prática, quando estivar

navegando na WEB.

Para os Professores e Educadores, os recursos tecnológicos são,

com certeza um meio valioso para o acesso ao conhecimento científico. Daí a

necessidade de um olhar crítico para as fontes de informação e para as ideias

propagadas por essas fontes.

Espera-se que à partir das argumentações realizadas tendo como

referencial os autores abaixo selecionados seja possível aos Professores e

Educadores elaborarem uma percepção crítica da ideia de modernidade, aqui

articulada com o paradigma toyotista, o ideário neoliberal e o uso das TIC’s,

possibilitando dessa forma, um discernimento mais aprofundado para a utilização

do instrumental tecnológico na relação ensino-aprendizagem.

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2 A MÍDIA COMO INSTRUMENTO DE MANIPULAÇÃO IDEOLÓGICA

Pode-se afirmar que a mídia tornou-se hoje, um dos maiores

instrumentos de manipulação ideológica, daí a importância de destacar que os

recursos tecnológicos tanto podem servir para propagar idéias críticas como para

propagar idéias alienantes e conformistas.

No caso dos alunos, os recursos tecnológicos foram “naturalizados”.

Vivemos na era da informação e de sua propagação pelos meios tecnológicos, tais

como o rádio, a TV, o telefone (fixo ou celular) e os computadores. Esses

equipamentos são conhecidos pela maioria dos indivíduos de todas as camadas

sociais.

A utilização de equipamentos eletrônicos de comunicação,

veiculação e armazenamento de dados, tais como o telefone celular, o MP3, o MP4

(e outros “MPs”), os computadores pessoais e os portáteis (PCs, Notebooks e

Tabletes) estão se tornando cada vez mais acessíveis a pessoas de todas as

idades, quer sejam adultos, jovens ou crianças.

O acesso à Internet (WEB), assim como as suas múltiplas

possibilidades de utilização, vem modificando cada vez mais as próprias relações de

trabalho, as formas de comunicação e interação social entre os indivíduos, sem

contar as inúmeras possibilidades que se colocam através da WEB, no sentido da

pesquisa de informações, aprendizagem e lazer.

Cabe lembrar que os recursos tecnológicos utilizados amplamente

em nosso cotidiano, principalmente as Tecnologias de Informação e Comunicação

(TIC’s) são grandes instrumentos de propagação e legitimação das mais variadas

formas de ideologia.

Tendo-se como propósito a condução de uma abordagem crítica,

pode-se inferir que os recursos tecnológicos tornaram possível o exercício do poder

de uma forma “capilar”: ou seja, ele atinge o indivíduo dentro de sua casa, dentro de

seu quarto, dentro do carro, ou onde quer que ele esteja e resolva ligar seu

dispositivo eletrônico e acessar a Internet ou um canal de TV ou emissora de rádio,

ou todos eles ao mesmo tempo.

Estamos aqui fazendo referência ao poder invisível, aquele que

induz o sujeito a se tornar cada vez mais individualista, hedonista e egocentrista e

principalmente consumista. Ao poder de um sistema que utiliza o individualismo

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como estratégia de sedução para o consumismo sugerindo, às vezes de forma mais

sutil, às vezes de maneira mais explícita, “consuma, consuma mais e mesmo que

esteja sozinho, continue consumindo cada vez mais”.

Pode-se afirmar que, estamos imersos em um processo cada vez

mais intenso de individualização e atomização da sobrevivência dentro do sistema

capitalista. As mobilizações em torno dos grandes interesses e causas coletivas

começam a ser ultrapassadas pelas lutas setorizadas de alguns segmentos da

sociedade. A fragmentação das reivindicações de direitos sociais é um exemplo

disso.

Bauman (2001), em sua obra “Modernidade Líquida” chama-nos a

atenção para um outro aspecto desse processo em que o sentido das lutas e

reivindicações coletivas é ultrapassado pelas agruras das causas e sofrimentos

pessoais: a resolução dos problemas e frustrações pessoais acaba por sobrepor-se

à luta pelo bem comum. Com isso essa resolução torna-se responsabilidade

exclusiva do indivíduo.

Levando em consideração que um dos objetivos desse trabalho é

possibilitar aos Professores e Educadores subsídios para uma análise crítica de

fontes midiáticas de informação, esse Material Pedagógico tem como um de seus

propósitos, conduzir uma reflexão crítica à respeito do uso das TIC’s, à partir da

análise da propagação do ideário neoliberal através da mídia.

Faz-se necessário assinalar novamente que o Professor, como o

responsável pela condução da utilização dos recursos tecnológicos, no processo

ensino aprendizagem, necessita de uma visão mais profunda, além daquela do

senso comum, à respeito dos conteúdos veiculados na mídia.

Uma das formas de ir além do senso comum é conseguir perceber

as manipulações ideológicas realizadas através de programas veiculados pela mídia

televisiva. Ir além do senso comum, significa também, para o Professor, conseguir

fazer uma análise crítica do sentido da utilização dos recursos tecnológicos,

percebendo a articulação entre a ideia de modernidade, a utilização das TIC’s e

essas manipulações. Ou seja, deve-se evitar ver a utilização dos recursos

tecnológicos de uma maneira simplesmente salvacionista na relação ensino

aprendizagem, ou tampouco, como uma maneira “cientificamente isenta” de fazer

uma leitura da realidade, pelo fato de ser “moderna”, visto que os conteúdos de

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mídia contém sutis formações ideológicas que se articulam ao ideário predominante

na sociedade em que estamos inseridos.

Pode-se tomar como um exemplo contundente da utilização da

mídia (tanto as redes de TV, quanto a Internet) como meio de propagação e

legitimação do ideário neoliberal, a produção e veiculação de reality shows, inclusive

no Brasil.

Tomar-se-a como um dos referenciais norteadores para essa

análise, uma parte do comentário de Joel Birman, em seu artigo “A Predação e o

mal na contemporaneidade”, publicado em setembro de 2010 na Revista Cult:

O que caracteriza a contemporaneidade, nos registros econômico, social e político, é a disseminação do paradigma neoliberal no campo da economia política. No entanto, como já disseram diferentes autores, o neoliberalismo não é apenas a retomada literal do liberalismo clássico do século 19, mas a extensão do modelo da economia para todas as dimensões da existência. Com efeito, se o liberalismo clássico se restringia à estrita esfera da economia, o neoliberalismo pretende estender suas pretensões agora à totalidade da existência social. Para isso, o neoliberalismo constitui modalidades específicas de subjetivação, caracterizada pela automomia excessiva, pela busca do lucro a todo custo e pela realização de performances que conduziriam o indivíduo a não se conceber, no limite, como inserido efetivamente numa ordem social. Nessa perspectiva, o predador seria um efeito fundamental do individualismo contemporâneo, no qual a autonomia e a não inserção efetiva numa ordem social conduzem todos a uma luta permanente contra todos, em nome da luta pela vida, e ao imperativo de vencer custe o que custar. Por isso mesmo, ao produzir esse novo modelo de individualidade, a contemporaneidade constituiu ao mesmo tempo a figura do predador e da psicopatia. Eles seriam a versão antropológica e sua contrapartida, qual seja, a leitura psicopatológica da individualidade, que foi constituída efetivamente na contemporaneidade neoliberal, face e verso que seriam de uma mesma problemática- grifos do autor (BIRMAN, 2010, p. 77).

Levando em consideração o propósito já assinalado de contribuir

para que os Professores e Educadores desenvolvam uma visão além do senso

comum e possam avançar no aprofundamento dessa visão, propõe-se a análise

crítica de uma das modalidades de reality shows, veiculados pela mídia televisiva

e pela Internet.

Serão utilizados como referencial de apoio, para essa análise,

nesse momento, a autora Maria Rita Kehl e partes de seu artigo intitulado “Três

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observações sobre os reality shows”, que faz parte da obra “Videologias:

ensaios sobre televisão”, publicada em 2004.

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3 A “ÉTICA” DOS REALITY SHOWS

Faz-se necessário, perceber na prática, como os instrumentos

tecnológicos, principalmente a TV e a Internet passaram a contribuir para

disseminar o ideário neoliberal, ideário este, que perpassou toda a sociedade, nos

anos 90, e acabou por estabelecer-se em definitivo com a ajuda de programas

veiculados por instrumentos da mídia, como a TV e a Internet.

Kehl (2004), em seu texto “Três observações sobre os reality

shows”, faz observações muito pertinentes para uma visão crítica ao ideário

neoliberal, quando analisa um dos primeiros programas desse gênero a serem

produzidos e veiculados pela mídia brasileira:

A proposta de No Limite tem um fundamento moral conservador: trata-se de demonstrar, com todos os recursos “realistas” de um espetáculo ao vivo, que a natureza humana é irremediavelmente vil. Submetidos a duras condições de sobrevivência – às vezes a equipe perdedora ficava sem ter o que comer - e às regras subjetivas de uma concorrência feroz, os jogadores filmados em tempo real acabavam mostrando o que tinham de pior: mesquinhez, covardia, a mais cínica capacidade de cálculo, falta de solidariedade e de lealdade. No Limite foi um laboratório nietzschiano em que se cultivou a prova da vitória dos fracos sobre os fortes, em que se reafirmou o pacto cínico que rege o mundo neoliberal. Ao final cada edição do programa parecia provar, como um teorema, que não se deve esperar grandeza e generosidade de ninguém, e que só os ingênuos ainda acreditam que em condições melhores o homem também possa se tornar melhor. Com uma “natureza humana” dessas, não se deve esperar nada melhor do que o estágio selvagem do capitalismo neoliberal. Reforçou também a convicção de uma boa parcela da elite brasileira, que justifica suas práticas ilícitas alegando que todo homem tem seu preço – não há ética que resista à tentação de uma boa bolada de dinheiro. Os participantes de No Limite, sem quebrar nenhuma regra do jogo, trabalhavam para referendar este preconceito que protege os corruptos (KEHL, 2004, p. 166-167).

Pode-se inclusive, inferir, que neste caso, o programa citado, tinha

um efeito de catarse, de expiação para algum tipo de sentimento de culpa, remorso

ou até de escrúpulos do espectador ao propagar o seguinte raciocínio: “ora, se todo

mundo faz isso, eu não preciso me sentir culpado em ser mesquinho, vil, desonesto

ou corrupto para sobreviver”. Neutralizam-se dessa forma a consciência, os valores

éticos e morais construtivos e glamouriza-se o individualismo narcisista e

egocêntrico.

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É pertinente para o exercício crítico proposto, acompanhar um pouco

mais a análise feita pela autora acima citada em seu texto com relação aos reality

shows:

Nada de transas debaixo do cobertor, revelações picantes sussurradas, beijos roubados. O que excita o pessoal é o paredão. Conspirações, traições, armadilhas, estratégias descaradas para passar a perna nos companheiros e garantir a própria permanência: este é o tema de BBB. [...]. Trata-se de “sadismo”, sim, mas não sexual. O “show” de BBB é a festa neoliberal do cálculo, o jogo da incansável da concorrência com ou sem limites éticos. [...]. Parece que o público que prefere o Big Brother não quer ser iludido com a vida água com açúcar das novelas. Engano. O que o público está pedindo é para se iludir melhor. Os reality shows são a forma mais eficiente de ilusão que a cultura de massas já produziu: vendem aos espectadores o espelho fiel de sua vida amesquinhada sob a égide severa das “leis de mercado”. Vendem a imagem da selva em que a concorrência transforma as relações humanas. Só que elevados ao estatuto de espetáculo (KEHL, 2004, p. 171).

É importante verificar como o ideário veiculado no reality show acima

citado está articulado à mudança do paradigma de produção na base do sistema

capitalista, fazendo parte, pois de um contexto em que as sociedades capitalistas

são dominadas pela indústria da comunicação e da imagem. Neste sentido

argumenta Kehl:

A modalidade de concorrência predatória nas sociedades capitalistas dominadas pela indústria da comunicação e da imagem é mais opressiva do que a que explorava a força braçal, o esforço, a dedicação ou a competência dos trabalhadores. É mais opressiva e também mais eficiente, porque se apóia justamente nos anseios de liberdade individual e na produção de uma superabundância que promete a superação tanto das necessidades vitais quanto dos imperativos do trabalho. A indústria da imagem não libera os sujeitos da concorrência, mas estende seu alcance a todos os recantos da vida privada. É o que se encena em Big Brother Brasil. O caráter “escapista” do programa – gente jovem e bonita vivendo dias de ócio uma casa cinematográfica etc. – é muito menos determinante para sua popularidade do que o teor das aflições não nomeadas, das quais ainda mal nos apercebemos, que o reality show mobiliza. Os concorrentes estão envolvidos em uma espécie de “topa-tudo-por-dinheiro”, cujas regras são absolutamente subjetivas. Não há provas que exijam habilidades específicas em BBB, como no caso do finado No Limite. As armas que contam nesse campo de batalha pós-moderno são 100 % “psicológicas” – a dimensão dos afetos, que poderia perturbar a eficiência da sociedade industrial repressiva até a primeira metade do século XX, transformou-se na “força-de-trabalho” mais valiosa na sociedade regida pela indústria da imagem. Os

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concorrentes ao prêmio final de BBB conspiram, manipulam, traem uns aos outros – esta é a verdadeira dimensão “obscena” do show -- até que o mais esperto, que se apresente como mais amável para o público, ganhe a bolada prometida (KEHL, 2004, p. 172-173).

O exemplo acima citado reforça a necessidade de que o Professor,

ao fazer o uso de algum conteúdo “baixado” de sites da Internet, como trechos de

programa ou filmes, deva ficar atento na maneira com que será efetuada a leitura

desse conteúdo, pois, o fato de utilizar um recurso tecnológico mais sofisticado ou

menos sofisticado, não significa que, automaticamente, o objetivo de fazer uma

análise crítica de determinado contexto, se concretize.

Pode-se afirmar que, qualquer que seja o instrumento tecnológico

utilizado pelo Professor, para preparar o material didático ou diretamente na relação

ensino aprendizagem com o aluno em sala de aula, esse instrumento não substitui a

interação humana dentro de sala, nem tampouco, garante por si só uma visão crítica

da realidade. O Professor continua sendo imprescindível como o norteador para a

leitura, apropriação e reelaboração, por parte dos alunos, dos conhecimentos

veiculados nas Mídias, assim como o é em relação aos livros didáticos.

Dessa maneira pode-se dizer que um dos critérios para o uso de

recursos tecnológicos midiáticos é submetê-los à apreciação crítica prévia com o

objetivo de avaliar seu valor pedagógico. Além disso, sugere-se que o Professor

procure abrir espaço para a reflexão crítica também com seus alunos, pois os

mesmos poderão perceber aspectos não percebidos por ele em sua apreciação

prévia.

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4 O PARADIGMA TOYOTISTA

É importante não perder de vista a relação entre o ideário

neoliberal e as mudanças na base produtiva do sistema capitalista ocorridas com

a produção de máquinas microeletrônicas informacionais e sua integração em

rede, o chamado ciberespaço, a partir dos anos 80 do século XX, juntamente com

o início da disseminação do paradigma toyotista.

À respeito dessa questão, é pertinente a obra de Giovanni Alves,

“Trabalho e Subjetividade – o espírito do toyotismo na era do capitalismo

manipulatório”, de 2011. Segundo esse autor:

Desta nova base técnica e modo de operar da inteligência humana disseminada pela revolução das máquinas informacionais surge, como derivação ideológica, o denominado “modelo das competências profissionais”, ideologia orgânica da formação profissional, que exige dos novos operadores saberes em ação (savoir-faire), talentos, capacidade de inovar, criatividade e autonomia no local de trabalho. O modelo das competências profissionais é o terreno ideológico a partir do qual se disseminam as noções estruturantes de flexibilidade, transferibilidade, polivalência e empregabilidade que irão determinar o uso, controle, formação e avaliação do desempenho da força de trabalho. Este será o novo léxico ideológico que permeará a pedagogia escolar e empresarial imbuída do espírito toyotista (ALVES, 2011, p. 76).

Para uma maior compreensão desta questão faz-se necessário

assinalar que para os ideólogos do toyotismo, o que iria garantir a chamada

“empregabilidade” do trabalhador seriam a sua flexibilidade e polivalência.

Dentro do modelo das competências, propagado pela visão toyotista,

os conhecimentos e habilidades adquiridos por meio da educação, na escola ou na

empresa, devem ser passíveis de utilização prática e imediata, subordinando-se aos

objetivos e missão da empresa, e a qualidade da qualificação passa a ser avaliada

verificando a instrumentalização do trabalhador para atender o que a racionalização

do sistema produtivo necessita.

Pode-se inferir que esta é uma maneira de colocar o sistema

educacional em função da racionalização do sistema produtivo capitalista, tentando

adequá-lo ao paradigma toyotista de produção.

É interessante assinalar que esse ideário neoliberal saiu do âmbito

das empresas e atingiu toda a sociedade, sendo que foi a utilização da Tecnologias

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de Informação e Comunicação que possibilitou que o referido ideário tivesse um alto

grau de disseminação e introjeção nas mentes dos indivíduos de todas as camadas

sociais.

À esse respeito podemos tomar como referência as palavras de

Alves:

Na verdade, o poder da ideologia de mercado se intensificou sob o capitalismo global. A dita sociedade em rede é a sociedade da ideologia concentrada em imagens e fluxos intensos de informações. Internet, televisões a cabo, celulares, gadgets eletrônicos portáteis de processamento de texto e de informações – nunca a ideologia encontrou, em si e para si, tantos meios materiais de disseminação midiática. A tempestade de ideologias parece acompanhar a presença totalizadora do trabalho abstrato, que se virtualiza, sai do local de trabalho e preenche espaços do lazer e do lar. O tempo de vida tornou-se mera extensão do tempo de trabalho. Na medida em que o espaço da empresa se desterritorializou, ele se estendeu, ao mesmo tempo, para além do local de trabalho, com as novas tecnologias de comunicação e informação contribuindo para que as tarefas do trabalho estranhado invadissem, a esfera doméstica. As inovações organizacionais (e tecnológicas) do novo complexo de reestruturação produtiva que atinge as grandes empresas, imbuídas pelo espírito do toyotismo, levam à intensificação do trabalho, que avassala o tempo de não trabalho de operários e empregados, inclusive do alto escalão administrativo, que ficam totalmente à mercê da empresa. O impacto na vida pessoal e familiar e na saúde física e mental é deveras significativo (ALVES, 2011, p. 92-93).

Tomando como referencial essa mudança paradigmática dentro do

sistema capitalista propõe-se um exercício de reflexão à respeito da utilização da

mídia como disseminadora de ideologia para as massas coletivas.

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5 MÍDIA E MASSIFICAÇÃO

Para analisar o papel dos Professores e Educadores em relação ao

uso dos recursos tecnológicos, deve-se levar em consideração que atualmente as

tecnologias permitem a circulação de um volume muito grande de informações, de

forma cada vez mais rápida e acessível, principalmente pelos meios de

comunicação de massa. Com o propósito de realizar uma reflexão crítica sobre essa

questão, pode-se indagar: em uma sociedade marcada pelas desigualdades

econômicas e sociais, de que maneira são utilizados os meios de comunicação de

massa? Existem interesses por trás dessa utilização?

Para prosseguirmos nessa reflexão podemos utilizar as palavras das

autoras Sampaio e Leite:

Por causa das tecnologias, a circulação de informações hoje é muito grande e facilmente acessível, principalmente pelos meios de comunicação de massa. A mídia, conjunto destes meios pelos quais a informação se move, é controlada em nossa sociedade, pela classe dominante. O conteúdo da mídia insere-se no cotidiano da sociedade como “agente educador incorporado à lógica e às necessidades políticas e econômicas das elites econômicas” (Rummert, 1993, p.22); estas elites, possuindo tal controle, utilizarão as mensagens e informações transmitidas para manter a dominação. Assim torna-se necessário entender um pouco melhor essa nova linguagem, sintetizada pela imagem, porque é por meio dela que o conteúdo da dominação é transmitido (SAMPAIO; LEITE, 2010, p. 39-40).

É necessário pois, que o Professor, ao utilizar o material midiático

em sua prática pedagógica, seja capaz de interpretar de maneira crítica as

mensagens veiculadas pela mídia, quaisquer que sejam os meios tecnológicos de

veiculação dessas mensagens. Se assim não o for, esse Professor corre o risco de

tornar-se um mero manipulador de tecnologias. Seu papel de levar o aluno à uma

compreensão crítica da realidade na qual está inserido não se efetivará.

Para destacar o papel da mídia como agente de influência ideológica

pode-se prosseguir utilizando as palavras das referidas autoras:

É a mídia que, na sociedade tecnológica, mais utiliza uma linguagem comunicacional baseada na imagem e nos meios eletrônicos. Sendo a informação e a comunicação suas matérias-primas e elementos fundamentais para o sucesso e consolidação das sociedades pós-industriais, com sua atual forma de organização, a mídia vem

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exercendo influência das mais fortes em termos ideológicos. Ela está em geral presa a anunciantes e a interesses particulares, e por isso é limitada em termos de informação, passando uma visão de sociedade consumista e competitiva, ideias intimamente ligadas à manutenção do sistema capitalista. A definição dada por Canevacci (1990) à publicidade apresenta esta mesma idéia, acrescentando que ela gera, mediante uma filosofia pecuniária, a tendência de venda da cultura e do comportamento. Para Belloni (1991) essa influência é tão poderosa que a mídia passou, na atual sociedade, a assumir cada vez mais um papel de formadora de hábitos e atitudes de novas gerações, o que anteriormente era tarefa da família e da escola. Andersen (1992) corrobora, afirmando que hoje os meios de comunicação são formadores de opinião e comportamento, além de informações (SAMPAIO; LEITE, 2010, p. 40).

Porém, deve-se ficar atento ao fato de que a presença da tecnologia

em todos os campos da sociedade moderna não atinge todos os indivíduos da

mesma maneira. Há aqueles que têm condições de interagir com recursos

tecnológicos de informação e comunicação, desde que os primeiros anos de vida,

fato que permite que possam formar sua visão de mundo e seus hábitos em função

dessa interação com as TIC’s. Outros têm acesso apenas às tecnologias mais

comuns da comunicação, e por isso, tem na Escola Pública, o único espaço que

possibilita à elas, independentemente de sua condição financeira, a oportunidade de

livre acesso e interação com recursos tecnológicos mais sofisticados.

É importante destacar que o fato de saber interagir com os recursos

tecnológicos tem o potencial de melhorar a vida das pessoas, mas se elas não

puderem ter acesso à esses recursos acabam por correr o risco da exclusão social e

discriminação.

Pode-se inclusive inferir que à partir da disseminação do ideário

neoliberal articulado ao paradigma toyotista, começou a ocorrer na sociedade

moderna um processo de “filtro” social, entre aqueles que dominam a interação com

as TIC’s e os que não dominam, sendo que, desta forma, todos os indivíduos

acabam por sofrer o impacto da utilização dessas tecnologias, quer por saber

interagir com elas, quer por não saber.

Nesse sentido pode-se utilizar as palavras de Sampaio e Leite:

No entanto, mesmo não beneficiando todos da mesma forma e não promovendo a igualdade, a influência das tecnologias alcança todos, até mesmo aquelas camadas sociais que, por estarem alijadas do acesso ao trabalho, à educação, ao atendimento de saúde, ao consumo de bens materiais e culturais e a outros direitos sociais, não

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se utilizam diretamente das tecnologias presentes na sociedade. Profissionais da Fundação São Martinho (Rio de Janeiro), que trabalham com a população de rua, atestam que a mídia eletrônica, por exemplo, cria modelos de consumo impossíveis de serem alcançados por vias normais por estas pessoas. Além disso, vende, por meio de sedução, produtos associados a poder, riqueza e sucesso, coisas bem distantes da realidade da rua (SAMPAIO; LEITE, 2010, p. 42).

Deve-se destacar a importância do papel do Professor de Ensino

Fundamental e Médio da Escola Pública no sentido de formar os cidadãos para

participarem da chamada tecnodemocracia, ou seja, no sentido de formar um aluno

com condições de participar ativamente da sociedade tecnológica.

Levando em consideração, por exemplo, que o advento da

informática está promovendo transformações na forma de pensar dos indivíduos e

na organização da sociedade, aqueles que defendem uma educação de qualidade

para todos e uma sociedade menos injusta devem trabalhar para que todos tenham

acesso ao domínio crítico, utilização e capacidade de interpretação do que é

veiculado nos conteúdos midiáticos.

O Professor deve porém, ter o discernimento, de que a Escola

Pública do Ensino Regular, deve ir além da formação de mão-de-obra para o

mercado de trabalho.

Nesse sentido são oportunas as palavras de Sampaio e Leite:

Na organização e no desenvolvimento de seus objetivos, a escola, sem dúvida, deve considerar as características do mercado de trabalho por ser parte da sociedade e responsável pela formação dos trabalhadores. Esta consideração, no entanto, deve estar no nível da preocupação com a formação integral do homem e do cidadão, e não levá-la a ser uma instituição voltada apenas para a formação de mão-de-obra (SAMPAIO; LEITE, 2010, p. 45)

Ou seja, levando em consideração o papel e importância da

Educação na preparação para o mundo do trabalho, pode-se ir além da formação de

mão-de-obra: pode-se pensar e planejar uma formação também no sentido da

cidadania .

Conforme as palavras de Sampaio e Leite:

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[...] a escola pode realizar a tarefa de formar trabalhadores não só para atender às necessidades do neoliberalismo e da globalização da economia, mas também cidadãos com visão crítica e sólida formação geral, domínio das tecnologias e capacidade de atuação social consciente (SAMPAIO; LEITE, 2010, p. 45).

Daí, também a importância da formação tecnológica do Professor,

pois o papel da Escola se materializa através do seu trabalho, porque é ele quem

orienta o processo ensino-aprendizagem.

Mesmo que não seja o único responsável pelos resultados do

processo educativo, ele é um dos elementos diretamente responsáveis e

imprescindível, pois, assim como não se pode prescindir da Instituição Escolar, não

se pode prescindir do Professor, que concretiza o trabalho dentro dessa Instituição.

Há também que se ressaltar que uma atuação crítica do Professor

na leitura dos conteúdos veiculados pelas diversas mídias é importante no sentido

de romper com o ideário utilitarista e consumista veiculado. É uma forma de deixar

de reproduzir as mensagens ideológicas que atuam para a manutenção de certos

estereótipos que, em ultima instância, acabam reforçando a manutenção das

desigualdades sociais, as várias formas de discriminação, exploração e dominação

vigentes no sistema.

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6 O PAPEL DA ESCOLA PÚBLICA PERANTE AS TECNOLOGIAS

Cabe aqui chamar a atenção para um ponto importantíssimo do uso

das Tecnologias de Informação e Comunicação dentro do ambiente Escolar.

Levando em consideração o fato de que a Escola Pública é para a

maior parte da população, o único espaço em que pode ter acesso ao conhecimento

científico e cultural historicamente produzido e sistematizado, pode-se afirmar que

as Instituições Públicas de Ensino Regular tem o papel imprescindível de garantir a

democratização do acesso à tecnologia (pois possuem caráter tanto formativo

quanto instrumentalizador e isso lhes confere grande responsabilidade dentro do

contexto da sociedade tecnológica), pois se elas assim não o fizerem, corre-se o

risco de que a cultura, a ciência e a técnica sejam apropriados exclusivamente por

aqueles que tem recursos financeiros suficientes para isso, já que hoje os recursos

tecnológicos são um importante meio de acesso e disseminação das várias formas

de conhecimento, dentre eles, o científico.

Se a Escola Pública não garantir esse acesso democrático corre-se

o risco de que o advento das tecnologias acabem contribuindo para o crescimento

das desigualdades sociais, na medida em que somente uma pequena parte da

população tenha acesso a elas ou muitos tenham acesso, porém poucos consigam

efetivamente dominá-las.

Nesse sentido, podemos propor o questionamento realizado por

Sampaio e Leite:

O que será necessário para que a escola de hoje cumpra seu papel social, e não contribua para aumentar o abismo entre as diferenças sociais no que se refere à produção e distribuição do conhecimento construído e acumulado pela humanidade, e que hoje tem um forte caráter tecnológico? Primeiro perceber a relevância e a não neutralidade de sua função e, com isso, assumir seu papel político e trabalhar conscientemente para a superação das desigualdades. A concretização deste posicionamento estaria para Rattner (1995), no desenvolvimento de conceitos inovadores e práticas educacionais destinadas a promover a reflexão crítica e a curiosidade intelectual; e para Silva (1995) nos currículos que devem ser pensados e desenvolvidos nas escolas de maneira criativa, aberta e renovada. O papel da escola deverá ser o de desmistificar a linguagem tecnológica e iniciar seus alunos no domínio do seu manuseio, interpretação e criação (SAMPAIO; LEITE, 2010, p. 48-49).

18

É importante frisar que Escola Pública do Ensino Regular Básico não

deve ter como função o papel de formar um tipo de trabalhador específico, mas

contribuir com conhecimentos básicos para a formação do cidadão, que será

também um trabalhador.

Levando em consideração que na atual sociedade, ocorrerá

inevitavelmente a interação do indivíduo com a tecnologia, quer seja dentro do

mundo do trabalho, quer seja fora dele, dentro das mais variadas atividades, desde

aquelas executadas individualmente até aquelas executadas de forma coletiva, faz-

se necessário pensar criticamente a educação associada ao aprendizado

tecnológico.

Pode-se aqui concluir com as palavras de Sampaio e Leite:

Com base nas proposições da visão dialética da educação, pode-se afirmar que, no atual contexto, a mesma escola, da qual a classe dominante espera o preparo de trabalhadores para o mercado de trabalho, pode ser a escola que, possuindo professores alfabetizados tecnologicamente, promova uma inserção mais crítica do aluno na sociedade. Talvez seja pertinente entender melhor como se relacionam tecnologia e escola, para desmistificar alguns aspectos e tentar apontar o tipo de ligação que se faz necessária na busca deste objetivo (SAMPAIO; LEITE, 2010, p. 49-50).

19

7 SUGESTÕES PROPOSITAIS

Levando em consideração que um dos propósitos deste Projeto de

Intervenção é proporcionar subsídios ao Gestor e a Equipe Pedagógica para que os

mesmos possam implementar ações concretas no sentido de instrumentalizar os

Professores para a utilização dos recursos tecnológicos e ferramentas digitais que

estão à disposição no ambiente escolar, houve também a realização, além da

análise do Projeto Político Pedagógico vigente, de um levantamento de informações

junto ao corpo docente da Escola escolhida para implementação.

O levantamento foi efetuado através de um instrumento de dez

questões de múltipla escolha e uma discursiva e possui caráter de amostragem,

levando em consideração o fato de que o número de Professores e que participaram

do mesmo girou em torno de 50 % (16 Professores) do total de integrantes do corpo

docente, sem distinção entre efetivos (QPM) e os de contrato temporário (PSS). O

modelo do instrumento de questões segue no Apêndice B.

Mesmo tendo caráter de amostragem, a análise das respostas pode

servir de referência para ajudar a elaborar alternativas de ações concretas para a

Direção e Equipe Pedagógica.

Por um outro lado, levando em consideração o fato de que o

número de Professores que responderam as questões foi parcial, pode-se reafirmar

a relevância e a necessidade de valorizar a utilização dos recursos tecnológicos

dentro do ambiente escolar, na medida em que não é possível afirmar se aqueles

que não responderam as questões tem ou não o hábito de utilizar os instrumentos

tecnológicos para enriquecer sua prática pedagógica.

Pode-se perguntar, de maneira mais ampla: quais seriam as

sugestões pertinentes, a serem encaminhadas a Direção e Equipe Pedagógica

levando em consideração os objetivos do Projeto, a análise do Projeto Político

Pedagógico da Escola e as principais dificuldades e necessidades percebidas

através do referido questionário ?

Mesmo com a participação parcial dos Professores na coleta de

informações, deve-se levar em consideração as respostas assinaladas por aqueles

que o fizeram, como forma de valorizar sua opinião e participação e por considerar o

fato de que foram informações colhidas “in loco”, mediante as dificuldades e

imprevistos dos cotidiano escolar.

20

Levando pois em consideração as alternativas que foram

assinaladas por parte dos Professores, pode-se tomar como referência para uma

reflexão sobre as maiores dificuldades apontadas pelos mesmos com relação a

utilização das TIC’s, as questões de nº 03, 04, 07, 08 e 10, além da discursiva.

No caso questão nº 03, a alternativa mais assinalada foi a b (50%) e

em seguida a c (25%). Esses percentuais sugerem que há a necessidade de

aquisição de novos equipamentos e de manutenção e atualização dos já existentes.

Na questão nº 04, a alternativa mais assinalada foi a c (68,75%) e

em seguida a a (18,75%). Esses percentuais sugerem que há um consenso, entre

os Professores, de que a maior dificuldade enfrentada para a plena utilização das

tecnologias em suas práticas pedagógicas, seria a falta de tempo para planejar

aulas com a utilização das TIC’s.

Na questão 07, a alternativa d foi a mais assinalada (56,25%). Esse

percentual sugere que pouco mais da metade dos que responderam as questões

não encontra dificuldade para navegar no Portal Dia-a-Dia Educação. Isso é um fato

que chama a atenção, na medida em que esperasse que esse Portal seja uma

ferramenta virtual de plena utilização no cotidiano dos Professores e que 12,5%

assinalaram que não utilizam o Portal.

Observando-se os resultados da questão nº 08, pode-se inferir que

não houve consenso entre os Professores ao responderem de que forma a Direção

e Equipe Pedagógica poderiam favorecer uma utilização mais freqüente das TIC’s

em sua prática pedagógica. Essa inferência é sugerida pelo fato de que a alternativa

a foi assinalada por 43,75% dos Professores e tanto a alternativa b quanto a c

obtiveram a mesma porcentagem (31,25% cada uma, extrapolando o total de 100%),

devido ao fato de que houve Professores que assinalaram mais de uma alternativa.

Na questão nº 10, a alternativa mais assinalada pelos Professores

foi a d (43,75%) e em seguida a alternativa c (31,25%), o que sugere que as maiores

dificuldades para navegar na WEB e baixar arquivos significativos pela Internet,

sejam a falta de softwares adequados nos computadores das Escolas e a falta de

informações para saber baixar os arquivos.

Com relação à questão discursiva, 07 (43,75 %) dos Professores

que responderam as questões, efetuaram observações ou sugestões.

Nessa questão, apareceram com maior ênfase, sugestões quanto à

utilização dos computadores pelos alunos, necessidade de mais e melhores

21

equipamentos e cursos de formação tanto para os Professores quanto para os

alunos.

Há que se considerar também o fato de que mesmo com a

orientação de assinalar apenas uma alternativa, alguns Professores preferiram

expressar sua opinião assinalando mais de uma. Houve também o caso da questão

06, que foi deixada em branco por um Professor e o da questão 10, que também foi

deixada em branco por outro Professor.

No caso da questão discursiva, 09 (56,25 %) dos Professores

preferiram não registrar por escrito sugestões à Direção.

Porém, pode-se afirmar que, mesmo não permitindo uma visão

conclusiva (por tratar-se de uma pesquisa por amostragem ou pelo fato de ter

ocorrido um preenchimento parcial das questões ou ainda, de que houve

Professores que assinalaram mais de uma alternativa em algumas questões),é

importante procurar ver um sentido ou tendência nas alternativas assinaladas ou no

que foi respondido discursivamente, pois é uma forma de, como já foi anteriormente

observado, valorizar a opinião e a participação dos Professores que o fizeram.

Retomando pois a pergunta efetuada sobre quais seriam as

propostas pertinentes a serem encaminhadas a Direção e Equipe Pedagógica

levando em consideração os objetivos desse Projeto de Intervenção, a análise do

Projeto Político Pedagógico da Escola e as principais dificuldades e necessidades

percebidas através das tendências observadas no levantamento parcial de

informações com os Professores, pode-se sugerir:

1) A disponibilização de mais aparelhos de DVD com entrada de

Pen-drive para uso em sala de aula pelos Professores. Isso

permitiria ampliar a possibilidade de leitura de arquivos baixados,

além das extensões “j.peg”, “m.peg” e “m.p3”, cuja leitura já é

efetuada pelas TVs PenDrive atualmente em uso.

2) A disponibilização de mais um Notebook para uso em sala de

aula, que conectado à TV PenDrive, serviria como um leitor de

várias mídias, tais como CDs, DVDs e arquivos armazenados no

próprio Notebook em diferentes extensões, além de

apresentações em PowerPoint.

22

3) A disponibilização de Internet de Banda Larga em rede wireles,

com alcance até as salas de aula, o que permitiria o acesso

através de laptops (notebooks, netbooks ou tabletes) a arquivos

ou Programas de cunho científico ou Pedagógico diretamente da

WEB, inclusive o acesso ao Portal Dia-a-Dia Educação da Seed-

PR, sem necessidade de baixá-los e converter sua extensão.

4) A disponibilização aos Professores de pelo menos um PC com

sistema Windows e Internet em Banda Larga, com softwares de

conversão de extensão instalados, como meio de ampliar a

possibilidade de acesso a arquivos de cunho científico e

pedagógico, além dos já disponibilizados nos Portais

Institucionais.

5) A oferta de cursos de formação aos Professores na própria

Escola, com instruções para navegação na WEB, utilização do

Portal Dia a Dia Educação e orientações para baixar arquivos.

As sugestões acima elencadas tem o propósito de contribuir para

diminuir as dificuldades dos Professores em relação à utilização das TIC’s,

percebidas no levantamento de informações, levando também em consideração o

disposto no Projeto Político Pedagógico em vigência na Escola Estadual Monsenhor

Josemaria Escrivá e as possibilidades concretas que a disponibilidade de recursos

financeiros permitirem à Direção da Escola em questão.

Podem servir também de sugestão às Direções e Equipes

Pedagógicas de outras Escolas Públicas de Ensino Regular onde forem percebidas

dificuldades semelhantes às percebidas na Escola alvo deste Projeto de

Intervenção.

23

8 NAVEGAÇÃO PELA WEB

Tomar-se-a como propósito delinear algumas orientações e

reflexões sobre as possibilidades que a WEB (Word Wide Web ou “Rede de Alcance

Mundial”) oferece para a busca de conteúdos científicos ou de cunho pedagógico.

Antes de mais nada é necessário assinalar que a WEB oferece

múltiplas possibilidades de utilização, porém o que interessa no caso dessa

Produção Didático Pedagógica é justamente o seu uso dentro do campo da

Educação, mais especificamente, a possibilidade de sua exploração por parte do

Professor e do aluno para chegar a conteúdos que sejam significativos do ponto de

vista científico e pedagógico ou que possam ser utilizado com propósitos educativos.

Para isso, é necessário frisar a necessidade de um objetivo

delineado pelo Professor, pois ele tem a atribuição de orientar o aluno em suas

atividades de aprendizagem.

Levando em consideração que o volume de informações disponíveis

na WEB é extremamente elevado, a necessidade de saber traçar esse objetivo

torna-se também muito relevante.

Nesse aspecto podemos citar as palavras de Moran:

Do ponto de vista metodológico o professor precisa aprender a equilibrar processos de organização e de “provocação” na sala de aula. Uma das dimensões fundamentais do educar é ajudar a encontrar uma lógica dentro do caos de informações que temos, organizar numa síntese coerente (mesmo que momentânea) das informações dentro de uma área de conhecimento. Compreender é organizar, sistematizar, comparar, avaliar, contextualizar. Uma segunda dimensão pedagógica procura questionar essa compreensão, criar uma tensão para superá-la, para modificá-la, para avançar para novas sínteses, novos momentos e formas de compreensão. Para isso o professor precisa questionar, tensionar, provocar o nível da compreensão existente (MORAN, 2004, p. 33-34, grifo do autor).

Deve-se destacar o papel do Professor na utilização das

informações encontradas na WEB: num primeiro momento ele deve procurar

encontrar um sentido para essas informações, conforme seus objetivos previamente

traçados. Não pasta simplesmente “pinçar” um conteúdo da WEB e repassá-lo ao

aluno: é necessário utilizá-lo de forma a provocar a reflexão crítica sobre o mesmo,

24

questioná-lo, para, em um segundo momento, confirmar o conhecimento já existente

ou utilizá-lo para estabelecer novas questões e dessa forma, ir além dele, superá-lo.

Portanto, pode-se reafirmar o papel imprescindível do Professor,

quaisquer que sejam os recursos tecnológicos utilizados.

No caso da utilização de fontes confiáveis de informação a partir da

WEB, pode-se destacar a disponibilidade para os Professores e Educadores da

Rede, do Portal Institucional “Dia a Dia Educação”, da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, como um recurso facilitador para o educador.

Conforme o disponibilizado na página “Conteúdos” (ou: “Conheça o

Portal”; “Conheça a nossa Equipe”; “Sobre o Portal Dia a dia Educação”), do referido

Portal Institucional, os Professores e Educadores podem tomá-lo como referencial

para encontrar os seguintes informações, à respeito dos seguintes conteúdos:

1) Banco de Artigos, Teses e Dissertações.

2) Notícias Específicas das Disciplinas.

3) Notícias Gerais sobre Educação.

4) Catálogo de sítios.

5) Catálogo de Museus.

6) Mapas.

7) Serviços de Download.

8) Sugestões de Filmes.

9) Vídeos, Entrevistas e Documentários.

10) Simuladores e Animações.

11) Calendário de Eventos.

12) Obras Completas da Literatura.

13) Literatura Narrada.

14) Catálogo de Bibliotecas.

15) Banco de Imagens.

16) Sons: vozes, músicas e entrevistas.

17) Veículos de Comunicação.

18) Sugestão de Leitura.

19) Consultas às escolas.

20) Institucional.

21) TV Multimídia.

25

22) Ambiente Pedagógico Colaborativo (Ambiente Educadores).

23) Ambiente Alunos.

24) Ambiente Comunidade.

25) Ambiente Escola.

26

9 DIREITOS AUTORAIS: ALGUMAS REGRAS

Levando-se em consideração a infinidade de informações e

possibilidades oferecidas pela utilização do que é disponibilizado na WEB e em

diversos Portais, inclusive no Portal Dia-a-Dia Educação da Seed, faz-se necessário

ter cautela quanto à sua utilização e manipulação, para que haja o respeito à

produção intelectual alheia ou à imagem do outro. Nesse sentido é necessário ter

como parâmetro a legislação vigente sobre Direitos Autorais sobre produções

intelectuais científicas, culturais e sobre imagens.

Pode-se utilizar as instruções oficiais da SEED-PR, que foram

repassadas no 2º Período do Programa PDE 2010/2011, pois são as que estão

atualmente em vigência.

Cabe pois destacar algumas orientações que são necessárias

quando tem-se em mente baixar e manipular conteúdos e imagens diretamente da

WEB, para utilizá-los com propósitos pedagógicos.

A respeito desse assunto é importante conhecer a Lei nº 9.610/98,

em seu artigo 7º, conforme disponibilizada no Material Didático do Seminário

Integrador 2011 do PDE:

Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza; III - as obras dramáticas e dramático musicais; IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma; V - as composições musicais, tenham ou não letra; VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas; VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia; VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética; IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza; X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência; XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova; XII - os programas de computador;

27

XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual. § 1º Os programas de computador são objeto de legislação específica, observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis. § 2º A proteção concedida no inciso XIII não abarca os dados ou materiais em si mesmos e se entende sem prejuízo de quaisquer direitos autorais que subsistam a respeito dos dados ou materiais contidos nas obras. § 3º No domínio das ciências, a proteção recairá sobre a forma literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou técnico, sem prejuízo dos direitos que protegem os demais campos da propriedade imaterial (PARANÁ, 2011a, p. 12).

Cabe frisar, pois, a necessidade de que o Professor, ao fazer um

download de um conteúdo leve em consideração as restrições acima previstas na

Lei dos Direitos Autorais. Ela pode ser obtida gratuitamente acessando os seguintes

sites:

Câmara dos Deputados - www.camara.gov.br

Senado Federal - www.senado.gov.br

Presidência da República - www.presidencia.gov.br

Por outro lado, o Professor pode utilizar-se do chamado “direito de

citação”, previsto no Artigo 46, da Lei 9.610, que estabelece que não há ofensas aos

direitos autorais a citação de passagens de qualquer obra, em livros, jornais, revistas

ou outro meio de comunicação, desde que seja realizada com o propósito de estudo,

crítica ou polêmica e que seja justificada para essa finalidade, devendo também

conter a indicação do nome do autor e da origem da obra.

No caso de imagens, textos, vídeos e obras autorais de qualquer

natureza, quer artísticas, científicas ou literárias encontradas via Wikipédia, sites do

MEC e na Internet em geral, também deve-se levar em consideração as restrições

previstas na Lei de Direitos Autorais.

O que pode-se fazer, é verificar se esses sites permitem a utilização

do material escolhido apenas com a citação da fonte ou se é necessário uma

autorização especial. Persistindo a dúvida, é preferível solicitar uma autorização

escrita, mesmo que seja por e.mail e deixá-la armazenada.

28

10 PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO: UM RECURSO FACILITADOR

Levando em consideração as observações acima realizadas sobre a

questão dos direitos autorais pode-se destacar, mais especificamente, que é

possível utilizar-se de vários links do Portal Dia-a-Dia Educação, na Página dos

Educadores, como recursos facilitadores para acesso gratuito a conteúdos

acadêmicos, informativos e midiáticos que podem ser utilizados com propósitos

pedagógicos.

Procurando observar os propósitos dessa Unidade Didática, coloca-

se em destaque alguns desses links, que seguem abaixo especificados, cujo acesso

está disponível na Página dos Educadores, do referido Portal, tal qual como aqui são

exemplificados:

Banco de Artigos, Teses e Dissertações: Banco de dados onde serão disponibilizados artigos, monografias, dissertações e teses, de diversas universidades brasileiras, especialmente paranaenses, voltados à Educação Básica, com o objetivo de facilitar, ao educador, a pesquisa de trabalhos acadêmicos. Notícias Específicas das Disciplinas Notícias de interesse específico da disciplina, como acontecimentos e divulgação de eventos, lançamentos, etc.Tem o intuito de manter o educador informado a respeito dos acontecimentos do período, para que faça sua programação e divulgação de acordo com seus interesses e necessidades, além de utilizar as notícias para a ilustração de suas aulas. [...]. Catálogo de sítios Destaque de um sítio nas áreas específicas das disciplinas, contando com uma breve apresentação do conteúdo abordado. Tem por objetivo auxiliar o usuário na busca e na seleção de sítios que apresentem conteúdos de qualidade, bem como dar subsídios para que este amplie seus conhecimentos. [...]. Mapas Apresentação de mapas físicos e interativos de todos os países do mundo, com informações relevantes, como: localização, população urbana e rural, densidade demográfica e outras. Tem como premissa auxiliar o trabalho do educador em sala de aula. Serviços de Download Espaço onde podem ser encontrados materiais de interesse da comunidade escolar: softwares freeware e livres, utilitários (descompactadores de arquivos, editores de imagens, etc) para

29

diversas plataformas educacionais. Objetiva disponibilizar à comunidade escolar materiais que possam auxiliá-la na operacionalização de computadores e equipamentos, no desenvolvimento e enriquecimento das aulas e estudos. Sugestões de Filmes Recurso que disponibiliza sinopses de diversos filmes, acompanhadas de sugestões de abordagens pedagógicas, bem como resenhas críticas, catálogo de sítios e entrevistas, todos voltados à área cinematográfica. Busca proporcionar aos professores e alunos o conhecimento de alguns títulos lançados no cinema, a partir de sinopses elaboradas com o intuito de instigá-los a assistir aos filmes indicados. Auxiliar, ainda, o educador no seu trabalho pedagógico, a partir de sugestões temáticas que podem ser desenvolvidas em sala de aula. Vídeos, Entrevistas e Documentários Disponibilização de vídeos e documentários sobre cidadania, meio ambiente, personalidades da área da Educação, como Paulo Freire, bem como arte e literatura brasileiras. Pretende auxiliar na elaboração de aulas, nos estudos, na fundamentação e no desenvolvimento de trabalhos, bem como nas pesquisas em geral. Simuladores e Animações Disponibilização de recursos que auxiliem o professor em sala de aula, como simuladores, jogos educacionais, etc.; de diversas áreas do conhecimento. Apresenta o objetivo de ajudar o educador na construção do conhecimento sistematizado aos alunos, buscando outras formas, mais prazerosas, de assimilação do conteúdo programático. [...]. Banco de Imagens Disponibiliza, ao usuário, inúmeras imagens das diversas áreas do conhecimento (royalty free). Tem o intuito de auxiliar o educador na busca por imagens autorizadas que sirvam como fonte de conhecimento e pesquisa, bem como para ilustração dos conteúdos sistematizados. Sons: vozes, músicas e entrevistas Traz vários recursos sonoros interessantes, como sons da natureza, arquivos de áudio com fábulas e outras histórias infantis, entrevista com o sociólogo Paulo Freire, livros clássicos da literatura brasileira e portuguesa falados e a Vozoteca, lugar onde o educador pode encontrar discursos históricos, jingles e comerciais publicitários, além de radionovelas. Objetiva colocar à disposição do professor recursos sonoros que auxiliem na sistematização do conhecimento e favoreça a compreensão dos conteúdos pelos educandos. Veículos de Comunicação Recurso que disponibiliza endereços eletrônicos e links para jornais e revistas selecionados pelos professores do Portal Dia-a-Dia Educação. Tem o intento de fornecer, ao usuário, informações de seu interesse, assim como remeter a links que contêm informações anteriores.

30

Sugestão de Leitura Sugestões de obras específicas das diversas disciplinas, como livros da Biblioteca do Professor, obras citadas nas referências das Diretrizes Curriculares, bem como referências dos livros didáticos da SEED. Oferecer, ao leitor, sugestões de livros selecionados para o seu aprimoramento pedagógico. [...]. TV Multimídia Dispõe, para o educador, de arquivos de vídeo, imagem e áudio que podem ser gravados no pen-drive e mostrados na TV da sala de aula. Traz, também, manuais que ensinam a fazer dowload e gravação no dispositivo periférico. Objetiva auxiliar o educador a dinamizar suas aulas, bem como a aprofundar seus conhecimentos a respeito de variados temas. Ambiente Pedagógico Colaborativo (Ambiente Educadores) O Ambiente Pedagógico Colaborativo é um sistema de aprendizagem colaborativa concebido pela SEED – Secretaria de Estado da Educação do Paraná - e desenvolvido integralmente em software livre (PHP e PostgreeSQL) pela CELEPAR – Companhia Paranaense de Informática. Sua concepção tem como pressuposto básico a democratização do conhecimento em rede e pela rede. Este ambiente disponibiliza os OACs - Objetos de Aprendizagem Colaborativa - que são produzidos por educadores da Rede Pública do Estado do Paraná, com base nos conteúdos das disciplinas do Ensino Fundamental e Médio, podendo ser utilizados como suporte teórico para a elaboração de aulas, assim como para muitos outros trabalhos pedagógicos desenvolvidos na escola. Buscando estimular a troca de informações entre os educadores da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, os OACs possibilitam a complementação das informações disponibilizadas por meio do desenvolvimento de uma cultura colaborativa de socialização das informações, na qual todo usuário cadastrado no Portal Dia-a-Dia Educação pode colaborar com os Objetos já publicados, repassando suas experiências e conhecimentos aos outros educadores da Rede (PARANÁ, 2011b).

Vale lembrar que os links acima especificados são exemplos de

recursos facilitadores disponibilizados ao Professor, porém seu papel de orientador

do processo ensino aprendizagem é imprescindível. É ele o intelectual pesquisador

que conduzirá a escolha dos conteúdos mais adequados aos objetivos pedagógicos,

bem como a metodologia a ser adotada e deverá, também, efetuar a avaliação do

êxito obtido.

31

11 PLANO DE AULA PARA O USO DAS TIC’S

Levando em consideração o papel do Professor como orientador do

processo ensino aprendizagem, no qual ele realiza, ou pelo menos orienta, a

abordagem mais específica dos conteúdos a serem trabalhados, bem como a da

metodologia mais adequada e a avaliação do que foi aprendido, cabe ressaltar que

também no uso das TIC’s é importante que o Professor possua em mãos um

instrumento orientador, previamente elaborado onde sejam estabelecidos a temática

do conteúdo selecionado, sua fonte, os objetivos de aprendizagem, a metodologia,

os recursos tecnológicos a serem utilizados e a forma de avaliação.

Nesse aspecto e com o propósito de auxiliar os Professores para um

uso adequado das TIC’s segue juntamente à essa Unidade Didática (Apêndice C),

uma sugestão de Plano de Aula com o uso de recursos multimídia, que pode

contribuir para que os Professores preparem seus próprios planos de aula.

Cabe aqui um destaque em relação à utilização, com objetivos

pedagógicos, de trechos de filmes de gêneros variados, tais como dramas,

comédias, ficções científicas, aventuras, documentários etc. Vale lembrar que o

Professor também deve, nestes casos, elaborar um Plano de Aula, segundo seus

objetivos pedagógicos. Para isso precisa fazer uma leitura prévia dos filmes

esscolhidos.

No caso dessa Unidade Didática, propõe-se, como atividade prática,

em uma das reuniões do Grupo de Estudos, a realização da análise e elaboração de

um Plano de Aula sobre trechos de filmes que possibilitem uma visão crítica da

modernidade articulada ao aparato tecnológico e seu impacto sobre a vida do ser

humano, procurando verificar qual das expectativas prevalece: a da tecnologia

redentora ou a da tecnologia ameaçadora.

Pode-se sugerir, para essa atividade os filmes: “Blade Runner” / O

Caçador de Andróides (Ridley Scott, 1982), “The Matrix” / Matrix (Andy Wachowski /

Larry Wachowski, 1999), “Terminator” / O Exterminador do Futuro (James Cameron,

1984), “Gattaca” / Gattaca - Experiência Genética (Andrew Niccol, 1997).

Estas são sugestões de filmes. O Grupo de Professores e

Educadores pode optar também por outros títulos que sejam pertinentes ao assunto

e permitam realizar as discussões e atividades propostas.

32

Pode-se propor também, como atividade prática ao Grupo de

Professores e Educadores, selecionar e analisar propagandas que circulam na

WEB, que se utilizam da manipulação imagética e ideológica como indutores para o

consumismo. Nesse caso, deve-se também realizar como atividade prática, a

elaboração de um Plano de Aula com o uso das TIC’s. Essa atividade é um exercício

prático de navegação na WEB, reflexão crítica e utilização do material analisado

com objetivos pedagógicos.

33

12 O CYBERBULLYING

Embora não conste nos objetivos iniciais para a elaboração desta

Produção Didático Pedagógica, faz-se oportuno algumas considerações à respeito

do aumento da prática da utilização da Internet pelos jovens para propósitos

ofensivos, agressivos ou depreciativos, mais especificamente, quando o fazem com

objetivo de intimidar, excluir e ofender terceiras pessoas ou também para denegrir a

reputação das mesmas, utilizando-se do expediente de expor imagens ou

informações à seu respeito, sem sua autorização, de maneira persistente, de forma

a gerar constrangimentos e danos não só morais como também psicológicos, o que

é denominado de CYBERBULLYING.

Essa prática vem tornando-se cada vez mais comum e os

Professores e Educadores, precisam ter uma noção de como agir ao depararem-se

com uma situação dessas, quando estiverem navegando pela WEB.

Faz-se necessário primeiramente retomar o que caracteriza a

conduta ou situação que é denominada de bullying. Para isso é possível utilizar-se

do texto disponibilizado no link Bullying, do Portal Dia a Dia Educação, na página de

Pedagogia. Segundo Cristiane Rodrigues de Jesus:

Uma das causas da violência entre alunos na escola - seja simbólica, psicológica ou física - é o fenômeno bullying. Ao contrário deste comportamento normal para a faixa etária escolar, o bullying caracteriza-se por atitudes agressivas, intencionais e repetidas, praticadas sem motivação e, geralmente, de forma velada. Formas mais comuns Os autores Lopes Neto e Saavedra (2003) e Fante (2005) dividem essas atitudes agressivas em duas formas:

Direta: são agressões direcionadas diretamente à vítima. Subdividem-se em agressões físicas como bater, chutar, tomar pertences entre outros; e agressões verbais como apelidos, insultos, e exclamações preconceituosas.

Indireta (ou emocional): é caracterizada pela disseminação de histórias desagradáveis, impróprias ou pela coerção sobre outros para que a vítima seja excluída. Diferença entre brincadeira e bullying No espaço escolar existem inúmeros casos de brincadeiras entre as crianças e adolescentes, as quais após pouco tempo são esquecidas tanto por quem pratica, quanto por quem é vítima, não afetando o comportamento, tampouco o processo de ensino-aprendizagem. O que diferencia tais brincadeiras do bullying é o fato de que elas não são repetitivas e agressivas.

34

[...]. Consequências As vítimas podem apresentar baixo desempenho escolar, resistência em frequentar a escola, medo, baixa autoestima, stress, culminando em depressão e ansiedade. Os autores apresentam probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos antissociais e violentos. Já as testemunhas, embora não sofram as agressões, podem sentir-se inseguros, o que pode influenciar negativamente na vida acadêmica. Cyberbullying Atualmente, com a popularização das redes sociais na internet e do uso do celular entre adolescentes, a disseminação de mensagens com imagens e vídeos contendo comentários depreciativos se espalham rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Essa nova forma de agressão é chamada de cyberbullying, que torna o poder de agressão ampliado para além dos muros da escola (JESUS, 2011).

O que caracteriza específicamente o Cyberbullying, é que o mesmo

é cometido através de ferramentas tecnológicas e espaços virtuais, como blogs,

chats, ou outras redes sociais de relacionamento via WEB e também em sites de

compartilhamento de vídeos e de mensagens instantâneas.

Embora o Cyberbullying não caracterize-se por agressões físicas ou

ofensas verbais diretamente com a presença da vítima, é importante frisar que não

se deve menosprezar o potencial de causar sofrimento desta modalidade de

bullying, pois ela difere-se das outras apenas no que se refere ao meio utilizado: o

ambiente virtual. Seu potencial de causar danos morais ou psicológicos é muito

grande, chegando ao ponto de poder tornar-se irreparável, devido a disseminação

dos conteúdos ofensivos ou constrangedores pela WEB, e conseqüente

possibilidade de acesso e download por um número ilimitado de usuários.

Assim como as ações que caracterizam o bullying, o Cyberbullying

também é passível de punição estabelecida em Lei. Na verdade tanto um como o

outro, são uma espécie de somatória de vários crimes, entre eles, lesão corporal (no

caso do bullying), ameaça, injúria, constrangimento ilegal, difamação, com punições

previstas no Código Penal.

Por isso, O Professor deve ser muito cuidadoso ao utilizar-se de

conteúdos baixados da WEB, no sentido de não contribuir involuntariamente para a

veiculação, através de recursos midiáticos, de imagens ou informações, que possam

ser usadas para denegrir, difamar ou prejudicar de alguma forma terceiras pessoas.

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13 ESPAÇOS VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: BLOGS

Uma das atividades elencadas nas Estratégias de Ação do Projeto

de estruturação de um Blog da Escola Monsenhor Josemaria Escrivá.

Tal atividade foi pensada como uma possibilidade de criar um

espaço de relacionamento virtual entre os Professores e Educadores da Escola,

contribuindo dessa maneira para o aprendizado prático de navegação na WEB,

assim como em relação à postagens e trocas de informações de interesse

pedagógico.

Para a construção do blog acima especificado tomaremos como

referência as palavras de Leite et al.:

Um weblog, blog ou blogue é uma página da Web cujas atualizações (chamadas posts) são organizadas cronologicamente como um diário. Estes posts podem ou não pertencer ao mesmo gênero de escrita, referir-se ao mesmo assunto ou ter sido escritos pela mesma pessoa. Atualmente fala-se também dos blogs educativos, que se caracterizam pela facilidade de criação, publicação e atualização. Eles possuem a característica de publicar as ideias em tempo real, facilitando a interação com as pessoas que estejam conectadas. Os textos curtos podem ser lidos e comentados, abrangendo uma infinidade de assuntos: diários, piadas, notícias, poesias, músicas, fotografias, enfim, tudo que a imaginação do autor permitir (www.wikipedia.com). Como a interação entre os participantes do blog pode facilitar o processo de construção de conhecimento coletivo, esta tecnologia pode ajudar a formar redes sociais e redes de saberes, conhecimentos (LEITE et al., 2009, p. 69-70).

No caso deste Projeto de Intervenção, a estruturação e utilização de

um blog da Escola tem um caráter formativo e educativo. Formativo, de um lado,

pois através de sua estruturação, os Professores e Educadores poderão aprender e

exercitar procedimentos de navegação na WEB, de downloads e postagens de

conteúdos e terão um espaço onde poderão dialogar entre si. E também educativo,

pois pode ser também Ambiente Virtual de Aprendizagem para os alunos. Segundo

Leite et al.:

Os blogs podem utilizados por professores para desenvolver projetos escolares colaborativos, explorando o potencial interativo desta tecnologia. São adequados para as atividades inter-trans-multidisciplinares, uma vez que acolhem um número ilimitado de links indicados pelos participantes. Os professores podem usar sua

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formação pedagógica e criatividade para descobrir novas maneiras de integrar esta tecnologia em sua prática pedagógica. Os alunos, além de participar dos blogs criados pelos professores para os projetos pedagógicos, podem usá-los para produção de resumos e sínteses da matéria, para o desenvolvimento de projetos específicos e, principalmente, para a aprendizagem colaborativa. [...]. Os blogs podem ser integrados às atividades pedagógicas auxiliando na organização de aulas, oficinas, atividades cocurriculares, de modo a ajudar na sistematização de um determinado assunto, organizando-o de acordo com as necessidades específicas de um dado aluno ou de um grupo de alunos (LEITE et al., 2009, p. 70-71).

Um aspecto importante da construção de um blog é que as etapas

de sua construção podem ser desenvolvidas de forma coletiva. Para sua existência

faz-se necessário optar por um servidor para hospedá-lo, escolher e editar seu

visual, definir um nome e objetivos para ele e inscrever participantes. Portanto, a

criação coletiva de um blog torna-se uma oportunidade de aprendizagem

cooperativa.

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14 AVALIAÇÃO / PROPOSTAS

a) Avaliação dos Integrantes do Grupo de Estudos:

No decorrer dos Encontros, os Professores e Educadores

integrantes do Grupo de Estudos serão avaliados mediante instrumento de caráter

formativo, com questões objetivas e discursivas relacionadas aos tópicos

trabalhados conforme o Cronograma que segue no Apêndice A.

Serão levados em consideração os seguintes aspectos:

* Sua compreensão dos conceitos e da temática estudada.

* A fundamentação de suas elaborações e argumentações pessoais surgidas nas

discussões e reflexões sobre o referêncial teórico estudado.

* O êxito em articular o referencial teórico abordado com as atividades práticas

propostas.

Os Integrantes do Grupo serão avaliados também mediante

instrumento disponibilizado pela IES vinculada ao Projeto de Intervenção (neste

caso a Universidade Estadual de Londrina) denominado “MODELO DE

RELATÓRIO DE CURSOS E EVENTOS DE EXTENSÃO PARA EMISSÃO DE

CERTIFICADOS” e disponibilizado no endereço:

<http://www.uel.br/proex/?content=forms.html#4>.

b) Proposta de Avaliação do Material Didático:

Propõe-se como sugestão de critérios para Avaliação da pertinência

desta Unidade Didática sua apreciação quanto:

* à sua articulação com os Objetivos Geral e Específicos do Projeto de Intervenção.

* à atualidade e relevância da temática abordada.

* às discussões e reflexões críticas levantadas com base no referencial teórico sobre

as manipulações ideológicas efetuadas pela mídia.

* à instrumentalização para o uso dos recursos tecnológicos disponíveis na Escola

para navegação na WEB.

* à viabilidade de consecução das atividades práticas propostas aos Professores e

Educadores integrantes do Grupo de Estudos.

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REFERÊNCIAS

ALVES, Giovanni.Trabalho e subjetividade: o espírito do toyotismo na era do capitalismo manipulatório. São Paulo: Boitempo, 2011.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BIRMAN, Joel. A predação e o mal na contemporaneidade. CULT – Revista Brasileira de Cultura, São Paulo, ano 13, n. 150, p. 75-77, set. 2010.

ESCOLA ESTADUAL MOSENHOR JOSEMARIA ESCRIVÁ ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto político pedagógico e proposta pedagógica curricular. Londrina, 2010.

JESUS, Cristiane Rodrigues de. Bullying. Disponível em: <http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=110#bullying>. Acesso em: 23 jul. 2011.

KEHL, Maria Rita. Três observações sobre os reality shows. In: BUCCI, Eugênio; KEHL, Maria Rita. Videologias: ensaios sobre televisão. São Paulo: Boitempo, 2004. p. 165-173. (Coleção Estado de Sítio).

LEITE, Lígia Silva et al. (Coord.). Tecnologia educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

MORAN, José Manuel. Os novos espaços de atuação do educador com as tecnologias. 2004. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/espacos.htm>. Acesso em: 23 jul. 2011.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares estaduais. Curitiba: SEED, 2009.

______. Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE: seminário integrador 2011. Curitiba: SEED, 2011a.

______. O Portal Dia-a-dia Educação oferece a você. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=72>. Acesso em: 10 jul. 2011b.

SAMPAIO, Maria Narcizo; LEITE, Lígia Silva. Alfabetização tecnológica do professor. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A

CRONOGRAMA DO GRUPO DE ENCONTROS

Objetivo: Implementação e socialização do proposto na Produção Didático

Pedagógica - Unidade Didática.

Local: Escola Estadual Monsenhor Josemaria Escrivá- Ensino Fundamental.

1º Encontro – 22/08/11: Estudo e Análise de Texto: Apresentação /AMídia como

instrumento de manipulação ideológica / A “ética” dos reality shows – Prof.Márcia

Bastos de Almeida

2º Encontro – 05/09/11: Análise, discussão e atividades com trechos de Filmes:

abordagem de ideias de Modernidade.

3º Encontro – 19/ 09/11 : Estudo e análise de Texto: O Paradigma Toyotista /

Mídia e Massificação / O papel da Escola Pública perante as Tecnologias.

4º Encontro – 03/10/11: Orientações para Navegação na WEB e utilização na TV

Pendrive de Arquivos – Noções de Direitos Autorais.

5º Encontro – 17/10/11: Orientações e atividades com a utilização de Portais

Institucionais para a busca de Conhecimento Científico. Destaque para o Portal

Dia-a-Dia-Educação- Seed –PR

6º Encontro -- 31/10/11: Discussão e estruturação do Blog da Escola

EstadualMonsenhor Josemaria Escrivá- Ens.Fund.

OBS: o referido Cronograma pode sofrer alterações quanto às datas previstas,

conforme as necessidades apresentadas pelo Grupo de Professores e

Educadores e as orientações da SEED-PR.

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APÊNDICE B

Questionário para levantamento de informações: 1)Você costuma utilizar a WEB (internet) como meio para a busca de conhecimento científico ? a-( ) Sim, frequentemente b-( ) Sim, eventualmente c-( ) Não 2) Quando você usa a internet para acessar sites de conhecimento científico ou o Portal Dia-a-Dia Educação você utiliza mais: a-( ) O Laboratório de informática da Escola em que trabalha b-( ) Equipamento próprio (PC ou Notebook) em casa c-( ) Equipamento de terceiros (Lan House / Cyber Café) d-( ) Não utilizo 3) Os Laboratórios de informática das Escolas nas quais você trabalha atendem às suas necessidades de uso ? a-( ) Totalmente. b-( ) Em parte, pois necessitam de aquisição de novos equipamentos c-( ) Em parte pois necessitam de manutenção e atualização d-( ) Não atendem 4) Qual a maior dificuldade enfrentada por você para a plena utilização das tecnologias em sua prática pedagógica ? a-( ) Falta de equipamentos disponíveis na Escola b-( ) Formação continuada insuficiente c-( ) Falta de tempo para planejar aulas com a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação d-( ) Não possuo dificuldade 5) Qual dos equipamentos tecnológicos abaixo relacionados você considera mais importante para enriquecer sua prática pedagógica ? a-( ) Câmera Fotográfica / Filmadora b-( ) Projetor Multimídia c-( ) TV PenDrive e aparelho de DVD d-( ) Computador (PC /Notebook) 6) Você costuma acompanhar as informações sobre pesquisas ou descobertas científicas de sua disciplina/área de formação, principalmente : a-( ) Por revistas pedagógicas ou periódicos científicos b-( ) Pela WEB ( Internet) c-( ) Por livros didáticos d-( ) Por jornais

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7) Quando você utiliza recursos do Portal Dia-a-Dia Educação, você encontra mais dificuldade: a-( ) Na utilização do computador b-( ) Para fazer conexão com o Portal Dia-a-Dia c-( ) Na navegação pelas páginas do Portal Dia-a-Dia d-( ) Não tenho dificuldade e-( ) Não utilizo 8) De que maneira a Direção e Equipe Pedagógica poderiam favorecer uma utilização mais freqüente dos recursos tecnológicos em sua prática pedagógica ? a-( ) Promovendo Eventos de Formação Continuada b-( ) Disponibilizando mais equipamentos c-( ) Sugerindo atividades através de Projetos d-( ) Através de orientações individuais 9) Quando você utiliza a TV PenDrive em atividades com os alunos, você costuma usar mais: a-( ) Trechos de filmes b-( ) Documentários ou trechos de documentários c-( ) Programas Educativos d-( ) Material didático preparado por você mesmo (a) 10) Dos ítens abaixo relacionados, qual você considera como maior dificuldade para navegar e baixar arquivos significativos pela Internet ? a-( ) Falta de informações sobre sites de conhecimento científico b-( ) Dificuldade em selecionar o material encontrado c-( ) Falta de informações para saber baixar os arquivos d-( ) Falta de softwares adequados nos computadores das Escolas *** O que você propõe, como sugestão à Direção, para que os Professores possam fazer um melhor aproveitamento da utilização da Internet (WEB) nesta Escola ? __________________________________________________________________________________________________________________________________

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APÊNDICE C

Plano de Aula com uso de Recursos Multimídia (Sugestão) Estabelecimento de Ensino: _______________________________. Professor: _____________________ Disciplina :_______________.

Turma/Série: ______________________Data: ____/______/______.

Recursos Utilizados:

( ) TV ( ) Pen-Drive ( ) DVD

( ) Toca-CD ( ) Data Show ( ) Retro Projetor

( ) Vídeo Cassete ( ) Notebook ( ) PC Laboratório

( ) Outros: _____________________________________________.

Temática: ________________________________________________________

Referência/Fonte:__________________________________________________

Objetivos:

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

Metodologia:

Critérios ou Forma de Avaliação:

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

Equipe Pedagógica (visto):____________________em ___/___/____.

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APÊNDICE D

Filmes Sugeridos

Título: “Blade Runner” (O Caçador de Andróides)

Direção: Ridley Scott

Lançamento: 1982

Gênero: Ficção Científica

Distribuidora: Columbia TriStar / Warner Bros.

Título: “The Matrix” (Matrix)

Direção: Andy Wachowski / Larry Wachowski

Lançamento: 1999

Gênero: Ficção Científica

Distribuidora: Warner Bros.

Título: “Terminator” (O Exterminador do Futuro)

Direção: James Cameron

Lançamento: 1984

Gênero: Ficção Científica

Distribuidora: Orion Pictures Corporation

Título: “Gattaca” (Gattaca – Experiência Genética)

Direção: Andrew Niccol

Lançamento: 1997

Gênero: Ficção Científica

Distribuidora: Columbia Pictures / Sony Entertainment Pictures