Lubrificantes III

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ADITIVOS EM LUBRIFICANTES CEPEP – Escola Técnica Professor Anderson Pontes

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ADITIVOS EM LUBRIFICANTES

CEPEP – Escola Técnica

Professor Anderson Pontes

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INTRODUÇÃO

A estabilidade de um lubrificante é afetada pelo ambiente no qual está

operando, ou seja, fatores externos que influenciam diretamente o desempenho

do óleo, tais como temperatura, promotores de oxidação, contaminação com

água, fragmentos de combustível e ácidos corrosivos limitam a vida útil do

lubrificante. As bases lubrificantes geralmente não possuem características que

façam com que o lubrificante suporte tais condições;

Aditivos são compostos químicos que, adicionados aos óleos básicos, reforçam

algumas de suas qualidades ou lhes cedem novas ou eliminam propriedades

indesejáveis.

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INTRODUÇÃO

Podemos classificar os aditivos em dois grupos:

1) Aqueles que modificam certas características fiscais, tais

como ponto de fluidez, espuma e índice de viscosidade.

2) Aqueles cujo efeito final é de natureza química, tais como

inibidores de oxidação, detergentes, entre outros;

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TIPOS DE ADITIVOS

Detergentes Detergentes Alcalinos

Dispersantes Antioxidantes

Passivadores de Metais Agentes Antidesgastante

Agentes de Extrema Pressão Abaixadores de Ponto de Fluidez

Melhoramentos de IV Anticorrosivos

Antiferrugem Antiespumante

Modificadores de fricção Agentes de adesividade

Emulsificantes Demulsificantes

Biocidas Corantes

Aromatizantes Antimanchas

Agentes de Oleosidade

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DISPERSANTES/DETERGENTES

São usados em óleo para motores em combustão interna onde há queima de

combustível e, consequentemente, formação de carvão e borras. Estes aditivos

têm a finalidade de manter os sólidos em suspensão e finalmente dispersos, a fim

de evitar que se depositem em locais não desejados, causando danos no motor.

Quando um motor contém aditivos detergentes/dispersantes, ele pode ficar

escuro poucas horas após ter sido colocados no motor. Muitos mecânicos e

motoristas não compreendem este fenômeno, que é normal e benéfico ao

motor.

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DISPERSANTES/DETERGENTES

Dispersantes: São aditivos sem cinzas com alto poder de remover e dispersar

resíduos sólidos. Os dispersantes também são capazes de manter em

suspensão uma gama limitada de tamanho de partículas.

Detergentes: Com menor poder dispersante, possuem cinzas devido á

presença de metais em sua composição. São capazes de manter em

suspensão partículas de vários tamanhos, tendo sob este ponto de vista maior

eficácia em relação aos dispersantes.

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DETERGENTES ALCALINOS

São utilizados para neutralizar os ácidos formados na

combustão, principalmente o ácido sulfúrico, reduzindo a

formação de depósitos de carbono, lacas e vernizes evitando

problemas de agarramento de anéis em condições de

operação a alta temperatura.

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ANTIOXIDANTES

São agentes químicos que retardam a oxidação do óleo, adiando o seu

espessamento e a formação de compostos ácidos, borras, lodo e vernizes. Um

óleo exposto ao ar tende a se oxidar devido a presença do oxigênio. Esta

oxidação se processa mais lenta ou rapidamente conforme a natureza do óleo e

suas condições de uso.

Óleos em serviço são submetidos a um processo de oxidação, devido a altas

temperaturas, pressões e presença de contaminantes nos motores. Para

prolongar sua vida útil adicionam-se aditivos antioxidantes aos óleos.

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PASSIVADORES DE METAIS

Evitam a ação catalítica dos metais dispersos e das superfícies

metálicas em contato com óleos inibindo e retardando a

oxidação.

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ANTIESPUMANTE

São agentes que previnem e reduzem a formação de espuma

durante a circulação do óleo no motor. A presença de espuma

no óleo deve ser evitada por acelerar a sua oxidação e

também prejudicar a formação do filme lubrificante.

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ANTICORROSIVOS

São substâncias químicas adicionadas aos lubrificantes para

evitar o ataque dos contaminantes corrosivos ás superfícies

metálicas. Os agentes corrosivos podem ser produtos

resultantes da própria oxidação do óleo, como também

agentes externos contidos no ar atmosférico ou então, no caso

dos motores de combustão interna, ácidos formados na

combustão.

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ANTIFERRUGEM

São compostos químicos que protegem as peças

metálicas da ação da umidade, evitando a formação

de ferrugem pela oxidação de ligas ferrosas.

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AGENTES DE OLEOSIDADE

Eleva a resistência do filme do óleo, evitando o contato metal-

metal e reduzindo o desgaste. Atua em condições de

temperatura e carga pouco elevadas.

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ANTIDESGASTANTE

Substâncias adicionadas aos lubrificantes com a finalidade de

reduzir o desgaste. O uso do aditivo antidesgastante é

importante nos casos de lubrificação limite, isto é, quando em

virtude de cargas e velocidades elevadas, não se consegue

uma lubrificação fluida eficiente e, em consequência, há

contatos das superfícies metálicas em movimento relativo,

aumentando em muito o seu desgaste.

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AGENTES DE EXTREMA PRESSÃO

Conhecidos como aditivos EP, são compostos contendo fósforo, enxofre ou cloro

que reagem quimicamente com a superfície do metal, formando outros

compostos que agem como eficientes lubrificantes sólidos, evitando contato

destrutivo “metal contra metal”.

A ação dos aditivos EP se dá apenas em condições de extrema pressão com

rompimento da película lubrificante. Quando isso ocorre, o calor liberado

provoca uma reação química que induz a formação dos compostos que agem

nas superfícies sólidas como lubrificantes.

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MODIFICADORES DE FRICÇÃO

Diminuem o coeficiente de atrito entre as peças em

movimento, reduzindo o desgaste, o consumo de

energia, a geração de calor e a coerência de ruídos

durante o funcionamento do equipamento.

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AGENTES DE ADESIVIDADE

São substâncias que, quando adicionadas ao lubrificante

aumentam sua aderência a superfícies. Sendo imprescindível

em máquinas que trabalham em alta rotação. Impedem o

gotejamento do óleo causado pela força centrífuga.

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EMULSIFICANTES

São produtos químicos que conferem ao óleo mineral a

propriedade de formar emulsões estáveis do tipo água em óleo

ou óleo em água, nas quais o óleo mantém suas propriedades.

Utilizados na fabricação de óleos de corte solúveis e óleos

têxteis laváveis.

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BIOCIDAS

Reduzem o crescimento de microrganismos (bactérias, fungos e leveduras) em

emulsões lubrificantes, evitando:

A rápida degradação do fluido

A quebra da emulsão

A formação do subproduto

A ocorrência de efeitos maléficos pelo contato do homem com as emulsões

contaminadas (dermatites, etc.)

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DEMULSIFICANTES

Evitam a formação de emulsões ou promovem a sua

separação mais rapidamente.

Funcionam favorecendo a formação de micelas grandes de

água, permitindo a sua posterior separação por diferença de

densidade (decantação ou centrifugação)

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ABAIXADORES DE PONTO DE FLUIDEZ

São agentes químicos que abaixam o ponto de fluidez do

lubrificante, garantindo seu fluxo a baixas temperaturas. Agem

inibindo o crescimento das redes de cristais de parafina que se

formam no óleo, quando este está abaixo de certas

temperaturas;

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MELHORADORES DO ÍNDICE DE VISCOSIDADE

Estes aditivos reduzem a variação de viscosidade em função da

temperatura. Os MIV’s são compostos de alto peso molecular que formam

estruturas do tipo “novelo de lã” no lubrificante. Á medida que a

temperatura do óleo se eleva, os “novelos de lã” incham, dificultando o

escoamento do fluido e elevando sua viscosidade.

Graças a eles o óleo do motor se mantém com viscosidade adequada

nas partidas, quando ainda está frio, e após horas de funcionamento,

quando atinge elevada temperatura.

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CORANTES

Alteram a cor do lubrificante, facilitando sua identificação visual.

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CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES

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CLASSIFICAÇÃO

Os lubrificantes automotivos seguem duas classificações:

1) classificação de viscosidade SAE

2) classificação de desempenho API

Os lubrificantes industriais seguem a classificação de

viscosidade ISO-VG.

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PARA TRANSMISSÃO DE MOTORES AUTOMOTIVOS

A classificação de viscosidade SAE serve para óleos lubrificantes monoviscoso – que

atende somente a uma faixa de especificação de viscosdidade – e multiviscoso – que

atende a duas faixas de especificação de viscosidade. Os lubrificantes monoviscosos são

os que levam a nomenclatura SAE 30, SAE 40, SAE 50 etc, os multiviscosos levam a

nomenclatura 15W40, 10W30, 20W50 etc. A letra “W” é a inicial em inglês para winter –

inverno – e junto com o número que vem antes da letra, especifica a faixa de viscosidade

que o lubrificante deve ter em determinada temperatura negativa. O número que vem

depois da letra “W” especifica a faixa de viscosidade que do lubrificante a 100°C.

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CLASSIFICAÇÃO API

A classificação API especifica parâmetros de desempenho para os óleos

lubrificantes automotivos. Ele é formado por duas letras e um número. A primeira

letra pode ser “C” ou “S”. A letra “C” é para motores a diesel e pode significar

“commercial” ou “compression”. A letra “S” é para motores a gasolina e pode

significar “service” ou “spark”. A segunda letra representação a evolução das

classificações. O número quatro significa que é um produto multiviscoso para

motores quatro tempos. Sendo assim, os lubrificantes com classificação API-CI4

tem maior classificação de desempenho que o API-CF4.

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