LUBRIFICAÇÃO HIDRODINÂMICA DE MANCAIS RADIAIS POROSOS...
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LUBRIFICAÇÃO HIDRODINÂMICA DE MANCAIS RADIAIS POROSOS
Ot4~ito S4nche~ T4v4/te~
TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE
PÕS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÃRIOS PARA A OBTENÇÃO DO
GRAU DE MESTRE EM CifNCIA (M.Sc.).
Aprovado por:
&.J ~1 .. v:=::-, Dur id Mahrus Presidente
::;:::> / Arthur P. Ripper Neto
RIO DE JANEIRÇ>
ESTADO DA GUANABARA - BRASIL
DEZEMBRO DE· 1974
AGRADECIMENTOS
Ao Professor DURAID MAHRUS pela motivação,
çao e estimulo recebidos.
à COPPE e CAPES, pelo apoio financeiro.
orienta
i.i.i.
RESUMO
Este trabalho tem a finalidade de investigar as c a
racter!sticas de operaçao dos mancais radiais finitos porosos
sob cargas estáticas.
Uma solução analítica é apresentada e os resultados
relacionam a razão de excentricidade, o ângulo de atitude, as d!
mensoes e os parâmetros de carga, de atrito e de projeto do man
cal, sendo este Último, 'função da permeabilidade da matriz por~
sa.
i.v
ABSTRACT
The performance of finite porous journal bearings
under static loads is investigated.
An analytical solution is presented and the results
relate the eccentricity ratio, the attitude angle, the geometry
and the load, friction and design parameters, the latter being
a function of the permeability of the porous matrix.
Capítulos:
I
II
III
V
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
HISTÕRICO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TEORIA
3.1
3.2
3.2.1
3.2.2
3.2.3
3.3
3.4
3.4.1
3.4.2
3.4.3
3.5
.........................••.•........... Introdução .......................... .
Fluxo de Fluidos em Meios Porosos ••••
Porosidade e Permeabilidade .•••••••••
Lei de Darcy ................•........
Equação de Laplace •.••.••.•••.•.••.••
Solução da Equação de Laplace .••••••.
Equações Para a Película de Õleo •••••
Hipóteses Simplificativas ••••••••.•••
Equação da Continuidade ...•..........
Equação de Reynolds Modificada
Solução da Equação de Reynolds Modifi
Páginas:
1
3
4
4
6
6
6
9
10
19
19
20
22
cada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.6
3.7
3.8
Parâmetro de Carga .................. .
Ãngulo de Atitude ................... .
Parâmetro de Atrito .••.••••••••••••••
34
37
38
IV CÃLCULO NUMfRICO • • • • • . . . • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 40
4.1 Elementos Necessários à Solução da Equ~
Capítulos:
çao (3.52) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2
4.2.1
4.2.2
Programa Para Computador . . . . . . . . . . . . . Generalidades ........................ Diagramas de Fluxo
V RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
VI CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.1
6.2
BIBLIOGRAFIA
NOMENCLATURA
APJl!NDICE I
APJl!NDICE II
APJl!NDICE III
Validade da Solução .................. Aplicabilidade dos Resultados
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
...........................................
Páginas:
40
44
44
48
52
60
60
61
63
65
70
72
74
1
CAPiTULO I
INTRODUÇÃO
Os mancais porosos sao atualmente muito usados, dev!
do, principalmente, ao baixo custo e à necessidade minima de ma
nu tenção.
são produzidos pela compactação parcial de pós metá
licos (geralmente ligas de bronze ou ferro), seguida de sinteri
zaçao e posterior prensagem para garantir precisão dimensional e
melhor acabamento superficial.
mente, do grau de compactação.
A porosidade depende, principal
Após o processo de fabricação o
mancal é impregnado com Óleo lubrificante.
Os mancais porosos nao necessitam bombas
de Óleo ou recipientes contendo Óleo, de modo que podem ser usa
dos, particularmente, em locais de pouco espaço ou de dificil a
cesso nas máquinas. Como nao possuem ranhuras ou furos para ali
mentação do lubrificante, sao aptos a trabalharem com cargas rota --tivas ou aplicadas em mais de uma direção. Outras vantagens im
portantes são a necessidade minima de manutenção eadisponibilid~
de, a baixo custo, de uma extensa faixa de medidas padronizadas.
2
Como sao fabricados por sinterização, acumulam ainda
todas as vantagens do processo, ou seja:
t possivel o uso de metais de alta temperatura de fu
sao, quando a· fundição torna-se pouco prática;
Pode-se utilizar ligas metálicas que nao sao obtidas
por fusão, devido a problemas de segregação;
Lubrificante sólido pode ser adicionado na compos!
çao, o que permite uma maior vida Útil do mancal, principalmente,
em casos de uso descontinuo da máquina.
A principal limitação é a baixa resi~
tência mecânica, devido â porosidade. Diminuindo-se a porosid~
de, melhora a resistência mecânica, porém, a vida Útil do mancal
ficará reduzida devido a menor quantidade de Óleo disponível.
Devido, também, à porosidade, o mancal possui menor
condutibilidade térmica, o que acarreta maiores temperaturas de
funcionamento e oxidação prematura do Óleo lubrificante.
-Outra desvantagem e a impossibilidade de usinagem da
superfície interna do mancal, o que provocaria o fechamento dos
poros na superfície.
3
CAPITULO II
HISTÕRICO
O primeiro trabalho teórico sobre o assunto foi p~
blicado por Cameron e Morgan em 1957. Porém, a suposição de
que o gradiente de pressão ao longo da espessura do material P2
roso variasse linearmente com a espessura e o uso impróprio de
condições de contorno nas bordas do mancal, fez com que os resul
tados fossem aplicáveis somente a mancais de espessura muito p~
quena em relação ao comprimento.
Trabalhos mais rigorosos foram apresentados por W.T.
ROULEAU 1 -, que usou a aproximaçao do mancal infinitamente curto,
por Shir e Joseph, que consideraram o mancal infinitamente longo
e por Tipei, que encontrou a solução para mancal finito conside
rando pequena espessura de parede.
Finalmente, e. CUSANO 2 . - • , obteve soluçao analitica pa
ra um mancal poroso finito, sendo os resultados apresentados p~
ra uma espessura de parede de 0.15D, onde D é o diâmetro interno
do mancal.
Do ponto de vista prático deve ser citado o trabalho
de V.T. MORGAN 3
4
CAPÍTULO III
TEORIA
3.1 INTRODUÇÃO
A operaçao dos mancais radiais porosos e s,emelhante
a dos mancais comuns, isto é, baseia-se na formação de uma cunha
de Óleo, a qual gera a pressão que sustenta a carga. Sua dife
rença reside na capacidade de absorção de Óleo pela matriz por2
sa, característica essa que irá influir nos parâmetros de funcio
namente tais como, capacidade de carga, espessura de
etc.
película,
o eixo é sólido e a matriz porosa é ajustada externa
mente a uma armadura sólida, de modo a aumentar a resistência e
não permitir fluxo de Óleo para fora do manca! na direção radial.
As faces laterais da matriz porosa são livres (Figura 3.1).
A experiência tem demonstrado que mancais porosos 1~
brificados somente pelo Óleo inicial com que foram impregnados
trabalharão a lubrificação por camada limite (boundary lubrica
tion), a menos que as velocidades sejam médias ou elevadas e a
5
/
carga seja pequena. Nestes casos e também quando o Óleo inici
al é complementado por uma fonte externa, o manca! poderá operar
~em condições hidrodinâmicas de lubrificação. Nestas condições
é possivel a investigação teórica de suas grandezas de funciona
mento.
A r
w
FIG. 3 .1
Li 2 L/2
t. y
LC
seção A-A
A
GEOMETRIA DO MANCAL
POROSO E SISTEMAS
RADIAL
DE
COORDENADAS UTILIZADOS
6
3.2 FLUXO DE FLUIDOS EM MEIOS POROSOS
3.2.1 Porosidade e Permeabilidade.
Define-se porosidade como a fração de volume do mate
ria! correspondente aos espaços vazios em sua estrutura:
volume dos poros t =-------t volume total
A porosidade, como definida acima, e também chamada
de porosidade total ou absoluta.
Denomina-se porosidade efetiva quando VP abrange so
mente o volume dos poros interconectados.
Permeabilidade de um material poroso é a propriedade
que caracteriza a facilidade com que um fluido pode se deslocar
através do material quando um gradiente de pressão é aplicado.
A permeabilidade depende da porosidade efetiva e do tipo de es
trutura do material poroso.
3.2.2 Lei de Darcy.
Seja um elemento de volume cilíndrico tomado no flu
7
xo de um fluido viscoso e incompressível, através de um material
poroso (Figura 3.2):
Figura 3.2
O fluxo é considerado laminar, a viscosidade do flu!
do é constante, o material poroso é isotrópico e, os efeitos de
inércia e gravidade, são desprezíveis. em comparação com as for
ças viscosas.
_A força viscosa agindo sobre o fluido contido no ele
mento de volume na direção ô -s -sera:
F = - n. B. ÔA. V• Ô V -s
onde B é uma constante que depende da geometria dos poros.
A força na direção ô devido ao gradiente de pressao -s
pode ser expressa por:
8
Para um fluxo em regime permanente, estas forças de
vem estar em equilíbrio:
(Vp + n : yl • ~s • <j, • ô A = O
Como a equaçao acima deve ser verificada para
quer orientação do elemento de volume, conclui-se que:
B Vp + n i y = o
Dai resulta a lei de Darcy:
qual
k V = - - Vp n
(3.1)
onde k = <j,/B é a permeabilidade do material poroso.
Deve-se ressaltar que esta dedução é apenas aproxim~
da, pois as grandezas relativas ao material poroso sao tomadas
como valores médios em elementos finitos do material poroso e,
portanto, carecem de sentido quando as dimensões tornam-se infi
nitesimais. Porém, experiências práticas comprovam a lei de Dar
cy, com exceção dos casos em que as velocidades são bastante ele
vadas ou o tamanho dos poros se aproximam das dimensões molecula
res do lubrificante.
9
3.2.3 Equação de Laplace.
Pela equaçao (3.1), as componentes da velocidade do
fluido no material poroso podem ser expressas por:
k ap V = <ax1 (3.2)
X n
k ap V = <ayl (3.3)
y n
k (ap) (3.4) V = z n az
Substituindo-se na equaçao da continuidade para o
meio poroso (é semelhante à equação 3.34) as derivadas
das equações (3.2), (3.3) e (3.4), resulta:
= o
obtidas
(3.5)
~
Esta e a equaçao de Laplace para o meio poroso, que
escrita em coordenadas cilíndricas (Apêndice I) fica:
a2p 1 -·- + -+
aP 1 azp a2P -- + = o (3.6)
éir 2 r ae 2 az 2
10
3.3 SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE LAPLACE
As condições de contorno a serem utilizadas sao:
p(r, a, L/2)
ap(r, 8, O)
az
= p(r, a, - L/2) = o
= o
p(r, O, z) = p(r , 2n, z) = O 1 1
ap (r 2
, e, z >
= o ar
p(r, a, z) = p(S, z) 1
( 3. 7)
( 3. 8)
( 3. 9)
(3.10)
(3.11)
A equaçao (3.7) mostra que as faces laterais da ma
triz porosa estão em contato com a atmosfera, cuja pressão foi
tomada como nula por conveniência.
A equaçao (3.8) é obtida considerando-se simetria da
distribuição de pressão na direção z.
A equaçao (3.9) mostra a periodicidade da solução.
Usando-se essas condições de contorno, uma parte da distribuição
de pressão será negativa e, exceto para cargas muito pequenas,
11
ocorre cavitação e o filme se rompe. Entretanto, a equaçao (3 •
• 9) pode ser utilizada para a obtenção de uma solução aproximada,
desprezando-se então a parte negativa do perfil.de pressão no cál
culo da capacidade de carga do manca!.
A equaçao (3.10) decorre do fato de ser a matriz P2
rosa ajustada externamente a uma armadura impermeável, de modo a
não permitir fluxo de Óleo para fora do manca! na direção radial.
A equaçao (3.11) afirma a existência de continuidade
da pressao na interface entre a matriz porosa e o filme de Óleo.
Pelo método de separaçao de variáveis, considera-se
a solução como sendo do tipo:
p(r, 8, z)=R(r). 8(8). Z(z) (3 .12)
Substituindo-se esta expressao na equaçao (3.6) e di
vidindo-se por R.e.z, vem:
R" 1 + R' + _!__ R r R e z
Nesta equaçao, o primeiro membro depende de r e 8,
enquanto o segundo membro é função apenas da variável z. Por
tanto, ambos os membros devem ser iguais a uma constante:
12
R" 1 -+ R' 1 -+ 9" = Z" = À2 (3.13) R r R r2 e z
Daí obtem-se o problema de autovalores:
Z" + Ã2 • Z = O
com as condições de contorno ditadas pelas equaçoes (3.7) e (3.8):
Z(- L/2) = Z(L/2) = O
Z' (O) = O
Este problema tem para solução os autovalores:
1T (2m - 1)
L
e as respectivas autofunções:
Z (z) = C.cos(Ã z) m m
com m = l, 2, 3, ...
( 3 .14)
(3.15)
Multiplicando-se a equaçao (3.13) por r 2 , vem:
13
2 R" R' ·- ,2 2. _9" r + r Am r = R R 9
Nesta equaçao, o primeiro membro depende de r, en
quanto o segundo depende de e. A igualdade implica que ambos
os membros devem ser iguais a uma constante:
r2 R" R' ).2 r2 911
ª2 (3.16) + r - = = m R R 9
Dai se origina o problema de autovalores:
9" + a 2 • 0 = o
com as condições de contorno fornecidas pela equaçao (3.9):
9(0) = 9(2ir) = O
Este problema tem por solução os autovalores a .· = n/2. n
Porém, com esses autovalores a solução converge para um
circunferencial de pressão que se anula em 0 = ir.
perfil
Resultado idêntico é conseguido considerando-se "a
priori" 9 (ir) = O como condição de contorno, ·com as vantagens
de ser a convergência bem mais rápida e o cálculo das funções de
Bessel mais simples.
14
-O segundo caso sera considerado, sendo os autovalo-
res:
ªn = n
e as respectivas autofunções:
o. sena e n
com n = l, 2, 3, ...
Substituindo-se o valor de
(3.17)
(J .18)
dado pela equaçao
(3.17) na equação (3.16) e, a seguir multiplicando-se por R, vem:
r 2 R" + r R' - (1 2 r 2 + ~ 2 )R = O 1B
Esta é a equaçao de Bessel modificada de ordem n, cu
ja solução é expressa por:
R (r) = c • I (l r) + d nm nm n- m nm
K (l r) n m
(3.19)
Substituindo-se as equaçoes (3.15), (3.18) e (3.19)
na equaçao (3.12), a solução da equação de Laplace pode ser es
crita como:
CD CD
p(r, e, z) = n=l m=l
x sen(n8)
15
[a • I (A r)
nm n m
cos (). z) m
+ b nm K (). r)]
n m
(3.20)
Aplicando-se a condição de contorno (3.10), vem:
CD CD
n=l m=l
la . L nm I' (). r ) + b • K' (A r >] A n m 2 nm n m 2 m
x sen(n8) • cos(). z) = O m
( 3. 21)
As funções sen(ne), n = 1,2, ••• , formam uma base
no espaço das funções contínuas no intervalo (0,2n], isto é, foE
mam uma base em c[0,2n], pois são autofunções relativas a auto
valores distintos (ver o teorema 12-7 da ref. 7). Logo, qual
quer função 6(8) deste espaço, pode ser expressa em série infi
nita nessa base. Da mesma forma as funções cos (). z) , m = 1, 2 , m
... , formam uma base em c[-L/2, L/2]. Portanto, os
sen(n8).cos(). z) formam uma base em c[s], onde sé a m
produtos
região
definida por O ~ e ~ 2n e -L/2 ~ z ~ L/2 (ver o teorema 9-7
da ref. 7) •
Então a expressao (3.21) representa o desenvolvimen
to em série de Fourier da função nula e daí se conclui que todos
os coeficientes desse desenvolvimento serao nulos, isto é:
16
[a • I' (J.. r2) + b K' (J.. r )] J.. = o nm n m nm n m 2 m
;,.. t- O, logo: m
I' (},. n m r2)
b = - a (3.22) nm nm K' (J.. r ) n m 2
As funções de Bessel obedecem as seguintes relações:
In_ 1 (u) + I (u) n+l I'(u) = --------
n 2
Kn-1 (u) + Kn+l (u) K' (u) = --------
n 2
Subst:."ituindo-se essas relações
na equaçao (3.22) e levando-se o resultado
tem-se:
... ... p(r, e, z) = l l a r " r)
n=l m=l nm n m
(3.23)
(3.24)
com o argumento >. r m 2
na equação (3.20), 02
I• (;,.. r ) + I (;,.. r )
ri] n-1 m 2 n+l m +
Kn-1 (]..m r ) 2
+ K (].. n+l m
x sen ( n e ) . cos (;,.. z) m
2
r ) ' Kn (]..m
2
(3.25)
17
Derivando-se esta equaçao em relação a r, usando-se
as relações (3.23) e (3.24) e, a seguir, aplicando-se a equaçao
resultante à face interna da matriz porosa (r = r ) , chega-se a: 1
ap(r , e, z) "" ""
a { 1
l l nm
= - I l 0. r ) +I l(>, r ) ar 2 n- m 1 n+ m 1
n=l m=l
In-1 O.m r ) + I 0. r )
r.-, "· 2 n+l m 2 . r )
Kn-1 (Àm r ) + K (À r ) 1
2 n+l m 2
+ K (À r1)] À ,. sen(ne) .cos(À z)
n+l m m m
(3.26)
Tomando-se
Bm À L
1T (m - .!i (3.27) = = m 2 2
z z = (3.28)
L/2
c2 ( 3. 29) p' = . p
r n u 1
as equaçoes (3.25) (para r = r ) e (3.26) podem ser reescritas 1
sob a forma adimensional:
onde:
18
00 00
p' (r , 8, z> = I I e A 1 nm nm
n=l m=l
ap' (r , e' z) 00 00 I
I = I e • B nm nm ar n=l m=l
A nm
= I (u ) + ---------n 1
=
sen(ne).cos(l3
sen(ne) .cos (13
• K (u ) n 1
z> m
(3.30)
m z>
(3.31)
(3.32)
B nm
13m
L I
1 (u ) + I
1 (u ) -
n- 1 n+ 1 K l(u) + K ( ) n- 2 n+l u 2
. r '(u ) + ···•'".,]}
(3.33) n- 1
c2 e = a
nm u nm r TJ 1
com u = 13 D /L 1 m 1
,;;, = 13 D /L. 2 m 2
19
3.4 EQUAÇÕES PARA A PEL!CULA DE ÕLEO
3.4.1 Hipóteses Simplificativas.
(1) O fluido lubrificante é considerado incompressível;
(2) Serão desprezadas as foryas externas (gravitacionais, etc);
(3) A pressao é considerada constante através da espessura da
película do lubrificante (ôp/ôy = O);
(4) A espessura do filme de Óleo é muito pequena em comparaçao
com as dimensões do manca!, de modo que pode ser desprez~
da a curvatura do filme. Desta forma as velocidades se
rãa todas lineares;
(5) O lubrificante é newtoniano;
(6) o fluxo é laminar;
(7) Não existem fontes nem sumidouros de fluido;
(8) Os efeitos de inércia serao desprezados;
(9) Não há deslizamento entre o lubrificante e as superfícies
de contato, isto é, a velocidade do Óleo em contato com a
superfície pode ser tomada como a velocidade da superfície.
Esta hipótese acarreta uma descontinuidade nas componentes
de velocidades tangenciais e axiais do fluxo de Óleo na in
terface entre a matriz porosa e o filme de Óleo. Tal des
20
continuidade ocorre porque, na matriz porosa, a velocida
de do Óleo é proporcional ao gradiente de pressão. Entre
tanto, a descontinuidade é aceitável, já que os efeitos
de inércia foram desprezados, tanto na pelicula de Óleo
como na matriz porosa;
(10) A viscosidade do lubrificante é considerada constante;
(11)
(12)
-O manca! trabalha em regime permanente, isto e, as grand~
zas envolvidas não variam com o tempo;
Em comparaçao com os gradientes de velocidade avx/ay e
avz/ay, todos os outros gradientes de velocidade podem
ser desprezados. Esta consideração é válida, já que V X
e, em seguida vz' são as velocidades predominantes e as
dimensões na direção y sao muito menores que as
sões nas direções x e z;
dimen
(13) Há alinhamento perfeito entre o manca! e o eixo, de modo
que a espessura de pelicula do lubrificante é função ap~
nas da variável x.
3.4.2 Equação da Continuidade.
Seja um elemento de volume de arestas dx, dy e dz,
tão pequeno que as velocidades do fluido nas direções x, y e z
21
possam ser consideradas constantes, através de cada face do ele
mento (Figura 3.3):
z
~X
V z
av z + -- • dz az
V y
av + __ Y . dy
1
1
, /
/ ,
ay
av --'-• 1
X --1---ll~ V X + --
3x
V y
1 dz
/---------, t dy
dx
Figura 3.3.
• dx
Elemento de volume tomado no filme de Óleo.
Considerando-se as hipóteses (1) e (7), o fluxo que
entra deverá ser igual ao fluxo que sai do elemento:
V dy . dz + V . dx . dz + V dx . dy = (v X y z X
avx av I
dx) dy dz + (v y dy)dx dz + . . + .
ax y ay
av z + (v + . dz)dx . dy. z az
22
Dai vem:
av av av X y z
--+ --+ = o. (3.34) ax ay az
3.4.~ Equação de Reynolds Modificada.
De acordo com as hipóteses (2), (3) e (8), as forças
que agem sobre um elemento de fluido são representadas na Figura
3.4.
Do equillbrio de forças nas direções x e z, resulta;
~- + = (3.35) ay az ax
a. a. -xz yz ap --+ =-ax az
Considerando-se as hipóteses (5) e (12):
T xy
av X
ay
(3.36)
(- 1 élp ~ p - - • -dx y • d z
2 3x
L.
23
(
T + a-rxz dztx . dy
xz élz /
1 1
(T + élTxy ·dy)dx • dz
xy ély
-+ 1 T • dx.dz 1 xy (
- 1 aii ) -+--+- p+-.-.dx dy.dz 2 élx 1. dz
1 )-------- - .
+--- -
dx
yz 3T ) + --·dy dx.dz
ély
1 1 1
Txz • dx • dy
élT )
(T + ~ • dx d y • d z xz ... ax
p - - • -·dz dx.dy --+ (
- 1 élp ) 2 az
IT .dy .dz xz +---i-(.p+..:._
3_P .dz)dx.dy
2 élz
L. 1
dy 1
)- ----- -- - -,.. ,.. /,.. ...... - - -·:?"::.......::..:~
dz
Figura 3.4
T • ds • d z yz
Forças que agem sobre um elemento de fluido nas direções x e z.
24
(ªv, avx) ,: = n- + = o xz ax az
ldV av
) av
n __ z + y z ,: = = n yz ay az
~
ay
Substituindo-se nas equaçoes (3.35) e (3.36), vem:
2 a V 1 ílp X
= (3.37) ay2 n ax
'"" 2 cl V z 1 ai:> = (3.38)
ay2 n az
Integrando-se duas vezes a equaçao (3.37) com as con
dições de contorno:
V = 0 X
V = U X
para
para
y = o
y = h
e utilizando-se a hipótese (10) chega-se a:
V = X
1
2n
ílp
ax
y • y (y - h) + u.
h (3.39)
25
Procedendo-se de forma análoga com a equaçao (3.38)
e as condições de contorno:
V = 0 z
resulta:
V = z
1
2n
ap
az
para y = o e y = h
• y (y - h) (3.40)
Substituindo-se as expressoes (3.39) e (3.40) na e
quaçao (3.34), obtem-se:
av 1 a [ :: • y (y -h)] +
a [::. y(y-h)J} y =
ay 2n ax az
a (X: U). ax h
Integrando-se, de acordo com a hipótese (13), vem:
1 ~ (h3 ap )· 1 Vh - v0 = . . - +--
12 n ax ax 12 n
2_ a P u dh
h3 . -- + (3.41) 3z 2 2 dx
26
Porém, a velocidade tangencial U do eixo, possui com
ponente na direção y (Figura 3.5):
\=U.senel • u Qh_ dx
matriz porosa
Figura 3.5
v0 e a velocidade com que o fluido deixa a matriz
porosa na direção y. Portanto, a velocidade v0
. pode ser expre~
sa através da equação (3.3):
k ( ap) 11 ay y~o
Substituindo-se os valores de
(3.41) e lembrando-se que:
X = r . 9 1
e na equaçao
27
h = c(l +e. cosa) (Apêndice II).
pode-se escrever:
a c (1 + e cosa)
2
u n r l
2 2 a p 2 c -- + r aa 2 1 u n r
2 - 3 e sena . (1 + E cosa) .
u
kr
+ 6 e sena+ 12. c ar
l
c2
n
u n l ( ôp)
r=r
r
l
2
a P
ôp
ªª l
= o (3.42)
Considerando-se os grupos adimensionais definidos p~
las equaçoes (3.28) e (3.29) e tomando-se ainda
2 c
* p =---
t =
r n u l
r k l
c3
-p (3.43)
(3.44)
28
a equaçao (3.42) ficará:
2• * 3
(1 + e: cose)
2 * a P a P
ai 2\
2 - 3 e: sena (1 + e: cose)
ae 2 -,•
x -- + 6 e: sena + 12 t * ap
( clp') r --1 ar
· r•r . l
= o (3.45) ae
Esta é a equaçao de Reynolds modificada (pois foi con
siderado o fluxo de Óleo na matriz porosa) e adimensionalizada,
em coordenadas cilíndricas, cuja solução fornecerá a
ção de pressão no filme de Óleo.
3.5 SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE REYNOLDS MODIFICADA
distribui
Substituindo-se a equaçao (3.31) na equaçao (3.45),
vem:
t(p*) = (1 + e: cose)3
[a
2
p* +(~)2
a:p·] lãe 2· L ôz
2
* 2 ôp - 3 e: sen8(1 + e: cose) + 6 e: sena+
ae
D 1
.. .. + 6 41
L n=l m=l
X COS('3 z) = 0 m
29
e nm
• E • sen(ne). nm
(3.46)
onde t representa o operador diferencial agindo sobre p* e E = nm
= L.B . nm
As condições de contorno para o filme de Óleo serao
tomadas em concordancia com as usadas para a superficie interna
da matriz porosa, isto é:
* * p (8, 1) = p (8, -1) = O (3.47)
(3.48)
A solução da equaçao (3.45), que satisfaz tais condi
çoes, pode ser expressa através da série de Fourier:
.. .. * p ce, Z> = l l
n=l m=l q
nm o c0, z>
nm
onde as funções Q (8, z) formam uma base na região nm
(3.49)
definida
por O ~ 8 ~ 2,r, -1 ~ z ~ 1, satisfazendo as condições de con
torno (3.47) e (3.48) e q são coeficientes indeterminados. nm
30
Examinando-se a seçao 3.3, ve-se que os produ
tos sen(n8).cos(B z) formam uma base na mesma região e satis m
fazem as condições de contorno (3.47) e (3.48). Para que tam
bém seja satisfeita a condição de contorno (3.11), os coeficien
tes serão tomados como:
q = e A (ver equaçao 3.30) nm nm nm
Então a equaçao (3.49) pode ser escrita na forma:
CD CD
* z> r r sen(n8) cos(B z> p (8, = e A . . nm nm m
n=l m=l
(3.50)
l (p*) é uma função contínua identicamente nula. Co
mo a função nula é ortogonal a todas as funções da base, seu pro
duto interno com qualquer função da base é nulo, isto é:
1 211
f f -1 : O
l(p*) • sen(je) • cos(B z) . d8 • dz k
= o
( 3. 51)
Substituindo-se a equaçao (3.50) na equaçao (3.46) e
* levando-se a seguir o valor de l(p) obtido para a equação (3 •
• 51), chega-se a:
O)"·
' l
nal
31
... 1 21T
J J [ . . 2 2
l e -(e: .cos 8 + 3.e: .cos 8 nm mal
-1 o 2
2 D
2 o, :·~ 1
+ 3.e:.cose + ll • (n + (3)+6t L2 m
L nm
2 2 X sen(n8).COS((3 z) - J.e:.n(e: .COS 8 + 2.E:.COS8
m
+ 1) • ,ene • ~•(•8) • cos(B• il}. ,en(j8)
x cos ( 13k i> • de • dz = 1 211
J J 6.e:.sene
-1 O
X Sen(j8) • COS((3k Z) • d8 • dz
onde e = e • A • nm nm nm
Na equaçao acima, todos os termos do primeiro membro
sao dependentes da variável z, através do produto COS (/3 Z) X m
x cos(l3k z). Quando for efetuada a integração, serão todos nu
los, exceto para m = k.
na forma:
Portanto, a equação pode ser reescrita
CD
r n=l
CD
onde:
cnk
32
Jl I2W [- ' 3 2 2
<e: • cos e + 3, E , COS 8 + 3.E.cos8
-1 o
2 D D
2 1 2 1 nk + 1) . (n + - f\l + 6 t E J
L2 L Ank
2 2 x sen(n8) • cos(ak i) - 3,E,n(E .cos 8 + 2,E,cos8
+ 1) • s=O • cos (n8) • cos "• il} • sen (j8)
X COs(ak i) , d8 , di •
1 2W r I 6 ,E .sen8
-1 O
x sen(j8) • cos(ak i) • d8 • dz.
A integração desta equaçao fornece:
(3.52)
F k" n J
com Gnk
Hkj
(:')' 2 = ,r . n +
2 E
X (l + -) • (ô 4 1, n- j
33
3& 2
2
J3k • (1 + -)
+ ô l,j-n
3 E
)
2
3E +
4
3E ô +-
nj 2
2
. ( 6 • 2 ,n-J
(
+ · ô - ô .l + - • (ô3 . + ô . 2,j-n 2,n+J 8 ,n-J 3,J-n
2 E
ô • ) + n.'IT. 3E
2 • (1 + -) • (ô •
4 l ,J-n - ô )
l ,n-j
+
X
3,n+J
2 3E
2
2 3E
(ô • + ,s - ô ) + -2,n+J 2,j-n 2,n-j 8
(Ô + ,S • - ,S .)] - 6.,r. 3,n+j 3,J-n 3,n-J
D 1
L
X ~ • G ô . llJ nk
E nk
= A
nk
k+l (-1)
= 24.E. ô • 2k - l l,J
(3.53)
(3.54)
34
Atribuindo-se valores de 1 a L para n e j, a equaçao
(3.52) fornece, para cada valor de k, L equações a L incógnitas
Fazendo-se k variar de 1 a M, resulta então um con
junto de M matrizes L x L. A solução desse conjunto de matri
zes fornece os valores dos coeficientes Cnk desejados.
3.6, PARÂMETRO DE CARGA
A capacidade de carga do manca! é calculada, através
da integração da pressão no filme de Óleo.
Na parte negativa do perfil da pressao ocorrerá cav!
tação e rompimento da película lubrificante, de modo que esta Pél!:
te do perfil será desprezada no cálculo da capacidade de carga,
isto é, a integração será efetuada apenas para O~ e~ ,r. Além
disso, considerando-se a simetria da distribuição de pressao em
relação à variável z, a componente da capacidade de carga na
direção da linha dos centros pode ser expressa da seguinte forma:
w0 = - w.costj, = - 2 r 1 f
o
L/2 ,r
f ice, z).cos8.d8.dz o
;-
onde:
35
Usando-se as equaçoes (3.28) e (3.43), vem:
2 = n UL (r /c)
1
1 1T
w 1
w = 1
J J o*. cose . d8. dz
o o
(3.55)
(3.56)
Substituindo-se a equaçao (3.50) na equaçao (3.56) e
integrando-se, resulta:
k+l 4
00 00 (-1) n
w = r r cnk 1 1T 2k - 1 n=2,4,6, ... k=l
(3.57) n2 - 1
A componente da capacidade de carga na direção peE
pendicular à linha dos centros vale:
W = w.senw = 2 r p 1
JL/l f,r ~(6, z) . sena. d6 . dz
o o (3.58)
Aplicando-se as equaçoes (3.28) e (3.43), vem:
/
onde:
2 w. = nUL(r /c)
p 1
1 1T
W. 2
36
w2
= J J p*. sena. d8 • dz
o o
(3.59)
(3.60)
Substituindo-se a equaçao (3.50) na equaçao (3.60) e
integrando-se, resulta:
k+l ... (-1)
w = }: 2
k=l clk
2k - 1 (3.61)
f de uso prático o parâmetro de carga definido como
o inverso do número de Sommerfeld:
(Obs. :
onde:
2
1 p c = (3.62)
s nN . r 1
Alguns autores consideram esta expressao como o número
de Sommerfeld) .
p = w
2 L r 1
(3.63)
37
-A capacidade de carga e expressa por:
2 W = (W
o
2 1 / 2
+ w ) p
Usando-se as equaçoes (3.57) e (3.59), vem:
W=21rNr 1
2
L n (r /e) 1
2 (W
1
2 1/2
+W) 2
(3.64)
com U = 21rN r, onde, por simplicidade, foi confundido o raio 1
do eixo com o raio interno da matriz porosa.
Substituindo-se a equaçao (3.64) na equaçao (3.63) e
levando-se o resultado para a equaçao (3.62), obtem-se a expre~
são final do parâmetro de carga:
1
s
2 = ,r(W
1
2 l / 2
+W) 2
3.7 ÂNGULO DE ATITUDE
f calculado por:
1jl = are tg(W /W ) 2 1
(3.65)
(3.66)
38
3. 8 PARÂMETRO DE ATRITO
Para um fluido newtoniano:
av X
= n··-ay
Derivando-se a equaçao (3.39) em relação a y, subst!
tuindo-se na equação acima e tomando-se y = h (superfície doei
xo), vem:
T = X
h
2 ax +
nu
h
Considerando-se o filme de Óleo completo (O a 211) e
tomando-se o raio do eixo como o raio interno da matriz porosa,
a força de arrasto será:
·F = 2 r l J
o
L/2 211
J o
T X
. d8 . dz
Integrando-se, mediante o uso das equaçoes (3.58),
(A2.2) e x = r • 8, resulta: l
c e; W senlj, F = -----'- +
2r 1
39
211nU·r.L 1
1/2 c(l-e: 2 ).
(3.67)
Usando-se as equaçoes (3.67) e (3.63) e lembrando-se
que U=211Nr, 1
o coeficiente de atrito pode ser expresso por:
• senlj, + 11N
p
r 1 2 11 2
c
Multiplicando-se por
parâmetro de atrito:
r /c, 1
µ
r 1
c
e; 2 11 2 s = • senlj, + ------
1/2 (1 - e:2) 2
sendo S definido pela equaçao (3.62).
tem-se a expr~ssao do
(3.68)
40
CAPfTULO IV
CÃLCULO NU~RICO
4.1 ELEMENTOS NECESSÁRIOS Ã SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO (3.52)
Os parâmetros de operaçao dos mancais radiais por~
sos, tais como parâmetros de carga e de. atrito e ângulo de atitu
de, são funções apenas dos coeficientes Cnk' os quais podem ser
determinados atraves da equação (3.52). Antes, porém, devem ser
calculados os termos Fnkj e Hkj'
determinados pela equação (3.54).
sendo os Últimos facilmente
Para o cálculo dos termos F k" (ver equaçao 3.53), n J
necessita-se conhecer Gnk:
G = nk
E nk
A nk
= A
nk
Usando-se as equaçoes (3.32) e (3.33) e, em seguida,
multiplicando-se numerador e denominador por:
41
resulta:
Gnk = Sk { ~•-1 (u, 1 + I l (u )] • r l (u ) + K l (u >] n+ 1 n- 2 n+ 2
- [r (u ) n-1 2 + I 1 (u ) J . [K (u ) + n+ 2 n-1 1 • .. , ,.,,J}
: • { I (u 1 • n 1 [Kn-1 (u2) + K (u ) J + [r (u ) n+l 2 n-1 2
+ I (u ) ] • n+l 2
K (u 1} n 1 ( 4 .1)
onde: D º2 1
u = Bk e u = Bk 1 L 2 L
Variando-se n de 1 a L, pela expressao de Gnk .
ve-se
que, para cada valor de k, necessita-se das funções de Bessel I
e K de ordens O a L+l, com os argumentos u eu. 1 2
As funções de Bessel modificadas obedecem as segui~
tes leis de recorrência:
2f If+l(u) = If-1 (u) -
u ( 4. 2)
42
2f K (u) = K (u) + - • K (u) f+l f-1 u f
( 4. 3)
Portanto, basta conhecer I , I , K, K com os arg~ O I O 1
mentos u eu. As demais funções de Bessel, para um mesmo va 1 2
lorde k, serao calculadas usando-se as relações (4.2) e (4.3) ~
petidas vezes.
As funções de Bessel I o , I 1 , K e K sao calculadas o 1
através das séries:
2m 00 (u/2)
I (u) = 1 + I (4.4) o 2
m=l (m! J
2m+l u 00 (u/2)
I (u) = - + r (4.5) 1 2 2
m=l (m + 1) (m! J
2m
[,n (u/21 - T(m+l)] 00 (u/2) K (u) = - !n(u/2) - Y - r .
o (m! J 2 m•l
( 4. 6 J
; • r•Cu/21 ;] . am+1 1 00 (u/2)
K (u) = -+ + y - r 1 2 2 m•l (m + 1) (m! J
, [ln (u/21 - T Cm + l} - . 1 ]
2 (m + 1) (4.7)
43
onde:
1 1 1 T(m + 1) = - y + 1 + -+ + . . . +
2 3 m
..,._.
com m = 1, 2, 3, ... e T (1) = - y
sendo y = - 0,577215 ••• a constante de Euler.
Porém, para u >> 1, tais séries convergem muito le~
tamente, sendo conveniente neste caso o uso de desenvolvimentos
assintóticos:
I (u) = o
u e
1/2 (2 1r u)
u e
I (u) = 1 1/2
(2 ,r u)
M
1 + r
M
i + r m=2
M
i + r m=2
2 2
1 ••• (2m - 3) • { 4. 8)
(m-1) ! (8u) m-1
m-1 (-1)
m-1 (m - 1) ! ( 8u)
(4.9)
m-1 2 2
1 ••• (2m-3) (-1)
(m -1) ! (8u) m-1
( 4 .10)
K (u) = e l
-u • ( 2,ru)1/2
44
1 +
M
I m=2
(4 - .1 2
) ; •• 14- (2m - 3) 2 I
m-1 (m-1) ! (Bu)
( 4 .11)
Serão usados os desenvolvimentos assintóticos no cál
culo de I e I quando u ~ 10 e no cálculo de K e K o .l o l
quando
u ~ .6. Esses valores foram encontrados experimentalmente, cal
culando-se as funções de Bessel através das equações (4.4),(4.5),
(4.6) e (4.7) e verificando-se a partir de que valor do argume~
to a convergência não era satisfatória.
Os termos dos desenvolvimentos assintóticos inicial
mente diminuem em valor absoluto e, após determinado número de
termos, passam a aumentar, isto é, as séries divergem após dete~
minado número de termos e têm, portanto, precisão limitada. Pa
ra que a máxima precisão seja obtida, somam-se os termos até que
o termo de menor valor absoluto seja alcançado.
4.2 PROGRAMA PARA COMPUTADOR
4.2.1 Generalidades.
Para a representação das funções de Bessel de ordem
45
n no programa FORTRAN, usou-se n+l como Índice das variáveis
indexadas (ver nomenclatura), porque tais Índices não podem ser
nulos ou negativos. Consequentemente, as leis de recorrência
das funções de Bessel, equações (4.2) e (4.3), ficarão:
BIA(N+2) = BIA(N) - 2.*N/(BETA*D1L)*BIA(N+l) (4.12)
BIB(N+2) = BIB(N) - 2.*N/(BETA*D2L)*BIB(N+l) (4.13)
BKA(N+2) = BKA(N) + 2.*N/(BETA*DlL)*BKA(N+l) (4.14)
BKB(N+2) = BKB(N) + 2.*N/(BETA*D2L)*BKB(N+l) ( 4 .15)
com N = 1, 2 , 3 , •••
A expressao de Gnk (equação 4.1) para o cálculo com
-putacional sera:
G(N,K) = BETA*((BIA(N) + BIA(N92))*(BKB(N) + BKB(N+2))
- (BIB(N) + BIB(N+2))*(BKA(N) + BKA(N+2)))/
/ (BIA(N+l)*(BKB(N) + BKB(N+2)) + (BIB(N)
+ BIB(N+2))*BKA(N+l)) (4.16)
O programa utiliza três subrotinas:
46
S u.b11.o t.i.na BESS calcula as funções de Be ssel
I (u) , I (u) , K (u) D 1 D
e K (u) para u < 6 ou, l
apenas, I (u) e I (u) D 1
quando 6 ~ u < 10. são usadas as equaçoes (4.4), (4.5), (4.6)
e (4.7), sendo que o argumento u assume os valores
º2 li -k L
Su.b11.ot.i.na BASS calcula as funções de
I (u) , · I (u) , K (u) O 1 O
quando 6 ~ u < 10.
e K (u) para 1
u >, 10 ou, apenas K (u) o
Tais funções são calculadas através
e
Bessel
e K (u) 1
das e
quaçoes (4.8), (4.9), (4.10) e (4.11), sendo que o argumento u
assume os valores e
Su.b11.ot.i.na S 1 MQ. consta do arquivo de subrotinas
cientificas do computador e é utilizada para resolver os siste
mas de equações lineares resultantes da equaçao (3.52). A reso
lução é feita pelo método de Gauss-Jordan.
O programa pode ser dividido em três partes:
Cálculo dos termos Gnk'
Cálculo dos coeficientes c nk'
Cálculo dos parámetros de operaçao do manca!.
Na pll..i.me.i.11.a pa11.te, faz-se·uso das subrotinas BASS e
BESS para o cálculo das funções de Bessel I, I, K e K com O 1 D 1
47
os argumentos e e, a seguir, sao. usadas as rela
ções de recorrência (4.12), (4.13), (4.14) e (4.15) para o cálcu
lo das funções de Bessel de ordens superiores, necessárias à a
plicação da equação (4.16).
dos os termos G
Através desta equação são calcula
nk
N4 l>e.gu.nd4 e.t4p4, variam-se os indices n e j de
l até 12, obtendo-se, para cada valor de k, um sistema de 12 e
quaçoes a 12 incógnitas fornecido pela equação (3.52). Este sis
tema é resolvido pela subrotina SIMQ, determinando-se então os
coeficientes clk' c 2k, .•. , c 12k. Fazendo-se k variar de l a
10, todos os coeficientes e são calculados. nk
Os valores finais de k e n (o valor final de j é i
gual ao de n) foram tomados como 10 e 12, respectivamente, pois
com essa escolha obteve-se uma precisão satisfatória dentro das
f.iixas de variação de e:, te D /L. 2
N4 te.~ee.l~4 p4~te. do p~og~4m4, calculam-se primeira
mente as componentes adimensionais da capacidade de carga do mêl!l
cal, que são funções apenas dos coeficientes C (ver equaçoes nk
3.57'e 3.61). Em seguida, determinam-se os parâmetros de carga
e de atrito e o àngulo de atitude, usando-se as equaçoes (3.65),
(3.68) e (3.66), respectivamente. Estes resultados sao obtidos
atribuindo-se valores a cada um dos fatores e:, t e D /L. 2
49
PROGRAMA PRINCIPAL
INÍCIO
Dados: DlL = l. LX = 12 KX = 10
Subrotina BASS
u =0z
-nao
M2=12 18 3
Dados: D2L
< 6
Subrotina BESS
Subrotina BASS
Subrotina BESS
1---------a--i N = 1, LX
cálculo de BIA(N+2), BIB(N+2), BKA(N+2), BKB(N+2)
Cálculo de G(N,K)
M=l,19,9
Dados: FI
I = 1,11
Dados: E
K = l, KX
J = 1, LX
Cálculo de H(J)
N = l, LX
Cálculo de F(J,N)
Cálculo de C(l,K), ••• ,C(LX,K) pela subrotina SIMQ
Cálculo de Wl e W2
Cálculo de PC, ATRI e PSIG
Escreve DlL, ·D2L,.
FI, E, PC, ATRI e PSIG.
FIM
50
SUBROTINA BESS
r--
1
1
---- K = 1,20
Cálculo do termo seguinte da
série de I 0(U)
Efetua a soma algebrica acumulada
-, 1
L __________ J
INÍCIO
19 termo das series de I 0 (U) e I 1 (U)
< 6
r - - --, 1 Cálculo 1 1 semelhante 1
Lpar_: I 1 (U) 1 - _ _J
19 termo
da sêrie de K (U) o
r- -, 1
Idem 1 J para 1 1 K (U) 1 L-º _J
RETURN
FIM
19 termo
da sêrie de K (U)
1
r- -, Idem 1
1 para 1 1 K (U) 1
1 L- - J
51
SUBROTINA BASS
INÍCIO
19 termo das series de K (U) e K (U)
r------ ------, 1 1
--"-'K=2,20 1 1 1 1 1 1 1
1 1
1 1 1 1 1 1 1
• 1
1 1 1 1
Cálculo do termo seguinte da
serie de K0
(U)
r--:: --, 1 Calculo 1 1 semelhante : 1 para K (U) L.: ___ l_j
L_ - -,
sim 1
1 1 1
-nao fator
multiplicativo
Efetua a soma algebrica
acumulada
1 L. 1 1 1
L-------- _____ ..J
19 termo da serie de I 0 (U)
r- -, 1 Idem 1 1 para 1
1 I (U) 1 L- o - .J
RETURN
FIM·
19 termo da serie de I 1 (U)
r- -, 1 Idem 1 1 par a 1 1 I (U) 1 L;..1_..J
52
CAPiTULO V
RESULTADOS
Os resultados sao apresentados em forma de gráficos
(Figuras 5 .1, 5. 2, 5. 3 e 5. 4) , onde estão. relacionados os param~
tros de carga, de atrito e de projeto, e o ângulo de atitude do
mancal.
Convém salientar que a análise pode ser feita sob va
rios aspectos, porém, para que seja notada apenas a influência
da excentricidade, da capacidade de carga, da permeabilidade e
da espessura da matriz porosa, serão consideradas constantes n,
N, r, L e c, de forma que as variações de E,~ e µ(r /c) resul 1 1
tem, cada uma, na variação de apenas um dos fatores desejados.
A Figura 5.1-A mostra que, para uma mesma razao de
excentricidade, os mancais porosos têm menor capacidade de carga
do que os mancais sólidos semelhantes, sendo tanto menor quanto
maior for a permeabilidade. A diferença é sensivel a partir de
E= 0,5, tornando-se acentuada para maiores valores de E. Além
disso, os mancàis porosos têm uma capacidade finita de carga, is
53
to e, existe um valor crítico do parâmetro de carga para o qual
a razão de excentricidade é igual a 1. Este ponto marca aprox!
madamente a transição do regime hidrodinâmico de lubrificação p~
ra lubrificação por camada limite (boundary lubrication). O mes
mo não acontece nos mancais sólidos (~=O.O), onde teoricamente
o parâmetro de carga cresce indefinidamente quando a razão de ex
centricidade tende à unidade.
Nota-se ainda que a curva de~= 0,001 difere pouco
da curva de~= 0,0 e, para~= 0,0001, o manca! comporta-se~
proximadamente como se fÔsse sólido.
As Figuras 5.1-B e 5.1-C mostram a influência da es
pessura da matriz porosa para valores constantes da permeabilida
de, constatando-se que o parâmetro de carga diminui com o aurnen
to da espessura da matriz porosa. Nota-se tambêm que, para bai
xos valores da permeabilidade, há pouca influência da espessura
da matriz porosa, visto que D /L = 5 2
já é um valor demasiada
mente elevado para fins práticos. Este fato é importante, pois
variando-se a relação D /L 2
de 1,2 para 1,37, dobra-se a quant!
dade de Óleo disponível na matriz porosa.
A Figura 5.2 mostra que existe, para cada valor de
~. um valor do parâmetro de carga para o qual é mínimo o param~
tro de atrito. Observa-se também que, para carga constante, o
parâmetro de atrito aumenta com a permeabilidade, sendo o aumen
to mais sensível para maiores valores da carga.
54
As curvas apresentam valores elevados do parâmetro
de atrito para pequenos valores do parâmetro de carga;·· o que se
justifica pela equaçao µ = F/W (seção 3.8), po~ém, a força de
arrasto se mantém finita.
Para~= 0,0001 o mancal apresenta valores do par.e
metro de atrito muito próximos dos obtidos para mancal sólido.
As figuras 5.3-A e 5.3-B mostram a influência da es
pessura da matriz porosa para valores constantes da permeabilid,e
de, observando-se que o parâmetro de atrito aumenta com o aumen
to da espessura da matriz porosa, sendo menos sensível para bai
xos valores da permeabilidade.
As figuras 5.4-A, 5.4-B e 5.4-C apresentam o ângulo
de atitude como função da razao de excentricidade, sendo os gr,e
ficos apresentados de tal forma que, se o raio do círculo maior
-for tomado igual a folga radial (c) do mancal, tem-se a represe~
tação do "locus" do eixo, isto é, a curva de deslocamento do cen
tro do eixo com a variação da excentricidade (ou da carga). To
mando-se um ponto qualquer sobre a curva, a linha radial passan
do por esse ponto representa a linha dos centros para aquele po~
to de operação.
Tais figuras mostram que, para uma razao de excentri
cidade constante, o ângulo de at.itude aumenta, tanto com o aumen
55
to da permeabilidade, como com o aumento da espessura da matriz
porosa. Nota-se ainda que, diferentemente dos mancais sólidos,
nos quais w + O quando t + 1, os mancais porosos apresentam
um certo ângulo de atitude no ponto limite de lubrificação hidro
dinâmica.
E
1,0 1-----------~--=----~-----~-:~::-7 ... '!'
0,5
o 20
E
0,001 "----- 0.01
D,IL= 1,2
A
40
---- ----- -- - - --- ----~ 1,0 1-----------
-0,5
o 20 40
---- - -
~ = 0,001
D,/L=1,2 5
8
60 1/S
• E
1,0
1 0,S
l /
1/S o
FIG. 5.1 - RAZAO DE EXCEN
TRICIDADE EM FUNÇÃO DO
PARAMETRO DE CARGA
~ = 0,01 D,/L=1,2
s
e
10 20 1/S
V: 1
?(+) 20
10
o 20
0,/L= 1,2
~= o.o 0,001 0,01
40 60 !IS
Fteà S.2 - PARAMETRO OE ATRITO EM fUNCAO 00 PARAMETRO OE CARGA
1
f (~) f (~)
20 20
B
~ = 0,01 0,/L= 1,2
1,5 A s
~ = 0,001
10 02/L= 1,2 10 • 1,S 5
o 20 40 1/S o 10 20 1/S
F.IG 5.3 - INFLUÊNCIA DA RELACAO 02/L SÔBRE O PARAMETRO DE ATRITO
E
A FIG. S.4 - ÃNGULO OE ATITUDE EM FUNÇAO E 0,/ L= 1,2 DA RAZÃO OE EXCENTRICIDADE
P= o.o, 0,001 o.o
oº
• o 0,2 1,0 o o 1,0
90° 90 e ~=0,01 D,IL= S
a 1,2
E @= 0,001 E
02/L= S 1,2
60
CAP1TULO VI
CONCLUSÕES
6.1 VALIDADE DA SOLUÇÃO
A solução ana1Itica obtida, embora aproximada, é de
boa precisão para fins práticos.
Resultados mais precisos poderiam ser obtidos, consi
derando-se a existência de deslizamento entre o Óleo e a superf!
cie interna da matriz porosa e, ainda, a variação da viscosidade
do lubrificante, porém o trabalho tornar-se-ia excessivamente
complicado.
Pode tambêm ser pesquisada uma solução numérica com
as condições de contorno de Reynolds:
p(8, zJ = ap;ae = o para
tomando-se:
e = e > u 1
I
!
I
1
p(9, z) = O para
61
8 > 8 > 2n 1
Com as condições de contorno utilizados neste traba
lho, o perfil de pressão é negativo para n > 8 > 2n, -o que nao
se verifica na prática, pois ocorre cavitação e rompimento d::> fil
me de Óleo. Desprezando-se a parte negativa do perfil de pres
são, cria-se uma descontinuidade no fluxo de Óleo para 8=w, pois
à esquerda desse ponto, ap/ae ~ O e à direita, ap/aa = o.
A utilização das condições de contorno de Reynolds~
limina esta descontinuidade e seu uso já é comum no cálculo de
mancais sólidos.
6.2 APLICABILIDADE DOS RESULTADOS
Da análise dos resultados do capítulo anterior,. ve
-se claramente que a porosidade afeta negativamente os parame
tros de operação dos mancais, o mesmo acontecendo com o aumento
da espessura da matriz porosa.
Porém, devido às inúmeras vantagens práticas já me~
cionadas, os mancais radiais porosos desempenham um papel imptr
tante na lubrificação, sendo seu uso particularmente indicadofem
locais de difícil acesso nas máquinas ou para simplificar o fpr2
62
jeto, devido a ausência de dispositivos auxiliares de lubrifica
çao. Outra alternativa é seu uso em substituição aos mancais
comuns, devido simplesmente ao seu custo mais baixo, pois corno
foi visto, para ~ = 0,0001 o mancal poroso comporta-se pratic~
mente corno se fôsse sólido.
O programa elaborado em linguagem FORTRAN permite,rne
diante simples acréscirno·no número de dados, estender os resulta
dos a uma faixa mais ampla de valores, de modo que os gráficos
possam cobrir, com detalhes, toda a faixa usual de relações de
dimensões e permeabilidade dos mancais. O projeto de mancais
radiais porosos pode, então, ser bastante simplificado mediante
o uso desses gráficos.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
63
BIBLIOGRAFIA
W.T. ROULEAU "Hydrodynamic Lubrication of Narrow
Press Fitted Porous Metal Bearings" Trans.
ASME, Journal of Basic Engineering, March 1963.
C. CUSANO "Lubrication of Porous Journal Bearings",
Trans. ASME, Journal of Lubrication Technology, Ja
nuary 1972.
V.T. MORGAN "Porous Metal Bearings", Tribology,
May 1969. -
A. CAMERON "Principles of Lubrication".
PINKUS and STERNLICHT "Theory of Hidrodynamic Lubri-
cation".
R.E. COLLINS 1.
"Flow of Fluids Through Porous Materials".
1 -
KREIDER, KULLER, OSTBERG e PERKINS "Introdução a Ap~ lise Linear".
c
e
h
k
p
p'
p
p*
r l
r 2
V
65/
NOMENCLATURA
folga radial: r - r . 1 eixo
excentricidade.
espessura de película do lubrificante.
permeabilidade.
pressao no meio poroso.
adimensionalização de p:
pressão no filme de Óleo.
adimensionalização de p:
r n u l
2 c
r n u 1
raio interno da matriz porosa.
raio externo da matriz porosa.
velocid.ade do fluxo de Óleo.
• p
p
componentes de velocidade na direção radial, na su
perfície interna da matriz porosa e na superfície do 1
eixo, respectivamente.
66
v, v, v componentes de velocidade nas direções x, y e z. X y Z
D diâmetro interno da matriz porosa. 1
D 2
F V
I (u) n
K (u) n
L
N
p
s
1/S
u
w
diâmetro externo da matriz porosa.
força de arrasto.
força devido ao gradiente de pressao.
força viscosa.
função de Bessel modificada, de primeira espécie, de
ordem n.
função de Bessel modificada, de segunda espécie, de
ordem n.
comprimento do mancal.
rotações do eixo por unidade de tempo.
carga por unidade de área projetada:
número de Sommerfeld:
parâmetro de carga.
2 TI N (r /c) /P
1
W/(LD) 1
velocidade tangencial na superfície do eixo.
capacidade de carga do mancal.
componentes da capacidade de carga na direção.da ~i
nha dos centros e perpendicular à linha dos centros,
respectivamente.
w 1
w 2
z
6 . . 1J
6 -s
V
E
' t
n
µ y -~ ~··
µ(r /c) ' 1
67
adimensionalização de w0
adimensionalização de W p
adimensionalização dez: z/(L/2).
delta de Kronecker.
-areada seçao transversal de um elemento do meio P2
roso.
comprimento do elemento.
vetor normal à seção transversal do elemento, de
dulo igual ao comprimento do mesmo.
operador gradiente: i + a
j + a ax ay -
razao de excentricidade: e/c
porosidade efetiva.
porosidade total ou absoluta.
parâmetro de projeto: r k/c 3
1
ângulo de atitude.
viscosidade absoluta.
coeficiente de atrito.
parâmetro de atrito.
a az
k
-mo
I í
68
T tensão de cizalhamento.
r, 8, z coordenadas cilíndricas.
x, y, z coordenadas cartesianas.
A correspondência entre as variáveis utilizadas no
texto e as usadas no programa de computador, é a seguinte:
FI
E E
D /L DlL l
D /L D2L 2
13k BETA
u = 13k D /L u l l
u = 13k D /L u 2 2
I (u ) BIA(n+l) n l
I (u ) BIB (n+l) n 2
K (u) BKA(n+l) n l
K (u) BKB(n+l) n 2
69
G nk
G (N ,K)
Hkj H(J)
F . nkJ
F(J,N)
e nk
C(N,K)
w Wl 1
w W2 2
1/S PC
PSI(rd), PSIG(graus)
11 (r /e)· 1
ATRI.
70
APfNDICE I
Para a obtenção da equaçao de Laplace (equação 3.5)
em coordenadas ci1Indricas, faz-se a seguinte mudança de variá
veis:
x = r.cosa y = r.sena
ar
ap
ªª
Pode-se então escrever:
= cosa • + sena • ax ay
= - r.sena • + r.cosa • ax
ap
ay
Estas equaçoes formam um sistema de duas equaçoes a
duas incógnitas, cujo determinante valer.
ap
ax
Logo, para r f O, o sistema tem para solução:
= cosa • ap
ar
l
r . sena.
ap
ªª (Al. l)
ap
ay
ap = sena • - +
ar
1
r
71
• cose • ap
ae (Al. 2)
Já que estas fórmulas sao válidas para qualquer fun
çao diferenciável p(x, y, z), ap
podem então ser aplicadas ap
a ax e , resultando:
ay
2 a P
ax2 = cose • ~ ( ap )-
1
ar ax r a ( ap) • sena . - -ae ax
(Al. 3)
2 a P
ay2 = sena • ~ ( ap) + .:. • cose • ~ ( ap)
ar ay r ae ay (Al. 4)
Substituindo-se as equaçoes (Al.1) e (Al.2) nas equ~
çoes (Al.3) e (Al.4) e levando-se a seguir os resultados para a
equação (3.5), obtem-se a equação de Laplace em coordenadas ci
líndricas:
2 a p 1 -- + ar 2 r
ap 1 -+ ar r 2
2 2 a p a p -- + = o. (Al. 5) ae 2 az 2
72
APÊNDICE II
A Figura A2.l representa um manca! radial, onde os
pontos O e C representam os centros do manca! e do eixo, respe~
tivamente.
e
Figura A2.l
A partir de O traça-se uma linha qualquer OB fazendo
um ângulo 8 com a linha dos centros, pelo ponto C traça-se a l!
nha CF paralela a OB e, em seguida, traça-se uma perpendicular a
CF passando pelo ponto O, determinando-se então o ponto D.
Comparadas com OA e CE, as distâncias AB, EF e OC sao /
muito pequenas, de modo que ABFE pode ser considerado um retân
73
gulo. A espessura de pe1Icula h pode então. ser expressa como:
h = EF. = OB - DE= OB - (CE - CD) = OB - CE+ CD
(A2 .1)
Mas, CD= e.cose e OB - CE= c.
Logo, a equaçao (A2.l) pode ser reescrita na forma:
h = c [1 + (e/c) • cose]
ou,
h = c(l + t. cose). (A2. 2)
1
2
3
4
5
6
7 8 9
10
75
SUBROUTINE SIMQ(A,B,N,KSl DlMENSIONAtll,Blll TOL=O.O KS=O JJ=-N 008J=l,N JY=J+l JJ=JJ+N+l BIGA=O
. I T=JJ-J D02I=J,N IJ=IT+I IF(ABS(BIGAI-ABS(A(IJllll,2,2 B IGA=AI IJ l I MAX=I CONTINUE IFIABS1BIGAl-TOLl3,3,4 KS=l RETURN Il=J+N:c<(J-21 IT=IMAX-J 005K=J,N Il=ll+N 12=ll+IT SAVE=A(Ill A(lll=AII2l All2l=SAVE A(Ill=A(Ill/BIGA SAVE=B ( IMAX l BIIMAXl=BIJl BIJl=SAVE/BIGA IF(J-Nl6,9,6 IQS=N*( J-1 l 0081X=JY,N IXJ=IQS+IX IT=J-IX D07JX=JY,N IXJX=N*IJX-ll+IX JJX=IXJX+IT A(IXJXl=A(lXJX)-(A(IXJl*AIJJXl) 81 IXl=B( IXl-18( Jl*AI IXJI 1 NY=N-1 IT=N*N DOlOJ=l,NY IA=IT-J IB=N-J IO=N DOlOK=l,J 81 IBl=B( IBI-A( IAl*BI 101 IA=IA-N IO=I0-1 RETURN END SUBROUTINE BASS(B11,BI2,BK1,BK2,UI PI=3.141593 DIF=l.E-6
M=l LKl=O LK2=0 P=l. Q=l. BKl=l. BK2=1. IFIU-10.)2,1,1
l L 11=0 LI2=0 Bll=l. B12=1.
2 D021K=2,20 AK=K M=-M Tl=P T2=Q
76
P=P*l2.*AK-3.l**2/((AK-l.l*B•*Ul Q=Q*l4.-(2.*AK-3.l**2l/l(AK-l.1*8•*UI IF(LK113,3,6
3 IFIABS1Tll-ABSIPIJ5,5,4 4 S=BKl
BKl=BKl+P*M IF(ABSIIBK1-S)/S1-DIFl5,5,6
5 LKl=l 6 IFILK217,7,10 7 IFIABSIT2l-ABS1QlJ9,9,8 8 S=BK2
BK2=BK2+0 IFIABS((BK2-Sl/Sl-Dlfl9,9,10
9 LK2=1 10 IF(U-10.)11,12,12 11 lf(LKl+LK2-2l21,23,23 12 1Fllllll3,13,16 13 IFIABS1Tll-ABS1Pll15,15,l4 14 S=Bll
Bil=Bll+P IFIABSIIBI1-Sl/Sl-DIFll5,15,16
15 Lil=l 16 IFILI2l17,17,20 17 IFIABS1T2l-ABS(Qlll9,19,l8 18 S=B12
BI2=BI2+Q>C:M IFIABS(IBI2-Sl/SI-DIF)l9,19,20
19 LI2=1 20 IF(LKl+LK2+Lil+LI2-4121,22,22 21 CONTINUE
IFIU-10.)23,22,22 22 AUXl=EXP(Ul/SQRT(2.*PI*Ul
Bll=BI l*AUXI B12=BI2*AUXI
23 AUXK=EXP(-Ul*S0RT(0.5*PI/U) BKl=BKl*AUXK BK2=BK2*AUXK RETURN ENO
1
2
3
4 5 6
77
SUBRDUTINE BESSCBI1,BI2,BK1,BK2,UI OIF=l.E-6 FK=l. LI1=0 LI2=0 BI1=1. BI2=0.5*U IFIU-6.ll,2,2
.LKl=O LK2=0 PSI=-0.5772156 BK1=-ALOG(0.5*Ul+PS1 BK2=1./U+0.5*U*CALOGI0.5*Ul-PSI-0.51 0017K=l,20 AK=K FK=FK*AK AUX=IC0.5*Ul**K/FK1**2 IFILI 113,.3,5 T=Bll BI1=B1l+AUX IFIABS(IBI1-TI/TI-DIFl4,4,5 Lll=l IF(LI2l6,6,8 T=BI2 B12=Bl2+AUX*0.5*U/IAK+l.l IFIABSCIBI2-Tl/TI-DIF17,7,8
7 Ll2=1 B IFIU-6.19,16,16
_ 9. ___ P_S_I_=P.Sl + l, /AK
10
11 12 13
14 15 16 17 18
1 2
IFCLKll 10,10, 12 T=BKl BK1=8Kl-AUX*IALDG(0.5*UI-PSII lF(ABS((BKl-TI/TI-DIFlll,11,12 LKl=l IFILK2113,13, 15 T=BK2 BK2=BK2+AUX*0.5*U/(AK+l.l*IALOGI0.5*UI-PSI-0.5/(AK+l.ll IFIABS((BK2-Tl/TI-DIFl14,14,15 LK2=1 IFCLI1+LI2+LK1+LK2-4117,18,l8 IFCLll+LI2-2117,18,18 CONTINUE RETURN END OIMENSION BIA(l41,BIBl14l,BKAl141,BKBl141,G(l2,101,Hll21,F( 12,121 ,CC12,10l Pl=3.141593 LX=l2 KX=lO Dll=l. IU=O D054M2=12,18,3 D2L=O.l*M2 IF(M2-1Bl2,1,2 02L=5. WRITE(5,31
/ /j
3 FORMATC1X,'Dl/L',3X,'02/L',5X,'Fl',7X,'E',4X,'PARAMETRO D', 'E CARGA',3X,'PARAMETRO DE ATRIT0',3X,'ANGULO OE ATITUDE ', • C GRAUS l ' , /, l X, 99 C • - ' l l
C CALCULO DOS COEFICIENTES GCN,Kl D017K=l,KX BETA= 1 K-0 • 5 l * P I U=BETA*DlL IND=O
4 · IF{INDl6,6,5 5 U=BETA*D2L 6 IFIU-10.l7,ll,ll 7 IF{INDlS,8,9 8 CALL BESSIBIAC1),BIAC21,BKAC11,BKAl2l,UI
GO TO 10 9 CALL BESSCBIBC11,BIBC2l,BKB111,BKBl2l,UI 10 IFIU-6,)14,11,11 11 IF(INDl12,12,13 12 CALL BASS(BIAl1l,BIA(2J,BKA(ll,BKA(2l,UI
GOTO 14 13 CALL BASS(BIB111,BIB121,BKBl11,BKB(21,UI 14 IF(INOl15,15,16 15 IND=l
GOTO 4 16 D017N=l,LX
BIAIN+21=BIA(Nl-2,*N/1BETA*D1Ll*BIAIN+ll BIBCN+21=BIB1Nl-2.•NIU*BIBIN+ll BKA(N+2J=BKA(Nl+2,*N/1BETA*Dlll*BKAIN+ll BKB(N+2l=BKBINl+2.*N/U*BKB(N+ll
17 GIN,Kl=BETA*IIBIA(Nl+BIA(N+2ll*IBKB(Nl+BKB(N+2ll-1BIBINI + B1B(N+2ll*IBKACNJ+BKA(N+2Jll/lBIAIN+ll*IBKBINl+BKB(N+21l + IBIB1Nl+BIBIN+2ll*BKA(N+lll
C CALCULO DOS COEFICIENTES CIN,Kl 0054M=l,19,9 WRITE15,l8l
18 FORMATllX,991'-'ll FI=M*0,001 IF(M-19121,19,21
19 IF1IUl54,20,54 20 FI=O.O
IU=l 21 11=0
0054I=l,11 E=O.l*I IFll-9125,25,22
22 IF(I1123,23,24 23 E=0.95
Il=l GOTO 25
24 E=0.99 25 MENl=-1
0050K=l,KX MENl=-l*MENl BETA=(K-0.5l*PI D046J=l,LX
C CALCULO DOS TERMOS INDEPENDENTES HIJJ IFIJ-1126,26,.27
26
27 28
c
29
30 31 32 33
34 35
36 31
38 39
40 41
HCJl=24.*E*MENl/C2 •• K-l.l GOTO 28 H{Jl=O. D046N=l,LX
79
CALCULO DOS COEFICIENTES FCJ,Nl FCJ,Nl=O. V=CN**2+(DlL*BETAl**2l*PI IFCN-Jl32,29,38 FIJ,Nl=FIJ,Nl+V*Cl.+l.5*E**2l-6.*PI*DlL*FI*GIN,KI IFCN-1130,30,31 FCJ,Nl=FCJ,Nl+Cl.5*PI-0.75*Vl•E•*2 GO TO 46 IF{J-N-1)33,33,34 FCJ,Nl=FCJ,Nl+0.5*{3.*E+0.75*E**3l*{V+N•Pll GOTO 44 IFCJ-N-2135,35,36 F!J,Nl=F!J,Nl+C0.75*V+l.5*N*PI1*E**2 GOTO 46 IFCJ-N-3)37,37,46 FCJ,Nl=F(J,Nl+0.125*{V+3.*N*Pil*E**3 GOTO 46 IFCN-J-1139,39,40 FtJ,Nl=F!J,Nl+0.5*C3.*E+0.75*E**31*1V-N*Pll GOTO 44 IF{N-J-2141,41,42 FCJ,Nl=FCJ,Nl+{0.75*V-l.5*N*Pil*E**2 GOTO 46
•
42 IFCN-J-3143,43,46 .43 _ F{J_.N)c:f(J,Nl+_O.l25*{V-3_.*lll"'l>l)*_E*_*3 _________ . _____ _
c c c
44 45 46
47 48
49 50
c c
51
c
GOTO 46 IF(N+J-3146,45,46 F(J,Nl=FIJ,Nl+0.125*13.*N*PI-Vl*E**3 CONTINUE RESOLUCAO DO SISTEMA DE EQUACOES !PARA CADA VALOR DE Kl ATRAVES DA SUBROTINA SIMQ PARA D CALCULO aos COEFICIENTES CIN,Kl CALL SIMQIF,H,LX,KSl IFIKSl47,49,47 WRITEl5,481 FORMAT(//,lOX,'MATRll SINGULAR') GOTO 55 DOSON=l,LX CIN,Kl=HINl CALCULO DAS COMPONENTES ADIMENSIONAIS DA CAPACIDADE DE CARGA DO MANCAL Wl=O. W2=0. MENl=-1 D051K=l,KX MENl=-l•MENl W2=W2+Cll,Kl*MEN1/12.*K-l.l D051N=2,LX,2 Wl=Wl+C(N,Kl*MENl*N/1!2.*K-l.l*IN**2-l.ll Wl=-Wl*Pl/4. CALCULO DO PARAMETRO OE CARGA ( PC=l/S l PC=PI*SQRT(Wl**2+W2**2l
e
e
52
53
54 55
80
ANGULO DE ATITUDE EM RADIANOS (PSI) E EM GRAUS IPSIG) PSI=ATANIW2/Wll PSIG=l80.*PSI/PI PARAMETRO DE ATRITO ATRI=0.5*E*S1NlPSil+2.*Pl**2/ISQRT(l.-E**2l*PCI WRITE{5,52)Dll,D2L,Fl,E,PC,ATRl,PSIG WRITE15,53l FORMATl1X,F4.2,' I ',F4.2,' I 1 ,F6.4,' 1 ',F4.2,1X,'I',6X, F6.2,8X,'I',7X,F6.2,8X,'I',6X,F6.2,14X,'I'I FORMATllX,51"-" l,'l",61'-'),•I•,8( 1 - 1 1,'l',6{ 1-'l, 1 I', 201 1 -'l,'I',211'-'l,'1',261'-'1,'I'l CONTINUE STOP END