Maria Eduarda - a Duda - é minha sobrinha!

Ela é linda, de uma delicadeza incomparável. Seu olhar reflete imensa ternura.

Sua conversa infantil é só doçura !

Nas festas em família ela brilha, conversa, canta e dança.É a primeira a começar e a última a parar.

Lori é uma cadelinha que nós adotamos.Meu filho a encontrou abandonada,

perambulando pela rua. Provavelmente ela tinha, à época, um ano e meio.

Estamos com ela há seis anos. É o xodó lá de casa.

Até nas viagens à Itajubá e Wenceslau Braz ela nos acompanha.

E o que tem a ver Duda com Lori?

É simples, as duas doam carinho, muito carinho.

Carinho que cura, levanta o astral,

dá vida a quem o recebe e a quem doa.

Num Domingo desses, recebemos a visita de vários parentes. Entre eles estava a Duda. Nossa sala ficou cheia.

A Lori que reinava absoluta pelos sofás e pelo chão, se viu sem espaço e atenção,

pois nos ocupávamos em receber bem os visitantes.

Duda, sem cerimônia, tinha todos os olhares e dengos voltados para si.

E a Lori?

A Lori se sentido desprezada, sem a atenção de antes, não quis comer. Refugiou-se na cama da minha filha

e lá permaneceu com lágrimas nos olhos. Duda, com sua sensibilidade,

percebeu sua tristeza e foi a seu encontro para lhe fazer um afago.

Duda foi até a cama, olhou para os olhos de Lori, delicadamente pegou sua patinha, conversou com ela e

a convidou para se levantar e ir até a sala.

Lori, não mais se sentindo tão só, levantou a cabeça, aceitou o convite e ambas foram para sala.

Chegando à sala, Duda , na grandeza do amor, se dobrou para que a Lori se sentisse em condições de igualdade.

Lori retribuindo o gesto de humildade baixou a cabeça e as duas selaram o pacto da amizade.

Lori, fortalecida pelo carinho recebido, comeu sua ração sob o olhar carinhoso de Duda.

Em seguida, aceitou o convite para ocupar um lugar no sofá eagradeceu com uma lambidinha na mão de Duda.

Cheia de si, com seu lugar no sofá garantido, Loripermaneceu feliz ao lado de Duda a tarde toda.

Amor e carinho só fazem bem!