Logística movimentação e armazenagem de materiais

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ISSN 1679-7620

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ISSN 1679-7620 Assinaturas: [email protected] Fone: (11) 5575.1400 | Fax: (11) 5575.3444 www.imam.com.br Publicidade: Para anunciar ligue: (11) 5575.1400 [email protected] DO G RUPO IMAM Criação e Edição de Arte: Kátia Oliveira Gomes Colaboração: Fernanda Naomi Akimoto, Adriana Yabiku, Moacir Salles Jr. P OR R EINALDO M OURA , março 2008 | Redação: Andréa Espírito Santo – MTb 46219 Sylvia Schandert – MTb 32131 3 DIRETOR E FUNDADOR Diretor Responsável: Reinaldo A. Moura Associado à

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Page 1: Logística movimentação e armazenagem de materiais

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arço 2008

ISSN 1679-7620

capa dematic.p65 27/2/2008, 17:291

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3março 2008 |

Associado à

ISSN 1679-7620

editorial

NUNCA NA HISTÓRIA DESTA REVISTA, E ATÉ MESMO EM MINHA CARREIRA,vi um ano começar com tamanha euforia – até para os não oti-

mistas. Já em janeiro, antes do carnaval, que até ajudou no calen-

dário dos negócios, os pedidos de reposição de estoques do varejo para a

indústria proporcionaram a suspensão das férias coletivas, impulsionaram

a contratação de mão-de-obra, a aquisição de equipamentos, principalmente

de movimentação e armazenagem de materiais, softwares de logística,

desengavetando projetos e novos estudos para os desafios de aumentar a

capacidade instalada, e por aí afora.

Até mesmo a crise norte-americana do subprime, que em princípio as-

sustou a todos, demonstrou dias depois que de fato as perspectivas econô-

micas para 2008 estavam descoladas das turbulências mundiais, graças ao

forte crescimento de nosso mercado interno. E vamos enveredando por

caminhos cada vez mais abertos aos negócios.

Nesta edição, anunciamos algumas novidades em nossa parte editorial,

como as Seções Logística Sustentável, Dicas de Separação, Novos Serviços e

Gestão. Cada uma delas mantém a essência desta Revista de trazer a você,

leitor, o que há de mais atualizado na logística sob várias perspectivas,

como a questão ambiental ou apresentando especialistas para debater de-

terminados temas.

Outro destaque, já que estamos iniciando uma nova Era e desejamos

fazer sempre uma retrospectiva do que foi notícia, é a Seção Há cinco, 10,

15, 20 e 25 anos, um apanhado do que Logística já destacou e transformou

em história em suas páginas. Em uma releitura, Toque de Midas (antes Papo

Afiado) continua destacando as realizações de profissionais de logística e

supply chain, tomando o cuidado de aproximar o leitor da realidade de cada

um dos entrevistados e suas experiências.

Novos artigos e reportagens internacionais da logística dos negócios e

a intralogística dentro das empresas serão o nosso foco. Entretanto, não

vamos ignorar a infra-estrutura de logística, transportes, de tributos, etc.,

contudo sem a ênfase de reportar as notícias que a grande imprensa debate

à exaustão – governo, PAC, PPP, gargalos, apagões – pois tudo isto todos

os leitores já vêem nas mídias.

Nossos repórteres estarão em campo para noticiar a evolução dentro

das empresas, para destacar as experiências de sucesso, incitar reflexões de

melhorias, para informar a evolução da logística e da intralogística, dentro

e fora do Brasil.

Boa leitura e até a próxima edição!

POR REINALDO MOURA,DIRETOR E FUNDADOR

DO GRUPO IMAM

A todovapor

Diretor Responsável: Reinaldo A. Moura

Conselho Editorial: Antonio C. Rezende, Antonio

Francisco Abrantes, Daniel G. Gasnier, Edson Carillo Jr.,

Eduardo Banzato, José Maurício Banzato, Mauro Tomaselli,

Sidney Trama Rago e Wagner Salzano.

Redação: Andréa Espírito Santo – MTb 46219

Sylvia Schandert – MTb 32131

Criação e Edição de Arte: Kátia Oliveira Gomes

Colaboração: Fernanda Naomi Akimoto, Adriana Yabiku,

Moacir Salles Jr.

Impressão: Prol Editora Gráfica

não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos

assinados ou entrevistas. Não publicamos matérias

redacionais pagas. Todos os direitos reservados. Nenhuma

parte do conteúdo desta revista poderá ser reproduzida

ou transmitida, por qualquer meio e de qualquer forma,

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a 1ª revista de Logística, Movimentação e Armazenagem

de Materiais, é uma publicação mensal. Registro no

Cartório de Títulos e Documentos

sob nº 1086, em 16 de abril de 1980.

Redação: Comentários, sugestões, críticas a reportagens,

artigos e releases devem ser encaminhados a:

Rua Loefgreen, 1400 - Vila Mariana | 04040-902 |

São Paulo - SP | fax: (11) 5575.3444

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Gestão 2006 - 2010

Presidente: Eduardo Banzato

Vice-Presidente: Daniel G. Gasnier

Diretores: Antonio C. Rezende | José Maurício Banzato |

Mauro Tomaselli | Wagner Salzano

faleconosco

editorial 210.p65 25/2/2008, 15:473

Page 4: Logística movimentação e armazenagem de materiais

36

SÉR

IES Resposta eficiente

Desafios da gestão da cadeia logística

Logística internacionalOs gargalos no embarque de veículos

em navios Ro-Ro

BastidoresHarry Potter e a magia da distribuição

Gestão e negóciosO delicado tema da empregabilidade

Logística enxutaO começo de tudo

12

22

54

60

68

REPO

RTA

GEN

S

Curtas

Literatura técnica

Jogo rápido

3PL

Painel

Há 5, 10, 15, 20, 25 anos...

Novos serviços

Informe-se

Logística sustentável

Novidades internacionais

Teste seus conhecimentos

Dicas de separação

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82

87

92

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Empilhadeiras de elevação e deslocamento

manuais

Arqueadoras: apoio à unitização

A SMH no mercado de peças de reposição

Toque de midas: conheça o diretor de logística

da Abril

Tudo sobre as embalagens big bags

Conheça as 25 maiores empresas destaque

em supply chain

Dessecantes e seu uso nas embalagens

Pool de paletes contra o lixo industrial

A logística nos supermercados de bairro

Ford, Still e DHL Exel juntas

Segurança e ergonomia

Guindaste instala bases na Ponte Rio-Niterói

Conheça mais sobre os mapas mentais

Separação por luz e produtividade

Empilhadeiras a hidrogênio: realidade

Segurança nas estruturas porta-paletes

Novidades em filmes para paletização

O que é preciso saber sobre guindaste veicular?

CA

PA

REVISTA

ÍNDICENÚMERO 210 MARÇO 2008

DematicConsolidação chega comequipamentos e projetosem sistemas

DematicConsolidação chega comequipamentos e projetosem sistemas

CONFIRA!As seções e séries lançadas nesta edição

82785016

PRÓXIMA EDIÇÃO:Comércio exterior • Condomínios logísticos

indice 210.p65 28/2/2008, 19:154

Page 5: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| janeiro 2008 6

CCCCC U RU RU RU RU R TTTTT A SA SA SA SA S

| março 2008 6

Inauguração

A Belenus, distribuidora de

peças, ferragens e ferramentas,

acaba de inaugurar um sistema

de transelevadores fornecido

pela Ulma em seu CD locali-

zado em Vinhedo, SP. O equi-

pamento tem capacidade para

estocar 35 mil caixas e 10 mil

paletes.

Nova sede

A Empicamp está mu-

dando, a sede. Os telefones não

mudam por enquanto, mas o

novo endereço é:

Rua Dário Freire Meirelles,

nº 175 Campos dos Amarais.

CEP 13082-045 Campinas – SP.

Empilhadeira

A Movicarga acaba de se

tornar revendedora exclusiva

das empilhadeiras da marca

Nissan no Brasil. O investimen-

to inicial no novo negócio foi

de R$ 20 milhões.

Manutenção

Desde novembro, a Somov

responde integralmente pela

manutenção de uma frota de 233

equipamentos da Caterpillar

Brasil em suas operações de

recebimento de peças e com-

ponentes, estocagem, movi-

mentação interna.

Baterias

A CEN, empresa nacional

com 40 anos no mercado de

equipamentos elétricos, acaba

de renovar por mais um ano seu

contrato de aquisição de bate-

rias Saturnia. As baterias tracio-

nárias Saturnia equipam os re-

bocadores da CEN há mais de

15 anos.

Parceria

A Unipac celebra o acor-

do feito com a empresa ameri-

cana Orbis Corporation,

subsidiária da Menasha

Corporation. Com esta parce-

ria, a Unipac torna-se o único

fornecedor de produtos Orbis

no Brasil e na Argentina.

TI

A Uniconsult Sistemas e

Serviços foi escolhida pela

Shuttle operador logístico,

como parceira para o forneci-

mento dos Sistemas de Arma-

zéns Gerais e WMS para a

Gestão do seu centro de dis-

tribuição.

Cross-docking

A Delta Serviços Logísticos

inaugurou mais um centro de

distribuição em Barueri (SP).

Localizado estrategicamente na

rodovia Castello Branco, pró-

ximo à alça Norte do Rodoanel,

o espaço contará com 7 mil m2

dedicados a atividade de

“cross-docking”.

curtas 210.p65 27/2/2008, 17:446

Page 6: Logística movimentação e armazenagem de materiais

Ao Instituto IMAMRua Loefgreen, 1400 - V. Mariana - CEP 04040-902 - São Paulo - SP ou pelo Fax: +(11) 5575.3444

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CEP ............................. - ....................... Cidade ................................................................................................................................................................................ Estado .............................

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GF+GPSL2008 com cupom.p65 20/12/2007, 09:091

Page 7: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 8

Vantagens e limitações das empilhadeiras de deslocamento

e elevação manuais

SIMPLES, EFICIENTES E COM

preço bem atrativo. Essessão alguns dos atributosdas empilhadeiras de des-

locamento e elevação manuais. “Sãousuárias desse tipo de equipamentotodas as empresas que tenham pou-cas operações”, afirma o diretor daSAS, Vitor Manuel Marques de Oli-veira.

“Não acredito que haja um perfilde usuário para um determinado equi-pamento e sim uma solução maisadequada para a necessidade de cadacliente. No caso específico de umaempilhadeira manual, o que define aaplicação deste equipamento são osseguintes pontos: baixa freqüência demovimentação diária de cargas, tra-jetos curtos para deslocamentos, re-

gularidade do piso durante o trajeto,além, é claro, da altura de elevação ecapacidade máxima de carga (até1.500 kg)”, afirma o diretor executivoda Dematic, Valério Zorzi Garcia.

É o tipo ideal de equipamento paratrocas de estampos em prensas eestocagem, itens MRO (Manutenção,Reparo e Operações) em almo-xarifados de pequeno a médio porte.

Para dar uma

mãozinha

emp manual.p65 27/2/2008, 17:528

Page 8: Logística movimentação e armazenagem de materiais

9março 2008 |

Concorrentes

Afinal, este tipo de empilhadeira

substitui quais equipamentos? “A

concorrência nesse segmento de

equipamentos praticamente não

existe. O que existe são outros ti-

pos de empilhadeiras com elevação

eletro-hidráulicas onde não é exigi-

do esforço físico dos operadores

para elevação de cargas. O esforço

fica apenas para o deslocamento da

empilhadeira”, explica o gerente de

vendas da Artama, Sidnei Ferreira.

Para o gerente regional para

América Latina da BT, Norival Ge-

raldo Capassi, concorrendo direta-

mente com as empi-

lhadeiras de deslocamen-

to e elevação manuais

estão os “empilhadores

staker elétricos”. “Esses

equipamentos atual-

mente estão contando

com custos bastante

atrativos, principalmen-

te em função do câmbio

favorável”, analisa.

“Ao meu ver, a

empilhadeira de movi-

mentação e elevação

manuais substitui o tra-

balho braçal”, afirma o

engenheiro da Zeloso,

Rubens Campos Salles.

“Suas vantagens são a

melhoria no processo, ergonomia,

redução de problemas de afastamen-

to por esforço contínuo e repetitivo

e manuseio, além do equipamento

não ser poluente”.

Para o diretor de operações da

Paletrans, Antonio Augusto Pinhei-

ro Zuccolotto, a grande vantagem

das empilhadeiras manuais é o cus-

to. “Trata-se do equipamento mais

barato que existe no mercado que

realize a elevação e empilhamento de

um palete de carga”, explica.

Melhor alternativa?

Mas, a partir de quando passa a

ser desvantagem o uso de em-

pilhadeiras com deslocamento e ele-

vação manuais? “A empilhadeira ma-

nual é mais propícia para um uso não

tão contínuo pois o usuário que tem

operações quase que ininterruptas

teria mais comodidade utilizando

uma elétrica. A elevação também é

mais rápida na elétrica”, explica o di-

retor de vendas da Marcon, Guilher-

me Barion de Almeida.

Passa a ser desvantagem o uso

das empilhadeiras manuais a partir

da necessidade de ganho de tempo

para movimentação e armazenagem

de materiais. “Uma empilhadeira com

elevação manual leva aproximada-

mente três minutos para que o gar-

fo chegue ao seu

curso máximo de

1.700 mm. Já uma

empilhadeira com

elevação eletro-hi-

dráulica, leva em tor-

no de 30 segundos

para que os garfos

alcancem a mesma

altura”, afirma Sidnei,

da Artama.

Novidades

A Zeloso fabrica

a empilhadeira, o ci-

lindro e a bomba hi-

dráulica de elevação

e desenvolveu bom-

bas cuja elevação pode ser no pedal,

ou na mão (através de manivela) com

variação da velocidade de acordo

com a carga. “Preparamos o lan-

çamento de toda a linha de em-

pilhadeiras em aço inox, cuja apli-

cação está voltada para laborató-

rios, indústrias químicas e farma-

cêuticas, alimentícias, entre outras,

podendo ser aplicada solda sanitá-

ria e acabamentos especiais”, afir-

ma Rubens.

Valério, da Dematic, destaca

como diferenciais de seus produ-

tos, pintura eletrostática a pó, que

proporciona maior resistência à

abrasão física e à corrosão; acio-

namento via pedal e manivela; sis-

9março 2008 |

Nossos equipamentos

desta linha têm o selo

da Comunidade

Européia, baixo índice

de quebras, pronto

atendimento de peças

de reposição e uma

variedade de alturas e

cargas que permitem a

escolha do equipamen-

to correto para cada

diferente operação

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| março 2008 10

| março 2008 10

A BT adotou como padrão uma

bomba chamada “quick lift”. “Esta

reduz em 60% o número de

bombeamentos. Também trabalha-

mos com bombas monobloco, que

reduzem em 40% o esforço de tor-

ção lateral da alavanca”, explica

Norival.

“Nossos equipamentos desta li-

nha têm o selo da Comunidade Eu-

ropéia, baixo índice de quebras,

pronto atendimento de peças de re-

posição e uma variedade de alturas

e cargas que permitem a escolha

do equipamento correto para cada

diferente operação”, afirma

Augusto, da Paletrans.

Para Vitor, a SAS tem três di-

ferenciais. “Melhor dirigibilidade, já

que a direção tem rodas giratórias

que permitem manobras de até

360º, estabilidade da carga com cor-

rente dupla, e velocidade de eleva-

ção com pedal para injeção mais rá-

pida e capacidade até 200 kg”.

EMPILHADEIRA MANUAL É O EQUIPAMENTO

MAIS ECONÔMICO PARA ELEVAÇÃO DE MATERIAIS

tema hidráulico eficiente e resis-

tente com proteção adicional con-

tra carga excessiva. “No projeto de

nossos equipamentos, desenvolve-

mos os seguintes dispositivos:

acionamento para elevação via pe-

dal além da tradicional por alavan-

ca; apoio manual para deslocamen-

to e dirigibilidade; grade mecânica

de proteção ao operador e sistema

hidráulico que impede elevação de

carga acima do projetado (1.000 kg

ou 1.500 kg)”, afirma.

“Na construção de nossos equi-

pamentos são utilizados materiais e

componentes dimensionados à ca-

pacidade de carga de cada equipa-

mento, o que lhes garantem robus-

tez e longevidade. A Artama acre-

dita que o custo-benefício de suas

empilhadeiras se sobrepõe aos cus-

tos com manutenções constantes de

equipamentos com conceitos mais

frágeis de construção, minimizando

os tempos de paradas”, diz Sidnei.

emp manual.p65 27/2/2008, 17:5210

Page 10: Logística movimentação e armazenagem de materiais

anuncios.p65 27/2/2008, 17:103

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| março 2008 12

SÉRIE | resposta eficiente*

1ª PARTE

Diante de um novo cenário, há a necessidade de mudanças

ou atualizações dos formatos e padrões para atender,

com eficiência, às novas exigências dos consumidores

APARTIR DESTA EDIÇÃO DA

Revista Logística, a Asso-ciação ECR Brasil (“Effi-cient Consumer Respon-

se”, Resposta Eficiente ao Consumi-dor), entidade sem fins lucrativos, fun-dada em 1997, que reúne mais de 60empresas associadas e tem como mis-são difundir as ferramentas de Res-posta Eficiente ao Consumidor, passaa desenvolver uma série de 11 arti-gos exclusivos sobre os mais atuaispadrões e processos que permitamaos integrantes da cadeia logística ade-quar custos, aumentar a produtividadee, acima de tudo, oferecer um atendi-mento cada vez mais eficiente ao con-sumidor.

O objetivo é que as idéias aqui ex-postas ao longo deste ano contribu-am de alguma maneira para a criaçãode um canal de debate e proporcio-

nem ganhos em eficiência e em agili-dade para toda a cadeia de abasteci-mento, desde as matérias-primas eprodução, até o abastecimento dasgôndolas.

A proposta é abordar temas comocusto logístico, cadastro de produtos,paletização, impacto da concentraçãode entrega no fim do mês, reposiçãode estoques, promoções, entrega no-turna, padronização de embalagens,radiofreqüência e transporte, entreoutros.

Desafios para

gestão eficienteA definição clássica de logística

apregoa que a mercadoria certa este-ja no lugar certo, na hora certa, naquantidade necessária e ao menor cus-to. É um conceito correto, porém,demasiado genérico para a situação de

mercado que enfrentamos. Com aglobalização, a cada dia surgem no-vos processos e novas tecnologias queprocuram aumentar a eficiência emtodas as fases da cadeia de abasteci-mento. Para se manter permanente-mente atualizadas, as empresas devempadronizar seus procedimentos e sualinguagem de comunicação dentro dascadeias e mercados em que atuam,desde o planejamento do suprimentode insumos e componentes até a en-trega de seus produtos a revendedo-res ou mesmo a consumidores indivi-duais. Nesse sentido, a segmentaçãode mercado tem se mostrado um im-portante instrumento para o atendi-mento de necessidades específicas degrupos de consumidores com carac-terísticas similares. Esse processoatinge toda a cadeia e até mesmo de-fine os lotes de produção e processos

Gestão dacadeia logística:novos desafios

Gestão dacadeia logística:novos desafios

serie ecr 210.p65 27/2/2008, 18:1612

Page 12: Logística movimentação e armazenagem de materiais

13março 2008 |

de distribuição para poder atender

“clusters” de consumidores, com pro-

dutos e serviços sob medida para suas

necessidades e preferências. Casos de

relações um-a-um podem ser observa-

dos em algumas empresas, como a Dell

Computadores, a qual permite ao con-

sumidor realizar a compra on-line, a

partir da especificação de todas as ca-

racterísticas do equipamento que dese-

ja adquirir. Os fabricantes produzem os

aparelhos sob medida e entregam no do-

micílio de cada cliente. Da mesma for-

ma, muitos fabricantes de automóveis

oferecem um enorme cardápio de op-

ções que permitem personalizações

como modelo, motor, câmbio, cores ex-

ternas e internas, materiais de acaba-

mento, sonorização, acessórios, etc.

A operação de estruturas desse tipo

– voltadas à diferenciação por seg-

mentos – parece ser a direção seguida

em muitos mercados. Isso exige uma re-

taguarda extremamente flexível, na qual

não se opera mais na busca do escoa-

mento rápido e eficiente de uma produ-

ção padronizada, mediante o conceito de

lotes econômicos, mas sim conciliando

um canal de informações precisas do

consumidor ao fabricante, e processos

de produção e distribuição, baseados em

uma logística customizável, desde os fa-

bricantes de insumos até a ponta da

cadeia em questão.

O desafio se torna ainda mais com-

plexo à medida que os investimentos na

plataforma de informações e sistemas

logísticos são limitados por margens ex-

tremamente enxutas, das quais devem

ser extraídos os recursos indispensáveis

para a competitividade dos processos e

empresas, além da manutenção do nível

tecnológico o mais atualizado possível.

Além das questões diretamente re-

lacionadas ao fluxo logístico ágil, exis-

tem novas exigências do consumidor ou

da sociedade, tais como a rastreabilidade

e a garantia de origem. Tanto por inicia-

tiva dos próprios “players” da cadeia,

quanto por imposições legais, busca-se

a transparência e visibilidade com efeti-

va garantia de qualidade de produtos,

13março 2008 |

serie ecr 210.p65 27/2/2008, 18:1613

Page 13: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 14

* POR CLAUDIO

CZAPSKI, SUPERINTEN-DENTE DA ECR BRASIL

serviços e processos, para todos os

envolvidos. No mercado europeu, já é

possível dispor de todo o histórico da

mercadoria, como origem, destino,

tempo de estocagem etc. No Brasil,

as ações ainda são tímidas e restritas

a determinadas mercadorias, como

perecíveis e aqueles mais sujeitos a

adulterações, entre eles, os produtos

farmacêuticos. As vantagens da

rastreabilidade são várias ao permitir

que seja possível pesquisar todo o his-

tórico do produto, conhecer sua data

de validade, o fabricante, quando foi

adquirido, qual foi a transportadora e

para quem foi vendido. Ferramentas

para promover o rastreamento já es-

tão disponíveis, mas ainda não encon-

tram “eco” por inúmeras razões, den-

tre elas, a falta de padronização nas

informações trocadas entre fabrican-

tes e varejo.

A rastreabilidade e a garantia de

origem, no entanto, exigem capacita-

ções especiais de quem opera no se-

tor, desde estruturas multifuncionais

das empresas até a união de especia-

listas para oferecer soluções sob me-

dida para cada cliente e mercado.

A responsabilidade pela eficiência

da cadeia, evidentemente, é comparti-

lhada por todos seus integrantes e

traz como requisitos a padronização

e interoperabilidade de sistemas, ca-

dastros e processos, o compartilha-

mento amplo e transparente de infor-

mações, a avaliação de alternativas

tecnológicas (e respectivos custos)

para a construção de modelos eficien-

tes e sob medida para cada situação.

| março 2008 14

serie ecr 210.p65 27/2/2008, 18:1614

Page 14: Logística movimentação e armazenagem de materiais

anuncios.p65 27/2/2008, 17:127

Page 15: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 16

SEJAM FERRAMENTAS PARA

uso manual, sejam equi-

pamentos de aciona-

mento semi-automático

ou totalmente automático, os sis-

temas de arqueação atuam na con-

tenção de volumes e cargas com-

pletas em paletes, assegurando sua

unitização e a integridade durante

o transporte.

Utilizando consumíveis como as

fitas de polipropileno, aço (para apli-

cações especiais, veja quadro nesta

reportagem) ou poliéster, os avan-

ços registrados nestes equipamen-

tos nos últimos anos envolvem o

uso cada vez maior da tecnologia, o

que se traduz em aumento de pro-

dutividade, ou seja, mais volumes

sendo arqueados em menos tempo.

“No caso dos equipamentos au-

tomáticos e semi-automáticos, os

avanços também se referem a me-

Sistemas de arqueação asseguram a unitização de volumes

e a integridade de produtos

nos quantidade de peças – com mais

eletrônica embarcada (CLPs e ser-

vo-motores) o desempenho opera-

cional aumenta, como nos casos de

arqueadoras automáticas com pro-

dução de 70 cintagens por minuto

– e é possível reduzir os custos de

manutenção”, esclarece o gerente

nacional de vendas da Signode,

Marcello Donadio.

A empresa, que tem fábrica em

Cabreúva, São Paulo, acaba de lan-

çar os modelos LBX e HBX da li-

nha X com foco na indústria em

geral e de papelão (LBX) e de pro-

dutos frigorificados (HBX). A

tecnologia neles empregada permi-

tiu redução de 40% de peças, acessó-

rios diferenciados e, no caso dos

consumíveis para a HBX, fitas que

não variam a espessura e a largura,

garantindo maior desempenho. A

Signode tem ainda em seu portfólio

Junto, mas nãomisturadoJunto, mas nãomisturado

MODELO DA LINHA X DA SIGNODE:40% MENOS PEÇAS

arqueadoras.p65 27/2/2008, 18:1716

Page 16: Logística movimentação e armazenagem de materiais

17março 2008 |

uma paletizadora desenvolvida para o

mercado de papelão que combina pren-

sa, arqueadora e cabeçotes modula-

res para selagem e tensionamento.

“Os insumos ou consumíveis tam-

bém registraram avanços nos últimos

anos. A fita em poliéster, por exem-

plo, substitui a fita de aço em algu-

mas aplicações com muita vantagem

em termos de preço/metro e desem-

penho (resistência e alongamento)”,

destaca o gerente de vendas para

América Latina da Cyklop, Lineu Cal-

deira. “O problema é que, em muitos

casos, os fornecedores trabalham

para atender a exigências medianas,

deixando de lado a qualidade, e as pe-

quenas e médias empresas contribu-

em para perpetuar essa situação quan-

do consideram com maior prioridade

o preço. Os consumíveis são impor-

tantes na hora de comprovar o custo-

benefício da qualidade e desempenho”.

Como exemplo, o gerente cita a fita

de resina de poliéster que a Cyklop está

desenvolvendo com capacidade para 550

N/mm2 (as tradicionais oscilam entre

420 e 440 N/mm2). “Utilizamos as fi-

tas de poliéster desde 1994 e hoje

temos cinco linhas de produção de fi-

tas deste material, em razão do au-

mento da demanda”, afirma Lineu. A

empresa lançou em 2007 uma ferra-

menta de arquear pneumática que

traciona até 500 kgf com conjunto

redutor, conferindo-lhe maior

confiabilidade e menos manutenção.

17março 2008 |

Fitas: os diferentes consumíveis

Aço: aplicações de arquear na siderurgia, (aço, bobinas, etc)

Polipropileno: arqueação de cargas consideradas leves (até 200 kgf)

Poliéster (PET): arqueação de cargas pesadas (acima de 200 kgf), que pedem maior

resistência das fitas, como lingotes de alumínio. Têm maior capacidade de

alongamento e retenção de carga que o polipropileno.

TIPO: USO:

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Page 17: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 18

Fonte: fabricantes

Escolha inteligente

O ideal, segundo os fabricantes

de equipamentos e consumíveis

para arqueação, é que cada cliente

receba uma solução de embalagem

que considere também os serviços

a serem prestados – aí incluídos

treinamento de pessoal para pro-

longar a vida útil da ferramenta e

manutenção.

A indicação de determinado

equipamento para essa ou aquela

aplicação depende de aspectos como

o produto a ser arqueado – dimen-

sões e peso –, condições e modo de

transporte, para avaliar o impacto

na embalagem, além da armazenagem

e demanda, para evitar gargalos.

“O pós-venda e continuidade de

atendimento do fabricante ou dis-

tribuidor da arqueadora e fitas tam-

bém devem ser avaliados”, assinala

o gerente de vendas da Serral-

godão, Carlos Alberto Pilão. Para ele,

conhecer os fornecedores ou fabri-

cantes dos equipamentos, assegurar-

se de que tenham capacidade para re-

alizar a manutenção e fornecer pe-

ças sem deixar parar a produção, é

essencial.

“Entre os serviços que podem

ser oferecidos estão o acompanha-

mento do desempenho da arquea-

dora considerando a forma como

está sendo utilizada, e consumo,

desgaste e fornecimento de peças,

que fazem parte da manutenção pre-

ventiva. Neste segmento, o pós-

venda é um diferencial para os fa-

bricantes, pois é uma maneira de

manter a parceria com o cliente”,

afirma Lineu da Cyklop.

Já Marcello da Signode reco-

menda que antes de adquirir um

equipamento de arquear, o usuário

Cort

esia

: Furn

axC

ort

esia

: C

yklo

p

Utilizando como consumível as fitas plásticas (poliéster ou

polipropileno), são aplicadas em fábricas onde a produção

seja pequena. As elétricas usam baterias e são indicadas

para arqueamento de cargas até 700 kg, com tração de

300 kgf. Realizam, em uma única operação, tensionamento,

selamento das fitas e corte. Já as pneumáticas são reco-

mendadas para arqueação de cargas de até 1.500 kg e

tração de até 500 kgf.

Utilizadas para fechamento de caixas com fita de

polipropileno. As cargas apresentam peso entre 18 e 25

kg (por caixa). Não dispensam operador em parte do

processo.

Usadas apenas para arqueação de grandes volumes –

acima de 20 a 30 paletes/hora, são aplicadas em linhas de

produção, dependendo do equipamento fazem até duas

arqueações simultaneamente, não oferecem restrições ao

tipo de carga, e dispensam operador no processo. Têm sido

empregadas nas indústrias de papel, latas, garrafas e pai-

néis de madeira.

Arqueadoras manuais:

mecânicas, elétricas

ou pneumáticas

Arqueadoras

semi-automáticas

Arqueadoras

automáticas

Os tipos de arqueadorasTIPO APLICAÇÃO

Cort

esia

: Ser

ralg

odão

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Page 18: Logística movimentação e armazenagem de materiais

19março 2008 |

No embarque de produtos para exportação

A Astro Tecnologia também faz

uso de fitas e ferramentas para

arquear cargas embarcadas em

contêineres que serão transpor-

tados em qualquer modo – ro-

doviário, aéreoviário, aquaviário,

ferroviário. De acordo com ex-

plicações do diretor comercial da

empresa, Egidio Melotto, o siste-

ma de embalagem é composto

por fitas de poliéster com fios em

paralelo agregados com

polipropileno aplicadas de for-

ma manual, com auxílio de ferramenta para dar a tensão necessária de contenção.

“Esse sistema se aplica a cargas acima de 500 kg até 2 toneladas. As fitas têm capacida-

de elástica de 7% de seu tamanho para absorver as mudanças que a carga pode sofrer

ao longo da viagem, ou seja, em caso de impacto, uma cinta de 100 cm pode alongar-se

até o limite de 107 cm e depois retornará ao tamanho original de 100 cm”, assinala.

Esse sistema de arqueação é composto por fitas, fivelas, a ferramenta de tensionar e cortar

fitas, e ganchos. Pode ser utilizado para fixação de motores em paletes, amarração de

vergalhões de aço ou veículos industriais em racks e cargas de formato e tamanho

irregulares.

19março 2008 |

também atente para os custos de ma-

nutenção, perdas em processo (desper-

dício de fitas, perda de produção em fun-

ção de paradas para manutenção e cus-

tos de retrabalhos, entre outros). “Co-

nheça bem a sua operação e mais ainda

o seu fornecedor”.

No quesito parcerias de longo pra-

zo, entram em cena os contratos de ma-

nutenção, de fornecimento de consu-

míveis, e o comodato (ou aluguel) dos

equipamentos (que pressupõe um con-

trato de fornecimento dos consu-

míveis). Apesar da percepção indicar que

o mercado hoje adquire mais do que

firma contratos de comodato, as em-

presas ainda se valem deste expedi-

ente para fidelizar o cliente com as

fitas. “Existe espaço para venda e

comodato, mas é preciso avaliar, an-

tes de tudo, o que a operação deman-

da para adotar o sistema de embala-

gem mais adequado e eficiente”, en-

cerra Carlos Alberto da Serralgodão.

Corte

sia

: A

str

o

arqueadoras.p65 27/2/2008, 18:1819

Page 19: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 20

Peça qualquer peçaA SMH cresce e conquista o mercado de peças de reposição

para empilhadeiras

CRESCEMOS 34% EM 2007e a expectativa para 2008

é obter um faturamento

30% maior”. A previsão

é do gerente-geral da SMH no Bra-

sil, Newton Santos, que acredita que

ainda há espaço a ser conquistado

no mercado de peças de reposição

de empilhadeiras. A empresa tem

20% de participação neste setor e

cerca de 560 mil itens diferentes à

disposição do cliente. Com a aquisi-

ção da Intrupa, a SMH (Systems

Material Handling) iniciou a

comercialização de peças de reposi-

ção para empilhadeiras européias, até

então indisponíveis pela empresa.

A SMH comercializa peças ori-

ginais, de acordo com os manuais

do fabricante, não necessitando de

adaptações. “Este já era um concei-

to da Intrupa”, afirma Newton.

“Como temos um poder de negoci-

ação maior com os fabricantes de

peças, conseguimos preços menores

que os distribuidores”.

A empresa, que recentemente

quase triplicou sua área, de 650 m2

para 1.650 m2, não teme a concor-

rência chinesa, uma vez que as

empilhadeiras chinesas estão chegan-

do ao Brasil. Segundo Newton, a

SMH também dispõe de peças que

podem atender a esse mercado. “Já

temos as referências de algumas das

marcas deles”.

De acordo com o gerente-geral,

os fabricantes chineses fazem dois

tipos de produtos: os muito bons e

os ruins. “Não tem meio termo. O

Brasil está começando a dar impor-

tância para a qualidade. Não basta

um bom produto. E necessário um

bom pós-venda. O consumidor com-

pra um produto, o serviço e a ga-

rantia. Ninguém pode deixar o equi-

pamento parado por falta de peça”.

Newton acredita que o mercado

está carente de bom atendimento e

mão-de-obra. “O mercado está ama-

durecendo para o consumo de equi-

smhl intrupa.p65 25/2/2008, 11:2420

Page 20: Logística movimentação e armazenagem de materiais

21março 2008 |

pamentos de movimentação e ar-

mazenagem de materiais”.

A SMH está presente em mais

de 300 países, seja com instalações

próprias ou através de representan-

tes. Em alguns países, como no Bra-

sil, conta com centros de distribui-

ção próprios. Em outros, tem lojas

ou representantes.

“O mercado de peças de reposi-

ção é interessante”, afirma Newton.

“Teoricamente, gera um volume

três vezes maior que o parque ins-

talado. Se por exemplo, o mercado

conta com um milhão de

empilhadeiras, significa que o de

peças de reposição é de mais três

milhões”.

O diretor-geral afirma que falta

aos profissionais de manutenção de

empilhadeiras do Brasil a cultura da

manutenção preventiva. “Aqui, a es-

timativa do valor do gasto mensal

para troca de peças é de US$ 150,00

por empilhadeira, mas deveria ser

21março 2008 |

maior. Só pensamos em trocar uma

peça depois que a empilhadeira pára

de funcionar. O barato acaba sain-

do caro”.

Para Newton, para economizar,

uma parcela da população compra

peças de reposição com vistas ape-

nas ao preço, e não à qualidade, até

mesmo para itens de segurança.

“Muitas vezes essas peças estão

fora de especificação”.

A SMH planeja, já no próximo

mês, iniciar o uso do e-commerce

no Brasil. Será possível fazer cota-

ções, pedidos e buscas no site. Para

isso, a empresa está prevendo um

aumento do investimento em es-

toque de 60% e dobrar o fatura-

mento até o final do ano.

NEWTON: “COMO TEMOS UM PODER

DE NEGOCIAÇÃO MAIOR COM OS FABRICANTES

DE PEÇAS, CONSEGUIMOS DISPONIBILIDADE

A UM PREÇO MENOR”

Só pensamos em trocar

uma peça depois

que a empilhadeira

pára de funcionar.

O barato pode sair caro

smhl intrupa.p65 25/2/2008, 11:2421

Page 21: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 22

À medida que cresce a quantidade de locais de manufatura

global de automóveis, montadoras sentem crise na capacidade

de armadores

ACADEIA DE ABASTECIMENTO

de veículos novos está

passando por um desen-

volvimento dinâmico que

vem ampliando a visão global dos fa-

bricantes e das transportadoras ma-

rítimas de automóveis. Mercados es-

tabelecidos na Europa e América do

Norte estão mantendo um crescimen-

to positivo e as economias emergen-

tes estão crescendo rapidamente como

centros de produção e consumo.

O resultado do comércio crescen-

te inter e intracontinental de veículos

levou à demanda maior de transpor-

tadoras ro-ro (roll-on - roll-off) que

pode atender às necessidades, não só

para as principais rotas comerciais,

mas também para as menores. O pro-

blema é que a demanda por capacida-

de continua a superar a oferta. As so-

luções recaem não só na introdução

de navios adicionais e maiores, mas

também na maior cooperação entre

os embarcadores.

Fabricantes identificam

os problemas

Os fabricantes de veículos têm di-

versos problemas no uso do trans-

porte ro-ro. Na Mazda Motor

Logistics Europe, a principal preocu-

pação está na necessidade de maior

eficiência no serviço em longo curso,

incluindo menores custos ope-

racionais e melhor confiabilidade no

serviço.

“Os principais problemas são a

combinação entre capacidade e ofer-

ta”, explica Paul Carlton, presidente

da MOL Bulk Shipping USA. “O cres-

cimento contínuo dos mercados como

o do Oriente Médio, América do Sul

e Europa Oriental mudou as neces-

sidades. Devido o crescimento do

volume nos EUA, Europa e Orien-

te Médio, a programação das

transportadoras não é tão fácil

quanto costumava ser devido à dis-

ponibilidade de mão-de-obra nos

portos”.

Alguns problemas são regionais:

Steve Perry, diretor de Supply Chain

da Kia Motors UK, prevê desafios

quando a Kia começar a usar navios

para curtas distâncias para sua nova

fábrica em Zilina, Eslováquia. “Se em-

barcarmos dos portos poloneses pelo

mar Báltico para atender o nordeste

do Reino Unido, haverá problemas

no inverno por causa das condições

climáticas. Outras opções são o em-

barque através dos portos de

Bremerhaven (Alemanha) ou Roter-

dã (Holanda)”.

O mar nãoestá para peixe

O mar nãoestá para peixe

SÉRIE | logística pelo mundo

serie pelo mundo.p65 27/2/2008, 18:2422

Page 22: Logística movimentação e armazenagem de materiais

23março 2008 |

Serviços com valor

agregado

Na Grimaldi Lines, cujos serviçosincluem rotas regulares entre Euro-pa, Oeste da África e América do Sul,Marcello Di Fraia, executivo seniordo departamento comercial, diz que éde crucial importância para o cresci-mento da base de exportadores e im-portadores de veículos brasileiros aprevenção contra avarias, a garantiade freqüência das rotas, a integrida-de dos horários e a disponibilidade deespaço.

Outros problemas envolvem asflutuações de última hora da produ-ção, os processos com a documenta-ção, as necessidades de programas degarantia da qualidade e a necessidadede parcerias efetivas para o geren-ciamento das dificuldades provocadas

pela falta de infra-estrutura e de servi-ços dos portos brasileiros.

Os fabricantes de veículos funda-mentam o valor da cooperação comas transportadoras marítimas de veí-culos com uma visão de melhoria desua eficiência logística. Robert Strain,diretor de Logística da GM GlobalPurchasing and Supply Chain, na ÁsiaPacífico, conta que a capacidade limi-tada do transporte ro-ro torna vitalpara as transportadoras que traba-lham com a GM identificarem formasde operar com mais eficiência. “A GMavalia mensalmente o desempenho eas propostas para eliminação de per-das de forma pró-ativa com as trans-portadoras ro-ro. Partidas no horá-rio, chegadas no horário, fretes redu-zidas dos veículos e taxas de avariasnos veículos são alguns dos proble-mas em que focamos”, ele conta.

O déficit de capacidade

O déficit de capacidade é o pro-blema mais significativo que os fabri-cantes de veículos enfrentam. AMazda passa por problemas de capa-cidade da Ásia à Europa e parte doproblema é que os navios permane-cem em serviço mais tempo do quedeveriam. A qualidade dos equipa-mentos às vezes resulta em freqüên-cia instável, o que afeta os horários, olead-time e a capacidade.

Trabalhando junto com os fabri-cantes de veículos estão os pres-tadores de serviços logísticos como aBLG Automobile Logistics, emBremerhaven, que presta serviços demovimentação nos terminais eagenciamento de fretes. WolfgangStoever, diretor do departamento devendas e operador de portos contaque a falta de espaço continuará até2008: “embora novos navios estejamsendo construídos, a demanda estácrescendo muito mais rapidamente”,acrescenta.

O déficit existe não só nas rotasprincipais. Na Fiat Brasil, o ‘over-booking’ é o principal problema. De-vido ao volume crescente, as trans-

portadoras mantêm seus maiores na-vios nas rotas principais entre o Ex-tremo Oriente, EUA e Europa e háum déficit significativo de espaço",conta.

O déficir de capacidade está pio-rando para a Fiat devido aos aumen-tos de volume de vários fabricantesde veículos no mundo inteiro. Prevê-se déficits de capacidade da Américado Sul à África, Europa e AméricaCentral. A solução é assinar contra-tos mais longos com as transporta-doras para manter navios maiores emais modernos nessas rotas comer-ciais.

Robert Bob Wade, GerenteCorporativo de Logística Internacio-nal da Toyota Logistics Services(TLS), conta que seus objetivos nouso de transportadoras marítimas deveículos são o desempenho pontual ea prevenção contra avarias, com a me-lhor proposição possível de custo ede valor. Segundo ele, o volume de im-portação dos EUA para a TLS au-mentou drasticamente. Em 2006, aTLS movimentou 863.665 veículos. Ovolume para 2007 foi de quase 1,29milhão de veículos importados, um au-mento de 50%. A TLS espera aumen-tar ainda mais em 2008, embora nãotão drasticamente.

O crescimento das exportações daGM está desafiando as transporta-doras marítimas apesar dos progra-mas agressivos de construção de no-vos navios. Para minimizar o impactodo déficit de tonelagem, é crucial queas transportadoras forneçamcronogramas acurados e trabalhemcom os fabricantes de veículos quan-do não conseguirem cumprir seuscronogramas.

É necessária ainda suficiente co-municação e aviso antecipado de modoa não prejudicar as vendas e receitasdas OEMs (Original EquipamentManufacturer). As OEMs têm asmesmas obrigações de informar àstransportadoras sobre qualquer des-vio em seus volumes de exportação.Somente com a comunicação abertatodas as partes poderão ter êxito.

serie pelo mundo.p65 27/2/2008, 18:2423

Page 23: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 24

Coordenação

mais rígida

Para reduzir o déficit de capacida-de, bem como os outros problemaslogísticos, é necessária uma coorde-nação mais rígida entre os fabrican-tes de veículos e as transportadorasmarítimas. Os fabricantes precisamoferecer entregas em ‘just-in-time’para as transportadoras marítimas,pois elas trabalham conforme previ-são. Em casos onde um fabricante deveículos possa, como parceiro de suatransportadora, criar um sistemalogístico contínuo voltado à exporta-ção que forneça a produção em ‘just-in-time’ até o porto, até o navio e atéo mercado, todos ficarão satisfeitos.

Existe muita coordenação entre astransportadoras e os fabricantes deveículos em áreas como transmissãode dados, documentação, cobrança defretes, segurança e qualidade na mo-vimentação, e embora os fabricantesestejam melhorando na previsão eobtendo fornecimento das futurasáreas de produção, estes ainda são osprincipais problemas. A cooperação detodas as partes é essencial para conse-guir uma logística eficiente.

Transportadoras

marítimas ampliam

seus serviços

As transportadoras marítimas es-tão ampliando seus serviços para aten-

der às exigências dos fabricantes deveículos por maior eficiência logística.Na Subaru, Akira Watanabe, gerentede vendas, explica que sua empresacontroladora, a Fuji Heavy Industriescuida da logística de veículos fabrica-dos no Japão destinados aos merca-dos da Europa. Em 2006, a transpor-tadora marítima da Subaru começoua cuidar da logística dos veículos fa-bricados nos EUA, incluindo o trans-porte de portos dos EUA até o portode descarga, desembaraço alfandegá-rio e o transporte até o destino final,o que aumentou a eficiência dalogística.

Existem oportunidades e as van-tagens para as transportadoras am-pliarem seus serviços logísticos. Umexemplo é que as operações nos ter-minais garantem às transportadoras

prioridade para atracação e espaçopara descarga em uma época em queo espaço dos portos está ficando es-casso. Isto é especialmente verdadei-ro na Costa Oeste dos EUA.

A Grimaldi oferece serviçosabrangentes de logística na Itália, Ir-landa, Norte da Europa, Escandináviae Oeste da África. Em contrapartida,na América do Sul, e mais especifica-mente no Brasil, o envolvimento dastransportadoras marítimas está rela-cionado mais com as iniciativas con-juntas de cuidar dos gargalos em ter-ra e dos assuntos relacionados à bu-rocracia.

Em busca

da integração

Com estes problemas solucionados,poderíamos ver uma evolução parauma integração da logística, porémexistem diversas barreiras, incluindoo excesso de burocracia, a falta de le-gislação clara, que permita que osprestadores de serviço logístico rea-lizem entregas com um único conhe-cimento de embarque e a falta de in-vestimento na infra-estrutura portu-ária.

Embora a Mazda use as transpor-tadoras de veículos apenas para otransporte marítimo, Eekhof reco-nhece que os serviços mais abran-gentes deverão aumentar a eficiência.

OPERAÇÕES NOS TERMINAIS GARATEM ÀS TRANSPORTADORAS PRIORIDADE DE ATRACAÇÃO

AS ROTAS COMERCIAIS NÃO PRINCIPAIS COMPETIRÃO POR CAPACIDADE COM AS ROTAS

SIMILARES À MEDIDA QUE A PRODUÇÃO DE VEÍCULOS AUMENTAR

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Page 24: Logística movimentação e armazenagem de materiais

25março 2008 |

Seria uma vantagem combinar os serviços em águas pro-fundas e nos terminais, embora a Mazda ainda cuidaria dotransporte interno.

No Porto de Southampton (Reino Unido), Ray Facey,gerente do porto, acredita que haverá maior envolvimentodas empresas de navegação na cadeia logística geral, des-de que seja economicamente viável. “Entretanto, pareceque os retornos desta atividade não são especialmenteinspiradores”.

O Porto de Southampton está trabalhando com algunsde seus principais clientes para promovê-lo como uma ins-talação de “consolidação e redespacho”. A intenção é for-necer um intercâmbio adequado entre os serviços de lon-go curso e de curta distância para embarques de veículosnos navios alimentadores nos portos europeus mais pró-ximos. Isto permitiria que os operadores de águas pro-fundas reduzissem o número de escalas em seus itinerári-os economizando com isso tempo e dinheiro.

Algumas montadoras querem tirar proveito das eco-nomias que os ‘hubs’ (portos centralizadores) podem ofe-recer. Outros querem soluções customizadas. Algumas em-presas querem soluções simplificadas que exijam habilida-des que não têm internamente. Assim, eles estão interes-sados em fazer parcerias com empresas que tenham estasespecialidades. Pacotes de serviços da fábrica ao revendedor,controle de faturamento e reclamações, visibilidade do fluxodos produtos e gerenciamento dos eventos da cadeia deabastecimento são alguns exemplos.

Melhorias na eficiência da logística

Embora algumas melhorias na logística ainda estejamnas etapas de planejamento, outras renderam resultadospositivos. A Höegh Autoliners renovou e expandiu recen-temente suas operações nos terminais de Jacksonville eBaltimore nos EUA. Com a inclusão de mais terrenos, suaflexibilidade de prestação de serviços de entrada e saídaaumentou.

De janeiro a setembro de 2007, o desempenho na pon-tualidade das transportadoras da Toyota Logistics Servicesnos EUA ultrapassou 96%, um grande avanço conside-rando que ela usou diversas transportadoras, mais naviosfretados e teve mais variabilidade no tempo em trânsito.

A BLG construiu um ancoradouro para transporta-doras de longo curso e dois ancoradouros para transpor-tadoras de curtas distâncias em Bremerhaven. Ela cons-truirá ainda uma segunda eclusa por volta do final da década.A Grimaldi introduziu cinco navios na rota rumo ao norte apartir do Brasil, lastreando-os através de seu serviço noOeste da África. Com quase o dobro de sua capacidade deelevação, a Grimaldi possibilitou o sucesso do programa delançamento e exportação de novos modelos de carros fabri-cado no Brasil para o mercado do Norte Europeu.

25março 2008 |

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Page 25: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 26

LLLLL I T E R AI T E R AI T E R AI T E R AI T E R AT U R AT U R AT U R AT U R AT U R A

TTTTT É C N I C AÉ C N I C AÉ C N I C AÉ C N I C AÉ C N I C A

PARA OBTER OS TELEFONES E WEB MAIL DOS FABRICANTES AQUI MENCIONADOS,CONSULTE O GUIA DE FABRICANTES DE EQUIPAMENTOS DE MAM.

Distribuidor de

EMPILHADEIRASA Somov foi formada a partir da fusão da Lion, distribui-

dora mundial da Hyster, com a Sotreq, revendedora

Caterpillar. Além de contar um pouco da história da empre-

sa, o catálogo ainda destaca, com fotos, a linha de

empilhadeiras, além dos serviços de locação e contratos de

manutenção. A literatura também aponta a competência dos

colaboradores da Somov na seleção e configuração dos equi-

pamentos.

EMBALAGENSde madeira

SOFTWARESlogísticos

A Infolog Solutions dis-

põe de diversos softwares

para uso logístico. Há catá-

logos individuais para cada

aplicativo: TMS (“trans-

portation management

sytem”, sistema de geren-

ciamento de transportes);

GLS (“global logistics

system”, sistema logístico

global); WMS (”warehouse

management system”, siste-

ma de gerenciamento de ar-

mazéns) e GTS (“goods

traceability system”, sistema

de rastreabilidade de produ-

tos). Cada catálogo destaca

as principais funcionalidades

do respectivo software e

seus benefícios específicos.

A Adezan fabrica emba-

lagens de madeira ou mistas

adaptadas a cada situação. O

catálogo da empresa destaca

os serviços de programar

embalagens, embalar, movi-

mentar, estocar e estufar

contêineres. A empresa, que

utiliza softwares específicos

para projetos e otimizações,

sugere alternativas, com

otimização de custo e apro-

veitamento em contêineres.

Merecem destaque ainda, as

embalagens para transporte

de vidros planos, conten-

tores para exportação,

paletes, caixas desmontáveis

com “bags” plásticos para lí-

quidos, entre outros.

RETÍFICAde motores

A MM Retífica de Moto-

res faz o recondicionamento

de motores veiculares,

empilhadeiras e estacionári-

os nacionais e importados

desde 1967. Traz em seu ca-

tálogo de aplicações em

empilhadeiras sua linha de

motores GLP, gasolina e die-

sel. Atende aos modelos das

marcas Hyster, Yale, Clark,

Mitsubishi, TCM, Nissan,

Komatsu, Toyota, Linde,

Daewoo e Halla, todos des-

critos na publicação. De acor-

do com esta, normalmente

são passíveis de recondicio-

namento peças vitais do mo-

tor, como bloco, cabeçote,

virabrequim, biela e cárter.

| março 2008 26

lit tecnica 210.p65 28/2/2008, 17:4526

Page 26: Logística movimentação e armazenagem de materiais

anuncios.p65 27/2/2008, 17:116

Page 27: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 28

toque de midas

Construtorde soluções

NÃO É À TOA QUE MAURICIO

Abrão Iankis Ajzenberg,

diretor de logística da

Treelog Logística - em-

presa de distribuição de impressos

dedicada ao Grupo Abril – pode ser

visto como um construtor de solu-

ções. Em logística começou formal-

mente em 1991, na extinta Cia. São

Paulo de Petróleo; e o início de tudo

foi nos canteiros de obras, quando

passou a lidar com a gestão dos su-

primentos, logística, distribuição, pos-

tos e terminais próprios, além da ges-

tão dos fretes terceirizados e de uma

pequena frota própria.

A Editora Abril entrou na vida de

Mauricio pela primeira vez em 1982

e, depois, em 1997, quando após um

período, voltou à empresa. Em 2001

assumiu a diretoria de logística da

Dinap (Distribuidora Nacional de Pu-

blicações) e em 2008, foi convida-

do a ocupar esta mesma função na

recém-criada Treelog Logística.

“Apesar de minha formação e da

experiência com a logística dos can-

teiros, foram fundamentais o apoio e

os ensinamentos passados pelos cole-

gas de departamento na ocasião. Atu-

ar num segmento altamente compe-

titivo, às vezes lado a lado, e outras

confrontando as gigantes nacionais e

mundiais do setor, acabou sendo ou-

tra grande escola”.

Um de seus maiores desafios ocor-

reu durante a crise financeira perce-

bida pela empresa no período 2001-

2004. Neste período, sua equipe con-

seguiu reduzir os custos logísticos do

grupo em até 50%, com o mínimo de

impacto em termos de pessoal (de-

missões/terceirizações), com baixo

comprometimento dos níveis de ser-

viço demandados pelas publicações

(que são vitais para seu negócio) e com

a manutenção de um excelente relaci-

onamento com clientes e fornecedo-

res ao longo de toda a cadeia. “Foram

exercícios de foco nos objetivos (ne-

cessidades) aliados à criatividade (a

equipe foi formidável!) no redesenho

de processos, na otimização de recur-

sos e, principalmente, de muita trans-

parência nas ações e resultados”.

Para Mauricio, a qualificação e a

elevação do nível de instrução dos tra-

balhadores, além da introdução a uma

cultura de serviços (com acordos, re-

gras e funções bem definidas) são as-

pectos que não podem ser ignorados

pelos líderes em logística. “Investi-

mento na educação formal dos ci-

dadãos e colaboradores, a definição

de regras claras e razoavelmente

estáveis na legislação (além, é cla-

ro, de seu cumprimento) são um

bom início para derrubar parte dos

obstáculos que temos de enfrentar

diariamente. A economia de merca-

do ajuda no restante”.

O executivo faz questão de ressal-

tar que sua atividade é estimulante sob

vários aspectos, um deles é que a

logística, principalmente em segmen-

tos tão perecíveis quanto o editorial,

não “dá tréguas”: não há marasmo

nem monotonia. No dia-a-dia, o que

torna o trabalho desafiador são o

atendimento das diferentes expecta-

tivas, o cumprimento dos acordos e a

busca pelas melhorias.

“Um objetivo para minha realiza-

ção é o de implementar as operações

da nova empresa com um modelo de

alta flexibilidade de serviços para os

clientes, nível de excelência pautado

por indicadores e colaboradores ati-

vos, felizes e orgulhosos de seu tra-

balho”.

MAURICIO ABRÃO IANKIS AJZENBERG

Formação: engenheiro civil pela Escola Politécnica - USP, pós-

graduado em gerenciamento de empresas pela Fundação Vanzolini

e com MBA Executivo em Marketing pela ESPM.

Idade: 47 anos

Primeiro trabalho em logística: de um ponto de vista formal,

foi como gerente de operações da antiga Cia. São Paulo Distri-

buidora de Derivados de Petróleo, uma distribuidora nacional

de combustíveis (que foi adquirida pela Agip e, mais recentemen-

te, pela BR Distribuidora).

Horas médias de trabalho: em média 9 horas por dia. “Vale

lembrar que, na nossa área de atuação, estamos quase que perma-

nentemente de ‘plantão’”.

Hobbies: viajar em companhia da família, cinema, música, espor-

tes (vôlei , tênis e futebol).

Os desafios estão na introdução e ampliação de uma cultura de servi-

ços e na elevação do nível de qualificação dos colaboradores.“”

toque de minas 210.p65 26/2/2008, 11:3028

Page 28: Logística movimentação e armazenagem de materiais

29março 2008 |

PARA MAURICIO, A QUALIFICAÇÃO E ELEVAÇÃO

DO NÍVEL DE INSTRUÇÃO DOS COLABORADORES

NÃO PODEM SER IGNORADOS

toque de minas 210.p65 26/2/2008, 11:3029

Page 29: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 30

COMO PODEMOS DEFINIR UM

“big bag”? De acordo como diretor industrial daTopack do Brasil, José

Maddaloni, o big bag pode ser defini-do como um contentor flexível desti-nado ao acondicionamento e transpor-te de materiais sólidos em pó ou gra-nulados nos setores agrícola, alimen-tício, químico, petroquímico e de mi-nérios, entre outros. “É um produtode larga utilização nos países de pri-meiro mundo, fabricado em ráfia depolipropileno de alta resistência e te-nacidade, sendo aditivado contra açãodos raios ultravioleta. Dispensa o usode qualquer outro tipo de embalagem,é de fácil manuseio, tanto para cargaquanto para descarga do produto.Para materiais que requerem umaimpermeabilização, existe o modelo

Vantagens dos contentores flexíveis

com filme de polietileno interno, queprotege totalmente o produto en-vasado da contaminação e contatoscom a umidade”, afirma.

A Sanwey, outra fabricante de bigbags, dispõe dos modelos padrão ti-pos A,B, C e D, com capacidade deaté 2.000 kg de carga na “versãoquadrada”, com divisórias queotimizam o espaço do volume quan-do estocado e versão paletizada, quedispensa os tradicionais paletes demadeira. “A capacidade de carga va-ria de 500 kg a 2.000 kg, de acordocom o produto a ser armazenado”,afirma o gerente de marketing daempresa, Yoshito Suzuki. “Enquan-to vazio, o big bag pesa em médiadois quilos, o que reduz o peso totalno cálculo de fretes, assim como oproduto chega ao final do processo

com rapidez e segurança, sem per-da de material”.

O Vinicon, big bag da Sansuy, é cons-tituído de um corpo de formato cilín-drico ou quadrado, um tubo para car-ga, um para descarga e um sistema dealças para içamento, confeccionados comlona sintética de PVC reforçada comtecido de poliéster de alta resistência.Dependendo da necessidade e da utili-zação, o departamento de engenharia daempresa produz big bags sob medida.Em geral, os volumes variam de 700 a2.500 litros.”O Vinicon tem vida útil decinco anos ou 400 viagens, tomando-sealgumas precauções e executando-seconsertos e manutenções periódicas”,afirma o assessor de Marketing da em-presa, João Carlos Birkholz.

O big bag, de acordo com JoãoCarlos, possibilita redução de tempo e

Big soluções

em bagsBig soluções

em bags

big bags.p65 27/2/2008, 18:2930

Page 30: Logística movimentação e armazenagem de materiais

31março 2008 |

mão-de-obra na operação de carga edescarga, de perdas do produto porrasgos em relação à sacaria comumde papel ou polietileno. “Pode ser es-tocado tanto em locais cobertosquanto ao ar livre e não requer ins-talações complexas para o manuseio.É possível fazer todo o controle dasembalagens em trânsito, desde a ori-gem até o destino final através dalogotipia e da numeração gravadaem cada peça, facilitando assim a suaidentificação correta”, afirma JoãoCarlos.

Os bigs bags podem ser proje-tados para um ciclo de utilização (“oneway”) ou para vários ciclos. “A classi-ficação é determinada pelo fator desegurança, conforme a norma NBR15.009, contentor flexível, requisitose métodos de ensaios da ABNT”, ex-plica o diretor da STD ContainersFlexíveis, José Ricardo Blei Sant’Anna.Os diversos tipos são classificadospor fator de segurança (veja box).

Cuidados no manuseio

Como qualquer tipo de embalagem,os big bags exigem alguns cuidados.“Os principais cuidados no manuseiodevem ser informados pelo fabrican-te por meio de uma etiqueta de iden-tificação presa ao corpo, com a cargamáxima permitida de trabalho, fatorde segurança, código de rastrea-bilidade, instruções de uso e símbolos

gráficos de manuseio”, analisa o dire-tor da STD.

“Para os big bags reutilizáveis,sempre deve ser feita uma inspeçãovisual para verificar a existência dedanos, sendo dada maior atenção àabrasão, cortes e rasgos, degradaçãoultravioleta e/ou ataque químico”, ex-plica José Ricardo, da STD. “Deve serevitada a lavagem com produtos

PEÇAS METÁLICAS EXPORTADAS EM CONTENTORES FLEXÍVEIS (ONE-WAY) COM ECONOMIAS

31março 2008 |

big bags.p65 28/2/2008, 17:3131

Page 31: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 32

clorados que atacam a proteção UVdo tecido, diminuindo sua resistência”.

O diretor industrial da Topack afir-ma que existem muitas empresasespecializadas que lavam e recuperambags retornáveis. “O segmento açu-careiro utiliza muito este tipo de servi-ço. É importante homologar empre-sas que prestem este tipo de servi-ço, a exemplo do que acontece com aescolha dos fornecedores de embala-gem, pois o trabalho deles influi dire-tamente na vida útil dos big bags.Fabricamos big bags para acondicio-nar açúcar desde a década de 1980,sendo atualmente responsáveis pelofornecimento de aproximadamente875 mil bags/ano neste setor”, anali-sa José.

Manutenção

A manutenção dos bigs bagsreutilizáveis deve ser feita de prefe-rência por empresas especializadas oupor colaboradores treinados. “Embo-ra o big bag seja reutilizável, caso

BIG BAG PALETE TEM AS MESMAS CARACTERÍSTICAS DO BIG BAG, PORÉM EM SUA BASE

FOI CONSTITUÍDA EM FORMATO DE PALETES

Dicas para a ótima utilização dos big bags

ENCHIMENTO

• Antes de iniciar o enchimento, verificar se o big bag está com a sua boca de esvaziamento no fundo da embalagem, devidamente fechada;

• No início do enchimento manter o big bag distante do solo aproximadamente 15 cm, para facilitar o acomodamento do produto;

• No enchimento de produtos que possuírem grãos com aresta ou pontas, apoiar o big bag sobre uma base plana com revestimento de borracha ou

espuma, para amortecer os impactos;

• Não envasar uma quantidade de produto que supere a capacidade de carga especificada na etiqueta de identificação;

• Após o enchimento do big bag, fazer a amarração da boca de enchimento de acordo com as instruções do fabricante a fim de evitar que haja

contaminação ou perda do produto;

• Nunca utilizar o big bag para produtos diferentes àqueles originalmente designados.

MOVIMENTAÇÃO

• Os garfos da empilhadeira devem ser ajustados para a largura do big bag, mantendo as suas alças o mais próximo da vertical;

• O big bag deve ser sempre levantado pelas quatro alças, nunca por menos;

• Não transitar sob o big bag içado;

• O big bag não deve ser arrastado pelo chão;

• O garfo da empilhadeira deve ser mantido na horizontal durante a operação de içamento;

• O garfo da empilhadeira deve ter arestas arredondadas ou ser coberto por um tubo cilíndrico para evitar o desgaste das alças do big bag;

• Evitar freadas bruscas durante a movimentação com empilhadeira;

• O içamento por guincho deve ser feito de tal forma que as alças formem um ângulo maior que 60º em relação à borda do big bag.

TRANSPORTE

• Evitar que os elementos de amarração como cabos de aço, correntes, atritem no corpo dos big bags;

• Evitar exposição dos big bags a intempéries;

• Evitar formação de poças no piso em contato com o fundo;

• Evitar choques do big bag com a carroceria do caminhão;

• Se possível, forrar a carroceria para evitar maiores danos no big bag.

haja a necessidade de reparos, a res-ponsabilidade é do usuário. As al-ças não devem ser reparadas, inclu-sive na sua fixação. A reutilizaçãodos big bags é assegurada pelofornecedor desde que os mesmossejam bem utilizados, não necessi-tando de reparos”, afirma o gerentecomecial da Embark, Aram Oliveira.

A recomendação de Yoshito, daSanwey, é para que sempre se inspe-cione visualmente o contentor para

verificar a possível existência de da-nos. “Recomendamos a elaboração deum ‘check-list’. Se o bag estiver sujopoderá ser lavado, se reutilizável.Existem empresas especializadas emlavagem que fazem a manutenção eeventuais consertos”.

Novidades

A STD obteve, em fevereiro, paraseus big bags, a autorização para ouso do Selo de Identificação da Con-

Fonte: Embark Bag

big bags.p65 27/2/2008, 18:2932

Page 32: Logística movimentação e armazenagem de materiais

33março 2008 |

33março 2008 |

Classificação por Fator de Segurança (FS):

• Descartável (one way, FS: 5:1): contentor flexível projetado e manufaturado para realizar um

único ciclo de enchimento e esvaziamento;

• Reutilizável (não consertável, Padrão A – FS: 5:1): contentor flexível que não admite consertos

ou reparos, projetado e manufaturado para uso repetitivo e atenuado, com um número

limitado de enchimentos e esvaziamentos;

• Reutilizável (consertável, Padrão B – FS: 6:1): contentor flexível que admite consertos ou

reparos, projetado e manufaturado para uso repetitivo normal, com um número limitado de

enchimentos;

• Reutilizável reforçado (FS 8:1).

Nota: O fabricante não se responsabiliza por big bags consertados ou reparados por terceiros.

Fonte: STD Containers Flexíveis

formidade para o Transporte Terres-tre de Produtos Perigosos, grupos IIe III, conforme Portaria Inmetro nº 250de 16/11/2006 e Resolução ANTT nº420/2004. “Como é um assunto novo,temos orientado nossos clientes sobrea interpretação da legislação pertinen-te a produtos perigosos e a embala-gem desses produtos, verificando se épermitido o uso do big bag para o acon-dicionamento daquele determinadoproduto perigoso”, afirma JoséRicardo.

A Embark lançou recentemente oBig Bag Palete, que foi patenteadopela empresa. “Tem como caracterís-tica a facilidade de movimentação,agilidade de processo e ótimo desem-penho, pois esse produto tem as mes-mas características do big bag, po-rém em sua base foi constituída emformato de palete. O palete ficaacoplado ao big bag”, conta Aram.

A Topack está trabalhando no de-senvolvimento de silos flexíveis e no

melhoramento de alguns produtosjá desenvolvidos. “O Silo Topackfoi projetado para simplificar asoperações de estocagem, carga edescarga de produtos secos a gra-nel. É confeccionado em tecidos depolipropileno de alta resistência etenacidade e com tratamento con-tra a ação dos raios ultravioletas.O tecido é de grande durabilidade,resistência ao atrito e baixa defor-

mação,” explica o diretor industrialda empresa.

Outra novidade é no desenvolvi-mento de matérias-primas mais eco-lógicas. “Empresas como a Braskeme a Dow Química já estão desenvol-vendo um polímero derivado de ál-cool etílico (cana-de-açúcar) para queas resinas utilizadas na fabricação dobig bag se tornem orgânicas”, finali-za Yoshito, da Sanwey.

big bags.p65 28/2/2008, 17:3033

Page 33: Logística movimentação e armazenagem de materiais

JJJJJOGOOGOOGOOGOOGO R R R R RÁPIDOÁPIDOÁPIDOÁPIDOÁPIDO

| março 2008 34

Wal-Mart e a RFIDReforçando a evolução das iniciativas de RFID no Wal-Mart americano, a empresa

anunciou três novos projetos para uso da tecnologia em seus processos. O primeiro

envolve 700 fornecedores e tem como objetivo instalar etiquetas EPC Gen 2 em caixas de

paletes de produtos expedidos para o CD do Sam’s Club no Texas, EUA. O segundo

projeto é desenhado para incrementar a efetividade das promoções de produtos, e o

terceiro vai determinar se o varejista pode impulsionar vendas em todas as categorias de

produtos, tendo todos os fornecedores de embalagens com etiquetas RFID em instala-

ções piloto.

Obtenha lucro na DISTRIBUIÇÃOPara transformar seu CD em um centro de lucros faça o seguinte:

1. Elimine os retornos dos produtos utilizando a confirmação antecipada de entregas;

2. Pesquise transportadoras que têm rotas diferentes com descontos superiores, combinando duas

ou mais transportadoras dependendo do destino;

3. Quase todo frete é negociável; então verifique se seu sistema suporta cálculos com incentivos;

4. Não repasse todos os incentivos aos clientes e use a diferença para cobrir as despesas de

embarque;

5. Disponibilize informações de rastreamento de veículos e do atendimento de forma automatizada;

6. Tire vantagem dos serviços oferecidos por transportadoras, tais como etiquetagem, embalagens, etc;

7. Ao exportar observe com atenção quem será responsável pelo pagamento dos tributos;

8. Não escolha serviço de encomenda expressa de um ou dois dias se um transporte rodoviário

consegue realizar a entrega em prazo similar;

9. Planeje e revise regularmente relatórios de acompanhamento dos indicadores de produtividade

para identificar pontos de melhoria e/ou não-conformidades.

10. Não ignore transportadoras de cargas inferiores a um caminhão ao otimizar as rotas com um

sistema de múltiplas transportadoras.

Noções de LIDERANÇALiderança não é questão de poder, mas sim de influência. Um líder eficaz consegue

influenciar pessoas a tomarem decisões que sejam boas para si e para a empresa. O

dirigente manda através do poder e da intimidação, enquanto o líder usa a persuasão.

Líderes não confundem atividade com realização: eles iniciam qualquer projeto com o fim

em mente e convencem sua equipe a trabalhar para atingir esse fim.

CADEIAS DE ABASTECIMENTOO desempenho superior das cadeias de abastecimento pode ser usado como arma competiti-

va? Todos pesquisadores afirmam que sim e citam exemplos de empresas que usam o gerenciamento

da cadeia de abastecimento para superar as atividades dos concorrentes. Isso pode envolver o

domínio do mercado para um componente escasso ou a prestação de um serviço de entrega

superior. Sua logística é um ponto fraco ou forte?

jogo rapido 210.p65 28/2/2008, 16:2734

Page 34: Logística movimentação e armazenagem de materiais

anuncios.p65 28/2/2008, 16:262

Page 35: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 36

capa publicitária

Depois do processo de reestruturação, empresa foca

estratégia na consolidação da venda de equipamentos

de movimentação de materiais e sistemas de automatização

AREESTRUTURAÇÃO SOFRIDA

pela Dematic tem rendi-

do resultados para lá de

animadores à filial da em-

presa no Brasil: além da autonomia

para decidir sobre os negócios que

gera na região, as expectativas de

vendas para 2008 são elevadas. Para

se ter uma idéia, seu faturamento sal-

tou de R$ 30 milhões em 2007, ano

do início das mudanças, para um ob-

jetivo de R$ 70 milhões este ano.

“Entre nossas estratégias estão

garantir a continuidade das vendas de

equipamentos de movimentação de

materiais, seguir conquistando clien-

tes, captar novos talentos e manter o

volume de fornecimento de sistemas

de automatização de armazéns”, assi-

nala o diretor executivo da Dematic,

Valério Zorzi. “Consolidação e conti-

nuidade nortearão nossos passos”.

Empilhadeiras: os

“VIPs acessíveis”

A demanda pelos equipamentos de

movimentação de materiais, iniciada

com a importação e venda há seis

meses, ganhou força e vem, segundo

Valério, ajudando a fixar a marca tam-

bém neste segmento. Desde a deci-

são de diversificar sua linha de pro-

dutos com o respaldo de uma marca

amplamente conhecida por sua quali-

dade, ficou clara a intenção de ser

acessível.

“Tivemos o cuidado de mostrar ao

mercado que importamos as

empilhadeiras da China, mas fazemos

o controle de qualidade, garantimos o

pós-venda e a continuidade do atendi-

mento”, aponta o diretor executivo.

“Vender apenas por vender compro-

meteria não apenas a produtividade do

Dematic atingeseus objetivosDematic atingeseus objetivos

cliente como também a imagem sóli-

da de nossa empresa, uma estratégia

no mínimo suicida para quem deseja

abrir portas em outros nichos”.

Apesar do amplo leque de equi-

pamentos de movimentação de ma-

teriais, transpaletes e empilhadeiras

(manuais, semi-elétricas e elétricas)

– é neste momento que a empresa

se sente mais estruturada para rea-

lizar pós-vendas de empilhadeiras

elétricas, que, aliás, são foco de suas

vendas em 2008. Esse preparo se

traduz em maior e melhor qualifi-

cação de profissionais e infra-estru-

tura para manutenção.

Valério conta que o “ponta-pé” ini-

cial dado na feira MOVIMAT não ti-

rou o sentido de realidade que a

Dematic tinha em relação ao novo ne-

gócio, principalmente em se tratando

dos equipamentos elétricos, pois os 33

informe pub 210 cortes.p65 27/2/2008, 16:4336

Page 36: Logística movimentação e armazenagem de materiais

37março 2008 |

anos de presença no Brasil não po-

deriam ser arranhados por algo que

não tivesse como objetivo o cresci-

mento sustentável.

“Nossos produtos tiveram

grande aceitação no mercado e te-

mos consciência de que deixamos

de realizar algumas vendas, pois ti-

vemos a preocupação de não dar

um passo maior do que podíamos

naquele momento. Eu classifico

essa situação como ‘problema do

bem’: poderíamos ter aproveitado

o valor de nossa marca para ofere-

cer produtos de valor elevado ou

vender além do que poderíamos

atender, mas não o fizemos e ga-

nhamos com isso”, ressalta. “Nos-

sa meta é estar presente também

nas pequenas e médias empresas, o

que abrirá as portas para novos

negócios, e onde não há qualquer

automação, amanhã poderá haver

um de nossos sistemas”.

Sistemas: a “bola

da vez”

O período entre o fim de 2007 e

início de 2008 também foi impor-

tante para impulsionar os projetos

de sistemas automatizados na

Dematic. Com uma atuação mais

fortalecida, a unidade brasileira, que

também é responsável pela Améri-

ca do Sul, revisou seus processos,

mantendo internamente a engenha-

ria de sistemas e de produtos, a

montagem e pós-venda, e tercei-

rizando a fabricação dos componen-

tes e peças.

A terceirização, avalia Valério,

deu à empresa retorno financeiro

vantajoso, na medida em que não

tem mais que se ocupar da manu-

tenção de uma fábrica – os parcei-

ros, que têm maior volume de pro-

dução, podem oferecer um parque

de máquinas moderno e, com isso,

assegurar o atendimento e a quali-

dade exigidas.

“O mercado para os sistemas

automatizados está aquecido, com

projetos sendo impulsionados pelo

bom andamento da economia bra-

sileira (as empresas têm mais opor-

tunidades e tempo para planejar

seus investimentos) e pelo efeito

multiplicador dos profissionais que,

ao migrarem para outras empre-

sas, propagam as experiências po-

sitivas dos sistemas de auto-

matização no ganho de produtivi-

dade”, afirma o diretor.

Outro aspecto que está influen-

ciando os investimentos em siste-

mas automatizados é a expansão da

cultura da automatização das ope-

rações. Empresas de diferentes ni-

chos – farmacêutico, alimentício,

entre outros – estão percebendo

que logística dá retorno, criando

mais valor e competitividade.

Internamente, a Dematic acre-

dita que sua nova condição, com in-

dependência na tomada de decisões,

contribuiu e muito para torná-la ain-

da mais competitiva globalmente no

desenvolvimento dos projetos de

sistemas. Como diferenciais passou

a comercializar seus sistemas em

Real, abriu linha de financiamento

pelo Finame, e estruturou pós-ven-

da no local, aproximando-se dos cli-

entes.

“Os desafios a partir de agora

são continuar a campanha de apre-

sentar o novo portfólio de soluções

ao mercado e manter o ritmo do

avanço em sistemas”, comenta o

executivo, que acrescenta: “nossa

meta é consolidar a imagem de que

podemos fornecer sistemas e equi-

pamentos de movimentação a pre-

ços competitivos e qualidade supe-

rior”, encerra.

PARA VALÉRIO ZORZI, META É CONTINUAR A APRESENTAÇÃO DO NOVO PORTFÓLIO

DE EQUIPAMENTOS AO MERCADO E MANTER O RITMO DO AVANÇO EM SISTEMAS

Conquistando a confiança

Entre as empresas que já adquiriram

equipamentos da linha de produtos

Dematic estão:

Armazenagem automática com

transelevadores: Perdigão; Weg; Selmi e

Tramontina.

Classificadores automático (“sorters”):

Malwee e Sodimac (Chile).

AGV (veículos automaticamente guiados):

Eurofarma.

Sistemas de transportadores contí-

nuos: White Martins; Avon; Fagal (Bolívia);

Distribuidora Santa Cruz; Reval; Drogaria

Pacheco; Concreta Engenharia; Marcopolo,

Arcor, MCM Química, entre outros.

informe pub 210 cortes.p65 25/2/2008, 13:4237

Page 37: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 38

TOPSupply Chain

Conheça 25

empresas globais

que conquistaram

a excelência

em suas cadeias

de abastecimento

ACADEIA DE ABASTECIMENTO

está experimentando um

período de rápida mudan-

ça e crescimento de sua

influência. Este ranking sobre as 25

empresas que mais se destacaram em

suas cadeias de abastecimento tem

como objetivo mostrar o quanto di-

nâmico são as transições pelas quais

essas empresas passaram, como tor-

naram suas cadeias um diferencial com-

petitivo, de retorno financeiro e exce-

lência em inovação.

A AMR Research (USA), autora

desta pesquisa, identifica em sua rela-

ção as 25 empresas que melhor sou-

beram balancear estes itens. Cada uma

deve que demonstrar desempenho em

termos de retorno sobre os ativos e

giros de estoque. Cada uma das em-

presas demonstrou liderança na for-

ma de abordagem estratégica dos

princípios de demanda impulsionada

no gerenciamento da cadeia de abas-

tecimento.

Vista por este ângulo, a liderança

em cadeia de abastecimento significa

mais negócios e parcerias do que ape-

nas eficiência. Talvez a mais impor-

tante distinção entre as empresas des-

tacadas neste estudo e as demais seja

a percepção destas empresas de que

o gerenciamento da cadeia de abaste-

cimento é um ingrediente essencial, e

não apenas de excelência operacional,

mas como rápido instrumento e pre-

ciso meio para lançamento de novos

produtos.

Várias empresas desta lista figu-

ram como inovadoras: Apple, Nike, e

outras do segmento farmacêutico. A

Nokia, número um deste ranking, por

trabalhar abertamente com fornece-

dores na inovação de produtos, bem

como em manufatura e reposição, su-

perando o modelo Demand Driven

Supply Network (rede de fornecimen-

to puxada pela demanda) criado pela

AMR Research (veja box, página 40).

O tradicional termo supply chain,

segundo a AMR Research não englo-

ba tudo, tampouco reflete o que ocorre

hoje. O modelo afirma que as empre-

sas precisam transformar a manufatura

com para atividades de inovação e

potencialidades da cadeia para direcionar

a demanda pelos consumidores.

O mais relevante na abordagem

de demanda puxada é a cadeia de va-

lor que as empresas estão empregan-

As TOP 25 globais

Fonte: Revista Modern Materials Handling

top 25.p65 27/2/2008, 18:3238

Page 38: Logística movimentação e armazenagem de materiais

39março 2008 |

do, seu melhor desempenho finan-

ceiro em termos de retorno de

ativos, margens, e ganhos por ni-

cho de mercado. Após anos de

benchmarking baseado em pro-

cessos de negócios, também foi

adotado um indicador que expres-

sa uma clara correlação entre li-

derança no uso dos princípios da

demanda puxada e indicadores fi-

nanceiros.

Definindo excelência

Excelência é uma questão de vi-

sibilidade, comunicação e processos

confiáveis. Cada cadeia de valor

pode responder rapidamente e efi-

cientemente às oportunidades de-

correntes do mercado ou de uma

demanda do consumidor. Isso sig-

nifica compreender mercados bem

o suficiente para criar e gerenciar

a demanda, e não apenas para cum-

prir pedidos com cadeia enxuta –

Nesta pesquisa, a AMR Research coletou dados internos operacionais que melhor medem a

capacidade de uma empresa de “fazer dinheiro”. Duas dimensões básicas de desempenho

pontuaram o melhor em cadeia de valor: excelência operacional e excelência em inovação.

Os indicadores que a pesquisa utilizou quando definiu os TOP 25 mais da cadeia de abasteci-

mento foram:

1. Excelência operacional;

2. Pedidos perfeitos;

3. Custo total da cadeia de abastecimento;

4. Excelência em inovação;

5. Tempo de agregação de valor;

6. Retorno do desenvolvimento e lançamento de novos produtos.

algo demonstrado com habilidade

pela Apple.

Aliás, a grande história do ano

desses 25 destaques da cadeia de

abastecimento vem da Apple. A li-

ção para os profissionais de cadeia

de abastecimento é que design cri-

ativo e a inovação significam mui-

to. Realizando quase US$ 2 bilhões

de vendas com estoque quase zero

de produto (iTunes) e criando uma

demanda com um forte apelo de

marketing e design, a Apple conse-

guiu consumidores ávidos em uma

cadeia com pouquíssimos produtos

físicos em estoque. A Hewlett

Packard aplicou esta lição ao seu ne-

gócio de PCs com muito sucesso

no ano passado, e a Nike, pelo se-

gundo ano na lista, manteve-se nela.

39março 2008 |

Como fazer dinheiro rápido

top 25.p65 27/2/2008, 18:3239

Page 39: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 40

Execução Atividades relatadas no recebimento, expedição e distribuição física.

Gestão Aquisição, terceirização, colaboração, contratos de gerenciamento, qualidade e

risco, e gerenciamento de complexidades

Manufatura Processos e iniciativas relatadas de forma direta ou indireta à manufatura ou

montagem de produtos acabados, incluindo decisões entre “fazer ou comprar”,

manufatura puxada pela demanda

Inovação Capacidade e iniciativas para desenvolver novos produtos. Inclui a descoberta de

novas oportunidades e priorização e rastreamento de oportunidades de negócios

Lançamento Atividades relacionadas aos lançamento e comercialização de novos produtos,

incluindo planejamento do processo de manufatura, precisão da cadeia de abas-

tecimento, design e execução de campanhas de venda e marketing.

Ciclo de vida Gerenciamento de todo o ciclo de vida dos produtos, da concepção até sua

obsolescência.Enfatiza o máximo valor do produto em todos os estágios de matu-

ridade, incluindo pós-venda.

Modelagens da demanda Processo e técnicas através das quais a demanda dos consumidores de uma

empresa é ajustada, incluindo gerenciamento de preço e promoção, programas

de atendimento de demanda e venda cruzada.

Percepção da demanda Técnicas através das quais a demanda do cliente é percebida ou prevista.

Gerenciamento do serviço Atividades relacionadas a serviços de uma empresa, incluindo reposição de peças

e parcerias.

Gerenciamento do desempenho Gerenciamento ativo do desempenho da cadeia, desenvolvimento e manutenção

de programas de indicadores, coleta de dados, interpretação de resultados, e

implementação de ações corretivas

Aplicação de tecnologia Plataformas de aplicações de tecnologias e infra-estrutura usadas para dar su-

porte nas atividades entre cadeias

Planejamento de vendas e operações Processos colaborativos que alinham negócios estratégicos com fornecimento, e

gerenciamento da demanda e produtos.

FORNECIMENTO

12 dimensões da pesquisa de cadeia de abastecimento

PRODUTO

DEMANDA

INFORMAÇÃO

Outro destaque surgido nesta pesquisa refere-se à

batalha pela supremacia travada na indústria de apare-

lhos celulares. Três das 12

primeiras colocadas – Nokia,

Samsung e Motorola – são

fabricantes de celulares.

Com ciclo de vida curto e

grande demanda global, a habilidade de coordenar uma

complexa cadeia envolvendo o design de chips, fabrica-

ção de equipamentos e serviços de telecomunicações são

cruciais para a inovação em todo o mundo hoje.

O que parecia ficção científica há 20 anos tornou-se

real e essas empresas conseguiram sustentar preços

baixos, facilitando o acesso

às suas tecnologias. A lide-

rança da cadeia de abaste-

cimento comandada por

este grupo inclui a colabo-

ração entre-empresas, alta sofisticação no modelo de

atender demanda, e a criação de estratégias de plata-

forma de produto no ecossistema da cadeia de abasteci-

mento.

Fonte: AMR Research

A lição para os profissionais de cadeia

de abastecimento é que design criativo

e a inovação significam muito

top 25.p65 27/2/2008, 18:3240

Page 40: Logística movimentação e armazenagem de materiais

41março 2008 |

Qual é o futuro para este gru-

po? A indústria força as empresas

a envolver desde os fabricantes de

aparelhos de telefone até facili-

tadores de criação de conteúdo

wireless e consumo, aumenta a

colaboração enquanto cada em-

presa mantém grupos de inova-

ção de produto e parcerias mais

sofisticadas para design com par-

ceiros de telecomunicações e en-

tretenimento.

Modelo Demand Driven Supply de demanda orientada ao abastecimento

O QUE HÁ DE DIFERENTE?

SÉCULO 20

Modelo linear, empurrado

SUPRIMENTOS PRODUTO ACABADO DEMANDA

• Demanda empurrada

• Inovação de produto de forma interna

• Otimização determinística

SÉCULO 21

Modelo Circular, autorenovável

OFERTA DEMANDA

INOVAÇÃO

• Demanda puxada

• Voltada à inovação de produtos

• Otimização “probabilística”

41março 2008 |

top 25.p65 27/2/2008, 18:3241

Page 41: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 42

UM GANCHO QUE FACILITA

o acondicionamento dosachê de dessecante emcontêineres e outras em-

balagens e a utilização do Tyvek naconfecção de sachês. São as novida-des da SPL Dessecantes em conten-ção de umidade.

A empresa, localizada em Atibaia,no interior de São Paulo, fabricadessecantes para diversas situações deembalagem e proteção contra a umida-de, inclusive para a indústria farmacêu-tica. “Analisamos cada caso e indica-mos a solução mais eficiente”, afirma odiretor comercial da empresa, RobertoJosé Sápia. “Fabricamos os dessecantesembalados em não tecido ou em Tyvek,da marca Dupont, que não solta fibra, éresistente a rasgos e tem a opção deser anti-estático que ainda pode ter con-tato com produtos ingeríveis”.

Entre os produtos de fabricaçãoprópria estão a linha SiliPac, produzi-da com sílica gel, especialmente reco-mendada para utilização com produ-tos farmacêuticos, vitamínicos e ali-mentícios; os ArgiPac, sachês de ar-

Há dessecantes

sob medida para

cada necessidade

Carga livre

da umidade

gila aditivada, solução de baixo custopara proteção de produtos e materi-ais contra a umidade; e o Contai-nerDesibag, solução de baixo custopara proteger cargas acondicionadasem contêineres contra os efeitos pre-judiciais do excesso de umidade. Ele re-duz os riscos de condensação no inte-rior do contêiner ao adsorver (adsor-ção é a fixação de moléculas de umasubstância na superfície de outrasubstância) o excesso de vapor d’água,baixando assim o ponto de condensação.Tem a capacidade de adsorver maisde 75% de seu peso em umidade.

Além dos produtos de fabricaçãoprópria, a empresa passou a repre-sentar, no segundo semestre de 2007,com exclusividade no Brasil, a Buffers,empresa americana de dessecantes.Entre esses produtos estão oAbsorbag, o Absortop e o Absorpole.O Absorbag é ideal para contêineresem geral. É um produto a base decloreto de cálcio que, preso por gan-chos, transforma a umidade do ar emágua líquida, sendo acondicionada emespaço próprio. Adsorve até 2,25 li-tros de salmora/bag. Atua em umafaixa de temperatura entre- 20º C e 90º C. A indicação é de qua-tro a oito bags por contêiner de 20 pés.

O Absortop é ideal para contêine-res com produtos agropecuários esacarias em geral. A base de cloretode cálcio transforma a umidade do arem água líquida, sendo acondicionadaem coletor próprio. Adsorve até qua-tro litros de salmora e são indicadosde dois a quatro unidades por contêi-neres de 20 pés.

Completando a linha, o Absorpoleé ideal para contêineres com produ-tos industriais. O produto a base decloreto de cálcio transforma a umida-de do ar em água líquida, sendo acon-dicionada em espaço próprio, com avantagem de permitir a medição daadsorção ao final da viagem. Adsorveaté dois litros de salmora por unida-de. São indicados de quatro a oitounidades por contêiner de 20 pés.Preso por gancho, encaixa-se na la-teral do contêiner sem “roubar” es-paço interno.

“Treinamos os profissionais denossos clientes para utilizarem o pro-duto com todas as suas potencia-lidades e fazemos o monitoramentode áreas com e sem dessecantes paratestes. O cliente vê os dessecantes e aembalagem como despesa mas na ver-dade, esse custo evita perdas de pro-dutos até que estes cheguem em seusdestinos”, finaliza Roberto.

informe publicitário

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Page 42: Logística movimentação e armazenagem de materiais

anuncios.p65 27/2/2008, 17:071

Page 43: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 44

UM ATRIBUTO IMPORTANTE

da atividade sustentável é

a redução do consumo de

energia. O outro é a re-

dução de lixo. Essa última, recai nos

três “Rs”. Neste caso, cada “r” signi-

fica reduzir, reusar e reciclar.

As empresas precisam buscar for-

mas de redução do volume de re-

cursos que utilizam, especialmente

no âmbito das embalagens descar-

táveis. A regra é usar menos em-

balagem possível na cadeia de abas-

tecimento.

A reciclagem, sempre que pos-

sível, também ajuda a conservar os

recursos não renováveis. Os distri-

buidores de alimentos, especialmente

os atacadistas, têm menos relevân-

cia no que tange ao volume total de

lixos gerados pela cadeia de abaste-

cimento em comparação aos fabri-

cantes e varejistas.

Os atacadistas tendem a não

fracionar as caixas, por isso não des-

cartam, por exemplo, muito papelão

ondulado. E a maior parte das ativida-

des de embalagem cai fora da sua es-

fera de operação.

Algumas empresas tentam redu-

zir o volume de embalagens de filme

esticável que usam, tentando diferen-

tes métodos de cintamento, por

exemplo. E os fornecedores de fil-

mes também estão ajudando na ten-

tativa de encontrar a menor espes-

sura disponível (densidade do plás-

tico) que seja suficiente para a boa

execução do trabalho a fim de redu-

zir as perdas e melhorar a utilização

dos recursos.

Provavelmente o item em que as

empresas podem provocar maior im-

pacto está no reuso de determina-

dos materiais, em especial os paletes.

Em muitos armazéns, os paletes de

madeira descartados representam a

maior categoria de lixo.

O enigma

dos paletes

Existem basicamente dois méto-

dos de controle do descarte de paletes:

mudar para materiais mais robustos

como plástico, ou encontrar formas

de tornar os paletes de madeira mais

duráveis. Um palete em média, con-

segue realizar cerca de 10 viagens até

não ser mais reutilizado. Em seguida,

ele é triturado até virar lasca ou, se

for de material de boa qualidade, pode

virar papel; entretanto, paletes de ma-

deira quebrados não têm muito valor.

Por outro lado, os paletes de plás-

tico são fabricados para suportar en-

tre 150 e 200 viagens em média. O

argumento ambiental em favor de um

sistema de pool de paletes de plástico

Pool de paletes e contentores retornáveis

ajuda a controlar o lixo industrial

Pool de paletes e contentores retornáveis

ajuda a controlar o lixo industrial

Reduzir, Reusar,ReciclarReduzir, Reusar,Reciclar

os 3 “Rs”

os tres rs.p65 27/2/2008, 18:3444

Page 44: Logística movimentação e armazenagem de materiais

45março 2008 |

é similar ao de outros unitizadores –

conservar os recursos.

Um dos benefícios ambientais intrín-

secos no conceito de um pool de paletes

é que é gerado menos lixo, pois é possí-

vel reusá-los em um número maior de

vezes. Existem muitos paletes que fo-

ram colocados em serviço há vários anos

e que ainda estão em uso.

Os paletes das empresas do pool

duram mais porque são de constru-

ção mais robusta desde o início, e a

empresa que os aluga tem o maior in-

teresse na sua manutenção.

Em 2006, a Chep nos Estados

Unidos distribuiu aproximadamente

220 milhões de paletes. Segundo um

relatório da empresa, que comparou

seu uso e longevidade com os paletes

tradicionais de “madeira bruta”, o uso

da madeira (pintada) da Chep evitou a

geração de cerca de 270.341 tonela-

das de gases poluentes, que contribui-

ram para o efeito estufa.

Qual o melhor: pool de paletes de

madeira ou plástico? Depende a quem

perguntar e também da aplicação es-

pecífica.

A objeção mais freqüente aos

paletes de plástico é o custo. Diz-se

que este problema pode desaparecer

uma vez que as dividirmos os núme-

ros e analisarmos o custo por viagem,

o custo médio de aquisição de um

palete de plástico é seguramente mais

caro, mas a obtenção de algo entre

150 e 200 viagens faz seu custo por

viagem ser menor.

Esta vantagem de custo para o

plástico ainda não leva em conside-

ração fatores que entram no custo

verdadeiro. O plástico dos paletes é

totalmente reciclável. Quando al-

guns destes paletes são danificados

ou não são mais utilizáveis, são

recomprados. E ainda há de se le-

var em consideração a mão-de-obra

extra envolvida na inspeção, reparo

e, eventualmente, sucateamento dos

paletes de madeira.

Embora as empresas estejam fi-

cando mais interessadas no benefício

da sustentabilidade dos paletes de plás-

tico retornáveis, o mais forte argu-

mento a seu favor ainda recai sobre a

economia. A principal limitação dos

paletes de plástico é que eles, em ge-

ral, não fazem sentido na maioria das

operações de varejo. Quando se gas-

ta um valor em um palete de plástico,

temos que ter certeza de obtê-lo de

volta. Se não tivermos 100% de con-

trole sobre os paletes, fica difícil justi-

ficar o investimento.

45março 2008 |

os tres rs.p65 27/2/2008, 18:3545

Page 45: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 46

Entretanto, para as operaçõesinternas - movimentação de materiaisdentro de uma instalação, ou entre asfábricas e os centros de distribuição deuma única empresa, por exemplo, ospaletes de plástico são uma soluçãoeconômica e ambientalmente amigável.

No setor de supermercados, elespodem funcionar muito bem para asredes de autodistribuição, onde setem caminhões dedicados de ida evolta entre o centro de distribuiçãoe as lojas do varejo. Algumas em-presas também formam parceriaspara fazerem a troca dos paletes demadeira pelos de plástico.

Necessidades

atendidas

Além dos paletes, existem outrostipos de contentores e embalagenspara embarque retornáveis e dispo-níveis para atender a uma variedadede necessidades específicas.

Os contentores retornáveis nãosão novidade mas, recentemente, ob-serva-se mais empresas automobilísti-cas mudando para as embalagens econtentores retornáveis devido à pre-ocupação crescente sobre o futuro domeio ambiente e um desejo de redu-ção das perdas.

Muitos varejistas (nos EUA), in-cluindo farmácias e supermercados,vêm usando há anos os flip-packs (cai-xas com tampas acopladas) para a

movimentação dos produtos do cen-tro de distribuição às prateleiras daslojas.

Recentemente, um grande abate-douro de frangos começou a usar

contentores de plástico para mo-vimentar seus produtos res-

friados pela cadeia de abas-tecimento. Devido ao am-biente adverso por onde

passam seus produtos, com al-tos níveis de umidade, a empresa

descobriu que o papelão ondualdonão resiste aos rigores da movimen-tação tão bem quanto os conten-tores plásticos.

Também vemos o uso crescen-te de contentores plásticos no setorde hortifruti, onde tem-se produtossendo movimentados o tempo tododo campo até a prateleira do super-mercado no mesmo contentor plásti-co. Muitos destes contentores, algunsdeles colapsíveis, hoje são embarca-dos direto para o chão das lojas eusados como expositores.

Existem ainda centenas de varieda-des de configurações de contentoresreutilizáveis, alguns customizados exa-tamente para aplicações específicas.Outra vantagem sobre os paletes eoutros métodos de embalagem doproduto para embarque, é que elespodem ser projetados especificamentepara proteger os produtos envolvi-dos, resultando em menos avarias elixos.

No geral, os contentores de em-barque reutilizáveis não só fazem bomsentido na política ambiental, mas tam-bém na economia.

Estudos demonstram um retornosobre o investimento em torno de 6 a18 meses, dependendo da cadeia deabastecimento. É uma economia reale imediata. Quando se inclui os bene-fícios ambientais entre outros, o inte-resse passa a ser maior.

SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO PARTICIPANDO

DO CURSO “EMBALAGEM INDUSTRIAL E DE

EXPORTAÇÃO REALIZADO PELA UNIMAMNOS DIAS 14 E 15 DE MAIO DE 2008.

EMBALAGEM FLIP-PACK PARA MOVIMENTAÇÃO

DE PRODUTOS DO CD ÀS LOJAS, AINDA

É POUCO UTILIZADO NO BRASIL

| março 2008 46

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Page 46: Logística movimentação e armazenagem de materiais

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Page 47: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 48

3 P L3 P L3 P L3 P L3 P L

CEVA amplia CD

de Jundiaí e operará

Carrefour em Manaus A Ceva Logistics investirá em projetos de infra-estrutura e

Tecnologia da Informação. A Divisão de Contratos Logísticos inves-

tirá no primeiro semestre deste ano, R$ 15 milhões na ampliação do

seu principal centro de distribuição, em Jundiaí (SP). Com a reforma,

o local será duplicado e terá 25 mil metros quadrados para estocagem

de produtos eletrônicos, bens de consumo e materiais de escritório.

No CD de Jundiaí a Ceva realiza atividades de recebimento,

estocagem, expedição e gestão de transporte para clientes como

Nívea, ABN Amro e Philips. Atualmente, o local tem capacidade para 10 mil posições-palete e após a ampliação esse número crescerá 110%.

“Fizemos uma análise dos mercados de eletro-eletrônicos e ‘fast movement’ e vimos que tinham potencial de crescimento. Resolve-

mos apostar neles. Escolhemos a região de Jundiaí pela proximidade com o Rodoanel e com Campinas, que reúne hoje várias empresas de

high-tech. Essas regiões têm recebido muitos investimentos em logística, como os centros de distribuição das Casas Bahia e Magazine

Luiza”, aposta o diretor de desenvolvimento de negócios da Ceva, Paulo Franceschini.

Entre os diferenciais oferecidos pela empresa no local estão sistemas de gestão de armazenagem, como o WMS Click, entre outros

programas adequados para o regime de armazenagem geral. O CD será adequado aos pré-requisitos da certificação TAPA (Transportation

After Protection Association), criada para a indústria de tecnologia com a finalidade de prover segurança a toda cadeia de abastecimento.

Em 2007, o inventário realizado para um dos clientes que utilizam o CD teve índice de acurácia de 99,86%, graças ao modelo de gestão

utilizado pela empresa.

“A Ceva pretende adotar a separação de itens por voz (“voice picking”) e um novo sistema de gestão de pátios. Tem meta de

crescimento de 10% no faturamento para o ano de 2008 e para alcançar esse número, é preciso oferecer infra-estrutura e soluções para

aumentar as possibilidades de negócios com os clientes atuais e futuros”, destaca Paulo.

Os clientes atendidos no CD de Jundiaí foram responsáveis por 3% do faturamento da Ceva em 2007. Ao final da reforma do espaço,

a expectativa da empresa é alavancar esse número para 6%.

Ainda sobre a empresa, a divisão de Contratos Logísticos anunciou o Carrefour de Manaus como novo cliente do segmento de bens

de consumo. O contrato com a rede de varejo terá início em abril de 2008 e contará com 43 funcionários da Ceva.

Entre as atividades que a empresa realizará no armazém de 12,5 mil metros quadrados estão recebimento, estocagem, separação e

gestão de inventário de milhares de itens, como alimentos, perfumaria, eletrônicos e eletrodomésticos.

“Nosso objetivo na parceria com a Ceva, em Manaus, é usar de sua experiência e aporte tecnológico para ganharmos em qualidade e

produtividade e oferecer um elevado nível de serviço às lojas, com custo competitivo, além de desenvolver no Brasil mais um operador logístico

com o know-how específico no dinâmico setor do varejo supermercadista”, diz Tulio Bolzoni, diretor de logística do Carrefour Brasil.

As boas perspectivas da BDPA BDP International, empresa de gestão logística com atuação mundial, quer dobrar seu faturamento em 2008. A empresa, tem foco nos

mercados químico e petroquímico e faturou US$ 50 milhões em 2007. No último ano, fechou grandes contratos entre Brasil e Argentina,

lançou novos serviços, está contratando novos profissionais e tem plano de inaugurar escritórios regionais.

EXATA LOGÍSTICA terá novas filiaisA Exata Logística pretende, para 2008, quando completa dez anos, expandir sua estrutura de atendimento com novas filiais

e novos centros de distribuição, e alcançar os R$ 80 milhões em faturamento. A expectativa da empresa é alcançar R$ 100

milhões em 2009.

Estão nos planos da Exata para 2008 um investimento de R$ 1,7 milhão em tecnologia da informação a fim de suportar suas operações

logísticas.

3pl 210.p65 27/2/2008, 18:3848

Page 48: Logística movimentação e armazenagem de materiais

49março 2008 |

McLANE prevê

crescer 20%

em 2008

COLUMBIA adota ações com

foco em inteligência logísticaA Columbia planeja, para 2008, superar os resultados conquistados no último

ano. Volta suas atividades para o cliente e foca seus serviços no conceito de inteli-

gência logística. Para que estes objetivos sejam atingidos, várias ações serão de vital

importância: investimento de aproximadamente R$ 8 milhões em novos equipa-

mentos de movimentação e estocagem; foco na ampliação das ações junto ao setor

químico, farmacêutico, vestuário e eletro eletrônicos, além de serviços logísticos

na área de energia elétrica; continuidade no desenvolvimento do setor de trans-

portes, aumento da frota e novas parcerias; desenvolvimento dos negócios nos

estados da região Sul; implantação de um novo centro de distribuição em Salvador,

junto ao seu porto seco atual e o desenvolvimento no Estado de Pernambuco.

Para alcançar o crescimento de 13% em logística e 57% em “trading” previstos

para 2008, a Columbia aposta em tecnologia. Por este motivo, investiu nesse seg-

mento em 2007 e em 2008 implementa seus novos sistemas de CRM, WMS para

operações do CD e da Trading, o IBT – gestão de propostas, o novo “web tracking”,

além da virtualização dos servidores, que reduzirá o tempo das operações em

aproximadamente 30%,

sem contar a economia

de recursos.

Este investimento fa-

cilitará o dia-a-dia dos co-

laboradores ao integrar

todas as unidades a um

único banco de dados.

Aos clientes, que pode-

rão monitorar sua carga

em qualquer unidade do

grupo, trará maior agili-

dade e visibilidade nos

processos.

A McLane do Brasil prevê crescer

aproximadamente 20% em volume

de negócios em 2008. “Acredita-

mos que a tendência é de cresci-

mento do setor como um todo atra-

vés da consolidação da tercei-

rização logística”, aponta a gerente

de desenvolvimento de Novos Ne-

gócios, Mônica Passos. “O cenário

econômico é favorável, pois a ex-

pectativa é de aumento dos investi-

mentos do exterior, gerando o es-

tabelecimento de novas empresas

no Brasil e prospects para os ope-

radores logísticos. Também prevê-

se um aumento significativo das

importações e a manutenção do cres-

cimento das exportações que geram

impacto direto no crescimento do

setor logístico”, acredita.

AGV Logística

expande em

Goiás

A AGV Logística vai investir cer-

ca de R$ 20 milhões em suas opera-

ções em Goiás. A empresa, que já

conta com uma filial em Goiânia,

anunciou a construção de um novo

centro de distribuição multi-

temperatura nos arredores da capi-

tal. O empreendimento deve gerar

cerca de 120 empregos diretos e vai

abrigar – inicialmente – as operações

logísticas de dez clientes da AGV nas

áreas de saúde animal e humana, en-

tre outras.

EXPRESSO ARAEXPRESSO ARAEXPRESSO ARAEXPRESSO ARAEXPRESSO ARAÇÇÇÇÇAAAAATUBTUBTUBTUBTUBAAAAAreforça atuação na Argentina

O Expresso Araçatuba está reforçando sua estrutura na Argentina, onde atua há

mais de 12 anos. Após três anos no País junto a um parceiro, que era responsável

pela comercialização, a empresa volta a ter uma equipe própria com a contratação

de profissionais para as áreas comercial, administrativa e financeira. As atividades

operacionais, que envolvem armazenagem e transporte, continuarão sendo feitas

por meio de parceiros operacionais.

Os investimentos feitos na Argentina fazem parte da estratégia de expansão da

Internacional Araçatuba, divisão do Expresso Araçatuba responsável pelas vendas

internacionais. A divisão cresceu 37% em 2007 e, para 2008, a expectativa é ainda

mais otimista, chegando aos 45%.

3pl 210.p65 27/2/2008, 18:3849

Page 49: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 50

De olho no vizinho

Supermercados de vizinhança como o Todo Dia do Wal-Mart

apostam no reabastecimento diário

OCONSUMIDOR QUER FAZER

uma comprinha básica alimesmo, do lado de casa.Quer um mercado peque-

no e com preço muito bom. Para aten-der a esse desejo, grandes redes desupermercados tiveram que diminuirseus custos logísticos e aprender atrabalhar sem estoque no ponto devenda. “Para oferecer preços baixostodos os dias, a estratégia é operarcom custos baixos. Para isso, tudo épensado: da localização da unidade àformação do mix de produtos (queenvolve tanto itens de marca quantode marcas próprias, e produtos defornecedores regionais), logística eserviços, reforçando o conceito de‘tudo em um só lugar’”, afirma o vice-presidente de logística da rede WalMart, José Paulo Pereira que mantémos mercados Todo Dia neste concei-to. “Isso porque, além de produtos, aslojas Todo Dia também contam comserviços a exemplo da recarga digital

e venda de vale-gás, além de caixa ele-trônico. Também apostamos da mão-de-obra do bairro para atuar nas lo-jas”, completa.

O Wal-Mart tem 19 lojas nesteformato no Nordeste e duas no Su-deste, em São Paulo. No caso da re-gião Nordeste, são 10 unidades emPernambuco e nove na Bahia.

O tamanho das lojas varia, mas emmédia 1.400 m2. Dependendo do ta-manho da loja, o mix varia entre trêsmil e quatro mil itens, entre alimentose não-alimentos. No Todo Dia, o cli-ente encontra não só o sortimentocom itens comuns aos supermercadosde bairro, como também artigoseletroeletrônicos, confecção, utensíliosdomésticos, esportes, perfumaria, pa-daria, açougue, mercearia, entre outros.

Abastecimento

O reabastecimento acontece con-forme da demanda das vendas. E não

há depósito na loja. A estocagem éfeita em racks na parte superior dasgôndolas, o que agiliza pois a reposi-ção dos itens é imediata. Dessa ma-neira, tal procedimento ajuda a redu-zir os custos e permite oferecer pro-dutos com preços baixos. “É bem sim-ples e funcional. Como a estocagemdos produtos é feita na parte superi-or das gôndolas, a reposição dos itenspassa a ser mais ágil, funcional e commenor custo”, afirma José Paulo.

Para isso, o Wal-Mart usa siste-mas de tecnologia da informação de-senvolvidos pela própria empresa ealém de colaboradores próprios, tam-bém utiliza um operador logístico.

“Em Pernambuco, as lojas TodoDia são abastecidas pela central de dis-tribuição da Muribeca, localizada nomunicípio de Jaboatão dos Guara-rapes, na região metropolitana doRecife. A unidade também é respon-sável pelo abastecimento das demaislojas de outros formatos do grupo em

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Page 50: Logística movimentação e armazenagem de materiais

51março 2008 |

Outros no mesmo modelo

Seguindo esse mesmo conceito, a Coop - Cooperativa de Consumo, lançou, em

dezembro de 2007, a Zapt Coop - primeira unidade no formato loja de proximidade.

Segundo o presidente da Coop, Antonio José Monte, está prevista para 2008 a

inauguração de mais oito unidades de distribuição, sendo seis no formato Zapt

Coop, uma unidade convencional e um empório, voltado para consumidores que

buscam produtos diferenciados. O valor de investimentos para este ano é de R$

60 milhões e além das novas unidades de distribuição, será contemplada tam-

bém a construção de um novo centro de distribuição. “Deveremos chegar em

2011 com 23 unidades”, completa.

O projeto Zapt Coop consiste na instalação de unidades compactas em vilas e

bairros do Grande ABC e Interior de São Paulo que tenham concentração urba-

na representativa. Os pontos de distribuição terão entre 500 e mil m² de área

de atendimento, drogaria e mix de 5 mil itens.

Esta primeira unidade terá 700 m² de área de atendimento e um dos grandes

diferenciais é que será abastecida de acordo com as necessidades, sem estoque

no local. Embora o mix de produtos a ser oferecido nas unidades Zapt Coop

seja menor em comparação às demais da rede, isso não significa que os coope-

rados sairão perdendo, pois somente a variedade será menor.

O Carrefour também dispõe de lojas nesse formato, o Dia %, e o Grupo Pão de

Açúcar tem a bandeira Extra Perto. O Dia% trabalha com um sistema de

reabastecimento organizado, simples e totalmente informatizado. Os produtos

são colocados nas prateleiras diretamente em suas embalagens de origem, o

que garante um ganho de tempo de reposição da mercadoria.O Extra Perto

também aposta na maior flexibilidade para conseguir os preços baixos. “O Extra

Perto é resultado de uma série de pesquisas que detectaram um novo nicho de

mercado decorrente de uma mudança no comportamento de compra. Hoje o

consumidor quer, entre as opções de canais disponíveis, ir a uma loja que apre-

sente mix completo de alimentos e sortimento adequado de não-alimentos,

para uma compra ágil, prática e completa, num espaço acolhedor”, conclui o

diretor executivo do Extra, Hugo Bethlem.

Pernambuco e nos estados do Ce-

ará, Rio Grande do Norte, Paraíba,

Alagoas, Maranhão e Piauí. Já as

lojas Todo Dia na Bahia são

reabastecidas pela central de distri-

buição da empresa, em Pirajá. Essa

unidade também atende às demais

unidades de outros formatos, nos

Estados da Bahia e Sergipe”, expli-

ca José Paulo.

Os resultados das operações do

Todo Dia são favoráveis. Tanto que,

no ano passado, esse padrão de loja

recebeu cinco novas unidades no

Nordeste. Foram inauguradas três

novas lojas em Pernambuco e duas

unidades da Bahia. O investimento

para essas unidades chegou a R$

20 milhões.

Desenvolvido a partir das experi-

ências do Balaio (que já foi converti-

do para a bandeira Todo Dia), no

Nordeste, e de bandeiras populares

do Wal-Mart na América Central e

México, o Todo Dia é uma loja de

vizinhança centrada no preço baixo,

localização e atendimento, cujo foco

é o público de baixa renda. Para atra-

ir ainda mais a clientela, normalmen-

te são utilizadas ações publicitárias ao

longo do ano na divulgação dos pro-

dutos e serviços disponíveis. Entre

elas, publicidade em mídia popular

para reduzir o custo e permitir ofe-

recer preço baixo aos clientes; cam-

panhas e ações de marketing, inclusi-

ve no ponto de venda; folhetos sema-

nais de produtos e mídia de rádio.

51março 2008 |

log bairro.p65 28/2/2008, 18:3851

Page 51: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 52

PPPPP A I N E LA I N E LA I N E LA I N E LA I N E L

LAND ROVER lança programa piloto de RFIDA divisão Land Rover da Ford Motor Company e a norte-

americana Savi anunciaram um programa piloto que emprega

soluções de identificação por radiofreqüência (“radio frequency

identification”, RFID) ativa, para melhor sincronizar a entrega

de peças oriundas de múltiplos fornecedores para a linha de

montagem principal da Land Rover em West Midlands (Reino

Unido). A Savi, uma empresa da Lockheed Martin e fornecedora

de soluções de gerenciamento de ativos baseado em RFID, está

fornecendo hardware e software RFID para aprimorar a visibi-

lidade, o gerenciamento de estoques e a utilização de ativos, e

para reduzir perdas, interrupções de linhas e o tempo gasto na

localização de peças da montagem. As informações em tempo

real dos ativos etiquetados com RFID são compartilhadas entre

as partes interessadas, e são transmitidas automaticamente para

telefones celulares, assistentes digitais pessoais (PDAs) e software de rastreamento baseado na Internet.

As etiquetas RFID ativas da Savi são aplicadas aos contêineres tipo ‘stillage’ ao saírem das instalações da fornecedora, e são associadas

às peças de carro carregadas pela transportadora. Leitores fixos de etiquetas são colocados nas plataformas de carga e de descarga, nas

entradas e saídas dos fornecedores e na linha de montagem da Land Rover. Sempre que o contêiner passa por um leitor, o carregamento

é registrado e as informações de sua localização são transmitidas para os usuários designados. Alertas de exceção são enviados quando os

contêineres não chegam no prazo e onde são esperados.

Transporte

CONTEINERIZADOA Maersk Line tem um novo conceito de transporte conteinerizado

de carga, desenvolvido para cargas cuja forma não permite acomodação

dentro do ISO contêiner. O Contrail é um contêiner colapsível de 40 pés

com estruturas laterais que permitem o transporte da carga com até três

metros de altura, e o respectivo empilhamento. Ainda existe uma versão

com estrutura telescópica que permite cargas com até cinco metros de

altura serem transportadas. Rampas laterais facilitam o acesso de veículos

para posicionamento da carga sobre a base do conteiner. As taras são pa-

drão, com 11.500 kg e 12.500 kg para o modelo mais robusto, que permite

o transporte de cargas com 21.000 kg e 30.000 kg, respectivamente.

KBK investe

na exportação

A KBK Plásticos, localizada em Eldorado do Sul, RS,

está apostando no aumento de sua produção de paletes

para exportação em 2008. A empresa, que completou 10

anos em 2007, também vai lançar em todo o território nacio-

nal, suas estantes fabricadas em polietileno de alta densida-

de (PAD) para uso em câmaras frias e depósitos de secos.

Modulares, as estantes são de fácil limpeza, não en-

ferrujam e têm resistência superior para uso em ambien-

tes refrigerados. Outro destaque da empresa são os

paletes plásticos (em polipropileno com fibra vegetal e

polietileno de alta e baixa densidade), com capacidades

que variam conforme o modelo, suportam cargas de

1.500kg para carga dinâmica e entre 3.000 kg a 5.000 kg

para carga estática. Juntamente com as estantes, a KBK

deseja aumentar a produção de paletes para exportação.

painel 210.p65 28/2/2008, 10:5652

Page 52: Logística movimentação e armazenagem de materiais

53março 2008 |

Plataforma de ELEVAÇÃOmarítima na VALE

A Zeloso de-

senvolveu uma pla-

taforma marítima

de elevação para a

Vale que permite

aos usuários inspe-

cionar os porões

de carga antes da

parada total do na-

vio, reduzindo o

processo de car-

regamento de mi-

nério em algumas

horas. Trata-se de

um elevador telescópico com acionamento hidráulico para ate 24 m (altura neces-

sária para transpor o costado/bordo) do navio vazio. Com capacidade de carga

de 400 kg, (quatro pessoas) a plataforma permite aos fiscais o embarque para

vistoria do navio sem que o mesmo esteja amarrado ao “finger” onde as

correias transportam o minério para os porões do navio.

Sua elevação vertical e movimentação horizontal são controladas por rádio.

Investimentos

MULTILOGA Multilog pretende investir R$ 30 mi-

lhões este ano para ampliação da sua capa-

cidade de estocagem. O investimento no

ano passado foi de R$ 35 milhões e a em-

presa está terminando de entregar cerca

de 35 mil metros quadrados de área cober-

ta. Para 2008, serão 90 mil m2 de área co-

berta, a instalação de cerca de 16 mil posi-

ções-paletes, e a compra de quatro reach-

steakers. Recentemente a empresa

credenciou cerca de 1.000 metros quadra-

dos para a estocagem de alimentos, quími-

cos e medicamentos, junto à Anvisa.. No

ano passado, a movimentação da empresa

cresceu 27% e a expectativa para 2008 é um

acréscimo de 30%.

FERRAMENTAS GERAISampliará Factory Store em

2008Com o objeti-

vo de reduzir cus-

tos, evitar desper-

dícios e otimizar o

processo de aqui-

sição de produtos

para manutenção,

reparo e opera-

ção, a Ferramentas

Gerais criou a Factory Store, que funciona como uma loja personalizada no

atendimento às necessidades específicas da empresa onde está inserida. Cada

estabelecimento é adaptado ao negócio, segmento e porte da empresa.

Hoje, a Ferramentas Gerais tem 30 lojas instaladas dentro do espaço físico

de seus clientes como Klabin Papéis, Sadia, Electrolux, Copesul, e Portobello

Cerâmicas – e planeja abrir mais 15 unidades em 2008. Um dos cases que mais

se destaca entre as Factory Store é o da Portobello Cerâmicas, onde a implan-

tação da Factory Store ocorreu em junho de 2007. A Portobello teve um ganho

substancial em processos com a redução de 64 fornecedores na primeira etapa

do projeto, quando foram inclusos 1.400 itens que geraram uma economia em

imobilização de estoque superior a R$ 300 mil.

VOLVO cresce

no BrasilA fábrica brasileira da Volvo

Construction Equipment comemora um au-

mento de sua produção: foram 1.017 no mer-

cado doméstico, um salto de 57% em relação

a 2006. Localizada em Pederneiras, interior

de São Paulo, a planta está totalmente inte-

grada ao sistema industrial global da marca.

As exportações cresceram 50% no período,

saltando de 1.340 unidades em 2006 para

2.010 equipamentos no ano passado. A fábri-

ca brasileira produz pás-carregadeiras, mo-

toniveladoras, caminhões articulados,

escavadeiras e, desde o ano passado,

minicarregadeiras (veja reportagem em

Logística, edição 207).

painel 210.p65 28/2/2008, 10:5653

Page 53: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 54

PODE TER SIDO O EVENTO MAIS

aguardado da história

das publicações. Certa-

mente foi o maior lança-

mento de um livro em um único dia.

Para os milhões de fãs que acompa-

nharam Harry Potter na batalha con-

tra o malvado Lord Voldemort em seus

seis livros anteriores, o auge de tudo

isso - o lançamento da sétima e últi-

ma parte - não poderia ter vindo em

hora mais especial.

Para os milhões de fãs que aguardavam o lançamento

de Harry Potter e as Relíquias da Morte, a venda em 2007

nos Estados Unidos foi uma questão de planejamento

cuidadoso e de execução impecável de logística

As livrarias dos Estados Unidos

permaneceram abertas até tarde da

noite do dia 20 de julho de 2007, mui-

tas oferecendo festas comemora-

tivas, já que aguardaram a meia-

noite para o lançamento de Harry

Potter e as Relíquias da Morte. Em

24 horas, as livrarias convencio-

nais e virtuais venderam juntas 8,3

milhões de cópias do episódio fi-

nal da série de extraordinário su-

cesso da autora J.K. Rowling.

Na distribuição de 12 milhões

de livros dentro do prazo para os

clientes de todos os Estados Uni-

dos e de outros 29 países sob um

manto de rigorosa segurança, a

editora americana Scholastic Inc.,

enfrentou desafios comparados aos

enfrentados por Harry e seus ami-

gos. Estes 12 milhões de livros re-

presentaram o maior projeto de

distribuição de um único livro da

história do setor - superando o re-

bastidores

A magiada distribuiçãoA magiada distribuição

serie bastidores.p65 27/2/2008, 18:4254

Page 54: Logística movimentação e armazenagem de materiais

55março 2008 |

corde anterior de 10,8 milhões man-

tido pelo sexto livro da série, Harry

Potter e o Enigma do Príncipe (Harry

Potter and the Half-Blood Prince), lan-

çado em 2005. Com milhões de fãs

reservando os pedidos e esperando

a chegada no sábado de manhã ou à

venda em suas livrarias antes do

amanhecer, a não disponibilidade

destes livros conforme o prometi-

do estava fora de cogitação.

Aliás, nem a divulgação anteci-

pada dos livros. A Scholastic ado-

tou as medidas mais rigorosas para

garantir que nenhuma destas cópi-

as escapasse de seu controle. “O

número de pontos de exposição é

muito grande,” conta Andrew

Yablin, vice-presidente de logística

da Scholastic, responsável geral

pela distribuição do livro. “Tenta-

mos minimizar o risco entregando

o livro no menor tempo possível.”

Não foi uma tarefa fácil, dado que

os livros foram transportados por

caminhões, por trens e por aviões - e,

em pelo menos em um caso, a cava-

lo ou carroça em Mackinac Island

no Michigan (EUA). Mas no final

deu tudo certo, conta Andrew. “To-

dos que precisavam receber os li-

vros receberam”.

Nenhum ato

de magia

O sucesso da Scholastic não foi ne-

nhum ato de magia. Ao contrário, foi

um esforço de distribuição cuidado-

samente planejado e executado que

exigiu a rigorosa colaboração entre

os membros da equipe de logística da

empresa e de um grupo de transpor-

tadoras.

O planejamento do lançamento co-

meçou seis meses antes do lançamen-

to, ainda antes da Scholastic termi-

nar de digitar o manuscrito. Inter-

namente na Scholastic, o projeto exi-

giu rigorosa coordenação entre os

membros da equipe de logística e

seus colegas de vendas, compras, ser-

viço ao cliente e produção. Andrew

aponta Ed Swart, diretor de opera-

ções e Francine Colaneri, vice-presi-

dente de produção e suprimentos,

como principais parceiros e membros

da equipe.

A rigorosa colaboração também

se estendeu aos parceiros de logística

da Scholastic: J.B. Hunt, Combines

Express, Yellow Transportation e

ActivAir. A J.B. Hunt, uma das mai-

ores transportadoras rodoviárias dos

Estados Unidos, transportou a mai-

or parte dos livros - cerca de um

milhão de cópias. A Hunt operou em

parceria com a Combined Express,

empresa de logística e transporte ro-

doviário especializada no transporte

de publicações e do varejo. A Yellow

Transportation, maior transportado-

ra de cargas fracionadas, cuidou dos

embarques domésticos. A ActivAir,

expedidora internacional especializa-

55março 2008 |

serie bastidores.p65 27/2/2008, 18:4255

Page 55: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 56

da na distribuição de livros e revis-

tas, cuidou dos embarques internaci-

onais para 32 destinos em 29 países.

Andrew observa que várias trans-

portadoras da Scholastic tinham muita

prática na distribuição de Harry

Potter. A J.B. Hunt e a Yellow, por

exemplo, foram envolvidas nos lança-

mentos anteriores de Harry Potter.

A Hunt na verdade conseguiu reunir

a mesma equipe para trabalhar no lan-

çamento mais recente. E a equipe da

Yellow Transportation foi liderada por

Terry Budimlija, diretor de operações

da área de Chicago que também de-

sempenhou a mesma função nos lan-

çamentos anteriores.

Qual foi o plano?Durante os meses que levaram até

o lançamento, cada uma das transpor-

tadoras se reunia freqüentemente

com os gerentes da Scholastic e ela-

borava planos de distribuição detalha-

dos que os gerentes tinham que apro-

var. As transportadoras assinaram

contratos de estrita confidencialidade

até que o projeto fosse concluído.

Os planos foram baseados em di-

versos fatores tais como tempo de per-

curso e, para os embarques internaci-

onais, o desembaraço alfandegário. En-

tre outros assuntos, as transportado-

ras deviam explicar claramente como

elas planejavam equilibrar a necessida-

de de distribuir os livros cedo o sufici-

ente para que os clientes da Scholastic

suprissem seus próprios pontos de ven-

das (ou de seus clientes) com a neces-

sidade de manter os livros nas embala-

gens o maior tempo possível. Elas tam-

bém tiveram que tratar de assuntos

com respeito à segurança e custo.

Andrew, como era de se esperar, deu

atenção especial aos planos das trans-

portadoras quanto à maximização da

densidade dos embarques para

minimizar o número total de embar-

ques e a conta do transporte.

Andrew ressalta o processo de

planejamento com a Yellow como

exemplo de como a colaboração vale

a pena. “A maior diferença desta vez

foi a rara oportunidade da transpor-

tadora sentar-se à mesa e ajudar a

elaborar o plano de logística,” ele ex-

plica. “Seis meses antes, sua equipe de

comando sentou-se comigo e me aju-

dou a otimizar toda a operação.”

Todavia, as reuniões de planeja-

mento não ficaram restritas às equi-

pes de comando das transportadoras.

Mark Calcagni, vice-presidente de

vendas da J.B. Hunt das contas do

nordeste dos Estados Unidos, relata

que as reuniões realizadas pela

Scholastic, Combined Express e Hunt

também incluíam segurança patri-

monial, segurança física, manutenção,

serviço ao cliente e outro pessoal da

Hunt, bem como os gerentes de ope-

rações ferroviárias e rodoviárias.

“Não deixamos ninguém fora da lista

que pudesse estar envolvido com

isso,” afirma.

Com um projeto desta enverga-

dura, explica Calcagni, a Hunt achou

que era essencial envolver todo o seu

pessoal. “Podemos ter toda a tecno-

logia mas tudo se resume em moto-

ristas e as outras pessoas.” Em espe-

cial, Calcagni enaltece Steve Keller,

gerente de operações senior da Hunt

para projetos especiais e Larry Koger,

diretor de operações e de serviço ao

cliente da transportadora, por seus

trabalhos no projeto.

A Yellow Transportation também

considerou importante incluir pesso-

as de todas as áreas da empresa no

processo de planejamento - especial-

mente sua equipe de segurança. “En-

volvemos desde o início para garan-

tir que tivéssemos um bom plano”

analisa o presidente Maynard Skarka.

Carregando tudo ...

Tão logo recebidas as informações

sobre o tamanho e o peso reais do

livro, a Scholastic começou o proces-

so de cálculo dos planos de carga.

“Em seguida, pudemos associar isso

a uma fórmula para ver quantos li-

vros poderíamos colocar em um ca-

minhão e reservar a capacidade,” con-

ta Andrew.

serie bastidores.p65 27/2/2008, 18:4256

Page 56: Logística movimentação e armazenagem de materiais

57março 2008 |

Entretanto, quando se chegounas particularidades do planeja-mento da carga, os parceiroslogísticos da Scholastic assumiramgrande parte da responsabilidade.Para as cargas fechadas, aCombined Express - que atuoucomo prestadora de serviçoslogísticos terceirizados - trabalhoujunto com a Hunt para a elabora-ção de um plano uniforme: cadacarga de um caminhão completoseria exatamente igual à próxima.As cargas uniformes forampaletizadas, com cada palete em-balado em filme termo-retrátil epapelão na parte de cima e cintado.“Ficou uma embalagem bem fir-me,” conta Andrew. “Tentamos cri-ar uma embalagem de modo quepudéssemos dizer com rapidez seesta foi violada.”

Antes de fechar e selar asportas do semi-reboque, toda acarga foi fotografada. Andrewelogia a Hunt por seu desempe-nho na execução do plano. “AHunt foi fenomenal,” ele conta.“Eles não deixaram cair nenhumacarga.”

Para os embarques de LTL, aYellow Transportation ficou res-ponsável pela carga. Ao contráriodos projetos anteriores, aScholastic e a Yellow concordaramque a transportadora seria respon-sável pela carga e pela contagem,o que tornou a Yellow responsá-vel por qualquer discrepância naentrega. “Trouxemos seu pessoalpara dentro e deixamos que elescarregassem da maneira que qui-sessem,” afirma Andrew. “O planoestava adiantado. Sabíamos quaiscódigos postais eram atendidospor cada terminal e organizamoso fluxo do centro de distribuiçãopor terminal e por caminhão.”

... e distribuindo

tudo

À medida que o lançamento ofi-cial se aproximava, começava o

57março 2008 |

serie bastidores.p65 27/2/2008, 18:4257

Page 57: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 58

processo de trans-

porte dos livros

das áreas de en-

cader nação até

os centros de dis-

tribuição realiza-

do pelos princi-

pais revendedo-

res como Barnes

& Noble, Borders

Books e Amazon.

A J.B. Hunt cui-

dava destes em-

barques que

eram todos em

cargas de cami-

nhões comple-

tos que se diri-

giam direta-

mente para os

centros de dis-

tribuição.

O crono-

grama das en-

tregas foi ba-

seado nos cál-

culos de dura-

ção dos percursos feitos pela

Combined Express a partir das grá-

ficas de encadernação. Os embar-

ques para os destinos mais distan-

tes das gráficas saíram antes para

locais de espera a um dia de viagem

dos centros de distribuição dos cli-

entes.

A Hunt manteve todas as suas

carretas em espera nas instalações

das gráficas escolhidas por suas ri-

gorosas seguranças. “Escolhemos

os locais considerados seguros, com

pessoas no local 24 horas por dia,”

diz Calcagni. “Foi uma espécie de ope-

ração secreta. Nós a tratamos pelo

nosso fluxo normal, porém a vigia-

mos de forma diferente.”

No local, a Hunt usou a tec-

nologia de rastreamento e moni-

toramento de semi-reboques da

Terion Inc. para oferecer uma deli-

mitação da área geográfica em tor-

no de cada carreta. Se um caminhão

se movimentasse 3 metros, ele

dispararia um alarme”, diz Andrew.

“Não queríamos depender dos

guardas da portaria. Ele já daria

meia-volta antes de chegar na por-

taria.”

Além das proteções eletrônicas,

o pessoal da segurança inspeciona-

va os selos dos lacres várias vezes

por dia. Logo que as carretas al-

cançaram a estrada, Hunt contou

com seu sistema de rastreamento

via satélite da Qualcomm para

alertar se um caminhão se desgar-

rasse da sua rota prescrita.

Ao todo, cerca de 70% das car-

gas foram transportadas por ro-

dovia. O restante foi transportado

em embarques intermodais, com a

Hunt providenciando o transbor-

do e as ferrovias ao Sul de Norfolk

cuidando do transporte direto de

longa distância por trilhos. Todas

as entregas foram com hora

marcada.

Enquanto isso, no Brasil...

No Brasil, o lançamento da versão em

português do “Harry Potter e as Re-

líquias da Morte” ocorreu no primeiro

minuto de 10 de novembro de 2007,

com tiragem inicial de 400 mil exem-

plares.

Para atender a essa tiragem recorde,

o maior dos sete títulos da série, a

Rocco, editora responsável pela obra

no Brasil, contratou três das maiores

gráficas do País. Só para imprimir o

miolo dos livros foram compradas

420 toneladas de papel certificado

com o selo FSC (Forest Stewarship

Council), ou seja, proveniente de flo-

restas bem manejadas ambiental,

social e economicamente. Para a capa,

a editora comprou outras 24 tonela-

das de papel-cartão. Dezessete car-

retas foram reservadas exclusivamen-

te para carregar o fornecimento de

papel às gráficas.

A assessoria de imprensa da Rocco

não divulgou detalhes da operação no

Brasil, porém, segundo ela, não foi con-

tratado um operador logístico para

esta missão. Os livros foram entre-

gues das gráficas direto às livrarias.

Uma pequena parte foi para o arma-

zém da editora, no Rio de Janeiro.

A distribuição levou cerca de 10 dias

para atender aos pedidos e não havia

um acordo oficial proibindo a venda

do livro antes de 10 de novembro. O

que foi assinado foi um acordo de in-

tenções, que previa o início das ven-

das naquela data em todo o País.

Para marcar esse dia, a editora

disponibilizou displays de pé em for-

mato tradicional e outro em formato

cenográfico, com capacidade para

atender a coleção completa de Harry

Potter e estocar até 48 livros, além

de flyers, móbiles, capas de alarme e

totens para livrarias.

Os seis primeiros volumes da série

venderam 2,5 milhões de exempla-

res no Brasil, e mais de 325 milhões

de exemplares, em 64 línguas, em

todo o mundo.

serie bastidores.p65 27/2/2008, 18:4358

Page 58: Logística movimentação e armazenagem de materiais

59março 2008 | 59março 2008 |

Dobradinha

de sucessoDobradinha

de sucesso

AFord de São Bernardo do Campo (SP) está repetindo uma fórmula de sucesso no

gerenciamento de sua intralogística: delegou suas operações nas áreas de estamparia,

caminhões e automóveis, exportação CKD, e recebimento de materiais importados à

DHL-Exel. A operação envolve 480 pessoas e provocou a renovação de toda a frota de

empilhadeiras e rebocadores da montadora. A fábrica de São Bernardo opera em um turno, as

operações de CKD em dois, e a estamparia trabalha em três turnos.

O início do acordo entre as empresas foi em Camaçari (BA), onde a DHL-Exel atua desde 2001

nas linhas do Fiesta e do EcoSport. Já naquela época, o operador logístico escolheu a Still como

fornecedor oficial de empilhadeiras e rebocadores por estes equipamentos estarem alinhados, em

sua concepção, com metas de produtividade, por serem adequados a questões ambientais, e por

aliarem modernidade, ergonomia e um contrato vantajoso de manutenção e pós-venda.

“A renovação da frota era necessária e fez parte de nosso plano estratégico para dar maior suporte

às operações. São 85 empilhadeiras (elétricas e a combustão, com capacidades de 1,6 a 7 tonela-

das), 45 rebocadores (com capacidades de 3 a 6 toneladas) e quatro transpaletes elétricos que

foram entregues em prazo recorde – seis meses – e começaram a operar em fevereiro”, explica o

gerente-geral de operações da DHL-Exel alocado na Ford, Mauricio Almeida.

Outra preocupação da Ford para garantir a continuidade de suas atividades a partir da disponibi-

lidade de equipamentos foi elaborar um sólido contrato de manutenção. Segundo Almeida, há uma

equipe dedicada da Still na planta da montadora para gerenciar quatro salas de baterias e para

realizar a manutenção preventiva, corretiva, além de inspeções operacionais dos equipamentos.

“O sistema de reposição de peças garante rapidez no atendimento: com 97% das peças em

estoque no Brasil, a fabricante de empilhadeiras pode disponibilizá-las à Ford em até duas horas,

e o que estiver na Europa vem via DHL em até 72 horas”, assinala o gerente-geral.

Estão operando nas dependências da Ford

empilhadeiras modelo CL 70 e XL 25 (com-

bustão), RX 50, RX 20 e RX 40 (elétricas),

estas últimas com facilidades de manuten-

ção como o acesso lateral às baterias, motor

de corrente alternada – conferindo a elas

maior desempenho com menor necessidade

de manutenção por sofrerem menos des-

gastes –, além de serem mais compactas.

Ford repete parceria

com DHL-Exel e Still

no gerenciamento

de suas operações

intralogística

still.p65 26/2/2008, 14:4859

Page 59: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 60

E NEGÓCIOS | rogério lemeGESTÃO

EMPREGO E EMPREGABILIDADE:não é apenas um jogo depalavras. É uma questão decarreira, pois existe uma

importante diferença entre esses doistermos. O profissional que se preocu-pa com o emprego, na realidade, é umprofissional limitado para o mercadoe, conseqüentemente, tem sua carrei-ra igualmente limitada. Isso tem umimpacto ainda maior em áreas relati-vamente novas, como a do profissio-nal de logística. Essa limitação ocor-re, quando o indivíduo está preocupa-do com seu emprego e perde tempo

defendendo a todo custo sua situaçãoatual. Ele está preocupado apenas con-sigo e geralmente não está aberto amudanças.

Devido à velocidade das mudançasque ocorrem no mundo corporativo eà grande concorrência, onde é preci-so fazer mais para atender os clientese por um custo cada vez menor, a fle-xibilidade, a inovação, a criatividade, anecessidade de agregar valor aos pro-dutos e serviços ganham força e sãoum caminho para que as empresaspermaneçam no mercado. Os profis-sionais preocupados com o emprego

não se encaixam nesse perfil. Estra-nhamente, esse profissional pode atéestar envolvido com a empresa, par-ticipando de sua evolução, pensan-do ser insubstituível e que tudo quefaz é o suficiente. O fato é que estarenvolvido não é suficiente para o mer-cado.

Já o profissional preocupado comsua empregabilidade pensa no coleti-vo em vez do individual, busca resul-tados e formas para que sua equipepossa atingir os objetivos orga-nizacionais. Esse profissional desen-volve a sua equipe, delega tarefas, tra-

Quem só se

preocupa com seu

próprio emprego

não está aberto

a mudanças, tem

uma carreira

limitada e perde

tempo defendendo

a todo custo sua

situação atual

empregabilidadeempregabilidade

Você está preocupadocom seuemprego ou

com sua

Você está preocupadocom seuemprego ou

com sua

gestao e negocios.p65 26/2/2008, 14:5260

Page 60: Logística movimentação e armazenagem de materiais

61março 2008 |

ROGÉRIO LEME É ESPECIALISTA EM GESTÃO COM FOCO EM COMPETÊN-CIAS E AUTOR DOS LIVROS “SELEÇÃO E ENTREVISTA POR COMPETÊNCIAS

COM O INVENTÁRIO COMPORTAMENTAL” E “FEEDBACK PARA RESULTADOS

NA GESTÃO POR COMPETÊNCIAS PELA AVALIAÇÃO 360º”.

balha seu desenvolvimento pessoal

e promove o desenvolvimento da

sua equipe. Ele também busca cons-

tantemente o aprimoramento de

suas competências e habilidades.

Diferente do indivíduo preocu-

pado com o emprego, o profis-

sional preocupado com a empre-

gabilidade não está envolvido com

a empresa. Ele está comprometi-

do com ela, pois estar envolvido é

fazer o que mandam, enquanto es-

tar comprometido é fazer o que é

preciso, sem a necessidade de re-

ceber ordens.

Ele é um profissional pró-ati-

vo. Seu comprometimento vai além

da empresa, pois

antes de tudo, está

c o m p r o m e t i d o

consigo mesmo e

com sua carreira.

Esse profissional

compreende, por

exemplo, que uma

atualização profis-

sional não é obri-

gação da empresa,

mas sim dele. Ele

investe em seu ca-

pital intelectual.

Isso não significa, obrigatoriamen-

te, assumir todos os custos com a

capacitação profissional, mas a

obrigação de retornar todo o in-

vestimento de capacitação recebi-

do, implementando as mudanças

necessárias em suas atividades e

trazendo inovações para seu am-

biente de trabalho.

O dicionário traz a definição de

empregabilidade como “qualidade

de empregável”. Isso quer dizer

que haverá um emprego para tal

profissional, seja na empresa que es-

tiver atuando ou em outra que vier

a trabalhar e, além disso, ele é e será

indispensável para a organização.

Comece já a se preocupar com

sua empregabilidade, mesmo se

você estiver pensando em mudar

de emprego nos próximos meses

ou considerar que não vale a pena

investir na empresa que está tra-

balhando atualmente. Deixe os pre-

conceitos de lado e comece a agir

já. Você conquistará um amadure-

cimento e crescimento profissional

e levará isso sempre consigo, in-

dependente do local de trabalho.

Quem sabe você

possa redesco-

brir seu atual em-

prego, ou mesmo

sua empresa pos-

sa enxergar ou

r e d e s c o b r i - l o

como profissio-

nal.

Agora, se

você gosta de seu

emprego e da

empresa que tra-

balha, a preocupa-

ção com sua empregabilidade é

obrigatória. Invista em você, em

sua capacitação profissional. Pro-

cure desenvolver suas competên-

cias. Procure ter “feedback” de seus

superiores referente ao seu desem-

penho para superar seus pontos

fracos e investir ainda mais em seus

pontos fortes. Esteja comprome-

tido com a empresa, pois é isso que

o mercado precisa. Fazendo isso,

você terá empregabilidade.

O profissional

preocupado com

a empregabilidade

não está envolvido

com a empresa.

Ele está comprometido

com ela

61março 2008 |

gestao e negocios.p65 28/2/2008, 18:3061

Page 61: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 62

HÁ 5, 10, 15, 20, 25 ANOS...

Sistemas de ARMAZENAGEMSob o nome LOG&MAM, destacamos há 5 anos os avanços da Águia Sistemas com a criação da

Divisão de Movimentação para crescer num mercado que estava aquecido para equipamentos de

automatização da movimentação de materiais. Naquela época, a empresa firmou parcerias para

atender o que estava fora de seu “core business”, como os sistemas de transportadores contínuos.

Hoje, já existe a NBR 15.524, primeira norma brasileira de sistemas de armazenagem; enquanto

isso, na Águia os avanços em soluções especiais continuam, como o sistema de estocagem por

gravidade (dinâmico) para a indústria de alimentos visando o estoque de grandes volumes de carga.

Cargas PALETIZADASHá 15 anos, a Probel, que hoje está no ramo de colchões, foi destaque na capa de

Logística com o lançamento de equipamentos para envolver cargas. A marca era a Signode, e

os equipamentos e insumos, importados, situação que em 2008 já é bem diferente: a Signode

tem fábrica em Cabreúva, SP, importa equipamentos mas já nacionaliza alguns deles, como as

envolvedoras automáticas desenvolvidas para a indústria de madeiras MDF. A empresa

também fabrica aqui suas fitas e presta serviços em soluções de embalagem.

A partir desta edição você vai conferir tudo o que foi destaque nas páginas

da Revista Logística ao longo de sua existência e como estão hoje os personagens

das reportagens de ontem.

... EM

SUPLEMENTO de LogísticaHá 10 anos, ainda sob o nome Movimentação & Armazenagem, a revista Logística ganhava o

suplemento LOG, com páginas dedicadas às notícias de produtos e serviços de logística para

auxiliar na tomada de decisões. Os destaques eram cases de empresas como a Petrobrás e a

Nike, que estrearam o suplemento. Em 2008, os temas movimentação, armazenagem, embala-

gem de materiais e os cases e boas práticas de logística fazem parte de uma só publicação,

conciliando os temas e agregando ainda reportagens sobre comércio exterior, multimodalidade

e serviços.

retro 210.p65 28/2/2008, 10:5762

Page 62: Logística movimentação e armazenagem de materiais

63março 2008 |

63março 2008 |

SALTO para o mundoHá 20 anos, a Paletrans destacava sua linha de produtos manuais com fabricação 100% nacional.

Atualmente figuram em seu portfólio transpaletes manuais e elétricos; empilhadeiras manuais, elétricas,

tracionárias e retráteis; além de serviços como locação de transpaletes manuais. Com unidade fabril

localizada em Cravinhos, SP, a Paletrans, parte do Grupo Unihold, juntamente com a Disktrans e a

Paletrans Carretas, exporta seus equipamentos para mais de 20 países e já recebeu por dois anos (2006

e 2007) o Prêmio TOPLog outorgado por esta publicação.

GIGANTE ontem e hojeO CD de peças e acessórios da Volkswagen na ala 21 da planta de São Bernardo do Campo de

25 anos atrás tinha capacidade para movimentar 140 milhões de peças por ano, 93 mil m2 de área

construída em um edifício de dois andares. Era considerado um projeto grandioso. Instalado hoje em

Vinhedo, SP, o CD tem 131.800 m2 tem capacidade de estocagem de 150 mil locações fixas, tem área

dedicada às exportações, agrega mais de 400 fornecedores, e movimenta pelo menos cinco milhões de

peças/mês. O CD recebe 300 mil linhas de pedidos mensais, além de pedidos urgentes de veículos

parados em concessionárias.

retro 210.p65 28/2/2008, 10:5763

Page 63: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 64

Ergonomiasem problemas

OMANUSEIO DE MATERIAIS

ocorre em quase todo

local de trabalho. Estu-

dos apontam que exis-

tem mais lesões devido à movimen-

tação manual incorreta do que de-

vido a qualquer outra atividade e re-

presentam mais de um terço de to-

das as lesões com afastamento por

mais de três dias.

A movimentação manual contri-

bui significativamente para as le-

sões conhecidas como DORTs (dis-

túrbios osteomusculares relaciona-

dos ao trabalho), e a maioria está

relacionada com esforços excessi-

vos da coluna, além de outras par-

tes do corpo. Contudo, algumas le-

sões são difíceis de ser relaciona-

das a atividades ou acidentes espe-

cíficos, já que são cumulativas: é um

processo gradual e pode não ser

observado como problema à pri-

meira vista.

Se levarmos em conta as ações

descritas a seguir, elas ajudarão a

evitar essas situações de risco.

Fatores a serem

observados na movi-

mentação manual:

1. As tarefas e o que as envolvem: a

manipulação de cargas está sendo

realizada distante do tronco? A

movimentação ou postura corpo-

ral está insatisfatória? Movimen-

tação de cargas é excessiva? O

movimento de empurrar ou pu-

xar é excessivo? Existe risco de

movimentação brusca? Os perío-

dos de descanso ou de recupera-

ção são suficientes?

2. Quanto às cargas, elas são: pesa-

das? Volumosas ou de difícil ma-

nuseio? Difíceis de segurar? Ins-

táveis ou com conteúdo que tende

a se deslocar? Pontiagudas, quen-

tes ou de alguma outra forma po-

tencialmente danosas?

3. No ambiente de trabalho, observe:

Existem limitações de espaço que

impeçam a boa postura? Existem

pisos desnivelados, escorregadios ou

instáveis? Temperaturas extremas

de trabalho? Condições que pro-

voquem problemas de ventilação

ou rajadas de vento? Más condi-

ções de iluminação?

4. Quanto à capacidade individual:

exige-se força, altura, etc., inco-

muns? Gera-se riscos conside-

ráveis para mulheres grávidas ou

para alguém que tenha algum

problema de saúde? Exige-se in-

formações ou treinamentos es-

peciais para a sua realização da

atividade?

A movimentação manual se apli-

ca a uma ampla gama de atividades,

incluindo o ato de erguer, abaixar,

empurrar, puxar ou carregar. A pre-

venção e o controle dos DORTs na

movimentação manual devem ser

tratados como prioritários.

Em focoA ergonomia nas operações de movimentação

manual de cargas deve ser observada com

atenção para evitar afastamentos. Quando

possível, avaliar a mecanização do processo.

Conhecer os riscos

envolvidos na movimentação

manual é o primeiro passo

MANTENHA A CABEÇA LEVANTADA DURANTE

A MOVIMENTAÇÃOEVITE GIRAR A COLUNA OU RECURVAR PARA OS LADOS. ABAIXE A CARGA

E EM SEGUIDA, AJUSTE-A

segurança na ergonomia corte.p65 27/2/2008, 12:0064

Page 64: Logística movimentação e armazenagem de materiais

65março 2008 |

Melhor prevenir do que remediar

Primeiramente, deve-se entender e analisar os riscos da movimentação manual e consultar os colaboradores sobre como minimizar estes

riscos. De muitas formas, pode-se oferecer soluções práticas para ajudar a controlar ou eliminar os riscos.

Evite a necessidade de movimentações manuais perigosas até onde for razoavelmente praticável. Verifique se realmente é necessário

movimentar. Estude a possibilidade de automação, especialmente para os novos processos. Pense na mecanização e no uso de equipa-

mentos auxiliares de movimentação como transportadores contínuos, transpaletes, talhas elétricas ou manuais, manipuladores, ou ainda,

empilhadeiras, entre outros.

Avalie o risco de lesão devido a qualquer movimentação manual perigosa que não possa ser evitada. Identifique as formas de tornar o

trabalho menos perigoso, mais fácil e com menor esforço físico. Solicite a ajuda de especialistas nas atividades mais complexas, porém,

em muitas delas, seus colaboradores poderão ajudar. As avaliações podem ser genéricas, mas também poderá haver a necessidade de

se fazer avaliações individuais, por exemplo, em mulheres grávidas ou funcionários com alguma restrição.

BRAÇOS ELEVADOSALINHADOS VERTICALMENTE

E TRONCO ERETO

BRAÇOS ELEVADOSAFASTADOS E EM ÂNGULO

COM O CORPO

TRONCO INCLINADOPARA FRENTE

BRAÇOS ELEVADOSAFASTADOS E EM ÂNGULOCOM O CORPO, QUE DEVE

FICAR INCLINADOPARA FRENTE

ACIMA DOS JOELHOS E/OU ABAIXODA ALTURA DO COTOVELO

CORPO ERETO E BRAÇOSELEVADOS NA ALTURA

DO OMBRO

NA ALTURA DA CABEÇAOU ACIMA

NO NÍVEL DO CHÃO

Colaborou na seção de fotos: Moacir Salles

Reduza o risco de lesões devido à movimentação manual, isto é, reduza o risco até que os custos de prevenção sejam satisfatórios.

Deve-se providenciar auxílios mecânicos quando se for praticável e se o risco identificado na avaliação puder ser reduzido ou eliminado.

Lembre-se que todos os funcionários deverão ser treinados nas técnicas de movimentação manual com segurança.

segurança na ergonomia corte.p65 28/2/2008, 17:5765

Page 65: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 66

OVÃO CENTRAL É A REGIÃO

da Ponte Rio – Niterói

onde se registra o maior

número de acidentes e

avarias de veículos. As bases opera-

cionais suspensas foram criadas para

proporcionar às equipes do SOS

Usuário da concessionária maior

rapidez nos atendimentos e na

liberação das pistas após os incidentes.

As obras de construção das bases

operacionais suspensas da Ponte –

começaram em 2007, com toda a

logística de acesso às estruturas e os

serviços feitos pelo mar. Em janeiro,

foram executadas as operações de

instalação das vigas nas laterais da

ponte junto aos trechos de subida do

vão central, nos dois sentidos de

direção, com ajuda de um guindaste

flutuante de 110 metros de altura –

o equivalente a um prédio de 17

andares. Cada viga tem dimensões

expressivas: 80 metros de com-

primento, 4,5 m de largura e peso de

170 toneladas cada.

A instalação das vigas envolveu

algumas variáveis críticas para a

segurança e o sucesso das operações:

o trabalho só pode ser realizado

durante o dia, porque o guindaste não

tinha permissão dos órgãos regu-

ladores da navegação para operar à

noite, embora as condições climáticas

e de maré do período da manhã

fossem mesmo as ideais para os re-

quisitos de precisão e segurança da

obra. Além disso, em caso de uma

inversão nas condições favoráveis de

tempo – a ocorrência de ventos fortes,

por exemplo – toda a operação teria

de ser reprogramada, o que acon-

teceu por duas vezes, por motivo de

tempestades.

Os controladores do Centro de

Controle de Tráfego da Ponte SA

monitoram toda a ponte e seus aces-

sos por meio

de 25 câmeras

de um circuito

fechado de tele-

visão. Quando

uma situação

de emergência

é visualizada,

equipes do

SOS Usuário

24 horas são

acionadas e

podem en-

trar em ação

quase em

tempo real.

Guindaste de 110 metros de altura

instala bases operacionais suspensas

do vão central da Ponte Rio-Niterói

Guindaste de 110 metros de altura

instala bases operacionais suspensas

do vão central da Ponte Rio-Niterói

Ajuda

do

alto

Ajuda

do

alto

guindaste.p65 27/2/2008, 18:4966

Page 66: Logística movimentação e armazenagem de materiais

67março 2008 |

NNNNNOVOSOVOSOVOSOVOSOVOS S S S S SERVIÇOSERVIÇOSERVIÇOSERVIÇOSERVIÇOS

BUSQUE AQUI SUA SOLUÇÃO

Carga AÉREA globalO que há de novo: a UPS tem novo portfólio global simplificado de envio de carga

aérea, incluindo uma opção expandida de remessas expressas com serviço garantido de

entrega porta a porta.

Resultado: triplica o número de li-

nhas expressas atualmente cobertas pela

empresa e oferece entregas com tem-

pos definidos e garantidos de um a três

dias, incluindo atividades de rotina de

liberação alfandegária, para as principais

áreas metropolitanas.

Volta a fabricação

de LOCOMOTIVAS no BrasilO que há de novo: a

GE anunciou em janeiro o

início da produção de

locomotivas no Brasil. A

empresa tem investido mais

de US$ 100 milhões por ano

na produção em sua fábrica

de Contagem, MG.

Resultado: a ampliação da produção inclui a transferência de equipamentos e

tecnologia de última geração, inclusive para a fabricação de locomotivas AC (corrente

alternada), que permitirá o aumento da capacidade de tração, podendo levar a uma

maior eficiência da malha de transporte ferroviário no País.

Atendimento via CHATO que há de novo: a Jamef Encomendas Urgentes acaba de lançar seu mais novo

serviço on-line: o atendimento via chat, um sistema de comunicação on-line para atendi-

mento e suporte no esclarecimento de dúvidas sobre o posicionamento da carga, previsão

de entrega, confirmação de recebimento de mercadoria, entre outros serviços.

Resultado: possibilita um ponto de contato e troca segura e eficiente de informações

e serviços dentro da Jamef, envolvendo parceiros, clientes e colaboradores, de acordo

com as necessidades de cada um.

RFID em bagagensO que há de novo: a Emirates associou-se a três aeroportos internacionais - Heathrow,

de Londres, o de Dubai e o de Hong Kong - para testar a tecnologia de RFID no manuseio de

bagagem. Este será o maior teste do gênero no transporte aéreo, envolvendo cerca de meio

milhão de malas de vôos da Emirates durante os seis meses de duração.

Resultado: revolucionar o modo como as bagagens são monitoradas e rastreadas, além

de gerar soluções inovadoras para o manuseio do número crescente de bagagem. Em

paralelo, as etiquetas continuarão a apresentar o código de barras tradicional.

67março 2008 |

novos servicos.p65 27/2/2008, 19:0967

Page 67: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 68

SÉRIE | logística enxuta*1ª PARTE

A base para a prática

enxuta é o kaizen, que

por sua vez tem o ciclo

PDCA como ponto

de partida. Quanto mais

se souber sobre lean,

melhores e mais

consistentes serão

os resultados

DEPOIS DE CONCORDAR QUE

uma abordagem de ges-tão traz os benefícios es-perados, a questão que

surge é por onde começar. A logísticaenxuta é uma abordagem prática. En-tão, simplesmente comece. Nada deplanejamentos intermináveis (que nor-malmente não são executados). Co-mece por identificar o valor para ocliente. Depois, identifique as perdase trate de eliminá-las.

Este é o primeiro de uma série deonze artigos, nos quais haverá umaprofundamento contínuo dos temas.Por isso, não é necessário ter todo oconhecimento disponível da aborda-gem enxuta (lean) para começar. Àmedida que as ações forem tomadas,as necessidades de conhecimentoscorrespondentes irão aparecendo na-turalmente.

A Toyota levou mais de 25 anospara consolidar o Sistema Toyota de

Produção (TPS), que mais tarde foichamado de JIT e, agora, lean no Oci-dente. Passaram-se mais de 60 anospara que ultrapassasse a GeneralMotors em volume de vendas, embo-ra antes disso já apresentasse maiorlucro do que as três maiores mon-tadoras juntas. Quando ela começoua desenvolver seu sistema de gestãonão havia conhecimento disponível so-bre kaizen, JIT, reposição puxada,kanban, milk run, nivelamento(heijunka), lean e desdobramento daspolíticas (hoshin kanri). Ela simples-mente começou, e não parou mais deintroduzir patamares cada vez maiselevados de desempenho.

O que é preciso

saber desde o início

Embora muitos resultados possamser colhidos rapidamente, a logísticaenxuta é uma iniciativa de longo pra-

zo. Se a sua empresa tiver por pre-missa obter resultados financeiroscom o lean a curto prazo, ela falhará,porque logo terá um dilema entre ainiciativa de curto prazo e a de longoprazo. E quando começar a dar prio-ridade às ações de curto prazo, o ím-peto das melhorias tende a cessar. Abase da logística enxuta é o kaizen(melhoria contínua – que abordaremosna parte 9), o que por si só demandauma mudança de mentalidade.

Valor ao cliente

Se alguém acredita que a empresajá sabe tudo sobre as preferências dosclientes, é bom lembrar que as em-presas em geral estão divididas emcompartimentos (as funções deMarketing, Vendas, Pós-vendas Pro-dução, Distribuição) e que as informa-ções não fluem agilmente entre eles.Mesmo dentro das funções existe uma

O início da

logística enxuta

serie log lean.p65 27/2/2008, 18:2168

Page 68: Logística movimentação e armazenagem de materiais

69março 2008 |

69março 2008 |

estrutura hierarquizada onde as in-

formações sobre o cliente ficam es-

condidas. Ao começar a procurar

internamente o que o cliente valo-

riza e quais são os problemas, sem-

pre somos surpreendidos com as

informações que aparecem. Fazen-

do uma análise do valor agregado

aos clientes, um gerente de logística

de uma pequena empresa descobriu

com os motoristas/entregadores

que a maioria dos clientes gosta-

ria que estes fizessem sugestões

de reposição, desde que se man-

tivesse um limite mínimo dos es-

toques. A implementação dessa

medida simplificou os controles,

diminuiu as faltas de estoque e au-

mentou as vendas feitas para es-

ses clientes.

Depois de avaliar as informações

sobre os clientes disponíveis inter-

namente, visite o cliente. Não se li-

mite ao pessoal da área comercial,

leve junto pessoal de engenharia,

operações, logística, produção, pós-

vendas, etc. Sintetize as informações

obtidas e comece a agir. Reclamações

e sugestões de clientes valem ouro.

Podem surgir grandes oportunidades,

normalmente no processo de desenvol-

vimento de produtos, processamento

de pedidos e redução de falhas na en-

trega.

Enxergando os fluxos

e eliminando as perdas

Quando há perdas, os fluxos de ma-

teriais tendem a ser interrompidos, a

ter um comportamento irregular e a se

acumular na forma de estoques. Para

mostrar a relação entre perdas e fluxo,

Exemplos de perdas (que não agregam valor), nos armazéns:

• Os pedidos são processados em lote. Todos os pedidos do dia são verificados quanto ao

crédito do cliente antes de serem enviados para o armazém;

• Os produtos chegam em paletes despadronizados, são descarregados e repaletizados

(demora e esforço desnecessários);

• Separadores de pedido esperam reabastecimento do “picking” (falta na área de picking,

mas há no estoque de fundo) para retirar produtos;

• Embarque aguardando item faltante para ser completado (perda de tempo e espaço);

• Produtos aguardando conferência para dar entrada no estoque (perdas de tempo, esfor-

ço e espaço);

• Contagens de produtos por causa de falta de contentores padronizados (esforço desne-

cessário e perda de tempo);

• Descoberta de que há falta de produtos na ocasião da retirada (perda de tempo e esforço).

serie log lean.p65 27/2/2008, 18:2169

Page 69: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 70

normalmente é utilizada a analogia do

rio com pedras no fundo. Para as pe-

dras não aparecerem, o nível da água

deverá ser mais alto do que as pedras.

Se o nível de água for pequeno, as pe-

dras emergirão e o fluxo será turbu-

lento. Qualquer objeto sendo condu-

zido pelo fluxo do rio esbarrará se-

guidamente nas pedras e demorará

mais a fazer o percurso. Nessa analo-

gia, as pedras representam as falhas/

perdas e o nível do rio representa o

nível dos estoques. Tal como as pe-

dras no rio atrapalham o fluxo de água,

as perdas atrapalham o fluxo logístico.

Por isso, o efeito observável dos sis-

temas logísticos ineficientes é o eleva-

do nível de estoques. A solução mais

eficaz para melhorar o fluxo é reduzir

as perdas. Eliminar as pedras e baixar

o nível da água. Eliminar as perdas e

incertezas é baixar o nível de estoques.

Nos sistemas logísticos enxutos,

onde é fundamental eliminar as per-

das, pode-se identificar três tipos de

atividades:

1) Atividades que agregam valor.

Exemplo: transporte de produtos

ao cliente;

2) Atividades que não agregam valor

e que ainda são necessárias (devi-

do à tecnologia e aos recursos atu-

ais). Exemplo: estocagem de pro-

dutos de alta movimentação e de-

manda regular em estruturas por-

ta-paletes para posterior retirada

e abastecimento da área de picking.

3) Atividades que não agregam valor

e que podem ser eliminadas imedi-

atamente. Exemplo: o separador

confere as quantidades quando en-

trega para a expedição e a expedi-

ção reconfere (duplicidade de con-

ferências).

Acompanhe o fluxo dos pedidos e

dos produtos (desde a entrada do pe-

dido até o recebimento dos produtos

pelos clientes) juntamente com o pes-

soal das áreas envolvidas. Acompanhe-

os como se estivesse viajando junto

com o pedido e com o produto. Iden-

tifique as perdas. Depois, trate de eli-

mina-las imediatamente. Inicialmente,

há uma dificuldade maior em classifi-

car as perdas como elimináveis. A ten-

dência é achar justificativas para não

eliminá-las:

1) “Lean é antigo, eu já conheço” – co-

nhecer não é suficiente, é preciso

praticar. Esse tipo de pensamento

causa deficiência de aprendizagem;

2) “Não tenho tempo” – lembre que o

papel do gerente é dedicar mais da

metade do seu tempo às melhorias;

3) “Não posso eliminar esta ativida-

de, ela é importante” – de que for-

ma diferente podemos fazê-la?

Você está deixando de fazer o mais

importante (eliminar perdas)

4) “Não temos dinheiro para inves-

tir” – geralmente a eliminação das

perdas não exigem investimento;

5) “Vai piorar a produtividade” – pro-

vavelmente você não está identifi-

cando corretamente as perdas.

Se você ainda não consegue enxer-

gar as perdas, aprofunde seu conheci-

mento em “lean”.

Checklist

1) Comece já. Você já começou, sua

empresa já começou?

2) Ao cabo de uma semana você deve

ter identificado pelo menos uma

dezena de perdas.

3) Em duas semanas você deve ter

eliminado pelos menos uma gran-

de perda. Se você não chegar até

aqui, reveja sua atitude no traba-

lho (passa mais tempo lidando com

a rotina; “apagando incêndios”; não

tem tempo; considera que o pes-

soal não vai colaborar).

4) Se a sua empresa estiver focada em

apresentar resultados de curto pra-

zo para “inglês ver”, e não vai mu-

dar, avalie sinceramente as pers-

pectivas futuras. Esse tipo de em-

presa reage contra melhorias re-

ais. Se você está interessado so-

mente em resultados de curto pra-

zo, as melhorias serão, provavel-

mente, transitórias.

5) Se você conhece o ciclo PDCA (Plan

- Do - Check - Act) e nunca utilizou,

utilize-o de fato.

6) Continue aprendendo cada vez mais.

Continue reduzindo perdas e agre-

gando valor. As melhorias não têm fim.

Até o próximo mês!

Saiba desde o início

1) É fundamental que a opção pelo lean seja declarada pelo presidente da empresa,logo de início. As iniciativas podem começar com a gerência, mas o ‘presidente’ deveentender o que é lean e dar total suporte às iniciativas;

2) Alguém na empresa com conhecimento e liderança deve fazer o papel de agente damudança. Se isso não é possível, busque ajuda externa;

3) Atitude: vá onde o valor está sendo criado - no cliente, no embarque, no armazém, noalmoxarifado, na fábrica. Saia do escritório, fale com as pessoas, veja você mesmo;

4) Esteja preparado para mudar seu posicionamento sobre produtividade (a fim deparar equipamentos e pessoas quando não estão agregando valor) sobre tamanhosde lotes econômicos de compras e de embarque;

5) Aprenda a enxergar os fluxos de produtos, de materiais e de informações e asperdas relacionadas;

6) Não compre tecnologia antes de avaliar e eliminar as perdas dos processos que vocêpensa em automatizar. Aproveite o retorno sobre o investimento que a abordagemenxuta oferece;

7) A prática enxuta libera recursos (pessoas, tempo e equipamentos). Jamais demitaalguém por causa das melhorias obtidas. Seria um revés muito grande para a trans-formação enxuta.

* POR ROGÉRIO

BAÑOLAS DA PROLEAN

LOGÍSTICA ENXUTA

serie log lean.p65 27/2/2008, 18:2270

Page 70: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 72

Ferramenta de construção e gestão de conhecimento está se

popularizando rapidamente

Em focoO mapa mental é uma forma de representar

graficamente as idéias — na redação deste

artigo, por exemplo, a técnica foi adotada.

VOCÊ JÁ PAROU PARA

refletir que o mundo

empresarial fica cada dia

mais complexo, e as

pessoas parecem estar se perdendo

em um oceano de informações?

Nossos pensamentos parecem se

perder nesta complexidade sem fim,

não é mesmo? Pois existe uma

ferramenta que pode ajudar estes e

inúmeros outros desafios: Chama-se

mapa mental (“mind map”).

Mapa mental é uma técnica gráfica

que organiza e comunica visualmente

as relações entre idéias, alternativas,

conceitos e informações de uma forma

estruturada. Trata-se de uma ferra-

menta para análise e síntese, que facilita

a assimilação e registro de conhecimento,

em virtude de sua forma hierárquica.

Como a figura da página 73 mostra,

é uma representação esquemática de

um pensamento irradiante, pois do

tópico central partem conexões

ramificadas, como um neurônio ou

árvore, possibilitando assim o

reconhecimento e a construção

dinâmica de conhecimento.

Aqueles que estudam (e cole-

cionam) os mapas mentais afirmam

Você jáouviu falar

em mapasmentais?

Você jáouviu falar

em mapasmentais?

mapas mentais fig.p65 28/2/2008, 19:2472

Page 71: Logística movimentação e armazenagem de materiais

73março 2008 |

s?s?

Exemplo de mapa mental usado para elaborar este artigo

73março 2008 |

que é uma abordagem mnemotécnica e multisensorial, pois

combina diferentes estímulos, tais como palavra, letra, cores,

símbolos, sons, formas, imagens, desenhos, fotos e até vídeos.

Em termos de ergonomia cognitiva, podemos afirmar

que estes mapas facilitam a aquisição, compreensão,

codificação, arquivo, integração e utilização da informação,

mapas mentais fig.p65 28/2/2008, 19:2673

Page 72: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 74

mas o mais importante mesmo é

que envolve as pessoas no processo

criativo de forma divertida e natural.

Entre os benefícios, os mapas

possibilitam melhor comunicação,

melhorando a colaboração em

equipe. Também facilitam pro-

cessos criativos, ampliando nossos

modelos mentais (como pensamos),

e ainda melhoram a memorização.

Possibilitam aprender a aprender,

viabilizando as organizações

aprendizes, pois as empresas

somente serão efetivamente capazes

de aprender quando tiverem

habilidade de colecionar, dispo-

nibilizar e utilizar o conhecimento

de seus colaboradores.

Neste tema, um dos maiores

expoentes é Tony Buzan, psicólogo

e guru em criatividade, que é

considerado o pai dos “mind maps”,

termo criado no final da década de

1960. Quando postulou suas Leis

da Cartografia Mental, seu recado

era de que pretendia orientar, mas

não limitar, propondo os seguintes

princípios:

• Ênfase: causar o maior impacto

possível;

• Clareza: comunicar com palavras-

chave e linhas de conexão;

• Associação: estabelecer relações

através de setas, cores, códigos, etc;

• Influência: as características

pessoais e estilo do autor lhe dá

relevância e significado indivi-

duais.

No papel, os mapas mentais

podem ser elaborados seguindo os

seguintes passos:

1. Identificar o tema central no

centro da folha;

2. Identificar os braços principais;

3. Identificar os ramos secundários;

4. Usar palavras curtas, formas,

figuras, cores, símbolos...

Também já existem softwares

especializados para produzir mapas

mentais. Estes softwares permitem

realizar um “brainstorming”

colaborativo entre diversas pessoas

e, com o passar do tempo, ir

acrescentando mais tópicos, ou

ainda conectar os tópicos com

conteúdo multimídia, aprimorando

ainda mais a visibilidade.

Por tudo o que aqui apresen-

tamos, e concluindo, acreditamos

que esta é uma ferramenta com

muito a contribuir com qualquer

processo de melhoria ou inovação,

treinamento, padronização, etc,

sendo portanto de interesse geral.

Experimente e constatará que vale

a pena. Bom proveito.

POR DANIEL GASNIER

DIRETOR DO GRUPO

IMAM

| março 2008 74

mapas mentais fig.p65 28/2/2008, 18:3774

Page 73: Logística movimentação e armazenagem de materiais

anuncios.p65 27/2/2008, 17:148

Page 74: Logística movimentação e armazenagem de materiais

IIIII N F O R M EN F O R M EN F O R M EN F O R M EN F O R M E ----- S ES ES ES ES E

| março 2008 76

PLATAFORMA niveladoraA plataforma niveladora de docas modelo MKS-6000 PND-ME da

Marksell é utilizada em docas de carga/descarga, servindo de ponte

entre a doca e o veículo, ajustando para compensar a alteração e a

variação da altura do piso da carroçaria, permitindo o acesso de carri-

nhos, transpaletes, etc. Com capacidade de 6.000 kg distribuídos (3.000

kg por eixo espaçado, bi apoiada), a plataforma quando em repouso ao

nível do piso permite o trafego normal sobre a plataforma.

RACK aramadoA Artok desenvolveu uma solu-

ção específica para a movimentação e

estocagem de componentes auto-

motivos. O rack metálico aramado

para transporte de condensadores e

radiadores foi projetado para a mo-

vimentação de materiais e de difícil

acomodação que necessitam de uma

proteção mais adequada – os forne-

cedores podem reduzir considera-

velmente as avarias, diminuindo os

prejuízos causados por embalagens

deficientes. Por outro lado, o rack

também proporciona agilidade na operação, podendo ser utilizado diretamente na

linha de produção. Suas medidas externas: 1.170 mm (comprimento) x 940 mm (largu-

ra) x 1.160 (altura).

BALANÇASA Toledo está lançando uma balança para

facilitar o processo de pesagem de

animais de pequeno e grande

portes. O MGR Campo é sim-

ples de operar e permite fácil

visualização das informações. O

equipamento é também robusto,

pode se comunicar com computadores,

tem um grande display que mostra informa-

ções de peso e apartação (leve, médio e gordo). É um equipamento leve que pode ser

levado com facilidade de um local para outro por uma pessoa apenas, podendo ser

instalado pelo próprio usuário. Tem capacidade de 500 kg para animais de pequeno porte

e de 3 mil kg para animais de grande porte.

PORTASA Rayflex lança a Dock Door,

porta flexível para docas que pode

ser instalada em grandes vãos, pro-

porcionando excelente vedação e

funcionalidade em terminais de car-

gas de centros de distribuição, ar-

mazéns, depósitos. São fabricadas

em tecido vinílico com trama de

poliéster reforçado, auto-extin-

guível, anti-estática, e elevada re-

sistência (por exemplo, a cor-

rentes de ar até 100 km/h, pressão

até 20 kg/m2). A operação de aber-

tura e fechamento da portas é elé-

trica com moto-redutor.

informese 210.p65 27/2/2008, 15:5876

Page 75: Logística movimentação e armazenagem de materiais

77março 2008 |

Implemento RODOVIÁRIOA Pastre tem em seu portfólio

o Bitrem Multi-uso, que além de ser

basculante pode ser carregado pelas

laterais e por cima. Na prática, signi-

fica que o produto pode transportar

cargas à granel, ensacados, paleti-

zados, entre outros. Com Peso Bru-

to Total Combinado (PBTC) de 57

toneladas, tem um sistema de bande-

ja lateral para escoamento, com aber-

tura e fechamento acionado por ci-

lindros hidráulicos de dupla ação e tampas na parte traseira para descarga em tombadores.

O implemento tem ainda grades no lado direito da caixa traseira, com abertura tipo

sanfona, para colocação de sacarias ou paletes.

CAMINHÃOA Agrale tem em seu

portfólio de veículos o Agrale

13.000, um modelo de maior ca-

pacidade, com Peso Bruto Total

(PBT) de 13.000 kg. O novo ca-

minhão foi desenvolvido princi-

palmente para aplicações urbanas,

como o transporte de cargas

fracionadas, além de viagens ro-

doviárias de curtas e médias distâncias, para bebidas, hortifrutigranjeiros, materiais de

construção, etc. Entre as principais novidades está o câmbio de seis marchas sincroniza-

das que permite engates mais suaves e precisos.

EMBALAGEM de proteçãoA Best-Pack oferece com ex-

clusividade na América do Sul o Air-

Paq, uma linha de embalagens de pro-

teção amplamente utilizada e valida-

da nos EUA, Europa e Ásia. O Air-

Paq é capaz de adaptar-se as diver-

sas formas e possibilita desenvolvi-

mento de projetos personalizados,

substituindo diretamente os vários

tipos de embalagens pré-moldadas:

isopor (poliestireno expandido), espuma de poliuretano e espuma de polietileno. Seu

conceito de fabricação, através de filmes flexíveis e canais independentes de ar, confere

a esta embalagem maior qualidade em embalagens de proteção.

informese 210.p65 28/2/2008, 17:4677

Page 76: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 78

Em focoO tempo de separação de pedidos pode ser

reduzido sem perda da acuracidade por meio

de métodos e sistemas que auxiliem o proces-

so, por exemplo a separação com o apoio da

luz.

Com a velocidade e o volume maiores de pedidos,

além da pressão por redução de custos, só

o treinamento para aumentar a produtividade

e a acuracidade não é o bastante

PEDIDOS MAIS FREQÜENTES

com menos itens por pe-

dido e maior flutuação no

volume, combinados com

a pressão por parte da gerência para

a redução de custos, estão fazendo as

empresas contratarem mais funcio-

nários temporários. Infelizmente, a

contratação e o treinamento constan-

tes estão resultando em aumento da

rotatividade, maiores custos de trei-

namento, mais erros e menos produ-

tividade. Essa situação está provocan-

do a redução da acurácia e da produ-

tividade da separação dos pedidos, e

conseqüente aumento dos custos. Es-

tas tendências não poderiam vir numa

época pior. Mas não se desespere!

Existe uma luz no fim do túnel.

O caminho para a

melhoria

A maioria das operações de sepa-

ração de pedidos é feita manualmen-

te, um por vez ou em lotes de pedi-

dos, cada lote tendo a mesma quanti-

dade de pedidos. Recentemente, um

gerente de armazém pediu a um

separador de pedidos que usasse um

“pedômetro”, um aparelho que mede

a distância percorrida, por um dia

durante a separação dos pedidos dos

clientes. Para surpresa de todos, o

separador de pedidos caminhou 9,6

km nesse dia, após a conversão.

A separação de pedidos pode ser

a atividade com mão-de-obra mais in-

tensiva em seu armazém, com até 75%

do tempo de separação sendo gasto

em atividades de deslocamento. Para

combater essa situação e manter a

acurácia e a produtividade a níveis ele-

vados, ao mesmo tempo que se man-

tém os custos de mão-de-obra redu-

zidos, as empresas estão buscando

processos e tecnologias alternativas.

São viáveis altos ganhos de pro-

dutividade nas separações e de

Há luz no fim

do túnel

Há luz no fim

do túnel

separacao por luz.p65 27/2/2008, 14:4178

Page 77: Logística movimentação e armazenagem de materiais

79março 2008 |

acurácia dos pedidos e reduções de custos, com retorno de investimento

rápido, com a mudança da forma de separação de seus pedidos, bem como

das ferramentas usadas. Este artigo investigará a combinação das duas solu-

ções produtividade-melhoria, oferecendo rápido retorno de investimento em

menos de um ano, separação em lotes com carrinho e sem papéis, usando

uma solução de separação por luz.

Separação de pedidos em lotes

Uma vez que até 60% do tempo dos separadores de pedidos é gasto para

caminhar, quanto mais pedidos separados, menos tempo de caminhada o

separador de pedido gastará. Por isso, a separação de mais de um pedido por

vez pode reduzir drasticamente o tempo de caminhada e aumentar a produ-

tividade.

Na separação de pedidos em lotes, são agrupados vários pedidos em lo-

tes. Um separador de pedidos separa todos os pedidos dentro do lote em um

79março 2008 |

Caminhando

Separando

Procurando

Anotando

Exemplo da ecomposição do tempo de separação de pedidos

60%25%

10%

5%

SMART CAR AJUDA A SEPARAÇÃO POR LOTES

Fonte: IMAM Consultoria Ltda.

separacao por luz.p65 27/2/2008, 14:4179

Page 78: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 80

só percurso usando uma lista de

separação consolidada. Normal-

mente, o separador usa um carri-

nho de separação de múltiplos ní-

veis mantendo uma caixa no car-

rinho para cada pedido. Os siste-

mas mais eficientes variam os ta-

manhos dos lotes dependendo da

média das separações por pedi-

do ou do volume dos itens por

pedido.

A separação de pedidos em

lotes reúne um grupo de pedi-

dos, digamos seis pedidos, e or-

ganiza os itens destes pedidos

na seqüência de localização do

layout do armazém, permitindo

ao separador fazer uma única vi-

agem usando uma “folha resu-

mida dos pedidos do lote” e um

carrinho de separação, permitin-

do ao funcionário separar os seis

pedidos e colocando-os em um

carrinho de separação. Usando

esta folha, o separador é dirigi-

do até um local de separação, in-

formado da quantidade a sepa-

rar e quanto colocar em qual lo-

cal do carrinho.

Separação

orientada por luz

Nas últimas duas décadas, a se-

paração orientada por luz provou ser

uma das tecnologias usadas para ofe-

recer maior velocidade e acurácia e

reduções de custo na separação de

pedidos. Os módulos tradicionais de

estanterias dinâmicas e orientadas

por luz oferecem a maior capacidade

de fluxo e acurácia para as seções

com produtos de giro rápido. Con-

tudo, para os grandes armazéns com

grande número de SKUs e baixo giro

de estoque, ou operações com um

investimento mínimo, o sistema de

estanterias dinâmicas e orientado por

luz pode ser proibitivo em termos de

investimento.

Comece com o carrinho de sepa-

ração orientada por luz com RF que

empregue soluções de hardware e

software que possam ser remodela-

das para os seus carrinhos de sepa-

ração de pedidos existentes. Este sis-

tema transmite os pedidos de um

computador para o controlador do

carrinho usando radiofreqüência e

| março 2008 80

PICKING TO LIGHT AUMENTA O DESEMPENHO DA SEPARAÇÃO

separacao por luz.p65 27/2/2008, 14:4180

Page 79: Logística movimentação e armazenagem de materiais

81março 2008 |

leds luminosos no carrinho, permitin-

do a separação sem papéis.

O carrinho de separação em lotes

direcionado por luz com RF contém

um controlador montado na frente

do carrinho e leds luminosos nas pra-

teleiras. O controlador direciona o

separador de pedidos até um local do

armazém e indica a quantidade de

itens para separação de todos os pe-

didos do carrinho para esse item. Ao

mesmo tempo, o led acende no display

do carrinho a quantidade que cada pe-

dido no carrinho precisa desse item.

O carrinho contém uma bateria que

dura até 60 horas e um indicador de

bateria no controlador que indica a

carga da bateria e pode ser carrega-

da durante a noite.

Vantagens

adicionais

Em virtude do separador conec-

tar-se a um carrinho ao iniciar a se-

paração dos pedidos, o computador

do carrinho pode registrar o tempo

de início da atividade. Uma vez que

o computador sabe quantos pedidos

e quantas linhas o separador de pe-

didos atende, são gerados relatórios

de produtividade de mão-de-obra de-

A separação de pedidos

pode ser a atividade

com mão-de-obra

mais intensiva em

seu armazém

talhando as linhas e os pedidos por

hora. Com os novos dados, a gerên-

cia consegue quantificar os funcio-

nários, bem como identificar as ne-

cessidades de treinamento.

Pelo fato do sistema saber a fre-

qüência com que um item é separa-

do de um determinado local, a velo-

cidade ou as freqüências dos rela-

tórios das separações ficam dis-

ponibilizadas. Com os novos dados,

a gerência consegue gerenciar e

locar as caixinhas de forma pró-ati-

va, relocando os itens de giro mais

rápido e os de giro mais lento.

Para as empresas que desejam

aumentar a produtividade da sepa-

ração dos pedidos, melhorar a

acurácia dos pedidos, simplificar o

treinamento e reduzir os custos de

mão-de-obra, o carrinho de sepa-

ração em lotes direcionada por luz

com RF oferece uma solução eco-

nômica, fácil de implementar e pro-

porciona rápido retorno de inves-

timento, em geral menos de seis

meses.

81março 2008 |

SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO PARTICIPANDO

DO CURSO “TÉCNICAS E MÉTODOS DE SEPA-RAÇÃO DE PEDIDOS”, REALIZADO PELA

UNIMAM NO DIA 16 DE MAIO DE 2008.

separacao por luz.p65 27/2/2008, 14:4181

Page 80: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 82

Em focoJá existem empilhadeiras que utilizam células

de combustível como fonte de energia princi-

pal. A questão é: quando esta tecnologia estará

disponível para uso em massa?

A energia do

hidrogênioFabricantes vêm

tentando utilizar

o hidrogênio como

fonte de energia

viável desde

o início do

século 19, mas

as tecnologias

concorrentes

e suas próprias

limitações estão

protelando seus

esforços

COM O NOVO MILÊNIO,surge uma nova oportu-

nidade para a energia do

hidrogênio e um recome-

ço, em grande parte graças às aplica-

ções na movimentação de materiais.

Embora tenha havido muito sensaci-

onalismo sobre fontes alternativas de

energia e como elas mudarão o mun-

do automotivo em uma outra gera-

ção, hoje estão sendo colocadas vári-

as tecnologias de células de combus-

tível para funcionar nas fábricas e cen-

tros de distribuição, embora a maio-

ria seja de forma experimental.

A Toyota, por exemplo, saiu na

frente com um protótipo de

empilhadeira movido a células de com-

bustível, o FCHV-F. A Toyota está

hidrogenio cortes.p65 28/2/2008, 18:2582

Page 81: Logística movimentação e armazenagem de materiais

83março 2008 |

pesquisando e desenvolvendo ativa-

mente tanto a tecnologia híbrida de

células de combustível de hidrogênio

quanto a de gasolina. A decisão so-

bre quando ou se estas tecnologias

serão introduzidas será tomada no

devido tempo com base na aceitação

e na disponibilidade destas tecnologias

no mercado.

A Hydrogenics implementou cé-

lulas de combustível ativadas por hi-

drogênio em duas empilhadeiras da

Hyster que foram usadas nas opera-

ções do dia-a-dia durante três meses

em uma fábrica de automóveis da GM

no Canadá. As empilhadeiras eram

modelos movidos à bateria e foram

convertidas para tecnologia de hidro-

gênio com uma unidade de energia

híbrida de células de

combustível colocada

no compartimento de

bateria existente. Foi

incluído contrapeso

adicional nos veículos,

já que a bateria fazia

parte do contrapeso.

O hidrogênio foi

gerado no local graças

ao equipamento de re-

a b a s t e c i m e n t o

HySTAT que produz

hidrogênio através da

eletrólise, dividindo as

moléculas de água em

oxigênio e hidrogênio.

Na GM, este proces-

so ocorreu dentro do prédio da manu-

fatura. A Hydrogenics também forne-

ceu suas unidades de energia de células

de combustível a outras fabricante de

empilhadeiras como Still.

No geral, os especialistas concor-

dam que as células de combustível de

hidrogênio estarão acionando as

empilhadeiras antes dos automóveis.

Entretanto, seja para o mercado de

movimentação de materiais, seja para

o mundo automotivo, existem vários

obstáculos a superar antes que o hi-

drogênio possa ser facilmente arma-

zenado e distribuído.

Executivos da Linde Material

Handling salientam que embora seja

certo que o uso atual dos combustí-

veis fósseis como principal energia

mudará, isto poderá levar muitos

anos. As empilhadeiras movidas a di-

esel e GLP são o sustentáculo da mo-

vimentação de materiais nas aplica-

ções industriais externas e isto pro-

vavelmente continuará por um futu-

ro previsível, não haverá uma grande

explosão com respeito à introdução

de energias alternativas.

Serão desenvolvidos vetores de

energias renováveis e usados em pa-

ralelo com as fontes de energia de

combustível fóssil ‘negro’. Enquanto

isso, embora os combustíveis

ambientalmente mais corretos sejam

desenvolvidos para uso comer-cial, é a

tecnologia híbrida que assumirá po-

sição de destaque.

As empilhadeiras a

células de combustível

exigem mínima re-

carga e significativa-

mente menos manu-

tenção do que as empi-

lhadeiras elétricas,

cujas baterias devem

ser periodicamente

carregadas, reabas-

tecidas de água e

substituídas. Além dis-

so, o sistema híbrido de

células de combustível

garante fornecimento

de combustível e de-

sempenho constan-

tes, eliminando a redução de tensão

na saída quando as baterias descar-

regam. Atualmente, os custos dos

materiais das pilhas de células de

combustível são elevados e o ciclo

de vida destas pilhas não está a um

nível aceitável: as empresas que ado-

tarem esta nova tecnologia preci-

sarão instalar tanques de combus-

tível de hidrogênio e postos de

reabastecimento. E esta infra-estru-

tura pode sair caro.

Os pesquisadores concluíram que

os carrinhos hidráulicos são atualmen-

te mais competitivos para as aplicações

com células de combustível do que as

empilhadeiras com operador a bordo.

83março 2008 |

Não se pode deixar

em despercebido o fato

de que, por exemplo,

a armazenagem

do hidrogênio em alta

pressão será um desafio

para a área

de engenharia. Por isso,

as opiniões diferem

quanto ao provável

prazo de adoção

hidrogenio cortes.p65 28/2/2008, 18:2583

Page 82: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 84

Nas empilhadeiras com operador

sentado, o modelo a células de com-

bustível foi ligeiramente mais caro

para operar do que sua contraparte

operada por bateria. Os cálculos leva-

ram em conta o valor líquido atual do

custo total de propriedade e de ope-

ração do sistema ao longo de um ci-

clo de vida de 15 anos com os custos

do hidrogênio a US$ 5 por kg. O cus-

to da empilhadeira com operador sen-

tado, movida a células de combustí-

vel, foi de US$ 129.118. O custo da

empilhadeira com operador sentado,

movida por duas baterias, foi de US$

115.631. O custo do transpalete elétri-

co movido por duas baterias foi de US$

145.193. O custo do modelo a células

de combustível foi de US$ 76.075.

Como os transpaletes usam célu-

las de combustível menores, o custo

da substituição das células de combus-

tível teve menor impacto no custo do

ciclo de vida ao longo de 15 anos. Além

disso, o custo da troca das baterias

tem um impacto significativo na

competitividade das células de com-

bustível contra as alternativas a ba-

teria. Resultado final: maiores custos

de mão-de-obra e longos tempos de

substituição das baterias tornam as

células de combustível mais atrativas.

Onde o setor conseguirá chegar da-

qui para frente?

Os fabricantes precisam focar na

durabilidade das células de combustí-

vel para que os proprietários não te-

OS COMPONENTES DA CÉLULA DE COMBUSTÍVEL (PILHA DE CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL, TANQUE

DE HIDROGÊNIO DE ALTA TEMPERATURA, ETC.) DA EMPILHADEIRA FHCV-F DA TOYOTA SÃO

MONTADOS EM UMA ÚNICA ESTRUTURA MODULAR TIPO CARTUCHO QUE PODE SUBSTITUIR AS BATERIAS

NOS MODELOS ELÉTRICOS

nham que substituí-las com freqüên-

cia, apontam alguns especialistas. A

questão da durabilidade virá da

melhoria da vida útil das membranas

e as economias de produção virão da

redução da quantidade de platina en-

contrada nas células de combustível.

A célula de combustível carrega a

carga básica contínua. Em um carro,

o híbrido envolve uma bateria e um

motor que liga e desliga dependendo

de quando ele é necessário. Em uma

empilhadeira, que tem uma carga flu-

tuante quando o veículo está em uso,

o mesmo é válido. Não é possível se

livrar das baterias, mas pode-se ter

uma fonte eficiente de combustível de

energia elétrica estável para recarga

dessa bateria ou até mesmo para li-

geira suplementação quando ela tiver

que fornecer alguma potência.

Gerenciando

o combustível

Isto nos traz a um dos problemas

mais cruciais para que as células de

combustíveis funcionem nos centros

de distribuição e fábricas dos Esta-

dos Unidos: a infra-estrutura do hi-

drogênio. Ela se resume em duas es-

tratégias: fabricar ou comprar. Mark

Schiller, vice-presidente de desenvol-

vimento de negócios da Proton

Energy Systems, vê os centros de

distribuição como o próximo merca-

do-alvo de sua empresa para o consu-

mo de hidrogênio.

| março 2008 84

hidrogenio cortes.p65 28/2/2008, 18:2584

Page 83: Logística movimentação e armazenagem de materiais

85março 2008 |

A tecnologia da Proton usa a ele-

trólise para gerar hidrogênio da água.

A empresa está procurando viabilizar

a sua tecnologia central de geração de

hidrogênio para o abastecimento de

empilhadeiras e aplicações de energia

de reserva que usam fontes renováveis

de energia tais como a solar e a eólica.

Para atender a este mercado,

Schiller conta que a Proton está se

preparando para produzir mais de 100

quilogramas de hidrogênio por dia. O

usuário ideal seria um armazém com

150 empilhadeiras ou mais. Esta frota

usaria entre 150 e 220 quilogramas de

hidrogênio por dia em três turnos. Cada

empilhadeira exigiria dois reabasteci-

mentos a cada 24 horas de operação.

A Proton conta com a Cellex e a

General Hydrogens para argumentar

a favor das células de combustível nas

empilhadeiras. Ela também trabalha

com os usuários finais para convencê-

los de que a fabricação de hidrogênio

no local faz sentido.

Outras entidades estão dedicando

recursos para tornar segura essa

transição para uma infra-estrutura do

hidrogênio. A Edison Materials

Technology Center, patrocinou o tra-

balho em um sensor de hidrogênio.

Pelo fato do hidrogênio ser inflamá-

85março 2008 |

volução dos combustíveis nos equipa-

mentos de movimentação de materiais.

Assim como em qualquer tecno-

logia emergente, o ritmo das mudan-

ças é rápido e tempestuoso, porém

com a tecnologia de células de com-

bustível é óbvio que este não é o caso

de ‘se’, mas ‘quando’.

Mas quando esse caso das células

de combustível de hidrogênio parecer

claro, deveremos considerar mais o

seguinte: os veículos movidos a hidro-

gênio podem ser limpos no que diz

respeito às emissões, porém quando

o próprio hidrogênio é gerado (seja

do gás natural, da água ou de qual-

quer outro composto adequado), o car-

bono ainda é produzido. A solução defi-

nitiva seria extrair o hidrogênio usan-

do eletricidade extraída de fontes

renováveis tais como energia solar,

eólica ou das ondas. Até lá, ironicamen-

te, a produção deste combustível ver-

de continuará a aumentar a nuvem ne-

gra. E esta parece crescer cada vez mais.

O ritmo das mudanças é

rápido e tempestuoso,

porém com a tecnologia de

células de combustível

é óbvio que este não é o

caso de ‘se’, mas ‘quando’

vel, até as pequenas concentrações

devem ser detectáveis.

Os fabricantes de empilhadeiras só

estão começando a mostrar as car-

tas no que diz respeito às células de

combustível de hidrogênio e as técni-

cas híbridas. Este é claramente só o

começo do que poderia ser uma re-

hidrogenio cortes.p65 28/2/2008, 18:2585

Page 84: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 86

LLLLLOGÍSOGÍSOGÍSOGÍSOGÍSTICTICTICTICTICAAAAA S S S S SUSUSUSUSUSTENTTENTTENTTENTTENTÁÁÁÁÁVELVELVELVELVEL

POR UM MUNDO MELHOR

PROJETODESPOLUIRavança em

2008

Reduzir a emissão poluentes das

frotas de caminhões que circulam no

país é o principal objetivo do Despoluir

- Programa Ambiental da Confede-

ração Nacional do Transporte. Atual-

mente, 19 estados têm o Despoluir

implementado. O programa já atendeu

888 empresas e realizou 21.261

aferições até o fim de 2007.

O Despoluir promove o uso de

energia limpa pelas empresas de

transporte e caminhoneiros autôno-

mos e estimula a adoção de normas

ambientais relativas às emissões de

poluentes por veículos.

As unidades do Despoluir são

equipadas com opacímetros (equi-

pamentos que analisam a fumaça

emitida por motores a diesel) e

verificam a emissão de poluentes dos

veículos, com o objetivo de reduzir a

poluição e o gasto de combustível, con-

forme determina o Conselho Nacional

do Meio Ambiente (Conama).

VOLKSWAGEN testa mistura

de 5% de BIODIESELBIODIESELBIODIESELBIODIESELBIODIESELA Volkswagen Caminhões e Ônibus está testando a mistura de 5% de biodiesel ao

diesel convencional em três caminhões VW Worker 26.260E da fabricante de concreto

Engemix em Barra Mansa (RJ).

Recentemente, o governo federal tornou obrigatória a adição de 2% de biodiesel ao

diesel convencional em todo o País, e determinou testes para a mistura de 5%, seguindo

recomendações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores

(Anfavea).

Em Barra Mansa, os caminhões Volkswagen transportam concreto para a construção

civil, numa média de 2 mil quilômetros rodados por mês. Os testes no Sul Fluminense com

modelos da marca, equipados com motores eletrônicos, começaram em dezembro de

2007 e durarão um ano.

OURO VERDE desenvolve

programa SÓCIO-AMBIENTAL

Coleta SELETIVA na RAMOSA Ramos implementou uma série de medidas voltadas para o controle da poluição.

Em todas as unidades da empresa funciona o sistema de coleta seletiva do lixo que,

após passar por uma triagem inicial, é separado e encaminhado a empresas de reciclagem.

Materiais como papel, papelão e óleo são vendidos e o lucro é revertido para o Grêmio

Recreativo na própria empresa (SP), que reinveste o valor em benefícios para os colabo-

radores.

Os pneus inutilizados são encaminhados a uma usina de produção, que os utiliza na

composição do asfalto, tornando-o mais durável e menos agressivo aos veículos.

Para o futuro, a Ramos planeja a neutralização da emissão de carbono.

A Transportadora Ouro Verde e a Guardian do Brasil implementaram um projeto para

coleta e reciclagem de sucatas de vidros, geradas nas vidraçarias da região Sul do país.

O pátio da Ouro Verde, em Curitiba (PR), dispõe de uma usina de reciclagem de

vidros. As vidraçarias mantém as sucatas em recipientes apropriados para a Ouro Verde

realizar as coletas. Estas ocor-

rem duas vezes por semana, em

um veículo específico. Periodica-

mente a sucata é transportada

para a cidade de Porto Real (RJ),

sede da empresa Guardian do

Brasil, onde o material é

reaproveitado. São transporta-

das 27 toneladas de sucata de

vidro por viagem realizada, che-

gando a 250 toneladas por mês.

log responsavel 210.p65 27/2/2008, 15:0686

Page 85: Logística movimentação e armazenagem de materiais

87março 2008 |

Qual o graude segurança

de suas estruturasporta-paletes?

São muitas as ameaças à segurança desses equipamentos

Em focoExistem muitas áreas de um processo de

armazenagem onde a segurança é crítica.

Siga as recomendações do texto e mante-

nha a segurança.

AS IMAGENS DESTA REPOR-tagem provavelmentelembrarão a maioria dosleitores sobre aspectos

que se vê com muita freqüência, nor-malmente em armazéns ou instalaçõesde estocagem.

O que provoca este tipo de avaria?Bem, as principais ameaças à seguran-ça das estruturas porta-paletes são:

a) Mudança dos níveis das vigassem analisar o efeito da carga sobrea estrutura. Geralmente, quanto mais

alta a posição do primeiro nível deviga, menos carga a estrutura supor-tará.

Portanto, antes de mudar as posi-ções das vigas, deve-se consultar o fa-bricante ou fornecedor para confir-mação (por escrito) de que a mudan-ça proposta é aceitável e dentro da ca-pacidade da estrutura. (Ver Figura 1).

b) Vãos livres de movimentaçãoinadequados entre as cargas dospaletes e a estrutura, entre as cargasdos paletes e a parte de baixo da viga

e entre as próprias cargas paletizadas.É padrão especificar um vão livre mí-nimo de 75 mm. Entretanto, quantomaior o vão livre, mais segurança paraa operação.

| março 2008 87

seguranca nas estruturas cortes.p65 27/2/2008, 19:0387

Page 86: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 88

As cargas estocadas forçadamentenas estruturas porta-paletes provoca-rão danos às colunas e ou às traves-sas de reforço da estrutura.

As cargas paletizadas, com menosde 75 mm de vão livre entre a partede cima da carga e o lado de baixo daviga logo acima, fazem com que a vigaseja desencaixada ao se tentar remo-ver um palete. (Ver Figura 2).

c) A atitude das pessoas às estru-turas porta-paletes e à aceitação dasavarias. Muitos operadores de empi-lhadeiras e gerentes de armazém pres-supõem que existe um fator de segu-rança projetado para o equipamento.

É claro que existe tal fator de se-gurança, porém fatores de segurançapressupõem a perfeição, que os com-ponentes se mantenham livres de ava-rias, que os paletes sejam posicionadoscorretamente nas vigas e que a insta-lação não tenha sido desviada de seuprojeto original.

Alguém também poderá dizer:“essa coluna vem sendo danificada hámuito tempo”. Isso até pode ser, po-rém você consegue dizer quando elaruirá por completo ou provocará umgrande acidente?

Qualquer avaria aos componentesdas estruturas porta-paletes reduz suacapacidade de carga. A avaria enfra-quece progressivamente a estruturaaté finalmente ela desmoronar mes-mo sustentando apenas uma carga detrabalho normal.

d) Travas de segurança não ins-taladas nas vigas. São componentesde baixíssimo custo, porém em ter-mos de segurança elas talvez sejamas mais importantes. A omissão ficapor sua conta e risco! A trava de se-gurança é destinada a evitar que a vigasobre uma carga de palete seja levan-tada verticalmente e desencaixada pelacarga, por baixo. Imagine se a travade segurança não fosse instalada: dois- talvez três - paletes de 1.000 kg ca-indo da estrutura porta-paletes. Es-tes acidentes podem matar, por issoas travas de segurança devem ser ins-taladas.

e) Operadores de empilhadeira.Sem dúvida, eles provocam a maioria

das avarias aos componentes da es-trutura porta-paletes e raramente pa-recem conscientes das conseqüênci-as. Certamente, os conscientes tomammais cuidado e, o que é mais impor-tante, relatam qualquer incidente aseus supervisores ou gerentes.

Pode-se argumentar que o treina-mento de operadores de empilhadeirasexistente deva ser expandido para in-cluir aspectos tais como operações evãos livres para movimentação e asconseqüências dos danos nas estru-turas porta-paletes.

As seções com paredes finas elaminadas a frio, das quais são feitasos componentes das estruturas por-ta-paletes, são totalmente diferentes

Figura 1 - Capacidade de carga da estrutura

O AUMENTO

DOS CENTROS ENTRE

VIGAS REDUZ

A CAPACIDADE

DE CARGA

DA ESTRUTURA

A alturados paletes

ao níveldo piso

aumentoupara

1325 mm

Alturados paletes1025 mm

Capacidade totalda estrutura = 8000 kg

Capacidade residualda estrutura = 7200 kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

1000Kg

100% 85 a 90%

1200

1200

1200

1200 12

0012

0012

0015

00

Fonte: SESS – Storage Equipment Safety Service

seguranca nas estruturas cortes.p65 27/2/2008, 19:0488

Page 87: Logística movimentação e armazenagem de materiais

89março 2008 |

das seções laminadas a quente de sus-tentação de prédios que vemos todosos dias. Uma empilhadeira em direção

à coluna de um prédio resultará emsérias avarias à empilhadeira e ao ope-rador. Inversamente, 4,5 toneladas de

Figura 2 - Vãos livres para movimentação

ALTURAS DA VIGA

C

A B A

DIMENSÕES A B C

Até 3000 mm 75 75 75

3000 - 6000 mm 75 75 100

6000 - 9000 mm 100’ 100’ 125’

9000 - 12000 mm 100’ 100’ 150’

empilhadeira colidindo com uma es-trutura porta-paletes poderá resultarno desmoronamento dessa estrutura.

f) Limpeza e organização deficien-tes não significa que temos que polire tirar a poeira.

É extremamente importante ga-rantir que os paletes ou contentoressobre rodas não sejam abandonadosnos corredores, pois eles reduzem oespaço de operação das empilhadeiras.O resultado em geral é uma colisãocom um componente da estruturaporta-paletes, provocando avarias oupossíveis desmoronamentos.

Detritos deixados nos corredorespodem causar acidentes não apenasenvolvendo os equipamentos mecâni-cos de movimentação, mas tambémos pedestres que podem tropeçar ouescorregar. Por exemplo, um aciden-te ocorre onde uma empilhadeira foijogada para fora de seu curso devidoa um pedaço de filme termo-retrátildeixado no corredor. Quando a

ESTAS DIMENSÕES PODEM AINDA

SER REDUZIDAS EM DETERMINA-

DAS CIRCUNTÂNCIAS,

POR EXEMPLO, EM OPERAÇÃO

DE ESTOCAGEM AUTOMÁTICA

Fonte: SESS – Storage Equipment Safety Service

89março 2008 |

seguranca nas estruturas cortes.p65 27/2/2008, 19:0489

Page 88: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 90

empilhadeira passou sobre a área, o

operador perdeu o controle e a empi-

lhadeira foi de encontro à estrutura

porta-paletes, provocando sérias ava-

rias à coluna da estrutura.

g) Estabilidade da carga e condi-

ções do palete são também fatores

importantes para o fornecimento de

um local de trabalho seguro.

A blocagem é um método de

estocagem normalmente utilizado, po-

rém tem havido várias situações onde

os paletes desmoronaram e por pou-

co não atingem as pessoas. A pilha

deve se manter reta e adequada para

manter a segurança da blocagem. De-

verão ser realizados cálculos para o

estabelecimento que o palete de baixo

possa sustentar o palete ou os paletes

de cima. Cargas de paletes instáveis

não devem ser blocadas. Esta é uma

afirmação óbvia, porém regularmen-

te ignorada.

A condição e a estabilidade da car-

ga do palete dentro de estruturas por-

ta-paletes é igualmente importante.

Um palete sobre o outro susten-

tado por uma viga não é aceitável

exceto se existir um sistema de tra-

balho para garantir que a capacidade

de carga na viga não seja ultrapassa-

da. (Ver Figura 3).

A condição do palete também é im-

portante. Paletes danificados não de-

vem ser empregados em estruturas

porta-paletes ou em blocagem.

h) Qualidade dos reparos das es-

truturas porta-paletes. Já dissemos

que as estruturas porta-paletes devem

ser inspecionadas e mantidas regular-

mente e que o que ameacem o uso

seguro das instalações de estruturas

porta-paletes deve ser eliminado. Mas

o que dizer do reparo das estruturas

porta-paletes?

Como regra geral, todos os com-

ponentes danificados das estruturas

porta-paletes devem ser substituídos

por outros iguais, exceto se o fabri-

cante aconselhar ao contrário e por

escrito.

O corte das seções danificadas e a

junção em outra seção não é um re-

paro aceitável e nem a soldagem de

seções diferentes.

Certifique-se de que seu repara-

dor/instalador seja um profissional

competente.

Obviamente, pressupomos que a

equipe de reparo das suas estruturas

porta-paletes seja competente. Veri-

fique se ela é de fato.

i) Características dos vãos: deve-

se afixar informações sobre as estru-

turas porta-paletes, na forma de avi-

sos de dados da carga no final de cada

fileira de estruturas porta-paletes.

Eles informam claramente não só as

capacidades máximas das vigas, mas

também as capacidades máximas das

estruturas porta-paletes e a altura até

o primeiro nível de viga.

Estes avisos devem ser providen-

ciados para todas as novas instalações,

preferencialmente pelo fabricante.

Orientações

conclusivas

Existem muitas áreas de um pro-

cesso de armazenagem onde a segu-

rança é crítica. A seguir um resumo

das principais áreas:

• Na compra de equipamentos, ga-

ranta que eles sejam projetados e

instalados de acordo com as nor-

mas de segurança;

• Antes de alterar suas estruturas

porta-paletes, consulte o fabrican-

te ou fornecedor para garantir que

essa alteração seja segura;

• Estude a possibilidade de aumentar

os vãos livres para movimentação;

• Treine os operadores das empilha-

deiras em como lidar com elas e

as conseqüências das avarias nas

estruturas porta-paletes;

• A instalação das estruturas por-

ta-paletes deve ser inspecionada,

pelo menos uma vez ao ano, de pre-

ferência totalmente independente

de qualquer fabricante, fornecedor,

instalador ou reparador e siga seu

conselho;

• Estabeleça um programa de ma-

nutenção preventiva para as estru-

turas porta-paletes e paletes, inclu-

indo um inspetor interno treinado

para reparar danos nas estruturas;

• Proteja a estrutura das avarias;

• A limpeza e conservação devem ser

mantidas com alto padrão;

• Os avisos de capacidade devem

ficar à mostra.

Figura 3 - Deflexão da viga

Deflexão

3000 mm

VãoDeflexão máxima =

200

As vigas que têm deflexão permanente foram supersolicitadas

e devem ser substituídas.

Exemplo 3000 mm de vão= 15 mm de deflexão máxima

200

Fonte: SESS – Storage Equipment Safety Service

seguranca nas estruturas cortes.p65 27/2/2008, 19:0490

Page 89: Logística movimentação e armazenagem de materiais

anuncios.p65 28/2/2008, 18:019

Page 90: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 92

Leveza

e economia

APESAR DE SER COMERCIALIZADO

há sete anos no Brasil, o

Winpack ainda não é

conhecido por todos. Trata-

se de um filme para cargas paletizadas

que tem como principais características

a resistência, maior retenção da carga e

qualidade na aplicação, além de não

requerer a utilização de aparelhos ou

equipamentos específicos para aplicação.

“O Winpack se encaixa na mesma

classificação que os filmes stretch

(esticáveis) e o shrink (encolhíveis), mas

tem características próprias”, afirma o

diretor comercial da AG Remy, que

fabrica e comercializa esse filme no

Brasil, Plínio Marcos da Silva. “Entre

elas destacam-se a resistência a avarias

no transporte, diminuindo a perda dos

rolos, e o fato das bobinas serem mais

leves não exige esforço físico para

aplicação, o que permite o uso da mão-

de-obra feminina”, completa.

Concorrente

dos filmes stretch

e shrink, Winpack ganha

boa aceitação no mercado

Outra característica do Winpack é

ser ideal para aplicação a baixas

temperaturas, onde a retenção da carga

permanece inalterada, ao contrário do

filme stretch, que “vidra” e impede a

paletização. O Winpack se ajusta

completamente à carga e tem

durabilidade de seis meses.

A economia é a característica mais

citada pelos usuários: utiliza-se menos

plástico para fazer a proteção de uma

carga. De acordo com o gerente de

logística da Mega Forte, Marcílio de

Moura, a empresa obteve redução de

30% nos custos. “Os benefícios foram

em todos os sentidos: o filme é bem

mais fácil de manusear devido ao peso

da bobina, que é mais leve. Gasta-se

menos filme para obter o mesmo

resultado”, afirma.

O Pão de Açúcar realizou alguns

testes práticos com o Winpack, tanto

na área resfriada frigorificada quanto

na carga seca. Como os resultados

atenderam às expectativas, foi feito um

piloto. “Fizemos uma compra grande

para medirmos realmente o

resultado, não só financeiro mas

também o operacional”, explica o

gerente de armazenagem, Maurício

Paniquar. “Obtivemos uma redução

de custos de 30%: tivemos a

satisfação dos colaboradores da área

com relação ao manuseio do produto.

Tivemos uma redução de perdas em

função das outras bobinas se

danificarem muito facilmente

quando caiam no chão e conseguimos

garantir que o produto continue

chegando com qualidade às lojas. O

palete é colocado dentro de um

caminhão que oscila muito, e o

produto tem de chegar bem agrupado

nas lojas”.

O gerente de qualidade da ID

Logistics no Brasil, Marcos Eduardo

de Albuquerque Oliveira, utiliza o

filme da AG Remy há quatro anos. “O

produto tem rendimento de 10 a 15%

superior e deu à empresa um ganho

médio de produtividade de 15% em

relação ao stretch, uma vez que é muito

fácil de manusear”, afirma Marcos. “Se

houver um rompimento no filme, ele

não se prolonga”.

O operador logístico atua no

principal centro de distribuição do

Carrefour e garante que o Winpack

tem boa elasticidade. “Temos uma

heterogeneidade de itens embalados

com o filme da AG Remy, desde

produtos de perfumaria a elétrico-

eletrônicos e o produto funciona muito

bem” conclui.

Ag remy.p65 28/2/2008, 18:0092

Page 91: Logística movimentação e armazenagem de materiais

93janeiro 2008 |

IIIII N T E R N A C I O N A I SN T E R N A C I O N A I SN T E R N A C I O N A I SN T E R N A C I O N A I SN T E R N A C I O N A I S

Empilhadeira a

COMBUSTÃOA MIC [Fone: ++ 49 40 6948-1503]

tem em seu portfólio empilhadeiras a

combustão a diesel e GLP com motores

robustos, estabilidade de operação con-

ceito ergonômico cuidadosamente plane-

jado. O motor funciona com o princípio

de câmara de pré-combustão – a combustão suave ocorre com gases de exaustão limpos,

sem teor de fuligem visível. As empilhadeiras têm capacidade de até 3.500 kg, baixa

emissão de ruídos e realiza empilhamentos até 5 metros.

MANIPULADOR de cargasA Schmalz [Fone: ++ 49 0 7443 2403 0]

oferece equipamentos para manipulação de

cargas com controle de válvulas solenóides,

dispositivos de sucção e válvulas de verifica-

ção de segurança. Para aplicações onde são

necessários pontos variados de sucção, como

por exemplo, a manipulação de caixas de pa-

pelão, é possível ajustar os módulos de suc-

ção para realizar a pega e a movimentação.

Como opcional a empresa oferece sistemas de controle de pressão para minimizar o uso

de ar comprimido quando em manuseio de cargas não porosas.

MESA elevatóriaCom posicionamento preciso e repetitivo,

a mesa elevadora Aero-Lift da AeroGo

[Fone: +1 206 575-3344] move cargas pesadas

de forma segura e ergonômica. A mesa elevadora

combina o posicionamento com um elevador

do tipo tesoura vertical ajustável, oferecendo

aos operadores movimentação contínua durante

as atividades. A mesa protege a carga durante a

operação e pode ser usada como isolador de vibrações em algumas aplicações.

PALETIZADORESde alta

velocidadeO modelo TT-H50I faz a paletização de cai-

xas, sacarias e bandejas até 50 unidades por

minuto. Desenvolvido pela Top Tier [Fone: ++

1 (503) 353-7388], tem uma estrutura que abas-

tece os paletes abaixo da mesa. Está disponível com dispensador automático de paletes,

painéis automáticos ou inserções de liners, concomitante a sistemas de aplicação de

filmes esticáveis e etiquetagem.

NNNNN O V I D A D E SO V I D A D E SO V I D A D E SO V I D A D E SO V I D A D E S

93março 2008 |

internacionais 210.p65 28/2/2008, 18:2093

Page 92: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 94

Quando o homemé o elo mais fracoNa elevação e transferência de cargas, não é apenas a carga o

alvo de atenção durante as atividades

GUINDASTE VEICULAR É

como um guindaste mo-

torizado composto de

uma coluna que gira em

torno de uma base com um sistema

de lança fixado no topo da coluna. O

guindaste normalmente é montado

sobre um veículo (incluindo platafor-

ma) e é destinado a carga e descarga.

Embora os guindastes veiculares

tornem a carga e a descarga mais fá-

ceis, mais rápidas e mais seguras do

que um veículo sem esse equipamen-

to, riscos existem. Eles ocorrem prin-

cipalmente quando o operador está:

• Operando o guindaste.

• Dirigindo o veículo;

• Acessando locais com desvíveis;

Operando o guindaste

Existem dois principais riscos ao

se operar o veículo: a segurança dos

estabilizadores e do guindaste propri-

amente dito. Se um guindaste vei-

cular é equipado com dispositivos de

travamento para prender cada

estabilizador (seja com um ou dois dis-

positivos separados), o operador do

guindaste deve usá-los conforme des-

crito no manual de operação. A res-

ponsabilidade por esta medida sem-

pre será do operador do guindaste.

O uso dos estabilizadores é uma

parte da fixação das cargas que um

motorista de caminhão tem que reali-

zar várias vezes ao dia. Este procedi-

mento deve ser conhecido, fácil e na-

tural para ele.

Quando o sistema da lança de um

guindaste veicular tiver que ser man-

tido na plataforma de carga ou no topo

da carga durante o transporte, deve-

seguranca outro.p65 28/2/2008, 18:2294

Page 93: Logística movimentação e armazenagem de materiais

95março 2008 |

É praticamente impossível

para os proprietários

monitorarem os operadores

no local. A única solução

e o treinamento contínuos

rá existir um dispositivo de alerta dealtura.

Normalmente, ao passar sob umaponte baixa, a lança pode atingir a pon-te e o guindaste e a carga serãoprojetados para fora do veículo. Quemé o responsável pela eliminação desterisco: o fabricante, o prestador de ser-viço ou o embarcador? O fabricantedeve eliminar ou reduzir os riscos aomáximo. Em seguida, ele deve adotaras medidas de proteção necessáriasem relação aos riscos que não pos-sam ser eliminados. Finalmente, eledeve informar os usuários dos riscosresiduais.

O risco de atingir uma ponte podenão ser eliminado, mas reduzido coma instalação de um dispositivo de aler-ta de altura. Então, de quem é estaresponsabilidade?

A obrigação é responsabilidade dofabricante projetar e construir o guin-daste veicular de tal forma que o sis-tema da lança poderá ser deixado na

plataforma de carga. É res-ponsabilidade do pres-

tador de serviço, transportadoras everificar se o fabricante entregou umguindaste sem um dispositivo de alertade altura - o prestador de serviço vaicompletar este guindaste. Além dis-so, o instalador deve acrescentar in-formações sobre o dispositivo de aler-ta de altura no manual de operação,pois ele pode acrescentar um disposi-tivo indicador e mudar o uso do guin-daste.

rio do veículo deverá ir até uminstalador autorizado e solicitar ainstalação de um alerta de altura.

Acessando os locais

de controle

Muitos guindastes veiculares sãoequipados com uma estação de con-trole elevada, como por exemplo,um assento alto ou plataforma. Ooperador tem que subir no veículopara usar o guindaste e, em segui-da, descer.

Tropeços, escorregamentos e que-das são acidentes típicos. Um em cadatrês acidentes envolve estas quedas deum veículo. Os motivos destes aciden-tes são:• Acesso inadequado e/ou;• Iluminação inadequada;

A responsabilidade pelo acessoadequado fica por conta do instalador.Todos os instaladores conhecem asexigências quanto à segurança nosdegraus e escadas? Talvez alguns fa-bricantes devam garantir que seusinstaladores estejam mais familiariza-dos com a normas de segurança.

O ponto decisivo ainda está nochamado ‘três pontos de apoio si-multâneo’ de cada acesso: as duasmãos e um pé ou os dois pés e umamão. É claro que a responsabilida-de pelo uso do acesso é do operadordo guindaste. Sabemos que muitosacidentes acontecem por causa dossaltos ou subidas sobre a roda ou cubo

da roda em vez do uso do acessodesignado.

Se o instalador entregar um guin-daste veicular sem o alerta de alturae a tansportadora quiser deixar osistema da lança na plataforma decarga por qualquer motivo, é obri-gação da transportadora instalar umdispositivo de alerta de altura. En-tretanto, ele é proibido de fazer isso,pois o manual da operação diz queesta é uma condição de trabalho

para a qual o guindaste nãopoderá ser usado. Por

isso, o proprietá-

Em focoFabricantes de guindastes vei-

culares, bem como empresas

usuárias e operadores dividem

as responsabilidades na ope-

ração correta, instalação de re-

cursos de segurança e

monitoramento do uso e ope-

ração. O treinamento contínuo

é o fator crítico para a manu-

tenção da segurança.

seguranca outro.p65 28/2/2008, 18:2395

Page 94: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 96

Operando guindastes

Ao operar um guindaste veicu-

lar, a estabilidade é extremamente

importante para a segurança no

trabalho. Para o operador, a esta-

bilidade depende principalmente:

• Da operação dentro da curva de

carga;

• Da correta utilização dos esta-

bilizadores;

• De um piso firme;

• Do veículo na horizontal ou na

inclinação permissível.

Os inspetores de segurança sus-

tentam constantemente a idéia do

reforço da segurança ao máximo.

Segundo eles, e até o momento pa-

rece completamente verdade, o ho-

mem ainda é o elo mais fraco de

todo o sistema.

Os níveis de responsabilidade

Para o aumento da segurança em guindastes veicular em caminhões são necessá-

rias:

• Os fabricantes devem estar sempre cientes da hierarquia de segurança, come-

çando pela eliminação ou redução ao máximo dos riscos na etapa de projeto.

• Os proprietários dos veículos devem assumir suas responsabilidades pelo trei-

namento, treinamento e mais treinamento de seus operadores.

• É muito importante que o fabricantes e o instaladores consigam provar - por

exemplo, através da nota fiscal de venda e da documentação do guindaste,

quais recursos especiais o proprietário solicitou e quais foram instalados na

época da aquisição ou locação. Isto será especialmente importante após um

acidente.

| março 2008 96

seguranca outro.p65 28/2/2008, 18:2396

Page 95: Logística movimentação e armazenagem de materiais

97março 2008 |

TTTTTESTEESTEESTEESTEESTE SEUSEUSEUSEUSEU

CCCCC O N H E C I M E N T OO N H E C I M E N T OO N H E C I M E N T OO N H E C I M E N T OO N H E C I M E N T O

34º teste - Planejamento dos Recursos de Capacidade (CRP)

1. Qual das afirmações a seguir se aplica ao CRP (“capacityrequirements planning”)?a) É uma operação independente; que não depende de outras

atividades de planejamento e controle.b) Pode ser usado para identificar as condições de sobrecarga

provocadas pelos planos de produção.c) Contribui para a redução do “lead time” inconstante.d) É mais usado normalmente na produção sob encomenda.

2. Qual das alternativas a seguir é uma informação de entra-da para o CRP?a) Relatório de carga por ordem de serviço.b) Programa revisado das liberações dos pedidos para manufa-

tura.c) Dados de disponibilidade de estoque.d) Programa de manutenção preventiva.

3. Qual das alternativas a seguir é uma informação de saídado CRP?a) Dados para roteirização;b) Relatório de carga da ordem de serviço;c) Programa de manutenção preventiva;d) Centros de trabalho sobrecarregados.

4. As alternativas para aumento da capacidade incluem:a) Acréscimo de turnos;b) Programação de horas extras;c) Acréscimo de equipamentos;d) Todas as anteriores.

5. Qual das alternativas a seguir descreve melhor o concei-to de capacidade infinita?a) A carga não permite que a capacidade seja excedida durante

o processo de acumulação.b) Ela suporta a programação progressiva, mas não a programa-

ção retroativa.c) Ela é mais complexa do que a carga finita.d) As cargas de cada período para um centro de trabalho são

acumuladas sem considerar a capacidade.

6. Qual das alternativas a seguir é uma vantagem do CRP?a) Oferece visibilidade distribuída no tempo sobre as diferen-

ças entre carga e capacidade.b) Exige pouco tempo de processamento do computador.c) Mostra claramente o efeito das revisões no programa-mes-

tre no alcance do equilíbrio.d) Se aplica igualmente a qualquer tipo de ambiente de produção

7. Em relação à flexibilidade da capacidade, quais das afir-mações a seguir são verdadeiras?I. A flexibilidade qualitativa se aplica às pessoas e não às

máquinas.II. A flexibilidade quantitativa das máquinas é afetada

pela flexibilidade qualitativa dos funcionários.III. A flexibilidade quantitativa é afetada pelo nível de uti-

lização.IV. A flexibilidade qualitativa é aumentada com o treina-

mento da força de trabalho occasional.a) I e II.b) II e III.c) II, III e IV.d) I, II, III e IV.

8. A aplicação da técnica de programação orientado à capa-cidade oferece quais dos resultados a seguir?I. Extensão do “lead time” uniformemente distribuída

para todos os pedidos.II. Cada pedido carregado é programado dentro de um

“lead time” mínimo.III. Máxima utilização dos centros de trabalho geralmen-

te bem utilizados.a) II.b) III.c) I e II.d) II e III.

9. Na programação do fluxo do processo, as seqüências deprocesso são programadas usando-se a programação re-troativa, a programação progressiva, ou a programaçãomista. Isto significa:a) É programado primeiro um estágio intermediário quando o

gargalo principal se move para um equipamento desse está-gio.

b) O primeiro estágio é programado em primeiro lugar.c) O último estágio é programado em primeiro lugar quando o

primeiro estágio é limitado apenas pelo abastecimento demateriais.

d) Qualquer destes métodos pode ser usado.

10. Identificando um conflito de sobrecarga de recursos oprogramador deve:a) Recusar o pedido de qualquer dos clientes.b) Permitir que um dos pedidos programados atrase e depois

resolver com os interessados.c) Instruir a produção para resolver o conflito por sua conta.d) Nenhuma das anteriores.

Repostas da edição anterior: 1,b; 2,d; 3,d; 4,b; 5,d; 6,a; 7,b; 8,b; 9,a; 10,b.

serie teste seus conhecimentos 210.p65 28/2/2008, 18:3597

Page 96: Logística movimentação e armazenagem de materiais

| março 2008 98

dicas de separação

| março 2008 98

NA SEPARAÇÃO DE PEDIDOS OS TERMINAIS MÓVEIS E OS PCS QUE

operam com dados via rádio-freqüência são conectados no sis

tema de gerenciamento do armazém (WMS, “warehouse

management system”). Para identificar os produtos movimenta-

dos, os terminais utilizam um leitor de códigos de barras integrado ou podem

ser conectados a um leitor externo.

Função

O sistema de dados via rádio-freqüência deve cobrir toda a área do arma-

zém e permitir que todos os terminais móveis, portáteis e instalados nas

empilhadeiras se comuniquem com o sistema de gerenciamento. Qualquer mo-

vimentação do estoque é registrada em tempo real de modo que não há neces-

sidade de listas de separação impressas.

Benefícios

Devido a conexão “on-line” com cada terminal instalado nas empilhadeiras, o

sistema de gerenciamento do armazém consegue alocar o pedido da separação

diretamente ao operador de empilhadeira de acordo com sua posição dentro do

armazém naquele determinado momento. Isto reduz o número de viagens ‘va-

zias’ e leva ao incremento substancial da eficiência das empilhadeiras. Além

disso, a leitura dos códigos de barras do item e da posição de estocagem evita

erros durante o recebimento, relocação e abastecimento, bem como durante a

separação dos pedidos. Isto reduz drasticamente os erros de separação, por

sua vez, aumenta a acurácia das entregas e reduz os custos.

Terminais

móveisTerminais

móveis

dicas de separacao 210.p65 28/2/2008, 18:3398

Page 97: Logística movimentação e armazenagem de materiais

SEQÜÊNCIA SUGERIDA PARA EXIBIÇÃO:

Ergonomia: Técnicas de Levantamento de

Carga

VID082 – 19 minutos – R$ 150,00

Métodos Ergonômicos para Manuseio de

Materiais

VID103 - 13 minutos - R$ 100,00

Uma Visão Lógica do Manuseio de Materiais

VID100 – 20 min. – R$ 150,00

Ergonomia e Segurança na MAM

VID059 – 20 minutos – R$ 150,00

Segurança e Ergonomia

VID108 - 40 minutos - R$ 200,00

Proteção das Costas nas Atividades de

Manutenção

VID107 – 42 minutos – R$ 150,00

O Fator Humano na Movimentação

VID069 – 13 min. – R$ 100,00

Treine e retreine

Operando Empilhadeiras com Segurança

VID0081 – 22 min – R$ 150,00

Treinando o Operador de Empilhadeiras

VID 129 - R$ 350,00

Segurança na Movimentação de Materiais nos

Armazéns e Docas

VID129 - R$ 350,00

Segurança nas Empilhadeiras Especiais para Estocagem e

Carrinhos Elétricos Porta-Paletes (Transpaleteiras)

VID115 – 23 min – R$ 150,00

Regras para Operação de Empilhadeiras de Mastro Retrátil

VID118 – 17 minutos – R$ 150,00

Sete Pecados Mortais: Acidentes Comuns com

Empilhadeiras

VID080 – 18 minutos – R$ 150,00

Reciclagem de Operadores de Empilhadeiras

VID128 - R$ 350,00

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Ergonomia Segurança na Movimentação de Materiais

1/3 dos Acidentes

envolve MAM

Ergonomia_Seguranca_anuncio.p65 25/2/2008, 16:481

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movimat2008+seminarios.p65 22/2/2008, 10:111