lkjkjkj Análise e Discussão Dos Resultados
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Análise e discussões dos resultados
O Colégio Professor Hilton Nunes, trabalhou no ano de 2014 com três turmas de
4º ano, contando com 29 alunos no 4º ano A, com idade entre 9 e 13 anos, 29 alunos no
4º ano B com idade entre 8 e 13 anos e a turma da professora que foi o 4º ano C com 26
alunos com idade entre 9 e 13 anos, somando o total de 84 alunos, com idade bem
variada, pode observar que na escola possuí 63 alunos que estão fora da relação idade-
série, uma vez que possuem mais de 9 anos de idade, que é a faixa etária certa para se
esta cursando o 4º ano do ensino fundamental, vários são os fatores causadores desses
atraso como: a repetência de muitos alunos, ou muitas das vezes a criança mora no
interior e quando muda para a cidade é que se dá inicio a vida estudantil, onde já se
encontra bastante atrasado com relação outras crianças, e até mesmo o número de
evasão escolar.
A escola no ano de 2013 teve uma queda no IDEB (Índice de Desenvolvimento
Escolar Brasileiro) com relação ao ano de 2011, como mostra o quadro comparativo
abaixo:
QUADRO-COMPARATIVO DO IDEBBRASIL MARANHÃO GRAJAÚ ESCOLA
HILTON NUNES
META PREVISTAPARA 2011
4.6 3.5 3.3 4.0
META ALCANÇADA PARA 2011
5.0 3.9 4.5 4.4
META PREVISTAPARA 2013
4.9 3.8 3.6 4.3
META ALCANÇADA PARA 2013
5.2 3.8 3.6 Sem informação
Elaboração: Arruda (2015).Fonte: MEC/INEP (2015).
Verifica-se no quadro 1 que em 2011 a escola superou a meta estimada para o
mesmo ano, mas no ano de 2013 caiu bruscamente estando entre as escolas com os
índices mais baixos, segundo o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira) a escola no ano de 2013 não atendeu aos requisitos para
ter o desempenho calculado, estando assim, muito longe do índice estabelecido para o
município de Grajaú que foi de 3,6, para o Estado do Maranhão que foi de 3,8, e muito
mais ainda do Brasil que foi de 4,9.
Com relação ao quadro de professores, a escola durante o ano letivo de 2014, teve
com professores volantes, ou melhor, professores temporários, cuja tarefa foi de
complementar a carga horária dos professores regentes, na qual estes últimos
trabalhavam com uma carga horária de 13 horas semanais, e os temporários
complementavam o restante da carga de 20 horas. Durante o período que pode-se estar
na escola e em contato com alguns pais de alunos, notou-se a insatisfação de alguns
deles com relação aos professores volantes, pois estes reclamavam que esse método de
dois professores em uma turma, “confundia muito a cabeça das crianças”, por razões
diversas e ainda desmotivava algumas crianças por terem mais afinidade com uma
professora do que com a outra.
Sabendo-se que as discussões que dizem respeito ao ensino de Geografia no 4º
ano envolve várias questões complexas, como o fato de que muitas das vezes o
professores que ministram a aula nestas séries não possuem licenciatura em Geografia,
ou até mesmo, nunca tiveram uma base teórica desta, ou mesmo o fato desta ser vista
por muitos como uma disciplina sem muita importância, ou com Lacoste (XXXx) diz,
uma disciplina enfadonha, que não interessa ninguém mais que os geógrafos. Para
Lascoste (xxxx):
Todo mundo acredita que a geografia não passa de uma disciplina escolar e universitária, cuja função seria a de fornecer elementos de uma descrição do mundo, numa certa concepção "desinteressada" da cultura dita geral ... Pois, qual pode ser de fato a utilidade dessas sobras heteróclitas das lições que foi necessário aprender no colégio? As regiões da bacia parisiense, os maciços dos Pré-Alpes do Norte, a altitude do Monte Branco, a densidade de população da Bélgica e dos Países Baixos, os deltas da Ásia das Monções, o clima bretão, longitude-latitude e fusos horários, os nomes das principais bacias carboníferas da URSS e os dos grandes lagos americanos, a têxtil do Norte (Lille-Roubaix-Tourcoing), etc. (LASCOSTE, xxxx, p.9)
Realmente muitos pensam assim, do que me interessa saber sobre a geografia lá da Ásia se eu não moro lá, mas és que é a partir destas aulas que até então era vista pelos alunos como desinteressante e sem muita importância que podemos conhecer o mundo, e cabe ao professor fazer uma relação dos conteúdos dos livros didáticos com a realidade do aluno, e ainda fazer com que eles viagem pelo mundo sem amenos tem saído da sala de aula. Desta forma, os PCN’s de Geografia propõe que:
Por meio dela podemos compreender como diferentes sociedades interagem com a natureza na construção de seu espaço, as singularidades do lugar em que vivemos, o que o diferencia e o aproxima de outros lugares e, assim,
adquirirmos uma consciência maior dos vínculos afetivos e de identidade que estabelecemos com ele. Também podemos conhecer as múltiplas relações de um lugar com outros lugares, distantes no tempo e no espaço, e perceber as marcas do passado no presente. (PCN’s, 1997, p. 67)
Partindo de uma proposta pedagógica que vise trabalhar:
“À ampliação das capacidades dos alunos, do ensino fundamental, de observar, conhecer, explicar, comparar e representar as características do lugar em que vivem e de diferentes paisagens e espaços geográficos”. (PCN’s, 1997, p.67)
Pois muitas das vezes o conteúdo em se, ou a forma de trabalhar o conteúdo, pode
fazer com que a Geografia torne-se uma disciplina enfadonha e desinteressante, desta
forma, a disciplina de Geografia é deixada em segundo plano, ou o professor pode
trabalhar esta de forma superficial, seguindo uma corrente tradicional, usando-se apenas
de livros didáticos para trabalhar.
Apesar de todos os cuidados que a professora teve durante a entrevista para não
transmitir a sua forma de educar, ao analisar os conteúdos trabalhados, os planos de aula
e os recursos usados pela mesma, percebeu-se que a mesma segue a corrente do Ensino
Tradicional, onde o centro é o professor e todas as atenções devem estar voltadas a ele.
A forma de ensino ficou clara quando questionada sobre os recursos utilizados para
trabalhar com a disciplina e a resposta foi à seguinte:
Sim, primeiro o livro didático, os mapas, globos, é cartazes, DVDs, esses são os materiais que eu utilizo.
E quando verificada a metodologia trabalhada verificou-se o seguinte: aulas
explicativas e expositivas, e exercícios de fixação.
Desta forma, verifica-se que apesar dela usar mapas, globos, cartazes e DVD’s,
quando verificada a metodologia trabalhada verifica-se que a corrente na qual ela segue
é tradicional, onde o aluno é visto como um papel em branco, e que estar ali como
receptor de informações, com a tarefa de memorizar os conteúdos que o professor tem a
tarefa de transmitir utilizando uma metodologia voltada apenas para aulas expositivas e
exercícios e lições de fixação.
Outro ponto onde ela deixou bem claro sobre sua forma de ensino tradicional, foi
quando se questionou sobre a importância de se aprender Geografia, ela responde que:
Sim, ela é de grande importância, se você for analisar, a Geografia é tão
importante quanto as demais disciplinas, a questão localização, é é estado,
país, nação e território, então isso é preciso pra que a pessoa aprenda a se
localizar, é em determinado lugar né, então eu acho que ela é tão importante
quanto as outras, os alunos precisam aprender sim.
Desta forma, fica claro que ela usa-se apenas dos livros didáticos, e que ela não
procura fazer uma relação entre o conteúdo trabalhado e a realidade de seus alunos,
como por exemplo, partindo de ensino macro ao micro, ou seja, trabalhar país, nação,
território, e o município que é a realidade mais próxima de nossos alunos, e os ensinar a
questão de localização dentro do bairro, Kaercher (2002) nos mostra em seu texto “O
gato comeu a Geografia critica” que:
“É preciso mostrar aos nossos alunos que podemos entender melhor o mundo em que vivemos, se pensarmos o espaço como elemento que ajuda a entender a lógica, não raro absurda do mundo. Mostrar que sabemos Geografia não é sabermos dados ou informações atuais ou compartimentos, mas sim, relacionarmos as informações ao mundo cotidiano de nossos alunos”. (KAERCHER, 2002, p.224)
Pode-se observar que não adianta apenas saber conceitos da Geografia, e encher
nossos alunos de informações, mas, deve-se procurar fazer com que eles aprendam estes
conteúdos a partir de suas vivências cotidianas, e saibam relacionar ambas.
Kaercher (2002) ressalta ainda que:
Será que esta havendo realmente uma renovação para melhor, com mais qualidade técnica, com maior densidade política e ética do ensino da Geografia nas escolas do ensino fundamental e médio? Ou será que, em geral, ainda predominam aulas meramente informativas, desvinculadas da realidade dos alunos, portanto desinteressante? (KAERCHER, 2002, p.221)
Verifica-se que o que ainda predomina do ensino de Geografia, são aulas
meramente informativas, que os professores não buscam tornar essa aulas interessantes
e menos enfadonhas. Onde, percebe-se que muitos professores estão mais preocupados
em trabalhar os conteúdos propostos nos livros didáticos, do que fazer com que os
alunos entendam que os conteúdos propostos ali não se tratam de um bicho de sete
cabeças, e que podemos relacionar-los com as nossas vivências cotidianas, Silva em seu
texto: “Quais saberes constituem um bom professor de Geografia”, cita:
Ensinar geografia é antes de tudo, participar desse processo, possibilitando ao educando a oportunidade de desenvolver pela apropriação de conteúdos um conjunto de habilidades específicas, centralizadas na identificação da
ordenação territorial dos acontecimentos e no significado que tal ordem exerce sobre suas vidas. (SILVA, 2014, p.229)
O autor deixa explícito que, professores e futuros professores de Geografia, tem
que dá oportunidade para que os nossos alunos desenvolvam-se através da apropriação
dos conteúdos, e estimulá-los a pensarem e fazerem relações, entre os conteúdos e suas
práticas do dia-a-dia. Quando questionada sobre se na concepção dela a Geografia
ensina aos alunos a pensar? A professora responde-me que:
Claro, claro que ensina, então o aluno ele precisa distinguir uma paisagem natural de uma paisagem modificada, ele precisa a saber, um elemento renovável de um não renovável, então ela/ele precisa sim, de ele precisa pensar, e a Geografia sim faz ele pensar.
Com isso pergunta-se será que ela acredita que esses alunos realmente sabem
pensar pelos simples fato deles conseguirem apontar uma paisagem natural de uma
modificada, não seria muito mais apropriado ela ir muito além, fazendo com que eles
não aprendam apenas os conceitos de cada paisagem, mas, que pense o porquê o homem
sente necessidade de modificar a paisagem, ou seja, porque ela é modificada, assim,
como a importâncias dos elementos renováveis e dos não renováveis no cotidiano do ser
vivo, assim como, a importâncias que temos de preservar esse?
Ao meu ver não, uma vez que paisagens, elementos renováveis e não renováveis,
são apenas conteúdos propostos nos livros didáticos e a partir do momento que eles
aprendem a diferenciar um do outro, mostra que eles aprenderam ou decoraram bem o
conteúdo, mas, não que dizer que eles saibam porque a necessidade de se transformar
uma paisagem, assim como a importância dos elementos em nossas vidas.
Callai (2012) ressalta em seu texto “Educação Geográfica: Ensinar e aprender
Geografia”, que:
A educação geográfica diz respeito a: ensinar Geografia para que? Se for simplesmente para cumprir um compromisso com o rol de conhecimentos específicos, não há sentido de se pensar em educação geográfica; no entanto, se a perspectiva intrínseca do ensinar Geografia seja dar conta de explicar e compreender o mundo, de se situar no contexto espacial e social em que se vive, de construir instrumentos para tornar o mundo mais justo para a humanidade, então está sendo cumprido o papel educativo de ensinar geografia. (CALLAI, 2012, p.73)
No texto acima, a autora explica o verdadeiro sentido de se ensinar Geografia,
onde se entende que a realidade de muitos professores é outra, uma vez que esses estão
preocupados apenas com que os alunos aprendam ou decorre o rol de conteúdos, e não
estão preocupados de fazer com que estes ao longo de sua vida escolar construam
conhecimentos essenciais para a vida, assim, como nos propõe os PCN’s.
Os PCN’s de Geografia propõem que durante a caminha do aluno no ensino
fundamental, estes sejam capazes de construir diversos conhecimentos referentes a
conceitos, procedimentos e de algumas atitudes da Geografia, conhecimentos estes que
os possibilites ser capazes de:
• conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua construção e na produção do território, da paisagem e do lugar;
• identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências em diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais;
• compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas dinâmicas e interações;
• compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos, que ainda não são usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las.
Estes são apenas alguns dos objetivos que os PCN’s propõem que sejam
desenvolvidos nós alunos do ensino fundamental, durante sua vida escolar.
Entende-se a dificuldade que muitos professores têm de trabalhar e de fazer com
que os conteúdos tornem acessíveis, e que possam ser trabalhados de forma mais
dinamizada e compreensível com os alunos, assim, como entendo que não seja fácil sair
da mesmice de trabalhar usando apenas o quadro branco e o livro didático, tendo em
vista que muitos deles não possuem outros materiais didáticos ou saiba manusear os
aparatos tecnológicos, além de muitas outras dificuldades enfrentadas pelos professores.
Assim, questionei a professoras sobre as dificuldades encontradas por ela, para se
trabalhar com a disciplina de Geografia, ela diz:
Sim, a primeira barreira é fazer com quer os alunos gostem de Geografia né, eu faço a pergunta, pergunto quem gosta quem não gosta, e muitos dizem que não gosta né, e eu digo pra eles que vou fazer com que eles gostem que eles passem a gostar de Geografia
Diante do exposto subtende-se que esta seja uma das maiores dificuldades, pois
como devemos fazer para trabalhar uma disciplina na qual os alunos não gostam, temos
que ter um grande jogo de cintura e bastante carta na manga, pois exercer a tarefa de
educar um aluno, já não é tarefa fácil, quanto mais trabalhando uma disciplina na qual
os alunos não gostam.
A outra dificuldade citada pela professora, e quando se questionou sobre se a
escola possui recursos didáticos que possibilite aos professores trabalhar as disciplinas
de forma dinâmica, ela me diz que sim, e ressalta:
Sim, a escola possui material, só que é difícil o acesso, porque os funcionários da secretária muita das vezes não conhecem o material e por isso fica difícil o acesso ao material, mas eu como professora, eu sempre procuro ter o meu material.
Essa é outra dificuldade enfrentada pelos professores em diversas escolas, a falta
de recursos didáticos, e muitas das vezes quando a escola possui esse material eles não
têm acesso, ou até mesmo nem sabem de suas existências.
Diante do exposto, diversas são as barreiras e dificuldades enfrentadas por
professores de qualquer disciplina que seja que devem ser superadas diariamente
durante sua atuação, assim como, há diferentes formas de planejamento e organização
entre os professores, desta forma, cabe ao professor que se planeje e se organize de
acordo com sua realidade, de forma que sua proposta seja voltada a educar os alunos
para torná-los cidadão críticos e pensantes, dentro de uma sociedade bastante
diversificada e que sejam capazes de entende as relações que o homem estabelece com o
meio.
Referências
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Acesso em: ideb.inep.gov.br/; 17:00 hs, 22/01/2014
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:
história, geografia / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
166p.