Livro - Planejamento e controle da produção I e II[1]
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8/2/2019 Livro - Planejamento e controle da produo I e II[1]
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PLANEJAMENTO E
CONTROLE DAPRODUO I E II
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Curso Tcnico SENAI - PR, 2004
CIP: 0332AA0101804
Elaborao Tcnica Hugo Armando CeronReviso Tcnica Aparecido Ribeiro dos Santos
Equipe de editorao
Coordenao Mrcia Doneg Ferreira LeandroDiagramao Elaine Przybycien
Ilustrao Elaine PrzybycienCapa Ricardo Mueller de Oliveira
Direitos reservados aoSENAI Servio Nacional de Aprendizagem IndustrialDepartamento Regional do ParanAvenida Cndido de Abreu, 200 - Centro CvicoTelefone: (41) 350-7000Telefax: (41) 350-7101E-mail: [email protected] 80530-902 Curitiba - PR
S474p SENAI. PRPlanejamento e Controle da Produo I
e II / SENAI. PR. -- Curitiba, 2004.
114 p.
1. PCP. 2. Kanban. 3. Just-in-time
CDU: 65.011
Ficha CatalogrficaNIT - Ncleo de Informao TecnolgicaDiretoria de Tecnologia SENAI - DR/PR
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SUMRIOSUMRIO
1.1 O PROCESSO ADMINISTRATIVO.................................................................................. 71. INTRODUO..................................................................................................................7
1.2 A INDSTRIA NO CONTEXTO ATUAL............................................................................8
1.3.O SISTEMA DE PRODUO ......................................................................................... 9
2. O PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUO .................................................... 11
2.1ETAPAS COMPONENTES DO PCP.............................................................................. 12
3.1. CUIDADOS NA ELABORAO DAS PREVISES...................................................... 14
3. PREVISO DE DEMANDA ............................................................................................. 14
3.2. ETAPAS PARA ELABORAO DAS PREVISES ...................................................... 15
3.3. TCNICAS DE PREVISO .......................................................................................... 16
4. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA CAPACIDADE PRODUTIVA5 ............................... 19
5. PLANO AGREGADO DA PRODUO ........................................................................... 31
6. PLANO MESTRE DA PRODUO PMP ..................................................................... 35
6.1 ANLISE DA CAPACIDADE UTILIZANDO O PMP ......................................................... 37
7. PROGRAMAO DA PRODUO ................................................................................ 39
7.1. SEQENCIAMENTO DA PRODUO ........................................................................ 40
7.2. EMISSO DE ORDENS .............................................................................................. 44
8. ACOMPANHAMENTO DA PRODUO.......................................................................... 479. CONCLUSO DO PCP .................................................................................................. 51
1. MRP................................................................................................................................ 55
rvore de estrutura para um produto P ............................................................................. 59
2. JUST IN TIME .................................................................................................................. 65
2.3. TCNICAS JIT ............................................................................................................ 72
2.4. O JIT COMO UM MTODO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE.............................. 79
2.5. Controle Kanban ......................................................................................................... 79
2.6. Programao Nivelada ................................................................................................ 802.7. Modelos mesclados .................................................................................................... 82
2.8. JIT e MRP ................................................................................................................. 84
3.1. MATRIZ IMPORTNCIA DESEMPENHO .................................................................. 85
3. MELHORAMENTO DA PRODUO .............................................................................. 85
3.2. ABORDAGENS DE MELHORAMENTOS ..................................................................... 87
3.3. MASP MTODO DE ANLISE E SOLUES DE PROBLEMAS ............................ 88
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4. PREVENO E RECUPERAO DE FALHAS.............................................................. 97
4.1. Medio de Falhas ....................................................................................................... 98
4.2. PREVENO E RECUPERAO DE FALHAS......................................................... 101
4.3. Manuteno .............................................................................................................. 107
4.4. Planejamento de Recuperao de Falhas ................................................................. 108
5. Mtodos de Controle Estatstico da Qualidade .............................................................. 109
5.1. ACEITAO POR AMOSTRAGEM ............................................................................ 110
5.2. Controle Estatstico de Processo CEP.................................................................... 111
5.3. Distribuio ............................................................................................................... 111
5.4. Mdia Aritmtica........................................................................................................ 112
5.5. Amplitude .................................................................................................................. 112
5.6. Desvio Padro .......................................................................................................... 112
5.7. Limites de Controle .................................................................................................... 113
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS................................................................................... 114
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MDULO 1PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUO
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A gesto das empresas consiste em otimizar o uso de
seus recursos (materiais, financeiros, mercadolgicos, admi-
nistrativos, humanos, intelectuais e sociais) de forma a ofere-
cer um resultado cada vez melhor sociedade.
Para a gesto das empresas, o princpio essencial o
processo administrativo, composto pelas reas de planejamen-
to, organizao, liderana e controle.
PLANEJAR, estabelecendo objetivos de desempenho edecidindo como alcan-los.
ORGANIZAR as tarefas, pessoas e outros recursos para
o trabalho.
LIDERAR, inspirando as pessoas para trabalhar e atin-
gir alto desempenho.
CONTROLAR, medindo o desempenho e tomando pro-
vidncias para assegurar os resultados desejados.
1.1 O PROCESSO ADMINISTRATIVO
PLANEJAR
v Determinar a finalidade e os objetivos da organizao.
v Prever as atividades necessrias para cada etapa.
v Prever os recursos necessrios.
v Determinar o perodo de tempo para as aes.
v Informaes bsicas necessrias para definio de ob-
jetivos:
n Potencialidades e Fraquezas da empresa
n Oportunidades e Ameaas do ambiente externo
1. INTRODUO1. INTRODUO
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ORGANIZAR
v Agrupar pessoas e recursos.
v Definir atribuies e responsabilidades.
v Definir relaes entre indivduos e grupos.
v Estabelecer hierarquias.
v Estabelecer normas de trabalho (como, quando, quem...).
v Descrever e informar as funes necessrias.
LIDERAR
v Conduzir as equipes ao alcance dos objetivos.
v Incentivar as pessoas a executarem as tarefas.
v Coordenar o uso dos recursos.v Acompanhar o desempenho das tarefas.
CONTROLAR
v Acompanhar o andamento dos trabalhos.
v Comparar as aes planejadas com os resultados al-
canados.
v Estabelecer correes:n planejado igual realizado: continuar o bom trabalho;
n planejado diferente do realizado:corrigir as ativida-
des, modificar o nvel de desempenho esperado ou
alterar o sistema de controle.
1.2 A INDSTRIA NO CONTEXTO ATUAL1
O cenrio industrial da atualidade apresenta algumas
caractersticas marcantes, tais como:
v diminuio dos ciclos de vida dos produtos e competi-
o baseada no tempo de desenvolvimento de novos
produtos
v aumento na diversificao e complexidade dos produtos
v aumento das exigncias dos clientes por qualidade e
confiabilidade nos produtos
v aumento da competio global
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v rpida adoo de novas tecnologias
v pequenos ciclos produtivos (rapidez de resposta)
v flexibilidade nas relaes produtor/consumidor
Na tentativa de acompanhar esta complexidade de mer-
cado, algumas empresas caem em erros bastante comuns,
que acabam por dificultar o seu desenvolvimento:
v inconsistncias: divergncias de interesses internamente
v complicaes: atrao pelas novas tecnologiase pelas
grandes coisas
v perdas: desperdcio, atividades que no agregam valor,
retrabalho
v vaivm: decorrente de arranjo fsico/logstica inadequadasv impacincia: as urgncias, os incndios a apagar to-
dos os dias...
Assim, torna-se necessria uma re-avaliao de como
a produo pode contribuir efetivamente com o bom andamento
da empresa.
1.3. O SISTEMA DE PRODUO
A empresa pode ser considerada um sistema, um orga-
nismo vivo que se relaciona com o meio externo, composta
por sistemas internos, que so suas reas de administrao.
Entre elas, o foco deste mdulo: a Produo.
O sistema da produo pode ser descrito como:
Input(Recursos)
Processo deTransformao
Output(sadas, produtos)
Feedback(Controle)
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Como entradas do sistema, consideram-se todos os
recursos necessrios produo, sejam materiais, informa-
es, pessoal, capital. Como sadas do sistema, consideram-
se os bens e servios produzidos. E como processo de trans-
formao, a produo propriamente dita, incluindo todas as
tarefas, planos e controles necessrios para que os recursos
sejam transformados em produtos ou servios.
O objetivo da administrao deste sistema alcanar a
equilibrada combinao de EFICINCIA e EFICCIA.
v Eficincia: utilizar procedimentos adequados, otimizar a
aplicao dos recursos, executar as tarefas corretamente
v Eficcia: atingir os melhores resultados, alcanar o ob-
jetivos traados.
COMPARATIVO EFICCIA / EFICINCIA
Eficaz e Eficiente Objetivos atingidos com a melhor utilizao derecursos
Eficaz, mas IneficienteObjetivos atingidos,mas com maior consumode recursos do que o previsto
Eficiente, mas IneficazRecursos utilizados conforme o previsto, pormos objetivos no so atingidos
Ineficaz e IneficienteOs objetivos no so atingidos e o consumo derecursos ultrapassou o previsto
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Uma atividade da administrao da produo que ofere-
ce grande contribuio para o alcance da eficcia e eficinciana indstria o PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRO-
DUO, conhecido pela sigla PCP.
PCP: conjunto de aes inter-relacionadas que objetivadirecionar o processo produtivo da empresa para o
atendimento das expectativas dos clientes
O objetivo do PCP estabelecer planos e controles que
garantam:
v tempo adequado
v qualidade adequada
v custo adequado.
Ou seja: produzir da melhor maneira possvel, atenden-
do a demanda e tendo bons resultados para a empresa.
Para que o PCP possa ser realizado a contento, ne-
cessria integrao entre todas as reas da empresa, que
estaro fornecendo e recebendo informaes da produo:
v ARRANJO FSICO: disponibilidade de espaos e equi-
pamentos para facilitar o fluxo produtivo
v EQUIPAMENTOS: quantidade disponvel e condies
de uso
v PROGRAMAS DE MANUTENO: considerando refor-
mas, preveno e adequao dos equipamentos e m-
quinas para garantir a continuidade do processo
v MANUSEIO INTERNO: sistema de movimentao e ar-
ranjo de materiais nos estoques e na produo
v LISTA DE MATERIAIS: materiais disponveis em esto-
que e em processo para produzir os produtos vendidosou a vender
PRODUO
2. O PLANEJAMENTO E CONTROLE DA2. O PLANEJAMENTO E CONTROLE DAPRODUOPRODUO
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v LISTA DE FERRAMENTAS: disponibilidade de ferra-
mentas, dispositivos e instrumentais necessrios para
produo
v TEMPOS PADRES: anlise e estudo dos tempos das
operaes para determinao do tempo necessrio para
produzir o produto, incluindo o estudo da capacidade de
produo e o planejamento de mquinas
v FOLHA DE OPERAES: descrio de todo o proces-
so de fabricao de cada pea, com dados de tempo,
ferramentas necessrias, mquinas e pessoas.
v PROGRAMAS DE VENDAS: quantidade de produtos a
serem vendidos e que devero ser fabricados para aten-
der o mercado
v RECURSOS HUMANOS: as pessoas envolvidas na ad-ministrao, operao e apoio ao sistema de produo
ESQUEMA GERAL DO PCP2
2.1 ETAPAS COMPONENTES DO PCP
Como departamento de apoio, o PCP responsvel pela
coordenao e aplicao dos recursos produtivos de forma a
atender da melhor maneira possvel os planos estabelecidosa nveis estratgico, ttico e operacional.
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Para tal, o PCP parte das informaes de Previso da
Demanda, normalmente repassadas pela rea de vendas. Uma
vez estabelecidas as metas a serem alcanadas de produo
durante o perodo, inicia-se o processo de planejamento e con-
trole da produo, seguindo-se as etapas:
ETAPAS DO PCP
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A previso da demanda a base para o planejamento
estratgico da produo, vendas e finanas de qualquer em-
presa, e permite que os administradores destes sistemas
antevejam o futuro e planejem adequadamente suas aes.
As previses so usadas pelo PCP em dois momentos
distintos: para planejar o sistema produtivo e para planejar o
uso deste sistema produtivo.
A responsabilidade pela preparao da previso da de-
manda normalmente do setor de Marketing ou Vendas. Po-
rm, existem dois bons motivos para que o pessoal do PCP
entenda como esta atividade realizada:
a) a previso da demanda a principal informao empre-
gada pelo PCP na elaborao de suas atividades;
b) em empresas de pequeno e mdio porte, no existe ain-da uma especializao muito grande das atividades, ca-
bendo ao pessoal do PCP (geralmente o mesmo de Ven-
das) elaborar estas previses.
3.1. CUIDADOS NA ELABORAO DAS
PREVISES
Quanto mais dados histricos estiverem disponveis,
mais confivel ser a previso.
Os dados devem buscar a caracterizao da demanda
possvel para os produtos da empresa, que no ser neces-
sariamente igual s vendas passadas.
Variaes extraordinrias devem ser analisadas e subs-
titudas por valores mdios.
3. PREVISO DE DEMANDA3. PREVISO DE DEMANDA 33
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O tamanho dos perodos de consolidao dos dados
(mensal, trimestral...) influencia na escolha da tcnica ade-
quada de previso.
3.2. ETAPAS PARA ELABORAO DAS PREVISES
1.Definir os objetivos da previso:
v Para que uso?
v Quais produtos?
v Grau de acuracidade?
v Importncia?
2. Coletar e analisar os dados histricos para escolher atcnica de previso adequada
3. Escolher a tcnica de previso adequada:
v Analisar o custo / acuracidade
v Disponibilidade de dados histricos
v Disponibilidade de recursos computacionais
v Experincias passadas com as tcnicas
v Tempo disponvel para realizar previsov Perodo de planejamento para o qual ser feita a
previso
4. Aplicar a tcnica escolhida para previso
5. Monitorar a previso da demanda atravs da demanda
real
v A medida em que as previses forem sendo
alcanadas pela demanda real, deve-se monitorar a
extenso do erro entre a demanda real e a prevista,
para verificar se a tcnica e os parmetros emprega-
dos ainda so vlidos. Em situaes normais, um
ajuste nos parmetros do modelo, para que reflita as
tendncias mais recentes, suficiente.
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3.3. TCNICAS DE PREVISO
As tcnicas de previso podem ser subdivididas em dois
grandes grupos:
a) as tcnicas QUALITATIVAS privilegiam principalmente
dados subjetivos, os quais so difceis de representar nu-
mericamente; esto baseadas na opinio e no julgamen-
to de pessoas chaves, especialistas nos produtos ou nos
mercados onde atuam estes produtos;
b) as tcnicas QUANTITATIVAS envolvem a anlise numri-
ca dos dados passados, isentando-se de opinies pes-
soais ou palpites; empregam-se modelos matemticospara projetar a demanda futura; podem ser subdivididas
em dois grandes grupos: as tcnicas baseadas em sri-
es temporais, e as tcnicas baseadas em correlaes.
QUALITATIVAS
Dados subjetivos
Baseados nas opinies das pessoasUsa-se quando no h dados
disponveis, ou os dados so obsoletosou no se tem tempo para medir
QUANTITATIVAS
Anlise numrica / matemtica
Isenta de anlises pessoaisUsa dados das demandas passadas
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ALGUNS MTODOS DE PREVISO4
MTODO DESCRIOHORIZONTEDE TEMPO
CUSTORELATIVO
Equipes de vendas
de campoOs clculos dos vendedores de campo so agregados CP-MP B-M
Opinies deexecutivos
Os gerentes de marketing, finanas e produo
preparam a previso conjuntamenteCP-LP B-M
Gerncia de linha deproduto e vendas decampo
Clculos independentes dos vendedores regionais so
reconciliados com as projees nacionais dos gerentes
da linha de produto.
MP M
Analogia histricaPreviso pela comparao com produto idntico
introduzido previamenteCP-LP B-M
DELPHIReceber respostas de peritos a uma srie de
perguntas (anonimamente) e revisar clculosLP M-A
Pesquisa de
mercado
Questionrios e reunies so usados para dados sobre
o comportamento antecipado do consumidor MP-LP A
MTODO DESCRIOHORIZONTEDE TEMPO
CUSTORELATIVO
IngnuaUsa a regra simples de que a previso iguala o ltimo
valor ou o ltimo acrescido de um valor de correoCP B
Mdia mvelA previso simplesmente a mdia dos n perodos
mais recentesCP B
Ajuste exponencialA previso uma mdia mvel ponderadaexponencialmente, onde os dados recentes tm mais
peso
CP B
Projeo detendncia
A previso linear, exponencial, ou outra projeo de
tendncia passadaMP-LP B
DecomposioA srie de tempo dividida em componentes de
tendncia peridicos, cclicos e aleatriosCP-LP B
Box-JenkinsUm modelo de regresso de srie de tempo
proposto, testado estatisticamente, modificado e
novamente testado at se satisfatrio.
MP-LP M-A
MTODO DESCRIOHORIZONTEDE TEMPO
CUSTORELATIVO
Regresso ecorrelao
Uma ou mais variveis associadas para prever via uma
equao de mnimos quadrados (regresso) com
correlao a uma varivel explicativa
CP-MP M-A
EconomtricaUsa uma soluo simultnea de regresses mltiplas
que se referem a uma ampla gama de atividades
econmicas
CP-LP A
QUALITATIVAS
QUANTITATIVAS SRIE DE TEMPO
QUANTITATIVAS ASSOCIATIVAS
CP = Curto PrazoMP = Mdio PrazoLP = Longo Prazo
B = Baixo CustoM = Mdio CustoA = Alto Custo
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Uma vez realizados os projetos iniciais e investimentosde longo prazo para as instalaes da fbrica, tem-se uma
determinada capacidade produtiva total. Entretanto, a mdio e
curto prazo pode-se utilizar somente parte desta capacidade
ou aumenta-la temporariamente com rearranjo de trabalhos.
Esta atividade consiste em realizar-se o Planejamento e Con-
trole da Capacidade Produtiva.
A capacidade de satisfazer a demanda atual e futura
uma preocupao fundamental da administrao de produo.
O equilbrio entre capacidade e demanda pode gera altos lu-
cros e satisfao para os clientes, enquanto que o desequilbrio
seria desastroso. Estas decises, entretanto, precisam da co-
laborao de outras reas (marketing e vendas, por ex.), uma
vez que as decises tm impacto em todas as reas. As ou-
tras funes oferecem entrada (inputs) vitais para o planeja-
mento e cada funo dever planejar e controlar a sua prpria
capacidade para atender a funo principal.
A capacidade de uma operao o mximo nvel de ati-
vidade de valor agregado em determinado perodo de tempo,
que o processo pode realizar sob condies normais. Muitas
empresas operam abaixo da sua capacidade mxima, o que
ocorre por insuficincia de demanda ou deliberadamente para
proporcionar resposta rpida a cada novo pedido. Em alguns
casos, entretanto, enquanto a empresa trabalha com algumaspartes de sua operao abaixo da capacidade, outras estaro
em capacidade mxima. Estas partes em capacidade mxi-
ma sero restries da capacidade de toda a operao, pois
de acordo com a natureza da demanda, diferentes partes de
uma operao podem ser foradas ao mximo, e a menos
que recursos sejam providenciados para aumentar a capaci-
dade da microoperao afetada, ela pode restringir a capaci-
dade de toda a produo.
4. PLANEJ AMENT O E CONTROLE DACAPACIDADE PRODUTIVA 55
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Portanto necessrio o planejamento e controle da ca-
pacidade, tarefa que consiste em determinar a capacidade
efetiva da operao produtiva, de maneira a responder de-
manda, decidindo como a operao deve reagir suas
flutuaes. O tratamento feito nesta etapa trata de perodo de
tempo menor (mdio e curto prazo), com decises tomadas
dentro das limitaes da capacidade fsica estabelecida pela
estratgia de longo prazo.
Assim, uma vez definida a capacidade de produo a
longo prazo, a gerncia da produo deve decidir como ajus-
tar a capacidade a mdio prazo, o que envolve a avaliao da
demanda futura. Na prtica, as previses no so exatas e as
operaes tm de responder a mudanas na demanda emespao de tempo menor. Logo, so necessrios tambm ajus-
tes a curto prazo, para flexibilizar o volume produzido por um
curto perodo, seja com base em previses ou sem aviso. Esta
definio dos nveis de capacidade no mdio e curto prazo
considerada em termos agregados, ou seja, com decises
amplas e gerais, geralmente em famlias de produtos, sem
ater-se a detalhes dos produtos ou servios, considerando
assim um mix de diferentes produtos relativamente constanteno perodo do planejamento.
As decises quanto ao planejamento da capacidade afe-
tam diversos aspectos de desempenho:
a) custos: o equilbrio entre capacidade e demanda afeta
este aspecto; se a capacidade for excedente deman-
da, pode ocorrer sub-utilizao de capacidade, o que au-
menta os custos unitrios;
b) receitas: o equilbrio entre capacidade e demanda afeta
tambm este aspecto, mas inversamente; nveis de ca-
pacidade iguais ou superiores demanda asseguram
que toda a demanda seja atendida de maneira que no
ocorra perda de receitas;
c) capital de giro: ser afetado se uma operao optar por
produzir estoques de bens antecipando-se demanda,
o que permitiria atender a demanda futura, mas a orga-
nizao deve financiar o estoque at que seja vendido;
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d) qualidade: pode ser afetada por um planejamento que
inclua grandes flutuaes nos nveis de capacidade, onde
a contratao de pessoal novo e interrupo do trabalho
rotineiro da operao aumentariam as chances de ocor-
rerem erros;
e) velocidade de resposta demanda: pode ser melhorada
atravs do aumento dos estoques ou pela proviso deli-
berada de capacidade excedente para evitar filas;
f) confiabilidade do fornecimento: ser afetada pela proxi-
midade entre os nveis de demanda e capacidade; quan-
to mais prximos forem os nveis, a operao ser me-
nos capaz de lidar com interrupes inesperadas e me-nos confiveis ser o fornecimento de bens e servios;
g) flexibilidade: (principalmente de volume) ser melhorada
pela capacidade excedente; se houver equilbrio entre
capacidade e demanda, a operao no ser capaz de
responder a aumentos de demanda inesperados.
Para a tomada de decises relativas ao planejamento econtrole da capacidade produtiva, devem ser seguidas trs
etapas bsicas: primeiramente, medir os nveis agregados de
demanda e capacidade para o perodo a ser planejado; de-
pois, identificar as polticas alternativas de capacidade que
podem ser adotadas; e finalmente, escolher a poltica de ca-
pacidade mais adequada para a situao.
Para a medio da demanda, h trs requisitos que di-
zem respeito ao planejamento e controle da capacidade:
a) deve ser expressa em termos teis para o planejamento
e controle de capacidade, em expectativas realistas de
demanda e nas mesmas unidades que a capacidade;
b) deve ser to exata quanto possvel, pois se a demanda
mudar rapidamente, pode ocorrer que a mudana reali-
zada na capacidade no surta efeito a tempo;
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c) deve fornecer uma indicao da incerteza relativa, apre-
sentando uma certa probabilidade de ser maior ou me-
nor do que a prevista, atravs do estudo das mdias de
demanda alcanadas anteriormente, mostrando o quanto
a demanda real poderia ser diferente da mdia.
Em muitas empresas deve ser considerada a
sazonalidade da demanda e em algumas, a sazonalidade de
suprimentos. Estas flutuaes podem ser razoavelmente pre-
visveis, porm algumas so afetadas por variaes inespera-
das, como clima ou condies econmicas.
As flutuaes provenientes da sazonalidade da deman-
da podem ocorrer em perodos de um ano ou mais curto, comosemanalmente, diariamente ou at em horas, dependendo do
ramo de atividade da organizao. O grau em que uma opera-
o ter que lidar com flutuaes de demanda de prazo muito
curto ser determinado pelo tempo que os clientes esto dis-
postos a esperar pelos produtos ou servios.
Para a medio da capacidade o principal problema a
incerteza quanto demanda, e ainda a complexidade de suadeterminao, e somente em caso de produo altamente
padronizada e repetitiva fcil estabelecer a capacidade sem
ambigidade. Normalmente, o volume de produo (sadas)
a medida mais adequada, entretanto, em algumas operaes
no to simples, principalmente quando a gama de produtos
muito ampla e apresenta demandas variveis. Neste ltimo
caso, freqentemente so utilizadas medidas baseadas nos
insumos (entradas) para medir a capacidade. Praticamente
todos os tipos de operao poderiam usar uma mistura de
medidas atravs de entradas e sadas, porm normalmente
escolhe-se uma ou outra.
possvel ainda converter medidas de insumos a partir
de medidas de volume de produo, ou vice-versa, pois co-
nhecendo a capacidade fsica e os tempos-padro para reali-
zao das atividades, pode-se calcular a capacidade da pro-
duo de um certo perodo. A capacidade dos recursos nor-malmente definida por medida relacionada a tempo (por hora,
por dia, etc.).
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A medida da capacidade vai depender tambm do mix
de atividades da organizao, pois se esta desempenha mui-
tos tipos diferentes de atividades, fica mais difcil de predizer o
volume de produo. Como por exemplo, um hospital, que tem
muitas atividades diferenciadas (internamentos longos e cur-
tos sem previso). Neste caso, utiliza-se normalmente a me-
dida atravs dos recursos existentes, pois no h uma rela-
o entre o nmero de leitos que possui e o nmero de paci-
entes que trata, ficando difcil prever o volume de produo
que pode ocorrer.
Para a correta determinao da capacidade da opera-
o, necessrio saber diferenciar a capacidade projetada e
a real, aps deduzidas as possveis perdas. A capacidade te-rica de projeto a que foi projetada pelos tcnicos quando da
instalao da operao. Mas nem sempre ela atingida, pois
na realidade, a linha produtiva no pode funcionar continua-
mente em sua velocidade mxima, os produtos diferentes iro
exigir mudanas nas linhas diminuindo o tempo de produo,
alm de dificuldades tcnicas de programao que possam
ocorrer. Assim, aps deduzidas essas perdas previsveis da
capacidade terica do projeto, teremos a capacidade efetivada operao. Alm dessas paradas previsveis e inevitveis,
podem ocorrer fatores como problemas de qualidade a soluci-
onar, quebras de mquinas, absentesmo, e outros, que po-
dem ser evitados e geram custo. Isto significa que o volume
de produo real ser ainda menor que a capacidade efetiva.
Para visualizar as propores alcanadas do volume de
produo realmente conseguido por uma operao para a
capacidade de projeto e para a capacidade efetiva so utiliza-
das as expresses utilizao e eficincia da planta, sendo:
utilizao = volume de produo real / capacidade de projeto;
eficincia = volume de produo real / capacidade efetiva.
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0332AA0101804 - PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUO
A utilizao usada em muitos negcios como medida-
chave do desempenho de produo, sendo uma indicao da
proporo da capacidade projetada que foi usada para produzir
bens de valor adicionado. Isto justifica-se pois qualquer perda
de tempo de produo poderia ter sido usada para produzir mais,
gerando mais lucro. A utilizao tambm conhecida por ou-
tros termos, de acordo com o ramo da operao: nveis de ocu-
pao de quartos (em hotis), fator de ocupao (em empre-
sas areas), tempo de operao (em algumas fbricas).
Porm o uso da utilizao para medio do desempe-
nho de produo pode levar a concluses erradas, pois uma
baixa utilizao pode ser resultante de baixa de demanda, pa-
radas freqentes, falta de materiais ou greves. E nem sempre
til atingir altos nveis de utilizao, que pode gerar formao
de estoque desnecessrio, que ocupa espao e gera custos.
A alta utilizao tambm pode afetar o cliente se reduzir a ve-
locidade e flexibilidade do volume da operao, como no caso
dos caixas eletrnicos em bancos, onde a alta utilizao re-
presenta longas filas de espera. Porm em alguns casos, a
alta utilizao pode ser agradvel para os clientes, como porexemplo num show artstico de grandes propores.
Aps compreendidas as medies da demanda e da
capacidade, o segundo passo considerar os mtodos alter-
nativos de responder s flutuaes da demanda. Existem trs
polticas puras:
a) poltica de capacidade constante: ignorar as flutuaes emanter os nveis de atividades constantes;
Capacidadede Projeto
CapacidadeEfetiva
Volume deProduo Real
Limitao fsicados equip.
Deduzidas asparadas inerentes /
previstas
Deduzidas as perdasimprevistas / evitveis
Utilizao = VolumeCap. Projeto
Eficincia = VolumeCap. Efetiva
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b) poltica de acompanhamento da demanda: ajustar a ca-
pacidade para refletir as flutuaes da demanda;
c) gesto da demanda: tentar mudar a demanda para ajust-
la disponibilidade da capacidade produtiva.
Na poltica de CAPACIDADE CONSTANTE a capacida-
de mantida durante todo o perodo de planejamentos sem
considerar as oscilaes de demanda. Dessa forma pode-se
atingir padres de emprego estveis, alta utilizao do pro-
cesso e normalmente alta produtividade com baixos custos
por unidade. Porm, pode criar estoques considerveis que
precisam ser armazenados e financiados. O maior problema
pode ser decidir por produzir para estocar em vez de venderimediatamente. A maioria das empresas opta por esta poltica
somente quando a previso de demanda futura for relativa-
mente certa, justificando os estoques, o que no pode ser fei-
to no caso de produtos perecveis ou que sofrem influncia da
moda (mudam rapidamente). Tambm no seria uma poltica
conveniente a ser adotada no setor de servios, uma vez que
estes no podem ser estocados, o que implicaria em funcio-
namento da operao constantemente, independente da exis-tncia de demanda.
A poltica de ACOMPANHAMENTO DA DEMANDA tenta
ajustar a capacidade o mais prximo possvel do nvel de de-
manda prevista, o que no fcil de conseguir, uma vez que
pode exigir um nmero diferente de operrios, diferentes horas
de trabalho e quantidades de equipamentos por perodo. Esta
poltica normalmente adotada por operaes onde no pos-
svel estocar a produo. Dessa forma, pode-se evitar a provi-
so desnecessria de pessoal em excesso, devendo satisfa-
zer a demanda dos clientes ao longo do perodo. Quando a pro-
duo puder ser estocada, esta poltica pode ser usada para
minimizar ou eliminar estoques de produtos acabados.
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Algumas formas de acompanhamento da demanda, atra-
vs do ajuste da capacidade:
a) horas extras e tempo ocioso: o mtodo mais rpido e
conveniente ajustar o nmero de horas produtivas tra-
balhadas pelo pessoal; pode-se estender o dia de traba-
lho ou reduzi-lo atravs da utilizao do pessoal em ou-
tras atividades como limpeza e conservao; os custos
desse mtodo so o pagamento extra necessrio para o
pessoal, ou o custo do pagamento de pessoal que no
esteja engajado na produo, alm de custos para man-
ter a operao aquecida e gil;
b) variar o tamanho da fora de trabalho: pode-se ajustar onmero de pessoas que trabalham, contratando pessoal
extra nos perodos de alta demanda e dispensando-os
quando esta diminui; seus custos incluem os de recruta-
mento, baixa produtividade (enquanto o pessoal aprende),
de dispensa (incluindo possveis indenizaes); alm dis-
so, pode provocar perda de moral na operao e perda de
boa vontade no mercado de mo-de-obra local;
c) usar pessoal em tempo parcial: recrutar pessoal para
trabalhar em menos do que um dia de trabalho (como
em restaurantes fast food), porm se os custos fixos da
manuteno de cada empregado for alto, este mtodo
no compensatrio;
d) subcontratao: adquirir capacidade de outras empre-
sas em poca de alta demanda; no tem custos extras
de investimento em capacidade, porm pode ser
dispendiosa, uma vez que o subcontratante tambm
exigir uma margem mnima no negcio, podendo ainda
no estar suficientemente motivado a respeitar os pra-
zos e nveis de qualidade, alm de poder desejar entrar
no mesmo mercado.
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A opo por GERENCIAR A DEMANDA pode permitir
reduo de custos e melhoria nos servios, utilizando melhor
a capacidade e melhorando o lucro potencial. Por isto, muitas
empresas tentam utilizar esta poltica. Isto pode ser feito atra-
vs da transferncia da demanda dos perodos de pico para
os perodos mais tranqilos, o que normalmente seria res-
ponsabilidade das funes de marketing e vendas. A funo
da gesto de produo identificar e avaliar os benefcios da
gesto de demanda, e assegurar que as mudanas da de-
manda sejam atendidas pela produo.
Para mudar a demanda, pode-se alterar parte do com-
posto de marketing, como preo ou atividades promocionais,
e s vezes, at mesmo pequenas mudanas no produto ouservio. A mudana mais bvia no preo, utilizada mais para
servios que para produtos, e que incentiva com preos mais
baixos o consumo nos perodos de baixa demanda, e preos
mais altos na situao de alta demanda. Alm do preo, pode-
se aumentar a demanda em perodos de baixa atravs de pro-
paganda adequada, que pode estar combinada com oferta de
preos e produtos modificados. Mudanas mais radicais po-
dem incluir produtos ou servios alternativos, atravs do de-senvolvimento de novos produtos, utilizando os processos de
produo existentes. Porm estes produtos tm padres de
demanda diferentes ao longo do ano, e deve-se comparar os
benefcios aparentes com os riscos de prejudicar o produto
principal, pois a produo deve ser capaz de atender aos dois
mercados.
Todas essas estratgias puras tm custos associados.
Por essa razo, muitas empresas optam por utilizar uma com-
binao delas, para conseguir um equilbrio adequado entre
os custos e o servio ao cliente.
O passo seguinte a deciso de qual das abordagens
de planejamento de capacidade adequada. Uma tcnica til
nesta tarefa a representao acumulada, que permite com-
parar a demanda e a capacidade quanto viabilidade, auxili-
ando a avaliao das conseqncias da adaptao de polti-
cas de capacidade.
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A REPRESENTAO ACUMULADA de demanda e ca-
pacidade revela mais informaes do que outras abordagens,
que demonstram a demanda ou capacidade ms a ms, por
exemplo. Assim, ao desenhar a linha da capacidade acumu-
lada no mesmo grfico, a viabilidade e as conseqncias de
uma poltica de capacidade podem ser melhora avaliadas.
Desta forma, mais fcil visualizar as situaes.
REPRESENTAO ACUMULADA6
Se a linha da produo acumulada est acima da linha
da demanda acumulada, significa que neste perodo ocorreu
estoque de produtos, e a distncia entre as linhas representa
o nvel deste estoque. Se a linha da demanda acumulada esti-
ver acima da linha de produo acumulada, indica escassez
do produto, no nvel representado pela distncia entre elas. Se
a poltica de capacidade deseja atender demanda medidaque ela ocorre, a linha de produo acumulada deve estar sem-
pre acima da linha de demanda acumulada.
J F M A M J J A S O N D
Demanda (toneladas/ms) 100 150 175 150 200 300 350 500 650 450 200 100
Dias produtivos 20 18 21 21 22 22 21 10 21 22 21 18
Demanda (toneladas/dia) 5 8,33 8,33 7,14 9,52 13,64 16,67 50 30,95 20,46 9,52 5,56
Dias acumulados 20 38 59 80 102 124 145 155 176 198 219 237
Demanda acumulada 100 250 425 575 775 1075 1425 1925 2575 3025 3225 3325
Produo acumulada (toneladas) 281 533 828 1122 1431 1740 2023 2175 2469 2778 3073 3325
Estoque final (toneladas) 181 283 403 547 656 715 609 250 (106) (247) (150) 0
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8/2/2019 Livro - Planejamento e controle da produo I e II[1]
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SENAI-PR
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