Livro - Nicolau Maquiavel

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    2 Semestre de Direito MaxPlanckNicolau Maquiavel

  • Nicolau Maquiavel 1

    Nicolau Maquiavel

    Nicolau MaquiavelNiccol di Bernardo Machiavelli

    Nicolau Maquiavel, pintura de Santi di Tito

    Nascimento 3 de maio de 1469Florena, Itlia

    Morte 21 de junho de 1527(58anos)

    Nacionalidade Italiana

    Influncias

    Influenciados

    Magnum opus O Prncipe

    Escola/tradio Republicanismo Clssico, Filosofia do Renascimento e Realismo poltico

    Principais interesses Poltica, Histria, Literatura, Msica

    Assinatura

    Nicolau Maquiavel (em italiano Niccol Machiavelli; Florena, 3 de maio de 1469 Florena, 21 de junho de1527) foi um historiador, poeta, diplomata e msico italiano do Renascimento. reconhecido como fundador dopensamento e da cincia poltica moderna, pelo fato de haver escrito sobre o Estado e o governo como realmente soe no como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi malinterpretado historicamente. Desde as primeiras crticas, feitas postumamente por um cardeal ingls, as opinies,muitas vezes contraditrias, acumularam-se, de forma que o adjetivo maquiavlico, criado a partir do seu nome,significa esperteza, astcia, aleivosia, maldade.Niccol di Bernardo dei Machiavelli viveu a juventude sob o esplendor poltico da Repblica Florentina durante ogoverno de Loureno de Mdici e entrou para a poltica aos 29 anos de idade no cargo de Secretrio da SegundaChancelaria. Nesse cargo, Maquiavel observou o comportamento de grandes nomes da poca e a partir dessaexperincia retirou alguns postulados para sua obra. Depois de servir em Florena durante catorze anos foi afastado eescreveu suas principais obras. Conseguiu tambm algumas misses de pequena importncia, mas jamais voltou aoseu antigo posto como desejava.

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    Como renascentista, Maquiavel se utilizou de autores e conceitos da Antiguidade clssica de maneira nova. Um dosprincipais autores foi Tito Lvio, alm de outros lidos atravs de tradues latinas, e entre os conceitos apropriadospor ele, encontram-se o de virt e o de fortuna.

    Contexto histrico

    A pennsula Itlica no perodo do Renascimento(1494).

    Durante o Renascimento, as cincoprincipais potncias na pennsula Itlicaeram: o Ducado de Milo, a Repblica deVeneza, a Repblica de Florena, o Reinode Npoles e os Estados Pontifcios.[1] Amaior parte dos Estados da pennsula erailegtima, tomados por mercenrioschamados "condottieri".

    Foram incapazes de se aliar durante muitotempo estando entregues intrigadiplomtica e s disputas, e, por suasriquezas, eram atrativos para as demaispotncias europeias do perodo,principalmente Espanha e Frana. A polticaitaliana era, portanto, muito complexa e osinteresses polticos estavam sempredivididos. Batalhando entre si, ficavam merc das ambies estrangeiras, mas ainfluncia de algum como Loureno deMdici havia impedido uma invaso. Com amorte deste em 1492, e a inaptido polticade seu filho, a Itlia foi invadida por CarlosVIII, causando a expulso dos Mdici deFlorena.

    Esta era palco do conflito entre duas tendncias: a da exaltao pag do indivduo, da vida e da glria histrica,representada por Loureno de Mdici e seu irmo Juliano de Mdici; e a da contemplao crist do mundo, voltadapara o alm, que se formava como resposta ao ressurgimento da primeira nos mais variados aspectos da vida como aarte e at na Igreja, representada por religiosos como Girolamo Savonarola.

    Anunciando a chegada de Carlos VIII como a de um salvador, contrrio aos Mdici e com grande apoio popular, opregador Girolamo Savonarola tornou-se a figura mais importante da cidade dando ao governo um visteocrtico-democrtico. Com sua crescente autoridade e influncia, Savonarola passou a criticar os padres de Romacomo corruptos e o Papa Alexandre VI por seu nepotismo e imoralidade. O Papa excomungou o frade, mas aexcomunho foi declarada invlida por ele. No entanto, Savonarola acabou preso e executado pelo governoprovisrio em 23 de maio de 1498. Com a demisso de seus simpatizantes, cinco dias depois da morte do frade,Maquiavel, com 29 anos, foi nomeado para o cargo de secretrio da Segunda Chancelaria de Florena.

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    Juventude

    Catarina Sforza Riario

    Pouco se conhece da biografia de Maquiavel antes de entrar para a vidapblica. Ele era o terceiro de quatro filhos de Bernardo e Bartolomea de'Nelli. Sua famlia era toscana, antiga e empobrecida. Iniciou seus estudosde latim com sete anos[2] e, posteriormente, estudou tambm o baco,bem como os fundamentos da lngua grega antiga. Comparada com a deoutros humanistas sua educao foi fraca, principalmente por causa dospoucos recursos da famlia.

    No se sabe ao certo o que teria levado escolha de Maquiavel para achancelaria em 19 de junho de 1498. Alguns autores afirmam que eleteria trabalhado a como auxiliar em 1494 ou 1495, hiptese contestadaatualmente. Outros preferem atribuir a sua entrada escolha de um antigoprofessor seu, Marcelo Virgilio Adriani, o qual ele teria conhecido emaulas na Universidade Pblica de Florena e naquele momento eraSecretrio da Primeira Chancelaria.[3]

    Segunda ChancelariaA principal instituio de Florena nesse perodo era a Senhoria[4] com diversos rgos auxiliares como as duaschancelarias. A primeira chancelaria era responsvel pela poltica externa e pela correspondncia com o exterior. Asegunda ocupava-se com as guerras e a poltica interna. No entanto, essas funes muitas vezes se sobrepunham e aautoridade da primeira chancelaria prevalecia sobre a da segunda. Entre as funes exercidas por Maquiavel,estavam tarefas burocrticas e de assessoria poltica, de diplomacia e de comando no Conselho dos Dez, um outrorgo auxiliar da Senhoria.[5]

    Primeiras misses diplomticasA primeira de suas misses[6] foi a de convencer um condottiero a continuar recebendo o mesmo soldo. Nessemomento, o governo da Repblica de Florena desejava reaver o controle de Pisa que havia aproveitado a passagemde Carlos VIII para rebelar-se, de forma que, ao realizar essa primeira misso de forma satisfatria, foi enviado emjulho de 1499 para negociar com Catarina Sforza, duquesa de mola e Forl a renovao da "condotta" de seu filhoOtaviano e para tentar conseguir o auxlio dela com soldados e artilharia para a tomada de Pisa.O governo de Florena contratara o filho da duquesa por 15 mil ducados sabendo-o mau estrategista militar eMaquiavel tinha como instrues, diminuir o soldo e conseguir tropas e munio para a retomada de Pisa. Eleconseguiu de forma satisfatria reduzir o soldo a 12 mil ducados e no comprometeu a cidade na defesa de mola eForl como queria Catarina.[6] A partir dessa primeira misso, escreveu o Discorso fatto al Magistrato dei Diecisopra le cose di Pisa, de 1499, seu primeiro escrito poltico.[6]

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    Misso corte francesa

    Esttua de Maquiavelna Galleria degli Uffizi,Florena.

    Pouco depois Lus XII, sucessor de Carlos VIII, conquistou o Ducado deMilo a Ludovico Sforza e, em troca de seu apoio, a Repblica de Florenasolicitou o auxlio deste na guerra contra a Repblica de Pisa. Lus XII enviouum exrcito mercenrio que se mostrou indisciplinado e desinteressado pelaluta, tendo at mesmo prendido um comissrio de Florena. Logo foinecessrio enviar representantes corte francesa em Nevers para relatar asituao e encontrar uma soluo sem, entretanto, irritar o rei. Para isso,foram enviados Francisco della Casa e Maquiavel. Pouco antes de ir, seu paimorreu e ficou s com o irmo Totto, que em breve se dedicaria vidaeclesistica, pois as duas irms j haviam se casado.[7]

    Aos dois, o rei respondeu que parte da culpa pelo fracasso era de Florena einclusive insistiu para que o ataque a Pisa continuasse s custas da cidadepara reparar a honra do rei. Sem poderes para negociar, Maquiavel limitou-sea aconselhar a Senhoria durante o perodo em que acompanhou a corte atravsde Frana e a solicitar o envio de embaixadores que pudessem tratar destesassuntos com mais autoridade. A pde conhecer um pouco mais sobre umanao que se havia unificado em torno de um rei, diferentemente da Itlia.Depois de mais duas viagens Frana anos depois, reuniria suas observaes

    sobre a poltica francesa em dois textos: "Ritrati delle cose di Francia" (1510) e "De natura gallorum".

    De volta cidade, casou-se com Marietta Corsini, com quem teria quatro filhos e duas filhas (Bernardo, Ludovico,Piero, Guido, Bartolomea e outra menina morta na primeira infncia), mas teve logo que viajar de novo, pois ospartidos polticos de Pistoia, outra cidade submetida a Florena, haviam se unido e ameaavam rebelar-se.Maquiavel foi de opinio que se deveria dar fim e proibir tais partidos.

    Csar BrgiaPor volta de 1501, Csar Brgia, como condottiero da Igreja e filho do papa Alexandre VI, vinha conquistandoterritrios na Toscana, como Faenza. Acercou-se de Florena com seus exrcitos e exigiu que a cidade se aliasse aele, pagasse-lhe um tributo e mudasse seu governo para um mais favorvel a si. Quando os florentinos, sem opo,estavam prestes a ceder, Lus XII de Frana pressionou Csar Brgia que foi obrigado a levantar acampamento.Dirigiu-se para Piombino, conquistando-a facilmente e tambm Pesaro e Rimini, aps o qu voltou para Roma.

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    Csar Brgia ou Duque Valentino.

    Csar Brgia percebeu que, com a aliana francesa, Florena seria umempecilho a seu plano de expanso e por isso solicitou o envio derepresentantes com os quais tratar de seus interesses. Para essa missofoi enviado Francisco Soderini, tendo Maquiavel como secretrio eauxlio. Durante a ida, surpreendeu-os a notcia da conquista do ducadode Urbino pelo Duque Valentino: ele pediu um reforo de artilhariapara a cidade e quando este lhe foi enviado, voltou-se contra o ducado.

    Chegadas tropas francesas, os enviados puderam retornar. Aps aretirada das tropas de Brgia da Toscana, Maquiavel escreveu o Delmodo di trattare i popoli della Valdichiana ribellati (1502) suaprimeira obra sem relao com as atividades da Chancelaria,[8] e foineste perodo que ocorreu uma reforma na constituio florentinatornando o cargo de gonfaloneiro vitalcio. Ele era ocupado por PieroSoderini, de quem Maquiavel tornou-se prximo.

    Nesse meio tempo, Csar Brgia conquistou a seus prprioscondottieri Citt di Castello e Bolonha. Temendo o duque, estes sereuniram em Mangione para conspirar contra ele. Csar Brgia solicitou a Florena um embaixador para negociaruma aliana e enviaram-lhe Maquiavel, sem poderes de embaixador, em 5 de outubro de 1502, apenas com aincumbncia de entregar os conjurados, afirmando que eles haviam convidado Florena para participar daconspirao, mas que esta havia se negado.

    A 9 de dezembro, Csar Brgia marchou para Cesena com a inteno de dar fim ao conluio. L, mandou prender seulugar-tenente, Ramiro de Lorque, que apareceu morto no dia seguinte. Dirigiu-se para Pesaro e depois, para Fano,ordenando que Orsini e Vitellozzo Vitelli, dois de seus subordinados, conquistassem Sinagaglia aonde, juntamentecom Oliverotto de Fermo deveriam aguard-lo. Foi a que, ao chegar com suas tropas, mandou prender e, mais tarde,executar os trs. Desse acontecimento deu Maquiavel sua anlise no escrito: "Descrizione Del modo tenuto dal ducaValentino nell' ammazzare Vitellozzo Vitelli, Oliverotto da Fermo, il Signor Paolo e il Duca di Gravina Orsini"(1502).Pedindo ajuda florentina, mas sem esper-la, partiu para conquistar Citt di Castello, Perugia, Corinaldo,Sassoferrato e Gualdo, de onde Maquiavel foi chamado de volta por ter sido nomeado um embaixador. Chegou aFlorena em 23 de janeiro de 1508. Com a morte de Alexandre VI e tendo Jlio II se tornado Papa, Csar Brgiaperdeu seu apoio e veio a se enfraquecer. Feito prisioneiro duas vezes, morreu lutando pelo exrcito de Navarra, masa figura de Csar Brgia ficaria marcada para Maquiavel como a do perfeito representante de seu prncipe.[9][10]

    Guarda florentinaCom a morte de Csar Brgia, surgiu um novo problema: a expanso da Repblica de Veneza pela Romanha quesurpreendeu o Papa, os florentinos e o imperador Maximiliano. Sentindo os perigos externos se avolumarem e, poroutro lado, conhecendo a ineficincia das tropas mercenrias, Maquiavel solicitou a Soderini a permisso para criarum exrcito formado por cidados de Florena. Recebida a autorizao aps alguma resistncia, iniciouimediatamente seus trabalhos e apenas cinco meses depois, em 15 de fevereiro de 1506 as novas tropas desfilaram naPiazza della Signoria. Pouco antes havia terminado o Decennale primo, poema de 550 versos em "tera rima" quenarravam os ltimos dez anos e ao qual se seguiria o Decennale secondo (em 1509).Por essa poca, o Papa Jlio II decidiu retomar os domnios da Igreja conquistados por Veneza e pelos homens de Brgia: Baglioni e Bentivoglio. Marchando contra eles, pediu ajuda de Florena mediante envio de tropas. Sem querer desguarnecer Pisa ou desgostar o Papa, decidiu-se enviar Maquiavel para ganhar tempo. Ele acompanhou o papa at Perugia, onde assistiu espantado rendio de Baglioni, pois no compreendia como ele havia deixado

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    passar a oportunidade de prender o Papa, na sua viso, um prncipe invadindo seus domnios como outroqualquer.[11] No estava presente a tomada da Bolonha por que Florena finalmente enviou as tropas solicitadas,bem como um embaixador para substitu-lo.

    Queda de SoderiniNesse perodo, Maximiliano I declarou ter a inteno de conquistar a Itlia para restaurar o antigo Sacro ImprioRomano-Germnico fazendo-se coroar em Roma. Com isso, os florentinos decidiram enviar representantes parasaber a que custo poderiam preservar a cidade. Maquiavel e Francesco Vettori que se tornariam amigos da emdiante foram encarregados dessa negociao e chegaram corte em janeiro de 1508.No entanto, no permaneceram durante muito tempo, pois Maximiliano seria derrotado pela Repblica de Veneza.Maquiavel retornou em junho do mesmo ano e passou a organizar as operaes contra a Repblica de Pisa, vencidaem 4 de junho de 1509, aps 15 anos de guerra. Da experincia com a viagem ao imprio, Maquiavel escreveria o"Ritratti delle cose dell'Alemagna" (1508-1512).Entrementes as hostilidades entre o papa e Veneza chegaram ao mximo e a ltima acabou derrotada pela Liga deCambrai. Por outro lado, decidindo que no poderia deixar a Itlia cair em mos estrangeiras, o papa formou umaaliana com a Espanha e Veneza contra a Frana.Os florentinos que sempre contaram com a ajuda do rei francs e que no queriam desagradar o papa viram-sedivididos. Maquiavel foi enviado corte francesa para explicar a prudncia dos florentinos apesar da exigncia do reide que esta se declarasse a seu favor. Sem sucesso, retornou em outubro de 1510 com a certeza de que haveria umaguerra entre a Frana e os Estados da Igreja.Aps Lus XII ter convocado um conclio cismtico e este decidido reunir-se em Pisa, domnio florentino, o papaameaou Florena com a excomunho e Maquiavel teve que negociar o afastamento da reunio. Apesar do sucessoda misso os padres dirigiram-se para Milo o papa resolveu dar fim ao governo de Soderini. Uniu-se ao rei deArago contra a Frana e como Florena se recusou a apoi-lo, a Dieta de Mntua atacou a cidade e destituiuSoderini, trazendo os Mdici de volta ao poder.

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    Escrita das principais obras

    Papa Jlio II, retrato de Rafael Sanzio, 1512, NationalGallery, Londres.

    Em 7 de novembro de 1512, Maquiavel foi demitido sob aacusao de ser um dos responsveis por uma poltica anti-Mdicie grande colaborador do governo anterior. Foi multado em milflorins de ouro e proibido de se retirar da Toscana durante um ano.

    Para piorar sua situao, no ano seguinte dois jovens, AgostinoCapponi e Pietropolo Boscoli, foram presos e acusados deconspirarem contra o governo. Um deles deixou cairinvoluntariamente uma lista de possveis adeptos do movimentorepublicano, entre os quais estava o de Maquiavel, que foi preso etorturado.[12] Para sua sorte, com a morte do papa Jlio II em 21de fevereiro de 1513 e a eleio de Joo de Mdici, um florentino,como Leo X, todos os suspeitos de conspirao foram anistiadoscomo sinal de regozijo e com eles Maquiavel, depois de passar 22dias na priso.

    Libertado, seguiu para uma propriedade em Sant'Andrea inPercussina distante sete quilmetros de San Casciano. Foi duranteesse ostracismo e inatividade, o qual duraria at sua morte, que eleescreveu suas obras mais conhecidas: "O Prncipe" e os"Discursos sobre a primeira dcada de Tito Lvio" (1512-1517).

    Foi tambm nesse perodo que conheceu vrios escritores no Jardim Rucellai, crculo de literatos, e se aproximou deFrancesco Guicciardini apesar de j conhec-lo h tempos. Entre os escritos desse perodo esto o poema Asino d'oro(1517), a pea A Mandrgora (1518), considerada uma obra prima da comdia italiana,[13] e Novella di Belfagor(romance, 1515), alm de vrios tratados histrico-poltico, poemas e sua correspondncia particular (organizadapelos descendentes) como Dialogo intorno alla nostra lngua (1514), Andria (1517), Discorso sopra il riformare lostato di Firenze (1520), Sommario delle cose della citta di Lucca (1520), Discorso delle cose florentine dopo lamorte di Lorenzo (1520), Clizia, comdia em prosa (1525), Frammenti storici (1525) e outros poemas como Sonetti,Canzoni, Ottave, e Canti carnascialeschi.

    Com a morte de Loureno II em 1520, Jlio de Mdici assumiu o poder em Florena. Ele via Maquiavel commelhores olhos que seus antecessores e o contratou como historiador da repblica para escrever uma Histria deFlorena, obra a qual dedicaria os sete ltimos anos de sua vida. Nesse mesmo ano, ele estava ocupado escrevendo AArte da Guerra (1519-1520). E a partir de uma viagem a trabalho a Lucca que ele escreveu a "Vita di CastruccioCastracani da Lucca" (1520).Aps a queda dos Mdici em 1527 com a invaso e saque de Roma por tropas espanholas, a repblica instalou-senovamente na cidade, mas Maquiavel viu mais uma vez suas esperanas de voltar a servir cidade serem desfeitaspois havia trabalhado para os Mdici e foi tratado com desconfiana pela nova repblica. Poucos dias depois, ficoudoente, sentindo dores intestinais, e morreu obscuramente sendo enterrado no tmulo da famlia na Igreja de SantaCroce em Florena.

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    O Prncipe

    Folha de rosto da edio de 1550 de O Prncipe e de A vida deCastruccio Castracani da Lucca, de Nicolau Maquiavel

    O "Prncipe" provavelmente o livro mais conhecido deMaquiavel e foi completamente escrito em 1513, apesar depublicado postumamente, em 1532. Teve origem com aunio de Juliano de Mdici e do Papa Leo X,[14] com aqual Maquiavel viu a possibilidade de um prncipefinalmente unificar a Itlia e defend-la contra osestrangeiros, apesar de dedicar a obra a Loureno de MdiciII, mais jovem, de forma a estimul-lo a realizar estaempreitada. Outra verso sobre a origem do livro, diz queele o teria escrito em uma tentativa de obter favores dosMdici, contudo ambas as verses no so excludentes.

    Est dividido em 26 captulos. No incio ele apresenta ostipos de principado existentes e expe as caractersticas decada um deles. A partir da, defende a necessidade doprncipe de basear suas foras em exrcitos prprios, noem mercenrios e, aps tratar do governo propriamente ditoe dos motivos por trs da fraqueza dos Estados italianos,conclui a obra fazendo uma exortao a que um novoprncipe conquiste e liberte a Itlia. Em uma carta ao amigoFrancesco Vettori, datada de 10 de dezembro de 1513,Maquiavel comenta sobre o escrito:

    E como Dante diz que no se faz cincia semregistrar o que se aprende, eu tenho anotado tudo nas conversas que me parece essencial, e compus umpequeno livro chamado De principatibus, onde investigo profundamente o quanto posso cogitar desse assunto,debatendo o que um principado, que tipos de principado existem, como so conquistados, mantidos, e comose perdem.

    Carta de Nicolau Maquiavel a Francesco Vettori de 10 de Dezembro de 1513.[15]

    Discursos sobre a primeira dcada de Tito LvioOs "Discursos sobre a primeira dcada de Tito Lvio" opem-se a "O Prncipe" pelo tema, apesar de amboscompartilharem alguns conceitos. Foram pensados como anlise e comentrio a toda a obra de Tito Lvio,[16] maspermaneceram incompletos, no passando da primeira dcada.Esta obra surgiu da vontade do autor de comparar as instituies da antiguidade, em especial as da Roma clssica,com as de Florena no perodo.[17] Assim, seguindo a obra de Tito Lvio, analisa como surgem, se mantm e seextinguem os Estados. Ficou assim dividido em trs partes, estudando na primeira a fundao e a organizao, emseguida o enriquecimento e a expanso e por fim sua decadncia.

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    Interpretaes comunsA obra de Maquiavel relaciona-se diretamente com o tempo no qual foi produzida. O mtodo utilizado por ele rompecom a tradio medieval ao fundamentar-se no empirismo e na anlise dos fatos recorrendo a experincia histricada Roma Antiga ganha por ele em seus estudos. Alm disso, ele foi o primeiro a propor uma tica para a polticadiferente da tica religiosa, ou seja, a finalidade da poltica seria a manuteno do Estado.O primeiro a se pronunciar sobre sua obra foi o cardeal ingls Reginald Pole, se dizendo horrorizado com ainfluncia que ela teria sobre Thomas Cromwell.[18] Os jesutas o acusaram de ser contra a Igreja e convenceram oPapa Paulo IV a coloc-lo no Index Librorum Prohibitorum em 1559.[18] Na Frana, um huguenote chamadoInnocent Gentillet escreveu uma obra na qual o acusou de atesmo e, seus mtodos, de causadores do Massacre danoite de So Bartolomeu. Esta obra foi muito difundida na Inglaterra, contribuindo para a viso apresentada no teatrodo sculo XVI. Em geral seus crticos se basearam em O Prncipe, analisando a obra isoladamente das demais obrasde Maquiavel e sem levar em conta o contexto no qual foi produzida.Houve tambm aqueles que quiseram conciliar seu pensamento com a Igreja ou torn-lo um nacionalista; sem muitosucesso, pois manipulavam seu pensamento da mesma forma.[18] No presente, as anlises feitas procuram levar emconta principalmente os Discursos sobre a primeira dcada de Tito Lvio e sua A Arte da Guerra, contextualizandoseus escritos e declarando que Maquiavel no inventou uma teoria poltica, apenas descreveu as prticas que viurefletindo sobre elas.[19]

    Conselheiro de tiranos

    Busto de Maquiavel em Florena no Palazzo Vecchio.

    Essa anlise comeou a difundir-se com a Reforma e aContra-Reforma. Se at ento suas obras eram ignoradas, a partirda, o autor e suas obras passaram a ser vistos como perniciosos,sendo forjada a expresso "os fins justificam os meios", noencontrada em sua obra.[20][21]

    Essa interpretao est ligada tambm a viso de seus escritoscomo base terica do absolutismo, ao lado de Thomas Hobbes eJacques-Bnigne Bossuet, sem, no entanto, contemplar-se osDiscursos sobre a primeira dcada de Tito Lvio em que fazelogios forma republicana de governo.

    Em sua obra O Prncipe, defendeu a centralizao do poderpoltico e no propriamente o absolutismo. Suas consideraes erecomendaes aos governantes sobre a melhor maneira deadministrar o governo caracterizam a obra como uma teoria doEstado moderno.

    Uma leitura apressada ou enviesada de Maquiavel poderialevar-nos a entend-lo como um defensor da falta de tica na poltica, em que "os fins justificam os meios". Paraentender sua teoria necessrio coloc-lo no contexto da Itlia renascentista, em que se lutava contra osparticularismos locais. Durante o sculo XVI, a pennsula Itlica estava dividida em diversos pequenos Estados,entre repblicas, reinos, ducados, alm dos Estados da Igreja. As disputas de poder entre esses territrios eraconstante, a ponto de os governantes contratarem os servios do condottieri (mercenrios) com o intuito de obterconquistas territoriais.

    Foi muito difundida no sculo XVI e encontram-se aproximadamente 400 peas[22] que citam Maquiavel, todasvinculando seu nome maldade, a ardilosidade e a falta de escrpulos. William Shakespeare, por exemplo, o colocaem uma fala de Ricardo, Duque de Gloucester na sua pea Henrique VI[23]

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    Conselheiro do povoUma segunda interpretao diz que ao escrever O Prncipe, Maquiavel tentava alertar o povo sobre os perigos datirania, tendo entre seus adeptos, Baruch de Espinoza e Jean-Jacques Rousseau. Este ltimo escreveu "() o queMaquiavel fez ver com evidncia. Fingindo dar lies aos reis, deu-as, e grandes, aos povos."[24] Foi defendidarecentemente por estudiosos da obra dele como Garret Mattingly.H os que afirmam ser "O Prncipe" uma stira dos costumes dos governantes ou que o autor no acreditaria no queescreveu, baseando esta afirmao na preferncia que teria Maquiavel pela Repblica como forma de governo.Contudo o autor tambm faz crticas a Repblica.[25][26]

    NacionalistaNo cenrio da Europa do sculo XIX, durante as Guerras Napolenicas, com a Alemanha e a Itlia fragmentadas ecom os nacionalismos internos surgindo, forma-se a viso de Maquiavel como um nacionalista exaltado, disposto atudo pela unio e defesa da Itlia. A obra de Maquiavel revela a conscincia diante do perigo da diviso poltica dapennsula em vrios estados, que estariam expostos merc das grandes potncias europias.Hegel, Herder, Macaulay e Burd foram alguns de seus defensores,[27] certamente fundamentando sua interpretaono captulo final de O Prncipe em que Maquiavel faz uma apaixonada defesa de uma Itlia unificada, afirmando queum povo s pode ser feliz e prspero se estiver unido.

    PensamentoMaquiavel no foi um pensador sistemtico.[28][29] Ele utiliza o empirismo para escrever atravs de um mtodoindutivo e pensa em seus escritos como conselhos prticos, sendo alm disso antiutpico e realista.[28] A teoria nose separa da prtica em Maquiavel.[29] Os conceitos desenvolvidos por ele rompem com a tradio medievalteolgica e tambm com a prtica, comum durante o Renascimento, de propor Estados imaginrios perfeitos, osquais os prncipes deveriam ter sempre em mente. A partir da observao da poltica de seu tempo e da comparaodesta com a da Antiguidade vai formular o seu pensamento por acreditar na imutabilidade da natureza humana.

    Virt e fortuna

    Os conceitos de virt e fortuna so empregados vrias vezes por Maquiavel em suas obras. Para ele, a virt seria acapacidade de adaptao aos acontecimentos polticos que levaria permanncia no poder. A virt seria como umabarragem que deteria os desgnios do destino. Mas segundo o autor, em geral, os seres humanos tendem a manter amesma conduta quando esta frutifica e assim acabam perdendo o poder quando a situao muda.[30]

    A idia de fortuna em Maquiavel vem da deusa romana da sorte e representa as coisas inevitveis que acontecem aosseres humanos. No se pode saber a quem ela vai fazer bens ou males e ela pode tanto levar algum ao poder comotir-lo de l, embora no se manifeste apenas na poltica. Como sua vontade desconhecida, no se pode afirmar queela nunca lhe favorecer.[31]

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    Histria

    O tmulo de Maquiavel na Baslica da Santa Cruz.

    Maquiavel escreve histria mais como pensadorpoltico do que como historiador.[32] Assim eleno se preocupa tanto com a referncia precisa deafirmaes contidas nas suas obras, ainda quetenha ido aos arquivos de Florena - prticaincomum na poca - e deixa transparecer nas suasobras histricas a defesa de algumas das suasideias atravs da narrao dos factoshistricos.[33] Ele tambm acredita que a histriase repete, tornando a sua escrita til comoexemplo para que os homens, tentados a agirsempre da mesma maneira, evitassem cometer osmesmos erros.[34][35]

    Assim, enquanto alguns dos seus bigrafosatribuem-lhe os fundamentos da escrita modernada histria,[32] outros admitem que ele nopossua uma viso crtica o suficiente para poderseparar os factos histricos dos mitos e aceitoucomo verdade, por exemplo, a fundaomitolgica de Roma,[35] Outros, ainda,atribuem-lhe uma "concepo dogmtica eingnua da histria".[35]

    tica

    A tica em Maquiavel se contrape tica crist herdada por ele da Idade Mdia. Para a tica crist, as atitudes dosgovernantes e os Estados em si estavam subordinados a uma lei superior e a vida humana destinava-se salvao daalma. Com Maquiavel a finalidade das aes dos governantes passa a ser a manuteno da ptria e o bem geral dacomunidade, no o prprio, de forma que uma atitude no pode ser chamada de boa ou m a no ser sob umaperspectiva histrica.[36]

    Reside a um ponto de crtica ao pensamento maquiavlico, pois com essa justificativa, o Estado pode praticar todotipo de violncia, seja aos seus cidados, seja a outros Estados. Ao mesmo tempo, o julgamento posterior de umaatitude que parecia boa, pode mostr-la m.[37]

    Natureza humanaPara ele, a natureza humana seria essencialmente m e os seres humanos querem obter os mximos ganhos a partirdo menor esforo, apenas fazendo o bem quando forados a isso.[38] A natureza humana tambm no se alteraria aolongo da histria[38] fazendo com que seus contemporneos agissem da mesma maneira que os antigos romanos eque a histria dessa e de outras civilizaes servissem de exemplo. Falta-lhe um senso das mudanas histricas.[26]

    "Mesmo as leis mais bem ordenadas so impotentes diante dos costumes" ()[39]

    Nicolau Maquiavel

    Como consequncia acha intil imaginar Estados utpicos, visto que nunca antes postos em prtica e prefere pensar no real.[26] Sem querer com isso dizer que os seres humanos ajam sempre de forma m, pois isso causaria o fim da

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    sociedade, baseada em um acordo entre os cidados. Ele quer dizer que o governante no pode esperar o melhor doshomens ou que estes ajam segundo o que se espera deles.[38]

    [1][1] ESCOREL, Lauro. Introduo ao pensamento poltico de Maquiavel. Braslia: Editora Universidade de Braslia, 1979. p. 19.[2][2] RIDOLFI, Roberto. Biografia de Nicolau Maquiavel. So Paulo: Musa Editora, 2003. p.19. ISBN 85-85653-67-1[3] RIDOLFI, Roberto., op. cit., pp. 31-37[4][4] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 25.[5] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 26.[6] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 27.[7] RIDOLFI, Roberto., op. cit., p.51[8] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 34.[9] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 33.[10] BIGNOTTO, Newton. Maquiavel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003. p. 20. ISBN 85-7110-743-2[11] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 41.[12] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 46.[13] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 51.[14] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 66.[15] Niccol Machiavelli. Lettere (http:/ / www. classicitaliani. it/ machiav/ mac64_let_05. htm). Acessado em 23 de Setembro de 2006.[16] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 48.[17] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 71-72.[18] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 62.[19] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 64.[20] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 97[21] BIGNOTTO, Newton., op. cit., p. 25[22] BARROS, Vincios Soares de Campos. Introduo a Maquiavel Uma teoria do Estado ou uma Teoria do Poder?. So Paulo: Edicamp,

    2004. p. 15. ISBN 85-88513-45-5[23] BARROS, Vincios Soares de Campos., op. cit., p. 94.[24] BARROS, Vincios Soares de Campos., op. cit., p. 18[25] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 48-49.[26] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 74.[27] BARROS, Vincios Soares de Campos., op. cit., pp. 19-20.[28] ESCOREL, Lauro., op. cit., pp. 11-14.[29] PINZANI, Alessandro. Maquiavel & O Prncipe. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. pp. 16-19. ISBN 85-7110-801-3[30] BIGNOTTO, Newton., op. cit., pp. 23-26[31] BIGNOTTO, Newton., op. cit., pp. 26-28[32] RIDOLFI, Roberto., op. cit., p. 226[33] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 53.[34] BIGNOTTO, Newton., op. cit., pp. 18-19[35] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 73.[36] ESCOREL, Lauro., op. cit., pp. 93-101.[37] ESCOREL, Lauro., op. cit., p. 107.[38][38] BIGNOTTO, Newton., op. cit., p. 19-20[39] jornal O Estado de So Paulo, edio de 8 de maro de 2009 (Caderno 1), pag 2, Gaudncio Torquato

    Bibliografia ABRAHO, Miguel M.. O Strip do Diabo. So Paulo:Agbook, 2009. ISBN BATH, Srgio. Maquiavelismo: a prtica poltica segundo Nicolau Maquiavel. So Paulo:Editora tica, 1992.

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    Ligaes externas Audiobook de uma de suas obras Belfagor (http:/ / www. livrofalado. org/ litera/ belfagor. mp3) Obras de Nicolau Maquiavel (http:/ / www. intratext. com/ Catalogo/ Autori/ Aut242. HTM) (em ingls): textos

    com concordncias e lista de freqncia. O Prncipe Nicolau Maquiavel por completo com as notas do penhasco (http:/ / www. machiavellitheprince. com)

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