Livro Infantil - 0 Cicio da Vida -...

70
Andre F Stevam Livro Infantil - 0 Cicio da Vida Curitiba UTP 2005

Transcript of Livro Infantil - 0 Cicio da Vida -...

Andre F Stevam

Livro Infantil - 0 Cicio da Vida

CuritibaUTP2005

Andre F Stevam

Livro Infantil - 0 Cicio da Vida

Trabalho de Conclusao de Cursoapresentadoao Curso de Design, habilita,ao emDesign GraficQ, comorequisito parcial para a obtenr;ao dograu de Designer Gratico daUTP, Universidade Tuiuti do Parana,orientado pelo Professor JoaquinFernandez Presas e Leandro Roth.

CuritibaUTP2005

SUMARIO

Lista de FigurasResumo.Abstract

INTRODUc;:Ao ..Fotografia do produto .

REVISAO BIBLIOGRAFICA .o Inicio da educac;ao no Brasil ...A participac;ao dos Jesuitas .Educac;ao .PedagogiaPensadoresJoao Pestalozizi

Jean PiagetVygosky

Henri WallonConstrutivismoTeorias de aprendizagem S-ROa a~ao para a conceituac;aoFormac;ao de conceitosGestalt .

Cognitivismoo jogo infantil .....Experiencia I transmissao culturalA pedagogia ativa .as principios diretores .....As bases da psicologia de Piaget .

Organizac;ao experimental ...Conceitos-chave .A pedagogia crista.. .A doutrina espiritaA descoberta do espiritoHipolyte Leon Denizard Rivail

....... vii.viii

....... ix

.. 01...... 02

.......03......... 03.. 04

..05.....05

................... ..05......... 05....... 06....... 06

................ 07............. 08

......... 09...... 09.....10

......... 12..12

......... 13.. 14

.........15.. 15

.. 16.. 16..1718

.. 19.... 19.20

vi

Pedagogia espiritaChico Xavier .o que e designDesign GrafieQ .

o livro.

...... 22...23.. ..25

........ 25....28

MATERIAlS E METODOS DE PESQUISA

Levantamento de similares ....

..29..................... 29

..................................... . 30....................................................... ..31

.. 32.33

.. 34. 34

. .41.. .44

.....45..45

Introdu9ao ".Metodologia ..Pesquisa ..Publico alvoProblema.

Similares diretos ..Similares indiretos ..Parametros e requisitos .Analise da tarefa .Conceito .

RESULTADOSGera9ao de alternativasStory BoardColoriza9ao das cenas .Criterios de sele9aoDiagrama9ao ....

..46................. .. .46................................................... .49

...... 51....... 54...... 55

DISCUSS.A.O ...... 57

CONCLusAo E RECOMENDAC;;OES .

REFER~NCIAS BIBLIOGRAFICAS .

......58

....59

vii

Usta de Figuras

figura 01: Fotografia do produto.. . 2Figura 02: APOIO - AssociaQao Paranaense de Orientacao Integrac;::ao e Oncios 31Figura 03: APOIO - Parte Interna da Instituicilo. . . 32Figura 04: APOIO - Sala de aula.. . 33Figura 06: Livro de Evangelizacilo - FEP . 35Figura 07: Livro Graos de Mostarda. ". . 35Figura 08: Livro Graos de Mostarda.. . 36Figura 09: 0 Livros dos Espiritos 1 - l' Parte. . . 36Figura 10: 0 Livros dos Espfritos 1 _1° Parte. . . 37Figura 11: 0 Livros dos Espiritos 1 - 1° Parte. . . 37Figura 12: 0 Verdadeiro Amigo n' 23. - Capa 38Figura 13: 0 Verdadeiro Amigo nO 23 - Verso.. . 38Figura 14: Conteudo do livra - 0 Verdadeiro Amigo nO 23 39Figura 15: 0 livra - Conhecendo Jesus.. . 39Figura 16: 0 livro - Conhecendo Jesus. . . ,.. .40Figura 17: 0 livra - Brincar com Jesus.. . AOFigura 18: 0 livro - Conhecendo Jesus. . . A 1Figura 19: 0 livro - Conhecendo Jesus .41Figura 20: Folder FEP .42Figura 21: Almanaque da Magali.. 42Figura 22: Almanaque da Magali.. . .43Figura 23: Apoio - Aula de evangelizacao. .. . .45Figura 24: estudo de paginayao . .. .46Figura 25: estudo de cores. . .46Figura 26: estudo de diagramacilo... . .47Figura 27: Estudo de personagem e colorizac;ao.. . .47Figura 28: Estudo de diagramayao pagina de tarefas... . .48Figura 26: Estudo de cena e personagem.. .. .48Figura 29: Estudo de personagens.. . .48Figura 30: Story board.. . .49Figura 31: Story board.. . 49Figura 32: Story board.. . 50Figura 33: Story board 50Figura 34: 1° cena.. . 51Figura 35: 7° cena 51Figura 36: 10° cena.. .. 52Figura 37: 13' cena.. . 52Figura 38: 15° cena.. .. 53Figura 39: 16' cena.. . 53Figura 40: Diagrama(fao da pagina.. . " 55Figura 41: Exemplo da Diagramacao da pagina. . . 56Figura 42: pagina de tarefas... .. 56

viii

Resumo

Este projeto visa a elaboray8o de urn livro voltado a educ8C;3o infant\! com enfase naDoutrina Espirita.

Visando uma maior percepC;3o do usuario foi utilizado uma linguagem pedag6gica eilustrayoes que reforyam a mensagem escrita. Segundo Vygotsky e partindo doprincipia que a crian9a aprende atraves de experiemcias vivid as e que a abson;ao doconhecimento e em espiral e sendo que 0 meio e de grande inftuencia, 0 canceito dolivro esta sendo baseado no Construtivismo, na Pedagogia Ativa e Doutrina Espiritavisando suprir as necessidades cognitivas da crianc;a.

A tecnica de aquarela foi utilizada para ilustrar os desenhos, sendo esta tscnicaconhecida tambem como aguada au mancha aonde visa utilizar eSp8ctOS em branCDpara ressaltar a luz do desenho. Sendo esta utilizada na propor~o de dois terc;os dalamina da area do livro.

o Livro mede 230mm por 255mm; sendo impresso em papel: cartao supremo300g/m2 e cauche image matte 145 g/m2

a roteiro da historia visa a dramatizayao da vida, tendo 0 persona gem a lagartinhaque nasce num jardim distante e tern como objetivo encontrar 0 pornar, nesta buscapassa por alguns desafios. Sendo a vida urn processo ciclico, depois de chegar aopomar esla se prepara para retornar ao jardim agora como uma borboleta,completando assim a cicio da vida. Para fixar melhor a mensagern, ao decorrer dolivro fcram utilizadas tarefas aonde 0 usuario se ambienta ao contexto.

Este livro e indicado a crianyas de 08 a 12 anos e como material de apoio aevangeliza<;:ao espirita.

Palavras chave: Literatura infanto-juvenil, doutrina espirita crista

ix

Abstract

This project aims the elaboration of a book directed do the infantile education withemphasis in the Spirit Doctrine.

Aiming a bigger perception of the user it was used a pedagogical language andillustrations that strengthen the written message. Following Vygotsky and by theprinciple that the child learns through lived experiences and that the absorption of theknowledge is in spiral and the surrounding is of great influence, the concept of thebook is based in the Construtivism, in the Active Pedagogic and Spirit Doctrineaiming supply the cognitivas necessities of the child.

The watercolor technique was used to illustrate the drawings, being this techniquealso known as watery or spot where aims to use blank spaces to stand out the lightof the drawing. Being this used in the ratio of 2/3 of it in the plates of the area of thebook.

The Book measures 230 mm for 255 mm; being printed in paper: supreme card300g/m2 and couche image matte 145 g/m2.

The script of the history aims the drama of life, having as the personage a"Iagartinha" that it is born in a distant garden and it has as objective to find theorchard, in this search passes for some challenges. Being the life a cyclical process,after arriving at the orchard it prepares to return now to the garden as a butterfly,completing the cycle of life. To fix the message better, during the book there is tasksto put user togheter to the context.

This book is indicated to children of 08 to 12 years and as a material of support to thespirit evangeliza9ao.

Key-words: infantile and youthful literature, christian spirit doctrine.

INTRODU<;:AO

He. uma necessidade em participar na educa(fao enos valores morais nas crianC;8s,acreditando que podemos contribuir para urn futuro melhor e uma sociedade maisjusta, fo; desenvolvido este livro dedicando-se a constrUy80 de uma conscienciasobre 0 cicio da vida e seus desafios. 0 publico indicado sao crianC;8s de 8 a 12anos.

o livra narra uma historia que visa identificar na crian98 fates rea is, ativando a suapercepc;ao aD meio em que nasceu, familia, objetivo da vida e valores morais. 0texto esta escrito em dois roteiros 0 10 texto narra a tabula 0 2° texto a compreensaoda cena. Dentro do livra ha algumas tarefas que ajudam a frisar a mensagem.

A historia do livre narra a vida de uma lagariinha que tern como objetivo chegar aopamar, neste trajeto encontra desafios e descobre que a vida e cheia deoportunidades, ao chegar ao tapa da arvore esta constr6i a casulo, se transformanuma linda borboleta e percebe que a algo diferente aconteceu, nesta cena aborboleta descobre que a vida e um cicio. Esta retorna ao jardim aonde nasceu e umnovo cicIo se inicia.

Foram pesquisados na bibliogrilfica a educa,ao no Brasil, tendencias pedagogicas,pensadores na area de educac;:ao, teoria de aprendizagem, formay8o de conceitos,Doutrina Espirita, deSign gratico, hist6ria do livre e tecnica de aquarela.

o contexto pedagogico tem influencia nos pensadores . Pestalozzi, Piaget,Vygotsky, Wallon e Kardec

Conceitos utilizados: Construtivismo, Pedagogia Ativa e Doutrina Espirita.

o Livro foi ilustrado com tecnica de mancha em aquarela, sendo este nas seguintespropor,6es 460mm x 255mm formato da lamina, impresso em cores CMYK,produzido em papel duplex 350grs para a capa, laminada e papel couche brilhoso145grs para 0 miolo. Sendo 11 laminas no total de 44 paginas.

· Fotografia do produtofigura 01.

2

REVISAo BIBLIOGRAFICA

o Inicio da educa"ao no Brasil

"A educ8yao era feita pelos jesuitas, que fcram os primeiros que abriram aulas nomundo descoberto por Cabral. Em seus coh~gjos instituiram aulas, onde ensinavamos elementos da instru9ao e entregavam-se com tode 0 zela a educac;ao damocidade, de sorte que entre as servic;os importantes que prestaram esses padres aterra de Santa Cruz e preciso nao esquecer 0 ensina que distribuiam a juventude".

Eram as aulas desses regulares as (micas no abandono completo em que Portugaldeixava viver em sua colonia. Nas capitanias em que tinham colegios ensinavamgratuitamente Gramatica Latina, Filosofia, Teologia Dogmatica e Moral, primeirasletras e Matematicas Elementares. E essas disciplinas eram exercidas porprofessores de verdadeiro merecimento. Davam graus cientificos, literarios eteol6gicos, entre outros 0 de Mestre em Artes, que era entao mais estimado do quee hoje 0 de doutor por qualquer academia. No colt"gio da Bahia, alem daquelasaulas, criaram logo a de Ret6rica.

No Colegio de Piratininga, depois chamado de Sao Paulo, ostentou todo 0 seu zeloe manifestou sua dedicay80 evangelica 0 padre Jose de Anchieta.

Encarregado do ensina dos neofitos, escrevia, na falta de livros, as 1iyoes noscadernos que distribuia por cada aluno. Aprendiam assim os jovens catecumenos eos filhos dos colonos os principios das linguas portuguesa, espanhola, latina ebrasilica ou tup;, indispensavel para 0 trato com os indigenas. E para ensinarem estaultima disciplina abriram os jesuitas escotas, que freqOentavam chamandograciosamente, Iii entre si, a lingua indlgena de grega.

Para derramar na alma dos disci pulos as sas virtudes da fe e da caridadecompunham eles romances ou antes baladas todas base ad as na moral crista.

Entoavam hinos sag rados, que eram repetidos pelos meninos indios de ambos ossexos, desenvolvendo neles 0 amor pel a religiao e a inclinayc30 para a musica. Eassim conseguiram muito. Bern conheciam eles a utilidade do meio queempregavam. Dizia 0 padre Manuel da N6brega: "Com a musica e a harmoniaatrevo-me a atrair a mim todos os indios da America". Introduziram tambem asrepresenta<;6es teatrais, como flzeram em Coimbra e em Evora.(Azevedo, p.141-142.)

A participa~ao dos jesuitas

A Companhia de Jesus foi fundada por Inacio de Loyola, em 1534, dentro domovimento de reayao da Igreja Catoliea contra a Reforma protestante. Seu principalobjetivo era deter 0 avan90 protestante em, duas frentes:atraves da educac;ao das novas gerac;6es: por meio da 8c;ao missionaria, procurandoconverter a fe cat61ica as pavos das regioes que estavam sendo colonizadas.

o primeiro grupo de jesuitas chegou ao Brasil em 1549. junta mente com a primeirogovernador-geral, Tome de Sousa. Chefiados pelo Padre Manuel da Nobrega, osjesuitas que aqui iniciaram suas atividades procuravam alcanc;ar seu objetivomissionario, ao mesma tempo em que S8 integravam a pOlitica colonizadora do reide Portugal

No Brasil, as jesuitas dedicararn-se a duas tarefas principais: a prega9ao da fecat61ica e 0 trabalho educativD. Com seu trabalho rnissionario, procurando salvar asalmas, abriam caminho a penetra980 dos colonizadores; com seu trabalhoeducativ~, ao mesmo tempo em que ensinavam as primeiras letras e a Gramaticalatina, ensinavam a doutrina cat6lica e os costumes europeus.

De Salvador, onde chegaram em 1549, os jesuitas espalharam-se rapidamentepelas varias regioes brasileiras, primeiro para 0 sui e depois para 0 norte. Ao seremexpulsos, em 1759, mantinham 36 missoes, escolas de ler e escrever em quasetodas as povoa90es e aldeias par onde se espalhavam suas 25 residemcias, alem dedezoito estabelecimentos de ensino secundario, entre colegios e seminarios,loealizados nos pontos mais importantes do Brasil: Bahia, Sao Vicente (depois, SaoPaulo), Rio de Janeiro, Olinda, Espirito Santo, Sao Luis, IIheus, Recife, Paraiba,Santos, Para, Colonia do Sacramento, Florianapolis (Desterro), Paranagua, PortoSeguro, Fortaleza, Alcantara e Vigia.

Alem do Padre Manuel da Nobrega, merece destaque 0 Padre Jose de Anchieta,fundador e primeiro professor do Colegio de Sao Paulo de Piratininga (25 de janeirode 1554). Jose de Anehieta nao foi apenas missionario e professor; notabilizou-sepor seus poem as e pe<;as teatrais e por ter escrito a primeira Arte da Gramatica dalingua mais falada na costa do Brasil, que era 0 tupi.(Piletti, 1985).

4

Educa9ao

Transmissao as gerac;:6es daquilo que consideramos valido nas aquisic;:oes daespecie e pode mesmo pretender preparar as seus futuros progressos, e obrahumana primordial que requer suprema largueza de vistas. Uma Pedagogia esempre 0 acabamento de uma Filosofia. Qualquer Filosofia tende sempre a S8

completar numa Pedagogia. (Pires, J. Herculano, 1990)

Pedagogia

Teoria da Educa9iio; conjunto de doutrinas e principios que visam a urn programa de8lfao; estudo dos idea is da Educ8<;:ao, segundo uma determinada concepC;8o devida, e dos meies (processos e tecnicas) mais eficientes para realiza-Ios.

A Pedagogia e uma teoria pratica, au seja, uma teoria que tem par objeto relletirsabre os sistemas e as processos da educ8c:;ao, visando a apreciar a sua validade epar esse meio esclarecer e dirigir a 8980 dos educadores.

Pensadores

Joao Pestalozzi (1746" 1827)

Nasceu em Zurique, Suic;:a. Exerceu grande inOuencia no pensamento educacional efoi um grande adepto da educa,ao publica.

Democratizou a educ8yao, proclamanda ser 0 direito absoluto de toda crian~a terplena mente desenvolvidos as poderes dados par Deus. Seu entusiasmo obrigougovern antes a se interessarem pela educagao das crian~as das classesdesfavorecidas. Podemos dizer que ele psicologizou a educa,ao, pais quando aindanao havia a estrutura~ao de uma ciencia psicol6gica e embora seus conhecimentosda natureza da mente humana fossem vagos, viu claramente que uma teoria epratica corretas de educac;ao deviam ser baseada em tal tipa de canhecimentos.

Em 1782, em seu primeire livre: Leonardo e Gertrudes, expressa suas ideiaseducacionais, mas, a obra nao foi considerada como um tratado educativ~ pelasfiguras importantes da epoca.

5

Jean Piaget (1896 -1980)

Sui,o nascido em Neuch,ltel, em 9 de agosto de 1896, Jean Piaget se formou emhistoria natural, e , tres anos depois, recebeu a grau de doutor, com uma tese sabremoluscos.

Apos 0 doutorado, ainda sem muita defini,ao sobre a hipotese do trabalho, Piagetperambulou por centros e laboratorios da Europa. Merece destaque sua estada emZurique, onde entrou em contato com 0 metodo clinico, e em Paris, onde trabalhouna padroniza,ao do teste de Burt as crianyas parisienses. Durante a aplica,ao doteste, Piaget ficou impressionado nao com as respostas em si, mas com asprocessos atraves dos quais a crianyas chegava as res posta. Piaget tinhadescoberto 0 seu campo de trabalho: a psicogenese do pensamento na crian<;a.A partir dai Piaget iniciou urn periodo de estudos e publica,6es que durou atemeados da decada de 1930, quando elaborou, segundo ele mesmo, livros urn "pouco adolescente".

Entre as colaboradores de Piaget, merece destaque Barbellnhelder, com quempublicou Genes das estruturas 16gicas elementares, Da 169ica da criany8 a 16gica doadolescente e tantos Qutros livros e artigos abordando os processos pelos quais acriany8 e 0 adolescente pensaram e assimilam os conhecimentos.

A ultima grande obra de Piaget escreveu com 0 fisico argentino Rolando Gracia,Psiconegese e historia das ciencias. Concluida pouco tempo antes de sua morte, e aultima sintese das suas descobertas epstemologicas e destacam certamente muito aproposito, a psicogenese dos conhecimentos fisicos.

Vygotsky (1896-1934)

Le Semyonovitch Vygotsky era russo. Nasceu em 5 de novembro de 1896 e morreude junho de 1934.

Vygotsky projeta uma nova psicologia, que consistiria em estudar transfonma,ao dosprocessos psicologicos elementares em processos complexos ou fun'Yoespsicologicas superiores: memoria pensamento, atenC;80, fala, consciencia.Todas as correntes da pSicologia tradicional buscam as atividades mentais dentro doorganismo, isto e, subjetivamente. Vygotsky abandonou esse subjetivismo e tratouas func;oes pSicologicas superiores como prod uta da hist6ria social au reflexa dasatividades interpessaais e das condi'Yoes, chamanda essa psicologia de instrumentalcultural e historica.

E instrumental porque as fun<;oes pSical6gicas superiores, que pertencemexclusivamente ao homem, tern natureza mediadora. Sao elos entre 0 sujeito e 0

munda externo.

E cultural porque envolve meios sacialmente estruturados, pelos quais a sociedadeorganiza as tipos de tarefa au atividade a que a crianc;a em crescimento precisa sededicar. Por essas razoes, a linguagem e a unidade celular dessa nova psicologia.

6

Segundo Vigotsky, a passagem das fun,6es pSicol6gicas elementares (motricidade,percep\=8o, sentimentos etc.) para as fun({oes psicol6gicas superiores faz-s8 parinternalizac;ao. Par i550 a mente e de forma9ao social.

Henri Wallon (1879-1962)

Henri Wallon nasceu, trabalhou e morreu em Paris. Medico, dedicou-se, de 1909 a1912, aos estudos de neurologia, observando crianc;as com retardo, epilepsia eanomalias psicomotoras em gera!. Ainda nesse campo, pesquisou les6es cerebrais,tema de inumeras publicar;:6esque deram a notoriedade de ter iniciado os estudossobre neurologia a partir de problemas patol6gicos.

A sua psicologia infantil pode ser chamada de psicogenese, pois se dedica mais aosestudos das primeiras etapas do desenvolvimento psicomotor: as estagios impulsivo,emocional, sensoria-motor e projetivo. Wallon e famosa tambem par sua visao dapessoa como ser social, fruta da sua formar de entende a todo, nao organicista, masdialetica. A declarayc30 de Wallon de que 0 ser humane e organicamente social deveser entendida como unidade do sujeito e objeto.o materialismo hist6rico nao e alga tangencional na psicogenese de wallon, masuma SOIUyc30 epistemol6gica para a propria pSicologia.

Construtivismo

Pressupostos filos6ficos. 0 construtivismo nasceu da sintese genial feita par Kantde duas correntes filos6ficas opostas: a racionalismo e 0 empirismo. Para 0 primeiro,o conhecimento ja estava na razao, bastando ser explicitado; para 0 segundo, 0

conhecimento vem de fora, do objeto (estimulo), pela experiencia. Kant cria 0

interacionismo, para 0 qual a conhecimento naD vern 56 do objeto nem 56 da razao,mas da intera,ao do sujeito e objeto.

Empirismo - A palavra empirico e usada no sensa comum como uma pratica oualtao sem base cientifica ou sem planejamento. Segundo as fil6sofos ingleses doSeculo XVII e XVIII, Empirismo e a teoria epistemol6gica (do conhecimento) queconsidera 0 conhecimento como algo que vern de fora, atrav8S dos sentidos au dasexperiencias .

Racionalismo - 0 racionalismo tern esse nome porque valoriza a razao 0; apensamento como fonte do conhecimento. 0 seu criador na modernidade foi 0

filosofo Rene Descartes. E a versao modern a do antigo idealismo grego,principal mente de Platao, 0 ser humano ja trazia desde nascimento as ideias dosobjetos, que a alma teria contemplado, antes de nascer, no mundo das ideiasverdadelras. Assim Tambem 0 racionalismo moderno considera que existem "ideiasinatas", se bem que mais gerais do que as de Platao, mas necessarias e suficientespara apreender ou compreender todas as coisas deste mundo.

Defini<;ao do construtivismo. 0 construtivismo e mudan<;:a de vi sao: nao considerao conhecimento so pelo prisma do sujeito nem s6 pelo prisma do objeto, mas pelaoptica da interal):c3o sujeito-objeto. Assim, ensaia-se definir 0 construtivismo comouma teoria do conhecimento que engloba numa s6 estrutura dois p6los, 0 sujeitohistorico e 0 objeto cultural, em intera<;:ao reciproca, ultrapassando dialeticamente esem cessar as construc;:oes ja acabadas para satisfazer as lacunas ou carEmcias(necessidades).

Psicologismente, e uma teoria cognitivista que tern par objeto a psicogenese dainteligencia e dos conhecimentos e, par metoda, 0 metodo clinico-critico;Politicamente, e um compromisso democratico e de transformac;:ao social.

"Construtivismo significa isla: a ideia de que nada, a rigor, esta pronto, acabado, ede que, especificamente, a conhecimento nao e dado, em nenhuma instancia, comoalga terminado. Ele se constitui pel a interac;:ao do individuo com a meio fisico esocial, com a simbolismo humano, com 0 mundo das relac;:oes sociais; e se constituip~r for,a de sua a,ao e nao par qualquer dota,ao previa, na bagagem hereditaria ouno meio, de tal modo que podemos afimnar que antes da a,ao nao ha psiquismonem con sci en cia e, muito menos, pensamento." (Becker, "0 que e construtivismo?",in Ideias, n. 20, p. 88-89.)

8

Teorias de aprendizagem S-R

Pertencem a corrente de pensamento chamado behaviorismo, iniciada par JohnBraadus Watson (1878-1958).

- S (ingles, stimulus, estimulo)- R (ingles, reaction, rea<;ao)

Essa corrente considera a psicologia urn ramo experimental, puramente objetivQ, daciencia natural. Baseada no positivismo, estuda as comportamentos (behavior, emingles) observaveis, tanto animais como humanos. Para sla a vida psiquico e 0

consciemcia nao importam, pois nao possam de suposic;6es.Empiristas, as teorias S-R consideram que 0 ambiente au meio exterior ternsupremacia absoluta sabre 0 organismo: 0 estimulo do ambiente extrai, refofc;a ecentrala a res posta do organismo.

De acordo com elas, todos as comportamentos sao aprendidos e 0 aprendizagemconsiste simplesmente em estabelecer. por condicionamento, as relayoes S-R.

Ha dois tipos de aprendizagem por condicionamento: 0 positiv~ e 0 negativo. Oscondicionamentos positivos S8 dividem em c1<3ssico e instrumental ou operatorio. 0condicionamento negativo e feito s6 pela extinyao de comportamento.

E atrave:s desses meios muito simples, produto de seu reducionismo, que as teoriasS-R pretend em exercer contrale absoluto sobre as pessoas.

Da ac;ao para a conceituac;ao

Trata-se de um pracesso em espiral: a partir da intera<;ao do sujeito com 0 objeto deconhecimento, mediatizado pelos seus esquemas operat6rios e pelosconhecimentos anteriores, 0 sujeito reflete os conteudos do objeto; os conteudossao transportados para outro nivel, onde esses conteudos exigem do sujeito aconstruyao de novas estruturas e conhecimentos. Ha, assim, uma alternfmciaininterrupta de forma e conteudo (sujeito e objeto), sem limites, sem fim e semcome<;o absoluto. (Ramozzi-Chiarottino, Psicologia e epistemologia genetica deJean Piaget, p. 56.)

Segundo a teoria do Construtivismo, 0 conhecimento fisico que vem do objetoexterno ainda nao e um conhecimento verdadeiro, por faltar-Ihe as "determinay6esfundamentais da realidade" ou as "rela<;ces multiplas ou complexas da totalidadereal". Marx chama esse conhecimento de abstrato, por ter visao caotica do todo edeterminac;:6es simples, sem nexos 16gicos. Somente quando esse conhecimento etrabalhado e recebe a parte do sujeito - sua forma de raciocinio e de entendimento -que Ihe proporcione as explicac;:6es de causalidade, de inclusao de classe, dequantidade, de tempo e espa<;o, de prababilidade. do pensamento hipotetico-

9

dedutivo, e que tal conhecimento se torna "verdadeiro", isto e, mais objetivo ou rna iscoincidente com 0 real. Por isso Marx chama esse pensamento de concreto.

Forma9iio de Conceitos

Assim como a palavra e 0 termo celular de Vygotsky e 0 esquema e 0 termo celularde Piaget, para nos 0 conceito e a termo celular do construtivismo quando aplicadoao ensino.

Os conceitos que a crian9a vai formando abrangem tanto a desenvolvimento como aconhecimento. Nao se trata de reducionismo, mas, de fato, a construyao deconceitos compreende 0 processo de construyao e 0 produto da construyao.Na formayao de conceitos, dois assuntos sao fundamentais: a formayao darepresentayao mental e a formayao do conc8ito propria mente dito. Ambos saoprodutos da aprendizagem.

E na representagao mental que, pela primeira vez, a crianga separa 0 significado dasignificante. Dar nome as coisas e um dos primeiros atos essencialmente humanos.o ato de dar significac;aose utiliza varios significantes e estes classificam-se peladiferenciagao dos objetos de significagaa. Obtem-se significagao quando serelaciona urn significante ao significado. 0 significado e 0 proprio objeto designificac;ao,e a significante e a nome que se da ao objeto. Mas 0 "nome" e apenasum dos tipos de significante, pais os significantes podem ser:

Indicios - significantes nao diferenciados do significado, porque sao parte do objetode significagao. Exemplos: 0 rasto da caga para a cagadar - 0 rasta e parte daanimal que esta sendo cac;:ado-, a carro do chefe no estacionamento, a bolsa dadiretora sobre a mesa etc.;.

Sinais - significantes algo mais diferenciados, mas naa total mente, dos objetos queeles significam. Os sinais substituem os objetos de significagao, guardando algumasemelhanga com esses objetos. Exemplos: a maquete de um predio, 0 croqui de umpredio, a planta de uma cidade, 0 mapa de um pais, desenhos de objetos,fotografias, filmes, videos etc.;

Simbolos - significantes jil diferenciados dos abjetos que eles significam. Saaabjetos tamados no lugar de outros objetos. Os atos simb61icos tipicos saa asbrincadeiras de faz-de-conta. A crianc;:apega uma vaSSQura,monta e sai correndo,dizendo que e um cavalo; pega uma caneta e imita 0 barulho de aviao. Os brasoesde familias e de paises, bandeiras e logotipos tambem sao simbolos;sign as - significantes completamente diferenciados dos significados. Os signos saoconvenc;:6essocia is. Assim os sign05 mais importantes sao as palavras. Os numerostambem sao signos.

As representac;:oesmenta is fazem parte do aspecto figurativ~ do pensamento(figuras ou imagens menta is) em oposigao as aperagoes menta is 16gicas, que fazemparte do aspecto operativ~ do pensamenta (raciacinios e relagoes 16gicas) (Piaget).

10

Esse pensamento operativo consiste na reflexao e abstra9ao 16gico-matematica, doplano B, que trabalha com os conceitos simb6licos, tirados do plano A.

Os psic61ogos sao unfmimes em reconhecer a importflncia dessas formac:;:6esprimitivas para a sanidade ou a insanidade mental. No aspecto cognitivD, a boaformac:;:aosimb61ica esta relacionada com a riqueza de vocabulario da crian\=8 8,conseqOentemente, com 0 born aproveitamento escolar.

o processo de formayao das representa<;oes menta is e 0 primeiro mecanisme quepossibilita a passagem da a9ao a conceitua9ao. As representa90es menta is saoprolongamentos das 890es e perceP96es, interiorizadas e reconstruidas em nivelsimbalieD. Elas nao sao inatas, mas construidas. Sua construc:;:aopassa parmediadores, que sao os mesmos usados para a formac:;:aode qualquer conceitosimb61ieD nas idades posteriores. Esses mediadores sao: a 8c:;:aosabre 0 objeto deconhecimento (experiencia fisica), imita9ao, jogo simb6lico, desenho, internaliza9ao(imagem mental) e linguagem.

Experiencia - Eo pela media9ao da a9ao sobre 0 objeto de aprendizagem que 0

sujeito realiza a assimilac;ao. Essa 8<;aO S8 realiza na forma de experiencia emsitu890es fisicas e socia is

Imitacyao - A fim de S8 apropriar do objeto de aprendizagem, a criany8 imita ascaracteristicas do objeto que consegue extrair atraves da 8980 (experiencia). Amediac;ao da imitay80 permite exercicios de acomoda<;ao dos esquemas napresenc;a ou ausencia de modele. as eternos mod etas de imita<;ao da crian<;a sao:as movimentos, as ge5t05, a VOZ, a pronuncia etc.

Jogo simb6lico - Se na imitayao apenas S8 reproduz 0 modele, no jogo simb6licoesse modelo e completamente alterado, porque no jogo predomina a assimila9ao: 0

modelo e assemelhado aos esquemas que a crian<;a passu; no momento. Saoexemplos: os jogos livres (brincadeiras de faz-de-conta) ou jogos organizados (comregras). Entram nessa categoria as atividades de dramatiza9ao, teatro, desempenhode papeis, jogos e brincadeiras pedag6gicas. Os jogos simb6licos, muitas vezes,convidam a crianc;a as fantasias, sonhos e Qutras assimila<;oes deformantes dainfancia.

Desenho - Com a desenho comeya 0 equilibria entre a acomoda98o e aassimila9ao. Nao e simples copia fotogrilfica da realidade; 0 desenho e uma cria9aoconstrutiva da crianya.

Imagem mental, internalizae;ao - A farma980 das representa90es mentais passapela internalizaQ80 das aQoes e percep<;6es. Nao e c6pia nem fotografia; enovamente criaC;8o construtiva, um exercfcio de abstraC;8o par mais simples queseja. Atraves dela ocorre a construC;c30 dos esquemas simbolicos.

Linguagem - A linguagem tem a mesma formaC;8o das representac;oes menta is,como a memoria, 0 pensamento e a consciencia. Para se formar, a linguagem (apalavra) passa pelo processo que vai da a9ao a conceitua9ao, das atividadesinterpessoais as atividades intrapessoais. Das fun96es psiquicas superiores, a

11

linguagem e a que melhor representa a internalizac;:aode movimentos e percepc;:5es.Portanto a linguagem (palavraisigno), que, nas idades iniciais, precisou demediadores, passa a ser 0 principal mediador do homem na assimilac;:aodo mundo.

Gestalt

Em 18900 psic610go austriaco Christian von Ehrenfels introduziu na psicologia aideia de gestalt, palavra alema que significa "forma, estrutura ou configura9ao".

"Uma gestalt e um todo indivisivel, articulado, que nao se forma por simplesacrescimo de elementos independentes." (Diccionario Manual de Psicologia.)

o nascimento da gestalt como uma corrente na psicologia, porem, 56 se deu em1912, quando Max Wertheimer apresentou um trabalho sobre movimento aparente.Nele Wertheimer discutia a ilusao do movimento, fen6meno que ele chamou de phi-fen6rneno. Se duas linhas separadas sao apresentadas a uma certa distancia umada outra e em rapid a sucessao temporal, 0 observador as percebe como se fossemuma unica linha que se move da posi9ao da primeira para a segunda linha. 0 phi-fen6meno de imagens de uma fita e que produz os movimentos de cinema, umailusao que se forma na vista de cada espectador.

A grande contribui9ao da gestalt para a psicologia foi a descoberta de que os objetosfornecem os fen6menos (materia), mas a forma e a estrutura da perceP9aoprocedem do observador. A. forma e a estrutura da gestalt, elabora9ao do sujeito,obedecem a alguns principios: proximidade dos elementos entre si; semelhanc;:a;fecho (Iinhas incompletas de uma figura sao completadas na mente do observador);contigOidade; familiaridade; estado.

Na area da aprendizagem, a gestalt e notavel pelo conceito de insight.

Cognitivismo

Cognitivismo e uma corrente da psicologia que admite a func;:aosimb6lica au amente (memoria, imagem mental, cansci!§ncia, pensamento) como elementoindispensavel para a explicac;:aodo camportamento humano.

o construtivismo faz parte do cognitivismo e se insere nessa "nova ciencia damente".

Com base no materialismo hist6rico, Vygotsky, identificou e pesquisou 0 papel dosmediadares simb61icos, incluindo os signas!palavras, para estudar a formayao socialda mente.

12

o jogo infantil

Para Piaget, cad a ato de inteligencia e definido pelo equilibrio entre duastendencias: assimila<;ao e acomodayao. Na assimilay8o, 0 sujeito incorpora eventos,objetos au situat;:6es dentro de formas de pensamento, que constituem as estruturasmentais organizadas, Na acomodayao, as estruturas mentais existentesreorganizam-se para incorporar novos aspectos do ambiente externo. Durante 0 atDde inteligencia, 0 sujeito adapta-se as exigencias do ambiente externo, enquanto aomesma tempo, mantE~msua eslrutura mental inlacta. 0 brincar, neste casa. eidentificado pela primazia da assimilayao sabre a acomodac;ao. Ou seja, osujeitoassimila eventos e objetos ao seu eu e suas estruturas mentais.

Ao analisarem a origem do comportamento ludico, Piaget (1978) e Wallon (s.d.)concordam que ele provem da imitayao que representa uma acomoda<,;:ao ao objeto.Embora Wallon nao empregue este termo (como complemento de assimila,ao),para falar da atividade cognitiva, como 0 faz Piaget, Wallon ve na acomoda<;iiopostural a base do que se tomara a imagem. Ve, na imitayao, uma participayaomotora do que e imitado e urn certo prolongamento da imitayao do real. Entre osdo is autores a imagem e considerada como urn prolongamento do que e na origem,a imita<,;:ao do real. Ou seja, que a origem da representayao esta na imita<,;:ao.

Embora 0 significado da imita<,;:ao nao seja exatamente a mesma, a importancia deprocessos imitativos para a constitui<,;:ao da representayao e apontada por auto resque estudam a representa,ao mental como Piaget, Wallon e Vygotski. Se arepresenta<,;:ao nasce da imitayao, 0 aparecimento de brincadeiras simb61icasdepende do dominio de processos imitativos:

Com certa semelhan<,;:a a Piaget, Wallon classifica os jog os em 4 tipos: funcionais,de fic<,;:ao,de aquisi<';:80 e de construyao. As atividades ludicas funcionaisrepresentam os movimentos simples como encolher os brayos e pernas, agitardedos, balan<,;:ar abjetos etc. As atividades ludicas de fic<,;:aosao as brincadeiras defaz-de-conta com bonecas. Nas atividades de aquisiyao, a crian<,;:a aprende venda eouvindo. Fazem esforyos para compreender coisas, seres, cenas, imagens e, nosjogos de construyao, reune, combina objetos entre si. madifica e cria objeto.

Para Wallon, a atividade ludica e uma forma de explora,ao, de infra,ao da situa,aopresente. Esse autor se aproxima de Vygotski quando analisa 0 psiquismo infantilcomo resultado de processos socia is. Na origem da conduta infantil 0 social estapresente no processo interativo da crian<,;:a com a adulto que desencadeia a emo<,;:aoresponsavel pelo aparecimento do ato de explora<,;:ao do mundo.

13

Experiencia I transmissao cultural

A experiencia e a transmissao cultural sao fatores ex6genos au sociais. Comofatores externos, sao trabalhaveis.

A experiencia e a estabelecimento de rela,ao do aluno com a objeto deaprendizagem. 0 que importa e esse relacionamento, pais sem a intera<;ao sujeito Iobjeto tambem nao ocorre experiencia. 0 relacionamento pode acontecer direta ouindiretamente. Acontecera diretamente na rela<;ao imediata do sujeito com 0 objetoda aprendizagem, par media<;ao de mem6rias ou lembranC;8s de rela90es anlerioresdo proprio sujeito com 0 objeto. 0 contata sera indireto nos cases em que 0 aluno S8

relaciona com a objeto pela media,ao de outros (como professor e colegas) e desimbolos e signos sociais.

Novamente, a contribui<;ao de Vygotsky e colocar a experie!ncia no contexte s6cio-historico. Todos os objetos, mesmo os da natureza, sao culturais. Eles tern nomes,ja foram catalogados, classificados, as suas caracteristicas e propriedades saoconhecidas. Portanto conhecer urn objeto, para uma crianya significa descobrir 0

que a humanidade ja sa be dele. Por essa razac, diz-se que os objetos fazem 0 seudesfilamento na sociedade.

Assim a interayao social ou a teia de relayoes sociais e 0 grande palco onde ocorrea experiencia do aluno com 0 objeto da aprendizagem. 0 aluno interage com asmaterias de aprendizagem nas atividades de participayao e cooperac;ao com outraspessoas, ou seja, nas atividades interpessoais, como denomina Vygotsky. E nasituayao de interayao com oulras pessoas que 0 aluno participa e coopera nasquestoes de leitura e escrita, de matematica, de geografia, de hist6ria, de ciencias,de artes, de esporte etc.

o professor deve sistematizar essa rica interac;ao, relacionando os conteudos de suamateria com a pratica social, na dialogicidade.

No construtivismo e importante considerar que 0 aluno e urn sujeito que estaatribuindo sentidos e significados ao mundo e aos objetos que a cercam. E asignificado que ele atribui esla de acordo com a sua capacidade de assimilar 0

conteudo. A crianc;a nao ve 0 mundo como ele e na realidade objetivo, mas como elae. Assim, garantir 0 direito que a crianya tern de formular hip6teses de acordo comas pr6prias ideias e testa-las e a funyao didatica mais importante da praticaconstrutivista.

Alem disso, as situayoes de aprendizagem que 0 professor organiza devem ter umenderec;o: as crianyas das classes populares. Essas crianyas fazem parte de umasituayao e epoca hist6rica peculia res, pois vern de uma hist6ria de "fracassos". Asexperiencias de aprendizagem tern de oferecer condiyoes para que essas crianyasaprendam. 0 conhecimento deve ser oferecido na sua globalidade e contextualizadohistoricamente, evitando esfacelamentos. E necessario proporcionar-Ihes tambem 0

conhecimento e a pratica das novas tecnologias, tendo em vista a mudanya social.o compromisso com a crianya das classes populares leva 0 professor a nao

14

camuflar os conhecimentos nem subtraidos dos alunos. Consiste, ainda, em garantirum ambiente de liberdade e autonomia, sem cobrant;:as e castigos por quest6es deerros e de inclusao de ideologias dorninantes.

A Pedagogia Ativa

"Procuro, logo aprendo." H. BASIS

"0 lrabalho alivo e a inleligencia em alo." J. PIAGET

A pedagogia ativa e urn metodo de aprendizagem "apropriativa" e "de descoberta",no sentido em que os conhecimentos e as destrezas adquiridas resultam, noessencial, de uma alividade pessoalmenle assumida pelos alunos. "Algo descobertopessoalmenle e algo nunca esquecido." Embora chamada de "pedagogia nova"encontra fundamentos antigos, principal mente em Rousseau e Montaigne. Mas osnovos metod os s6 se constituiram real mente a partir do inicio do seculo XX, juntocom os progressos da psicologia da criant;:a, fortemente ligada a analise da atividadee a maneira como se constroem a intelig€lncia e a personalidade.

Essa atividade de pesquisa e uma necessidade natural do individuo (como 0 seriasua curiosidade, alias). Oesde a mais lenra idade, a crianga manifesta essanecessidade: e par esse motivo que aprende natural mente a andar e a falar.

Trala-se de transformar a pnJtica da transmissao num procedimento de pesquisaindividual e coletiva em que nao s6 as alunos (todos eles) pesquisam, masencontram e teorizam. Em outros termos, "nao pode haver aquisit;:ao real deconhecimentos, nao pode haver aprendizagem bem-sucedida se nao ha construt;:aonum processo de pesquisa.

Os principios diretores.

Os diversos movimenlos da educa,ao nova sao amplamenle refor,ados pelapsicologia piagetiana - pelo construtivismo, segundo a qual 0 aluno e que constr6iseu saber a partir de sua atividade (tanto manipula t6ria como intelectual) e ningueme capacitado para substitulr-se a ele em suas reorganizat;:6es cognitivas sucessivas.

Segundo Piaget, manipular apenas nao e suficiente se a manipulat;:ao nao vemacompanhada de uma reflexao quanto a at;:ao executada sobre os objetos,considerados verdadeiros materiais de pesquisa.A construyao do saber procura outro modo de rela<;ao com 0 saber naaprendizagem. Considera que e da explora,ao do complexo que nasce 0 senlido e aconstrut;:ao dos conceitos. Nao se Irata mais de seriar as etapas do conhecimento,de passar do simples ao complexo, de evilar as ambiguidades, enfim, de esfacelarou simplificar a realidade; 0 processo consiste, ao contrario, em provocar umapesquisa num campo complexo em que a clareza e a coen3ncia nao sao dadas apriori. A crianya devera conquista-Ias, encontrar 0 sentido dos acontecimentos. Agir

15

assim e criar as condic;6esde uma estrutura~o propria de seu pensamento, atemesmo de uma reestruturaC;aode suas aquisic;oesantigas.Po is a inteligencia e ativa e auto-construtora, procedendo dialeticamente, segundoPiaget, da assimila,ao (do objeto pelo sujeito) e da aeomoda,ao (do sujeito aoobjeto) ou emanando.

As bases da psicologia de Piaget

Piaget, defende uma edueayao ativa, fundando sua pedagogia nos resultados daspesquisas da psicologia cientifica.

Todo conhecimento comporta sempre um processo de assimilaC;8oa estruturasanteriores que sao esquemas de aC;ao,po is conhecer nao consiste em copiar a real,mas em agir sabre ele, em transforma-Io de maneira a compreende-Io; assim, naassimilaC;80,a objeto sabre a qual se age inscreve-se em esquemas de aC;aopreexistentes (assimila,ao do objeto pelo sujeito).

Esses esquemas de assimilaC;8oserao, entao, submetidos a acomodac;ao emfun,ao do efeito do meio e de suas partieularidades; hi!, portanto, ajustamento ativodos esquemas (aeomoda,ao do sujeito ao objeto). Para aeomodar sua atividade aspropriedades das coisas, a crianc;aprecisa, primeiramente, assimila-Ias, incorpora-las verdadeiramente.

A equilibrac;ao, enfim, e a verdadeira adaptac;ao ao meio, a equilibria dinamico entrea assimilac;aodo meio ao organismo e a acomodac;ao deste aquele. 0 esquema deassimilaC;aoadaptou-se como precisava para enfrentar a siluac;aoexistente. Tratar-se-a, para a crianc;a,de encontrar esse equilibria por uma serie de atividadesestruturantes, sabendo que parte de um estado de indiferencia9ao entre a objeto e asujeito (Piaget, 1969, p. 225).

Assim oeorre com a adapta,ao biol6giea e a adapta,ao inteleetual, que sao umaequilibra9ao entre a assimilac;aoda experi~ncia as estruturas dedutivas e aacomodac;ao dessas estruturas aos dados da experiencia.

"A inteligencia pratica e, portanto, urn dos ctadospsicologicos essenciais nos quaisse baseia a eduea,ao ativa." (Piaget, ibid., p. 238),

Organizat;:ao experimental

Organizar significa favorecer 0 processo natural de experiencia cultivando apermeabiJidade para a experiencia. Agir assim e respeitar, conforme Piaget, as leisde loda inteligencia, pOisa inteligencia pratica serve de subestrutura a inteligenciaconceitual e refletida. Em oulros termos, a adaptaC;8opratica constitui a primeiraelapa do conhecimento e a condi98o necessaria para todo conhecimento refletidoposterior.

16

o que implica levar em conta os interesses, necessidades, faculdades de cadaidade, convem admitir que 0 meio tem um papel decisivo no desenvolvimento doespirito; que 0 desenrolar das fases nao e deterrninado de uma vez por todas quantaas idades e aas conteudos da pensamenta; que metodos sadios pod em aumentar 0

rendirnento das crianc;ase mesmo aeelerar seu crescimento espiritual semprejudicar sua solidez" (Piaget, 1969, p. 253).

Conclui·se que a pedagogia ativa tern tres coneeitos·ehave:

- Saber- Pesquisa- Cria~ao

Sabendo que nessa perspectiva s6 pademos daminar a eaisas analisando-as auinventando-as. E, conscientes de que a constru<;aoda pessoa e de sua inteligenciacome<;adesde 0 nascimento.

Pedagogia ativa e praticas sociais

Opondo-se a pedagogia da recep~ao, a pedagogia ativa e uma abordagemadequada para 0 trabalho social. Sabe-se como as conselhos dados pelos maiscompetentes especialistas nao podem ser incorporados pelas pessoas a quem saodestinados. Os novos saberes s6 pod em ser adquiridos quando integrados nurnprocesso de pesquisa pessoal. Enquanto nao experimentadas, as eaisas nao saoverdadeiramente adquiridas. Por outro lado, a experi€meia 56 pode ser beneficainscrita nurn vivido, numa subestrutura experimental anterior.

Essa perspectiva canvida os participantes a experimentar, a per eaisas eacontecimentos em relac;:aouns com outros, a criar, produzir, expressar-se, emitirhipoteses e testar as latos, a relletir sabre as a~5es leitas, a debater juntos.

o agente social devera organizar as condic;:oesda experimentac;c3o,da eria<;ao,doteste, da analise, da reflexao, da tomada de palavra, da discussao.

17

A pedagogia crista

A Pedagogia propriamente dita s6 aparece depois do desenvolvimento daEduca<;ao. Porque a Pedagogia e 0 estudo, a pesquisa, a refiexao sobre 0 processoeducacional. Assim, cada novo sistema educacional surge e S8 desenvolve sob apressao das nec8ssidades culturais, amparado par uma orienta<;:80 pedag6gicaestranha. A Educac;:ao Crista. S8 desenvolveu em meio da cultura classica greco-romana, mas sob a influencia pedag6gica da Educa<;ao Judaica. As culturas grega,romana e judaica geraram historicamente a nova cultura crista. Assim, a Educac;aoClassica e a Educajfao Judaica foram as fcntes naturais de que surgiu a EduC8C;:80Crista.

Jesus reformou 0 Judaismo e dessa reform a saiu 0 Cristianismo. Os cristaos, apartir do impulso inicial do pr6prio Cristo (0 Mestre por excelencia) teria de reformara EduC8C;80 Classica e a EducaC;8o Judaica, e dessa reforma surgiria a EducaC;8oCrista. S6 assim, nessa perspectiva historica, poderemos compreender acontinuidade natural que existe no processo educacional. Cada nova Educayao naoe a negayao da anterior, mas 0 seu desenvolvimento.

o fen6meno de transmissao da cultura at raves das gera<;6es explica asmetamorfoses educacionais. A reelaborac;ao da experiencia. segundo a tese deDewey, implica 0 aproveitamento dos valares adquiridos pel a cultura anterior. 0Cristianismo se apresenta, ainda hoje, sobrecarregado de heranc;as pagas ejudaicas. Essas heranyas pesaram tambem no desenvolvimento da EducayaoCrista. Mas na era patristica, entre os seculos III e IV, elas VaG servir para aelabora<;ao da Pedagogia Crista. Os primeiros pedagogos cristaos eram hom ensformados no seio da Pedagogia Classica greco-romana e influenciados(escrituristica e teologicamente) pela Pedagogia Judaica.

Clemente de Alexandria, autor de 0 Pedagogo, primeiro tratado pedag6gico doCristianismo, fora farmado na Filosofia grega e deu ao professor cristao 0 nome delogos. Seu famoso discipulo e continuador, Origenes, autor da Suma Teol6gicaMetafisica, teve a mesma origem cultural e considerava a Filosofia como 0

preiimbulo da Religiao. Basilio, fundador da escola monilstica, ja se desprende daherany8 grega mas se apega a judaica, especial mente as Escrituras. Quintiliano eJeronimo desenvolvem metodos especiais e se voltam mais para a essen cia cristados Evangelhos. Com Sao Bento a Educa<;ao Crista jil come<;a a abrir suas portaspara 0 mundo, saindo do recinto fechado dos mosteiros para aceitar alunosexternos. Mas e com Agostinho autor de A Cidade de Deus, 0 Mestre de Deus, 0mestre e Da Ordem, que a heranc;a platonica se acentua vigorosamente naPedagogia Crista, ao mesmo tempo que os elementos fundamentais da PedagogiaPaga sao adaptados a Escola Crista e nela integrados: as artes liberais, 8 ret6rica, aeloqu€!ncia, a cultura fisic8.

18

A Doutrina Espirita

Criado par urn pedagogo, 0 Espiritismo surgiu na Frany8 no secula XIX. Hoje 0

Brasil possui a maior comunidade espirita do mundo.

o espiritismo fundamenta-se na existencia de Deus, na imortalidade da alma, nareencarnayao sucessiva em busca da purificayao. Cristo e considerado 0 espiritomais elevado que ja passou pela Terra e urn exemplo moral a ser seguido.

A vida na terra e sempre uma oportunidade de reajustamento no caminho do bern. ALei da uA9ao e Reayao", das causa e conseqOencias, sao definidas de acordo com aconduta e escolhas individuais do ser humano.

Nao ha cau nem inferno e 8im como estados da alma celestial au inferior. Sempre 0caminho da perfeiyao as almas dos bons estao S8 tornando melhores e 0 maus seregenerando em sua escolhas evolutivas.

A Descoberta do Espirito

Em 1854 0 Prof. Denizard Rivail comec;ou a investigar os fen6menos psiquicos quehaviam, nove anos antes, abalado os Estados Unidos e repercutido intensamente naEuropa. Discipulo de Pestalozzi, 0 grande pedagogo da epoca, e ele tambempedagogo, interessava-se por todos as fen6menos que pudessem dar-Ihe umconhecimento mais profunda da natureza humana. Partia do princfpio de que aobjeto da Educay30 e 0 homem e par isso 0 pedagogo tinha por dever aprofundar 0conhecimento deste. Em 1857 lanc;ava em Paris 0 Livro dos Espiritos como primeirofruto de suas pesquisas. Havia-descoberto 0 espirito, determinado a sua forma, asua estrutura, as leis naturais (e nao sobrenaturais) que regem as suas rela<;6escom a materia. Podia afirmar, baseado em provas, que a natureza do homem eespiritual e nao material, que ele sobrevive a morte, que possui um corpo energeticoe se submete ao processo biol6gieo da reencarnaC;80 para evoluir como Ser,despertando em sucessivas exislencias as suas potencialidades (micas.

Se Jesus ensinara essas eoisas, na medida do possivel, nos limites culturais do seutempo, Denizard Rivail, que para tanto adotava 0 nome de Allan Kardec, passavaentao a ensina-Ias de maneira mais ampla e com maiores recursos culturais.Tornou-se 0 professor de Espiritismo, como passaram a chama-Io 0 que aceitaram asua verdade. Para isso lanc;ou uma revista especializada, a Revue Spirite, e passoua fazer conferencias e publicar livros e folhetos em linguagem didatica, bemacessivel ao povo. Estava iniciada a Educa<;80 Espirita.

19

Hipolyte Leon Denizard Rivail (1804-1869)

Nascido em Lyon, a 3 de outubro de 1804, de uma familia antiga que se distinguiuna magistratura e na advocacia, Allan Kardec (Hippolyte Limn Denizard Rivail) naoseguiu essas carreiras. Oesde a primeira juventude, sentiu-se inclinado aD estudodas ciencias e da filosofia.

Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Sui,a), tornou-se um dos maiseminentes discipulos desse celebre professor e urn dos zelosos propagandistas doseu sistema de educac;ao, que tao grande influencia exerceu sabre a reforma doensina na FranC;:8 e na Alemanha.

Ootado de notavel inteligencia e atraido para 0 ensina, pelo seu carater e pelas suasaptid6es especiais, ja aos calorze anos ensinava 0 que sabia aqueles dos seU$

condiscfpulos que haviam aprendido menDS do que 81e. Fai nessa escala que Ihedesabrocharam as ideias que mais tarde 0 colocariam na classe dos homensprogressistas e dos livre-pensadores.

Nascido sob a religiao catolica, mas educado num pais protestante, as atos deintalen3ncia que por isso teve de suportar, na tacante a essa circunstancia, cedo 0leva ram a conceber a ideia de uma reforma religiosa, na qual trabalhou em silenciodurante longos anos com 0 intuito de alcanyar a unifica9ao das cren9as. Faltava-Ihe,parem, 0 elemento indispensavel a solu9ao desse grande problema.

o Espiritismo veio, a seu tempo, imprimir-Ihe especial dire9ao aos trabalhos.

Concluidos seus estudos, voltou para a Fran,a. Conhecendo a fundo a linguaalema, traduzia diferentes abras de educac.;:ao e de moral e, 0 que e muitocaracteristico, as obras de Fenelon, que a tinham seduzido de modo particular.

Era membro de varias sociedades sabias, entre outras, da Academia Real de Arras,que, em a concurso de 1831, Ihe premiou uma notavel memoria sobre a seguintequestao: Qual 0 sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades daepoca?

De 1835 a 1840, fundou, em sua casa, a rua de Sevres, cursos gratuitos deQuimica, Fisica, Anatomia comparada, Astronomia, etc., empresa digna deenc6mios em todos as tempos, mas, sobretuda, numa epoca em que so urn numeromuito reduzido de inteligencias ousava enveredar par esse caminho.

Preocupado sempre com 0 tornar atraentes e interessantes os sistemas deeduca9ao, inventou, ao mesmo tempo, um metoda engenhoso de ensinar a contar eum quadro mnem6nico da Historia de Franc.;:a, tendo par objetivo fixar na mem6ria asdatas dos acontecimentos de maior relevo e as descobertas que iluminaram cadareinado.

20

Entre as suas numerosas obras de educayao, citaremos as seguintes: Planoproposto para melhoramento da Instru,~o publica (1828); Curso pratico e teorico deAritmetica, segundo 0 metodo Pestalozzi, para uso dos professores e das maes defamilia (1824); Gramatica francesa classica (1831); Manual dos exames para ostitulos de capacidade; Solu,oes racionais das questoes e problemas de Aritmetica ede Geometria (1846); Catecismo gramatical da lingua francesa (1848); Programados cursos usuais de Quimica, Fisica, Astronomia, Fisiologia, que ele professava noLiceu Polimatico; Ditados normais dos exames da Municipalidade e da Sorbona,seguidos de Ditados especiais sobre as dificuldades ortograticas (1849), obra muitoapreciada na epoca do seu aparecimento e da qual ainda recentemente eram tiradasnovas ediyoes.

Antes que 0 Espiritismo Ihe popularizasse 0 pseudonimo de Allan Kardec, ja ele seilustrara, como se ve, por meio de trabalhos de natureza muito diferente, poremtendo lodos, como objetivo, esclarecer as massas e prende-Ias melhor asrespectivas familias e paises.

Pelo ana de 1855, posta em foco a quest~o das manifesta,oes dos Espiritos, AllanKardec se entregou a observayoes perseverantes sobre esse fenomeno, cogitandoprincipalmente de Ihe deduzir as conseqOencias filos6ficas. Entreviu, desde logo, 0principio de novas leis naturais: as que regem as rela((oes entre a mundo visivel e 0mundo invisivel. Reconheceu, na ay80 deste ultimo, uma das foryas da Natureza,cujo conhecimento haveria de lanyar luz sobre uma imensidade de problemas lidospor insoluveis, e Ihe compreendeu 0 alcance, do ponto de vista religioso.

Suas obras principais sabre esta materia sao: 0 Livro dos Espiritos, referente aparte filos6fica, e cuja primeira edi,ao apareceu a 18 de abril de 1857; 0 Livro dosMediuns, relativo a parte experimental e cientifica Oaneiro de 1861); 0 Evangelhosegundo 0 Espiritismo, concernente a parte moral (abril de 1864); 0 Ceu e 0 Inferno,ou Ajusti,a de Deus segundo 0 Espiritismo (agosto de 1865); A Genese, osMilagres e as Predi,oes Oaneiro de 1868); A Revista Espirita, jornal de estudospsicol6gicos, periodico mensal come,ado a l' de janeiro de 1858. Fundou em Paris,a l' de abril de 1858, a primeira Sociedade espirita regularmente constituida, sob adenominac;aode Sociedade Parisiense de Estudos Esplritas, cujo fim exclusivo era 0

estudo de quanto possa contribuir para 0 progresso da nova ciencia. Allan Kardec sedefendeu, com inteira fundamento, de caisa alguma haver escrito debaixo dainfluencia de ideias preconcebidas ou sistematicas. Homem de canMer frio e calmo,observou os fatos e de suas observayoes deduziu as leis que os regem. Foi 0primeiro a apresentar a teoria relativa a tais fatos e a formar com eles um corpo dedoutrina, met6dico e regular.(http://www.feparana.com.br/kardeclkardecbiografia.htm)

21

Pedagogia Espirita

A tarefa da Educa,ao Espirita e a forma,ao de um homem novo. A EducagaoClassica greco-romana farmou a cidadao, 0 homem vinculado a cidade e suas leis,servidor do Imperio; a Educayao Medieval farmou 0 cristao, 0 homem submisso aCristo e sujeito a Igreja, a autoridade desta e aos regulamentos eclesiasticos; aEduca<;ao Renascentista farmou 0 gentil-homem, sujeito as etiquetas e normassociais, apegado a cultura mundana; a Educa<;ao Maderna farmou 0 homemesclarecido, amante das CiEmciase das Artes, cetiCD em materia religios8,vagamente deista em fase de transiy.3o para 0 materialismo; a Educayao Novafarmou 0 homem psicol6gico do nossa tempo, ansioso por S8 libertar das angustiase traumas psiquicos do passado, substituindo 0 confessionario pelo consult6riopsiquiatrico e psicanaliticQ, reduzindo a reli9i8o a mera conven<;80 pragmatica.

Nesse rapido esquema temos uma vi sao do desenvolvimento do processoeducacional e de suas consequEmcias. Nao pretendemos que seja uma vi saoperfeita e completa. E apenas um esboc;:odestinado a nos orientar na compreensaodo assunto. E vemos que ele pode nos dar uma ideia negativa da Educa<;ao, mas serefletirmos a respeito veremos 0 contra rio. Do homem submisso ao Estado ou aDeus, preso a leis, regras e convenc;:oesque 0 amaldam e desfiguram, avanc;:amospara 0 homem livre do futuro, responsavel por si mesma, que chega a S9 revoltarcontra 0 proprio Deus no seu profundo anseio de liberdade, mas sempre em buscada sua afirma980 como Ser.

Essa afirma<;80 e a que nos traz 0 Espiritismo com as provas cientificas dasobrevivencia e a perspectiva da imortalidade, com a desmitiza<;ao da morte, com aracionaliza<;80 do nebuloso conceito de Deus e de suas rela<;oescom a homem,com 0 esclarecimento decisivo do destino do homem e da razEiade ser da vida esuas peripecias. Cabe, portanto, a EducaC;:80Espirita formar 0 homem consciente dofuturo, que ja comec;:aa aparecer na Terra, senhor de si, responsavel direto e unieopelos seus atos, mas ao mesma tempo reverente a Deus, no qual reeanheee aInteligencia Suprema do Universo, causa primaria de todas as eoisas.

Kardec resume os seis principios fundamentais do sistema pestalozziano, queempregava em suas obras didatieas e na ensino espirita:

1) cultivar 0 espfrito natural de observa980 do edueando, ehamando-Ihe aaten<;80 para as objetos que a rodeiam.

2) Cultivar-Ihe a inteligencia, seguindo a march a que possibilite ao alunodescobrir as regras par si pr6prio.

3) Partir sempre do conhecimento para 0 desconhecido, do simples para 0

eomposto.

4) Evitar toda atitude meeaniea, fazendo 0 aluno compreender 0 alva e arazao de tudo 0 que faz.

5) faze-Io apalpar com os dedos e com a vista todas as realidades.

22

6) Confiar a mem6ria somente aquilo que ja foi captado pela inteligencia.

Chico Xavier (1910-2002)

o maior e mais prolffico medium psic6grafo do mundo em todas as epocas nasceuem Pedro Leopoldo, modesta cidade de Minas Gerais, Brasil, em 2 de abril de 1910.Viveu, desde 1959, em Uberaba, no mesmo Estado. Completou 0 curso primario,apenas. Pais: Joao Candido Xavier e Maria Joao de Deus, desencarnados em 1960e 1915, respectivamente. InU'inciadificil; foi caixeiro de armazem e modestofuncionario publico, aposentado desde 1958. Em 7 de maio de 1927 participa de suaprimeira reuniao espirita. Ate 1931 recebe muitas poesias e mensagens, varias dasquais sairam a publico, estampadas a revelia do medium em jornais e revistas, comode autoria de F. Xavier. Nesse mesmo ano. ve, pela primeira vez. 0 EspiritoEmmanuel, seu inseparavel mentor espiritual ate a sua morte.

Em 1932 publica a FEB seu primeiro livro, 0 famoso "Parnaso de Alem-Tumulo";hoje as obras que psicografou vaG a mais de 400. Varias delas estao traduzidas epublicadas em castelhano, esperanto, frances, ingles, japones, grego, etc.

De moral ilibada, realmente humilde e simples, Chico Xavier jamais auferiuvantagens, de qualquer especie, da mediunidade. Sua vida privada e publica temsido objeto de toda especula,ao posslvel, na informa,ao falada, escrita etelevisionada. Apodos e criticas ferinas. tern-no colhido de miudo, sabendo suporta-los com verdadeiro espirito cristao.

Dos livros que psicografou ja se venderam mais de 30 milhoes de exemplares, s6dos editados pel a FEB, em numero de 2005. "Parnaso de Alem-Tumulo", a primeiraobra publicada em 1932, provocou (e comprovou) a questao da identifica,ao dasproduvoes mediunicas, pelo pronunciamento espontaneo dos crfticos. tBis comoHumberto de Campos, ainda vivo na epoca, Agripino Grieco, severo critico literario,de renome nacional, Zeferino Brasil, poeta gaucho, Edmundo Lys, cronista, GarciaJunior, etc. Prefaciando "Parnaso de Alem-Tumulo", escreveu Manuel Quintao:"Romantismo, Condoreirismo, Parnasianismo, Simbolismo, af se ostentam emlouvanias de sons e de cores, para afirmar nao mais subjetiva, mas objetivamente, asobrevivencia de seus interpretes.

Pertencem a essa serie: "Nosso Lar", "Os Mensageiros", "Missionarios da Luz","Obreiros da Vida Eterna", "No Mundo Maior", "Agenda Crista", "Liberta,ao", "Entre aTerra e 0 Ceu", "Nos Dominios da Mediunidade", "A,ao e Rea,ao", "Evolu,ao emdois Mundos", "Mecanismos da Mediunidade", "Conduta Espirita", "Sexo e Destino","Oesobsessao", "E a Vida Continua ...". De parceria com 0 medium Waldo Vieira,Chico Xavier psicografou 17 obras.

A extraordinaria capacidade mediunica de Chico Xavier esta comprovada pelagrande quantidade de autores espirituais. da mais elevada categoria, que por seuintermedio se manifestam. Varios de seus livros foram adaptados para encenavao

23

no palco e sob a forma de radionovelas e telenovelas. 0 dom mediunico maisconhecido de Francisco Xavier e 0 psicografico. Nao e, todavia, 0 unico. Tem ele, eas exercita constantemente, outras mediunidades, tais como: psicofonia, videncia,audiencia, receitista, e outras.

Sua vida, verdadeiramente apostolar, dedicou-a, 0 medium, aos sofredores enecessitados, provindos de longinquos lugares, e tambem aos afazeresmedianeiros, pelos quais nao aceita, em absoluto, qualquer especie de paga. Osdireitos autorais ele os tem cedido graciosamente a varias Editoras e CasasEspiritas, desde 0 primeiro livro.

24

o Que e Design

Segundo Antonio M. Fontoura, design e um amplo campo que envolve e para 0 qualconvergem diferentes disciplinas. Ete pade ser visto como uma atividade, como urnprocesso au entendido em termos dos seus resultados tangiveis. Ele pode ser vistacomo uma func;ao de gestao de projetos, como atividade projetual, como atividadeconceitual, au ainda como urn fen6meno cultural. E. tido como urn meio paraadicionar valor as coisas produzidas pelo hom em e tam bern como urn veiculo paraas mudanC;8s sociais e politicas. Assim:

o design baseia-se no ato de partilhar: e uma atividade coletiva, como 0 sao os seusobjetivos; nao procura a satisfa,ao furtiva do individuo, mas 0 gozo publico demuitos individuos (DORMER, 1995, p.132).

o design e urn processo. Ele comeC;8 com a definiC;8o de urn proposito e avanC;8atraves de uma serie de quest6es e respostas no sentido de uma soluc;ao(BERNSEN, 1995, p.ll).

Um bom design nile e somente a solu,ao de um problema, mas tambem a suadefini,ao apropriada. E isto e uma arte tanto quanto e uma tecnica (BERNSEN,1995, P.15).

o design se refere a rela,ao entre pessoas e produtos (BERNSEN, Jens apud.BONSIEPE, 1997, p.29).

Design Gratico

A meta de urn designer grafico e conseguir comunicar com exita uma mensagem asua audiencia par meio de uma organizayao adequada de palavras e de imagens.

o designer grilfico Paul Rand definiu um profissional de design como sendo um"prestigiada, demonstrando a sua habilidade na manipulayao de varios ingredientesnum determinado espa<;o". Embora se trate de uma descriyaa perspicaz naa da acredito adequado aos juizos esteticos que se encantram envolvidos. No entanta, aprincipia permanece basicamente a me sma, quer se aplique a um cabe<;alho au acria<;ao de imagens de televisao elabaradas por computador. Um cartaz ou um livrecom um bom design pod em parecer a resultado de um esfor,o quase casual porparte do designer. Mas isso raras vezes acontece. Na maioria dos casas e 0

resultado de urn longo processo que inclui ensaios com muitas op<;oes ate serencontrada uma que seja satisfat6ria.

Um born trabalho grafico deve ter em considera<;ao as limita<;oes praticas impostaspelos desejos do cliente, junto com or<;amento, planejamento e a audi€mcia. 0designer atua como urn intermediario, transportando uma mensagem entre 0 clientee as pessoas a quem a mesma e destin ada. Para tal urn designer deve estarfamiliarizado com todas as formas de reprodu9ao.

25

Ao longo de toda a sua hist6ria, 0 design influenciou e foi influenciado pelastendencias da moda, cinema, musica, hist6ria, politica pintura, religiao.

Os primeiros trabalhos graficos eram produzidos por artesaos, membros decorporac;:oes,comerciais de impressores e produtores de ilustrac;:6es.

A profissao de designer grafico nao existia. Uma pessoa executava qualquer tarefaque fosse necessaria para a praduyao de um livra, composiyao, fundiyao dos tipos,impressao, publicayao e venda.

o design grafico, no seu sentido modemo come<foucom a impressao e com amistura de elementos artisticos e mecanicos. Foi em mead os do seculo XVI queClaude Garamond e Jacob Saban separaram a design de tipos da impressaoprapriamente dita.

As primitivas ilustrayoes eram impressas com 0 auxilio de blocos de madeira, ateGutenberg ter comeyado a utilizar blocos de metal, em meados do seculo xv.

o seculo XIX viu a tecnica de impressao dar um grande passo em frente, depois deseculos em que poucos progressos se verificaram. Em meados do seculo XX 0

design grilfico alargou-se aos campos da embalagem, da apresentayao, dosmostruiuios e da publicidade, passando a ocupar por direito proprio urn lugar comoprofissao reconhecida. 0 design grafico continuou a desenvolver-se em paralelocom novas ideias e tecnicas em arquitetura, na industria, na engenharia, natecnologia e no comercio.

Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) teve uma grande influencia no meiomodemo do cartaz. Compreendeu os cartazes como urn meio de comunicar com asoutras pessoas e de conquistar urn publico. Viu a importancia de traduzir 0 seutrabalho numa forma impressa e tirou proveito dos desenvolvimentos da litografia emlarga escala. A tradiyao classica da tipologia centrada, usando varios modelos deletras, teve a sua origem na produyao de titulos e na caligrafia, mas houveinovadores que estavam preparados para desafiar os valores existentes, na procurade urn meio de comunicayao mais eficaz e original. Pintores como Whistler ePis sarro desenharam paginas de rosto para livros utilizando arranjos assimetricos detipos, 0 que colidia com os pad roes estabelecidos na altura.

o design grafico dos nossos dias deriva em grande parte do Movimento de Artes eOficios fundado par William Morris (1834-1896) em 1884; as suas ideiasestenderam-se tanto a impressao e it produyao de livros como ao mobilia rio, aopapel de parede e aos tecidos. Em 1890 fundou a Kelmscott Press, numa tentativade elevar 0 nivel do design e da impresseo de livros. Morris foi um socialista, e haviauma certa qualidade medieval na sua teoria de que todos os produtos deveriam sercriados a mao - "pelo povo, para 0 povo".

A influencia com significado que se verificou a seguir no design foi a do movimentode artes decorativas conhecido como Art Nouveau (Arte Nova), nome de uma lojaaberta em Paris em 1895. Sob um ponto de vista estilistico, as suas origens

26

assentam no design de Morris. As formas caracteristicas deste estilo sao aabundimcia de curvas e de traC(Osfluidos, fazendo lembrar ondas ou cauJesdef1ores.Foi urn estilo grafico de decora<;ao que se transferiu para uma amplavariedade de objetos.

No entanto, a influencia mais importante no design contemporaneo foi a daBauhaus, que surgiu na Alemanha logo a seguir a Primeira Guerra Mundial - WalterGropius (1883-1969), arquiteto. Designer e professor fundou a Escola Bauhaus deArte e Design em Weimar. em 1919. Ensinou principios que vieram a tornar-sefundamentais para quase todos os aspectos do design do s"'culo XX. A filosofia daescola era a de aproximar a arte e a tecnologia. Lazlo Moholy-Nagy (1895-1946). umdos muitos outros dotados prefessores da Bauhaus. disse que a tipografia no designdeveria ser upura comunica<;ao na sua mais fulgurante forma".

A Bauhaus criou um novo tipo de tipografia, fazendo ao mesmo tempo experienciascom materiais de impressao. Herbert Bauer abandonou a utiliza<;ao de letrasmaiusculas na tentativa de representar 0 som tipograficamente.

Ao mesmo tempo desenvolvia-se em Fran<;a 0 movimento radical cubista, lideradopor Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963).

Esta liberdade em rela<;ao a tradi<;ao foi consolidada na decada de 50 pelo designersui«o Jan Tschichold, que defendia a simpJicidade.0 contraste e as cores primarias.Os seus arranjos assimetricos exibiam um requintado conceito visual. Combinavaainda fotografias e texlo, 0 que na altura era rare. Nao e por acaso que 0 designgrafico sui<;oe tido, ainda hoje, em elevada considerayao. A SUiya e urn pais comIres linguas oficiais, que aparecem todas na maioria da literatura impressa. OsSUlyOSviram-se obrigados a lidar com a problema do ordenamento de uma formabastante extrema.

o papel de "designer grilfico" adquiriu uma aceita<;iio real nos Estados Unidos, ondea produ<;aoe a pubJicidademassificadas, em conjunto com 0 cinema criaram anecessidade de designers especializados. A ideia de produzir uma imagemsimb6lica de uma companhia surgiu pela prime ira vez com Lester Beall.

o seu trabalho de design para a Caterpillar levou a utiliza<;iio de um simbolo dacompanhia em tudo, das maquinas de movimenta<;ao de terras, ao material deescrit6rio, exprimindo deliberadamente a essencia dos negocios da Caterpillar.

Nos ultimos 60 anos, a gama de modelos de tipos a disposi<;iiO do designer graticoalargou-se extraordinariamente. Names de grande significado durante este periodoincluem Eric Gill (1882-1940). artista e tipografo, que projetou as familias de tiposGill Sans e Perpetua; Stanley Morrison (1889-1967), que foi consultor da MonotypeCorporation, desenhou a Times e produziu muitos oulros modelos hoje vulgarmentecomercializados; e Adrian Frutiger que produziu a familia de tipos Univers, em 1957.

o design teve originalmente as suas raizes na impressao, e as tecnotogiasavanyadas de impressao influenciaram as abordagens ao designo A impressaooffset em maquinas rotativas, au seja, uma impressao litografica em papel que entra

27

na maquina a partir de uma bobina - e a composi<;aofeita em computador modificouradicalmente a modo como as designers trabalham. 0 designer resolveu sempre osproblemas dentro dos para metros da tecnologia existente, e assim continuara afazer, a medida que a tecnologia progredir mais ainda com a impressao laser e asgrafismos feitos em computador. A nova tecnologia serve meramente para modificarau aumentar os parametres com as quais os designers tem de trabalhar e, narealidade, nunca vira a substituir 0 proprio processo de design

o Livro

A historia do livro, anterior a propria tipografia, criou um manancial de regrasesteticas e de organizayao da pagina campo e do proprio objeto livro que, por urnlado, permite uma grande liberdade ao editor, no sentido lato, e, por outro,estabelece limites que, no minima, e temerario transgredir sem boas motivac;6es.

o livro continua a ser a area mais nobre e mais complexa da industria grafica.

Pode, hoje, revestir-se de formatos e paginayoes muito diversas de acordo com asconteudos, as custos e a imagina<;aodo paginador.

Os livros podern canter apenas texto, especial mente os de beletristica. Nestes, apagina<;aodira respeito a definiyao da rnancha impressa e respectivas rnargens, aotipo de letra e seu corpo, espayo de entre linhas, corpo dos titulos, titulos corridos,numerayao de paginas, endentados dos paragrafos e outros, uso ou nao decapitulares, organizayao de indice, da ficha tecnica e outros elementos extra-texto.

A capa e urn elemento importante cujo arranjo grafico pode ser decisivo do ponto devista comercia!. Esta pode ser flexivel ou, nos livros de maior prestigio, rigida. Casomuito raro hoje em dia, tambem a capa pode ser desprovida de imagem.

Normalmente, essas ilustralfoes referem-se a momentos chave da obra e pod em serexecutados pelo paginador ou por urn artista grafico convidado para 0 efeito. Taisimagens poderao servir eventual mente de separadores entre os diferentes capitulos.

Em certos livros, fazem-se cad ern as separados, a cores au a preto e branco,geralmente num papel de melhor qualidade, reunindo tadas as imagens. Essescadernos situam-se regra geral, a meio do livro, noutros casas, surgern a fecha-Io.

Em livrosde arte, de prestigio, e destinados a urn publico que cultiva particularrnenteesta materia, as ilustralfoes podem ser impressas, a parte, em papel especial edepois cortadas e coladas individual mente a mao. Esta intervenlfao artesanal se parum lado, traz mais custos com mao-de-obra, por outro, confere aos livros um valoradicional.

28

MATERIAlS E METODOS DE PESQUISA

Introdu<;iio

Este projeto visa criar urn livro voltada aD publico infantil, tendo 0 objetivo terconteudo e diagrama,ao de facil assimila,ao. Serao abordados elementos paraconstruc;ao e interpretac;ao dos temas aplicados. 0 centeCldo literario tern como basea Doutrina Espirita.

Foram pesquisadas argumentos discutidos par pesquisadores da mente e dodesenvolvimento do publico infanto-juvenil, Piaget, Vygotysk e Wallon. Estesestudos comprovaram que a crianc;:a constr6i 0 seu conhecimento a partir dasexperiencias anteriores, sendo esta uma construc;ao concreta e naD uma reflexao deGenteudos abstratos.

Houve um levantamento sobre metodos pedag6gicos congruentes com a propostada integra,ao entre 0 Design, Educa,ao Infantil e a Doutrina Espirita.

A pedagogia Ativa ou Nova Escola posicion a 0 aluno e 0 professor como parceirosno descobrimento, esta tende!ncia da educac;ao revoluciona 0 aprendizado nosentido de absor,8o do saber, tendo como objetivo a experimenta,80 de aprender aaprender.

Apesar do espiritismo ter nascido na Franya 0 Brasil e 0 maior pais espirita domundo. Segundo a pesquisa do IBGE do ana de 2000, 2.262.401 pessoas sedeclararam seguidores da Doutrina Espirita. Os escritores espiritas possuem vendasastron6micas, tendo como grande mestre Xico Chavier que vendeu mais de 30milhoes de livros apenas no Brasil, seus livros foram traduzidos para ingles frances eesperantos entre outros.

o Design neste projeto e citado como uma ferramenta de liga,ao entre 0 abstrato eo concreto, junto com analise de cores, formas,conceitos e materiais, vem solucionarum problema no processo cognitiv~ infantil. Atraves de pesquisa, analises eexperiEmcias anteriores relatadas por pesquisadores dos temas sugeridos.

o Livro infantil, segundo Guto Lins deve possuir apelo de cores, ilustray80 e poucamassa de texto. A crianya interage com 0 livro como se fosse urn brinquedo.

Metodologia

Neste capitulo com 0 processos e as metodos que foram utilizados na cOnCepf):8o dolivra e de seu conceito.

o metodo aplicado esta contido em tres lases:

- levantamento do problema:- pesquisa de campo; visitas ao centro de apoio a comunidade.- delini9ao do publico alvo- pesquisa de metodos pedag6gicos

2° fase- defini9ao do universo do produto- analise de produtos similares existentes no mercado- gera9ao de alternativas- teste de alternativa sugerida

3° fase- Aplicar correc;oes e alterac;6es finais- finaliz8C;80 e impressao

30

Pesquisa

Seguindo a primeira fase da metodologia, a pesquisa tai realizada no centrocomunitario: APOIO - Associa9ao Paranaense de Onenta9iio e Integra9ao deOficios localizada a Rua Nair Antunes da Silva, 41 - Centro Industrial Maw, -Colombo - PR.

£ - - -Figura 02: APOIO - AssOCia((i3o Paranaense de Orienta~o Integrayao e Oficios.

A missao do APOIO junto II comunidade:

" Conscientizar, preparar e integrar as pessoas para gerarem qualidade de vida"

Objetivo principal:

" Preslar servic;osde atendimento social aos moradores das vilas circunvizinhas, demodo a melhorar as condi<;oes de sobrevivencia de seus moradores e promoveruma maior conscientiz8<;80 de urbani dade e sociabilidade "

Ideologia:

" Ser uma institui9ao filantropica que atua na regiao metropolitana de Curitiba, naprepara9iio e capacita9iio de pessoas para se tornarem auto suficientes socioeconomicamente"

31

Processos Pedag6gicos

Para entender 0 processo de aprendizagem das criang8s fcram levantadospesquisas e teses sobre a cognigiio entre elas 0 Construtivismo. Sabemos que acognigiio e uma corrente da psicologia que admite a fungiio simb61ica ou a mente(memoria, imagem mental, consciencia, pensamento) como elemento indispensavelpara a explica~o do comportamento humano. Ap6s analise de tendencias emetodos de ensino descobriu-se que destes 0 melhor que se enquadra a proposta ea Pedagogia Ativa reforgada pela psicologia piagetiana e construtivista segundo aqual 0 aluno e que constr6i seu saber a partir de sua atividade tanto manipulatoriacomo intelectual.

Publico Alva

Criang8s com idade de 8 a 13 anos, em tase alfabetiz8gao, classe social baix8.Frequentadores de casas espiritas e centro de apoio a comunidade.

32

Problema

Atualmente sao utilizados livros para aulas e grupos, contudo estes nao abrangem adeficiencia cognitiva dos alunos. Hi:! urna carencia na transposi980 do conteudo ascrian9as, isto e, lalta uma linguagem congruente a realidade local, dificultando acom preen sao dos temas abordados nas aulas.

33

Levantamento de Similares

Similares Diretos

I Frs?Federat;iio Espirita do Parana

Departamenfo de'"fanci ••0 Juvontudo

Figura 05: Livre de Evangelizayao - FEP

Segundo analise editorial, argumentado no livro Planejamento visual de MiltonRibeiro esta public8C;80possui uma deficiencia significativa na sua diagrama~o.Faltado uma concordancia entre a mensagem e 0 interlocutor.

Abaixo demonstro outro exemplo da mesma edigao, tendo como base a Gestalt,neste exemplo a ilustra~o sugere uma decodific8C;80 do signa porem, 0 grafismonao compele a intenc;ao da mensa gem.

34

-~---"""-_ •••_ •• 0), •••••_.,'·h•..•._ •.•.•.•..•."

0.- •• ,"'•••••..._ •••

JOGO oll>Anco(glll'-Uta 06)

Figura 06: Livro de Evangelizayao - FEP

Esta public8<;80 utiliza hist6rias com gravuras para colorir.

Este livro sugere uma interayao de reflex80 com 0 sujeito, atraves de imagens com 0texto. A Impressao esta em preto e branco e formato reduzido sugere a diminui9aodo custo na produ9ao.

35

Hera de praticar

Urn.>omIIcn."""""'If'I.ml •••.•d.&••••I>..dcl:'>R$<1I1,a,;.loJun,,,,,,,,, <Cu. <Ioi< Ii" ••••1""1"<""'. "b•.,,,,.>no.k>~, 1"""'"'' n.n"'.d.& •• hcri.""~ ••••mrlO$d.;~""ol..'"

Qu,nJo, ,i. "n, I••,,,,,,, ,~."" •.~, ••, ,<le"". " .•, I",,, c">Ioo.·",~.d,,i>:

. C,ian~n. ,.••••" ." •• 1'''' ~". "In r.h." '1' •••11",.".1,,,,,,,,,,,.aahnto&IOd<>IMfillwo.o,\<lX\I •.

::~:~~£:::~ ...-tj.•".H',..U ~. "U.::~~I:'.':";:~:----..:~!::'.~~~;:;~ .dc"'''''''',el''',I".Lltu'~"""< •••...

Qu.:l"~Q urn ""01"'" III< r<~i••Ii" p". <On,"'. di"."'Iod.morn1r:

AJ~ ~:?E~§j~ ~y ~~::::~;:;:

. ...lii\..

Figura DB. Llvro Graos de Mostarda.

A publicac;ao 0 Livro dos Espfritos 1 - 1° Parte, apresenta uma impressao a cores ecom melhor acabamento sua paginas internas sao coladas, tendo 0 formata maiorpossibilitando a eXeCU9aO dos exercicios no mesmo.

36

Abaixo apresento a diagramatyao da pagina, ela utiliza ilustra90es e coressugestivas .

•••••_, ••••~w~. __ " ••••••

,_",_,~_o""~",,

.-'-"-".-'=-'=::-:':::'.-:'.:'::':.ri--......•.••.""'~"

, .

Figura 10: 0 Livres des Espirites 1 - 1° Parte.

Nesta pagina contem 0 metodo de interatividade aonde 0 sujeito participarespondenda ao questianario, respastas sugeridas par ilustra90es.

0I10 •••••_._' ••••••"" __ r__ •••.•••_.._ ...•._ ..•....•,.)c-_~....__ ,

Figura 11: 0 Livres des Espiritos 1 1° Parte.

37

A editora Luz e Vida publica livres no seguimento evangelico. Utilizando de grandecriatividade foram desenvolvidos personagens que vivenciam momentos biblicos .Seu conteudo e cativante, tanto no enredo quanta nas ilustra90es.

Figura 13: 0 Verdadeiro Amigo nO 23 - Verso.

38

E demostrado aqui conteudo do livre e sua tarefa de colorir.

Figura 14: Conleudo do livro· 0 Verdadeiro Amigo nO 23.

A publica,ao Conhecendo Jesus, da Natalia Maccari, apresenta urn recurso graficomuito born, tendo uma linguagem coerente ao seu dogma. Contem urn bornacabamento na capa, apesar do seu miolo ser em preto e branco, suas ilustragoescondizem com uma proposta clara e objetiva.

Aqui a diagrama~o esta coerente, 0 grafismo usado esta com linhas firmes eatenuantes. A proposta alcan90u 0 objetivo.

39

A Publica~ao Brincar com Jesus da Ir. Rosa Maria Ramalho, segue 0 mesmo estiloda Natalia Maccari, tormato pequeno, capa colorida e 0 miolo em preto e branco.

rincarcom Jesus

Este livro proporciona um tacil entendimento da tareta.

40

Similares Indiretos

Revista em quadrinho, Toinzinho e a escolha das provas, editora LAKE. Estapublicayiio usa a linguagem dos quadrinhos para passar as mensagens as crianyas.

41

Esta publica<;§o e da Federa9ao Espirita do Parana, utiliza um grafismo tipico delivros de historias infantis, tendo urn born resultado grafico.

Almanaques do Mauricio de Souza, esta publica9ao e um peri6dico interessante,pois e consumido por crian9as e jovens de todas as epocas, seu conteudoproporciona urn divertimento, eontem hist6rias e atividades diversas.

42

Aqui lIustra atividade e passatempo.

43

Parametres e Requisites

o material devera ser compreendido tanto pelo adultos quanta pelas crianc;as,seguindo em dais roteiro de lexto, no primeiro texto estara contido a fabula dahist6ria e no segundo texto a reflexao filos6fica.

Objetivo: interatividade, contetido do tema devera ser reflexivo. As ilustray6esdevem ambientar a proposta da materia.

Sistema Pedag6gico- Pedagogia Ativa- Construtivismo

Texto- Tema Espirita

Simbolos, Signos e leones- Sugestao e decodifica,ao da mensa gem com 0 objeto.

lIustra,oes- Roteire e dramatiza,ao da fabula.

Artes manuais- Atividades atribuidas a mensagem do livre.- Dobradura e origami- Pintura- Ca,a palavras

44

Analise da Tarefa

Houve uma necessidade de conhecer 0 universo infanto-juvenil, forma9iio ludiC8 ecognitiva, afim de obter diretrizes para 0 projeto. Apos identificar uma congruemciaentre design e pedagogia obteve-se 0 conceito de constru9Bo atraves deinforma,oes pre estabelecidas, aonde possibilitou a pesquisa e desenvolvimento depe,as graficas.

Na pesquisa de campo analisou-se a melhor eficie!ncia em objetos que estimulava 0

desafio, criatividade e curiosidade da crian~.

Foram pesquisadas formas e volumes em papeis. Estes fcram utilizados em projetosanteriores.

No processo de criaC;8o fcram utilizados ilustrac;oes e desenhos, tecnicas mistas deaquarela, lapis de cor, marcador e giz pastel.

Segundo Guto Lins, a tecnica e 0 estilo das ilustra,oes destinadas a literaturainfanto-juvenil naD necessitam seguir nenhuma norma. A tecnica, 0 tr890, 85tilo,devera apenas estar em conjunto cooperativQ a favor da mensagem do livra.

Conceito

EspiritualidadePedagogia AtivaConstrutivismo

45

RESULTADOS

Gera~ao de Alternativas

Na geray80 de alternativas foram consideradas as possibilidades delimitadas napesquisa de conceito, publico alvo e diretrizes pedagogicas conforme pre-definido nopara metros e requisitos.

Figura 24: estudo de paginayao

I--------[--------L

Figura 25: estudo de cores.

,~.~!i< . ~"-~.. l,ll).-':;

46

A Oovtn~. O.,."t. no. rtl,na 11.;0,." v IIWSl:o~IInlrC "3""''' del,. no n~.·p.I"""

I·~~-ni~~HHlgh~~it

!8~jmli:~Il~~~Figura 26: estudo de diagramacao.

47

A Borboleta Cartao -:: ~~)~:"~>{

.'"1:

•••bde to.iIolcta. fuo "-- t'" ~~_~. _, .', ,

~~":.~ (omofaw ...

,'...---,.•...•......-- .._.-

~/.0"~ _'J'tr'J~

Figura 29: Esludo de personagens

48

Story Board

Atrav8S do story board, foi passivel fazer urn roteiro para 0 livro, dando enfase ahist6ria e a dramatizayao da cena, foram projetados 16 cenas

'",Figura 30: Story board

Figura 31: Story board'f

49

50

Coloriza~ao das Cenas

A tecnica de ilustrayao utilizada fal a aquarela, na inten9ao de ressaltar a luz e asformas dos ieanes, nesta tecnica usam-se 0 pigmento fica em transpan§ncia e a luzatraves do branco predomina na arte.

Figura 34: 1° cena

/./

Figura 35: 7° cena

51

Figura 36: 100 cena

Figura 37: 13° cana

52

Figura 38: 15° cena

Figura 39: 16° cena

53

Criterios de Sele~ao

Tendo como objetivo fixa<;iio da mensagem e a participa<;iio da crian<;:a em construiro seu conhecimento, a diagrama~o, ilustra980 e Qutros recursos gra:ficos devempropiciar e facilitar 0 acesso destas ao contesta.

Ao trabalhar com publico infanto-juvenil, aplica-se menos textos e rna is recursograficos. Sendo este processo configurado de forma linear, isto e, historia comcomec;o, meio e tim.

54

~~========~3~7~o~m~m~==========~r75mm;r 1 ur~ @ imagem -j

N N 10mm

1•...H_5m_m 460mm, -l

Diagrama~ao

Segue a pagina com a cotas;iio da ilustras;iio e dos respectivos texto.

Figura 40: Diagramayao da pagina.

Fonte Utilizada texto superior: Big Caslon 32 pontos - Cor 100cFonte Utilizada texto inferior: Big Caslon 14 pontos - Cor 100 kTamanho da Lamina 460mm x 255mm

Cor das bordas: 20m 70y

5m 10 y

N(J1

3I TEXTO I 3I

55

·\0 ChCg.lf ~Ln..,

g.dhuo;cl\;ir\On:.dI;lfg-.uinh~\prl.'P~lm~lrclcic,"\o.

Figura 41: Exemplo da Diagrama~o da pagina.

Desenvolvimento da Alternativa Selecionada

Alternativa selecionada, sera impressa em cromia de 4 cores- Miolo papel couche image matte 145 gr.- Capa papel cartiio supremo 300 gr. - com lamina9iio fosca. Grampeado

56

DlscussAo

Comparado com 0 seus similares este prod uta tras urn diferencial nas ilustra90es. nomaterial de pesquisa, nas tarefas incluidas aD enredo. Tendo como foco a cogniyaoda crianya e suas necessidades.

o pontcs positiv~s desta obra esta na sua aplicar;ao didatica e conceitual naabordagem aD tema.

Razoes que comprovam a qualidade do projeto:1 Facil assimila,ao2 Ilustra,oes que identificam 0 tema ao leitor3 Mensagem de facil compreensao.4 Roteiro linear

Ao incorporarmos 0 design, a pedagogia e a doutrina espirita, tivemos urn resultadode grande valor pratico educacional, eslatica e conceitual.

57

CONCLusAo E RECOMENDA<;OES

A concep,ao deste projeto foi realizado atraves de pesquisas e estudo de campo,junto ao cliente. A rela,ao signo objeto ressalta 0 valor tematico da obra, aonde eexplorado 0 valor pedag6gico.

o valor do design esta explicito no contexto grilfico e na tradu,ao do enredo abstratoa composi~ao concreta das formas, desenhos e diagramayao que compoem 0

desenvolver da hist6ria e suas tarefas.

As ilustra<;oes traz a crian<;8 urn universe magicQ, desenvolvendo a ludico, as8xperiemcia do novo, e a traduyao de urn mundo novo aonde tudo e passivel.

Este livra tern como objetivD divulgar a doutrina espirita e seus conceitos, de umaforma linear e objetiva no cicio da vida.

Afim de continuar este projeto sugerimos que utilize as conceitos e as tendenciaspedag6gicas aqui detalhadas.

58

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Niskier, Arnaldo - Educayao brasileira: 500 anos de Historia, 1500-2000 - Sao Paulo: Melhoramentos, 1989.

Piletti, Claudiano; Piletti, Nelson - Filosofia e Historia da Educayao - 2' Ed. - SaoPaulo: Atica, 1985.

NEWMAN, Thelmar R.; NEWMAN, Jay; NEWMAN, Lee - Paper as Art and Craft-New York: Crown, 1977.

Luckesi, Cipriano Carlos - Filosofia da Educayao - Sao Paulo: Cortez, 1994.

Pourtois, Jean-Pierre; Desmet, Huguette - A educayao P6s-Modema - Sao Paulo:Loyola, 1999.

Kshimoto, Tiuko Morchida - 0 Jogo e a Educayao Infantil - Sao Paulo: Pioneira,1998.

Barreiro, Jose Maria Viqueira - EI Padre Jose de Anchieta, Apostato del Brasil,Brasilia, vol. IV, Coimbra, 1949.

Matui, Jiron - Construtivismo: Teoria Construtivista s6cio-hist6rica Aplicada aD

Ensino - Sao Paulo: Modema, 1995.

Azevedo, M. D. Moreira de, - "lnstruy80 Publica nos Tempos Coloniais", in RevistaTrimensal do Instituto Historico, tomo LXV, pp. 141-142.

Rocha, Carlos de Sousa; Marcelo, Mario - Oesign Grafico: Panoramica das ArtesGralicas II - Lisboa . Paralelo, 1995

Gil, Joaquim Antonio Nogueira - Introduyao ao Design Grafico - Lisboa : Quantun,1999.

Pires, J. Herculano -1914-1979 - Pedagogia Espirita - Juiz de Fora: J. HerculanoPires, 1990.

ALVES, Walter Otiveira - Educayao do Espirito: Introduyao a Pedagogia Espirita-5' Ed. - Araras, SP : tOE, 1998.

SWANN, Atan - Como Disenar Reticutas - 2' Ed. - Barcelona: G. Gili, 1993.

COLLARO, Antonio Celso - Projeto Gratico: Teoria e Pratica da Diagramayao - 3'Ed. rev. e ampl. - Sao Paulo' Summus, 1996.CARTER, Rob - Disenando con Tipografia - Switzerland. Rotovision, 1998.

59

MILTON, Ribeiro - Planejamento Visual Grillico - 8' Ed. rev e atualizada. - Brasilia:LGE,2003.

FARINA, Modesto - Psicologia das Cores em Comunica<;ilo - 4' Ed. - Silo Paulo:Edgard BlOcher, 1990.

PARRAMON, Jose M'. - EI Gran Libro de La Acuarela - 2' Ed. - Barcelona:Parramon Ediciones S/A, 1985

L1NS, Guto - Livro Infantil?: Projeto Gratico, metodologia, subjetividade - 2' Ed.-Silo Paulo: Rosari, 2003

A Psicografia ante as Tribunais.1 Miguel Timpani. I FEB - 5' ed.,

Brasil, Mais Alem! I Duilio Lena Berni. I FEB - 5' ed., 1994.

Chico Xavier - Mandato de Amor.1 Uniilo Espirita Mineira, 1992.

Chico Xavier - Mediunidade e Cora<;ilo. I Carlos A. Bacelli.

Instituto Divulga<;ilo Ed. Andre Luiz, 1985

Espiritismo Basico. I Pedro Franco Barbosa. I FEB - 4' ed., 1995

FONTOURA, Antonio Martiniano - Edade, Eduea930 de jovens e erian9as atravlisdo design. Florianopolis, 2002. Tese Doutorado - Departamento de Engenharia deProdu<;ilo e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina.

SARMATZ, Leandro. Espiritismo, que religiilo Ii essa. Super Interessante, SiloPaulo, ed. 180, p. 46-54, set. 2002.

MORAES, Rita. Linhas tra<;adas pel a fe, Isto E, Silo Paulo, ed. 1761, p. 66-67,02/jul. 2003.

VARELLA, Flavia. A nossa moda, Veja, Silo Paulo, p. 78-82, 26/jul. 2000.

FERREIRA, Silvio; PINSKY, Luciana. 0 caminho para outras vidas, Epoea, SiloPaulo, ed. 131, p.54-59, 20/nov. 2000.

CARELLI, Gabriela. Os vivos e as outras Vidas, Veja, Silo Paulo, ed. 1904, p. 114-117, 11/maio 2005.

http://www.feparana.com.br/biografias/chicoxavier.htm

http://www.feparana.com.br/kardec/kardecbiografia.htm

60