Livro final

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7ºA 2013/2014

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7ºA 2013/2014

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Esta história surgiu na sequência do trabalho que realizámos na

disciplina de Português.

Após termos lido e analisado em aula o conto de Mário Carvalho,

O Tombo da Lua , partimos à aventura e entrámos no mundo do Fan-

tástico!

O Tobias, personagem principal da nossa história, vai viver, num só

dia - o dia das bruxas-, várias aventuras inesperadas.

Em trabalho de grupo, “arregaçámos as mangas” e aqui estão as

aventuras que inventámos.

Os alunos do 7ºA

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Era uma vez um menino muito pobre chamado Tobias.

O sonho dele sempre foi ser um fantasma porque, dessa forma, e

roubando sem que ninguém o visse, poderia ter tudo o que queria.

A meio da noite, Tobias acorda com remorsos, pois tinha roubado um fato de fantasma para a festa do dia das bruxas da escola. Reflete um

pouco e volta a adormecer, pouco preocupado.

De manhã acordou, vestiu o fato de fantasma roubado e, automatica-mente, transformou-se em fantasma.

Já na rua, sentiu fome. Dirigiu-se a uma pastelaria e roubou um bolo. Começou a pensar que fez uma má ação e ficou triste, pois nunca tinha roubado comida e podia ser apanhado. Mas logo de seguida, lembrou-se que era um fantasma e que, por isso, nunca seria descober-

to.

Continuou a praticar más ações, roubando tudo o que podia. Quando roubou um fato de vampiro, ouviu a conversa dos donos da loja:

- Estamos falidos! Vamos ter que fechar.

- Tens razão! Com tantas crianças a roubar fatos, ficamos sem nada para vender!

Tobias sentiu-se culpado, pois já tinha roubado dois fatos.

De regresso a casa, tentou falar com os pais, mas estes não o ouviram, pois ele estava ain-da invisível. Para além disso, eles sabiam que ele roubava e tinham vergonha das suas atitu-des.

Como não se sentia bem em casa, Tobias foi ter com os seus amigos para brincar com eles, mas estes, como sabiam das suas más ações, desprezaram-no.

Depois de tudo o que lhe tinha acontecido, ele parou um pouco, sentou-se ao lado de uma

árvore e começou a chorar.

Foi neste momento que ele acordou sobressaltado… tinha sido apenas um sonho, mas para ele fora um enorme pesadelo.

Depois da grande lição que aprendera naquele sonho, Tobias entristeceu-se ao olhar para o fato e decidiu ir devolvê-lo.

Apesar de serem apenas seis da manhã, ele levantou-se, vestiu-se e foi até à loja. Ao che-

gar lá pousou o fato no seu sítio inicial com uma mensagem:

“Aqui está um fato que vos pode fazer a diferença. Eu roubei-o, pois sou muito pobre, não

tenho dinheiro para o comprar e o meu sonho sempre foi ser fantasma, porque só dessa for-ma poderia ter tudo o que queria. Mas esqueci-me que ao ser outra pessoa perdia o que é mais importante para mim. Peço imensa desculpa e podem crer que nunca mais volto a rou-

bar!”

Quando regressou a casa, os pais receberam-no contentes e orgulhosos do filho que tinham.

Autores: Francisco Costa, Luísa Maruny, Mariana Santos,

Gabriela Pereira e Gonçalo Ribeiro

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Durante a manhã...

Após aquele terrível sonho, todos os dias, Tobias tentava arranjar, de alguma forma, algum dinheiro para se sustentar a si e à sua famí-lia. Os seus pais estavam desempregados e a casa onde viviam tinha poucas condições.

Naquela manhã de Halloween, já refeito do susto e depois de fazer as atividades domésticas, foi dar uma volta pelo bairro para se distrair. No caminho, encontrou, caído no chão, um papel que dizia:

“Neste dia de Halloween, terás de tentar vender o máximo de peru-cas em Neptuno”. Sentiu-se intrigado com uma situação: Como ir até Neptuno? Tinha a solução ideal! Deslocar-se-ia de triciclo vermelho às bolinhas amarelas.

A viagem foi a mais espetacular de todas: viu de tudo, desde as mais brilhantes estrelas, passando pelos mais bonitos planetas. Ele não queria que aquilo acabasse, pois estava entusiasmado. A viagem foi rápida, uma vez que as coisas boas passam depressa. Viu logo qual seria a sua banca, pois estava repleta das mais diferentes e assustado-ras perucas. O seu primeiro cliente chegara, finalmente.

- Queria levar cerca de 200 perucas, se possível.- pediu-lhe

- Si… si… sim!- respondeu nervoso, o Tobias.

Começou logo por vender as perucas mais brilhantes, espectacula-res e encantadoras que tinha na sua banca.

Depois do primeiro cliente, Tobias teve muitos outros e, a partir daí, foi muito mais fácil controlar o seu nervosismo.

Chegou ao final da manhã e a sua banca já se encontrava vazia. De repente, avistou ao longe uma pessoa que carregava algo às costas. Tobias ficou com um sorriso de orelha a orelha e voltou para casa com um enorme saco de dinheiro, bem preso na traseira do triciclo.

Quando chegou a casa os pais ficaram surpreendidos e maravilha-dos. Juntos, foram festejar o Halloween.

Autores: Filipa Rocha, Francisco Silva, Luísa Legoinha e Sofia Garcez

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Chegada a hora do almoço ...

Tobias, depois de já ter feito grandes festejos com a sua famí-

lia, encontrou-se com o Tó Zé, para almoçarem numa casa abando-

nada. Esta vivenda tinha três andares e situava-se na esquina da

rua.

Quando lá chegaram, e enquanto preparavam

o almoço, os dois jovens ouviram ruídos vindos

do primeiro andar.

Já no primeiro andar, os rapazes repararam

que estava uma rapariga amarrada ao fundo do corredor. Tobias e

Tó Zé foram logo socorrê-la. Mal a desamarraram, a rapariga disse-

lhes que se chamava Mariana e que todos eles estavam em perigo.

De seguida, e já todos assustados, desceram para o andar de baixo

para saírem de casa. Foi neste momento que se aperceberam que a

porta estava trancada.

Regressaram ao primeiro andar, para encontrarem uma saída,

mas tudo em vão. Procuraram por todo o lado, mas não encontra-

ram nenhuma saída. Quando chegaram ao terceiro, e último, andar

viram ao longe um homem velho com uma foice ensanguentada. O

homem cada vez se aproximava mais deles até que… sem saber

como, Tobias acordou em sua casa, ao lado do Tó Zé.

Nenhum deles sabia como fora lá parar. Entretanto, a hora do

almoço já tinha passado, mas os dois jovens nem se lembravam se

já tinham comido. Fome, não tinham...

Autores:Isabel Ferreira, Mariana Rodrigues, Rodrigo Beires,

Tomás Rocha e Marco Silva

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Ao início da tarde...

Já meio refeito do susto, mas continuando sem qualquer justificação para o que lhe acontecera, Tobias pen-sou para os seus botões «Finalmente, já cheguei a meio deste dia horrível! Quem me dera que ele nunca tivesse existido! Também, já aturei os inúmeros comentários da minha mãe e as constantes perguntas do Tó Zé! Agora,

só me apetece ver televisão o resto do dia e não sair mais de casa!».

Lavou os dentes e instalou-se no sofá, pronto para começar a sessão de cinema dessa tarde.

Ligou a televisão e, para sua sorte, estava a dar o seu filme favorito «007» com James

Bond. Chegou a parte do filme que ele mais gostava e imitou o herói com muito êxtase:

- Sou o Bond; James Bond – citou ele.

Estranhou ouvir uma voz de fundo que dizia exatamente a mesma coisa. Espreitou por

uma porta e avistou o seu ídolo, era realidade, ele estava a ver a cena ao vivo!

Ajoelhado, Tobias foi surpreendido pelo próprio James Bond que, admirado, disse:

-O que é que fazes aqui, rapaz?

-Senhor Bond?!- perguntou Tobias, assustado.

-Sim, o próprio. Mas afinal ... o que é que fazes aqui?

Tobias explicou a situação em que se encontrava. James Bond, pensando que não podia ficar mais admirado,

acrescentou:

- Bem rapaz, tu és um aventureiro, tal como eu. Para te ajudar dou-te um amuleto que uso em todas as minhas

aventuras e que te vai dar muita sorte, de certeza!

Tobias agradeceu, abriu a porta para se despedir daquele mundo e, para seu enorme espanto, deparou-se com imensos lémures a dançar ao som da música «I like to move, it move it». Um leão chamado Alex, seguido de uma

girafa, uma zebra e de um hipopótamo disseram-lhe:

-Então, o que fazes aí parado? Junta-te à festa!

Tobias dançou, cantou e divertiu-se até adormecer. Acordou, mas deitado em material desconfortável. Abriu os

olhos e encontrou-se numa loja de ferramentas.

- Onde é que eu estou?- interrogou ele assustado.

Deparou-se com um boneco de madeira com um grande nariz, que lhe disse:

-Olá, eu sou o Pinóquio. E tu quem és?

-Eu sou o Tobias e estou assustado, porque nunca mais vou conseguir chegar a casa!

- Não desistas, porque eu também nunca desisti de ser um rapaz normal.

Tobias, com este incentivo, preparou-se para superar tudo. E, mais à tardinha, iria pôr o plano «Voltar para

casa» em prática.

Autores: Camila, Leonor, Pedro e Rodrigo Duarte

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Já a tarde ia avançada ...

Por ter seguido o conselho do Pinóquio, Tobias conseguiu regressar a casa.

Tinha acabado de lanchar, já fora do horário habitual, quando a mãe o chamou:

-Tobias, anda cá que preciso da tua ajuda!

-Já vou, mãe! – Exclamou Tobias.

Passado algum tempo, Tobias foi ter com a sua mãe:

-Tobias, vai ao sótão buscar a caixa com as receitas da tua avó.

O rapaz dirigiu-se ao sótão. Era escuro, com montes de caixas a cobrir as paredes. Ao

fundo, via-se um feixe de luz que parecia de uma pequena estrela. Tobias andava de um

lado para o outro, à procura da caixa, quando encontrou uma que estava aberta e onde

estava uma pequena caixa de música que se abriu, quando ele olhou para ela. Tocava uma

música suave e lá dentro girava uma figura de um lobo que o fez cair e adormecer.

Enquanto dormia, lembrou-se de vários episódios que o fizeram recuar à infância, na

presença do seu pai (de quem se lembrava pouco, porque morrera muito cedo).

Quando acordou, levou consigo a caixa com receitas, a caixa de música e um livro

que encontrara no sonho.

Depois de entregar a caixa à mãe, dirigiu-se ao seu quarto.

Já no quarto, começou a folhear o livro e descobriu que aquele era o diário do seu pai onde ele relatou a sua vida e

as suas aventuras. Ao ver as páginas do livro, descobriu que o seu pai era um lobisomem e, vieram-lhe, de repente, à

memória, aguns acontecimentos: aquele dia em que ele chegara a casa com a roupa toda rasgada depois de uma noite

de lua cheia; ou aquele em que sentira uma atração súbita pelo luar…

Assim, Tobias chegou à conclusão que era um lobisomem ... tal como o seu pai.

Autores: Alexandre Brás, Margarida Neves, Manuel Baldaque, Rita Nunes e Vicente Poças.

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À noite...

Após o jantar daquele dia, Tobias pediu aos pais para ir à rua. Como não lhes queria o

que realmente ia fazer, mentiu-lhes, referindo que ia pedir doces.

Saiu de casa e encontrou-se com os amigos, para irem, todos juntos, a uma festa.

Quando lá chegaram, foram muito bem recebidos.

A meio da festa, Tobias tomou uma bebida, sem saber que era uma poção que lhe dava

poderes.

Durante essa noite, e coincidindo com o final da festa, a casa de Tobias foi assaltada. No

momento em que regressava a casa com os amigos, Tobias ainda conse-

guiu ver os assaltantes a fugir. Perseguiu-os, de imediato, sem reparar

que os amigos seguiam o seu exemplo, e só parou quando se apercebeu

que à sua frente estava uma casa antiga, escura, com o telhado quase a

cair e com várias teias de aranha.

Um dos seus amigos disse ao grupo:

- Eles entraram por aqui, temos de ser rápidos!

Enquanto não conseguiam abrir a porta, um outro gritou:

-Vamos pela janela!

-Não! É má ideia!- respondeu o Rui.

Passado algum tempo, os amigos de Tobias ouviram um barulho e fugiram, deixando-o ali,

sozinho. E foi nesse momento que a situação mais incrível daquele dia aconteceu: inexplica-

velmente, ele conseguiu passar por uma parede, pois estava encostado a ela. Um dos assal-

tantes viu-o e fugiu. Mais tarde, outro assaltante apanhou-o e fechou-o na cave. Mas os seus

novos poderes permitiram-lhe libertar-se. Soltou-se e encontrou tudo o que fora roubado de

sua casa.

Entretanto, ao sair da cave, deparou-se com polícias a prender os assaltantes e viu que os

seus pais também ali estavam, aflitos e preocupados. Quando se estava a aproximar deles,

tropeçou e caiu no chão. Tentou levantar-se, mas em vão. Apercebeu-se que tudo não passara

de um sonho e que ele estava ali, preso à sua cama, de onde não tinha forças para sair.

De repente, ouviu, ao longe, um relógio a dar horas. Eram as doze badaladas da meia-

noite.

Pensou para si «Finalmente, este dia acabou! Acho que foi o dia mais inacreditável da

minha vida! Apesar de ter sido herói por várias vezes, nada é melhor do que voltar ao «Tobias

normal». Agora sim, vou descansar. »

Autores: Afonso Torres, Rita Pinho e Raquel Barbosa

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No dia seguinte ...

o Tobias viveu muitas mais aventuras, com todos os seus amigos, só que desta vez,...

todas elas bem reais!

FIM

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