Livro Exercicios Resolvidos
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QUESTES RESOLVIDASDE LNGUA PORTUGUESA
PARA CONCURSOS
Vernica Kobs
IESDE Brasil S.A.Curitiba2010
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IESDE Brasil S.A.Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200Batel Curitiba PR0800 708 88 88 www.iesde.com.br
Todos os direitos reservados.
2010 IESDE Brasil S.A. proibida a reproduo, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorizao por escrito dos autores edo detentor dos direitos autorais.
Capa: IESDE Brasil S.A.
Imagem da capa: IESDE Brasil S.A.
B 75i Kobs, Vernica. / Questes Resolvidas de Lngua Portuguesa para con-cursos. / Vernica Kobs Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2010.112 p. [Srie Aprova Concursos]
ISBN: 978-85-387-1286-2
1. Interpretao. 2. Gramtica. 3. Texto. 4. Anlise de questes. 5. Ortografa.
I. Ttulo.
CDD 407
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Vernica Kobs
Doutora em Estudos Literrios, Mestra em Li-teratura Brasileira e licenciada em Letras portu-guslatim pela Universidade Federal do Paran(UFPR).
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sumrio
sumrio
Questes Resolvidas de
Lngua Portuguesa para concursos aula 19
Questes Resolvidas de
Lngua Portuguesa para concursos aula 233
Questes Resolvidas deLngua Portuguesa para concursos aula 3
57
Questes Resolvidas deLngua Portuguesa para concursos aula 4
83
Anotaes111
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QuestesResolvidasdeLngua
Portu
guesapar
aconcurs
os
Apresentao
O material de Questes Resolvidas de Lngua Por-tuguesa para concursos tem como objetivo treinaros alunos no que se reere ao ormato e aos temasdas provas de dierentes concursos de renome re-alizados no pas. A parte de anlise das questesajuda a desenvolver o senso crtico do aluno, demodo a possibilitar a reviso da resposta e, em
caso de erro, permite a compreenso do problemae a redenio do raciocnio. Esse processo amilia-riza o candidato com as especicidades das provas,que, alm de conhecimento gramatical, exigemboa desenvoltura na produo e na interpretaode textos e muita ateno na leitura das questes.
So apresentadas a questo a ser analisada, aresposta correta e, em seguida, uma anlise que
justica a resposta certa e explica por que as outrasalternativas esto incorretas. Dentre os temas privi-legiados, destacam-se
interpretao de texto;
relao do texto com as partes que o com-pem;
concordncia e regncia (nominais e verbais);
colocao pronominal;
acentuao; e
as novas regras de ortograa.
Vernica Daniel Kobs
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Portuguesa para concursos aula 1
Para as questes de 1 a 4, leia o texto a seguir.
Que pas esse?(CANTANHDE, 2007)
Segundo o Banco Mundial, o Brasil a dcima maior economia do planeta,
com um Produto Interno Bruto (PIB) de US$1,585 trilho, que corresponde a
2,88% das riquezas produzidas no mundo em 2005 e a praticamente metade
de tudo o que Amrica do Sul produziu no ano. Parabns governo FHC! Para-
bns governo Lula!
S que... mesmo assimo Brasil oi o nico pas do Brics (Brasil, Rssia, ndia
e China) que no avanou. E o que mais interessa no a competio pela
economia, mas o que ela assegura para os cidados.
O Brasil a dcima economia, mas tambm o ltimo lugar no ranking
dos pases com melhor desenvolvimento humano, alm de estar entre os l-
timos em educao (leitura, cincias e matemtica).
Ou seja: o Brasil vai bem, mas os brasileiros, nem tanto. O maior problema
continua sendo o da distribuio macabra de renda, com uma minoria na-
dando em dinheiro e a maioria sem educao, sem sade, muitas vezes sem
comida. E todos sem segurana.
O Bolsa Famlia necessrio e bem-vindo, mas apenas emergencial, um
estgio. O undamental garantir a incluso social sistemtica e sustentvel.
Alm disso, o Brasil a dcima economia, mas ainda capaz das maiores
atrocidades contra seus cidados, e justamente contra os mais desassistidos,os mais rgeis.
[...]
H uma doena neste pas. Essa doena se chama desigualdade social, que
contamina os agentes do Estado, a Justia, o Legislativo, o Executivo, as ruas
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e as nossas prprias casas e tem como principal eeito o abuso contra as pes-
soas. Como se houvesse dois, trs, quatro tipos de gente. No existe. Ns
somos todos iguais.
Falta um encontro de contas entre o Brasil dcima economia e o Brasil
dos brasileiros.Bom Natal, excelente Ano Novo! E vamos continuar gritando, reclamando,
cobrando. assim que o mundo gira, e a gente constri um pas melhor.
1. Considere as armaes.
I. De acordo com a autora, os programas sociais do governo so
bem-vindos e sucientes para o estado emergencial em que o pas
se encontra.
II. O bom desempenho na economia garante qualidade de vida aos
cidados de um pas.
De acordo com o texto, est correta:
a) Somente a armativa I.
b) Somente a armativa II.
c) As armativas I e II.
d) Nenhuma das armativas.
Resposta: D
Anlise
Vamos considerar a alternativa I: de ato a autora menciona, no quinto pa-
rgrao do texto, que o Bolsa Famlia necessrio e bem-vindo, mas ela noconcorda com a ideia de que os programas sociais do governo sejam su-
cientes para o estado emergencial em que o pas se encontra. Para conrmar
isso, basta voltarmos ao quinto pargrao e ler a sua continuao: o Bolsa Fa-
mlia considerado pela autora apenas emergencial, um estgio, trecho que
invalida, portanto, a segunda parte da opo I.
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A alternativa II tambm est incorreta e no texto sobram exemplos que
comprovam isso. Se o bom desempenho econmico realmente garantisse
mais qualidade de vida aos brasileiros, a autora no iria azer relexes
com estas:
terceiro pargrao O Brasil a dcima economia, mas tambm o
ltimo lugar no ranking dos pases com melhor desenvolvimento hu-
mano, alm de estar entre os ltimos em educao [].
quarto pargrao Ou seja: o Brasil vai bem, mas os brasileiros,
nem tanto.
2. De acordo com o texto, o principal problema brasileiro
a) so as doenas que assolam a populao.b) a desigualdade social.
c) a violncia da polcia.
d) a competio da economia.
Resposta: B
Anlise
A desigualdade social o principal ponto abordado no texto. A prova
disso que ela perpassa diversos trechos, tais como 1) O maior problema
continua sendo o da distribuio macabra de renda, com uma minoria na-
dando em dinheiro e a maioria sem educao, sem sade, muitas vezes sem
comida; e 2) H uma doena neste pas. Essa doena se chama desigualda-
de social[].
O ato de a autora considerar a desigualdade social uma doena (exem-plo 2) pode levar alguns ao erro de considerar a alternativa a como a correta.
No entanto, preciso atentar para a dierena entre doena (singular) e doen-
as (plural), e para o mais importante: o exerccio de interpretao e, logo,
at as metoras devem ser elucidadas, ainda mais quando uma das opes
dadas a responsvel por essa clareza.
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Chegamos assim alternativa c, incorreta porque a violncia da polcia,
de acordo com o texto, no o principal problema brasileiro, mas uma das
consequncias de algo muito maior. Obviamente, a violncia um proble-
ma, mas no o maior deles. O status de principal s cabe ao elemento que
desencadeia ou que gera essa violncia: a desigualdade social, conorme a
viso da autora.
Por m, a ltima alternativa menciona a competio da economia. A in-
correo est no ato de isso, no texto, no ser encarado como problema. A
competio at motiva os pases ao crescimento. O problema, portanto, o
ato de a boa colocao no ranking econmico no assegurar melhorias no
padro de vida do brasileiro.
3. A conjuno mesmo assim, no segundo pargrao, estabelece uma re-
lao de
a) causa.
b) consequncia.
c) concesso.
d) condio.
Resposta:C
Anlise
Para entender por que a resposta certa a c, vamos recuperar o perodo
em que a conjuno aparece no texto: S que mesmo assim o Brasil oi o
nico pas do Brics [] que no avanou. Veja que o perodo comea com a
expresso s que, indicando que existe algo que no combina com o des-
taque alcanado pelo Brasil no panorama econmico. O normal seria que o
avano combinasse com a boa colocao no ranking, mas h uma brecha,ou uma exceo. A conjuno concessiva, em geral, trabalha com elementos
discordantes.
Vamos entender agora por que as demais alternativas esto erradas.
A alternativa a arma que mesmo assim estabelece a relao de causa.
Errado: justamente a ideia de discordncia que impede a validao dessa
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alternativa. A causa pode ser exemplicada neste perodo: Por causa da de-
sigualdade social, o ndice da violncia urbana aumenta gradativamente. Por
causa de o conjunto de palavras responsvel por expressar essa relao.
A opo b arma que a relao estabelecida a de consequncia, mas para
express-la seria necessrio o uso de uma conjuno parecida do exemplousado na alternativa a anal, causa e consequncia so elementos de um
mesmo conjunto ou de uma mesma ideia. Sendo assim, recuperando o exem-
plo anterior, se a causa a desigualdade social, a consequncia o crescimen-
to gradativo do ndice de violncia urbana.
Restou a opo d, que sugere condio como resposta certa. Se assim
osse, teramos algo parecido com uma ameaa. Por exemplo: Se voc no
estiver com o passaporte em dia, perder a chance de estudar no exterior.
4. Considere a orao abaixo.
O undamental garantir a incluso social sistemtica e sustentvel.
Substituindo a expresso destacada pelo pronome adequado, temos:
a) O undamental garanti-la.
b) O undamental a garantir.
c) O undamental garantir-lhe.
d) O undamental garanti-las.
Resposta:A
Anlise
A questo trata de colocao pronominal. Garanti-la um caso de nclise (colo-
cao do pronome oblquo depois do verbo). A uno do pronome a substituir
a incluso social sistemtica e sustentvel. Mas por que o uso do singular? Porque
a incluso uma s, embora tenha dois atributos sistemtica e sustentvel.
Outra explicao que comprova que a opo a est de ato correta esta:
garantir, nesse caso, um verbo transitivo direto. Verbos dessa modalidade
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pedem como complemento um objeto direto e, portanto, os pronomes obl-
quos que podem cumprir essa uno so, principalmente, o, a, os, as. Para
acilitar a pronncia, quando essas partculas so justapostas ao verbo, pre-
cisam de uma consoante que uncione como ponte, uno desempenhada
pelo l, em garanti-la.
A alternativa b (O undamental a garantir.) est incorreta porque apre-
senta a prclise (pronome oblquo antes do verbo) e no h nenhuma palavra
atrativa que justique a opo pela prclise em vez da nclise.
Na letra c(O undamental garantir-lhe.), o erro mais grave porque o
pronome oblquo lhe substitui apenas objetos indiretos e na explicao da
alternativa a j vimos que o complemento a incluso social sistemtica e
sustentvel objeto direto do verbo garantir. Aproundando essa consta-
tao, destaque-se que o verbo liga-se ao objeto sem preposio (de mododireto, portanto).
A explicao do que torna a alternativa dincorreta talvez seja o caso mais
simples dentre os analisados nesta questo: o pronome oblquo oi usado no
plural e, como j oi mencionado, a incluso uma s, embora tenha dois
atributos sistemtica e sustentvel.
5. Considere a notcia e as armaes que se seguem.
Celular teria causado exploso em posto em So Paulo.
I. O uso do verbo no uturo do presente indica uma possibilidade.
II. O verbo encontra-se em um tempo composto.
a) Somente a armativa est correta.
b) Somente a armativa II est correta.
c) As armativas I e II esto corretas.
d) Nenhuma das armativas est correta.
Resposta:B
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Anlise
Nessa questo, deve ser analisado o perodo Celular teria causado explo-
so em Posto em So Paulo. O item II arma que o verbo encontra-se em
um tempo composto, o que est correto, j que teria causado uma locu-
o verbal ormada pelo verbo terno uturo do pretrito e pelo particpio doverbo causar.
O item I, incorreto, menciona que o uso do verbo no uturo do presente
indica uma possibilidade. O erro apenas um detalhe e diz respeito ao tempo
do verbo que, na verdade, o uturo do pretrito (teria). Se o verbo estivesse
conjugado no uturo do presente, seria ter.
Sendo assim, apenas o item II az uma armao correta sobre o perodo
proposto.
6. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas.
Peo _________ voc que entregue o relatrio _________ secretria.
a) a .
b) a a.
c) .
d) a.
Resposta:A
Anlise
As opes dessa questo opem apenas dois tipos de a, com e sem o
acento grave. Lembrando rapidamente o que orma o craseado, chegamos
juno do a artigo com o a preposio. Essa a principal condio parao uso do acento grave, mas as regras para esse tema da lngua portuguesa
so muitas.
As lacunas que devem ser preenchidas, na questo, aparecem diante
das palavras voc e secretria. Para resolv-la, vamos usar uma regra apenas.
Como o resultado da uso entre preposio e artigo, claro que, em se
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tratando do artigo a, eminino, o esperado que a palavra que precedida do
admita o artigo e concorde com ele em gnero e nmero.
Voc no admite artigo nem eminino, nem masculino. Logo, a lacuna antes
dessa palavra deve ser completada com a, sem o acento grave, e esse a tem a
uno de preposio apenas, de modo que pode ser substitudo por para.Secretria, ao contrrio, admite artigo, pois podemos alar a secretria e
as secretrias. Alm disso, o a artigo est no singular, concordando pereita-
mente com o substantivo (secretria), tambm no singular. Diante de secret-
ria, portanto, a lacuna deve ser preenchida com , com o acento grave, resul-
tado da uso entre preposio e artigo e, por isso, equivalente a para a.
Vejamos, agora, o perodo completado corretamente: Peo a voc que
entregue o relatrio secretria.
7. Considere as oraes abaixo.
I. Custou-me acreditar naquela histria.
II. No simpatizei com ele.
De acordo com a norma culta:
a) Somente I est correta.
b) Somente II est correta.
c) I e II esto corretas.
d) Nenhuma est correta.
Resposta: C
Anlise
A questo prope que sejam analisados dois perodos I. Custou-me acre-
ditar naquela histria. e II. No simpatizei com ele. Os dois esto corretos.
Resta agora entendermos por qu. O assunto aqui regncia verbal e envol-
ve a relao entre os verbos e seus complementos.
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O verbo acreditar, do perodo I, exige um objeto indireto, ou seja, aquele
que se liga ao verbo por meio de uma preposio, porque quem acredita,
acredita em alguma coisa. Mas onde est o em, nessa orao? O em parte
integrante do termo naquela (em + aquela) e segue o mesmo processo de
composio das ormas combinadas no (em + o = no) e na (em + a = na).
Do mesmo modo que o verbo acreditar, simpatizar tambm exige como
complemento um objeto indireto. O que varia a preposio usada para ligar
o objeto ao verbo. Assim como o correto acreditar em, no caso do verbo
simpatizar a preposio exigida com. Logo, quem simpatiza simpatiza
com algum.
8. Considere as oraes abaixo.
I. Paulo e Joana estavam s.
II. Ns s desejamos a sua elicidade.
De acordo com a norma culta:
a) Somente I est correta.
b) Somente II est correta.
c) I e II esto corretas.
d) Nenhuma est correta.
Resposta:B
Anlise
Seguindo o mesmo padro do exerccio anterior, aqui tambm so pro-
postas duas oraes para anlise: I. Paulo e Joana estavam s. e II. Ns s de-
sejamos a sua elicidade. O elemento comum entre I e II a palavra s e a cor-reta resoluo dessa questo exige a dierenciao entre adjetivo e advrbio.
Alguns lembretes importantes sobre adjetivo: considerado como um atri-
buto (qualidade, deeito ou estado), o adjetivo deve concordar em gnero e
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nmero com o substantivo a que se reere; e em oraes nominais isto ,
com verbos de ligao , o adjetivo elemento essencial.
O item I apresenta essa estrutura, j que traz um sujeito composto (Paulo
e Joana), um verbo de ligao (estavam) e um adjetivo (s). At aqui, no
h problema, mas observando mais atentamente o adjetivo percebemos queele no est concordando com o sujeito. A opo, portanto, est incorreta. O
correto seria: Paulo e Joana estavam ss, do mesmo modo que escrevera-
mos ou alaramos Os garotos estavam cansados, e no estavam cansado
anal, se meninos est no plural, o adjetivo tambm deve ser fexionado
no plural.
No item II, a palavra s tem outra uno: a de advrbio. Os advrbios, ao
contrrio dos adjetivos, so invariveis, no permitem a orma plural. Fica
claro, portanto, que o pronome ns aparece na orao com a clara intenode nos conundir. Porm, uma anlise mais atenta e o uso de um macete (a
substituio de s por apenas) permitem uma concluso acertada: a orao II
est correta porque, neste caso, s advrbio e, portanto, no admite plural.
9. Considere as oraes abaixo.
I. Seus problemas, naquela poca, eram muitos.
II. O rapaz e seu colega humildemente, pediram ajuda ao proessor.
A pontuao est correta:
a) Somente em I.
b) Somente em II.
c) Em I e II.
d) Em nenhuma das oraes.
Resposta:A
Anlise
Nos itens I e II, o uso da vrgula no perodo est associado presena de
advrbio ou locuo adverbial. Isso causa, nos dois exemplos, uma ruptura na
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inormao bsica, pois naquela poca e humildemente so inseridos no
meio do perodo.
As inormaes bsicas so ormadas pelos termos essenciais da orao,
ou seja, sujeito e predicado. No item I, a inormao bsica ormada por
Seus problemas (sujeito) + eram muitos (predicado nominal = verbo de li-gao + predicativo). Os demais elementos do perodo no azem parte dessa
estrutura bsica e por isso so considerados acessrios. A locuo adverbial
naquela poca az parte dessa categoria. considerada, portanto, uma in-
ormao complementar. Como o nome tenta explicar, a uno da locuo,
no perodo em anlise, apenas completar a inormao bsica.
Quando se deseja incluir uma inormao complementar, quem est escre-
vendo um texto deve usar a vrgula para indicar o acrscimo. A vrgula deve
abrir e echar o bloco em que o complemento ser inserido, de modo que, sepudssemos apagar o que est entre vrgulas, teramos novamente a inor-
mao bsica. Esse macete serve para vericar se a pontuao est adequada.
Para conrmarmos isso, vamos voltar ao item I:
I. Seus problemas, naquela poca, eram muitos.
Agora, vamos ler apenas as inormaes que vm antes e depois das vrgu-
las, esquecendo a locuo adverbial:
I. Seus problemas eram muitos.Temos um perodo de sentido completo, o que prova que as vrgulas oram
colocadas no lugar adequado.
O item II est incorreto porque, se tentarmos aplicar esse macete para res-
gatar a inormao bsica do perodo, teremos:
O rapaz e seu colega humildemente.
ou
Pediram ajuda ao proessor.
O advrbio humildemente oi acrescentado ao perodo, mas sem usar as
vrgulas adequadamente. Por isso, a vrgula causa uma ruptura entre os dois
termos da inormao bsica, tornando-os incompletos. Na primeira opo,
temos o sujeito e o advrbio e, na segunda, o predicado. O grande problema
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que a vrgula nunca pode separar sujeito de predicado. Sendo assim, o trecho
II est pontuado de modo incorreto. O certo seria colocar uma vrgula antes e
outra depois do advrbio:
O rapaz e seu colega, humildemente, pediram ajuda ao proessor.
Agora que o perodo oi pontuado corretamente, ca cil retomar-mos as duas partes da inormao bsica, desprezando a inormao
complementar:
O rapaz e seu colega pediram ajuda ao proessor.
Texto para as questes 10 a 15.
A rota lusitana: ousar preciso(MAIEROVITCH, 2000. Adaptado.)
Portugal est prestes a mudar sua poltica criminal em relao questo
das drogas ilcitas. Proposta legislativa entende que o caminho para se chegar
reduo da demanda passa pela conscientizao, obtida por meio da in-
ormao adequada e abandono da intimidao contida abstratamente na
lei penal.
A vingar o projeto lusitano, o porte de droga para uso prprio transorma--se em inrao administrativa, paga com multa. Essa nova tendncia aproxi-
mar os portugueses dos seus parceiros da Unio Europeia.
Do lado brasileiro, o porte para uso prprio considerado crime. A pena
de privao de liberdade, de seis meses a dois anos, mais multa.
Tenta-se, por iniciativa da Secretaria Nacional Antidrogas, substituir a de-
teno por medida socioeducativa, sem registro no livro dos culpados. Reeri-
do registro nasceu no bojo do inamante livro V das Ordenaes Filipinas. As
ordenaes vigoraram no Brasil at o Cdigo Penal de 1850, mas o registro norol dos culpados continua prestigiado at hoje.
Desse livro so extradas olhas de antecedentes criminais, exigidas aos
candidatos a empregos e aos concursos pblicos. No Brasil, at o experimen-
tador da droga azara-se pelo resto da vida.
(Carta Capital, 2 ago. 2000)
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10. Considerando o texto, relativamente a aspectos de tipologia textual
e linguagem empregada, julgue os itens abaixo, marcando se est
certo (C) ou errado (E).
a) ( ) O texto pode ser considerado como de estrutura dissertativa,com aspectos positivos e algumas passagens caracterizadoras
de descrio histrica.b) ( ) Inadequada escolha lexical provocou eeito caconico no ttulo.
c) ( ) Com respeito ao nvel lexical, procedente a armativa de queest trabalhado em registro ormal.
d) ( ) Em No Brasil, at o experimentador da droga azara-se peloresto da vida, o verbo destacado caracteriza gria.
e) ( ) O emprego de vocabulrio tpico da cincia jurdica permite aarmativa de que se encontram, no texto, exemplos de jargo
prossional.
Resposta: E, C, C, E, E
Anlise
O item a est errado porque arma que o texto tem estrutura dissertativa,
sendo que o texto lido no obedece a esse modelo, restringindo-se a uma
comparao simples, sem aproundamento e com intererncia de opinio,mas sem lista de argumentos que servem deesa de uma tese.
A alternativa b est correta porque chama ateno para a cacoonia do
ttulo (a rota e arrota). A cacoonia considerada um vcio de linguagem
porque a juno de palavras orma uma nova palavra, com um signicado
que, geralmente, destoa do restante do texto. Isso acontece no ttulo do texto,
porque a colocao do artigo a antes de rota orma arrota. Outros exemplos
de cacoonia bem conhecidos so a boca dela, at tinha, por cada.
Tambm est correta a letra c, que destaca a ormalidade do texto, levando
em conta o aspecto lexical, o vocabulrio utilizado. Outra pista dessa ormali-
dade, determinando a escolha lexical, o veculo em que o texto publicado,
o peridico Carta Capital, meio de comunicao de massa que, como qual-
quer outro jornal ou revista de alto nvel, exige ormalidade e obedincia
norma culta.
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Questes Resolvidas de Lngua Portuguesa para concursos aula 1
A opo d reere-se ao verbo azarar como gria. O erro est justamente
a. Esse verbo pode ser assim considerado quando or sinnimo de paque-
rar. Porm, no texto o uso de azararcorresponde a um sentido mais ormal:
transmitir m sorte.
No item e, sugere-se que o texto usa o jargo jurdico. Errado: se assimosse, o texto deveria trazer termos mais especcos. O tema, sem dvida, re-
laciona-se rea jurdica, em alguns pontos, mas visvel que o autor procura
escrever para a massa, acilitando a linguagem, para que o texto seja compre-
endido pelo maior nmero de pessoas.
11. Julgue os itens abaixo, que azem meno a aspectos de organizao
textual, marcando C e E.
a) ( ) Estruturado em dois conjuntos de inormaes pertinentes adierentes percepes acerca de uma mesma questo, o textotem no ragmento Do lado brasileiro seu marco divisrio.
b) ( ) A expresso Essa nova tendncia, por ser remissiva a usoprprio, representa, no interior do segundo pargrao, umelemento de coeso interna.
c) ( ) O ttulo recuperado e explicitado pela passagem mudar suapoltica criminal em relao questo das drogas ilcitas.
d) ( ) A clareza da exposio do que se enuncia no ragmento contidoentre as linhas 3 e 4 tornar-se-ia maior caso o ragmento tivesseseu paralelismo sinttico realado pelo uso da preposio de, talqual se verica em obtida por meio da inormao adequadae de abandono da intimidao contida abstratamente na leipenal.
e) ( ) A indeterminao do autor da ao verbal pertinente a Tenta--se est sendo provocada pelo pronome oblquo se, que exercepapel de ndice de indeterminao do sujeito.
Resposta: C, E, C, E, E
Anlise
A alternativa a est correta, pois apresenta a clara diviso do texto em dois
blocos, o primeiro com inormaes sobre Portugal e o segundo com inor-
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maes relativas ao Brasil. Essa oposio o que caracteriza o texto como
uma comparao. O item tambm est correto ao apontar o ragmento Do
lado brasileiro como marco divisrio.
O item b est errado e o motivo simples: Essa nova tendncia no se reere
a uso prprio, mas ao ato de, no novo projeto lusitano, o porte de droga parauso prprio transormar-se em inrao administrativa, paga com multa.
Est correta a opo c, que az reerncia relao do ttulo com a mudan-
a da poltica criminal em relao questo das drogas ilcitas. Retomando o
ttulo, temos: A rota lusitana: ousar preciso e, associando o substantivo rota
com a orao ousar preciso, ca clara a ideia de mudana e superao em
relao poltica criminal atual.
Na opo d, o erro est no ato de ser sugerido o realce da preposio
de para dar maior clareza ao trecho em questo. Tal destaque desnecess-rio. Subentende-se acilmente que a mesma preposio rege as duas partes
enunciadas pela expresso por meio de (por meio disso e por meio daquilo).
Alm disso, perceba que a expresso por meio tambm no repetida e, no
entanto, o trecho totalmente compreensvel.
No item e, tambm h erro. De acordo com o que esse item sugere, Tenta-
-se teria um sujeito indeterminado, enquanto, na verdade, o sujeito simples
(substituir a deteno por medida administrativa), o se sendo apenas a par-
tcula apassivadora desse sujeito.
12. Julgue as armativas que se seguem, elaboradas a partir da compre-
enso de passagens do texto, e marque C ou E.
a) ( ) Em parte da Europa, dierentemente do que sucede no Brasil, ousurio de drogas ilcitas no considerado criminoso.
b) ( ) No Brasil, a posse de drogas ilcitas, seja para consumo prprioou para comercializao, pode implicar deteno mxima dedois anos, ou multa.
c) ( ) Embora tenha sido abolido do sistema penal brasileiro com oadvento do Cdigo Penal de 1850, um dos captulos do livro V dasOrdenaes Filipinas at hoje vem sendo acatado em nosso pas.
d) ( ) A tentativa da substituio da pena de privao de liberdadepor medidas de carter socioeducativo aproxima o Brasil dosparceiros europeus de Portugal.
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e) ( ) Ainda hoje, candidatos a empregos pblicos cumpremexigncia de apresentar declarao que comprove no seremusurios de drogas ilcitas.
Resposta: C, E, E, C, E
AnliseO item a est correto e encontra correspondente no nal do segundo e
no incio do terceiro pargraos do texto: Essa nova tendncia aproximar
os portugueses dos seus parceiros da Unio Europeia./ Do lado brasileiro, o
porte para uso prprio considerado crime.
Na alternativa b, o erro acontece em duas passagens quando inorma que
a pena a mesma para aqueles que consomem e para aqueles que comercia-
lizam drogas; e quando trata da deteno e da multa como coisas excluden-tes. Errado: de ato, o texto az reerncia pena de deteno, que pode variar
entre seis meses e dois anos, mas a multa um acrscimo, ou seja, os crimino-
sos so punidos com deteno e multa, e no com deteno ou multa.
A alternativa c est errada porque apresenta uma contradio bastante
sria. Primeiro, az meno abolio do livro V das Ordenaes Filipinas
e, algumas linhas depois disso, arma que esse captulo at hoje vem sendo
acatado em nosso pas. Anal, o captulo oi abolido ou ainda est em vigor,
no Brasil? A contradio dessa alternativa torna-a invlida.
O item dest correto porque az a relao adequada: se, no Brasil, usurios
e tracantes so tratados como criminosos, ento a tentativa da substituio
da pena de privao de liberdade por medidas de carter socioeducativo ee-
tivamente aproxima o Brasil dos parceiros europeus de Portugal. Novamen-
te, o nal do segundo pargrao e o incio do terceiro servem de reoro ao
ato de o item estar absolutamente correto.
Na opo e, o erro est na armao de que candidatos a empregos p-
blicos devem comprovar no serem usurios de drogas. Isso vai de encontro
ao que o texto inorma: candidatos a empregos e aos concursos pblicos.
A resposta sugerida exclui do texto a palavra concursos e, alm disso, pbli-
cos pode se reerir apenas a concursos ou a concursos e empregos. Dessa
orma, a alternativa reduz o signicado dado pela passagem do texto. Some-
se a isso o ato de, atualmente, candidatos a vrios tipos de emprego pbli-
co ou no terem de ornecer a declarao mencionada no texto.
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13. Julgue se as armativas abaixo, acerca de passagens do texto, esto
corretas e em seguida marque C ou E.
a) ( ) Em A vingar o projeto lusitano, a preposio que antecede oinnitivo az surgir ideia condicional.
b) ( ) No ragmento Portugal est prestes a mudar sua poltica
criminal em relao questo das drogas ilcitas, a preposiodestacada indica emprego transitivo direto e indireto do verbomudar.
c) ( ) Com igual acerto, seria possvel colocar o pronome oblquo dapassagem para se chegar reduo da demanda encltico aoverbo chegar.
d) ( ) Em obtida por meio da inormao adequada, a expressodestacada poderia estar graada atravs da, com igual
propriedade vocabular.e) ( ) O emprego do acento grave em para se chegar reduo da
demanda indica que o substantivo demanda est usado comdenio semntica.
Resposta: C, E, C, E, C
Anlise
A alternativa a est correta, verdadeira a armao de que em A vingar oprojeto lusitano a preposio tem valor condicional, pois o trecho dado pode
ser substitudo por Se vingar o projeto lusitano. Sendo assim, demonstra-se
acilmente que o a equivale ao se, preposio requentemente utilizada para
expressar condio.
A opo b est errada porque a preposio a no completa o verbo mudar
e sim a expresso estar prestes, ormada por verbo de ligao + adjetivo.
No item c, sugere-se o uso para chegar-se, considerado to correto quanto
para se chegar. A sugesto correta, j que a preposio para no az parte
da lista de palavras atrativas que exigem a prclise em vez da nclise.
A opo d est errada porque, equivocadamente, trata por meio da e
atravs da como sinnimos. Embora, correntemente, atravs de seja usado
com o mesmo sentido de por meio de, um exemplo correto da utilizao
de atravs de V a paisagem atravs da vidraa. O termo atravs implica
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a existncia de um obstculo. No exemplo dado, a vidraa esse obstculo,
porque impede o contato direto da pessoa com a paisagem visualizada. J a
utilizao de por meio de indica um instrumento. Considerando o perodo
Expressaram por meio de vaias que no gostaram do show, compreende-se
acilmente que as vaias oram o modo usado pelo pblico para demonstrar
que o showno agradou.
O item e est correto ao analisar o trecho para se chegar reduo da
demanda e concluir que o emprego do acento grave [] indica que o subs-
tantivo demanda est usado com denio semntica. Alm de demanda vir
precedido pela orma combinada da, juno da preposio de com o artigo
denido a (o artigo denido responsvel pela denio semntica), o subs-
tantivo tambm az parte de um conjunto de palavras comandado por redu-
o, termo que tambm est denido semanticamente, j que o antes de
reduo resultado da uso da preposio a com o artigo denido a (artigodenido = denio semntica).
14. Seguem-se hipotticos ragmentos de textos. Julgue-os no tocante
insero no texto, nos espaos indicados, observando-lhes o acerto
gramatical, bem como a ligao semntica coerente que estabelece-
riam com as inormaes vizinhas a eles. Assinale certo (C) ou errado
(E) para cada um deles.
a) ( ) Perodo a ser inserido na segunda linha, entre os dois primeirosperodos do texto original:
H anos tentando conter a expanso do negcio rau-
dulento de drogas ilcitas, que loresce sombra de uma
legislao excessivamente humanitria no tratamento
que dispensa a traicantes e usurios, resolve adotar
nova postura.
b) ( ) Perodo a ser inserido na sexta linha, aps o perodo que seencerra com o vocbulo multa:
Nota-se, tambm, alm da nova viso com que aborda a
antiga questo da droga, um aceno a questes polticas de
natureza continental.
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c) ( ) Perodo a ser inserido na oitava linha, antecedendo o que seinicia com a expresso A pena:
Assim, os dependentes de drogas e os que a tracam
ilegalmente vm sendo tratados com o rigor da lei e suas
punies.
d) ( ) Perodo a ser inserido na 13. linha, entre os vocbulos Filipinase As ordenaes:
Tratam-se de normas que, de autoria de Filipe II, rei da
Espanha, Npoles e Siclia, subordinava o ervor catlico a
consideraes seculares.
e) ( ) Perodo a ser inserido na 16. linha, iniciando o ltimopargrao:
mais um ato que exemplica nossos anacronismos no
tratamento dispensado a questes do dia a dia, os quais,
em certos casos, geram exigncias despropositadas.
Resposta: E, C, E, E, C
Anlise
O item a est errado no exatamente pelo encaixe do perodo novo no
texto dado: o problema a redao do trecho proposto, que simplesmente
abre mo do uso de um relator ao nal, antes de resolve adotar nova postura.
Anal, quem o sujeito da locuo verbal resolve adotar?
A opo b est correta, pois a incluso que ela sugere no quebra a con-tinuidade do texto. Muito pelo contrrio, j que o perodo novo aproveita a
questo da cobrana de multa para situar o projeto lusitano na poltica cri-
minal do continente europeu aproximao que, depois de apenas citada,
ganha mais espao pelo retorno ao texto publicado em Carta Capital.
A alternativa cest errada porque a incluso sugerida aps um pero-
do que trata exclusivamente do usurio de drogas e no do tracante. No
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adequado que o texto aborde apenas do usurio e, subitamente, insira uma
inormao que inclua o tracante.
O item d est errado porque, a exemplo da opo a, apresenta um pro-
blema de redao. Em Tratam-se de normas que [], o plural no permiti-
do aqui. A gramtica recomenda o uso do singular (Trata-se de normas que[].) e o motivo simples: normas no o sujeito da orao e, portanto,
no exige a concordncia verbal.
A alternativa e est correta, pois a proposta de acrscimo ao texto dado
no apresenta problema de redao e nem mesmo de quebra na continui-
dade textual.
15. Julgue as pronominalizaes levadas a eeitos em passagens subli-
nhadas do texto, assinalando se esto certas (C) ou erradas (E).a) ( ) Portugal est prestes a mudar sua poltica criminal Portugal
est prestes a mud-la.
b) ( ) A vingar o projeto lusitano A ving-lo.
c) ( ) Essa nova tendncia aproximar os portugueses dos seusparceiros da Unio Europeia. Essa nova tendncia aproximar--lhes- dos seus novos parceiros da Unio Europeia.
d) ( ) Tenta-se, por iniciativa da Secretaria Nacional Antidrogas,substituir a deteno por medida socioeducativa Tenta-se,por iniciativa da Secretaria Nacional Antidrogas, substitu-la pormedida socioeducativa.
e) ( ) Desse livro so extradas olhas de antecedentes criminais,exigidas aos candidatos a empregos Desse livro so extradasolhas de antecedentes criminais, exigidas-lhes.
Resposta: C, E, E, C, E
Anlise
A alternativa a est correta porque prope a substituio de mudar sua
poltica criminal por mud-la. De ato, o pronome oblquo a, junto com o l,
para emendar a pronncia, adequado anal, o termo que deve ser troca-
do desempenha a uno de objeto direto do verbo mudar.
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O item b est errado: ele recomenda a substituio de a vingar o projeto
lusitano por a ving-lo e o uso do pronome oblquo o, nesse caso, incorre-
to, j que o projeto lusitano sujeito da orao, e no objeto direto.
A alternativa ctambm est errada, porm o problema aqui que, na troca
de aproximar os portugueses por aproximar-lhes-, os portugueses sotomados como objeto indireto de aproximar e no como objeto direto. Ob-
serve que o complemento no se liga ao verbo por meio de preposio. Logo,
o emprego do pronome lhes, usado exclusivamente para a uno de objeto
indireto, no apropriada. A nica parte certa aqui o emprego da mesclise,
recomendada com verbos no uturo, como o caso do verbo em questo.
No item d, substituir a deteno considerado sinnimo de substitu-la,
o que est correto: a deteno objeto direto de substituir e no h nenhu-
ma palavra atrativa que exija o pronome anteposto ao verbo.A opo e est errada. A proposta azer a substituio de exigidas aos
candidatos a empregos por exigidas-lhes e, euonicamente, a ocorrncia
que investe na colocao pronominal reprovada, havendo uma boa razo
para isso: geralmente, o critrio da euonia ope naturalidade a estranheza,
porm aqui o estranhamento se deve ao ato de o pronome oblquo aparecer
justaposto a um verbo em sua orma de particpio.
Dica de estudo
Em provas de concursos, so comuns as questes de interpretao e an-
lise de construo textual. Portanto, ler, escrever e perceber as relaes entre
as partes do texto so bons exerccios. Para tanto, no basta apenas o dom-
nio das regras gramaticais. s vezes, h uma grande distncia entre teoria e
prtica. Por isso, a dica o livro abaixo.
FVERO, Leonor Lopes. Coeso e Coerncia Textuais. So Paulo: tica, 2006.
Referncias
CANTANHDE, Eliane. Que pas esse? Folha de S.Paulo, 19 dez. 2007.
MAIEROVITCH, Walter. F. A rota lusitana: ousar preciso. Carta Capital, 02 ago.
2000.
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Sites consultados
EMPRESA DE SELEO PBLICA E PRIVADA. Disponvel em: . Acesso em: 23 abr. 2010.
VEM CONCURSOS. Disponvel em: . Acesso em: 23abr. 2010.
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Questes Resolvidas de Lngua
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1. Considere as oraes abaixo.
I. No conhecemos o lugar de onde provm aquelas mercadorias.
II. Tm muitos mistrios aquele olhar.
De acordo com a norma culta:
a) somente I est correta.
b) somente II est correta.c) I e II esto corretas.
d) nenhuma est correta.
Anlise
Os itens I e II esto incorretos porque usam inadequadamente os verbos.
No primeiro caso, o verbo provir, usado para indicar origem ou procedn-cia, est aplicado corretamente, no que se reere ao sentido. No entanto, ele
aparece conjugado na terceira pessoa do singular (provm). Se, no perodo,
o nico termo que aparece no singular lugar, temos de vericar se o verbo
deve concordar com ele, e isso no acontece: temos um perodo composto
em que lugar objeto do primeiro verbo conhecer. Sendo assim, o sujeito da
segunda orao aquelas mercadorias. Se o sujeito plural, o verbo tambm
deveria estar conjugado no plural. Esse o erro do primeiro exemplo dado
na questo. O correto seria: [] de onde provm aquelas mercadorias. Uma
leitura desatenta no az a relao correta entre verbo e sujeito porque leva
em conta o singular de o lugar e a ordem indireta. A estrutura do perodo a
armadilha do item I, pois a ordem direta aquelas mercadorias provm de
no deixa espao a dvidas.
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Questes Resolvidas de Lngua Portuguesa para concursos aula 2
O item II tambm est incorreto porque o verbo, que est no plural ( tm),
no est concordando com o sujeito (aquele olhar). Novamente, a ordem
indireta que motiva a pegadinha. Pela proximidade entre tm e muitos
mistrios, os leitores mais desatentos tendem a considerar correto o exemplo,
sem atentar para o ato de que a ordem direta (Aquele olhar tem muitos mis-
trios.) deixa claro que o sujeito (aquele olhar) est no singular e, portanto,pede o verbo tambm no singular. Dessa orma, o item II s estaria correto se
osse escrito deste modo: Tem muitos mistrios aquele olhar.
Mas ateno: na terceira pessoa do singular, ter no tem acento, mas as
ormas derivadas desse verbo recebem acento agudo (mantm, detm etc.),
igualando-se ao verbo provir, que, quando conjugado na terceira pessoa do
singular, recebe acento agudo (provm) e, na terceira pessoa do plural, acento
circunfexo (provm).
Embora alguns casos de acentuao tenham mudado com o novo acordo
ortogrco, esse no teve nenhuma alterao.
2. Considere as oraes abaixo.
I. Perdi meu culos.
II. Machucou as costas.
De acordo com a norma culta:
a) somente I est correta.
b) somente II est correta.
c) I e II esto corretas.
d) nenhuma est correta.
AnliseEsta questo trabalha com a concordncia nominal. Nos itens I e II, temos dois
substantivos plurais, culos e costas. Como eles esto no plural, devem concor-
dar em gnero e nmero com os termos que os acompanham. No primeiro caso,
a palavra culos deve concordar com o pronome possessivo meu, que aparece
no singular, mas deveria estar no plural: o correto Perdi meus culos.
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Questes Resolvidas de Lngua Portuguesa para concursos aula 2
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O item II az a concordncia de orma correta: considerando que costas
um substantivo eminino plural, o artigo denido as tambm usado na
orma eminina plural. Em razo disso, conrmamos que apenas o exemplo II
est correto.
3. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas.
I. No houve _____ para a sua contratao.
II. O gerente ________ o uncionrio.
a) empecilho destratou.
b) empecilho distratou.
c) impeclio destratou.
d) impeclio distratou.
Anlise
Aqui importam o domnio da graa das palavras e a dierenciao entre
as ormas escrita e alada. Quando pronunciamos algumas palavras, s vezes
mudamos o som de algumas vogais. bastante comum trocarmos o e pelo i,assim como tambm requente a substituio do lipor lh.
Para evitar a conuso, uma sada automatizar o uso de algumas palavras.
Outra orma recorrer ao dicionrio. E ainda outra, um pouco mais complica-
da, pensar no processo de ormao das palavras.
Empecilho um substantivo derivado do verbo empecer, que signica pre-
judicar, impedir. Portanto, empecilho um obstculo, ou seja, o que impede
que alguma coisa acontea.
No caso de destratar, temos a juno do verbo tratar com o prexo de
negao des-, que resulta em um verbo que signica tratar mal.
O item II da questo tambm pede que o candidato saiba dierenciar as
ormas destratare distratar, que no se resume a uma troca de vogais decor-
rente da dierena entre ala e escrita, como no caso de empecilho.
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5. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas.
I. No revelou a razo _____ no havia mostrado as otos.
II. Chegou tarde ________ o carro quebrou.
a) por que porque.
b) por que por que.
c) porque porque.
d) porque por que.
Anlise
A questo trata do uso dos porqus.
Nas alternativas, temospor que eporque.
A orma separada e sem acento pode ser usada em incio de pergunta (Por
que voc no oi esta?) ou no meio do perodo. Em ambos os casos, note que as
palavras razo ou motivo podem aparecer implcita ou explicitamente na orao:
Por que (razo) voc no oi esta? / No sei por que (razo) ele no oi esta.
A ormaporque (junto e sem acento) usada para dar uma explicao ou jus-
ticativa e, por isso, bastante comum nas respostas. Supondo que algum tenteexplicar por que (razo) ele no oi esta, teramos Porque ele estava cansado.
A partir dessa breve retomada, vamos entender por que (motivo) a respos-
ta correta da questo a letra a, que prope que os perodos sejam comple-
tados da seguinte orma:
I. No revelou a razo por queno havia mostrado as otos.
II. Chegou tardeporque o carro quebrou.
No I, temos explcita no perodo a palavra razo. Alm disso, por que pode
ser substitudo por pela qual, mais um indcio de que, nessa opo, a orma
correta por que.
O segundo exemplo usa porque, para dar uma explicao sobre o ato de
o sujeito ter chegado tarde e, nesse caso, o correto sempre porque, junto e
sem acento.
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6. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacu-
nas.
I. No sei ________ voc quer chegar.
II. ________ est minha carteira?
a) onde onde.
b) onde aonde.
c) aonde aonde.
d) aonde onde.
Anlise
A dierena entre onde e aonde a preposio a que, neste caso, usada
para dar ideia de movimento. O que dene o uso de uma orma ou de outra
o verbo.
No item I, o verbo chegar e a orma adequada de completar o sentido
desse verbo usando a preposio a (cheguei (a + a = ) praia / cheguei
ao (a + o = ao) meu destino). Portanto, como cou comprovada a necessida-
de do a, no uso correto do verbo chegar, quando o complemento or onde
preciso que o a aparea, ormando aonde:
I. No sei aondevoc quer chegar.
Na opo II, o verbo estar, que indica ausncia de movimento, perma-
nncia, imobilidade. Quando esse verbo utilizado com preposio, recor-
rente o uso do em, para indicar o lugar em que determinada pessoa ou coisa
est (Ele est no (em + o = no) estdio.). Se assim, como o verbo estarno
indica movimento, dispensvel o uso do a antes de onde. Desse modo, o
correto, na opo II, :
II. Ondeest minha carteira?
7. Considere as oraes abaixo.
De certo, ele no vir hoje.I.
O ato passou desapercebido.II.
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c) o euemismo.
d) o paradoxo.
Anlise
A resposta correta para a questo oito a letra a (a metora) porque,
nos versos, Chico Buarque usa a imagem de um pote para representar o cora-
o cheio de mgoa. Nesse processo, o corao comparado a um recipiente
que pode acumular coisas em seu interior, at car cheio. Essa propriedade
tpica da metora. Outro exemplo bastante usado dessa gura de linguagem
lbios de rubi, em que o rubi empresta sua cor vermelha para os lbios, que
so qualicados por associao com a pedra preciosa.
A ironia no se congura nos versos apresentados porque essa gura de
linguagem trabalha com dois planos de inormao: o explcito e o implcito.
Em outras palavras, na ironia se diz uma coisa querendo signicar justamente
o oposto. Como exemplo, pensemos na situao de algum comentando o
mau resultado de uma partida de utebol e dizendo que seu time ez uma
timaatuao, enquanto a inormao real seria a de que oi uma pssima
partida para o time.
O euemismo tambm no adequado para classicar a gura de linguagem
usada pelo escritor porque esse recurso tenta amenizar a inormao. Usamos
euemismos quando, por exemplo, em vez de inormarmos que algum est
morte no hospital preerimos a orma est internado em estado grave.
A classicao da gura de linguagem usada como paradoxo tambm
est errada porque o paradoxo trabalha com uma oposio absurda. O exem-
plo mais conhecido desse recurso est nos versos de um soneto de Cames:
Amor ogo que arde sem se ver/ erida que di e no se sente. O eeito pa-
radoxal provocado pelo ato de o poema mencionar um ogo que queima,
mas que invisvel, e uma dor que no sentida.
O texto a seguir base para as questes 9 e 10.
(1) Sem uma pesquisa sistemtica sobre o assunto,
(2) parece, primeira vista, que os jornais cariocas so
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(3) mais prolcos em notcias de crime do que os paulistas.
(4) alarmante a escalada da anomia em seu territrio.
(5) Em menos de uma semana, invadiram-se duas
(6) instalaes militares para roubar armas, com xito
(7) absoluto. Os tiroteios so cotidianos nas vias de
(8) acesso ao centro urbano e mesmo nesse centro, onde
(9) quadrilhas organizam bondes para tomar de assalto
(10) pedestres e motoristas. Nem mesmo membros das
(11) amigeradas milcias esto inteiramente a salvo: na
(12) semana passada, roubou-se a moto de um miliciano
(13) encarregado de vigiar uma rua num subrbio. Ou seja,
(14) as quadrilhas vitimizam-se mutuamente, do mesmo
(15) modo como costuma acontecer com as batalhas pelo
(16) controle de pontos de droga.
(SODR, 2009. Adaptado.)
9. Assinale a proposio falsa a respeito do vocabulrio do texto.
a) No contexto, o termo bondes (9), est sendo empregado no senti-
do de veculo de transporte coletivo urbano e suburbano, que se
move sobre trilhos.
b) No contexto, o termo anomia (4) signica ausncia de leis, situa-
o em que no se reconhecem regras de conduta.
c) O adjetivoprolcos (3) quer dizer que produzem ou geram muito.
d) A expresso tomar de assalto (9) tem mais ora semntica que
assaltar.
e) O adjetivo amigeradas (11) se aplica tambm a pessoas amosas,
clebres, muito conhecidas, como em amigeradas atrizes das te-
lenovelas brasileiras.
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Questes Resolvidas de Lngua Portuguesa para concursos aula 2
Anlise
A resposta correta desta questo a a porque a alternativa arma que
bondes, no texto, reere-se a um meio de transporte e, no entanto, percebe-
-se que o uso desse signicado seria imprprio ao contedo do trecho em
que o termo est inserido. As quadrilhas no poderiam organizar o meio detransporte: o que elas organizam so las ou grupos. Portanto, bondes, no
texto, a gria carioca que se popularizou h alguns anos, e no o vocbulo
que indica um tipo de veculo.
As demais alternativas esto todas corretas.
Anomia signica, de ato, ausncia de leis. Uma consulta ao dicionrio
comprova isso. Alm do mais, essa palavra ormada pelo prexo de nega-
o a- + nomia. O radical nom- pode ser encontrado em outras palavras cujosignicado tambm se relaciona lei, como o caso de nmico, algo que
decorrncia da lei.
A letra c inorma corretamente que prolero signica aquele que gera
muito, o que pode ser comprovado acilmente pela associao da palavra
dada com a palavra primitiva, ou seja, a que deu origem derivada prolero:
prole signica descendncia e tem total relao com o verbo gerar.
A alternativa darma que tomar de assalto uma expresso mais enti-
ca do que o verbo assaltar. Isso est correto porque, alm de assaltarpassara ideia de algum pegar o que no seu, o verbo tomarpode ser associado a
vrios signicados que azem a ao parecer mais violenta (tomar= apode-
rar-se de, arrancar, pegar).
Na letra e, a inormao passada de que o adjetivo amigeradas tem um
signicado positivo, relacionado a ter muita ama. Isso est correto. No en-
tanto, observe-se que o mesmo adjetivo tambm tem um signicado nega-
tivo, em sua orma mais popular, situao em que passa a ser sinnimo de
aminto, aquele que tem ome.
10. Assinale a armao falsa a respeito dos elementos lingusticos do texto.
a) A expresso Nem mesmo (10) pode ser substituda por At mes-
mo, sem prejuzo do signicado do texto.
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b) Entende-se um predicado oculto em Os tiroteios so cotidianos
nas vias de acesso ao centro urbano e [so cotidianos] mesmo nes-
se centro.
c) Invadiram-se duas instalaes militares (5 e 6) pode ser substitu-
da por Duas instalaes militares oram invadidas sem prejuzo
da correo gramatical.
d) O autor evita armar com plena certeza que os jornais cariocas so
mais prolcos em notcias de crime do que os paulistas.
e) O advrbio mutuamente (14) signica reciprocamente.
Anlise
Essa questo tambm pede para se assinalar a opo alsa.
Entre vrias opes de substituio ou armativas sobre termos ou expres-
ses usados no texto, a a a nica incorreta. Nela, menciona-se que nem
mesmo pode ser usado como sinnimo de at mesmo.
Recuperando o trecho em que a expresso aparece, temos Nem mesmo
membros das amigeradas milcias esto inteiramente a salvo [].
Substituindo a expresso original por at mesmo, haveria total alterao
no sentido da inormao: At mesmo membros das amigeradas milciasesto inteiramente a salvo []. Assim, com a substituio sugerida no exer-
ccio, aqueles que noestavam a salvo passam a estar inteiramente a salvo.
Sendo assim, em vez de sinnimas, as expresses podem ser consideradas
antnimas, porque expressam ideias completamente opostas.
As outras alternativas esto todas corretas.
A b explica que o predicado so cotidianos est implcito no perodo. Isso
acontece requentemente quando se tem uma enumerao. Se o texto est
claro, o leitor ir entender que os tiroteios so cotidianos nas vias de acesso
ao centro urbano e [so cotidianos] mesmo nesse centro, de modo que a re-
petio literal do predicado evitada.
Na alternativa c, inorma-se corretamente que Invadiram-se duas instala-
es militares pode ser substituda por Duas instalaes militares oram in-
vadidas. Para entender a substituio proposta, necessrio passar o trecho
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da ordem indireta para a direta. Ao azermos isso, teremos uma inormao na
voz passiva analtica, o que, na primeira orma, no ca to evidente, porque
o pronome se que est desempenhando a uno apassivadora. Alm disso,
perceba que em ambos os casos temos um sujeito simples (duas instala-
es) e, portanto, o verbo deve concordar com ele. Assim, invadiram est
no plural assim como, na locuo verbal oram invadidas, o primeiro verbotambm est no plural. Importante: em locues verbais, apenas o primeiro
verbo pode variar.
A letra d menciona o cuidado do autor do texto ao azer uma armao
sobre os jornais cariocas. A inormao procede porque, no texto, o autor es-
creve: parece, primeira vista, o que comprova a recusa de uma armao
categrica sobre o assunto.
Por m, na alternativa e so associados os termos mutuamente e reciproca-mente. De ato, eles so sinnimos, porque, nos dois casos, h ideia de troca.
A adoo de um termo ou outro no prejudica o sentido da inormao: []
as quadrilhas vitimizam-se mutuamente/reciprocamente [].
11. Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto.
No levou muito tempo _____ tese do desacoplamento das economias
emergentes em relao _____ pases desenvolvidos ser destroada, tamanha
a rapidez _____ os eeitos recessivos da paralisia do sistema globalizado de
crdito, a partir da alncia do Lehman Brothers, _____ propagaram. Ali cou
claro que Brasil, China, ndia e outras economias em estgio equivalente de
desenvolvimento no teriam condies de compensar o desaquecimento
_____ Estados Unidos, Unio Europeia e Japo.
a) para que a nos de que lhe dos.
b) da a para a pelos.
c) na em que o com os.
d) para a aos com que se nos.
e) pela com os a qual os em.
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Anlise
Essa questo abrange o contedo de regncia. Cada nome ou verbo tem
um modo prprio de se unir s outras palavras. A ligao pode ser eita com
ou sem preposio. Alm disso, quando h a necessidade de uma preposio,
no qualquer uma que serve. Inconscientemente, por usarmos diariamentea lngua portuguesa, sabemos a regncia de vrios nomes e verbos. Por exem-
plo: sabemos que o correto eu simpatizo coma proessora e, por isso, vou
considerar como errada uma construo que abra mo da preposio com:
eu simpatizo a proessora.
Sendo assim, vamos justicar a marcao da letra dcomo a resposta corre-
ta para completar as lacunas do trecho proposto, retomando outros casos em
que a mesma regncia aparece.
O primeiro espao deve ser completado com para a: No levou muito
tempo para atese [] ser destroada. Alguns podem pensar que o para o
elemento principal na opo escolhida e, portanto, o espao poderia ser com-
pletado adequadamente tambm por para que a. Mas, se isso acontecesse,
o verbo serno poderia ser mantido no innitivo. Ele precisaria ser fexionado
como osse, para que tivssemos: No levou muito tempo para que a tese
() osse destroada. Como se v, um que a mais pode azer muita dierena.
Ento, o modo de manter a redao do texto proposto preencher o primeiro
espao apenas com para a.
Passando ao segundo espao a ser completado, logo depois de em rela-
o, conclumos que a preposio a necessria (em relao ao evento, em
relao esta). Portanto, est correto o trecho em relao aos pases desen-
volvidos. Perceba que a preposio a junta-se ao artigo, que varia de acordo
com o gnero e o nmero da palavra com a qual concorda: a + os (masculino
plural) + pases (masculino plural). Essa mesma regra de concordncia oi se-
guida nos exemplos:
em relao ao evento = a + o (masculino singular) + evento (masculino
singular)
em relao esta = a + a (eminino singular) + esta (eminino singular).
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A terceira lacuna pede o uso de com que: [] tamanha a rapidez com
que os eeitos []. A preposio com aparece tambm quando rapidezvem
em exemplos como Ele nadou com rapidez. No entanto, na questo em an-
lise, o que usado como ponte entre a preposio com e o restante do texto,
j que estaria errado usar apenas tamanha a rapidez com os eeitos.
Continuando o preenchimento dos espaos, teremos os eeitos recessivos
[] se propagaram []. Uma das regncias do verbopropagarexige o uso do
pronome se. Quando isso acontece, o verbo chamado pronominale signi-
ca multiplicar-se, diundir-se. Outro exemplo de verbo pronominal bastante
usado machucar: Ele machucou-se escalando a montanha.
O ltimo espao do texto exige o uso de nos (em + os): [] no teriam con-
dies de compensar o desaquecimento nosEstados Unidos []. A preposi-
o em justica-se pelo ato de ser necessrio inormar emquelugar aconteceo desaquecimento. Quanto ao uso do artigo denido os, a justicativa que o
artigo deve concordar em gnero e nmero com o substantivo a que se reere
e Estados Unidos est no masculino plural.
12. Indique a opo que completa, com correo gramatical, os espaos
do trecho abaixo.
Uma nova orma de gerenciamento chega ao mercado: a quarteirizao.
Ela pode ser entendida como a contratao de um executivo que administra
os contratos e atividades de terceiros. Para as organizaes que so abertas
_____ realidade e _____ mudanas, que _____ muito _____ delegando para
terceiros aquelas atividades intermedirias de sua empresa, a quarteirizao
uma tima opo. (BERNARDO, 2007. Adaptado.)
a) a as a vem.
b) a h vem.
c) as vem.
d) s h vm.
e) a a a vm.
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Anlise
A alternativa d a nica que completa adequadamente os espaos do
texto. Vamos azer o preenchimento das lacunas: Para as organizaes que
so abertas realidade e s mudanas, que h muito vm delegando para
terceiros aquelas atividades intermedirias de sua empresa, a quarteirizao uma tima opo.
Nos primeiros dois espaos, usamos o acento grave. A crase resultado
da juno do a preposio com o a artigo. Evidentemente, o artigo deve con-
cordar em gnero e nmero com o substantivo. Por essa razo, o primeiro
resultado da combinao da preposio com o artigo no singular, porque rea-
lidade tambm est no singular. Em contrapartida, s est no plural, porque se
relaciona a um substantivo plural mudanas. Mas por que a preposio a
exigida? O a necessrio para completar o sentido da expresso ser aberto,pois algo que aberto aberto a alguma coisa.
No terceiro espao, aparece o verbo haver indicando tempo passado. O
uso est correto e similar a H dois anos ele ez uma viagem ao exterior.
O ltimo espao preenchido adequadamente com a terceira pessoa do
plural do verbo vir, que orma uma locuo verbal com o gerndio delegando.
O plural usado apenas no primeiro verbo da locuo e necessrio para
azer a concordncia correta com o sujeito (organizaes), que tambm estno plural. importante perceber que o acento que indica o plural do verbo
vircontinua sendo usado. Isso no oi alterado pelo novo acordo ortogrco:
o acento desapareceu das ormas que indicavam plural e tinham a vogal e
duplicada, como o caso de creem, deem, veem etc., que antes tinham acento
circunfexo no primeiro e e hoje no so mais acentuados.
13. Assinale a opo que corresponde a erro gramatical ou de graa.
A economia brasileira entrou na crise internacional em melhores condi-
es do que (1) no passado, mas a exportao caiu, a atividade recuou desde
o (2) m de 2008 e o desemprego tem (3) crescido. As primeiras tentativas de
reativar a economia por meio de acilidades scais deram resultado modesto,
mas j (4) aetaram a arrecadao tributria. Alm disso, o manejo da polti-
ca oramentria oi limitado pelo aumento de gastos com pessoal. preciso
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continuar usando os estmulos scais, mas com melhor planejamento e com
mais esoro de contenso (5) das despesas improdutivas. (O ESTADO DE S.
PAULO, 3 mar. 2009)
a) 1.b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
Anlise
A questo pede para o candidato analisar o texto apresentado e apontar a
nica opo que comete erro gramatical ou de graa. O erro aparece no item
5, em que a palavra conteno aparece escrita com s e no com , como prev
a gramtica. Nesse aspecto, a regra clara: todos os substantivos ormados a
partir de verbos devem ser graados com . Alm disso, algumas gramticas
inormam, de modo mais especco, que os verbos terminados em terormam
substantivos terminados em teno, ou seja, com , e no com s. Isso ocorre
com reter/reteno, ater/ateno etc.
As demais ocorrncias numeradas no texto esto corretas.
Do que usado para opor os dois polos da comparao, as condies do
pas neste ano e no ano passado. Sendo assim, em melhores condies do
queno passado est correto.
O item 2 apresenta a construo desde o m de 2008, tambm correta. O
artigo o s seria dispensvel se o trecho em anlise osse desde 2008. Qual-quer incluso de termo que racione esse perodo (m, comeo ou meio)
exige que o artigo o seja colocado antes.
O exemplo nmero 3 um caso simples de concordncia verbal: o de-
semprego tem crescido. Tem crescido uma locuo verbal. Por essa razo,
apenas o primeiro verbo deve variar e correta a conjugao do verbo na
terceira pessoa do singular, j que o sujeito (desemprego) est no singular.
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No item 4, temos o advrbio j corretamente empregado: As primeiras
tentativas de reativar a economia por meio de acilidades scais deram resul-
tado modesto, mas j aetaram []. No h outra possibilidade para a coloca-
o do advrbio seno a que oi adotada. Ocorrncias como j mas aetaram
e mas aetaram j colocariam em risco a coerncia textual. Portanto, o uso
exemplicado no item 4 est absolutamente correto.
14. Assinale a opo gramaticalmente correta quanto concordncia e
regncia.
a) A corrida em busca da funcia em outra lngua pode ser medida
pela quantidade de brasileiros que viajam para o exterior com o
m especco de estud-la.
b) A exigncia nos bons empregos, agora, que se tenham funcia
ao conversar numa lngua estrangeira.
c) Antigamente, nas empresas, eram poucos os uncionrios que do-
minavam um idioma estrangeiro, e com eles recorriam os colegas
quando precisavam traduzir uma palavra ou um texto.
d) A primeira pergunta que surge a quem se impe ao desao de a-
lar outro idioma fuentemente : ser preciso passar um tempo no
exterior?
e) No necessariamente. Um bom comeo identicar as estratgias
que unciona melhor para cada tipo de pessoa.
(MORAES, 2009, p. 97-98. Adaptado.)
Anlise
A nica alternativa certa, nessa questo, a a, que az a concordncia
verbal adequada no trecho [] pode ser medida pela quantidade de bra-
sileiros que viajam. O verbo viajarpode concordar com brasileiros ou com a
palavra quantidade. Quando h o uso de umpartitivo (uma palavra que racio-
na o conjunto), a concordncia pode ser eita com o partitivo (quantidade) ou
com o substantivo que indica o grupo que oi dividido (brasileiros).
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As outras alternativas da questo esto todas incorretas.
A letra b traz A exigncia nos bons empregos, agora, que se tenham
funcia. Nesse caso, o pronome se cumpre uno apassivadora e quando
isso acontece o sujeito simples. No exemplo em anlise, funcia o sujeito,
ato que pode ser comprovado com a passagem do perodo dado para a vozpassiva analtica: A funcia tida agora como exigncia nos bons empregos.
Com a conrmao da explicao e sendo funcia o sujeito, necessrio que
o verbo (tenha) concorde com ele, devendo aparecer, portanto, no singular e
no no plural.
O item calha no uso da regncia. Desazendo a inverso que h no texto,
temos com eles recorriam os colegas, os colegas recorriam com eles. O em-
prego da preposio com para completar o sentido do verbo recorrer(recor-
riam) inadequado. O correto recorrer aalgo ou a algum. Sendo assim, ocorreto a eles recorriam os colegas.
Mais um erro de regncia acontece na letra d: quem se impe ao desao.
A preposio a est empregada de modo incorreto, porque a inormao
que algum impe um desao a si mesmo. Sendo assim, um desao objeto
direto do verbo impe e, portanto, no necessita de preposio. O trecho
caria correto, se osse escrito desta maneira: quem se impe o desao.
Finalmente, na letra e, tambm incorreta, o problema simples, apesar de
requente, e diz respeito concordncia verbal. O erro est no trecho as es-tratgias que unciona melhor. O que est restringindo estratgias, porque
est se reerindo apenas quelas que uncionam melhor. No entanto, o
verbo uncionarcontinua tendo de concordar com o sujeito (estratgias). Se
o substantivo que desempenha a uno de sujeito est no plural, o verbo
tambm deve ser usado no plural. Dessa orma, o correto as estratgias que
uncionam melhor.
15. As rases abaixo empregam corretamente os sinais de pontuao, ex-ceto uma. Indique-a.
a) Desertos iro aumentar; osis, morrer; e fuxo de rios, diminuir, al-
gumas vezes com resultados catastrcos.
b) Desertos iro aumentar. Osis iro morrer e o fuxo de rios vai dimi-
nuir algumas vezes com resultados catastrcos.
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c) Desertos iro aumentar. Osis, morrer. Fluxo de rios, diminuir. Al-
gumas vezes, os resultados sero catastrcos.
d) Desertos iro aumentar, osis vo morrer e o fuxo de rios vai dimi-
nuir, algumas vezes com resultados catastrcos.
e) Desertos, iro aumentar; osis, morrer, e fuxo de rios; diminuir algumas vezes com resultados catastrcos.
(PEARCE, 2002. Adaptado.)
Anlise
A nica alternativa incorreta em relao pontuao a resposta e: Deser-
tos, iro aumentar; osis, morrer, e fuxo de rios; diminuir algumas vezes com
resultados catastrcos. H duas coisas erradas nesse perodo.
A primeira a vrgula que separa sujeito e predicado no trecho: Desertos,
iro aumentar.
A segunda o uso de ponto e vrgula no lugar da vrgula, comumente uti-
lizada para indicar que est sendo omitido um verbo acilmente reconhecido,
porque esse j oi mencionado antes. Sendo assim, em vez de ponto e vrgula,
deveria ser usada a vrgula, que subentende o verbo ir(iro), de modo que a
escrita correta do trecho em questo fuxo de rios, diminuir.
As demais alternativas usam a pontuao corretamente.
Na a, temos Desertos iro aumentar; osis, morrer; e fuxo de rios, dimi-
nuir, algumas vezes com resultados catastrcos. Nesse exemplo, o ponto
e vrgula usado para separar os termos de uma enumerao. Geralmente,
usa-se a vrgula nas enumeraes, mas o ato que alguns itens da lista apre-
sentada so especicados, ganham aposto etc. Sendo assim, a vrgula usada
para separar o que bsico do que complementar e ao ponto e vrgula cabe
a uno de separar os termos da enumerao.
Na letra b est escrito que Desertos iro aumentar. Osis iro morrer e o
fuxo de rios vai diminuir algumas vezes com resultados catastrcos. Em
vez de ponto e vrgula, utiliza-se o ponto nal. Investe-se, portanto, em pero-
dos mais breves. A outra novidade o uso do travesso no lugar da vrgula (o
que permitido) para inserir em um perodo uma inormao complementar
ou secundria, e essa a uno do trecho que vem logo aps o travesso.
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O item c traz a seguinte possibilidade de pontuao: Desertos iro au-
mentar. Osis, morrer. Fluxo de rios, diminuir. Algumas vezes, os resultados
sero catastrcos. No h erros no exemplo. Perodos curtos continuam a
ser usados, a vrgula serve para indicar que um verbo j mencionado antes
(ir, iro) est sendo omitido, exemplicando a gura de linguagem chamada
zeugma e o que antes no passava de uma inormao complementar, ao mdo perodo, tambm ganha um perodo prprio, o que signica que o trecho
elevado ao status de inormao bsica.
Antes de passarmos anlise da ltima alternativa, vale a pena ressal-
tarmos a dierena entre zeugma e elipse. So duas guras de linguagem. O
zeugma omite um termo j mencionado antes no texto. J a elipse omite um
termo que ainda no apareceu no texto, mas que pode ser acilmente iden-
ticado. Um exemplo de elipse So Paulo, minha cidade, em que a vrgula
substitui o verbo ser().
Analisemos agora a alternativa d, que apresenta Desertos iro aumentar, osis
vo morrer e o fuxo de rios vai diminuir, algumas vezes com resultados catastr-
cos. Conclumos que a opo oi a de azer uma enumerao simples na qual a
vrgula usada para separar um termo do outro e o e aparece entre o ltimo e o
penltimo item. Alm disso, percebe-se que uma inormao complementar
acrescentada ao ltimo item da lista, do qual se separa tambm por vrgula.
Dicas de estudo
A anlise de algumas questes demonstrou que, mais que uma leitura atenta
do enunciado, necessrio que cada alternativa seja analisada com cuidado. Uma
anlise apressada pode ser corrigida com a passagem da ordem indireta para a
direta, que apresenta primeiro o sujeito e depois o predicado.
Outra dica diz respeito s regras do novo acordo ortogrco. Muitas pessoas
simplesmente resolveram abrir mo de todos os acentos e passaram a no usar
mais o acento grave, o agudo e o circunfexo em alguns verbos. Ateno: a crase
continua existindo, bem como a dierena entre os verbos ter e ver na terceira
pessoa do singular e do plural. Ento, no esquea:
Ele tem Eles tm
Ele vem Eles vm
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Gabarito
1. D
2. B
3. A
4. C
5. A
6. D
7. D
8. A
9. A
10. A
11. D
12. D
13. E
14. A
15. E
Referncias
BERNARDO, Carlos Roberto. Terceirizao: vantagens e desvantagens do con-
trato de gesto de administrao Estudo de caso do Novotel So Paulo Center
Norte. Dissertao (Mestrado em Hospitalidade). Universidade Anhembi Morum-bi. So Paulo, 2007.
MORAES, Renato. A corrida pelo domnio da lngua. Veja, 4 mar. 2009.
PEARCE, Fred. O Aquecimento Global: causas e eeitos de um mundo muito mais
quente. So Paulo: Publiolha, 2002.
SEM PREFERNCIAS. O Globo, 25 ev. 2009.
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SODR, Muniz. Ruas de Presas e de Caadores. Disponvel em: . Acesso em: 17 mar. 2009.
Sites consultados
.
.
.
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Questes Resolvidas de Lngua
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Para responder s questes de 1 a 4, considere os pargraos abaixo, que ini-
ciam o livro O cio Criativo, de Domenico de Masi.
Eu me limito a sustentar, com base em dados estatsticos, que ns, que par-
timos de uma sociedade onde uma grande parte da vida das pessoas adultas
era dedicada ao trabalho, estamos caminhando em direo a uma sociedade
na qual grande parte do tempo ser, e em parte j , dedicada a outra coisa.
Essa uma observao emprica, como a que oi eita pelo socilogo ameri-
cano Daniel Bell quando, em 1956, nos Estados Unidos, ao constatar que onmero de colarinhos brancos1 ultrapassava o de operrios, advertiu: Que
poder operrio que nada! A sociedade caminha em direo predominncia
do setor de servios. Aquela ultrapassagem oi registrada por Bell. Ele no
a adivinhou ou proetizou. Da mesma maneira, eu me limito a registrar que
estamos caminhando em direo a uma sociedade undada no mais no tra-
balho, mas no tempo vago.
Alm disso, sempre com base nas estatsticas, constato que, tanto no
tempo em que se trabalha quanto no tempo vago, ns, seres humanos, a-zemos hoje sempre menos coisas com as mos e sempre mais coisas com o
crebro, ao contrrio do que acontecia at agora, por milhes de anos.
(MASI, 2000, p. 8)
1Reerncia quele
no exerccio de suadades prossionais,sam usar traje ormae gravata).
1. Para concatenar suas ideias, o autor iniciou o segundo pargrao com
a locuo Alm disso. Essa expresso poderia ser substituda, sem
prejuzo para o texto, por:
a) em contrapartida.
b) ademais.
c) por outro lado.
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d) por conseguinte.
e) no obstante.
Anlise
A locuo alm disso pode ser substituda por ademais porque essa a
nica alternativa que d ideia de acrscimo. Como o enunciado arma, a locu-
o conjuntiva que abre o segundo pargrao oi usada para o autor concate-
nar suas ideias anal, o primeiro pargrao encerra-se com uma relao entre
trabalho e tempo vago, associao que retomada no pargrao seguinte.
Entre as outras opes dadas, em contrapartida, por outro lado e no obs-
tante, todas tm sentido totalmente dierente daquele expressado por alm
disso. As conjunes que correspondem s alternativas a, ce e so chamadas
adversativas, porque indicam contrariedade ou oposio. Observe estes exem-plos, que opem a necessidade de ter um carro ao preo do veculo:
No obstante o preo, decidiu pela compra do carro.
O preo no era atraente. Em contrapartida, precisava de um carro.
Um carro acilitaria sua vida. Por outro lado, o preo do automvel ge-
raria uma grande dvida.
A opo da letra dtraz uma locuo conjuntiva (por conseguinte) usadapara estabelecer relaes de causa e consequncia, como no perodo a seguir:
No estudou. Por conseguinte, no oi aprovado.
2. As rases de Daniel Bell oram transcritas entre aspas e precedidas do
verbo advertire do sinal de dois pontos. Chama-se a esse recurso dis-
curso direto. Na transposio para o discurso indireto, algumas adapta-
es precisam ser eitas. Nesse caso, como a primeira rase a ser trans-
crita (Que poder operrio que nada!) exclamativa, a melhor soluo azer uma parrase, como consta na alternativa:
a) Daniel Bell advertiu que alar em poder operrio era uma coisa su-
perada.
b) Daniel Bell advertiu que o poder operrio era uma criao da so-
ciedade.
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Questes Resolvidas de Lngua Portuguesa para concursos aula 3
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c) Daniel Bell advertiu que no gostava muito de alar de poder operrio.
d) Daniel Bell advertiu que o poder operrio vivia uma crise de consumo.
e) Daniel Bell advertiu que nunca houve de ato um poder operrio.
AnliseA resposta certa a letra a, que indica que alar em poder operrio era
uma coisa superada. Porm, para se chegar a essa resposta no basta a leitu-
ra do enunciado no qual o trecho transcrito aparece isolado. undamental
a leitura do primeiro pargrao do texto, para evitar julgamento apressado e
incorreto.
Lendo apenas o enunciado, poderia-se considerar correta a opo c, ou a
e, j que ambas sugerem desaprovao em relao ao tema.
No entanto, considerando o ragmento em questo como parte do texto
dado, podem ser invalidadas no s as alternativas ce e mas tambm a b e a d,
que azem reerncia a coisas que no so mencionadas no texto, ainda mais
em associao ao poder operrio.
J no caso da resposta correta, a letra a, vrias partes do texto a reoram.
Ao armar que o trecho em anlise az meno a algo j superado, demons-
tra-se a coerncia do discurso destacado em relao ao primeiro perodo do
texto, que ala da mudana ocorrida na utilizao do tempo pela sociedade.
Desse modo, a exclamao Que poder operrio que nada! surge como mais
um exemplo de mudana, resultante da constatao de que o nmero de
colarinhos brancos ultrapassava o de operrios.
3. Ao repetir que se baseia em estatsticas, De Masi emprega um recurso
argumentativo que tem por nalidade:
a) validar o contedo opinativo e subjetivo de suas armaes.
b) caracterizar o valor dos nmeros e ndices na sociedade moderna.
c) destacar a impessoalidade de suas previses e vaticnios.
d) enatizar a necessidade de todos se preocuparem com a realidade.
e) convencer o leitor de que nem todas as estatsticas so negativas.
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Anlise
O texto argumentativo subjetivo e opinativo. Ao usar um dado estats-
tico, o autor utilizou um recurso objetivo para dar respaldo sua concepo.
Por esse motivo a letra a est correta.
As demais alternativas esto incorretas, por dierentes razes.
A letra b trata os nmeros como importantes apenas na sociedade moder-
na, o que no pertinente. Um dado estatstico tem, em qualquer poca, a
uno de reorar uma inormao subjetiva, comprovando sua pertinncia.
A opo cmenciona a impessoalidade do texto e justamente isso que a
torna incorreta. Um texto argumentativo sempre vai ser pessoal e parcial, pois
eito com base na deesa de um ponto de vista bem denido.
A letra d incorreta porque arma que real apenas o dado estatstico,
como se o texto no tivesse tambm essa propriedade, mas o texto trata jus-
tamente de uma alterao percebida na sociedade.
Sobre a alternativa e, o problema est na distino sugerida entre estatsti-
cas negativas e positivas. O texto no utiliza os nmeros com essa nalidade.
O problema no qualicar, mas identicar as mudanas ocorridas, reconhe-
cendo-as como uma caracterstica da sociedade contempornea.
4. O acento indicativo de crase empregado em A sociedade caminha em
direo predominncia do setor de servios est corretamente man-
tido na seguinte reescritura do trecho:
a) Caminhamos em direo uma vida ociosa e criativa.
b) Caminhamos buscando predominncia do cio criativo.
c) Caminhamos objetivando criatividade e vida ociosa.
d) Caminhamos em direo criatividade e suas benesses.
e) Caminhamos em direo ociosidade e criatividade.
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Questes Resolvidas de Lngua Portuguesa para concursos aula 3
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Anlise
O acento grave est corretamente empregado na letra e porque o antes
das palavras ociosidade e criatividade resulta da juno da preposio a, exi-
gida para completar o signicado da expresso em direo a, com o artigo
a, admitido pelos substantivos que, alis, esto concordando em gnero enmero (eminino singular) com o artigo.
Na alternativa a, o a craseado aparece diante do artigo indenido uma. A
opo est errada pelo ato de no ser possvel usar dois artigos (denido e
indenido) ao mesmo tempo.
A letra b est incorreta porque, usando acento grave no que segue o
verbo buscar (buscando), classica o verbo como transitivo indireto, mas
buscar exige um objeto direto como complemento, como neste exemplo:Buscou a irm na rodoviria.
A opo cest incorreta pela mesma razo: objetivarno verbo transitivo
indireto, mas direto, ou seja, ele no se liga ao verbo por meio de preposio.
Portanto, aqui o acento grave no permitido.
A alternativa dapresenta apenas um detalhe que a torna incorreta: a alta
de concordncia entre o artigo que se junta preposio a, ormando e no
s, e o pronome possessivo suas. O correto, neste caso, seria Caminhamos em
direo criatividade e s suas benesses.
5. Veja, abaixo, a charge Incluso digital.
(ANALISTADESISTEMAS1,
2009.
Adaptado.)
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