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Livro de Resumos da IX Semana da Física Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia 26 a 30 de Setembro de 2016

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Livro de Resumos da IX Semana da Física

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia

26 a 30 de Setembro de 2016

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Comissão Organizadora:Prof. Dr. Antonino di Lorenzo, Coordenador geralProf. Dr. Lucio Pereira Neves, Vice-CoordenadorJohnny H. E. Queiroz – Graduando em Física dos MateriaisMatheus Barros – Graduando em Física LicenciaturaUly Pita Vedovato – Graduanda em Física MédicaYosdan Martinez – Mestrado em Física de Materiais

Comissão de Apoio:Adilmar Dantas, Discente – Mestrado em Ciência da ComputaçãoAlmir José Nunes, Discente – Licenciatura em FísicaBeatriz Godina Prado, Discente – Física de MateriaisCarolina Barbosa, Discente – Física MédicaEduardo Souza Santos, Discente – Física de MateriaisFábio Vinicius Dumaszak, Discente – Física MédicaFranciellen Oliveira Cunha Pereira, Discente – Física MédicaHugo Freitas Fernandes, Discente – Licenciatura em FísicaMarcio de Sousa Mateus Junior, Discente – Licenciatura em FísicaMatheus Capo Rosa, Discente – Física MédicaJeann César Rodrigues de Araújo, Discente – Física de MateriaisPâmela Zati Ferreira, Discente – Física MédicaPedro Moreira Cardoso, Discente – Licenciatura em FísicaRogério Santos Alves, Discente – Física de MateriaisThalena Carolina Zanetti, Discente – Física Médica

Publicado por:Instituto de Física

Universidade Federal de UberlândiaUberlândia, MG, Brasil

http://www.infis.ufu.br/semanadafisica/

Apoio:

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SEGUNDA-FEIRA 26/09

TERÇA-FEIRA 27/09

QUARTA-FEIRA 28/09

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Segunda-Feira, 26 de setembro de 2016

Segunda-Feira, 26 de setembro de 2016

13:30 – 14h – ABERTURA E ENTREGA DOS MATERIAIS

14:00 – 15:00

Palestra – A Complexidade e o Tempo: Algumas ReflexõesConstantino Tsallis

Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

O tempo e os sistemas complexos são ubíquos na nossa percepção do que chamamos derealidade. Algumas reflexões sobre estes conceitos, sua natureza, suas medições, assimcomo algumas das suas inúmeras aplicações serão apresentadas e analisadas.

15:00 – 16:00

Palestra – Jogos quânticos com o emaranhamento Marcelo MartinelliCentro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Se a mecânica quântica impõe limites à informação disponível em sistemas físicos, sendodentre eles a incerteza de Heisenberg o exemplo mais conhecido, ela permite por outrolado a partilha de informação cruzando os limites estabelecidos por comunicações clás-sicas entre sistemas distintos.Esta situação de partilha de informação não-local é uma das consequências mais interes-santes da mecânica quântica. Conhecida por emaranhamento, ela permite que estadossejam gerados com fortes correlações sem equivalente clássico. Como consequência po-demos fazer a manipulação de informação em nível quântico, estabelecendo canais paracriptografia quântica, permitindo o processamento distribuído de informação (compu-tação quântica) e a transferência de estado quânticos entre sistemas distintos, sem trans-portar diretamente o estado.Vamos discutir como gerar emaranhamento entre campos eletromagnéticos, e comoaplicar este emaranhamento em jogos quânticos em laboratório. Queremos afinal, brin-car com cristais, chips e átomos, traduzindo a mecânica quântica entre diferentes siste-mas e diferentes cores.

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Segunda-Feira, 26 de setembro de 2016

16:30 – 17:30

Palestra – Neurociência ComputacionalAntônio Carlos Roque da Silva Filho

Laboratório de Sistemas Neurais, Departamento de Física, Faculdade de Filosofia, Ciências eLetras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

17:30 – 18:30

Palestra – Pinças óticas e aplicaçõesNathan Bessa Vianna

Instituto de Física, Universidade Federal do Rio de Janeiro; LPO-COPEA, Instituto de CiênciasBiomédicas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Neste colóquio apresentaremos as atividades realizadas pelo Laboratório de Pinças Óti-cas da Universidade Federal do Rio de Janeiro nos últimos 15 anos. Destacaremos ascontribuições dadas pelo grupo de pinças óticas do Instituto de Física e do Instituto deCiências Biomédicas sobre o tema pinças óticas e suas aplicações à biologia celular. Dis-cutiremos também os projetos atuais que estão sendo desenvolvidos e as perspectivasfuturas envolvendo o laboratório.

18:50 – 19:50

Palestra – Newton vs. Huygens: como ocorreu a disputa entre suas teorias sobre luzBreno Arsioli Moura

Centro de Ciências Naturais e Humanas, Universidade Federal do ABC, Santo André, SP

Quando se discute a História da Óptica, geralmente um dos episódios mais lembradosé o da disputa entre as teorias corpuscular (elaborada por Isaac Newton) e ondulatória(elaborada por Christiaan Huygens), ocorrida no final do século XVII. O resultado desseembate teria sido a vitória incontestável da teoria corpuscular de Newton, que teriapermanecido como o único modelo para explicar os fenômenos ópticos até o início doséculo XIX, quando as ideias de Thomas Young e Augustin Fresnel consolidaram a teoriaondulatória. Neste seminário, busco problematizar esse episódio, a partir das pesquisashistoriográficas realizadas nos últimos 50 anos sobre o tema, verificando até que pontoessa disputa existiu. Nesse sentido, construir uma interlocução entre a Historiografiada Ciência e o Ensino de Ciências é fundamental para que essas discussões tambémsejam conhecidas e divulgadas em contextos de ensino, a fim de minimizar o uso deabordagens distorcidas e inadequadas da História da Ciência em sala de aula.

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Segunda-Feira, 26 de setembro de 2016

20:10 – 21:10

Palestra – Atividades dialógicas/participativas e experimentos e representaçõesmultissensoriais de fenômenos e conceitos científicos. Possibilidades reais para a

promoção de inclusãoEder Pires de Camargo

UNESP: Faculdade de engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Física e Química.www2.fc.unesp.br/encine

Vivemos uma mudança de paradigma social. Estamos, em relação à participação da pes-soa com deficiência, transtorno global de desenvolvimento e altas habilidades ou super-dotação, no início da passagem de uma visão segregacionista e assistencialista para umainclusivista e de autonomia. Não faz muito tempo que a interpretação comum e diretaacerca da escolarização, por exemplo, do aluno com deficiência, convergia à criação deespaços diferentes e separados dos alunos sem deficiências. Há aqueles que defendemtal ponto de vista. Há, entretanto, uma postura crítica que defende o direito à manifes-tação da diversidade em seus múltiplos aspectos. Esta postura, tornada organizada elegal por convenções internacionais e legislações nacionais, reconhece na heterogenei-dade humana a potencialidade de novas abordagens sociais, e especificamente, para asala de aula de ciências, metodológicas e de valorização da multissensorialidade. A di-versidade é algo que marca o ser humano. Entendê-la e explorar suas potencialidadesvaloriza o homem e cria situações de atuação plena, pois, estrutura os ambientes físicoe social em função de múltiplas variáveis. Tal estruturação, na lógica da inclusão, é cen-tral para a participação efetiva de todas as pessoas. Neste contexto, defendemos maisdo que a criação de estratégias e materiais específicos aos alunos com deficiências. Acompreensão da função de tais elementos é indispensável à consolidação de um espaçoeducacional inclusivo. Concordamos que a valorização de múltiplas potencialidadesem sala de aula vai além, apontando para o aproveitamento da diversidade humana,gerando assim ambientes adequados à participação de todos os alunos. Assim, nãobasta ver, é preciso tocar, ouvir, cheirar, não basta a obtenção de conclusões próprias,é preciso o compartilhar, o questionar, o descrever sob várias perspectivas. Reconhece-mos então a importância da diversidade, revelada em nossas investigações em razão dautilização, em processos de ensino/aprendizagem, dos múltiplos sentidos constituintesdas vias perceptuais que nos abrem ao mundo. Portanto, entendemos que um ensino deciências apoiado em atividades dialógicas/participativas, em experimentos e represen-tações multssensoriais e em comunicações plenamente acessíveis à todos os estudantes,promovem inclusão e cidadania.

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Terça-Feira, 27 de setembro de 2016

Terça-Feira, 27 de setembro de 2016

Horários com asterisco ∗ se referem a atividades em paralelo.

09:00 – 11:00*: Sala 3Q103

Minicurso – Princípios Básicos de Estudos Estruturais de Proteínas: Teoria eExperimento

Patricia Targon CampanaEscola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, Av. Arlindo Béttio, 1000

São Paulo, Brasil

Este mini-curso tem como foco principal prover ao estudante uma introdução aos con-ceitos dos níveis estruturais de proteínas e de algumas das técnicas mais comuns paraos estudos das relações entre a estrutura e a função destas moléculas. A importânciadeste tema está principalmente no fato de que as proteínas são moléculas-chave em to-dos os processos cruciais ao aparecimento e à manutenção à vida, tais como proteçãoimune, geração e transmissão de impulsos nervosos, além do controle do crescimento eda diferenciação celular. No entanto, para que as proteínas executem suas funções deforma correta e eficiente, estas moléculas devem ter uma estrutura tridimensional es-pecífica, de forma que a função de cada uma delas está estritamente relacionada como equilíbrio conformacional de sua estrutura tridimensional. Neste sentido, é funda-mental que compreendamos os mecanismos moleculares que possam interferir com aestrutura e, conseqüentemente, com a atividade de proteínas em função da interaçãocom seus ligantes específicos, com membranas e com a vizinhança química. Estas in-formações contribuem não somente para o entendimento dos processos bioquímicos e osubseqüente desenho de novas drogas, como também para que se alcance a correta con-jugação aos materiais cerâmicos e polimérico para o desenvolvimento de dispositivoscomo biossensores e sistemas biomiméticos de tecidos.O curso será dividido em dois módulos: o primeiro, constituído de aulas teóricas, seráconcentrado nos níveis estruturais de proteínas e a relação entre o enovelamento dealgumas proteínas com aplicação biotecnológica. Ainda no módulo téorico, os alunosterão a oportunidade de vivenciar alguns programas para computador que auxiliam nosestudos estruturais. O segundo módulo consistirá de uma breve explicação dos métodosespectroscópicos mais utilizados em estudos estruturais (absorção e luminescência) eum experimento de quantificação da proteína BSA usando espectrofotometria.Indicamos as seguintes referências: Princípios de Bioquímica (Stryer, Leningher ou simi-lar); Principles of Fluorescence (J.R. Lakowicz); Circular Dichroism and the Conforma-tional Analysis of Biomolecules (G.D. Fasman) and Circular Dichroism: Principles andApplications (Nina Berova, Koji Nakanishi, Robert W. Woody), Principles of PhysicalBiochemistry (Kensal van Holde).

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Terça-Feira, 27 de setembro de 2016

09:00 – 11:00*: Sala 3Q104

Minicurso – Software MathematicaDaniel Pryjma

Wolfram Research, Inc.

09:00 – 11:00*: Anfiteatro 1X

Minicurso – Computação Quântica com Estados de Cluster ÓpticosLiliana Sanz De La Torre

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

Apresentamos os aspectos básicos da computação quântica nos chamados estados decluster, ou one-way quantum computation. Nesta abordagem, o grau de emaranha-mento de um estado inicial de muitos qubits é o recurso a ser gasto na execução dasoperações quânticas sobre qubits alvos específicos. As operações são executadas pormeio de medidas sobre os qubits auxiliares, que reduzem o grau de emaranhamentodo sistema. Na primeira parte do minicurso, faremos uma introdução sobre conceitosfundamentais de computação quântica e questões específicas dos estados de cluster. Nasegunda parte, analisaremos as realizações experimentais bem sucedidas dos algoritmosde Grover e Deutsch em sistemas envolvendo fótons gêmeos emaranhados.

14:00 – 15:00

Palestra – Curso básico de Wolfram LanguageDaniel Pryjma

Wolfram Research, Inc.

15:00 – 16:00 – APRESENTAÇÕES ORAIS

16:30 – 18:30**: Sala 3Q103

Minicurso – Princípios Básicos de Estudos Estruturais de Proteínas: Teoria eExperimento

Patricia Targon CampanaEscola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, Av. Arlindo Béttio, 1000

São Paulo, Brasil

16:30 – 18:30**: Anfiteatro 1X

Minicurso – Teorias de CamposGastão Krein

Instituto de Física Teórica, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, SP, Brasil

O minicurso tem o objetivo de introduzir conceitos básicos da teoria quântica de campostendo em vista aplicações em física de partículas e física da matéria condensada. O en-foque será mais físico do que matemático. Após introduzir o conceito de campo clássico

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Terça-Feira, 27 de setembro de 2016

tomando o limite do contínuo de um sistema discreto de osciladores acoplados, será dis-cutida a quântização canônica de campos e e a quantização via integrais de trajetória. Aseguir, vamos discutir simetrias globais e leis de conservação e suas consequências emobserváveis físicos. Vamos também introduzir o conceito de simetria local e discutir asteorias de calibre, tomando como exemplo a eletrodinâmica quântica. Por fim, vamosdiscutir brevemente a cromodinâmica quântica, a teoria dos quarks e glúons.

16:30 – 18:30**: Sala 3Q105

Minicurso – Minicurso LATEXMariana M. Odashima

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

Imagine que você tenha que escrever trabalhos longos no Word, como uma tese ou umtcc, tendo que manipular um arquivo longo e pesado, que pode travar. Ou que você te-nha muitas fórmulas a serem escritas e muitas referências cruzadas. Em diversas áreascientíficas (física, matemática, estatística, computação), a ferramenta de escrita de docu-mentos dominante é o chamado LaTeX. Não se trata exatamente de um programa, é umsistema de processamento de texto para preparação de documentos de alta qualidadevisual. O LaTeX é uma linguagem baseada em TeX, um sistema de tipografia desen-volvido pelo cientista da computação Donald Knuth. Knuth ficou revoltado ao ver aqualidade tipográfica da série de livros clássicos que ele estava prestes a publicar, nofinal da década de 60. Na época a tipografia consistia de pecinhas de metal, e Knuthrevolucionou a tipografia trazendo-a para a era do computador. Para quem não sabe oque é tipografia, e ainda usa Comic Sans, existem regras de design que tornam qualquertrabalho visual elegante (imagine um livro, jornal, revista, cartaz). A liberdade de usodas ferramentas digitais permite que qualquer usuário combine cores, fontes, tamanhose espaçamentos, sem se preocupar com a qualidade de leitura do texto. O TeX foca nomelhor que a tipografia pode fazer: lhe dá uma fonte elegante, otimiza o espaçamentodas linhas e caracteres arrumando-o para que ele fique agradável à leitura, e lhe forneceum arquivo leve e portátil, no sentido em que outro usuário daqui a 20 anos poderácompilá-lo. O LaTeX traz as ferramentas básicas de organização de um texto: título,seção, capa, bibliografia. Dessa forma você pode editar um documento leve e de fácilmanipulação de equações e referências cruzadas. Assim você não se preocupa com esco-lha de fontes, espaçamentos, equações lentas, documentos pesados, e pode se concentrarna qualidade e escrita do seu texto. O minicurso introdutório ao LaTeX do 9o SEFIS visapreparar os alunos para este conflito e apresentar os comandos básicos do LaTeX, comexemplos e exercícios. Sejam bem-vindos!

16:30 – 18:30**: Auditório 5S

Minicurso – Acidentes radiológicosMatias Puga Sanches

Comissão Nacional de Energia Nuclear, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares(IPEN-CNEN), São Paulo, SP Brasil

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Terça-Feira, 27 de setembro de 2016

18:50 – 20:50***: Sala 3Q104

Minicurso – LinuxGerson J. Ferreira

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

Don’t take the name of root in vain! – 25 anos atrás, em 1991, o estudante Linus Torvaldscomeçou a desenvolver um sistema operacional (SO) apenas como um hobby. A ideiaera prover um código livre para que outros estudantes pudessem modificar livremente ocódigo, aprender e redistribuir. Substituindo o restrito Minix do gigante Prof. Andrew S.Tanenbaum. Hoje, o Linux ainda não domina o mercado de PCs. Porém, é onipresente eonipotente no mundo de supercomputadores, computação científica e segurança de da-dos. Adicionalmente, também é dominante no novo mundo de dispositivos inteligentes(celulares Android, TVs, geladeiras, ...). Ou seja, é presença integral em nossas vidas,e especialmente na vida de um cientista. Neste mini-curso discutiremos um pouco dahistória, vantagens e desvantagens do Linux para um físico. Abordarei tanto aspectosbásicos de utilização cotidiana para usuários novatos, quanto aspectos mais avançadose truques que mostram como uma shell torna nossas tarefas mais eficientes.

18:50 – 20:50***: Auditório 5S

Minicurso – Medicina NuclearCássio Vilela Komatsu

Universidade Federal do Triângulo Mineiro - HOSPITAL ESCOLA / MEDPHOTONUberlândia

18:50 – 20:50***: Sala 3Q103

Minicurso – Experimentação Remota para o Ensino de FísicaDayane Carvalho Cardoso

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

18:50 – 20:50***: Anfiteatro 1X

Minicurso – Educação em MuseusFlávia Machado dos Reis e Natália Nunes

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Quarta-Feira, 28 de setembro de 2016

Quarta-Feira, 28 de setembro de 2016

9:00 – 11:00*: Anfiteatro 1X

Minicurso – Teorias de CamposGastão Krein

Instituto de Física Teórica, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, SP, Brasil

O minicurso tem o objetivo de introduzir conceitos básicos da teoria quântica de campostendo em vista aplicações em física de partículas e física da matéria condensada. O en-foque será mais físico do que matemático. Após introduzir o conceito de campo clássicotomando o limite do contínuo de um sistema discreto de osciladores acoplados, será dis-cutida a quântização canônica de campos e e a quantização via integrais de trajetória. Aseguir, vamos discutir simetrias globais e leis de conservação e suas consequências emobserváveis físicos. Vamos também introduzir o conceito de simetria local e discutir asteorias de calibre, tomando como exemplo a eletrodinâmica quântica. Por fim, vamosdiscutir brevemente a cromodinâmica quântica, a teoria dos quarks e glúons.

9:00 – 11:00*: Sala 3Q105

Minicurso – LATEXMariana M. Odashima

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

14:00 – 15:00

Palestra – O mercado do trabalhoMônica da Costa Gondim

Analista de Talentos Humanos, ALAGAR TELECOM Uberlândia, MG

Visão sobre o mercado de trabalho; dicas para participação de processos seletivos; aimportância do autodesenvolvimento e de atitudes na busca de oportunidades profissi-onais.

15:00 – 16:00 – APRESENTAÇÕES ORAIS

16:30 – 18:30**: Anfiteatro 1X

Minicurso – Informação QuânticaLiliana Sanz de la Torre

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Quarta-Feira, 28 de setembro de 2016

16:30 – 18:30**: Auditório 5S

Minicurso – Acidentes radiológicosMatias Puga Sanches

Comissão Nacional de Energia Nuclear, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares(IPEN-CNEN), São Paulo, SP Brasil

18:50 – 19:50***: Auditório 5S

Palestra – RadiobiologiaFábio Tonissi Moroni

Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

20:10 – 21:10***: Auditório 5S

Palestra – O papel do físico na radioterapiaIris Antonio Maeda

Hospital Dr. Helio Angotti, Uberaba, MG, Brasil

Com o constante avanço tecnológico na medicina, os tratamentos oncológicos estão acada dia mais eficazes. Na radioterapia o avanço tecnológico proporciona esperança equalidade de vida para os pacientes, e em meio a essa realidade trabalham muitos profis-sionais especializados e dedicados, dentre eles o físico. Qual o seu papel nesta missão?Quais os caminhos percorridos até o ingresso na profissão? Quais os conhecimentosmínimos necessários? Qual o dia-a-dia do físico na radioterapia?

18:50 – 20:50***sala 3Q103

Minicurso – Tecnologia e Ensino de Física: o Arduino como um AliadoHermes Gustavo Fernandes Neri

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

18:50 – 20:50***: Anfiteatro 1X

Minicurso – Educação em MuseusFlávia Machado dos Reis e Natália Nunes

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

20:40 – 22:30***: sala 3Q104

Minicurso – LinuxGerson J. Ferreira

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Quinta-Feira, 29 de setembro de 2016

Quinta-Feira, 29 de setembro de 2016

9:00 – 11:00 – PAINÉIS – Saguão do bloco 5R

14:00 – 15:00

Palestra – Relatividade Geral: Conceitos e PerspectivasJosé Geraldo Pereira

Instituto de Física Teórica, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, Brasil

A teoria da Relatividade Geral, introduzida por Einstein em 1915, é a teoria que des-creve a interação gravitacional. Após uma introdução aos conceitos envolvidos nessadescrição, discutiremos os problemas e as perspectivas futuras da teoria.

15:00 – 16:00 – APRESENTAÇÕES ORAIS

18:50 – 19:50

Palestra – Divulgação e popularização da ciência e inclusão socialDiego Vaz Bevilaqua

Chefe do Museu da Vida, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil

A teoria da Relatividade Geral, introduzida por Einstein em 1915, é a teoria que des-creve a interação gravitacional. Após uma introdução aos conceitos envolvidos nessadescrição, discutiremos os problemas e as perspectivas futuras da teoria.

20:10 – 21:10

Palestra – Estratégia de Integração de Tecnologia na EducaçãoSimone Meister Sommer Bilessimo

Coordenadora do Programa Pós-graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação,Universidade Federal de Santa Catarina - Campus Araranguá, Brasil

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Sexta-Feira, 30 de setembro de 2016

Sexta-Feira, 30 de setembro de 2016

14:00 – 15:00

Palestra – Efeitos i-calóricosAlexandre Magnus Gomes Carvalho

Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, CNPEM, Campinas, SP, Brasil

Os efeitos i-calóricos referem-se às variações de temperatura e entropia observadas emdiversos materiais ao variarmos as grandezas intensivas, tais como pressão (efeito baro-calórico) e campo magnético (efeito magnetocalórico). Serão mostrados os fundamentosfísicos dos efeitos i-calóricos, bem como exemplos de materiais que apresentam tais efei-tos.

15:00 – 16:00

Palestra – Iron superconductors: A brief introduction to effective low-energy modelsand some RPA results.

George B. MartinsUniversidade Federal Fluminense, Centro de Estudos Gerais, Instituto de Física

The parent compound of the iron pnictides/chalcogenides , in most of the known fa-milies, is a semimetal with an Spin Density Wave (SDW) ground state, which underdoping, for some families, and under pressure for others, becomes superconducting(max Tc ∼ 56K). The model of choice has been a 5-band Hubbard model, with lon-ger than nearest-neighbor tight binding hoppings and some on-site correlation terms(although I will argue that efforts to work with a 2-band model should be pursued). AnRPA solution to this model will be presented for the spin susceptibility and the pairingfunction. It will be argued that the extreme richness of the Fermi surface (coming fromall the hybridized d-states) results in RPA solutions which are very dependent on thetight binding hopping terms and in a ‘fierce’ competition between different symmetriesfor the pairing function. This may be one of the important differences in relation to thecuprates.

16:30 – 17:30

Palestra – Teoria da blindagemAntônio Ariza Gonçalves Júnior

Hospital do Câncer de Uberlândia e Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia,Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

16:30 – 17:30

Palestra – Third generation of DNA sequencing using 2D materialsRodrigo G. Amorim

Universidade Federal Fluminense, ICEx, Departamento de Física, Volta Redonda, Brasil

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Sexta-Feira, 30 de setembro de 2016

DNA sequencing has gain attention since last decade when the Sanger method was es-tablished commercially. The importance of DNA sequencing is widely spread intodif-ferent fields, particularly in medicine where they discuss the future of diagnostic bythe precise our personalized medicine. However, in nowadays the price for sequencethe human Genome is keeping expansive (second generation of sequencers) because thecurrent technology is based on chemical reagents. In this talk we will show 2D mate-rials, such as graphene, silicene, MoS2, h-BN and combination of them, as a potentialcandidates for third generation of sequencers based on solid state devices.We have usedDensity Functional Theory(DFT) combined with non-equilibrium Greens functions toinvestigate three possible sensing mechanisms: i) on top; ii) tunneling and iii) modula-tion process. Our study sheds light on the stability of these novel nano-bio systems, theirelectronic properties and the pronounced effects on the transverse electronic transport,i.e., changes in the transmission and the conductance. Our findings suggest thatthese2D solid state devices could be utilized as an integrated-circuit biosensor as part of alab-on-a-chip device for DNA analysis.

18:50 – 19:50

Palestra – LIGO Realiza a Primeira Observação de Ondas Gravitacionais e Confirmaa Existência de Binárias de Buracos Negros

Odylio Denys AguiarDivisão de Astrofísica, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Em 14 de setembro de 2015, às 06:50:45 (horário de Brasília), os dois detectores do Obser-vatório de Ondas Gravitacionais por Interferometria Laser (sigla LIGO em inglês) obser-varam simultaneamente um sinal de ondas gravitacionais. O sinal variou em frequênciade 35 Hz até 250 Hz, com uma amplitude de deformação máxima de 1.0×10−21. Elecoincide com a forma de onda prevista pela relatividade geral para uma fusão de umpar de buracos negros espiralando um em direção ao outro, seguida do ressoar do bu-raco negro resultante. A fusão ocorreu a uma distância de 1.3 bilhões de anos-luz. Asmassas dos buracos negros iniciais eram de 29 M e 36 M, e a massa do buraco negroresultante foi de 62 M. Cerca de 3,0 Mc2 de energia foi irradiada na forma de ondasgravitacionais. Esta observação demonstra a existência de sistemas binários de buracosnegros de massas estelares. Esta é a primeira detecção direta de ondas gravitacionais ea primeira observação de uma fusão de uma binária de buracos negros. Nesta apresen-tação daremos maiores detalhes sobre o processo de detecção e as consequências destafenomenal conquista da ciência contemporânea. Também traçaremos as perspectivaspara o futuro da recém-inaugurada Astronomia de Ondas Gravitacionais.

19:50 – ENCERRAMENTO

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CONTRIBUIÇÃO ESPECIALO PRÊMIO NOBEL DE FÍSICA DE 2015

José Maria Filardo Bassalo

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O PRÊMIO NOBEL DE FÍSICA DE 2015(The 2015 Physics Nobel Prize)

José Maria Filardo Bassalowww.bassalo.com.br

Resumo: Neste artigo, trataremos do Prêmio Nobel de Física de 2015, conce-dido aos físicos: o japonês Takaaki Kajita (n.1959) e o canadense Arthur Bruce McDonald(n.1943) pela descoberta da oscilação dos neutrinos, a qual mostra que os neutrinos pos-suem massa.

Abstract: In this article, we will address the 2015 Nobel Prize in Physics awar-ded to the physicists: the japanese Takaaki Kajita (n.1959) and the canadian Arthur BruceMcDonald (n.1943) for the discovery of neutrino oscillations, which shows that neutri-nos have mass.

Palavras-chave: Prêmio Nobel de Física de 2015; Kajita e McDonald; Oscilaçãode neutrinos; Massa dos neutrinos.

Key-words: 2015 Physics Nobel Prize; Kajita e McDonald; Neutrino oscillati-ons; Neutrinos’ mass.

O Prêmio Nobel de Física de 2015 (PNF/2015) foi concedido aos físicos: o japo-nês Takaaki Kajita (n.1959) e o canadense Arthur (“Art”) Bruce McDonald (n.1943) peladescoberta da oscilação dos neutrinos, por intermédio de experiências envolvendo osneutrinos atmosféricos (produzidos por raios cósmicos) (Kajita) e os neutrinos solares(McDonald), experiências essas que indicam serem os neutrinos possuidores de massa.Também registraremos outras experiências com neutrinos de aceleradores (ou reatores)nucleares (inclusive com a participação de físicos brasileiros), com a mesma indicação.

Iniciemos este artigo com um breve registro sobre a vida deles. Kajita nasceuem 09 de março de 1959, em Higashimatsuyama, Saitama (Japão), tendo concluído seuEnsino Médio (High School), no Saitama Prefectural Kawagoe e bacharelou-se em Físicapela Saitama Universidade, em 1981. Depois, foi para a Universidade de Tókio (UT), pararealizar seu Mestrado em Física e, na mesma, defendeu sua Tese de Doutorado, em 1986,sob a orientação do físico japonês Masatoshi Koshiba (n.1926; PNF, 2002), então Diretordo Institute for Cosmic Ray Research (ICRR/UT). Em 1988, Kajita passou a pertencer a esseInstituto, no qual se tornou Professor Assistente, em 1992, e Professor Titular, em 1999, oque lhe permitiu dirigir o Center for Cosmic Neutrinos (CCN/ICRR/UT). É interessantedestacar que Kajita recebeu os seguintes prêmios (“prizes”): 1) Asahi Prize, da AsahiShimbun Foundation, Japão, em 1988; 2) Bruno Rossi Prize, da American Astronomical Soci-ety/High Energy Astrophysics, Estados Unidos da América, em 1989; 3) Nishina MemorialPrize, da Nishina Memorial Foundation, Japão, em 1999; 4) W. K. H. Panofsky Prize in Experi-mental Particle Physics, da American Physical Society/Stanford University, em 2002; 5) JapanAcademy Prize, em 2012; 6) Nobel Prize in Physics, em 2015: Discovery of AtmosphericNeutrino Oscillations (Kajita Nobel Lecture, 08 de dezembro de 2015); e 7) FundamentalPhysics Prize, pela Fundamental Physics Prize Foundation [fundada pelo físico e empresá-rio russo Yuri Borisovich (Bentsionovich) Milner (n.1961), em julho de 2012], em 2016.(en.wikipedia.org/Kajita).

McDonald nasceu em 29 de agosto de 1943, em Sydney, Nova Scotia (Canadá).Na Dalhousie University desta sua cidade natal, ele obteve o título de Bacharel em Física,

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em 1964, e o de Mestre em Física, em 1965. Seu título de Doutor em Física foi-lhe atribuídopelo California Institute of Technology (CALTECH), em 1969, após defender sua Tese in-titulada Excitation Energies and Decay Properties of T = 3/2 States in 8O17, 9F17 and11Na21, sob a orientação do astrofísico norte-americano William Alfred Fowler (1911-1995; PNF, 1983). Entre 1970 e 1982, McDonald trabalhou no Chalk River Nuclear Labo-ratories, em Ottawa, no Canadá e, entre 1982 e 1989, foi Professor de Física da PrincetonUniversity. Em 1989, ele foi para a Queen’s University em Kingston (Ontário, Canadá),na qual rege a Gordon and Patricia Gray Chair Particle Astrophysics e, desde 1990, dirige oSudbury Neutrino Observatory (SNO), que é um detector de água pesada a uma profundi-dade de 2.100 m, localizado na Inco Nickel Mine, em Sudbury, também em Ontário, comofalamos acima (en.wikipedia.org/Kajita/McDonald). Note-se que McDonald recebeudestacadas honrarias, tais como: 1) T. W. Bonner Prize in Nuclear Physics, da AmericanPhysical Society, em 2001; 2) Bruno Pontecorvo Prize in Particle Physics, Dubna, Rússia, em2004; 3) Officer of the Order of Canada, em 2006; 4) Benjamin Franklin Medal, do FranklinInstitute, Philadelphia, nos Estados Unidos da América, em 2007; 5) Fellow of the RoyalSociety, Inglaterra, em 2009; 6) Killam Prize in the Natural Sciences, do Canada Council, em2009; 7) Henry Marshall Tory Medal, da Royal Society of Canada, em 2011; 8) Order of Onta-rio, em 2012; 9) Nobel Prize in Physics, em 2015:(McDonald Nobel Lecture, 08 de dezembrode 2015); e 10) Fundamental Physics Prize, pela Fundamental Physics Prize Foundation, em2016. (en.wikipedia.org/McDonald/Curriculum_Vitae).

Em seguida, para entendermos a razão da concessão do PNF/2015, faremosum pequeno histórico sobre os neutrinos e suas oscilações e, para isso, usaremos comobase o artigo: Neutrino Oscillations (Scientific Background on the Nobel Prize in Physics2015, The Royal Swedish Academy of Sciences). Inicialmente, vejamos como surgiu a ideiada partícula neutrino. Em 1898 (Proceedings of the Cambridge Philosophical Society 9, p.401), o físico neozelandês-inglês Sir Ernest Rutherford (1871-1937; PNQ, 1908) mostrouque os “raios Becquerel” [descobertos pelo físico francês Antoine Henri Becquerel (1852-1908; PNF, 1903), em 1896 [Comptes Rendus Hebdomadaires des Séances de l’Académie des Sci-ences de Paris (CRHSASP) 122, p. 420; 501)] eram constituídos de partículas carregadaspositivamente [partículas (raios) alfa (α), identificada por Rutherford e pelo químicoinglês Thomas Royds (1884-1955), em 1909 (Philosophical Magazine 17, p. 281), como oátomo de hélio (He)] e negativamente [partículas (raios) beta (β)]. Logo depois, em1899 (CRHSASP 129, p. 996; 1205; 1899), Becquerel e, posteriormente, em 1900 (CRH-SASP 130, p. 647), o casal Curie [o físico francês Pierre (1859-1906; PNF, 1903) e a física equímica polonesa-francesa Marie Sklodowska (1867-1934; PNF, 1903; PNQ, 1911)] mos-traram que as partículas β eram elétrons (e-) emitidos por um núcleo A que se transfor-mava em um outro núcleo B. É oportuno registrar que, ainda em 1900 (CRHSASP 130,p. 1010; 1178), o físico francês Paul Villard (1860-1934) observou a existência de uma“terceira partícula” não-carregada, altamente penetrante e denominada por Rutherfordde raios gama (γ). Por sua vez, ao estudar o decaimento β (beta decay), o físico inglês SirJames Chadwick (1891-1974; PNF, 1935) estabeleceu, em 1914 (Verhandlungen der Deusts-chen Physikalische Gesellschaft 16, p. 383), que as partículas β possuíam um espectrocontínuo de energia. Em vista disso, na década de 1920, desenvolveu-se uma questãopolêmica relacionada à energia dessas β. Desejava-se saber se essa energia era determi-nada pelas energias dos núcleos “mãe” e “filho” ou se variava continuamente. Além domais, havia uma questão objetiva: se um elétron (e-) é emitido por A, que se transformaem B e esse elétron, tem energia menor do que as energias de repouso desses dois nú-cleos, para onde vai a energia que está faltando? Essa polêmica foi resolvida pelo físicoaustro-norte-americano Wolfgang (Ernst) Pauli Junior (1900-1958; PNF, 1945) ao escre-

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Sexta-Feira, 30 de setembro de 2016

ver, em 04 de dezembro de 1930, uma carta aos físicos, a sueco-austríaca Lise Meitner(1878-1968) e o alemão Hans (Johannes) Wilhelm Geiger (1882-1945), que participavamda reunião do Group of Radioactivity of Tübingen. Nessa carta (intitulada: To Radioac-tivity Ladies and Gentlemen), ele propunha a existência de uma partícula neutra, demassa muito pequena, não excedendo um centésimo da massa do próton, emitida juntocom o elétron no decaimento β. Note-se que essa proposta foi apresentada por Pauli naReunião da Sociedade Americana de Física, realizada em junho de 1931, em Pasadena, e pu-blicada ainda em 1931 (Physical Review 38, p. 579). Essa partícula pauliana foi denominadade neutrino (ν) (“nêutron pequenino”, em italiano) pelo físico ítalo-norte-americano En-rico Fermi (1901-1954; PNF, 1938), em 1934 (Nuovo Cimento 11, p. 1; Zeitschrift für Physik88, p. 161), por ocasião em que formulou a teoria matemática do decaimento β, segundoa qual, por intermédio de uma nova força na natureza – chamada mais tarde de forçafraca – o nêutron (n) transforma-se em um próton (p), com a emissão de um elétron (e-) eda partícula pauliana, ou seja: n→ p + e- + ν. Registre-se que, ainda em 1934 (e em traba-lhos independentes), o físico italiano Gian Carlo Wick (1909-1992) (Atti Rendiconti Lincei.Accademia Nationale dei Lincei 19, p. 319) e os físicos, o germano-norte-americano HansAlbrecht Bethe (1906-2005; PNF, 1967) e o inglês Rudolf Ernest Peierls (1907-1995) (Na-ture 133, p. 532) propuseram o decaimento (β) inverso, traduzido pela reação nuclear:p → n + e+ + ν, onde e+ é o pósitron que fora previsto pelo físico inglês Paul AdrienMaurice Dirac (1902-1984; PNF, 1933), em trabalhos publicados em 1928 (Proceedings ofthe Royal Society of London A117; A118, p. 610; 351), como sendo a antipartícula do elé-tron e que foi detectada, em 1932 (Proceedings of the Royal Society of London A41, p. 405;Science 76, p. 238), pelo físico norte-americano Carl David Anderson (1905-1991; PNF,1936). Note-se que, em sua Nobel Lecture (12 de dezembro de 1936) (The Production andProperties of Positrons), Anderson denominou-a de pósitron.

É interessante registrar que, ainda em 1932 (Nature 129, p. 312), Chadwick des-cobriu o nêutron (n) como uma partícula constituinte do núcleo atômico rutherfordiano,e que, também em 1932 (Physical Review 39, p. 164; 864; 40, p. 1), os químicos norte-americanos Harold Clayton Urey (1893-1981; PNQ, 1934), Ferdinand Graft Brickwedde(1903-1989) e George Moseley Murphy (1903-1969), encontraram um isótopo do hidro-gênio (1H2), denominado por eles de dêuteron (1D2). Merece ainda destaque o fato deque, em 1935 (Proceedings of the Physical Mathematics Society of Japan 17, p. 48), o físicojaponês Hideki Yukawa (1907-1981; PNF, 1949) sugeriu que as partículas do núcleo atô-mico (próton e nêutron) eram mantidas juntas por intermédio de uma força nuclear(denominada mais tarde de força forte). [Bassalo & Caruso, Dirac/Fermi/Pauli (Livrariada Física, 2013)].

Proposto o neutrino (ν), restava mostrar a sua existência. Uma das primeirasideias de sua realidade no Universo aconteceu com o modelo dos neutrinos solares, pro-posto por Bethe e pelo físico norte-americano Charles Louis Critchfield (1910-1994) aoapresentarem, em 1938 (Physical Review 54, p. 248), o famoso ciclo próton-próton (1H1-1H1) (CPP) como gerador de energia das estrelas tão (ou menos) massivas quanto o Sol,obedecendo a uma reação nuclear em que dois prótons (1H1) colidem formando o 1D2,com a emissão do e+ e do ν [devido ao decaimento (β) inverso e denominado então deneutrino estelar]. Em seguida, o 1D2 colide com um 1H1 formando um isótopo do hélio(2He3) e emitindo γ. Por fim, dois 2He3 colidem, formando o 2He4, reproduzindo os dois1H1 (daí o CPP) e mais 24,7 MeV [1 MeV = 106 eV, sendo 1 eV a energia eletrostática deum elétron (e) sob a diferença de potencial de 1 volt (V)] de energia. É interessante frisarque, ainda em 1938 (Physikalische Zeitschrift 39, p. 633), o físico alemão Barão C(K)arl

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Friedrich von Weizsäcker (1912-2007) propôs o outro famoso ciclo carbono-nitrogênio-oxigênio (CCNO) como gerador de energia (24,7 Mev) das estrelas mais massivas doque o Sol, ciclo esse confirmado por Bethe, em 1939 (Physical Review 55, p. 434). Outraevidência do neutrino solar foi apresentada, em 1941 (Physical Review 59, p. 539), pelosfísicos, o russo-norte-americano George Antonovich Gamow (1904-1968) e o brasileiroMário Schenberg (1914-1990) ao publicarem um famoso trabalho para explicar o meca-nismo do colapso estelar. Segundo eles, quando o centro de uma estrela atinge umadensidade muito alta, começa a haver a captura de elétrons (e-) por parte dos prótons(p), que se transformam em nêutrons (n) e emitem neutrinos (ν), numa reação nucleardecorrente do decaimento (β) inverso e caracterizada por: p + e- → n + ν. Portanto,esse mecanismo [denominado por eles de Ultra Rapid CAtastrophe (processo URCA)]é o que causa a fuga de neutrinos estelares que provoca o resfriamento estelar e, conse-quentemente, o seu colapso.

Desse modo, a detecção do hipotético neutrino poderia ocorrer em experiênciasenvolvendo a sua captura por nêutrons (ν + n→ p + e-) conforme foi sugerido pelo fí-sico ítalo-inglês-russo Bruno Maximovitch Pontecorvo (1913-1993), em 1946 (Chalk RiverLaboratory Report PD-205). Assim, segundo Pontecorvo, a captação de ν [solares ou dereações de fissão nuclear ocorrida em reatores como, por exemplo, o Brookhaven NationalLaboratory (BNL), localizado em Upton, New York, criado em 1947] pelo cloro (17Cl37)produziria o argônio (18Ar37), com a emissão da β (e-), acompanhado de um recuo doCl. Logo depois, em 1947 (Physical Review 72, p. 246), Pontecorvo propôs um novotipo de captura de neutrinos por nêutrons, com a produção de “elétrons pesados” [novapartícula fortemente ionizante e com massa em torno de 200 vezes a massa do elétron(me), descobertos, em 1937, em experiências independentes realizadas pelos físicos, osnorte-americanos Anderson e Seth Henry Neddermeyer (1907-1988) (Physical Review 51,p. 884); e Jabez Curry Street (1906-1989) e Edward Carl Stevenson (n.1907) (Physical Re-view 51, p. 1005) e denominados, posteriormente, de múons (µ-)], em reação do tipo: ν+ n→ p + µ- → p + e- + γ. Contudo, em 1948 (Physical Review 73, p. 257; 1122), o físicocanadense E. P. (“Ted”) Hincks e Pontecorvo não confirmaram o decaimento propostopor Pontecorvo (µ- → e- + γ). Note-se que, também em 1948 (Reviews of Modern Phy-sics 28, p. 278), o físico norte-americano Horace Richard Crane (1907-2007) apresentouuma revisão sobre o neutrino e sua possível detecção. É oportuno destacar que, aindaem 1948 (Centennial Meeting of the American Association for Advancement of Science) e, em1949 (Reviews of Modern Physics 21, p. 144; 153), os físicos, o norte-americano John Archi-bald Wheeler (1911-2008) e o brasileiro Jayme Tiomno (1920-2011) demonstraram queo decaimento do µ- envolve dois neutrinos: µ- → e- + ν1 + ν2. Note-se que, tambémem 1948 (Nuovo Cimento 5, p. 587), o físico italiano Giampietro Puppi (1917-2006) haviaprevisto esse decaimento para o µ-, daí esse mecanismo haver sido conhecido como oTriângulo de Puppi-Wheeler-Tiomno (TP-W-T) [John Archibald Wheeler e Kenneth Wil-liam Ford, Geons, Black Holes & Quantum Foam: A Life in Physics (W. W. Norton,1998)]. É oportuno registrar que o múon (µ-) é resultante do decaimento do píon (π-),como inicialmente foi observado, em 1947 (Nature 159, p. 694), na famosa experiênciarealizada pelos físicos, os ingleses Sir Cecil Frank Powell (1903-1969; PNF, 1950) e HughMuirhead (1925-2007), o italiano Guiseppe Pablo Stanislao Occhialini (1907-1993) e obrasileiro César (Cesare) Mansuetto Giulio Lattes (1925-2005), na qual mostraram queos raios cósmicos [basicamente, prótons (p)] ao colidirem com a atmosfera (contendotambém p), produziam dois tipos de mésons carregados: “primário” [hoje: píon (π+,-,0)]e “secundário” [hoje: múon (µ+,-)], sendo este decorrência do decaimento do “primário”,

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em uma reação nuclear e hoje caracterizada como sendo do tipo: p + p = p + n + π+, com:π+ → µ+ + νµ.

A produção de novas partículas, decorrentes da colisão de raios cósmicos coma atmosfera foi também observada, em 1947 (Nature 160, p. 855), pelos físicos ingle-ses George Dixon Rochester (1908-2001) e Clifford Charles Butler (1922-1999), ocasiãoem que encontraram trajetórias em forma de V oriundas de uma origem comum, daías denominaram de partículas V. Tais partículas que apresentavam um comportamento“estranho”, pois elas são produzidas por força (interação) forte (vida média ~ 10-23 s),entre píons (π) e nucleóns (p e n) [este nome foi cunhado pelo físico dinamarquês Chris-tian Möller (1904-1980), em 1941 (Köngelise Danske Videnskab Selskab Matematisk-FysiskeMeddelanden 18, p.3)] e decaíam por força (interação) fraca (vida média ~ 10-10 s). Nasdécadas de 1950 e 1960, novas partículas “estranhas” [algumas delas depois conhecidascomo mésons káons (K+,-,0)] foram produzidas em laboratórios mundiais: Stanford LinearAccelerator Center (SLAC) (Estados Unidos); Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire(CERN) (Suíça/França); Fermi National Accelerator Laboratory (FERMILAB) (Estados Uni-dos); Frascati National Laboratory (FrNL) (Itália); BNL etc.

Voltemos aos neutrinos. Na primavera de 1948, o físico norte-americano Ray-mond Davis Junior (1914-2006; PNF, 2002) foi trabalhar no Departamento de Química doBNL e, ao se apresentar ao seu Diretor, o químico norte-americano Richard W. Dod-son (1915-2002), perguntou-lhe o que esperava de seu apresentador. Para sua surpresa,Dodson mandou que Davis Junior fosse à Biblioteca e procurasse um tema de pesquisa.Assim, encontrou o artigo de Crane e, ao lê-lo, viu a possibilidade de “detectar” neu-trinos por intermédio da reação envolvendo cloro e argônio (Cl-Ar). Assim, em 1951,Davis Junior passou a usar os ν do reator Brookhaven Graphite Research Reactor (BGRR),do BNL enviando-os para um tanque de 3.800 litros (l) contendo tetraclorido de carbono(CCl4). Contudo, não houve produção de argônio como era esperado, pois os reatoresemitem antineutrinos e não neutrinos, como será investigado mais adiante. Em 1952(Physical Review 86, p. 976), Davis Junior usou a proposta de Pontecorvo sobre o recuode um núcleo ao receber o ν, porém, trabalhou com a reação lítio-berílio: 3Li7 + ν↔ 4Be7

+ e- (lembrar que: ν + n↔ p + e-), na qual um feixe de ν com a energia de 0,862 MeVprovoca um recuo do Li com a energia característica de 57 eV. Note-se que essa reaçãotambém pode ser interpretada como a captura de elétrons pelo Be, produzindo o Li e umfeixe de ν com a energia de 0,862 MeV, conforme Davis Junior considerou. É interessantedestacar que P. B. Smith e J. S. Allen já haviam realizado uma experiência desse tipo, an-tes, em 1951 (Physical Review 81, p. 381). É oportuno registrar que o uso do CCl4 comodetector de neutrinos foi proposto, pela primeira vez, em 1945, pelo físico-químico fran-cês Jules Guéron (1907-1990) [Frank Close, HALF-LIFE: The Dividided Life of BrunoPontecorvo, Physicist or Spy (Basic Books, 2015)].

Em 1953 (Physical Review 92, p. 1045), os físicos norte-americanos Emil JohnKonopinski (1911-1990) e Hormoz Massou Mahmoud (n.1918) mostraram que a partí-cula pauliana era uma antipartícula, o hoje antineutrino do elétron (). Observe-se queesse trabalho permitiu reconhecer os neutrinos propostos por Wheeler e Tiomno (ν1 eν2) como sendo: e νµ. É interessante registrar que, desde 1945, o físico norte-americanoFrederick Reines (1918-1998; PNF, 1995) tentava observar a partícula pauliana sem, con-tudo, lograr êxito. Em 1951, ao entrar de licença sabática de seu emprego no Laboratóriode Los Alamos, Reines convidou seu colega, o também físico norte-americano Clyde Lor-rain Cowan Junior (1919-1974), para irem à busca daquela partícula e que foi denotadapor Reines como ν-. Inicialmente, eles consideraram a hipótese de usar os testes de

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bombas atômicas como fonte de neutrinos, mas logo decidiram estudar a colisão de umfluxo de “neutrinos-menos” (ν-) oriundos do decaimento β (conhecido, na época, comoβ- e que era o elétron) produzido pelo reator do Hanford Engineering Works (HEW), si-tuado em Washington, com prótons de um cintilador líquido, em uma reação nucleardo tipo: ν- + p → n + β+, com β+ representando o pósitron (e+). Estes, por sua vez,ao encontrarem elétrons livres do fluido do cintilador, se aniquilavam e se transforma-vam em fótons, responsáveis, portanto pela cintilação. O resultado dessa experiência foiapresentado por Reines e Cowan, em 1953 (Physical Review 92, p. 830).

Ressalte-se que, em sua experiência (Cl-Ar) de 1951, Davis Junior observou queo BGRR/BNL não era uma forte fonte de para realizar a reação Cl-Ar, e considerandoo sucesso de Reines e Cowan com o HEW, em 1954, Davis Junior pensou em utilizaro Savannah River Nuclear Reactor (SRNR), localizado na Carolina do Sul e que, naquelemomento, era a fonte mais intensa de ν-. Desse modo, na base deste reator, ele voltoua usar o tanque de 3.800 litros contendo CCl4 e, como no caso da experiência realizadano BGRR/BNL Davis Junior não conseguiu mostrar a identidade neutrino-antineutrino,pois encontrou que as taxas de captura de e de por parte do Cl, eram diferentes, numarelação de 1/5. Em vista disso, em 1955 (Physical Review 97, p. 766), Davis publicou umartigo no qual discutiu apenas a possibilidade de detectar antineutrinos oriundos dereatores por intermédio da reação Cl-Ar. Observe-se que, em 1956 (Science 124, p. 103)e em 1960 (Physical Review 117, p. 159), Cowan, Reines, F. B. Harrison, H. W. Kruse e A.D. McGuire confirmaram o resultado da experiência de 1953, usando um tanque de ½m3 de água para detectar o seu proveniente do SRNR. Note-se que, em 1958 (UNESCOConference, Paris 1, p. 728), Davis Junior voltou a usar o SRNR, usando um tanque de11.400 l contendo CCl4 e, desta vez, encontrou uma relação de 1/20 entre as taxas deneutrino/antineutrino.

Destaque-se que, em 1957 (Nuovo Cimento 5, p. 299), o físico paquistanês AbdusSalam (1926-1996; PNF, 1979) aventou a hipótese de o neutrino eletrônico (νe) possuirmassa em seu artigo sobre a quebra da paridade na interação fraca, confirmando essaquebra descoberta, em 1956 (Physical Review 102, p. 290; 104, p. 254), pelos físicos sino-norte-americanos Tsung-Dao Lee (n.1926; PNF, 1957) e Chen Ning Yang (n.1925; PNF,1957). É oportuno registrar que, em 1971 (Lettere al Nuovo Cimento 1, p. 252), o físicobrasileiro Mario Novello (n.1942), propôs que um mecanismo gravitacional era capaz degerar a massa dos neutrinos, bem como a de outros férmions [Mario Novello, A massado neutrino (Scientific American Brasil 163, p. 21, dezembro de 2015; Bassalo & Caruso,Salam (em preparação)].

Os dois neutrinos [inicialmente associados ao elétron (νe) e ao múon (νµ)] pre-vistos pelo TP-W-T foram deduzidos em experiências independentes conduzidas, em1957, pelos físicos norte-americanos Richard Lawrence Garwin (n.1928), Leon Max Le-derman (n.1922; PNF, 1988) e Marcel Weinrich (1927-2008) (Physical Review 105, p. 1415)e pelos físicos, o norte-americano Jerome Isaac Friedman (n.1930; PNF, 1990) e o suíçoValentine Louis Teledgi (n.1922) (Physical Review 105, p. 1681). Por sua vez, em 1960,Pontecorvo e o físico norte-americano Melvin Schwartz (1932-2006; PNF, 1988) (SovietPhysics – JETP 10, p. 1236) e, independentemente, Lee e Yang (Physical Review Letters 4,p. 306; 307) propuseram um tipo de experiência para a produção de νµ em decorrênciado decaimento do π+, ou seja: p + p→ p + n + π+ (→ µ+ + νµ ). De posse desses neu-trinos, Schwartz e os físicos norte-americanos Lederman, Jack Steinberger (n.1921; PNF,1988), Gordon Danby, Jean-Marc Gaillard, Konstantin Goulianos e Nariman B. Mistry,realizaram uma experiência no ciclotron Nevis do BNL, em 1962 (Physical Review Letters9, p. 36), na qual comprovaram a existência do , bem como confirmaram a existência

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dos neutrinos/antineutrinos associados ao elétron (νe-/+) e ao múon (νµ-/+), em rea-ções dos tipos: p + νe+→ n + e+; n + νe-→ p + e-; p + νµ+→ n + µ+ e n + νµ-→ p +νµ-. É oportuno salientar que a existência de νe-/+ e νµ-/+ foi confirmada no CERN, em1964 (Physics Letters 12, p. 281; 13, p. 80; 86), em experiências, envolvendo 37 cientistas(físicos e engenheiros), dentre os quais o físico brasileiro Roberto Aureliano Salmeron(n.1922).

Por fim, vejamos a descoberta do terceiro neutrino. Para entendê-lo, façamosum pequeno resumo histórico. Como vimos acima, durante as décadas de 1930, 1940,1950 e 1960, várias partículas elementares (carregadas e neutras) foram descobertas. Emvista disso, foi necessário fazer uma classificação delas e, também, formular um ModeloMatemático para entender a sua Dinâmica, o hoje conhecido Modelo Padrão da Física dasPartículas Elementares (MPFPE), desenvolvido entre 1970 e 1973. Assim, de um modogeral, as partículas elementares constituintes da matéria classificam-se em: hádrons eléptons. Os hádrons (do grego adros, que significa “grosso e volumoso”), nome cunhadopelo físico russo Lev Borisovich Okun (n.1929), em 1962 (Procedings of the InternacionalConference on High Energy Physics 1962, CERN, p. 845), são partículas que sofrem os qua-tro tipos de força (interação): gravitacional, eletromagnética, fraca e forte, e são de doistipos: bárions e mésons. Os bárions (do grego barys, que significa “pesado”), cujo nomefoi cunhado pelo físico e historiador da ciência, o holandês-norte-americano AbrahamPais (1918-2000), em 1954 (Procedings of the Internacional Conference on Theoretical Physics1954, Kyoto, p. 157), são férmions [que satisfazem a Estatística de Fermi-Dirac (1926)],formados por três quarks [introduzidos pelo físico norte-americano Murray Gell-Mann(n.1929; PNF, 1969), em 1964 (Physics Letters 8, p. 214)] e se juntam em duas categorias:nucleóns e hyperons. O termo nucleón (p, n) foi introduzido em 1941, por Möller, comojá frisamos, e os hyperons (do grego iper, que significa “super”, “acima” ou “além de”),termo introduzido pelo físico francês Louis Leprince-Ringuet (1901-2000), em 1953 (An-nual Review of Nuclear Science 3, p. 39), representam as partículas com massa intermediá-ria entre nucleóns e píons. Note-se que, por essa ocasião, ainda não se sabia que os píonstinham massa inferior a dos nucleóns que estes também tinham massa inferior a dos hype-rons.Por sua vez, os mésons [do grego meso, que significa “médio” e que receberam essadenominação, em 1939, em trabalhos independentes, dos físicos, o inglês Charles GaltonDarwin (1887-1962) (Nature 143, p. 276) e o indiano Homi Jehangir Bhabha (1909-1966)(Nature 143, p. 602)], são bósons [que satisfazem a Estatística de Bose-Einstein (1924)],formados por um par quark/antiquark. Os léptons (do grego leptos, que significa “fino”ou “pequeno”), são férmions e não sofrem interação forte, e tiveram seu nome cunhadopor Möller e Pais, em 1946, para representar qualquer partícula de massa pequena comoo elétron e o neutrino. [Abraham Pais, Inward Bound: Of Matter and Forces in thePhysical World (Oxford University Press, 1995)].

Nesta oportunidade, é interessante pausar a história da descoberta do terceironeutrino e fazer uma observação sobre as leis de conservação (que decorrem do MPFPE)que regem as reações nucleares. Além da conservação da energia, do momento linear edo momento angular, oriundos da Física Clássica, a descoberta das partículas elemen-tares levou à introdução de novas leis de conservação, das quais destacaremos duas: 1)Lei de Conservação do número bariônico (B) e vale (B = + 1) para os bárions e (B = - 1)para os antibárions, e B = 0, para as demais partículas; 2) Lei de Conservação do númeroleptônico (L) e vale (L = + 1) para os léptons e (L = - 1) para os antiléptons, e L = 0, paraas demais partículas. É por causa delas que se explicam as seguintes reações dadas por:νe + n↔ p + e- e + p→ n + e+, pois p e n são bárions (B = + 1), e- e νe são léptons (L = +1), e e+ e são antiléptons (L = - 1).

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Continuemos com a história da descoberta do terceiro neutrino. Como des-tacamos acima, na primeira metade da década de 1970, só se conheciam dois tipos deléptons [eletrônico (e-,+) e muônico (µ-,+), com seus respectivos neutrinos/antineutrinos(νe, νµ, , )]. Contudo, o MPFPE previa a existência de mais um lépton/antilépton eseu respectivo neutrino/antineutrino, uma vez que o trabalho de Gell-Mann, de 1964(referido acima), previa e existência de três quarks. Desse modo, se iniciou a busca doterceiro lépton, e seu companheiro neutrino. Assim, em outubro de 1975 (Physical Re-view Letters 35, p. 1489), uma equipe de pesquisadores do SLAC, sob a liderança dofísico norte-americano Martin Lewis Perl (n.1927; PNF, 1995), realizou uma experiênciana qual estudaram a colisão elétron-pósitron (e- - e+), com a produção anômala de elé-trons (e) e de múons (µ). Essa produção decorria do decaimento de uma nova partícula,a princípio denominada de U, inicial da palavra unknow (“desconhecido”, em inglês),decorrente da reação: e- + e+ → U- + U+, com o seguinte modo de decaimento de U: U→ µ(e) + . Ainda em 1975, Perl e seu estudante de pós-graduação, o físico grego PetrosAfentoulis Rapidis (n.1951), sugeriram o nome tau (τ ), inicial da palavra (“triton”, ter-ceiro em grego), para esse terceiro lépton (“pesado”), com a massa aproximada entre 1,6e 2,0 GeV/c2 (1 GeV = 103 MeV) [Martin Lewis Perl, Reflections on the Discovery of theTau Lepton (Nobel Lecture, 08 de dezembro de 1995)]. Essa partícula foi comprovada porPerl [e mais 36 físicos, dentre eles Rapidis e o norte-americano Burton Richter (n.1931;PNF, 1976)], em 1976 (Physics Letters B63, p. 466). Hoje, existem o τ+ e sua antipartí-cula τ -, com a massa aproximada de 1,77 GeV/c2, bem como seus respectivos neutrinos(ντ ) e antineutrinos (), de acordo com o MPFPE (porém, eles não possuem massa), se-gundo o qual, em qualquer membro de uma reação nuclear, todo lépton (antilépton) éacompanhado de seu antineutrino (neutrino) correspondente. [Martinus Veltman, Factsand Mysteries in Elementary Particles (World Scientific, 2003); Maria Cristina BatoniAbdalla, O Discreto Charme das Partículas Elementares (EdUNESP, 2006)].

Em seguida, trataremos da descoberta dos neutrinos solares e ver como foramobservadas suas oscilações. Segundo anotamos acima, no artigo de 1955, Davis Juniorexaminou a possibilidade de detectar antineutrinos oriundos de reatores por intermédioda reação Cl-Ar, bem como a possibilidade de construir detectores para medir o fluxode neutrinos solares liberados nos CPP e CCNO. Mais tarde, em 1958 (Physical Review113, p. 1556), H. D. Holmgren e R. L. Johnston investigaram a produção de neutrinosem reações nucleares do tipo: 2He3 + 2He4→ 4Be7 + γ e, também, do tipo: e- + 4Be7

→ 3Li7 + νe. Ainda em 1958, em trabalhos independentes, os físicos norte-americanosAlastair Graham Walter Cameron (1925-2005) (Bulletin of the American Physical Society 3,p. 227; Annual Review of Nuclear Science 8, p. 299) e William Alfred Fowler (1911-1995;PNF, 1983) (Astrophysical Journal 127, p. 551) conjecturaram que o processo de geração deenergia nas estrelas do tipo do Sol (solares) deve-se a reações nucleares do tipo: 4Be7 + p→ 5B8 + γ, seguida de: 5B8 → 4Be8 + e+ + νe. Como nesses artigos havia a possibilidadede usar os νe para produzir a reação Cl-Ar, Davis Junior construiu um tanque de 3.800l de percloroetileno (C2Cl4) na Barberton Limestone Mine, em Ohio. Contudo, não houvenenhum sinal de νe produzido pelo Ar.

Continuemos com a busca dos neutrinos solares (e suas oscilações). Um dosprimeiros modelos sobre a produção da energia estelar foi apresentado, em 1958, pelofísico alemão Martin Schwarzschild (1912-1997) em seu livro intitulado Structure andEvolution of the Stars (Princeton University Press). Posteriormente, a partir de 1962,o astrofísico norte-americano John Norris Bahcall (1934-2005) desenvolveu o Modelo Pa-drão Solar [Standard Solar Model (SSM)] sobre o fluxo de neutrinos solares (NS) ao de-

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monstrar que a taxa de emissão de νe pelo boro-8 (5B8) era 20 vezes mais alta do queo valor previamente esperado, com energia máxima de 14,06 MeV. Em vista disso, Da-vis Junior planejou uma experiência do tipo Cl-Ar e, depois de trocar cartas com J. N.Bahcall resolveram publicar seus resultados, em 1964: o teórico de Bahcall (Physical Re-view Letters 12, p. 300) e o experimental de Davis Junior (Physical Review Letters 12, p.303). Contudo, para que a experiência tivesse sucesso, era necessário que o tanque deC2Cl4 fosse bem enterrado.

Desse modo e com essa ideia em mente e ainda contando com o suporte doBNL e do Council of Economic Advisers dos Estados Unidos (CEA/US), Davis Junior ini-ciou, em 1965, o planejamento de uma experiência do tipo Cl-Ar, usando um tanque de378.000 l de C2Cl4 e que foi enterrado na Homestake Gold Mine, em Lead, Dakota do Sul,a uma profundidade de 1.478 m e este experimento se tornou operacional em 1967. Osprimeiros resultados dessa experiência foram publicados em 1968 (Physical Review Let-ters 20, 1205), no artigo assinado por Davis Junior, D. S. Harmer e K. C. Koffman, no qualrelataram que haviam encontrado um limite superior para o fluxo de νe bem abaixo doprevisto, ou seja: 3 SNU [1 Solar Neutrino Unit (SNU) = 10-36 capturas por segundo epor núcleo absorsor], uma vez que, ainda em 1968 (Physical Review Letters 20, 1209), J.N. Bahcall, Nata A. Bahcall e G. Shaviv demonstraram, usando o SSM, que aquele li-mite era de: (7,5 3) SNU. É interessante registrar que, em 1973 (Monthly Notices of RoyalAstronomical Society 163, p. 331), A. J. R. Prentice explicou que os NS eram devidos àsinhomogeneidades da composição do Sol; por exemplo, enquanto o hidrogênio (H) eraqueimado em suas partes mais externas, o caroço solar era composto de hélio (He). Porsua vez, também, em 1973 (Nature 246, p. 33), P. Demarque, J. G. Mengel e A. V. Sweigartsugeriram que os NS estavam relacionados com o fato de que o interior do Sol gira maisrápido que o seu exterior.

Em 1984, Davis Junior deixou o BNL e transferiu o Experimento Homestake paraa Universidade da Pensilvânia, e continuou a realizar trabalhos, com novos colaborado-res. Assim, em 1987, Davis Junior organizou uma colaboração com físicos soviéticos,conhecida como Soviet-American Gallium Experiment (SAGE), com o objetivo da medi-ção rádioquímica do fluxo de neutrino eletrônico solar baseada na seguinte reação νe +31Ga71 → e- + 32Ge71 (lembrar que: νe + n→ p + e-), na qual a presença do neutrino ele-trônico solar (νe) é evidenciada pelo decaimento do germânio radioativo (32Ge71), quetem uma vida média de 11,43 dias. O alvo para essa reação era um tanque contendo50-57 toneladas (t) do líquido metálico de gálio (Ga) enterrado no Baksan Neutrino Ob-servatory (BNO), nas montanhas do Cáucaso, na Rússia. Desse modo, em 1991 (PhysicalReview Letters 67, p. 3332), Davis Junior e seus 27 colaboradores do SAGE apresentaramseus primeiros resultados. Novos resultados foram publicados, em 1999 (Physical ReviewLetters 83, p. 4686), por Davis Junior e 24 colaboradores. Desde que o SAGE funcionou,de janeiro de 1990 até dezembro de 2007, foram realizados 168 experimentos, cujos re-sultados apresentavam a mesma discrepância (cerca de 1/3) entre os valores medidosdo fluxo de νe e os previstos pelo SSM desenvolvido por J. N. Bahcall, desde 1962 (comovimos acima), modelo esse que foi refinado nos seguintes trabalhos: J. N. Bahcall, NicolaCabibbo (1935-2010) e A. Yahil, Physical Review Letters 28, p. 316 (1972); J. N. Bahcall, W.F. Huebner, S. H. Lubow, P. D. Parker e R. K. Ulrich, Reviews of Modern Physics 54, p.767 (1982); J. N. Bahcall e o físico norte-americano Sheldon Lee Glashow (n.1932; PNF,1979), Nature 326, p. 476 (1987); J. N. Bahcall, W. D. Arnett, R. P. Kirshner e S. E. Woosley,Annual Review of Astronomy and Astrophysics 27; p. 629 (1989); J. N. Bahcall, NeutrinoAstrophysics (World Scientific, 1989); J. N. Bahcall, K. Lande, R. E. Lanou, J. G. Lear-ned, R. G. H. Robertson e Lincoln Wolfenstein, Nature 375, p. 29 (1995); J. N. Bahcall,

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M. H. Pinsonneault, S. Basu e J. Christensen-Dalsgaard, Physical Review Letters 78, p. 171(1997); J. N. Bahcall, Physical Review C56, p. 3391 (1997); J. N. Bahcall, Plamen I. Krastev eo físico russo Alexei Yuryevich Smirnov (n.1951), Physical Review D58, n. 096016 (1998);J. N. Bahcall, Krastev e Smirnov, Physical Review D60, n. 093001 (1999); Bahcall, Pinson-neault e Basu, Astrophysical Journal 555, p. 990 (2001). É interessante destacar que, alémdo Ga, o SAGE usou também o cromo (24Cr51) como fonte de neutrinos, cuja energia dofluxo é similar a dos neutrinos solares do 4Be7, e que os resultados dessas experiências,realizadas entre 2002-2007, podem ser vistos nos artigos publicados em 2009: PhysicalReview C80, n. 015807; arXiv: 0901.2200 (en.wikipedia.org/wiki/SAGE).

Paralelamente a esse trabalho no SAGE, Davis Junior continuou com suas ex-periências no Homestake. Com efeito, em 1998 (Astrophysical Journal 201, p. 505), DavisJunior e mais 07 colaboradores mediram o fluxo de neutrinos solares usando a reaçãoCl-Ar e o detector de C2Cl4. Mais detalhes do trabalho de Davis Junior, ver sua NobelLecture: A Half-Century with Solar Neutrinos (08 de dezembro de 2002; e-Nobel Mu-seum).

É oportuno ressaltar que a discrepância de 1/3, entre os valores medidos defluxos de νe e os previstos pelo SSM, também foi encontrada em experiências realizadaspelo Gallium Experiment (GALLEX) e pelo seu sucessor, o Gallium Neutrino Observatory(GNO), das quais trataremos mais adiante. Esses experimentos foram idealizados peloLaboratori Nazionali del Gran Sasso (LNGS) [criado pelo Istituto Nazionale di Fisica Nucleare(INFN)] e localizados na montanha de Gran Sasso, de 2.912 m de altura, na província deAbruzzo, da cidade de L’Aquila, Itália, para detectar neutrinos solares de baixa energia[com um limite superior de 233,2 keV (1 keV = 103 eV)]. Note-se que essa colaboraçãointernacional usou um tanque de 54 m3 cheio de 101 t de uma solução ácida de triclorido-hydroclórico (Cl3HCl), contendo 30,3 t de Ga. Nesses experimentos, também foi possíveldetectar neutrinos solares do ciclo CPP, com um limite superior de 0,420 MeV.

Durante o período (1971-1997) em que o GALLEX funcionou, seu detector me-diu uma taxa total de 77,5 SNU, com um decaimento médio diário de 0,75. Das experi-ências realizadas por essa colaboração internacional de físicos, destaquemos as de 1992(Physics Letters B285, p. 376), realizadas por 54 físicos [dentre eles, o físico alemão Ru-dolf Ludwig Mössbauer (n.1929; PNF, 1961)]; e o de 1999 (Physics Letters B447, p. 127),conduzidas por 49 físicos (incluindo Mössbauer).

Por sua vez, em abril de 1998, começou o experimento GNO (com 30 t de Gae tendo ainda o Ge como fonte de νe), também liderado pelo LNGS, por intermédiodo BORONSOLAR NEUTRINO EXPERIMENT (BOREX). No período de seu funciona-mento, maio de 1998-janeiro de 2002, seus resultados foram apresentados em 2000 (Phy-sics Letters B447, p. 16), por 30 cientistas; e na Neutrino 2002 Conference, realizada emMunique, na Alemanha. Em resumo, nas experiências realizadas pelas colaboraçõesGALLEX/GNO, os valores encontrados foram: GALLEX: 77,5 ± 62 (estatístico) + 4,3/-4.7 (sistemático) SNU, e GNO: 65,2 ± 6,2 (estatístico) ± 3.0 (sistemático) SNU, compa-rado ao valor teórico de 138 SNU (www.lngs.it). Registre-se que essa discrepância foiresolvida com novos experimentos e levando em conta a oscilação de neutrinos sola-res, no Sudbury Neutrino Observatory (SNO), localizado na Inco Nickel Mine, em Sudbury(Ontário, Canadá), sob a direção McDonald (desde 1990) e apresentado em 2001 e 2002,segundo veremos mais adiante (en.wikipedia.org/wiki/GALLEX).

Cremos ser oportuno falar algo sobre o BOREX. Em maio de 2007, foi criadaa BOREXINO (diminutivo italiano de Borex) Collaboration (uma colaboração internaci-onal com a participação de cientistas de vários países: Alemanha, Canadá, Estados

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Unidos, França, Itália, Polônia, Rússia e Ucrânia), usando um detector líquido de cin-tilação e localizado na montanha italiana de Gran Sasso, objetivando detectar antineu-trinos/neutrinos radioativos do interior e da crosta de nosso planeta Terra (geoneutri-nos/geoantineutrinos ou geológicos) e antineutrinos/neutrinos solares. Os principaisresultados dessa Colaboração foram: 1) em 2007 (Physics Letters B658, p. 101) (77 ci-entistas) e 2008 (Physical Review Letters 101, no. 091302) (133 cientistas), detectados osprimeiros neutrinos/antineutrinos solares produzidos pelo berílio radioativo (4Be7); 2)em 2010 (Physics Letters B687, p. 299) (88 cientistas), detectados os primeiros geoanti-neutrinos dos elementos radioativos e, dentre eles: urânio (92U238), tório (90Th232) e po-tássio (19K40); 3) em 2011 (Physical Review Letters 107, no. 141302) (89 cientistas) e PhysicalReview Letters 108, no. 051302) (91 cientistas), respectivamente, confirmação de neutri-nos/antineutrinos solares emitidos pelo 4Be7 e pela fusão nuclear (próton-próton) nocentro do Sol; 4) em 2012 (Physics Letters B716, p. 401) (105 cientistas), foi medida a velo-cidade do neutrino muônico (νµ) produzido no CERN (sobre essa medida é interessantedestacar que, inicialmente, ela apresentava um valor > c, e logo depois foi encontradoser compatível com c); 5) em 2013 (Physics Letters B722, p. 29) (93 cientistas), novosgeoneutrinos/geoantineutrinos foram detectados: em 2014 (Nature 512, p. 383) (91 cien-tistas), foi confirmada a fusão nuclear (próton-próton) no centro do Sol; e, em agosto de2015 (Physical Review D92, no. 031101) (102 cientistas) foi divulgada uma espectroscopiade geoneutrinos/geoantineutrinos. (en.wikipedia.org/BOREXINO).

Continuemos com o histórico sobre o tema do PNF2015, agora tratando dasoscilações de neutrinos (νe → νµ→ ντ ). As primeiras considerações sobre a oscilaçãode neutrinos (antineutrinos) eletrônicos solares (νe ↔ ) no vácuo foi aventada por Pon-tecorvo, em 1957 (Soviet Physics, JETP 6, p. 984) e em 1958 (Soviet Physics, JETP 7, p. 172).Destaque-se que, com a descoberta do νµ, em 1962 (já registrada), os físicos japonesesZ. Maki, M. Nakagawa e Shoichi Sakata (1911-1970), ainda em 1962 (Progress in Theore-tical Physics 28, p. 870), discutiram a possibilidade de esses dois conhecidos “sabores”de neutrinos solares serem uma mistura de dois auto-estados de massa dos mesmos.Contudo, o primeiro modelo fenomenológico da oscilação de neutrinos (eletrônicos emuônicos) solares (νe ↔ νµ) foi proposto por Pontecorvo, em 1968 (Soviet Physics, JETP26, p. 172) e melhorado por ele e pelo físico russo físico russo Vladimir Naumovich Gri-bov (1930-1997), em 1969 (Physics Letters B28, p. 493). É interessante destacar que, notúmulo de Pontecorvo, em Roma, está escrita a seguinte equação: νµ 6= νe. (Close, op.cit.).

Por sua vez, a possibilidade da existência do neutrino tauônico (ντ ), decorrentedas experiências de Perl (1975-1976) que analisamos acima, levou o FERMILAB, por in-termédio de seu acelerador Tevatron [acelerador de prótons em um anel de 6,3 km e ener-gia de até 1 TeV (= 103 MeV), com o início de operação ocorrido em 1983], a montar umexperimento (Collaboration) [DirectObservation of theNU Tau, E872 (DONUT)], em 1997,para observar a interação de ντ , anunciada em 20 de julho de 2000 e publicada em 2001(Physics Letters B504, p. 218). É oportuno registrar que o ντ foi confirmado, em 2012, emexperiências realizadas no Large Hadron Collider (LHC/CERN), por duas Colaborações:A Toroidal LHC ApparatuS (ATLAS) e Compact Muon Solenoid (CMS). Na do ATLAS (Phy-sics Letters B716, p. 1), participaram quase 3.000 cientistas, sendo treze (13) cientistas bra-sileiros; na do CMS (Physics Letters B716, p. 30) com também quase 3.000 cientistas, den-tre eles trinta e cinco (35) brasileiros (www.searadaciencia.ufc.br/bassalo/PNF2013).

Os trabalhos de Pontecorvo, Maki, Nakagawa e Sakata [e que foram confirma-dos pelos físicos russos S. P. Mihkeev e Smirnov, em 1985 (Yadernaya Fizika 42, p. 1441),

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em 1986 (Nuovo Cimento C9, p. 17)] ensejaram o desenvolvimento de um modelo para ex-plicar as oscilações de neutrinos (ON) [de qualquer “sabor” e massivos (embora contrao MPFPE, pois para este, o neutrino não possui massa, como já destacamos): eletrônico(νe), muônico (νµ) e tauônico (ντ )]. Desse modo, hoje, a ON é devido a uma mistura dosauto-estados do Hamiltoniano (H) e dos auto-estados da interação fraca envolvendoseus léptons correspondentes (e, µ, τ ). Assim, quando os neutrinos se propagam atravésdo espaço, os fatores de fase correspondentes aos auto-estados oscilam devido a diferen-ças de massa dos auto-estados de H. Note-se que o conceito de mistura de neutrinos é oresultado natural de uma Teoria de ‘Gauge’ com neutrinos (de três “sabores”) massivos,cuja transformação unitária relacionando os auto-estados de massa e de “sabor”, sendoestes dados por:|να > = Σi Uαi| ν i > e |ν i > = Σα U*

αi |να >, onde |να > corresponde aum neutrino com “sabor” bem definido (νe, νµ, ντ ou , ,) e |ν i > a um neutrino de massami definida [i = 1 (νe), 2 (νµ), 3 (ντ )], Uαi é a matriz de Pontecorvo-Maki-Nakagawa-Sakata (PMNS) e (*) significa a matriz complexa conjugada. É interessante ressaltar que,com essa matriz, se calcula a probabilidade de oscilação de dois neutrinos: Pi→ j, (i 6= j)

≈ sen2(2 θij) = sen2[1,27 (∆m2ij L/E)], sendo θij (o ângulo de mistura), ∆m2

ij = m2i -

m2j [mi (ou mj)] medido em eV, L (distância entre a fonte emissora e o detector de neutri-

nos) considerado em km e E (energia do feixe de neutrinos suposta constante), tomadaem GeV. Ressalve-se que as experiências com neutrinos envolvem o cálculo de ∆m2

ij eθij, segundo veremos mais adiante (en.wikipedia.org/wiki/Neutrino_Oscillation).

Agora, passemos a analisar os trabalhos dos nobelistas Kajita e McDonald. Ka-jita foi para o ICRR/UT trabalhar com Koshiba, que estudava o espalhamento de neutri-nos/antineutrinos (νe/) [decorrentes do decaimento de nucleóns (p e n)] pelos elétrons(e-) e por prótons (p) da água, bem como o decaimento do p. Por exemplo, no caso doespalhamento νe - e-, como a massa do e- é de 0,5 MeV (no sistema no qual se admitec = 1) e considerando que os νe têm energia muito mais alta (p.e.: 10 MeV), então, nacolisão entre eles, o e- recua praticamente na direção da incidência do νe e, portanto,há uma relação direta entre os espectros energéticos dessas duas partículas. O tempodessa colisão é da ~ 10 ns (1 ns = 10-9 s). Para esse estudo, Koshiba usava a Radiação deVavilov-Cherenkov (RV-C) [descoberta, em 1934, pelos físicos russos Pavel AlekseyvichCherenkov (1904-1990; PNF, 1958) e Sergey Ivanovich Vavilov (1891-1951), em trabalhosindependentes (Doklady Akademii Nauk SSSR 2, p. 451; 457)], segundo a qual uma par-tícula carregada quando atravessa um meio transparente (de índice de refração n) comuma velocidade V/n maior que a velocidade da luz no vácuo (c) (V/n > c), ela perdeuma fração de energia na forma de RV-C. Desse modo, por volta de 1980, Koshiba e co-laboradores do ICRR construíram um tanque de 3.000 t de água, dotado de um detectorImagining Water Cherenkov (IWC), com fotomultiplicadores L (construídos e aperfeiçoa-dos pela Hamamatsu Photonics Company) e o enterrou na mina de Mozumi, propriedadeda Kamioka Mining and Smelting Company, na cidade de Hida (antiga Kamioka), em Gifu,no Japão, com 1.000 m de profundidade. Em vista disso, esse experimento foi deno-minado de KAMIOKANDE, onde NDE significa Nucleon Decay Experiment. Contudo,como nesse experimento foram detectados neutrinos atmosféricos, NDE passou a serconhecido como Neutrino Detection Experiment. Ainda por volta de 1980, as Universida-des de Irvine, Michigan e Brookhaven, sob a liderança de Reines, construíram o NucleonDecay Detector (IMB/NDD), no terreno da Morton Salt Mine, localizada em Cleveland,no estado de Ohio, nos Estados Unidos. É interessante destacar que, em 1983 (NuclearInstruments and Methods 205, p. 443), Kajita e os físicos japoneses H. Kume, S. Sawaki,M. Ito, K. Arisaka, A. Nishimura e A. Suzuki descreveram um fotomultiplicador. Note-

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se que o espalhamento - p decorre da reação: + p→ e+ + n, sendo o e+ detectado pelaRV-C. Merece destaque o fato de que, o decaimento do próton (do tipo: p → e+ + π0)foi examinado, também em 1983 (Physical Review Letters 51, p. 27) por Reines e seus 28colaboradores, bem como, em 1985 (Journal of the Physical Society of Japan 54, p. 3213),por Koshiba e seus 12 colaboradores (incluindo Kajita). Nessas duas experiências, foiencontrado um limite superior para o tempo (τp) de decaimento do próton: τp > 6,5 ×1031 anos.

Com a observação da supernova (SN), ocorrida em 23 de fevereiro de 1987,na Grande Nebulosa de Magalhães, a hoje conhecida SN1987A, as duas colaboraçõesKAMIOKANDE e IMB/NDD, passaram a detectar os neutrinos/antineutrinos atmosfé-ricos oriundos dessa supernova observando o seu espalhamento em p e e- da água. Oespalhamento de - p foi publicado, em 1987, em trabalhos independentes, de Koshiba e21 colaboradores (incluindo Kajita) (Physical Review Letters 58, p. 1490), e de Reines e 36colaboradores (Physical Review Letters 58, p. 1494). Observe-se que resultado importantedo experimento KAMIOKANDE foi encontrado, em 1988 (Physics Letters B205, p. 416),na qual Koshiba e seus 25 colaboradores (incluindo Kajita) anunciaram a descoberta dachamada Anomalia do Neutrino Atmosférico (ANA), ao observarem que a razão entre onúmero de neutrinos muônicos [N(νµ)] e o de neutrinos eletrônicos [N(νe)] era quatro(4) em vez de dois (2) conforme indicava o MPFPE.

Destaque-se que a observação de neutrinos eletrônicos oriundos de uma SNapresenta grande interesse de investigação, pois, durante sua longa viagem até nossoplaneta podem ocorrer decaimentos (oscilações) permitindo, portanto, estimar um li-mite mínimo para a vida média dos mesmos.

Desse modo, com o objetivo de realizar novas observações dos neutrinos at-mosféricos da SN1987A, em 1988 (Physical Review D38, p. 448), Koshiba e seus 23 colabo-radores (incluindo Kajita), descreveram a construção de um detector constituído de umgrande reservatório de água enterrado no terreno da Morton Salt Mine. Com tal detec-tor, eles procuraram medir o decaimento de prótons da água, observando a colisão dosneutrinos atmosféricos da SN1987A com a água do detector. Também, em 1988 (PhysicalReview Letters 61, p. 2522), Reines e 32 seus colaboradores mediram a vida média (τp)do decaimento do próton, decorrente da passagem de neutrinos solares por toneladasde água, e encontraram que: τp > 1032 anos. Este mesmo valor e com esse mesmo tipode experiência, foi encontrado, em 1989 (Physics Letters B220, p. 308), por Koshiba e seus33 colaboradores (incluindo Kajita). É oportuno destacar que a proposta do decaimentodo próton decorre da Teoria de Grande Unificação (TGU), proposta em 1972 (Proceedings ofthe 16th Conference on High Energy Physics) pelos físicos, o indiano Jogesh C. Pati (n.1937)e o paquistanês Salam e, em 1974 (Physical Review Letters 32, p. 438), pelos físicos norte-americanos Howard Mason Georgi (n.1947) e Glashow. Nessa TGU, τp é da ordem de10291,7 anos, para altas energias (~ 1015 GeV), correspondentes a dimensões da ordem de10-29 cm. Note-se que, segundo a Teoria do Big Bang (TBB), a idade do Universo, temo seguinte valor: τU ≈ (13,73 ± 0,15) × 106 anos, segundo observação realizada peloWilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP) e anunciada em março de 2006.

O espalhamento dos neutrinos atmosféricos por elétrons (e-) da água foi ob-servado, pela primeira vez, em 1989 (Physical Review Letters 63, p. 16), pela colaboraçãoKAMIOKANDE/IMB (liderada por Koshiba e mais 32 colaboradores incluindo Kajita)e confirmado em 1990 (Physical Review Letters 65, p. 1297), por essa mesma colabora-ção, também liderada por Koshiba e mais 36 colaboradores, ainda com a participação deKajita.

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Em dezembro de 1990, Koshiba preparou um artigo no qual apresentou umprojeto para ampliar o KAMIOKANDE. Desta vez, o SUPER-KAMIOKANDE (S-K),como ficou conhecido, teria um tanque de água pura de 50.000 t e seria rodeado por cercade 11.200 fotomultiplicadores, conforme descrição feita, em 1992, por Koshiba (PhysicsReports 220, p. 229) e pelo físico japonês Yoji Totsuka (1942-2008) (Reports on Progress inPhysics 55, p. 377). Enquanto esse super detector não foi concluído (o que só aconteceuem 1996), o KAMIOKANDE juntou-se com alguns físicos do IMB e continuaram a buscapelos neutrinos atmosféricos e suas oscilações, usando a RV-C e o Standard Solar Model(SSM), formulado por J. N. Bahcall, a partir de 1962 (como assinalado antes). Assim, essacolaboração KAMIOKANDE/IMB (sob a liderança de Koshiba e a participação ativa deKajita) divulgou esses resultados: em 1991 (Physical Review D44, p. 2241) (e mais 37 ci-entistas), ainda em 1991 (Physical Review Letters 65, p. 1297) (e mais 33 cientistas); em1992 (Physical Review D45, p. 2170) (e mais 39 cientistas); em 1994 (Physics Letters B335,p. 237) (e mais 52 cientistas); e em 1996 (Physical Review Letters 77, p. 1683) (e mais 47cientistas).

Com a entrada em funcionamento do S-K, em 1996 [iniciando a Astrofísica doNeutrino/Antineutrino, na qual foram usados métodos estatísticos constituindo o cha-mado gráfico do neutrino (neutrinograph)], novos resultados sobre a oscilação de neutri-nos foram então encontrados por Koshiba e Kajita, em 1998 (Physical Review Letters 81, p.1562) (e mais 117 cientistas) e, ainda em 1998 (Physical Review Letters 81, p. 2016), com acolaboração de mais 46 cientistas). Em 1999 (Physical Review Letters 82, p. 1810), Koshiba,Kajita e Reines (e mais 117 cientistas), usaram o neutrinograph e concluíram que o fluxode neutrinos atmosféricos observado era muito menor do que o previsto pelo SSM. Essamesma discrepância foi encontrada pelo GNO, em 2000 (Physics Letters B490, p. 15), emartigo assinado por 30 cientistas, dentre eles o nobelista Richter. Em 2002, novas obser-vações sobre neutrinos solares foram apresentadas pelo SAGE (Journal of Experimentaland Theoretical Physics 95, p. 181) (composto de 21 cientistas) e, também, por McDonalde mais 178 cientistas do GNO (Physical Review Letters 89, 011301).Note-se que a importân-cia do trabalho de McDonald foi a de observar a contribuição das correntes neutras [queacontecem, por exemplo, em interações fracas (envolvendo a partícula Z0) do tipo: + e-

→ + e-] como um argumento a mais que justifica a massa dos neutrinos/antineutrinossolares (João dos Anjos, e-mail, 04/12/2015).

É interessante salientar que, em 1999, foi criada a T2K Collaboration, consti-tuída de 508 cientistas de 62 instituições de pesquisa em 12 países (Alemanha, Canadá,Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos da América, França, Inglaterra, Itália, Japão,Polônia, Rússia e Suíça), proposta pelos físicos japoneses Koichiro Nishikawa (n.1947)e Totsuka, tendo essa Colaboração (sob a direção de Kajita e mais 356 cientistas), em2013 (Physical Review D88, no. 072010) observado, por intermédio do S-K, que neutrinosatmosféricos [eletrônicos (νe(1)) e muônicos (νµ(2))] se transformam em neutrinos tauô-nicos (ντ (3)). Nesse experimento, foram encontrados os seguintes valores: sen2(2θ32) =1, δCP = 0 e|∆m2

32|= 2,4 × 10-3 (eV2/c4), valores esses que resultam em: sen2(2θ13) =[0,088+0,49

-0,039 (estatístico + sistemático)], com 3,1 σ de confiabilidade. Registre-se que,em 18 de maio de 2015, por ocasião de um seminário no KEK High Energy Accelerator Re-search Organization (instalado em 1997, em Tsukuba, na Prefeitura de Ibaraki, no Japão), oT2K Collaboration anunciou que havia observado a oscilação de antineutrinos muônicos-tauônicos com os parâmetros oscilatórios: sen2() e com as respectivas confiabilidades:68% e 90%. [en.wikipedia.org/wiki/T2K_Collaboration; Orlando Luís Goulart Peres,Metamorfose Fantasmagórica (Ciência Hoje 332, dezembro 2015)].

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Por sua vez, com o objetivo de detectar antineutrinos eletrônicos (), foi cons-truído um novo detector – o Kamioka Liquid Scintillator Antineutrino Detector (Kam-LAND) – localizado também na Kamioka Mining. Ele foi preparado para detectar an-tineutrinos nucleares () (produzidos por reatores nucleares), bem como detectar neu-trinos/antineutrinos atmosféricos/solares e neutrinos/antineutrinos geológicos - estesprovenientes do decaimento radioativo do tório (Th) e do urânio (U) da crosta e domanto terrestres -, assim como a sua oscilação. Esse detector é constituído de um ba-lão esférico de aço inoxidável, de 18 m de diâmetro, e contendo em seu interior 1.879fotomultiplicadores. No interior dessa esfera existe um balão de nylon, de 13 m de di-âmetro, cheio de um líquido cintilador composto de 1.000 t de óleo mineral, benzenoe fluorescentes químicos. Por sua vez, o balão de aço inoxidável é envolvido por umDetector Vavilov-Cherenkov, cuja finalidade é a de filtrar os neutrinos muônicos () e ade proporcionar blindagem contra a radioatividade das rochas.

A Colaboração KamLAND (en.wikipedia.org/wiki/KamLand) começou a fun-cionar em janeiro de 2002 e, em 17 de janeiro de 2003 (Physical Review Letters 90, 021802),97 de seus cientistas anunciaram que haviam detectado um fluxo de , com energia> 3,4 MeV, oriundos de reatores nucleares que se localizavam em uma faixa de 180km. Já em 2004 (Physical Review Letters 92, no. 071301), o KamLAND (com 90 ci-entistas) encontrou um limite superior do fluxo de antineutrinos atmosféricos, dadopor: 3,7 102 /(cm2.s) Já a oscilação de neutrinos foi observada pelo KamLAND emduas oportunidades: 1) em 2005 (Physical Review Letters 94, no. 081801) (93 cientis-tas); 2) em 2008 (Physical Review Letters 100, no. 221803) (81 cientistas). Destaque-se que, em 2005 (Nature 436, p. 499), 97 pesquisadores daquela Colaboração publica-ram o resultado de sua investigação experimental sobre os antineutrinos geológicos.(www.searadaciencia.ufc.br/bassalo/PNF2002).

Vejamos agora os experimentos com neutrinos/antineutrinos produzidos poraceleradores nucleares. Como vimos acima, o FERMILAB havia construído, em 1983,um acelerador de prótons (Tevatron) para estudar a colisão dessas partículas com al-vos de grafite (para produzir píons e káons) e observar seus decaimentos envolvendoneutrinos (νµ, ντ ) e, então, produzir seus respectivos feixes [NuMI (νµ), NuTAU (ντ )],constituindo-se nos denominados Main Injector Neutrino. Além do mais e, também,como destacamos anteriormente, em 1986, foi elaborada a Teoria das Oscilações de Neu-trinos (matriz: PMNS). Desse modo, para medir a ON, o FERMILAB organizou o expe-rimento denominado de Main Injector Neutrino Oscillation Search (MINOS), um sistemacomposto de dois detectores para receber aqueles feixes. Um deles [far detector (FD)],com massa de 5.400 t, localizado na Soudan Mine, no norte de Minnesota, na profundi-dade de 716 m, entrou em operação, no verão de 2003, para estudar os raios cósmicos eos neutrinos atmosféricos (estelares). O outro [near detector (ND)], de 980 t, distante dealgumas centenas de metros do alvo de grafite, enterrado na profundidade de quase 100m, começando a funcionar em dezembro de 2004. Note-se que a distância entre essesdois detectores é de 734 km.

A MINOS Collaboration trata da oscilação [νµ(2) → ντ (3)] e mede a diferençados quadrados da massa (∆m2

32) e os ângulos de mistura (θ32). Assim, seus resulta-dos foram apresentados em: 2006 (Physical Review Letters 97, no. 191801) [275 físicos,sendo 02 brasileiros: Carlos Ourivio Escobar (n.1948), do Instituto de Física da Univer-sidade Estadual de Campinas (IF/UNICAMP) e Philippe Gouffon (n.1954), do Instituto deFísica da Universidade de São Paulo (IF/USP)] e 2008 (Physical Review D77, no. 072002)(199 cientistas, incluindo Escobar eGouffon), com os mesmos valores, dados por: ∆m2

32

= 2,74+0,44-0,26 × 10-3 (eV2/c4) e sen2(2θ32) > 0,87 [com 68% de confidence limit (“limite de

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confiança”) (CL)]. Ainda em 2008 (Physical Review Letters 101, no. 131802) (171 cientis-tas, também com Escobar e Gouffon), a MINOS voltou a apresentar novos resultados:∆m2

32 = 2,43+0,13-0,13 × 10-3 (eV2/c4) e sen2(2θ32) > 0,90 (com 90% de CL). Em 2011 (Phy-

sical Review Letters 106, no. 181801) [128 cientistas, com Escobar e Gouffon, e mais doisbrasileiros: João de Abreu Barbosa Coelho, do IF/UNICAMP e Ricardo Avelino Gomes(n.1976), do Instituto de Física da Universidade Federal de Goiás (IF/UFG)], os novos va-lores foram: ∆m2

32 = 2,32+0,12-0,08 × 10-3 (eV2/c4) e sen2(2θ32) > 0,90 (com 90% de CL).

Ainda em 2011, a MINOS divulgou novos resultados, desta vez envolvendo o desapa-recimento de antineutrinos muônicos () em dois artigos. O primeiro foi publicado noPhysical Review Letters 107, no. 021801 (128 cientistas, e mais Coelho, Escobar, Gomes eGouffon), cujos resultados foram os seguintes valores: = [2,43+0,13

-0,13 (estatístico) ± 0,06(sistemático)] × 10-3 (eV2/c4), além de sen2() = [0,86+0,11

-0,12 (estatístico) ± 0,01(sistemá-tico)]. Este experimento, que também mediu a oscilação (), é consistente no nível de 2%ao assumir parâmetros de oscilação idênticos. O segundo, agora apresentado no Physi-cal Review D84, no. 071103 (124 cientistas, incluindo Coelho, Escobar, Gomes e Gouffon),os resultados são dados por: = 2,32 × 10-3 (eV2/c4) e sen2() = 1.

Como os dois últimos experimentos de 2011 indicavam uma possível violaçãoda Simetria (Teorema) CPT [inversão de carga (C): nenhuma experiência física se alterase uma partícula (p) for trocada por sua antipartícula (); inversão espacial ou paridade(P): nenhuma experiência física será capaz de determinar, de maneira unívoca, a direitaou a esquerda (troca de r por – r); e inversão temporal (T): se um certo movimentode sistema físico é possível, o seu reverso temporal também o será (troca de t por –t)], e que é um pilar básico do MPPE, a MINOS voltou a realizar nova experiência, em2012 (Physical Review Letters 108, no. 191801) [112 cientistas, ainda com Coelho, Escobar,Gomes e Gouffon), não confirmou o observado no artigo de 2011 (Physical Review Letters106, no. 181801), ou seja, uma possível violação da CPT. Desse modo, essa experiênciade 2012 mostrou que a Simetria CPT continua válida no MPFPE, pois os parâmetrospara neutrinos e antineutrinos se mostraram consistentes. Nesta altura, é interessanteregistrar que, em 1964 (Physical Review Letters 13, p. 138), os físicos, os norte-americanosJames Henry Christenson (1935-2015), James Watson Cronin (n.1931; PNF, 1980), ValLodgsdon Fitch (1923-2015; PNF, 1980) e o francês René Turlay (1932-2002) observarama violação da simetria CP do sistema K0- (que são partículas neutras e massivas), porém,havia a preservação da CPT.

No caso dos experimentos de 2011 tratados acima, existem dois pilares básicosdo MPPE que estão afetados: os neutrinos parecem possuir massa e sua oscilação violaa CPT. Portanto, se isso se confirmar no futuro, há a necessidade de se revisar o MPPE.

Ainda se tratando da MINOS Collaboration, merece destaque o fato de que elaesteve no centro das polêmicas experiências envolvendo a massa e a velocidade dos neu-trinos, como, por exemplo, a realizada em 2007 (Physical Review D76, no. 072005) (203cientistas, com Escobar e Gouffon). Neste experimento foi usado um feixe de neutrinosmuônicos (NuMI) com a energia da ordem de 3 GeV (com uma determinada velocidadev para o νµ), tendo o far detector detectado 473 eventos, para os quais foi encontrado: v =1,000051 c (com 68% de CL). Por sua vez, as medidas de correlação entre as massas dosνµ e correspondentes a 258 eventos, mostrou que o limite de massa imposto para essesneutrinos foi de: m < 50 MeV/c2 (com 99% de CL). Para esses mesmos 258 eventos, foiencontrado que: 0,999976 c < v < 1,000126 c. Registre-se que em 15 de setembro de 2015(Physical Review D92, no. 052005), ainda a MINOS (123 cientistas, com Coelho, Escobar,Gomes e Gouffon) obteve o seguinte resultado: v/c – 1 = (1,0 ± 1,1) × 10-6, consistente

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com v < c. (Ricardo Gomes, e-mail, 12/02/2016; en.wikipedia.org/MINOS).Segundo vimos acima, as experiências que examinaram a oscilação de neutri-

nos envolvem a medida de ângulos de mistura (θij). Assim, para os neutrinos sola-res, são medidos: θ12 [mistura de neutrinos eletrônicos (νe) e de muônicos (νµ)]; paraos neutrinos atmosféricos (estelares), tem-se: θ23 [mistura de neutrinos muônicos (νµ)e de tauônicos (ντ )]; e para os neutrinos nucleares, medem-se: θ13 [mistura de neu-trinos eletrônicos (νe) e de tauônicos (ντ )]. Para a medida de θ13, foram realizadas(em 2012) três experiências: Double Chooz Collaboration (França), Daya Bay Collabora-tion (China) e RENO Collaboration (Coreia). Vejamos os resultados de cada uma delas(en.wkipedia.org/Double_Chooz/Daya_Bay/RENO).

A Double Chooz Collaboration (DCC) foi um experimento localizado no muni-cípio de Chooz, região de Ardennes (França perto da Bélgica) e destinado a medir odesaparecimento do antineutrino eletrônico nuclear () cujos fluxos eram produzidospor dois reatores [)] da Chooz Nuclear Power Plant, oscilação essa medida por um de-tector (far detector) distante de 1.050 m dos reatores e localizado em cavernas de umacolina. Seu objetivo era medir o limite do parâmetro θ13 (cuja expressão analítica foiacima registrada), sendo este consistente com a oscilação (↔). Assim, esse limite foimedido (Physical Review Letters 108, no. 131801, 28/03/2012) pela DCC, da qual par-ticiparam 184 cientistas (físicos e engenheiros), de 36 instituições de pesquisa mundi-ais: 12 americanas; 07 japonesas; 05 francesas; 05 alemães; 02 russas; 01 espanhola, 01inglesa e 03 brasileiras [João Carlos Costa dos Anjos (n.1944) (a quem agradeço nestaoportunidade a leitura crítica deste artigo), Ademarlaudo França Barbosa (1963-2012),Rafael Gonçalves Gama (n.1984), Herman Pessoa Lima Júnior (n.1973) e Iuri Muniz Pepe[agora, na Universidade Federal da Bahia (UFBA)], do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas(CBPF); Pietro Chimenti, da Universidade Federal do ABC (UFABC); Luis Fernando Go-mez Gonzalez e Ernesto Kemp, do Instituto de Física da Universidade Estadual de Campi-nas (IF/UNICAMP)]. O resultado obtido nesse experimento foi o seguinte: sen2(2 θ13) =[0,086±0,041 (estatístico) ± 0,030 (sistemático)], o que corresponde a ~ 3 σ (σ = desviopadrão) para θ13 6= 0. É oportuno observar que, em setembro de 2014, foi instalado maisum detector (near detector) na DCC, distante 400 m dos reatores.

A Daya Bay Collaboration (DBC) corresponde a um experimento realizado napenínsula Dapeng, na costa oeste da Baia Daya, no sul da China, projetado também paramedir o desaparecimento de sendo seus fluxos oriundos de seis (6) reatores nucleares(2,9 GWe) produzidos pelo Daya Bay Reactor Neutrino Experiment (operado por 271 ci-entistas de 38 institutos de pesquisa: 20 chineses; 16 norte-americanos; 01 russo e 01techcolosváquio) e examinados por 6 detectores enterrados na profundidade de 1.648m, nos quais foi medido o θ13. Seu resultado (Physical Review Letters 108, no. 171803,23/04/2012), apresentou o seguinte valor: sen2(2 θ13) = [0,092±0,016 (estatístico)± 0,005(sistemático)] e equivalente a 5,2 σ para a existência do θ13.

Por sua vez, a RENO (Reactor Experiment for Neutrino Oscillations) Collaborationestabeleceu-se no então Yeonggwang Nuclear Power Plant (YNPP) [cujo nome foi mudadopara Hanbit Nuclear Power Plant (HNPP), em 2013], na província Jeollanam, na Coreia doSul e com o mesmo propósito das duas anteriores, ou seja: medir o θ13. Desse modo, umfluxo de antineutrinos eletrônicos () produzido por seis (6) reatores nucleares (2,8 GWe)foi registrado em dois detectores idênticos e distantes, de 294 m e 1.383 m, do complexoYNPP (no qual participaram 34 cientistas de 12 instituições de pesquisa sul-coreanas).Seu resultado (Physical Review Letters 108, no. 191802, 11/05/2012) foi: sen2(2 θ13) =[0,113±0,013 (estatístico)± 0,019 (sistemático)] consistente com a oscilação (↔), com 4,9

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σ de significância para a existência do θ13.Para mais informações sobre o tema do PNF/2015, ver: Gustavo do Amaral

Valdiviesso e Marcelo M. Guzzo, Compreendendo a Oscilação de Neutrinos, RevistaBrasileira de Ensino de Física 27, p. 495 (2005); Ricardo Avelino Gomes, Olhando o Céudo Fundo de um Poço, Revista UFG 8, p. 101 (2010); e Ricardo Avelino Gomes, Neutrinosem Tudo que Eu Vejo, Revista UFG 12, p. 245 (2012).

Antes de concluir este artigo, é interessante registrar mais dois aspectos relaci-onados com o tema do PNF/2015. O primeiro refere-se a dois trabalhos realizados em2015 e que tratam da massa dos neutrinos/antineutrinos e de um possível decaimentodeles. Com efeito, em janeiro de 2015 (Physics Letters B740, p. 345), o Prof. Ricardo Go-mes e seus colaboradores, os físicos brasileiros Abner Leonel Gadelha Gomes (n.1990)e Orlando Luís Goulart Peres (n.1969), realizaram um trabalho no qual examinaram osresultados dos experimentos do MINOS e do T2K sobre a relação entre o tempo(T3) dedecaimento do ν3 (representando os neutrinos massivos 1,2 e 3) e sua massa (m3), con-siderando correntes neutras (envolvendo Z0) e correntes carregadas (evolvendo W±),eles encontraram que (considerando c = 1): T3/m3 > 2,8 × 10-12 s/eV, com 90% de CL,porém com baixa significância (σ). Por sua vez, em setembro de 2015 (Physical Review115, no. 231802) (97 cientistas), a Borexino Collaboration, além de confirmar a existênciado neutrino massivo, estimou o melhor limite da vida média do elétron: τ e > 6,6 × 1028

anos, com 90% de CL [lembrar que: τp≈ 10291,7 anos e τU ≈ (13,73 ± 0,15) × 106 anos],caso o elétron apresentasse o seguinte decaimento:e-→ νe + γ. [que, no entanto, aindanão foi observado (Ricardo Gomes, e-mail, 25/01/2016)].

O segundo trata da continuação dos trabalhos sobre os“misteriosos neutri-nos”e suasoscilaçõescomo, por exemplo, por parte do FERMILAB e, também, doBrasil. No FERMILAB,a linha de feixe NuMI, que fornecia o feixe de neutrinospara o experimentoMINOS, foi modificada para atender ao experimentoNuMIOff-AxisνeAppearance(NOνA), a partir de 2013, que temas seguintes metas a serem atin-gidas até 2020: 1)Determinar a hierarquia de massa dos neutrinos;2)Determinar o octante doθ23; 3) Investigar aviolação do CP dos léptons;e 4)Procurar porpossível neutrino estéril. EssaColaboração conta com a presença daUniversidade Federal de Goiás(UFG), sob a coorde-nação Prof. Ricardo Avelino Gomes e mais dois físicos, o brasileiro Stefano Castro Tog-nini (n.1987) e a indiana Tapasi Ghosh (n.1981). (Ricardo Gomes,e-mails, 15/01/2016,12/02/2016 e 15/02/2016).

A participação de físicos brasileiros na Double Chooz Collaboration(DCC) sobrea oscilação de antineutrinos eletrônicos nuclearese vista anteriormente, ensejou que oBrasil desenvolvesse também um projeto próprio para tratar do mesmo tema e usando oreator de 4 GWe da Usina Angra dos Reis II (UAR/II), que produz 1022antineutrinos ele-trônicose um fluxo de 1012antineutrinos/s. Assim, os professores Ernesto Kemp (UNI-CAMP) e João dos Anjos (CBPF) (ex-participantes da DCC), começaram, em 2005, apreparar o Projeto Brasileiro de Neutrinos, constituído de um detector pequeno e de outromuito maior de 50 t de água ultrafiltrada, a ser enterrado no Morro do Frade, distantede 1,5 km da UAR/II. Contudo, devido ao elevado custo (US$50 milhões) do detectormaior, esses professores decidiram, inicialmente, construir o detector menor e, para isso,envolveram mais 25 físicos das seguintes universidades: Universidade Estadual de Cam-pinas (UNICAMP) (Gonzalez, ex-participante da DCC; Ohana Benevides Rodrigues; eL. M. Santos); Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS/BA) (Germano Pinto Gue-des); Universidade Federal do ABC (UFABC/SP) (Chimenti, ex-participante da DCC); Uni-versidade Federal de Alfenas (UNIFAL/MG) (L. P. Andrade; A. L. M. Reis; S. M. V. Santos;e Gustavo do Amaral Valdiviesso); Universidade Federal da Bahia (UFBA) [Pepe, ex- par-

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ticipante da DCC; P. C. M. A. Farias; D. B. S. Ribeiro; e Eduardo Furtado de Simas Filho(n.1978)]; Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) (M. J. N. Souza); UniversidadeFederal de Juiz de Fora (UFJF/MG) (T. A. Alvarenga; A. S. Cerqueira; J. A. Costa; T. I.Dornelas; e R. A. Nobrega) e, também, do CBPF [Lima, ex-participante da DCC; ThamysAbrahão (n.1987); Gabriel Azzi; Fernando Ferreira de França (n.1981); Rogério Machadoda Silva (n.1971); e Stefan Wagner (n.1983)].

O pequeno detector de antineutrinos eletrônicos idealizado pelo grupo de físi-cos brasileiros referido anteriormente, é do tipo RV-C (“Radiação de Vavilov-Cherenkov”),tem o volume de 1,42 m3, envolvido de 50 cm de água ultrafiltrada, colocado em um con-têiner de 12 m, cercado por 32 fotomultiplicadores [dispositivos CCD (“Charge-CoupledDevice”), amplamente utilizados em Astronomia, mas que apenas recentemente têmsido explorados para detectar neutrinos/antineutrinos e matéria escura (esta constituicerca de 70% da matéria do Universo)], e colocado a 30 m da UAR/II. Note-se queesse pequeno detector também é usado para monitorar as atividades de reatores nu-clearessem precisar ter acesso a ele.Desse modo, surgiu o Experimento Neutrinos An-gra (ENA), cujo primeiro resultado foi o artigo Using Neutrinos to Monitor NuclearReactors: the Angra Neutrino Experiment, Simulation and Detector Statuse apresen-tado no X Latin American Symposium of High Energy Physics, que aconteceu em Medellín,Colômbia, no período 24-28 de novembro de 2014, e publicado no Nuclear and ParticlePhysics Proceedings 267-269, p. 108-115, October-December 2015. (Inovações Tecnológicas,30/01/2016).

Com a experiência adquirida no ENA, o CBPF criou o Coherent Neutrino-Nucleus Interaction Experiment (CONNIE), sob a coordenação do Prof. João dos Anjose com a colaboração dos físicos brasileiros Martin Makler (n.1974), Hélio da Motta Fi-lho (n.1955) e Herman Lima, e mais a participação de Carla Brenda Bonifazzi (n.1975),da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ). Um dos objetivos do CONNIE é a re-alização da interação coerente de neutrinos, prevista pelo MPFPE e ainda não conse-guida em nenhum laboratório do mundo. Destaque-se que, entre os dias 09 e 12 dejunho de 2015, no CBPF, o CONNIE realizou o I CONNIE Collaboration Meeting (“Pri-meiro Encontro da Colaboração CONNIE”), com a participação de pesquisadores deinstituições da Argentina, Brasil, Estados Unidos, México e Paraguai, no qual foi discu-tido o que já foi realizado pelo CONNIE e seu planejamento para as próximas etapas.(en.wikipedia.org/wiki/CONNIE; João dos Anjos, e-mail, 10/12/2015).

Na conclusão deste artigo sobre o PNF/2015 e que mostrou as evidências ob-servacionais sobre o neutrino/antineutrino (atmosféricos e solares) e suas oscilações,destaquemos que elas apresentam dois resultados surpreendentes contra o MPFPE: 1)neutrinos massivos; 2) não conservação do CPT. Além disso, existe uma hipotética - nãoconservação da carga elétrica - e que, também, não é prevista pelo MPFPE. Portanto, taisresultados indicam que neste Século 21 darão muito trabalho para os cientistas-filósofosem busca de uma NOVA FÍSICA. Mas, perguntamos: existe uma NOVA MATEMáTICApara apoiá-la como aconteceu até hoje?

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RESUMOS - COMUNICAÇÕES ORAIS

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Oral1 – DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA A FORMAÇÃO INICIAL DEPROFESSORES: POSSIBILIDADES ENTRE O ENSINO DE FÍSICO E O MUSEU

DE CIÊNCIAS

M. Barros1, S. Martins1 e E.K. Takahashi2

1Universidade Federal de Uberlândia – UFU/Instituto de Física/Museu DICA; 2UniversidadeFederal de Uberlândia – UFU/Instituto de Física/NUTEC

E-mail de contato: e-mail: [email protected]

No contexto atual da sociedade, mergulhada em objetos e descobertas científicas e tec-nológicas, se faz necessário que os espaços educacionais invistam em metodologias erecursos que satisfaçam tal cenário. Além da escola, conta-se com outras atividades eambientes propícios à aprendizagem, como os museus de ciências. Esses espaços, forado ambiente escolar, podem oferecer inúmeras possibilidades, tanto para a reflexão dopúblico que está a sua volta, bem como para as práticas didáticas dos professores de ci-ências das escolas, que abrigam o maior número de visitantes que os museus de ciênciaspossuem. Essas possibilidades são pouco aproveitadas pelos professores, muitas vezespor lacunas deixadas em sua formação inicial, onde mesmo com a disponibilidade deum espaço desse tipo, não possuem o mínimo de contato e experiência para que des-frute e aproveite a capacidade de um museu de ciências. Desse modo, nesse trabalhoapresentamos a proposta de uma intervenção na disciplina de Projeto Integrado de Prá-ticas Educativas 3 (PIPE 3), do curso de Física Licenciatura da Universidade Federal deUberlândia (UFU), que resultou na construção de dois artefatos digitais e uma propostapara o site usando QRCode, para a exposição de Eletromagnetismo do Museu Diversãocom Ciência e Arte (DICA). Esses produtos são de grande valor tanto para o museu,como para o que agregaram na construção do conhecimento enquanto físico e educador,nos estudantes.

Palavras-chave: Museus de Ciências, relação museu-escola, formação inicial de profes-sores

Agradecimentos: Ao CNPq pelo apoio financeiro; aos alunos do PIPE 3, turma 2016-1,pela contribuição com a exposição de Eletromagnetismo e pelos ótimos resultados nostrabalhos; ao professor Eduardo pela aceitação da proposta e coorientações; à Equipedo NUTEC pela colaboração com a parte de recursos tecnológicos; à Flávia Machadopela ajuda na orientação e apresentação das proposta; à equipe do Museu DICA e àProfessora Silvia pela orientação e aceitação dos artefatos desenvolvidos como parte daexposição de Eletromagnetismo.

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Oral2 – CÁLCULO DE MONTAGEM ÓPTICA DE UM SISTEMA DEESPECTROSCOPIA LIBS PARA ANÁLISE ELEMENTAR DE FÁRMACOS

T.C. Zanetti e J.S. Cabral

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG, Brasil

E-mail de contato: e-mail: [email protected]

Neste trabalho apresentaremos os cálculos necessários para a montagem óptica de umsistema de espectroscopia LIBS destinado à investigação de fármacos quanto à identi-ficação e uniformidade na distribuição do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), bemcomo os parâmetros que caracterizam o feixe. Na simulação realizada, o feixe foi tra-tado com a teoria de óptica ondulatória e sua propagação foi feita no regime paraxial.Através da solução das equações de Maxwell em coordenadas cilíndricas, determina-mos as expressões para a cintura do feixe e o comprimento de Rayleigh, grandezas quecaracterizam o feixe e possibilitam a montagem de um setup óptico eficiente para estudoda amostra. Descrito como um feixe de perfil de intensidade gaussiana, sua propagaçãofoi obtida por meio da lei do ABCD e para garantir um sinal LIBS alta relação sinal-ruído, a distância focal da lente deve ser aproximadamente f = 7,5 cm. Desta forma,a irradiância na amostra será de aproximadamente 3,4 GW/cm2, o suficiente para cau-sar a ablação do material e geração do plasma. Com estes resultados, determinamosuma montagem experimental para obter a análise dos fármacos. Cada tablete analisadoserá divido em quatro grandes regiões, sendo submetidos a quatro pulsos laser distintosdentro dos quadrantes. Após obtidos os espectros LIBS de cada região, com o auxílio dobanco de dados de linhas atômicas do NIST (National Institute of Standards and Techno-logy), os IFAs serão identificados. Por fim, a uniformidade da distribuição será avaliadaa partir da comparação dos espectros dos quatros quadrantes, mediante as técnicas dequimiometria.

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Oral3 – CARACTERÍSTICAS DA TRANSIÇÃO DE FASES E PROPRIEDADESDIELÉTRICAS DE CERÂMICAS FERROELÉTRICAS DE PZT MODIFICADAS

COM TERRAS-RARAS

S.P. Hessel1, A.C. Silva1,2, R. Guo3, A.S. Bhalla3 e J.D.S. Guerra1

1Grupo de Ferroelétricos e Materiais Multifuncionais, Instituto de Física, Universidade Federalde Uberlândia. 38408-100, Uberlândia – MG, Brazi l; 2Departamento de Física e Química,UNESP, Campus de Ilha Solteira. 15385-000. Ilha Solteira – SP, Brazil; 3MultifunctionalElectronic Materials and Devices Research Lab. Department of Electrical and ComputerEngineering, The University of Texas at San Antonio, San Antonio, Texas, 78249. USA

E-mail de contato: e-mail: [email protected]

Sistemas ferroelétricos possuem excelentes propriedades físicas, que os tornam ma-teriais com grande potencial para aplicações tecnológicas. Em particular, o sistematitanato zirconato de chumbo (PZT) é um dos materiais ferroelétricos mais investigadosdevido às suas excelentes propriedades piezoelétricas, piroelétricas e dielétricas quepodem ser facilmente melhoradas quando modificado com aditivos químicos. Taissubstituições fornecem algumas características relevantes para aplicação em disposi-tivos eletro-eletrônicos. O objetivo do presente trabalho é investigar as propriedadesfísicas de cerâmicas ferroelétricas de PZT modificadas com terras raras (TR). As cerâ-micas ferroelétricas do tipo (Pb1−xTRx)(Zr1−yTiy)O3, foram preparados pelo métodode síntese convencional e as suas propriedades dielétricas foram cuidadosamenteinvestigadas. As curvas experimentais da permissividade dielétrica em função datemperatura em diferentes frequências e com diferentes composições do íon de TRsão apresentadas e discutidas. As características da transição de fase foram estudadascom base em duas teorias: i- uma proposta Kirillov e ii- outra proposta por Clarke.Os resultados revelaram uma transição de fases difusa (TFD) para todos os casos,cujo grau aumenta consideravelmente com o incremento do dopante. Os resultadosexperimentais mostraram boa concordância com os modelos teóricos reportados naliteratura.

Palavras-chave: Cerâmicas ferroelétricas, Propriedades dielétricas, Transição de fase di-fusa

Agradecimentos: Os autores agradecem à FAPEMIG e ao CNPq pelo auxílio financeiro.

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Oral4 – DINÂMICA QUÂNTICA E SEMI-CLÁSSICA DE ELÉTRONS E SPIN

R.P. Maciel e G.J. Ferreira

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Caixa Postal 593,38400-902, Uberlândia, MG, Brasil

E-mail de contato: e-mail: [email protected]

A atto-física investiga fenômenos físicos em escalas de tempo ultra-rápidas, da ordemde attosegundos. Em particular, no attoclock, aplicam-se pulsos laser, circularmentepolarizados, de femtosegundos em átomos simples (e.g. H, He) a fim de ionizar elétronspor meio de um processo de tunelamento. A dinâmica deste tunelamento permitemensurar o tempo de atraso do elétron na escala de attosegundos. Para compreen-der este processo, analisa-se a distribuição dos elétrons pós-ionização por meio deum modelo semi-clássico. Entretanto, quando o elétron está próximo a seu átomoprogenitor, os efeitos quânticos são relevantes, e o modelo semi-clássico consideradopossivelmente falha. Desse modo investigamos numericamente a validade destaaproximação, comparando a dinâmica do regime quântico com o semi-clássico. Paraeste fim, realizamos a evolução quântica temporal de pacotes de onda eletrônicos emlinguagem Julia e fizemos uma extrapolação retrógrada da trajetória no tempo, por meiodo teorema de Ehrenfest. Por simplicidade, para o átomo de hidrogênio, simulamosdois casos distintos considerando um laser linearmente polarizado. A dinâmica doelétron foi analisada levando em conta tanto um laser independente quanto dependentedo tempo. Em ambos os casos, tanto a dinâmica quântica quanto a trajetória do regimesemiclássico obtidas, corresponderam muito bem ao investigado experimentalmente naliteratura. Contudo, neste estudo, ainda não foi analisado se há existência de efeitosque, causados pelo spin do elétron, possam levar à resultados divergentes. Portanto, atéo momento, este trabalho nos leva a concluir que as aproximações consideradas parafenômeno de tunelamento, por meio do regime semi-clássico, não é falho.

Palavras-chave: dinâmica semi-clássica, processos de ionização, lasers ultra-rápidos

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPE-MIG, Projeto n. FAPEMIG2016-EXA040).

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Oral5 – ESTUDO TEÓRICO DE MATERIAIS FERROELÉTRICOS USANDO ATEORIA DO FUNCIONAL DENSIDADE (DFT)

A.P.A. Quispe e J.D.S. Guerra

Grupo de Ferroelétricos e Materiais Multifuncionais, Instituto de Física, Universidade Federalde Uberlândia. 38408-100, Uberlândia – MG, Brazil

E-mail de contato: e-mail: [email protected]

O tratamento teórico e experimental dos materiais ferroelétricos tem sido alvo de inú-meras pesquisas, desde o descobrimento e uso da ferroeletricidade em sistemas poli-cristalinos, tais como o BaTiO3. Nos últimos anos, no entanto, a teoria da funcional dedensidade (DFT) tem recebido especial atenção para modelar as estruturas e proprieda-des físicas dos sistemas ferroelétricos, visando o desenvolvimento de novos materiaise suas respectivas aplicações [1]. Em particular, existe um grande interesse no mode-lamento teórico de materiais ferroelétricos que possuem estrutura perovskita (ABO3),por ter um arranjo estrutural relativamente simples e apresentar o fenômeno da ferro-eletricidade à temperatura ambiente. O método de DFT permite obter e investigar aspropriedades eletrônicas por meio de cálculos auto consistentes que usam os potenciaisde troca e correlação [2, 3]. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo mostrar osresultados preliminares do cálculo da estrutura de bandas de um material ferroelétricocom estrutura perovskita. Para tanto, foi usado os softwares SIESTA e Quantum Espresso,que têm implementado o método de DFT. Os resultados revelam que os gaps de ener-gia calculados são inferiores aos reportados experimentalmente. Um segundo cálculo,permitiu determinar a polarização elétrica do sistema considerando a teoria da fase geo-métrica de Berry [4]. Os valores obtidos são condizentes com os valores reportados parasistemas ferroelétricos.

Palavras-chave: DFT, Estrutura eletrônica, Ferroelétricos

Agradecimentos: Os autores agradecem à CAPES, CNPq e FAPEMIG pelo auxílio fi-nanceiro.

Referências:[1] R. E. Cohen. J. Phys. Chem. Sol. 61, 139-146 (2000)[2] P. Hohenberg and W. Kohn. Phys. Rev. 136, B864-B871 (1964)[3] W. Kohn and L. J. Sham. Phys. Rev. 140, A1133–A1138, (1965)[4] R. D. King-Smith and David Vanderbilt. Phys. Rev. B 49, 5828–5844 (1994)

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Oral6 – ANDREEV AND MAJORANA BOUND STATES IN A SINGLE ANDDOUBLE QUANTUM DOT STRUCTURES

J.F. Silva e E. Vernek

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia – MG, Brasil

E-mail de contato: e-mail: [email protected]

We present a numerical study of the emergence of Majorana and Andreev bound statesin a system composed of two quantum dots, one of which is coupled to a conventionalsuperconductor, SC1, and the other connects to a topological superconductor, SC2. Bycontrolling the interdot coupling we can drive the system from two single (uncoupled)quantum dots to double (coupled) dot system configurations. We employ a recursiveGreen’s function technique that provides us with numerically exact results for the localdensity of states of the system. We first show that in the uncoupled dot configuration(single dot behavior) the Majorana and the Andreev bound states appear in an indivi-dual dot in two completely distinct regimes. Therefore, they cannot coexist in the singlequantum dot system. We then study the coexistence of these states in the coupled dou-ble dot configuration. In this situation we show that in the trivial phase of SC2, theAndreev states are bound to an individual quantum dot in the atomic regime (weak in-terdot coupling) or extended over the entire molecule in the molecular regime (stronginterdot coupling). More interesting features are actually seen in the topological phaseof SC2. In this case, in the atomic limit, the Andreev states appear bound to one of thequantum dots while a Majorana zero mode appears in the other one. In the molecularregime, on the other hand, the Andreev bound states take over the entire molecule whilethe Majorana state remains always bound to one of the quantum dots.

Keywords: topological superconductors, Andreev bound states, Majorana fermions

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Oral7 – FUNÇÕES DE AUTOCORRELAÇÃO DE SPIN DA CADEIA DEHEISENBERG XXZ

F.B. Ramos e J.C. Xavier

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia – MG, Brasil

E-mail de contato: e-mail: [email protected]

Mesmo em dias atuais, tem sido um desafio estudar propriedades que dependem dotempo de sistemas fortemente correlacionados. Em consequência disso, um grande es-forço teórico tem sido feito na tentativa de superar a dificuldade de determinar funçõesde correlação dinâmica, mais especificamente o fator de estrutura dinâmico. Nas duasúltimas décadas, novos métodos foram desenvolvidos para que o cálculo de proprieda-des dinâmicas de sistemas fortemente correlacionados se torne mais acessível. Estesmétodos, mencionados anteriormente, incluem o grupo de renormalização da matriz dedensidade dependente do tempo (tDMRG), cálculos de fatores de forma usando o an-satz de Bethe e novas aproximações da teoria de campos que vão além do modelo delíquido Luttinger. É bem conhecido que certas funções de respostas dinâmicas são qua-litativamente diferentes das previsões feitas a partir do modelo de líquido Luttinger.Neste sentido, novas aproximações, coletivamente conhecidas como teoria de líquidode Luttinger não linear (nLL), têm surgido na tentativa de lidar com esta questão. Nestecontexto, baseados em uma extensão do modelo efetivo de impureza móvel para lí-quidos de Luttinger não linear, faremos uma previsão da dependência temporal assin-tótica das autocorrelações de spin na borda e no bulk de sistemas críticos unidimensi-onais. Particularmente, investigaremos o modelo de Heisenberg XXZ de spin-1/2, comcondições de contorno abertas, na região de anisotropia 0 6 ∆ 6 1. Usando a técnicade fermionização, mostaremos também resultados exatos da com- ponente longitudinalda autocorrelação de spin para o caso particular de ∆ = 0. Por fim, apresentaremosresultados obtidos pelo tDMRG que corroboram com nossa previsão baseada na teoriade nLL.

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Oral8 – ESTUDO DAS PROPRIEDADES ESTRUTURAIS E MICROESTRUTURAISDE SISTEMAS MULTIFERROICOS COM ESTRUTURA TIPO PEROVSKITA

Y. Martínez e J.D.S. Guerra

Grupo de Ferroelétricos e Materiais Multifuncionais, Instituto de Física, Universidade Federalde Uberlândia, Uberlândia – MG, Brazil

E-mail de contato: e-mail: [email protected]

Durante a última década os materiais multiferróicos têm sido amplamente investigados,devido às propriedades físicas peculiares que eles apresentam, que os torna excelentescandidatos para aplicações práticas [1]. Estes materiais se caracterizam pelo acopla-mento de mais de uma ordem ferróica (magnética, elétrica ou elástica), cujas contribui-ções podem coexistir acopladas de forma parcial- ou completamente. Em particular, doponto de vista de aplicação prática, o acoplamento entre a ferroeletricidade e o ferro-magnetismo tem sido de muita utilidade para memórias multiestados ou com meca-nismo duplo (leitura-escritura), e outros dispositivos voltados para a espintrônica [2]. Aotimizaçao, no entanto, do acoplamento está fortemente atrelado às características estru-turais e microestruturais dos sistemas constituintes. Neste trabalho serão investigadasas características estruturais e microestriturais, de sistemas multiferróicos monofásicosbaseados em estrutura tipo perovskita. Em particular, a contribuição da dopagem comíons de terras-raras será analisada com vistas a estudar a influência do raio iônico doelemento dopante.

Palavras-chave: Multiferróicos, Perovskitas, Ferroelétricos

Agradecimentos: Os autores agradecem à CAPES, CNPq e FAPEMIG pelo auxílio fi-nanceiro.

Referências:[1] M. Fiebig, J. Phys. D: Appl. Phys. 38, 123 (2005)[2] N. A. Hill, J. Phys. Chem. B 104, 6694 (2000)

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RESUMOS - PAINÉISFísica Médica e Áreas da Saúde

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Quinta-Feira, 29 de setembro de 2016

FisMed1 – AVALIAÇÃO DE UMA CÂMARA DE IONIZAÇÃO DEEXTRAPOLAÇÃO PELO MÉTODO DE MONTE CARLO

U.P. Vedovato1, R.J.V. Silva1, L.P. Neves1,2, W.S. Santos1,2, W. Belinato3, L.V.E. Caldas2

e A.P. Perini1

1Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG,Brasil; 2Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – Comissão Nacional de Energia

Nuclear (IPEN/CNEN-SP), São Paulo, SP, Brasil; 3Departamento de Ensino, Instituto Federalde Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Campus Vitória da Conquista, Vitória da

Conquista, BA, Brasil.

E-mail de contato: [email protected]

Neste trabalho, foi estudada a influência dos componentes de uma câmara de ionizaçãode extrapolação na sua resposta. Este estudo foi realizado utilizando o código de MonteCarlo MCNP-4C, e a qualidade padrão de radiodiagnóstico para feixes diretos (RQR3).O espectro referente a esta qualidade foi obtido experimentalmente no Laboratório Pa-drão Primário da Alemanha Physikalisch Technische Bundesnstalt (PTB), utilizando umequipamento de raios X da marca Yxlon, a uma distância de 100,0 cm do ponto focaldo tubo de raios X, mesma distância utilizada nas simulações. A influência dos com-ponentes da câmara de ionização na sua resposta foi determinada como a razão entrea energia depositada no volume sensível, sem o componente em estudo, pela energiadepositada, considerando a câmara de ionização completa. Para estudar a câmara deionização sem o componente, o material, que constitui o componente em estudo, foisubstituído por ar, o mesmo ar que rodeia a câmara de ionização. Usando o tally F6 e2,1×109 histórias simuladas, foi possível observar que o eletrodo coletor e a placa su-porte foram os componentes com maior influência na resposta da câmara de ionização.As razões entre as energias depositadas foram de 0,96 e 0,91 para o eletrodo coletor eplaca suporte, respectivamente. Os resultados indicaram, portanto, que a configuraçãoe os materiais utilizados na construção da câmara de ionização de extrapolação, nãoalteraram de forma significativa a energia depositada no volume sensível da câmarade ionização. Além disso, essa câmara de ionização apresenta várias vantagens: baixocusto, fácil montagem e robustez. Sendo assim, ela pode ser utilizada para dosimetriade feixes de radiodiagnóstico, uma vez que sua configuração e materiais constituintes,não afetaram de forma significativa a sua resposta.

Palavras-chave: Câmara de ionização, Radiodiagnóstico, Simulação de Monte Carlo.

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPE-MIG, Projeto n. APQ-03049-15), CAPES (Projeto Pro-Estratégia n. 1999/2012), CNPq(Projetos n. 501857/2014-1 e 157593/2015-0) e INCT (Projeto INCT Metrologia das Ra-diações em Medicina).

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FisMed2 – CARACTERIZAÇÃO DE NOVAS MATRIZES VÍTREAS BASEADASEM CÁDMIO PARA USO EM DOSIMETRIA DE DOSES ALTAS

G.S.M. Carvalho1, P.Z. Ferreira1, D.M. Cunha1, N.O. Dantas1, A.C.A. Silva1, A.P.Perini1, L.V.E. Caldas2, B.N.S. Carrera3, S. Watanabe3 e L.P. Neves1,2

1Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG,Brasil; 2Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, Comissão Nacional de Energia Nuclear

(IPEN-CNEN/SP), São Paulo, SP, Brasil; 3Instituto de Física, Universidade de São Paulo(IFUSP), São Paulo, SP, Brasil.

E-mail de contato: [email protected]

O uso de doses altas de radiação está se tornando um campo com crescimento pro-missor. Os processos que envolvem doses no intervalo entre 10 Gy e 100 kGy sãocaracterizados como doses altas e englobam, por exemplo, as atividades de gamagrafia,irradiação de pedras semipreciosas e alimentos, esterilização de materiais cirúrgicose cosméticos, entre outros. Neste trabalho, novas matrizes vítreas de composiçãonominal 20Li2O3.10Al2O3.10CdO.60B2O3 e 20Li2O3.10Al2O3.15CdO.55B2O3 (mol%)foram avaliadas para diferentes doses de radiação: 50, 100, 200, 500, 700 e 900 Gy,utilizando a técnica da termoluminescência (TL). Essa técnica baseia-se no fato de queesses materiais emitem luz, quando adequadamente aquecidos, após serem irradiados.A curva de emissão termoluminescente foi obtida após expor as amostras a uma fontede 60Co, com uma taxa de 1,38 kGy/h. A leitura foi realizada aquecendo as amostrasaté uma temperatura de 400C à uma taxa de aquecimento de 10C/min. A análise dacurva de emissão TL revelou que a matriz vítrea de menor concentração de Cádmio[10CdO] apresenta, para a dose de 900 Gy, uma boa intensidade de emissão TL, compico centrado em 160C. Porém o mesmo comportamento não se pode observar nasdemais doses, que possuem baixa intensidade de emissão TL e picos indefinidos, nãosendo possível traçar um perfil de comportamento destas curvas conforme aumenta-sea dose. No caso da matriz com [15CdO], observa-se um perfil de comportamentocrescente entre as curvas de emissão TL, bem diferente da primeira matriz avaliada.A partir da dose 200 Gy tem-se uma intensidade moderada de emissão TL com picode emissão localizado acima de 200C. Logo, a matriz com [15CdO] apresenta maiorpotencial de uso em dosimetria de altas doses em relação à de [10CdO]. Porém outrostestes são necessários para prosseguir com a caracterização completa das propriedadesdosimétricas dessas matrizes.

Palavras-chave: Dosimetria, Termoluminescência, Altas doses, Proteção Radiológica

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPE-MIG, Projeto n. APQ-02934-15), CAPES (Projeto Pró-Estratégia n. 1999/2012), CNPq(Projeto n. 119483/2015-7) e INCT (Projeto INCT Metrologia das Radiações em Medi-cina).

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FisMed3 – SIMULAÇÃO DE UMA CÂMARA DE IONIZAÇÃO TIPO LÁPISESPECIAL EXPOSTA A UM FEIXE PADRÃO DE RADIODIAGNÓSTICO

D.S.C. Mendonça1, L.P. Neves1,2, W.S. Santos1,2, W. Belinato1, L.V.E. Caldas2 e A.P.Perini1

1Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG,Brasil; 2Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), São Paulo, SP, Brasil;

3Departamento de Ensino, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia,Campus Vitória da Conquista, Vitória da Conquista, BA, Brasil.

E-mail de contato: [email protected]

Câmara de ionização é um tipo de dosímetro empregado na avaliação de doses de ra-diação. Existem diferentes tipos de câmaras de ionização, dentre estes, temos a câmarade ionização tipo lápis, desenvolvida para dosimetria de feixes de tomografia computa-dorizada. Recentemente, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares desenvolveuuma câmara de ionização tipo lápis que apresenta diferenças em relação as câmarasde ionização tipo lápis comerciais. Estas diferenças estão relacionadas à composiçãoe disposição geométrica de seus componentes. O objetivo deste trabalho foi avaliar ainfluência dos componentes da câmara de ionização tipo lápis na sua resposta, quandoexposta a um feixe padrão de radiodiagnóstico (RQR8), com a intenção de ampliar ouso desta câmara de ionização para dosimetria de feixes diretos de radiodiagnóstico.Esta câmara de ionização tipo lápis foi simulada utilizando o código de Monte CarloMCNP-4C e, incorporado a este código, foi empregado o espectro padrão de radiaçãoRQR8. A câmara de ionização simulada possui um volume sensível de 3,40 cm3, eseus principais componentes são: conector BNC, eletrodo coletor, corpo de PMMA,parede de PVC. Para determinar a influência de seus componentes em sua resposta,calculou-se a razão entre a energia depositada no volume sensível, sem o componenteem estudo, pela energia depositada, considerando a câmara de ionização completa,exceto para a parede de PVC que foi substituída por PMMA. Os dados obtidos por meioda simulação mostraram que o conector BNC e o corpo de PMMA não influenciaramna resposta desta câmara de ionização. O eletrodo coletor e a parede de PMMA nolugar de PVC tiveram influência de 1% e 4%, respectivamente. Portanto, pode-seconcluir que os componentes desta câmara de ionização tipo lápis não influenciamsignificantemente sua resposta, podendo estender seu uso para dosimetria de feixesdiretos de radiodiagnóstico.

Palavras-chave: Câmara de ionização tipo lápis, Radiodiagnóstico, Simulação de MonteCarlo

Agradecimentos: FAPEMIG (Projeto n. APQ-03049-15), CAPES (Projeto Pro-Estratégian. 1999/2012), CNPq (Projetos no. 501857/2014-1 e 157593/2015-0) e INCT (ProjetoINCT Metrologia das Radiações em Medicina).

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FisMed4 – APLICAÇÃO DE MATERIAIS SEMICONDUTORES EM DOSIMETRIADE BAIXAS ENERGIAS

B.J. Silva Neto1, K.C.A. Nishida1, W. Akira1, L.P. Neves1, A.P. Perini1, A. Marletta1,O.N. Oliveira Junior2 e M. Foschini1

1Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG,Brasil; 2Instituto de Física de São Carlos (área 1), Av. Trabalhador são-carlense, 400 - São

Carlos - SP - Brasil

E-mail de contato: [email protected]

O descobrimento das propriedades semicondutoras de polímeros conjugados na décadade 80 levou a inúmeras aplicações destes materiais envolvendo alta tecnologia. Em sen-soriamento, os polímeros conjugados vêm se destacando devido à biocompatibilidadee sua vasta possibilidade de transdução. Em sensores de radiação ionizante, os polí-meros estão sendo usados de uma forma negligente quando aplicados em dosímetrosà base de degradação polimérica ou a fotopolimerização, usado em geral para medidasem altas doses e energias elevadas, cuja interação polímero/radiação é mínima. Assim,neste trabalho foi proposto um sensor a base de matriz ativa com nanopartículas metá-licas funcionalizadas como receptor e polímeros conjugados como o transdutor. Logo,visa-se trabalhar com Raios-X na região de operação de mamógrafos, que operam emtecidos biológicos de baixa densidade e que requerem feixes de Raios-X com maior in-teração com a matéria, logo, maior interação com o sensor a base de polímero. Portantoutilizou-se neste trabalho tubos de Raios-X de molibdênio com tensões de picos entre22 a 35 keV (região de mamógrafo). A camada ativa do sensor foi composta de blendasde poli(3,4-etilenodioxitiofeno) poliestireno sulfonado (PEDOT-PSS), Poli[2-metoxi-5-(2-etilhexiloxi)-1,4-Fenilenovinileno] (MEHPPV) e nanopartículas de ouro funcionalizadas.A deposição das blendas poliméricas foi feita através da técnica de Spin Coating e san-duichado pelos eletrodos de oxido de estanho dopado com flúor (FTO) e eletrodo dealumínio evaporado. Os testes preliminares desde sensor foram realizados através demedidas de corrente por potencial aplicado e corrente por tempo para um potencial,ambas in-situ com o Raios-X. Foi observada uma variação de três ordens de grandezana resposta amperométrica com a incidência do feixe de Raios-X. Como trabalho futuro,substituiu-se o polímero transdutor por um com maior estabilidade e maior capacidadede separação de extrons em um dispositivo tipo sanduiche e será totalmente caracteri-zado em parcerias no IPEN.

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FisMed5 – RADIAÇÃO IONIZANTE NO PERÍODO GESTACIONAL

A.S. Oliveira, G.T. Soares e P.L.S. Pires

Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia (FAMED/UFU), Uberlândia, MG,Brasil

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A radiação ionizante é compreendida como ondas eletromagnéticas de ondas curtase frequência elevada, capazes de afetar a estrutura normal das células. No períodogestacional, essa radiação é classificada em: efeitos teratogênicos e carcinogênicos. Nosteratogênicos, os efeitos dependerão da idade gestacional e o valor da dose efetiva deradiação. Já nos carcinogênicos, qualquer dose de radiação, por mais baixa que sejapode induzir a formação de células cancerígenas em qualquer período da gestação. Noprimeiro trimestre gestacional, a probabilidade de ocorrer um aborto é muito elevado,caso seja emitida uma radiação com valores superiores a 0,5 Gy. Já em gestantes queestão do segundo trimestre em diante, o embrião estará sujeito à malformações e atrasomental. O objetivo deste estudo é analisar a idade gestacional em que a mulher ésubmetida aos exames radiológicos, interligando aos efeitos colaterais provocados nofeto. Estudo desenvolvido em um ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia de umHospital Escola, com auxílio de um instrumento de coleta de dados semiestruturado,onde aleatoriamente incluiu-se dez gestantes. Dentre estas, três foram submetidasao exame radiológico na região torácica, sendo duas no primeiro trimestre e umano terceiro; duas realizaram mamografia no primeiro mês; duas na região plantaronde uma se encontrava no primeiro e a outra no terceiro trimestree, três não sesujeitaram a nenhum procedimento com emissão de radiação ionizante; totalizandocinco exames no primeiro trimestre e 2 no último.Portanto, evidencia-se que a maioriadas gestantes se submetem a este procedimento no início da gestação podendo sercaracterizado por informações ineficientes durante o pré-natal ou por descoberta tardiada gravidez, o que pode acarretar em possíveis abortos e/ou malformações no concepto.

Palavras-chave: gestação, radiação ionizante, malformações

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Quinta-Feira, 29 de setembro de 2016

FisMed6 – AMPLIFICADOR DE INSTRUMENTAÇÃO APLICADO NAMEDICINA: AQUISIÇÃO E TRATAMENTO DE SINAIS

A.F. Silva e M. Foschini

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG, Brasil

E-mail de contato: [email protected]

Os amplificadores operacionais são circuitos integrados projetados para realização deoperações matemáticas básicas como soma, subtração, diferenciação e integração utili-zando eletrônica analógica. O avanço tecnológico e novos tipos de circuitos impressosdesenvolvidos proporcionaram incríveis avanços para os AO’s, que se tornaram meno-res do que seus antecessores e com características muito mais próximas do ideal, comoimpedância de entrada muito alta (aproximadamente 1012 Ω), e impedância de saídaaproximadamente nula, como por exemplo, o AO com transistor de efeito de campo naentrada, que isola a tensão recebida pelo circuito, tornando-o um componente funcional.Devido à sua versatilidade, ainda hoje é utilizado em interfaces do circuito digital porse tratar de uma interface analógica completa, o qual destaca-se a sua eficiência emamplificação para processamento de sinais em tempo real, tornando o AO insubstituívelem diversas aplicações e bem-sucedido nas áreas eletro/eletrônicas. Em física aplicadaà medicina, auxiliam na medição de sinais bioelétricos, que podem ser analisados eregistrados, possibilitando-nos conhecer e acompanhar os sinais elétricos que o corpoproduz. O objetivo do trabalho foi a confecção de um amplificador biomédico compostopor quatro amplificadores operacionais e dois canais, com a finalidade de aquisicionar,com a ajuda de um osciloscópio de bancada, sinais bioelétricos provenientes dasbatidas do coração, simulados por um gerador de função com atenuação e tratar ruídosatravés da construção de um filtro capacitivo. Foram feitas diversas medidas quanto àaplicação e eficiência dos AO’s e então comparadas com a teoria, o que nos permitiuconcluir que o amplificador operacional TL074CN é eficiente para amplificação dossinais bioelétricos.

Palavras-chave: amplificadores operacionais, eletrofisiologia, bioeletricidade

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FisMed7 – APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TERMOLUMINESCÊNCIA PARA OESTUDO DE UMA NOVA MATRIZ VÍTREA PARA USO EM DOSIMETRIA DE

DOSES ALTAS

P.Z. Ferreira1, G.S.M. Carvalho1, D.M. Cunha1, N.O. Dantas1, A.C.A. Silva1, L.P.Neves1,2, L.V.E. Caldas2, B.N.S. Carrera3, S. Watanabe3 e A.P. Perini1,

1Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG,Brasil; 2Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, Comissão Nacional de Energia Nuclear

(IPEN-CNEN/SP), São Paulo, SP, Brasil; 3Instituto de Física, Universidade de São Paulo(IFUSP), São Paulo, SP, Brasil.

E-mail de contato: [email protected]

A técnica de termoluminescência é muito utilizada em dosimetria de doses altas, que in-clui doses num intervalo de 10 Gy à 100 kGy. Devido às várias atividades que envolvemradiação de altas doses, torna-se necessário a monitoração desta radiação por equipa-mentos que possam detectá-la e quantificá-la. A técnica termoluminescente consiste nadetecção de um sinal luminescente emitido através de um material aquecido, sendo estepreviamente irradiado. O objetivo deste trabalho foi estudar uma nova matriz vítrea,com composição nominal de 20Li2CO3.10Al2O3.15BaO.55B2O3 (mol%), irradiada comdoses altas, através da técnica de termoluminescência. Primeiramente, a amostra foisintetizada pelo método de fusão tradicional em forno de carbeto de silício a 1350Ce resfriada por duas chapas de bronze-latão. Logo após, ela foi irradiada por umafonte de 60Co, à temperatura ambiente, e utilizou-se placas de Lucite com espessura de3,0 mm para manter o equilíbrio eletrônico. As doses utilizadas neste trabalho foram:50, 100, 200, 500, 700 e 900 Gy. Utilizou-se de um sistema leitor Harshaw TLD modelo4500 para obtenção das medidas termoluminescentes. As medições foram realizadasda temperatura ambiente até 400C, utilizando um fluxo constante de N2 de 2,5 L/mine uma taxa de aquecimento de 10C/min. A partir dos dados coletados obteve-se ascurvas de emissão termoluminescente para as diferentes doses, construindo-se umgráfico da emissão TL. Por meio da curva de emissão termoluminescente, pôde-seobservar que a intensidade termoluminescente cresceu com a dose absorvida e também,sendo possível visualizar dois picos bem definidos em 130C e 250C. Os resultadosobtidos mostraram que esta nova matriz vítrea apresenta uso potencial em dosimetriade altas doses. Entretanto, outros testes de caracterização devem ser realizados para,então, utilizar a matriz vítrea estudada neste trabalho em dosimetria de doses altas.

Palavras-chave: dosimetria, termoluminescência, novos materiais

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPE-MIG, Projeto n. APQ-02934-15), CAPES (Projeto Pro-Estratégia n. 1999/2012), CNPq(Projeto no. 157593/2015-0) e INCT (Projeto INCT Metrologia das Radiações em Medi-cina).

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FisMed8 – EXPERIMENTOS DIDÁTICOS SIMPLES SOBRE O PRINCÍPIO DECONSERVAÇÃO DE ENERGIA MECÂNICA

M.A. Resende1, B.P. Bosque1, H.A. Camargo1, L.A. Cardoso1, A.C.V. Carneiro1, L.N.Carvalho1, H.S. Lintz1, S.A. Teixeira1, L. Thesing1; L.F.R. Zabisky1 e L.P. Neves2

1Instituto de Genética e Bioquímica (INGEB), Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia,Brasil; 2Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia,

MG, Brasil

E-mail de contato: e-mail: [email protected]

Para um melhor entendimento da física é necessário que o aluno realize experimentosde forma a observar o comportamento dos sistemas físicos. Caso os experimentos nãopossam ser realizados em sala de aula, o aluno pode desenvolver alguns experimentossimples, de forma a aplicar o conhecimento obtido em sala de aula. No presente estudo,foram desenvolvidos três protótipos conservativos, no qual a energia mecânica semantém constante. Através da seleção de dez pontos foram calculadas a velocidadee a energia cinética e potencial gravitacional de cada local. No primeiro experimento,foram utilizados livros na construção de pilares para que a devida inclinação fosseatingida, bem como papel para que a superfície e trajetória do objeto adquirisse formaadequada ao experimento. No segundo experimento, uma estrutura de madeira foiusada por já ter em sua conformação a forma desejada. No terceiro experimento umacaixa de papelão foi recortada para que fosse devidamente moldada. Nos experimentosexecutados obtivemos resultados semelhantes, todos possibilitando que os alunosobservem o princípio de conservação de energia.

Palavras-Chave: Energia Mecânica, Protótipos, Conservação de energia

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FisMed9 – AVALIAÇÃO NA DOSE ABSORVIDA EM RELAÇÃO À VARIAÇÃO DADDP E DA CORRENTE NO TUBO DE RAIOS-X

P.A.F. Costa, A.P. Perini, W.S. Santos e L.P. Neves

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG, Brasil.

E-mail de contato: e-mail: [email protected]

Neste trabalho, uma câmara de ionização de ar livre foi empregada, para medições dedose absorvida, por meio da ionização do ar, pela radiação eletromagnética em umaunidade de raios-X XR 4.0 da PHYWE. Este equipamento utiliza um tubo de raios-Xde cobre e um diafragma de 2 mm. Foi avaliada a corrente de saturação, obtida pormeio de um protótipo de câmara de ionização de ar livre. Os valores das correntes desaturação foram obtidos de duas maneiras. Na primeira diferença de potencial (DDP)do tubo de raios-X foi mantida constante, no valor de 35,0 kV, e foram empregadosdiferentes corrente no tubo de raios-X, nos valores de 1,0 mA, 0,7 mA e 0,4 mA. Foramobtidas correntes de saturação de 1,08 nA, 0,79 nA e 0,45 nA, os valores de taxa dedose absorvida foram respectivamente de 3,70 mGy/s, 2,70 mGy/s e 1,54 mGy/s. Nasegunda parte do experimento, a corrente no tubo foi mantida constante, em 1,0 mA, eforam empregados diferentes valore de DDP no tubo de raios-X, de 35,0 kV, 24,5 kV e14,0 kV. Desta forma, foram obtidas correntes de saturação de 1,08 nA, 0,5 nA e 0,11 nA,respectivamente. Os valores de taxa dose absorvida foram de 3,70 mGy/s, 1,88 mGy/se 0,377 mGy/s. Ao variar a DDP no tubo de raios-X, a taxa de dose absorvida terá umavariação muito maior que ao variar a corrente do tubo. Isso se deve ao fato da DDP notubo está diretamente relacionada com a energia do feixe de raios-X.

Palavras-chave: Tubo de raios X, dosimetria, câmara de ar livre

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FisMed10 – ESTUDO DE MATERIAIS MULTIFERRÓICOS BASEADOS EM BiFeO3

M.A.S. Mariano e J.D.S. Guerra

Grupo de Ferroelétricos e Materiais Multifuncionais. Instituto de Física, Universidade Federalde Uberlândia – UFU, Uberlândia, MG, Brasil

E-mail de contato: [email protected]

O interesse no desenvolvimento de materiais multifuncionais (especificamente osmultiferróicos) vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. Esses materiaispossuem grande potencial aplicação tecnológicas, tais como sensores, memórias, entreoutras, onde o monitoramento do campo elétrico (ou magnético) pode ser controladopela aplicação de um campo magnético (ou elétrico). Um destaque especial merecemos sistemas monofásicos, onde as propriedades multiferróicas apresentam-se intrinse-camente, derivando em excelentes propriedades físicas. Neste trabalho, apresentamosuma abordagem inicial ao sistema BiFeO3 (BFO), um material multiferróico de difícilpreparação, mostrando os principais métodos de síntese, bem como as característicaspredominantes, com vistas ao desenvolvimento do projeto de pesquisa proposto.

Palavras-Chave: Materiais multifuncionais, Multiferróicos, Ferrita de bismuto

Agradecimentos: Os autores agradecem à FAPEMIG e o CNPq pelo auxílio financeiro.

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FisMed11 – CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBREFOTOTERAPIA

P.L.S. Pires, G.T. Soares e A.S. Oliveira

Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia (FAMED/UFU), Uberlândia, MG,Brasil

E-mail de contato: [email protected]

A fototerapia consiste em uma técnica terapêutica utilizada em casos de recém-nascidos(RN) com hiperbilirrubinemia, cuja ação baseia-se na transformação fotoquímica daestrutura da molécula da bilirrubina em produtos hidrossolúveis passíveis de elimi-nação renal e hepática, sendo que, somente a bilirrubina próxima à superfície da pelesofrerá alteração direta pela luz. Para isso é necessário à emissão de luz no valor de12 a 16 mW/cm2.nm, contendo de 30 a 50 cm de distância do RN para não causardanos. Para obter-se sucesso no tratamento, a assistência prestada pela equipe deenfermagem deve munir-se de conhecimentos sobre alguns parâmetros importantes,tais como a superfície corporal do RN exposta à luz; a distância apropriada entre oRN e a fonte luminosa; a irradiância do aparelho de fototerapia; bem como cuidadoscom o paciente, desde a orientação sobre o contato dos pais com o RN e a proteçãoocular do recém-nascido, até o controle dos sinais vitais e avaliação do balanço hídrico.Esta pesquisa tem por objetivo avaliar os conhecimentos técnicos dos profissionaisde Enfermagem em relação aos cuidados com a fototerapia. Estudo desenvolvido nosetor de Maternidade de um Hospital Escola, com auxílio de um questionário semies-truturado aplicado entre seis profissionais de enfermagem atuantes do local. Duranteanálise, foi perceptível o conhecimento de todas frente à radiância (12 a 16µW/cm2)e a distância (30 - 50 cm) necessária do aparelho, aos cuidados necessários (proteçãoocular, mudança de decúbito, amamentação, RN descoberto) e, a continuidade doaleitamento materno para hidratação; quanto ao conhecimento do uso da fototerapia eo efeito da luz emitida, apenas três demonstraram conhecimento. Portanto, verifica-sea importância da atualização do conhecimento teórico dos profissionais de saúde sobrea relação das funcionalidades e a eficácia da fototerapia.

Palavras-chave: fototerapia, enfermagem, recém-nascido

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FisMed12 – AVALIAÇÃO DOS TESTES DE LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO ECONTROLE DE QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE RADIODIAGNÓSTICO DE

UBERLÂNDIA

J.L.S. Lima e H.C.G. Saliba

Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil – Alunos Egressos

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A proteção radiológica se caracteriza por um conjunto de normas e medidas que visamproteger o ser humano dos possíveis efeitos indesejados que podem ser causados pelaradiação ionizante, através de diretrizes que buscam garantir a qualidade dos serviçosprestados, por meio de vários testes de constância, de radiação de fuga e levantamentoradiométrico. Neste trabalho, foram avaliados os testes de levantamento radiométricoe controle de qualidade dos serviços públicos de radiodiagnóstico de Uberlândia. Essaavaliação foi feita com base nas normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (ANVISA), em sua Portaria 453 e da Comissão Nacional de Energia Nuclear(CNEN). Foram avaliados os relatórios dos testes realizados em equipamentos de raiosX móveis, raios X convencionais, raios X com fluoroscopia, mamografia e tomografiacomputadorizada, dos Hospitais públicos da cidade de Uberlândia. Os resultados ob-tidos mostraram que um número significativo de equipamentos, de diferentes tipos,apresentam inconformidades com o que é estabelecido pela Portaria 453 da ANVISA,embora outros apresentaram-se em conformidade para os testes analisados. Em par-ticular, observou-se que os equipamentos de raios X com fluoroscopia foram os tiposequipamentos que mais tiveram irregularidades, enquanto que os de mamografia apre-sentaram todos os testes em conformidade. Os resultados obtidos neste trabalho apon-tam para a necessidade de se sanar os problemas encontrados, assim como respeitara periodicidade dos testes, para garantir o bom funcionamento do equipamento, exa-mes de qualidade, evitar uma alta exposição de pacientes e equipe médica e possíveisacidentes.

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FisMed13 – UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DA LENTE TÉRMICA PARA O ESTUDODAS PROPRIEDADES TERMO-ÓPTICAS DE MEIOS ESPALHADORES DE LUZ

A.C.M. Mendes e D.N. Messias

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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O estudo das propriedades foto-térmicas de vários materiais é feito através da técnica daLente Térmica (LT). Quando um feixe de laser incide em uma amostra, ocorre a excitaçãodesta e consequentemente é gerado um gradiente de temperatura no meio. Isto ocorre,porque parte da energia do feixe que é transferida para a amostra é transformada emcalor. Este efeito possibilita a obtenção de propriedades termo-óticas, bem como a fra-ção de energia que é absorvida e convertida em calor de diversos materiais, no entanto,esta técnica não é sensível ao espalhamento. Entretanto, a lei de Lambert-Beer (LB) estáassociada tanto ao espalhamento quanto à absorção. Em ambos os processos ocorre umdecaimento da intensidade luminosa após atravessar o meio, o qual é denominado ex-tinção da luz. Este projeto teve como objetivo aliar a técnica de LT e a lei de LB para estu-dar e distinguir os efeitos de absorção da luz e os de espalhamento do mesmo em meioslíquidos que contenham núcleos espalhadores de luz. Portanto para o procedimentoexperimental foram: 1) confeccionadas amostras de soluções coloidais de dióxido de Si-lício, SiO2, em álcool (etanol); 2) realizados os estudo das propriedades termo-ópticas demateriais espalhadores de luz; 3) Medidos os coeficientes de absorção, de espalhamentoe extinção das amostras utilizando o Laser como fonte de luz incidente; 4) Analisadosos dados; Foi possível concluir a veracidade da aplicação da técnica de LT juntamentecom a lei de LB para o estudo das amostras preparadas e a partir delas obtiveram-seos coeficientes de absorção, espalhamento e extinção. Além disso, obtivemos um va-lor para a difusividade térmica, que consiste em uma propriedade termo-ótica, que estábem próxima do valor encontrado na literatura.

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FisMed14 – TRATAMENTO DE CÂNCER POR HIPERTERMIA ATRAVÉS DASÍNTESE DE VITROCERÂMICAS

L.L. Santos e J.D.S. Guerra

Grupo de Ferroelétricos e Materiais Multifuncionais, Instituto de Física, Universidade Federalde Uberlândia, Uberlândia – MG, Brasil

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O presente trabalho, que faz parte do projeto de Iniciação Científica, visa estudaras propriedades de vitrocerâmicas compostas por duas fases, uma vítrea e outramagnética. Características tais como, alta resistência à flexão e alta biocompatibilidadecom o corpo humano, são propriedades interessantes desses sistemas com aplicaçõespara o tratamento do câncer por meio de hipertermia. A síntese do material será rea-lizada por meio do método de incorporação modificado, mediante a equação nominal45SiO2–24.5Na2O–24.5CaO–6P2O5, para a fase vítrea utilizada como meio hospedeiroe BaFe12O19 para a fase magnética, que serve como fase bioativa do material.

Agradecimentos: Os autores agradecem à FAPEMIG e ao CNPq pelo auxílio financeiro.

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FisMed15 – DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA DE CONFECÇÃO EAVALIAÇÃO DE SCAFFOLDS À BASE DE QUITOSANA PARA APLICAÇÕES

BIOMÉDICAS

M.S. Silva e A. Antunes

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia – MG, Brasil

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Biomateriais têm surgido como uma alternativa bastante promissora no campo da En-genharia Tecidual, ramo das Ciências Biomédicas preocupado com o propósito de con-feccionar estruturas que possam agir em sistemas biológicos, seja substituindo suas fun-ções, melhorando-as ou tratando-as. A crescente necessidade por tecidos artificiais subs-titutos levou a um também crescimento na procura por novos materiais biodegradáveis.A quitosana, um biopolímero que surge de processo de deacetilação da quitina, tematraído muita atenção científica devido ao seu potencial de aplicabilidade em ciênciasda saúde. A quitosana é o segundo biopolímero mais abundante no planeta, e é larga-mente conhecido por propriedades tais como biocompatibilidade tecidual, antioxidante,biodegradável, antitumoral, e antimicrobial. O biopolímero é processado nas mais va-riadas formas, de filmes a géis até scaffolds, sendo esses últimos confeccionados nestetrabalho na forma de cilindros ocos visando aplicações em Ciências da Saúde.

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FisMed16 – CONSCIENTIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DE CÂNCERDE MAMA

M.T. Morais1, A.P. Perini1 e L.P. Neves2

1Curso de Enfermagem da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia –FAMED/UFU; 2Física Médica, Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia.

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O carcinoma mamário é o segundo tipo mais frequente na população em geral e omais incidente entre as mulheres, caracterizado por um elevado índice de mortalidade.Acredita-se que isto ocorre devido às dificuldades de estabelecer o diagnóstico precoce,associado a pouca informação quanto ao comportamento biológico e sua prevenção.Com o intuito de auxiliar na diminuição da mortalidade dos pacientes acometidosdesta neoplasia, foi desenvolvido um projeto de extensão universitária na UniversidadeFederal de Uberlândia, com o objetivo de auxiliar as mulheres na detecção precocedesta doença. Este projeto visa conscientizar as mulheres carentes sobre as formas dediagnóstico precoce de câncer de mama, como a mamografia e o autoexame. O principalobjetivo deste trabalho é o de desmistificar inúmeras informações falsas atribuídas aessa doença, que ao longo de diversos anos de desinformação se tornaram intrínsecasà sociedade. Buscamos também alertar a população de que a incidência de câncer demama em homens, embora pequena e rara, ainda existe e mata. Neste caso há aindaum grande desconhecimento da população que é agravado por enorme preconceito emtorno do fato de homens desenvolverem câncer de mama. É de extrema importânciaentão, a abordagem desta ramificação do tema com a população, de forma a quebrarquaisquer preconceitos, ou tabus que ainda existam em torno desta doença. Concluí-mos assim destacando a importância do assunto para a saúde pública do Brasil, nãopodendo ser colocado de escanteio e sim estudado a ponto de chegar em novas formasde intervenção e erradicação desta neoplasia mamária. Sendo assim, a divulgaçãorealizada na prevenção do câncer de mama deverá permanecer de forma insistentee persistente, modificando o grau de conscientização dos indivíduos-alvo para coma doença, uma vez comparado o antes e o depois da quantidade de conhecimentoabsorvido em torno da doença.

Palavras-chave: Prevenção, Câncer de mama, Mamografia, Autoexame

Agradecimentos: Os autores deste projeto agradecem ao apoio financeiro da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis, Edital PEIC 2016, registro n13557.

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FisMed17 – AVALIAÇÃO DOSIMÉTRICA COMPUTACIONAL DA RADIAÇÃOIONIZANTE NATURAL EM PLANTAS E ANIMAIS TERRESTRES E DA

EXPOSIÇÃO DE TRABALHADORES EM MINAS DE URÂNIO

H.A. Bitencourt1, L.M. Silveira1, L.P. Neves2, A.P. Perini2, W. Belinato3 e W.S. Santos2

1Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia (IG/UFU), Uberlândia, MG,Brasil; 2Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia,

MG, Brasil; 3Instituto Federal da Bahia (IFBA), Vitória da Conquista, BA, Brasil

E-mail de contato: [email protected]

A proposta deste projeto de pesquisa é fazer uma avaliação criteriosa das exposições deplantas e animais terrestres expostos a radiação ionizante natural, resultante da conta-minação do solo por produtos de erupções vulcânicas e das exposições de trabalhadoresem minas de urânio que são submetidos rotineiramente ao gás radônio. Inicialmente,será feita uma caracterização dos tipos de solos e do tipo de radionuclídeo emissor eo impacto que eles podem ocasionar nos resultados dosimétricos. A representação doscenários de exposição será feita por modelos computacionais utilizando o código desimulação de Monte Carlo MCNPX (versão 2.7.0). As plantas e os animais serão re-presentados por simuladores computacionais e os trabalhadores serão representadospelos os simuladores antropomórficos adultos masculino MASH3 e feminino FASH3,que possuem órgãos e tecidos com importâncias dosimétricas recomendados por comis-sões internacionais. Espera-se que a metodologia utilizada, as discussões dos resultadosobtidos e as conclusões desta pesquisa tragam novos conhecimentos ou ampliam os jáexistentes sobre dosimetria ambiental e propiciam uma ferramenta útil de consulta paraa comunidade científica e, sobretudo, para os próprios profissionais de minas de urânioque se expõem rotineiramente.

Palavras-chave: Exposição Ocupacional, Radônio, Urânio, Simulação de Monte Carlo

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPE-MIG, Projeto n. APQ-03049-15), CAPES (Projeto Pro-Estratégia n. 1999/2012), CNPq(Projetos n. 501857/2014-1 e 157593/2015-0) e INCT (Projeto INCT Metrologia das Ra-diações em Medicina).

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FisMed18 – USO DO MÉTODO DE MONTE CARLO PARA AVALIAR AEXPOSIÇÃO DE INDIVÍDUOS A RADIAÇÃO IONIZANTE EM SOLOS

CONTAMINADOS POR ACIDENTES RADIOLÓGICOS

L.M. Silveira1, H.A. Bitencourt1, L.P. Neves2, A.P. Perini2, W. Belinato3 e W.S. Santos2

1Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia (IG/UFU), Uberlândia, MG,Brasil; 2Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia,

MG, Brasil; 3Instituto Federal da Bahia (IFBA), Vitória da Conquista, BA, Brasil

E-mail de contato: [email protected]

Neste estudo será feita uma avaliação das exposições de indivíduos em contato como solo contaminado por radiação ionizante, em regiões geográficas que obtiveram aci-dentes radiológicos. Para alcançar os objetivos, serão modelados cenários de exposiçãocomputacional utilizando o código computacional MCNPX (versão 2.7.1), que é funda-mentado em simulação de Monte Carlo. Os indivíduos expostos serão representadospor simuladores antropomórficos computacionais adultos, denominados de MASH3 eFASH3, que possuem todos os órgãos e estruturas com importância dosimétrica, reco-mendados por comissões internacionais. Estes simuladores serão posicionados na su-perfície do solo contaminado por radionuclídeos. Além da superfície, também será feitauma avaliação das doses em função do tipo de solo e das profundidades das camadascontaminadas, além do tipo de radionuclídeo emissor de radiação ionizante. Esperamosque os resultados apresentados neste estudo ampliem o conhecimento já existente sobredosimetria ambiental, e propiciem uma ferramenta útil de consulta para a comunidadecientífica.

Palavras-chave: Contaminação Ambiental, Objetos Simuladores Virtuais, Simulação deMonte Carlo

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPE-MIG, Projeto n. APQ-03049-15), CAPES (Projeto Pro-Estratégia n. 1999/2012), CNPq(Projetos n. 501857/2014-1 e 157593/2015-0) e INCT (Projeto INCT Metrologia das Ra-diações em Medicina).

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FisMed19 – CUIDADOS FORNECIDOS AO RECÉM-NASCIDO EMFOTOTERAPIA

G.T. Soares, A.S. Oliveira e P.L.S. Pires

Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia (FAMED/UFU), Uberlândia, MG,Brasil

E-mail de contato: [email protected]

A hiperbilirrubinemia (icterícia) é uma patologia muito comumno período neonatal ena maioria das vezes é detectável nos primeiros dias de vida do recém-nascido (RN).De setembro de 2015 a agosto de 2016, dos 2330 nascidos no HCU–UFU, 761 foramdiagnosticados com icterícia neonatal. A fototerapiaé a terapêutica mais utilizadano tratamento desta doença, sendoamplamente utilizada por não ser invasivo e peloalto impacto na diminuição nos níveis plasmáticos de bilirrubina, principalmente nasque estão mais próximas à superfície tegumentar. Essa técnica terapêutica consiste natransformação fotoquímica (fotoisomerização) da estrutura da molécula da bilirrubinaem produtos hidrossolúveis que poderão ser eliminados via renal e biliar. A eficácia dotratamento é dada pela irradiância, ou seja, pela quantidade de luz emitida pela luz queincide na superfície corporal.O comprimento de luz efetivo para isomerização da bilir-rubina encontra-se na faixa de 400-500 nm.A partir da revisão da literatura, fichamentodos artigos incluídos no estudo e categorização dos resultadosforam levantados algunsdos principais cuidados com o RN emfototerapia. A enfermagem deve atentar-se aoscuidados específicos com o RN e aos componentes, manuseio, escolha,adaptação, ajustee aferição de irradiância dos aparelhos comou sem bebê. Além disso, deve mantera criança despida, fazer mudanças de decúbito, proteger os olhos, realizar o pesodiariamente, controlar a temperatura, estimular a amamentação, pesquisar alteraçõesda pele, observar aspectos das evacuações, observar a atividade do RN. Os efeitoscolaterais vão desde o bronzeamento até efeitos sobre o fluxo sanguíneo cerebral.Portanto a enfermagem deve verificararadiânciae o bom funcionamentodos aparelhosde fototerapia, esclarecer dúvidas aos familiares/cuidadorese prestar cuidados a fimde estabelecer uma assistência de qualidade minimizando possibilidades de efeitoscolaterais, contribuindo para a melhora do quadro do RN.

Palavras-chave: fototerapia, icterícia neonatal, enfermagem

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FisMed20 – ESTUDO DA FOTODEGRADAÇÃO DE BLENDAS POLIMÉRICASFOTOLUMINESCENTES PARA O DESENVOLVIMENTO DE DOSIMETROS DE

LUZ AZUL

A. Arantes, L. Rodrigues, A. Marletta, L.Dias e J.R. Tozoni

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG, Brasil

E-mail de contato: [email protected]

Neste trabalho estudamos a fotodegradação de blendas poliméricas fotoluminescentespara avaliar a possibilidade de seu uso como dosimetro de luz azul para o tratamentofototerápico de icterícia neonatal. As blendas utilizadas neste trabalho consistiram emuma mistura de Poli(n-aquil metacrilatos) (PMMA – Poli(metil metacrilato), PEMA –Poli(etil metacrilato) e PiBMA – Poli(isobutil metacrilato) e MEH PPV – poli[2-metóxi-5-(2’etil-hexilóxi)-p-fenilenovinileno] como o polímero fotoluminescente. As proprieda-des fotofísicas das blendas poliméricas foram estudadas utilizando das seguintes técni-cas: Absorção UV-VIS e Espectroscopia de Emissão e de Excitação na região do visível.Para a analise da fotodegradação e determinação da viabilidade do uso de blendas po-limericas como dosímetros, as blendas foram expostas a luz azul gerada por uma lâm-pada fluorescente similar a utilizada no tratamento fototerápico da icterícia neonatal. Aquantificação da dose recebida foi determinada pela curva de Intensidade de emissãovs. Tempo de irradiancia.

Agradecimentos: Agradecimentos: UFU, INFIS, CNPq, CAPES e FAPEMIG.

Referências:K. B. de Vasconcelos; R. F. Bianchi. Polímeros Luminescentes como Sensores de Radiaçãonão Ionizante: Aplicação em Fototerapia Neonatal. Polímeros: Ciência e Tecnologia, vol.17, nº 4, p. 325-328, 2007.Tozoni JR, Guimarães FEG, Atvars TDZ, Nowacki B, Akcelrud L, Bonagamba TJ. De-aggregation of polyfluorene derivative by blending with a series of poly(alkyl metha-crylate)s with varying sidegroup sizes. Euro Polym Jnl 2009;45(8):2467-77

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FisMed21 – ESTUDO DA FOTODEGRADAÇÃO DE BLENDAS POLIMÉRICASFOTOLUMINESCENTES

L. Rodrigues, A. Arantes, A. Marletta, L. Dias e J.R. Tozoni

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG, Brasil

E-mail de contato: [email protected]

Neste trabalho foi estudado a fotodegradação de blenas poliméricas fotoluminescentes,para avaliar a possibilidade do uso das mesmas como dosímetro de luz azul. As blendaspoliméricas foram obtidas a partir da mistura de polímeros da família dos poli(n-alquilmetacrilatos) com um copolímero fotoluminescente a base de polifluoreno. Os polí-meros utilizados foram o PMMA – Poli(metil metacrilato), PEMA – Poli(etil metacri-lato) e PIBMA – Poli(isobutil metacrilato) e o polímero fotoluminescente escolhido foi opoly(9,90-n-dihexyl-2,7-fluorenedilvinylene-alt-1,4-phenylenevinylene) (LaPPS16). As propri-edades fotofísicas foram estudadas utilizando das seguintes técnicas ópticas: AbsorçãoUV-VIS, Espectroscopia de Emissão e de Excitação na região do visível. Para a análiseda fotodegradação e determinação da viabilidade do uso das blendas poliméricas comodosímetros, as blendas foram expostas a luz azul gerada por uma lâmpada fluorescentesimilar a utilizada no tratamento da icterícia neonatal. Os primeiros resultados mostra-ram que a taxa da fotodegradação em função do tempo de irradiação depende tanto daconcentração de PnMA e LaPPS16 quanto do tipo de PnMA utilizado. Neste trabalhopretende-se aprofundar o entendimento sobre os fatores responsáveis pela fotodegrada-ção e qual é a influência da concentração de LaPPS16 e do tipo de PnMA utilizado.

Referências:[1] K. B. de Vasconcelos; R. F. Bianchi. Polímeros Luminescentes como Sensores de Ra-diação não Ionizante: Aplicação em Fototerapia Neonatal. Polímeros: Ciência e Tecno-logia, vol. 17, n 4, p. 325-328, 2007.[2] Tozoni JR, Guimarães FEG, Atvars TDZ, Nowacki B, Akcelrud L, Bonagamba TJ. De-aggregation of polyfluorene derivative by blending with a series of poly(alkyl metha-crylate)s with varying sidegroup sizes. Euro Polym Jnl 2009;45(8):2467-77[3] D. Lennon, Utilização de blendas poliméricas fotoluminescente para a detecção edosimetria de luz azul. 2015. Trabalho de Conclusão de curso (Física Médica) - Univer-sidade Federal de Uberlândia,2015.

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RESUMOS - PAINÉISFísica Licenciatura

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FisLic1 – MOSTRA: A HISTÓRIA DA MECÂNICA QUÂNTICA

C.M.S. Pinheiro e R. Kagimura

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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Desde seu nascimento a mecânica quântica sempre despertou dificuldades mesmo nosfísicos mais renomados, dada a complexidade de eventos aparentemente contraditó-rios, em relação à mecânica clássica, que compõem sua realidade. Tornou-se, contudo,mais difícil ainda para as novas gerações de estudantes de física, os quais estão sujeitosa um sistema de ensino que visa formar especialistas na resolução de cálculos sem sepreocupar tanto em criar físicos que compreendam os conceitos. Consequentemente,formam-se profissionais com dificuldades de abstração e professores incapazes de sanara dúvida do aluno curioso que ouviu falar de mecânica quântica em algum documentá-rio ou, mais frequentemente, como parte do discurso de persuasão da compra de livrossobre misticismo quântico. O presente trabalho visa apresentar de maneira majoritaria-mente conceitual a quântica, a partir do uso de representações por maquetes, desenhos,e outras formas visuais de explanação, a fim de possibilitar melhor entendimento con-ceitual e histórico da física quântica aos alunos da licenciatura. Afinal, o primeiro passopara salvá-la das garras de exotéricos que a distorcem pelos quatro cantos do mundo éformar professores que a compreendam em uma perspectiva historiográfica e possamrepassar seus conceitos para seus futuros alunos. A longo prazo, caso os resultadoscolhidos sejam positivos, o trabalho será aplicado também em escolas públicas do mu-nicípio como forma de divulgação científica.

Palavras-chave: Mostra, Mecânica quântica, História, Formação de professores

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FisLic2 – REFLEXÃO DA EVASÃO NO CURSO DE FÍSICA LICENCIATURA NOPERÍODO DE 2007 A 2015: UM ESTUDO DE CASO

R.A. Rodrigues e A.R. Arantes

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG, Brasil

E-mail de contato: [email protected]

O abandono escolar vem crescendo nos diferentes níveis de ensino do Brasil, princi-palmente no ensino superior, e muitos pesquisadores têm se preocupado em investigaras causas deste fenômeno. No caso da evasão universitária, a literatura sugere que osalunos abandonam suas vagas devido ao acúmulo de diversos motivos: dificuldade emconciliar estudo e trabalho, dificuldades financeiras e insatisfações com o curso e car-reira. O curso de Física Licenciatura da Universidade Federal de Uberlândia tambémtem enfrentado o problema da evasão. Neste trabalho, apresentaremos uma investiga-ção sobre os números de formandos e de evadidos desse curso no período de 2007 a2015. Optamos por este intervalo porque em 2007 o Projeto Político Pedagógico sofreumuitas alterações, que se mantêm até hoje. Passaram pelo curso, nesse período, 464alunos. O número de formandos foi apenas 16,36% do total e o número de evadidos foi58,62%. O formando leva em média 3 períodos a mais para concluir o curso que o temporegular. A maior incidência de evasão está no primeiro e no quinto períodos do curso.Esses dados são relevantes para que o colegiado do curso possa pensar em estratégiasde retenção, tais como: suporte aos ingressantes com relação às deficiências trazidas daeducação básica, revisão por parte dos professores sobre suas estratégias metodológicas,revisão das ementas das disciplinas, maior apoio da coordenação para o enfrentamentodos desafios da vida universitária.

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FisLic3 – HISTÓRIA DO ÁTOMO

G.A. Oliveira, S.M. Santos e D.M. Marques

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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Sabendo da importância de espaços não formais para a educação, preparamos uma mos-tra sobre a história do átomo, trazendo as concepções erradas presentes nas transposi-ções didáticas. Para realizarmos a museografia existem processos específicos e que têmque ser planejados com cuidados. Segundo Van-Praet e Poucet (1992, apoud Marandino,M. 2008 p 20) Tais particularidades se referem a elementos como o lugar, o tempo e a im-portância dos objeto. Outro elemento também importante diz respeito à linguagem, àforma com que textos, imagens e objetos são apresentados nas exposições (Marandino,M. 2008). Além disso, trouxemos o formalismo matemático por detrás de cada modeloao conhecimento do público. A mostra traz os principais modelos trabalhados no ensinomédio: Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr, porém com um adicional, os orbitais des-critos pela função de onda de Schroedinger. Foram montados protótipos dos modelosatômicos e dos experimentos para o descobrimento do mesmo. Além disso, uma brevebibliografia do autor e descrição sobre os experimentos e o modelo foi exposta. Durantea mostra, após dialogarmos com alguns visitantes, percebemos que eles notaram quevários conhecimentos prévios estavam equivocados, não sabiam que existia formalismomatemático dos modelos e para alguns os modelos se encerravam em Bohr. Assim, pre-tendemos acrescentar o filósofo Boyle, o modelo de Nagoaka, Shamerfield e a resoluçãodo átomo de hidrogênio proposto por Schroedinger.

Referência:MARANDINO, M. Educação em Museus: A Mediação em Foco. FEUSP, São Paulo,2008.

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FisLic4 – OS DESAFIOS DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM ESTUDODE CASO DA CIDADE DE UBERLÂNDIA

H.F.F. Batista e A.R. Arantes

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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As escolas regulares e instituições superiores tem enfrentado o desafio de incluir estu-dantes com algumas deficiências no contexto escolar. Essa nova demanda surgiu porconta de diversas leis e decretos a nível nacional e internacional, documentos elabora-dos a partir de reuniões entre vários países e órgãos mundiais, como a Organização dasNações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência eCultura (UNESCO). No estado de Minas Gerais têm sido formuladas ações de políti-cas públicas direcionadas para a Educação Básica, a fim de proporcionar a inclusão dealunos com deficiência no ensino regular. O Estado busca elucidar através do Guia deOrientação a Educação Especial na rede Estadual de Minas Gerais a respeito das atri-buições do Estado, da escola, dos professores, da família e dos direitos que cada criançapossui e sobre quais características são observadas para que seja designado um profis-sional para auxiliá-la em sala de aula e nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs).Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho é apresentar o quantitativo de alunos comdeficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação queestão inseridos em turmas regulares e discutir sobre a necessidade de profissionais queos atendem pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas escolas estaduaisde Minas Gerais, em específico na cidade de Uberlândia.

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FisLic5 – EXPERIMENTO REMOTO DE ÓTICA CONTROLADO PORPLATAFORMA ARDUINO

H.G.F. Neri1, E.K. Takahashi1, J.R. Cardoso2, A.C. Dantas3 e R.M. Moura4

1Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG,Brasil; 2Escola Estadual Américo René Gianetti, Uberlândia, MG, Brasil; 3Curso de pós

graduação em Ciência da Computação, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia,MG, Brasil; 4Curso de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, MG,

Brasil

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Um dos primeiros cientistas a se dedicar ao estudo sobre o comportamento da luz foiIsaac Newton. A partir de um prisma, concluiu que a luz branca era formada por setecores, mais tarde com o disco de Newton, percebeu que somente verde, vermelho eazul, traria a percepção do branco. Com o objetivo de demonstrar características com-portamentais da luz em objetos, como: absorção, reflexão e a natureza policromática daluz branca, o Núcleo de Pesquisa em Tecnologias Cognitivas (NUTEC) do Instituto deFísica da Universidade Federal de Uberlândia, em parceria com estudantes do ensinomédio, desenvolveu um experimento remoto controlado via web. Há em nossos olhostrês tipos de células sensíveis a luz, uma para vermelho, outra para verde, e outra paraazul, essas cores são chamadas de primárias. A partir desse sistema, denominado RGB(Red, Green, Blue ou em português, vermelho, verde, azul), podemos obter qualqueroutra cor com proporções diferentes de cada cor primária. O experimento é compostode uma placa Arduino modelo UNO R3, três LED’s (vermelho, verde e azul), além deuma câmera para captura do evento. O equipamento foi alocado em uma maquete demadeira, isolada de luz externa e que simula o quarto de uma residência. Os LEDssão conectados ao Arduino e controlados, de forma que, a ativação dos três simultanea-mente, forma a cor branco. Os objetos no interior do cômodo possuem cores diferentese que modificam suas cores conforme a cor da luz incidente. O experimento pode seracessado e controlado remotamente ao acessar o site www.nutec.ufu.br, utilizando umaparelho smartphone, computador ou tablet. O próximo passo será o desenvolvimentode uma metodologia para utilização do experimento em sala de aula, por estudantes eprofessores da rede pública de ensino.

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FisLic6 – REALIDADE AUMENTADA E ORIGEM DO UNIVERSO

H.G.F. Neri1, E.K. Takahashi1, C.F.S. Dantas2, C.M.S. Pinheiro2, L.S. Albuquerque2,L.L.O. Silva3 e L.P. Satler4

1Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG,Brasil; 2Curso de Licenciatura em Física, Universidade Federal de Uberlândia (UFU),

Uberlândia, MG, Brasil; 3Escola Estadual Américo René Gianetti, Uberlândia, MG, Brasil;4Escola Estadual de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

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O Big bang é atualmente a teoria mais aceita pela comunidade científica para explicaçãosobre o surgimento do Universo e a formação do mundo como o conhecemos. Com oobjetivo de ilustrar determinados trechos relevantes da origem e desenvolvimento doUniverso, o Núcleo de Tecnologias Cognitivas (NUTEC) do Instituto de Física da Uni-versidade Federal de Uberlândia, em parceria com estudantes do ensino médio, mode-lou objetos tridimensionais, via software, que pudessem ser visualizados por meio daaplicação de uma tecnologia de realidade aumentada. Realidade Aumentada é uma tec-nologia que mescla elementos do mundo real com o mundo virtual. A interação ocorreatravés da utilização de um marcador, que é um objeto ou imagem, reconhecido por umawebcam ou uma câmera de smartphone, no qual o objeto tridimensional é projetado natela. Os softwares utilizados para modelagem tridimensional e renderização dos objetosforam o 3DS Max e o Zbrush, em suas versões de avaliação. Através de outro software(Unity, em sua versão de avaliação) foram desenvolvidas as animações tridimensionaise o software que reconhece os marcadores nos quais os objetos são projetados. De formageral, os temas escolhidos para a abordagem dos objetos desenvolvidos foram: Big Bang,partículas elementares, formação das estrelas, nebulosas, buracos negros, galáxias, pla-netas e o sistema solar. O trabalho ainda se encontra em fase de desenvolvimento eseus resultados até o presente momento serão expostos na Semana da Física. O próximopasso será o desenvolvimento de uma metodologia para utilização da tecnologia emsala de aula, por estudantes e professores da rede pública de ensino.

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FisLic7 – JOGO DIGITAL PARA O ENSINO DE ONDULATÓRIA

H.G.F. Neri1, J.P.M. Silva2, C.F.S. Dantas3, C.M.S. Pinheiro3 e E.K. Takahashi1

1Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG,Brasil; 2Colégio Nossa Senhora do Amparo – Monte Carmelo, MG, Brasil; 3Curso de

Licenciatura em Física, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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O jogo digital tem mostrado ser uma ferramenta potencialmente relevante para propi-ciar um ambiente de aprendizagem favorável aos estudantes, uma vez que, é um recursopresente no cotidiano de muitos jovens, além de permitir a interação entre alunos tími-dos e expansivos. Desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa em Tecnologias Cognitivas(NUTEC) do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia, ZUM é um jogodigital, projetado para aplicação conjunta com uma metodologia de ensino que se fun-damenta na aprendizagem ativa e no ensino sob medida. ZUM é um jogo 2D infinitoestilo plataforma, criado a partir de uma ferramenta de desenvolvimento de jogos bidi-mensionais e tridimensionais de alta qualidade denominada Unity. Para programaçãodo jogo foi utilizado o C#, que é uma linguagem de programação com sintaxe baseadaem C++. O jogo pode ser instalado em smartphones ou tablets que possuam sistemaoperacional Android ou computadores e notebooks com sistema Windows. Represen-tado por um celular, o personagem que dá nome ao jogo tem como objetivo primárioconseguir escapar do vilão “Gaiola”, inspirado na Gaiola de Faraday. Para avançar nocenário, ZUM deve coletar o maior número possível de fótons para que sua bateria nãose descarregue e ele seja, consequentemente, capturado pelo vilão. O propósito de uti-lização do jogo deve ser, inicialmente, o de provocar a curiosidade do estudante pelotema motivando-os a discutir os conceitos físicos presentes no jogo. Em uma etapa pos-terior, pretende-se aplicar essa metodologia em uma escola pública na cidade de MonteCarmelo. A intenção é envolver os estudantes na elaboração de outras fases do jogo, apartir dos conhecimentos que forem adquirindo na disciplina. Esse procedimento tornaos estudantes coautores das demais fases do jogo.

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FisLic8 – ELABORAÇÃO DE APOIO DIDÁTICO PARA LABORATÓRIO DEFÍSICA BÁSICA DE ELETROMAGNETISMO

E.J. Carmo, G.F. Napoli, B.J. Silva Neto, K.C.A. Nishida, L.P. Neves e M. Foschini

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/UFU), Uberlândia, MG, Brasil

E-mail de contato: [email protected]

O laboratório de física oferece aos alunos a oportunidade de relacionar os conceitos teó-ricos com os efeitos físicos visualizados nos experimentos, servindo como um aditivona compreensão do conteúdo lecionado. Em particular, entre os laboratórios didáticoso de eletricidade e magnetismo é o que mais ocorre substituição de equipamentos. Assubstituições ocorrem por desgastes dos equipamentos, queimas por alteração na fontede tensão ou mau uso pelos discentes, consequentemente, os roteiros propostos ficamdesatualizados em relação aos equipamentos utilizados. Com o decorrer do tempo, osroteiros ficam fora de padrão, pouco didáticos e não abrangem as ementas do curso.O laboratório de eletricidade e magnetismo também sofreu uma maior alteração ao sercomtemplado com o projeto de melhoria de laboratório, possibilitando comprar novosequipamentos. Assim, surgiu a necessidade de atualizar os roteiros, criando padroni-zações de formatação, cobrança e de didática ao decorrer dos experimentos. Tambémfoi criada a página virtual do laboratório didático para divulgação dos roteiros para osdocentes e discentes. Por fim, com os equipamentos obsoletos e subutilizados presen-tes no almoxarifado do laboratório, foram criados experimentos demonstrativos comintuito de auxiliar os professores em suas aulas. Portanto, o projeto teve como objetivode melhorar o material didático apresentado aos alunos e assim, combater a retençãoe evasão nos cursos de graduação. Os resultados obtidos com as modificações foramquantificados através de um questionário aplicado aos docentes e discentes para me-dir a qualidade e assim a satisfação do usuário. Os índices referentes da qualidade daapostila obtiveram um amento significativo, mostrando assim que a padronização e or-ganização se mostraram efetivas. Já os resultados esperados sobre o site foram abaixodo esperado, apesar de terem um aumento significativo devido a falta de divulgaçãopor parte dos professores.

Palavras-chave: Laboratório de física, Eletricidade, Magnetismo

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FisLic9 – PERCEPÇÕES E OPINIÕES DOS PROFESSORES DE CIÊNCIASQUANTO AO ENSINO DE ASTRONOMIA

R.S. Melo e A.B. Santos

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG, Brasil

E-mail de contato: [email protected]

Astronomia é um assunto bastante discutido por todos, seja qual for as idades, e é umassunto que pode ser abordado em sala de aula tanto no Ensino Fundamental, que équando as crianças começam a ter noção de onde vivemos, como são as estações doano, fases da lua; quanto no Ensino Médio, que contempla alguns assuntos mais com-plexos, se tratando da movimentação dos planetas, radiações. As diretrizes curricularesdo Ensino Fundamental e Médio afirmam que deve ser abordado os conteúdos de as-tronomia, porém na prática não se tem ou pouco se tem, e alguns trabalhos préviosapontam que isso é decorrência de algumas dificuldades apresentadas pelos professo-res. Este texto relata uma pesquisa realizada com professores buscando identificar estasdificuldades. Os professores entrevistados, formados em Física, Geografia e Ciências Bi-ológicas, apontaram a falta de espaço nas escolas, a ausência da disciplina na graduaçãoe a pequena carga horária como alguns dos principais problemas enfrentados. A coletade dados foi por meio de um questionário simples seguido de uma gravação de umaentrevista individual, sendo os dados do questionário analisados quantitativamente eos dados da entrevista qualitativamente. Também foram coletadas informações sobrepropostas para reduzir as dificuldades e melhorar a abordagem de temas de astrono-mia, sendo que acrescentar a disciplina de astronomia tanto na graduação quanto napós-graduação, ter palestras nas escolas como atividades de ensino não formal e cursosde formação continuada apareceram em destaque.

Palavras-chave: Astronomia, formação de professores, ensino não formal

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Quinta-Feira, 29 de setembro de 2016

FisLic10 – INFLUENCE OF THE RARE-EARTH CONCENTRATION ON THEPHYSICAL PROPERTIES OF PLZT CERAMICS

S.P. Hessel1, A.C. Silva1,2, R. Guo3, A.S. Bhalla3 and J.D.S. Guerra1

1Grupo de Ferroelétricos e Materiais Multifuncionais, Instituto de Física, Universidade Federalde Uberlândia, Uberlândia – MG, Brasil; 2Departamento de Física e Química, UNESP, Campus

de Ilha Solteira. Ilha Solteira – SP, Brasil; 3Multifunctional Electronic Materials and DevicesResearch Lab. Department of Electrical and Computer Engineering, The University of Texas at

San Antonio, San Antonio, Texas, 78249. USA

E-mail de contato: [email protected]

Ferroelectric systems have excellent physical properties, which make them materialswith great potential for technological applications. In particular, the lead zirconate ti-tanate (PZT) system is one of the most investigated ferroelectric materials due to theirexcellent piezoelectric, pyroelectric and dielectric properties, which can be easily impro-ved when modified with chemical additives. Such substitutions provide some relevantcharacteristics for application in specific electro-electronic devices. The objective of thepresent work is to investigate the physical properties of rare earth (RE) modified PZTferroelectric ceramics. The ferroelectric ceramics of the type Pb(Zr1−yT iy))3, were pre-pared by the conventional method and their dielectric properties were carefully investi-gated. Experimental curves of the dielectric permittivity as a function of temperature atdifferent frequencies and to different compositions of the lanthanum are reported. Thediffuse phase transition (DPT) of the material, was studied with based in two theories:a proposed Kirillov and another proposed by Clarke. The diffusivity parameters werecalculated from these models and it was observed that Clarke’s theory provides moreaccurate results. Samples with higher concentrations of lanthanium presented increaseddiffusivity and relaxor behavior. The theoretical results bear a very close resemblance tomost experimental observations.

Keywords: Ferroelectric ceramics, Rare-earth, Dielectric properties, Diffuse phase tran-sition

Acknowledgment: The authors thank FAPEMIG and CNPq for financial support.

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FisLic11 – TELÉGRAFOS COMO ARTEFATOS MUSEAIS EM UMA EXPOSIÇÃODE ELETROMAGNETISMO

K.B. Araújo e S.M. Santos

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia – MG, Brasil

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Este texto apresenta a proposta desenvolvida durante o processo de construção da Ex-posição de Eletromagnetismo do Museu Diversão com Ciência e Arte (DICA). Com ointuito de tornar essa Exposição interativa para o público foram feitas pesquisas emassuntos como educação em museus e principais dificuldades de ensino de eletromag-netismo. Diante dos resultados da pesquisa bibliográfica, percebeu-se a possibilidadede melhorar a interação da Exposição com as dificuldades do público em relação ao ele-tromagnetismo, e a necessidade de aumentar a abrangência de objetivos da Exposiçãoatravés da inserção de quatro artefatos museais pertencentes ao período histórico pos-terior ao da Exposição. Dessa forma, este trabalho possui o objetivo de descrever breve-mente os passos que antecederam a implementação da Exposição de Eletromagnetismo,relatando a pesquisa prévia sobre as problemáticas no ensino de eletromagnetismo eo planejamento dos artefatos e a forma da interação dos mesmos com o público, bemcomo os possíveis impactos que se espera obter. Essa Exposição já conta com 25 objetose busca contar a história do eletromagnetismo e discutir sua importância no cotidiano dopúblico e tem como foco o período entre o início dos estudos sobre o eletromagnetismo,incluindo o anterior a junção das áreas eletricidade e magnetismo, até as Equações deMaxwell. A proposta de integrar a Exposição com artefatos da época entre a telegrafiaelétrica e o início da radiodifusão é centrada em quatro objetos, Telégrafo de Chappe,Telégrafo Elétrico, Experimento de Heinrich Hertz e “Telégrafo” de Oliver Lodge, dis-postos em três bancadas, representando a época anterior ao eletromagnetismo, a épocadas correntes elétricas e a época dos campos elétricos. A integração desses Artefatos àExposição possibilita ao visitante uma percepção do progresso linear da ciência, a in-fluência do avanço científico e tecnológico na vida das pessoas e uma desconstrução depossíveis visões simplistas.

Palavras-chave: Ensino não formal, Divulgação Científica, Eletromagnetismo, Telégrafo

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Quinta-Feira, 29 de setembro de 2016

FisLic12 – V BRINCANDO E APRENDENDO: UMA MOSTRA DE DIVULGAÇÃOCIENTÍFICA E SEU PAPEL NA FORMAÇÃO DE DIVULGADORES

A. Alves e S.M. Santos

Museu Dica/Instituto de Física/Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia – MG, Brasil

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Este texto discute todo o processo de divulgação, organização e realização da V edi-ção do evento Brincando e Aprendendo, especialmente, que foi realizada em 2015 combreves comparações em edições anteriores. O evento é uma das atividades realizadasna cidade de Uberlândia-MG, inserida na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia,que tem o intuito de realizar a discussão de ciência e tecnologia com a sociedade, pormeio de mostras interativas. Temos então a aproximação do ambiente acadêmico como público, por meio da sua participação e trabalho no evento, em que percebemos certadificuldade na compreensão dos pesquisadores sobre como ensinar ciência de uma ma-neira interativa e lúdica, uma vez quando um dos requisitos é ter que trabalhar comuma variação de visitantes, no qual exige a transposição do conceito científico para opúblico leigo. Ainda assim, neste trabalho percebemos que as ações de divulgação cien-tífica realizadas nesse evento, têm cada vez mais beneficiado, não somente os visitantes,mas também os indivíduos ligados diretamente a criação das atividades ou até mesmomonitores de auxilio, ou seja, pessoas inseridas no evento que nunca tiveram contato adivulgação cientifica reconhecem a suma importância desse trabalho. Assim, como o in-tuito de realmente poder apresentar ciência de uma maneira diferente, é na preparaçãodas atividades para esse evento que percebemos a transformação no olhar do responsá-vel em relação ao seu trabalho e à comunicação com o público.

Palavras-chave: Divulgação científica, interatividade, mostra de ciências

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FisLic13 – ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO DO MUSEU DICA

L.B. Neto e S.M. Santos

Museu DICA – Diversão com Ciência e Arte, Instituto de Física, Universidade Federal deUberlândia. 38408-100 Uberlândia – MG, Brasil.

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O museu de ciência é um espaço de educação não formal que visa à promoção de di-vulgação científica para a sociedade. Na cidade de Uberlândia/MG, o Museu DICApromove o trabalho de trazer, para toda a comunidade uberlandense, a ciência de umamaneira divertida e com entretenimento. Apesar de que o museu desenvolve váriasações para toda a sociedade, o maior público frequentador do museu são as escolas.Através de breves observações dos agendamentos já realizados nesse ano e em anosanteriores, é possível notar que há escolas que visitam mais o DICA que outras. Coma motivação de estreitar relações entre o DICA e as escolas, foi pensado em um traba-lho de divulgação, esse trabalho consiste em ações visando estabelecer esse vínculo. Aexposição contemplada está sendo criada para trazer de forma lúdica, através de expe-rimentos interativos e de várias situações cotidianas, o tema eletromagnetismo. Foi pen-sada, através dessa exposição, uma divulgação diferenciada, onde serão criados foldersque promovam uma divulgação em carácter específico, nos quais conterão informaçõespróprias da exposição e do Museu, bem como a criação de um breve teatro sobre os as-suntos de como a eletricidade está presente no nosso dia-a-dia, paródias sobre o Museue experimentos itinerantes sobre eletricidade e magnetismo. Esse trabalho tem como ob-jetivo central analisar o impacto e o reflexo que essas estratégias de divulgação gerarãonas escolas, objeto de pesquisa, para esse projeto. Espera-se também que seja instigadonos alunos, professores e em toda comunidade escolar a visitarem o museu mesmo naindisponibilidade da escola.

Palavras-chave: Museu de Ciências, Espaço não formais, Itinerância.

Agradecimentos: Ao CNPq pelo auxílio financeiro.

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FisLic14 – APLICAÇÃO EXPERIMENTAL DO PÊNDULO SIMPLES E ANÁLISEDO SEU MOVIMENTO NO SOFTWARE TRACKER: UMA PROPOSTA DE

ATIVIDADE DO PIBID PARA O ENSINO MÉDIO

A.E.S. Ramos, G.A.P.S. Campos, K.L.N.O. Nicodemio, R. Nicodemio, W.S. Araújo, A.B.Santos

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia – MG, Brasil.

E-mail de contato: [email protected]

O presente trabalho refere-se a uma atividade desenvolvida com alunos de uma escolapública de Uberlândia realizada por bolsistas do PIBID no subprojeto Física. O obje-tivo foi desenvolver um trabalho experimental com um pêndulo simples e analisar oseu movimento em um software. A atividade pretende aproximar o aluno do ensinomédio à prática experimental, dando oportunidades de observar os fenômenos e fazerhipóteses sobre eles, desenvolver habilidades e competências e investigar os aconteci-mentos físicos. Também mostra aos estudantes como é o ambiente universitário, já queas aulas aconteciam na Universidade Federal de Uberlândia. Por meio da atividadeexperimental foi possível abordar diversos conceitos físicos como período, frequência,força gravitacional, entre outros, e ao analisar todo o movimento do experimento nosoftware Tracker abriram-se novas possibilidades de visualizar as propriedades do mo-vimento e trabalhar outros conceitos importantes: como se comporta uma senóide, quaissão as características do movimento ondulatório, etc. Ao realizar a atividade foi eviden-ciado como é imprescindível renovar as metodologias aplicadas em sala de aula, e oexperimento é uma ótima opção para ensinar ciência de uma forma lúdica e diferente.Os estudantes se empolgaram com a experimentação e conseguiram desenvolver habi-lidades e competências que se estendem para a vivência de cada aluno. Deve-se citartambém sobre a importância deste trabalho para a formação inicial dos licenciandos emFísica, bolsistas do PIBID da UFU, pois se trata de uma oportunidade única no sentidode trabalhar empiricamente em grupo e com teorias aprendidas dentro das salas de aulana Universidade.

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FisLic15 – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM CONCEITOS DECINEMÁTICA E DINÂMICA EM UM CURSO PREPARATÓRIO PARA

VESTIBULAR, UM ESTUDO DE CASO

L.B.Cruz Junior1, D.C.A.M. Mota2 e R. Kagimura3

1Instituto de Física/Universidade Federal de Uberlândia; 2Instituto de CiênciasBiomédicas/Universidade Federal de Uberlândia; 3 Instituto de Física/Universidade Federal de

Uberlândia

E-mail de contato: e-mail: [email protected]

A física no Ensino médio (EM) deve despertar nos alunos o interesse pela compreensãodos fenômenos da natureza, assim como apresentar os princípios e leis físicas, detal forma que o aluno possa aplicá-los ou na explicação de fenômenos físicos, prin-cipalmente os do cotidiano, ou na quantificação de grandezas relacionadas a essesfenômenos. Adicionalmente, muitos desses alunos almejam ingressar em cursos denível superior, onde os conteúdos de física fazem parte dos editais de seleção. Frequen-temente, eles recorrem ao ambiente dos cursos preparatórios para exames de seleção(tal como o vestibular) com o objetivo de melhorar suas condições para a realizaçãodesses exames. Dessa forma, compreender e quantificar o quanto os alunos egressos ouconcluintes do EM aprenderam, tanto na escola regular como nos cursos preparatóriosé de suma importância, já que os resultados podem nortear políticas de melhoriasdo ensino. Assim, o presente trabalho objetivou caracterizar os alunos de um cursopreparatório. Posteriormente, desejou-se compreender o quanto o curso preparatóriopode auxiliá-los na melhora de suas concepções sobre os conceitos de mecânica. Paratanto, foi utilizado o questionário padronizado Force Concept Inventory (FCI) paraobter esses dados. O público alvo foram alunos matriculados em um curso preparatóriona cidade e Uberlândia – MG. Nossos resultados indicam que muitos alunos aindapossuem muitas dificuldades conceituais em mecânica mesmo após o egresso da escolaregular e do curso preparatório.

Palavras-chave: Conceitos Física, Mecânica, Ensino Médio, Curso Preparatório

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FisLic16 – A INTEGRAÇÃO DOS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO NOAMBIENTE UNIVERSITÁRIO

R. Nicodemio, A.E.S. Ramos, G.A.P.S. Campos, K.L.N.O. Nicodemio, W.S. Araujo eA.B. Santos

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG, Brasil

E-mail de contato: [email protected]

Estudantes do ensino médio, sobretudo aqueles de escolas públicas muitas vezes nãopossuem em seus estabelecimentos de ensino estrutura de laboratórios adequados paraa realização de experimentos que auxiliam no aprendizado da Física. Utilizar o espaçode universidades, sobretudo as públicas é uma alternativa que além de suprir tal carên-cia, promove a integração dos estudantes com o ambiente universitário. A convivênciade alunos do ensino médio no ambiente universitário é estimulante e enriquecedora. Seesta convivência puder ser feita por meio do ensino prático através de experimentos,tanto melhor. Utilizando a estrutura da Universidade Federal de Uberlândia, através deseus laboratórios para o ensino de Física, tivemos a oportunidade de convidar, atravésdo PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência), alunos do ensinomédio para realizarem experimentos científicos como forma de construção de novos co-nhecimentos, desenvolverem o trabalho em grupo, bem como integrá-los ao ambienteuniversitário. Cerca de 15 alunos participaram deste projeto. Durante as atividades,inicialmente houve por parte de professores da instituição e graduandos participantesdo PIBID, introduções teóricas acerca dos assuntos que seriam abordados. Em seguida,houve a realização experimentos, utilizando-se de metodologias investigativas, permi-tindo ao estudante ocupar uma posição mais ativa no processo de construção do co-nhecimento onde o professor passa a ser mediador e facilitador do processo. Dentre osexperimentos realizados, constam a Lei de Hooke, Movimento Pendular e Construçãode Recipientes Térmicos. Os estudantes puderam conhecer e usufruir das instalações la-boratoriais da universidade, estreitar o convívio com os colegas, investigar e descobrir,bem como construir novos conhecimentos e comprovar conceitos teóricos.

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RESUMOS - PAINÉISFísica de Materiais

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FisMat1 – MEDIDAS DE REFERÊNCIA PARA CALIBRAÇÃO DAESPECTROSCOPIA LIBS

B.S. Zanatta, T.Zanetti e J. Cabral

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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A técnica de espectroscopia de emissão óptica com plasma induzido por laser, LIBS(Laser Induced Breakdown Spectroscopy), apresenta uma vantagem de ser muito maisbarata, rápida, não destrutiva e não gera ruídos. Usualmente, calibra-se a espectrosco-pia LIBS uma única vez com uma técnica analítica, conhecida de técnica de referência,assim a técnica fotônica adquire capacidade de quantificação da amostra de forma efi-ciente e confiável. Um método para realizar a calibração é utilizar a Espectroscopia deFluorescência de Raios X (XRF – X Rays Fluorescence), que é feita ao incidir na amostrauma fonte de radiação de elevada energia, raios X, que provoca nos átomos uma exci-tação, e ao retornarem para seus estados fundamentais, estes emitem energia discreta,ou seja, os fótons. Essa energia é então coletada por um espectrômetro, que nos forneceas linhas de transições atômicas e moleculares dos elementos existentes na amostra. Atécnica LIBS tem passado por um desenvolvimento considerável na última década. Noplano de trabalho em desenvolvimento, busca-se a primeiro modo estudar a literaturasobre Espectroscopia de XRF e Espectroscopia LIBS, concluindo isso, em seguida pre-parar amostras, que serão grãos de milho, sorgo e soja, de duas formas diferentes: pelométodo de prensagem e pelo método fundente. Com as pastilhas das amostras prepa-radas, seguirá para processo no qual se realiza as medidas no espectrômetro de fluores-cência de raios X. Com os resultados obtidos, seremos capazes de quantificar elementosde interesses nestas amostras e usar estes valores para uma calibração da espectroscopiade emissão óptica com plasma induzido por laser – LIBS.

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FisMat2 – CARACTERIZAÇÃO ÓPTICA DE POLÍMEROS LUMINESCENTES

F. Riel Neto e E. Piovesan

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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O presente trabalho aborda os aspectos da caracterização óptica de polímeros fotolumi-nescentes processados na forma de filmes poliméricos. Para a confecção dos filme, fo-ram sintetizadas soluções de Poli(3-Hexiltiofeno) (P3HT), com diferentes concentraçõesdo dopante Tetracianoquinodimetano (TCNQ) em diluídos em Diclorometano (DCM).As técnicas de deposição utilizadas para confeccionar os filmes poliméricos foram astécnicas de deposição Casting; que consiste no espalhamento uniforme da solução per-cussora no substrato; e Spin – Coating onde utilizamos um spinner para obter um filmefino e uniforme. A caracterização ótica foi realizada através de medidas de absorção óp-tica linear (AOL) como primeira investigação das propriedades eletrônicas do materiale fotoluminescência (PL) e m função da temperatura. A partir dos espectros de absor-ção obtidos tivemos condições de inferir a respeito da qualidade dos filmes poliméricosfabricados, da influência do dopante na absorção do polímero, e sobre a região maisadequada para excitação óptica em espectros de fotoluminescência. Já com as medidasde PL, obtivemos espectros de emissão que são uma assinatura típica do material, e poronde podemos avaliar se o material é um bom candidato para dispositivos ópticos. Re-alizamos as medidas de PL fixando os filmes poliméricos em um criostato, sendo queassim obtivemos a dependência da PL com a temperatura de acomodação da amostraem vácuo, fornecendo informações importantes a respeito dos modos vibracionais detransição. A síntese dos compostos que utilizaremos no projeto foi feita por colaborado-res externos, Prof. Fernando Henrique Cristovan do ICT – Unifesp de São José dos Cam-pos, enquanto o processamento e caracterização ótica foram realizados nos laboratóriosdo Grupo de Espectroscopia de Materiais (GEM) do Instituto de Física da UniversidadeFederal de Uberlândia (InFis-UFU).

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FisMat3 – PROCESSAMENTO DE IMAGENS EM JULIA

A.N. Paula, D.M. Santos e G.F. Junior

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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O projeto visa o estudo de imagens digitais utilizando a linguagem de programação decódigo aberto Julia. Esta que é uma linguagem de programação dinâmica de alto nívelprojetada para atender os requisitos da computação de alto desempenho numérico ecientífico, sendo também eficaz para a programação de propósito geral. Em conjuntocom a linguagem de programação foi utilizado o editor de imagens Gimp, versão 2.8.14,usando-o como parâmetro de análise para os códigos criados. O trabalho foi desenvol-vido na disciplina de Física Computacional, feito pelos discentes Alan Nascimento dePaula e Diego Mendes dos Santos, com a orientação do prof. Dr.: Gerson Ferreira Junior.Inicialmente foi utilizado o editor de imagens Gimp, para fazer a conversão da imagemem escala de cinza, necessário para a utilização do pacote images e para compilaro código criado. Foi utilizado alguns kerneis, como, Identity, Edge detection e Boxblur. Com o desenvolvimento do projeto passamos a utilizar apenas a linguagem deprogramação Julia, onde desenvolvemos um código para fazer a conversão da imagempara escala de cinza, utilizando imagens em escala RGB. Novamente utilizamos algunsfiltros para o processamento digital das imagens, assim conseguimos eliminar ruídos,desfocalizar as bordas, entre outros. Com todo o arsenal construído utilizamos partedo código criado até então para aplicar na técnica de PCA (Análise de ComponentesPrincipais), tal técnica permite identificar padrões nos dados e expressá-los de umamaneira tal que suas semelhanças e diferenças sejam destacadas.

Palavras-chave: Filtros, Análise de Componentes Principais

Referências:[1] Introduction to Computational Physics, with examples in Julia.[2] Rafael do Espírito Santo. Utilização da Análise de Componentes Principais na Com-pressão de Imagens Digitais.[3] Boldrini, José Luís. Álgebra linear 1.[4] William H. Press. Numerical recipes in C: the art of scientific computing.

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FisMat4 – DINÂMICA QUÂNTICA E SEMI-CLÁSSICA DE ELÉTRONS E SPIN

R.P. Maciel e G.J. Ferreira

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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A atto-física investiga fenômenos físicos em escalas de tempo ultra-rápidas, da ordemde attosegundos. Em particular, no attoclock, aplicam-se pulsos laser, circularmentepolarizados, de femtosegundos em átomos simples (e.g. H, He) a fim de ionizar elétronspor meio de um processo de tunelamento. A dinâmica deste tunelamento permitemensurar o tempo de atraso do elétron na escala de attosegundos. Para compreen-der este processo, analisa-se a distribuição dos elétrons pós-ionização por meio deum modelo semi-clássico. Entretanto, quando o elétron está próximo a seu átomoprogenitor, os efeitos quânticos são relevantes, e o modelo semi-clássico consideradopossivelmente falha. Desse modo investigamos numericamente a validade destaaproximação, comparando a dinâmica do regime quântico com o semi-clássico. Paraeste fim, realizamos a evolução quântica temporal de pacotes de onda eletrônicos emlinguagem Julia e fizemos uma extrapolação retrógrada da trajetória no tempo, por meiodo teorema de Ehrenfest. Por simplicidade, para o átomo de hidrogênio, simulamosdois casos distintos considerando um laser linearmente polarizado. A dinâmica doelétron foi analisada levando em conta tanto um laser independente quanto dependentedo tempo. Em ambos os casos, tanto a dinâmica quântica quanto a trajetória do regimesemiclássico obtidas, corresponderam muito bem ao investigado experimentalmente naliteratura. Contudo, neste estudo, ainda não foi analisado se há existência de efeitosque, causados pelo spin do elétron, possam levar à resultados divergentes. Portanto, atéo momento, este trabalho nos leva a concluir que as aproximações consideradas parafenômeno de tunelamento, por meio do regime semi-clássico, não é falho.

Palavras-chave: dinâmica semi-clássica, processos de ionização, lasers ultra-rápidos

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPE-MIG, Projeto n.FAPEMIG2016-EXA040).

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FisMat5 – CALIBRAÇÃO DE DIFRATÔMETROS DE RAIOS-X USANDO OMÉTODO DE FUNDAMENTAL PARAMETERS

J.C.R. Araújo e R.L. Serrano

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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Todo instrumento de medidas deve ser caracterizado exaustivamente com o objetivode poder extrair sua contribuição dos dados experimentais obtidos a partir dele. Parase caracterizar um difratômetro de raios-X em amostras pulverizadas é utilizado ométodo chamado Fundamental Parameters Profile Fitting (FPPF) [1,2] – ou método deAjuste de Parâmetros Fundamentais. A aplicação do FPPF tem o objetivo de extrair acontribuição instrumental através de um ajuste numérico de perfis de linhas de difraçãode uma amostra padrão com excelente qualidade cristalina. O resultado é utilizadoposteriormente na análise estrutural de outras amostras estudadas através de difraçãode raios-x em pó. Neste trabalho caracterizamos o difratômetro XRD-6000 Shimadzu,que trabalha na geometria Bragg-Brentano (θ-2θ), alocado no laboratório multiusuáriodo Instituto de Química da UFU utilizando a amostra padrão LaB6-NIST-660b. Para aextração da contribuição instrumental foram medidas as intensidades de picos entre osângulos de 10 a 140 com passo angular de 0,004 entre pontos e tempo de 1 segundopor ponto. Em seguida os dados experimentais da amostra foram ajustados numerica-mente através do método de refinamento Rietveld. O melhor resultado do processo derefinamento da amostra padrão foi utilizado para a criação do arquivo de caracterizaçãoinstrumental. O arquivo foi utilizado no refinamento dos dados de amostras do sistemaBaMnO3, BaLaMnTiO6 e BaCaMnTiO6 coletadas nas mesmas condições experimentaisque a amostra LaB6. O estudo faz parte da temática de análise estrutural de sistemas deóxidos metálicos inéditos com propriedades físicas interessantes no ponto de vista dafísica da matéria condensada [3].Referências:[1] R.W. Cheary et al, J. Res. Natl. Inst. Stand. Technol. 109. 1-25 (2004)[2] R.W. Cheary et al, J. Appl. Cryst. 31 851 (1998)[3] F.A. Garcia et al. Phys. Rev. B 91, 224416 (2015)

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FisMat6 – INTRODUÇÃO À INFORMAÇÃO QUÂNTICA E QBITS FOTÔNICOS

L.H. Oliveira e L.S. Torre

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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O objetivo de projeto é estudar a descrição quântica da luz dentro do formalismo daMecânica Quântica e aplicar esses conhecimentos no estudo de qbits fotônicos. Nessaprimeira etapa do projeto nos restringimos ao estudo da quantização da luz. Começa-mos nossos estudos com a descrição clássica da luz via Equações de Maxwell. Aindaabordando classicamente, estudamos a expansão do campo em modos bem como suaquantização. No âmbito do formalismo da Mecânica Quântica estudamos e estabelece-mos uma relação entre os estados de Fock e os campos elétrico e magnético, no vácuo.E, por fim, estudamos os estados coerentes e comprimidos, definindo os operadores dedeslocamento (via uma distribuição de corrente clássica e através do operador de ani-quilação) e de compressão. Também estudamos o formalismo do operador densidade,uma maneira de descrever estados quânticos completamente equivalente aos estadosda equação de Schrödinger. Este formalismo apresenta algumas vantagens frente àsdemais representações, como o cálculo de valores esperados, traços parciais e evolu-ção temporal. Além disso, possui um papel central na descrição de sistemas nos quaisocorre emaranhamento, já que mesmo a definição e as principais medidas de emara-nhamento estão baseadas em operadores densidade, como a entropia de von Neumann.E posteriormente construímos as chamadas funções de Wigner para os vários estadosanalisados. Essas constituem outra importante representação de estados no espaço defase com várias propriedades bastante úteis no estudo de sistemas ópticas, como a fácilvisualização de interferência entre os estados bem como uma maneira simples de obteras distribuições de probabilidade do momento e da posição.

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Quinta-Feira, 29 de setembro de 2016

FisMat7 – SÍNTESE A CARACTERIZAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DE BaGdF5

G. Diniz e W.A. Iwamoto

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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O estudo das nanopartículas (NPs) abre espaços para descobertas e aplicações de propri-edades particulares ou que acontecem em maior intensidade nesses materiais em escalananométrica, um exemplo dessas propriedades é a conversão ascendente de energia(do inglês, upconversion-UP). Uma família de NPs que apresentam propriedades bematrativas para estudos e pesquisas tem composição química da forma . Essas NPs co-meçaram a ser estudas recentemente e estudos sobre elas ainda são escassos, mesmoelas apresentando propriedades atrativas. Em algumas referências que realizaram es-tudos detalhados em alguns materiais dessa familia tiveram indícios que estes teriamalgumas propriedades até melhores que as nanopartículas mais fabricadas atualmente.Desta maneira esse projeto de pesquisa se dedica em caracterizar NPs dessa família ade composição química, sua estrutura, morfologia, e medir suas propriedades ópticasde luminescência, absorção e transmitância. E posteriormente, analizar os dados obti-dos e estudar os elementos que interferem no seu tamanho, sua estrutura e morfologia.As etapas do processo de caracterização das nanopartículas dopadas com íons terras ra-ras (Érbio/Itérbio ) consistem em síntese, caracterizações morfológicas e estruturais, ecaracterização óptica.

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FisMat8 – SOLUÇÃO EXATA DE FÉRMIONS LIVRES COM CONDIÇÕES DECONTORNO TORCIDAS

R.F.P. Costa e J.C. Xavier

Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia (INFIS/ UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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A solução exata de modelos é obviamente de grande interesse, principalmente devidoao fato que certas propriedades físicas s ao descritas erroneamente por métodos apro-ximados/perturbativos. Este é o interesse de nosso trabalho. Alguns modelos para sis-temas fortemente correlacionados surgiram logo no início da formulação da MecânicaQuântica. Neste trabalho investigamos a cadeia XX sob condições de contorno torcidas(“twisted”) em anéis finitos. A cadeia XX pode ser mapeada em uma cadeia de férmionslivres via transformação de Jordan-Wigner. Neste trabalho, mostramos que via Trans-formada Discreta de Fourier, é possível diagonalizar a cadeia de férmions livres. Comoperspectiva futura pretendemos calcular funções correlações dependentes do tempo dacadeia XX. A importância disto se deve ao fato que a transformada de Fourier (no espaçoe no tempo) de funções correlações estão associadas com medidas experimentais.

Agradecimentos: Ao CNPq pelonanciamento, ao professor José Cândido Xavier pela orientação, e aos colegas MatheusBarros e Francisco van Riel Neto pelas dicas valiosas.

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Índice de autores

Índice de autores

Ferreira, G.J., 86

Aguiar, O.D., 13Akira, W., 47Albuquerque, L.S., 71Alves, A., 77Amorim, R.G., 12Antunes, A., 58Araújo, J.C.R., 87Araújo, K.B., 76Araújo, W.S., 79Arantes, A., 63, 64Arantes, A.R., 67, 69Araujo, W.S., 81

Barros, M., 35Bassalo, J.M.F., 15Batista, H.F.F., 69Belinato, W., 44, 46, 60, 61Bevilaqua, D.V., 11Bhalla, A.S., 37, 75Bilessimo, S.M.S., 11Bitencourt, H.A., 60, 61Bosque, B.P., 51

Cabral, J., 83Cabral, J.S., 36Caldas, L.V.E., 44–46, 50Camargo, E.P., 4Camargo, H.A., 51Campana, P.T., 5, 6Campos, G.A.P.S., 79, 81Cardoso, D.C., 8Cardoso, J.R., 70Cardoso, L.A., 51Carmo, E.J., 73Carneiro, A.C.V., 51Carrera, B.N.S., 45, 50Carvalho, A.M.G., 12Carvalho, G.S.M., 45, 50Carvalho, L.N., 51Costa, P.A.F., 52Costa, R.F.P., 90Cruz Junior, L.B., 80Cunha, D.M., 45, 50

Dantas, A.C., 70Dantas, C.F.S., 71, 72Dantas, N.O., 45, 50

Dias, L., 63, 64Diniz, G., 89

Ferreira Junior, G., 85Ferreira, G.J., 8, 10, 38Ferreira, P.Z., 45, 50Foschini, M., 47, 49, 73

Gonçalves Jr, A.A., 12Gondim, M.C., 9Guerra, J.D.S., 37, 39, 42,

53, 57, 75Guo, R., 37, 75

Hessel, S.P., 37, 75

Iwamoto, W.A., 89

Kagimura, R., 66, 80Komatsu, C.V., 8Krein, G., 6, 9

Lima, J.L.S., 55Lintz, H.S., 51

Maciel, R.P., 38, 86Maeda, I.A., 10Mariano, M.A.S., 53Marletta, A., 47, 63, 64Marques, D.M., 68Martínez, Y., 42Martinelli, M., 2Martins, G. B., 12Martins, S., 35Melo, R.S., 74Mendes, A.C.M., 56Mendonça, D.S.C., 46Messias, D.N., 56Morais, M.T., 59Moroni, F. T., 10Mota, D.C.A.M., 80Moura, B.A., 3Moura, R.M., 70

Napoli, G.F., 73Neri, H.G.F., 10, 70–72Neto, L.B., 78Neves, L.P., 44–47, 50–52,

59–61, 73

Nicodemio, K.L.N.O., 79,81

Nicodemio, R., 79, 81Nishida, K.C.A., 47, 73Nunes, N., 8, 10

Odashima, M.M., 7, 9Oliveira Junior, O.N., 47Oliveira, A.S., 48, 54, 62Oliveira, G.A., 68Oliveira, L.H., 88

Paula, A.N., 85Pereira, J.G., 11Perini, A.P., 44–47, 50, 52,

59–61Pinheiro, C.M.S., 66, 71, 72Piovesan, E., 84Pires, P.L.S., 48, 54, 62Pryjma, D., 6

Quispe, A.P.A., 39

Ramos, A.E.S., 79, 81Ramos, F.B., 41Reis, F.M., 8, 10Resende, M.A., 51Riel Neto, F., 84Rodrigues, L., 63, 64Rodrigues, R.A., 67

Saliba, H.C.G., 55Sanches, M.P., 7, 10Santos, A.B., 74, 79, 81Santos, D.M., 85Santos, L.L., 57Santos, S.M., 68, 76–78Santos, W.S., 44, 46, 52, 60,

61Sanz, L., 6Satler, L.P., 71Serrano, R.L., 87Silva Filho, A.C.R., 3Silva Neto, B.J., 47, 73Silva, A.C., 37, 75Silva, A.C.A., 45, 50Silva, A.F., 49Silva, J.F., 40Silva, J.P.M., 72

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Livro de Resumos IX SEFIS, Uberlândia, MG, Brasil Índice de autores

Silva, L.L.O., 71Silva, M.S., 58Silva, R.J.V., 44Silveira, L.M., 60, 61Soares, G.T., 48, 54, 62

Takahashi, E.K., 35, 70–72Teixeira, S.A., 51

Thesing, L., 51Torre, L.S., 9, 88Tozoni, J.R., 63, 64Tsallis, C., 2

Vedovato, U.P., 44Vernek, E., 40Vianna, N.B., 3

Watanabe, S., 45, 50

Xavier, J.C., 41, 90

Zabisky, L.F.R., 51Zanatta, B.S., 83Zanetti, T., 83Zanetti, T.C., 36

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