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  • FBULASDE

    ESOPO

    AS SESSENTA MAIS FAMOSAS FBULAS DE ESOPO

  • Pg.Nota introdutria ........................................ 4

    FBULAS Pg.1 A raposa e o corvo ..................... 82 O lobo e o cordeiro ....................... 9 3 O milhafre e os pombos ............... 104 O leo, o urso e a raposa .............. 115 O co e a sombra .......................... 126 O lobo e a cegonha ....................... 137 O javali e o burro ......................... 148 O corvo e o mexilho ...................... 159 O rato do campo e o rato da cidade 1610 O leo e o rato ................................ 1711 Os galos briges e a guia ............. 1812 A raposa e o crocodilo ................... 1913 A porca e o lobo ............................. 2014 O co e a ovelha ............................. 2115 A raposa e a cegonha .................... 2216 As rs que queriam ter um rei ...... 2317 O boi e a r .................................... 2418 O veado olhando para a gua ......... 2519 Os lobos e as ovelhas ....................... 2620 A raposa e o leo doente ................. 2721 O veado e o cavalo ........................... 2822 O cavalo e o burro carregado ......... 2923 O lavrador e a cegonha ................... 3024 A guia e o corvo ............................ 3125 O co na manjedoura ...................... 3226 O velho leo ...................................... 33

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  • 27 A raposa e a cabra ........................... 3428 O atum e o golfinho ......................... 3529 A raposa e as silvas .......................... 3630 O leo apaixonado ........................... 3731 A leoa e a raposa .............................. 3832 O veado e a cria ................................ 3933 A raposa e as uvas ............................ 4034 A viagem do co e do galo ............... 4135 A videira e a cabra ........................... 4236 O burro, o leo e o galo ................... 4337 A serpente e o caranguejo ............... 4438 O corvo e o cisne .............................. 4539 A raposa e o caranguejo .................. 4640 O pavo e a pega .............................. 4741 O leo, o burro e a raposa ............... 4842 O cabrito e lobo ................................ 4943 Os gansos e os grous ........................ 5044 O touro e a cabra ............................. 5145 A ama e o lobo .................................. 5246 A tartaruga e a guia ....................... 5347 O co mau ......................................... 5448 O pavo e o grou .............................. 5549 A raposa e o tigre ............................. 5650 O leo e os quatro touros ................ 5751 O corvo e o cntaro ............................ 5852 O leopardo e a raposa ........................ 5953 O falco e o lavrador .......................... 6054 O casamento fatal ............................... 6155 O falco e o rouxinol ......................... 6256 O gato e a raposa .............................. 6357 O lobo, o cordeiro e a cabra .............. 6458 O galo e a raposa ................................ 65

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  • 59 A raposa dentro do poo .................... 6660 O lobo e o leo ...................................... 67

    NOTA INTRODUTRIA

    Pensa-se que o presumvel autor destas fbulas, Esopo, viveu entre 620 a.C. e 560 a.C., mas no h a certeza quanto ao local onde nasceu. No se sabe se veio da Trcia, da Frigia, da Etipia, de Samos, Atenas ou Srdis, mas dizem antigos autores que ele era escravo de um cidado chamado Idamon, em Samos, na atual Grcia.

    Segundo Herdoto, que escreveu cerca de duzentos anos mais tarde, Esopo teve morte violenta, tendo sido lanado num precipcio pelo povo de Delfos. Desconhece-se, contudo, a ofensa que teria praticado. Um autor diz que foi o sarcasmo mordaz das fbulas; outro conta que ele se apropriou de dinheiros que o rei Creso, da Ldia, lhe confiara; diz ainda outra verso que Esopo roubou uma taa de prata.

    Esopo foi, indubitavelmente, libertado pelo seu senhor, Idamon, porque veio a viver na corte do rei Creso, onde conheceu o grande estadista e sbio ateniense Slon. Pisstrato, governador de Atenas, era parente de Slon, e Esopo visitou a sua corte, na qual conseguiu convencer os cidados a permitirem que o seu

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  • governador conservasse o trono. F-lo contando-lhe a fbula As rs que queriam ter um rei (fbula 16), e to grande era a eloqncia de Esopo que Pisstrato conseguiu manter-se como ditador.

    Alguns escritores negam a existncia de Esopo, e a verdade que possumos poucos pormenores da sua vida e do seu trabalho. At o seu aspecto fsico discutvel. Segundo um monge de Constantinopla, Mximo Planudes, que escreveu no sculo XIV, Esopo era um ano feio e disforme , e assim que a famosa esttua de mrmore de Villa Albani, em Roma, o representa. Mas Plutarco, escrevendo cerca de mil e trezentos anos antes, no nos diz nada acerca do seu aspecto fsico. Consta que os Atenienses erigiram uma magnfica esttua em honra de Esopo.

    Atualmente considera-se que, embora Esopo tivesse existido, ele no foi o autor das famosas fbulas que lhe so atribudas. Eram-lhe familiares, mas no escreveu nenhuma, limitando-se a contar as histrias aos outros. Na Grcia, as fbulas eram populares, como em todo o mundo do antigo. Foram-no, certamente, centenas de anos antes do tempo de Esopo.

    De fato, veio a provar-se que muitas das fbulas so muito antigas. O leo e o rato (fbula 10), por exemplo, foi encontrada num antigo papiro egpcio com milhares de anos e a fbula O rato do campo e o rato da cidade (fbula 9) encontra-se nas Stiras de Horcio.

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  • Certos estudiosos crem que todas as fbulas so de origem indiana, rabe ou persa e que Esopo se limitava a espalhar as fbulas que ouvira contar ou que conhecia h muito tempo. Nenhuma das fbulas foi descoberta em grego original e s passadas algumas centenas de anos foram compiladas. Demtrio de Falerno publicou um conjunto de fbulas nos finais do sculo IV a.C., que veio a perder-se.

    Se houvssemos de atribuir a autoria das fbulas a algum, seria talvez a Bbrio, que viveu durante o sculo III d.C., na Sria, que ento fazia parte do Imprio Romano. Bbrio escreveu em grego, mas a sua obra s foi conhecida atravs de citaes de outros escritores at 1842. Nesse ano descobriram-se num convento no monte Atos fragmentos de papiros contendo mais de duzentas fbulas, a maior parte das quais, certamente, da sua autoria. Mais tarde, descobriram-se outras seis num manuscrito existente no Vaticano.

    Cerca de cem fbulas tambm foram escritas em latim por um escravo macednico chamado Fedro, trazido para Roma no tempo de Augusto, o primeiro imperador romano. Ao chegar a Roma, Fedro foi libertado pelo imperador, mas no usou a sua liberdade com sabedoria. Numa fbula ridicularizou o grande soldado romano Sejano e foi condenado priso. Tambm cometeu erros nas suas narrativas. Por exemplo, na fbula O co e a sombra (fbula 5), o original contava que o co via o seu reflexo ao passar numa ponte; Fedro f-lo ver o seu reflexo enquanto nadava na gua.

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  • Tanto Fedro como Bbrio inspiraram-se largamente nas histrias Jataka da literatura budista, originais da ndia durante o sculo IV a.C. ou mesmo antes. Estas e outras fbulas snscritas tinham-se espalhado da ndia China, ao Tibete, Prsia e Arbia, tendo chegado Grcia em tempos remotos e incertos.

    Na Idade Mdia existiam trs coletneas das chamadas Fbulas de Esopo; uma compilada pelo monge Mximo Planudes no sculo XIV, outra publicada em Heidelberga em 1610 e um manuscrito descoberto em Florena, datando provavelmente do sculo XIII. A coletnea grega de Mximo Planudes foi publicada em Milo em 1840, com uma traduo latina de um estudioso italiano chamado Ranuzio.

    Atualmente, as fbulas de Esopo podem ser lidas em mais de duzentas e cinqenta lnguas.

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  • FBULA 1

    A raposa e o corvo

    Uma raposa viu um corvo empoleirado numa rvore, com um pedao de carne no bico, e cresceu-lhe gua na boca. A manhosa da raposa, que queria roubar a carne ao corvo, comeou a lisonjear a ave. Que lindo que tu s!, disse a raposa. Que penas delicadas! Nunca vi outras mais belas do que as tuas! Que esbelto e gracioso que s e que voz deliciosa!

    O corvo ficou muito satisfeito ao ouvir estas belas palavras e comeou a saltitar no ramo. Ento, para provar a si mesmo que tinha voz maravilhosa, abriu a boca para cantar. Imediatamente, o pedao de carne caiu-lhe da boca, mesmo na direo da raposa, que o engoliu, toda contente com a sua brilhante idia.

    MoralH no mundo poucas pessoas que no se deixem

    vencer pela lisonja.8

  • FBULA 2

    O lobo e o cordeiro

    Estava um lobo bebendo gua num rio, quando avistou um cordeiro que tambm bebia da mesma gua, um pouco mais abaixo. Mal viu o cordeiro, o lobo foi ter com ele. Que vem a ser isto, seu malandro?, disse o lobo. Que pretendes, turvando a gua para que eu no possa beb-la? Desculpa, replicou o cordeiro, mas, como eu estava bebendo mais abaixo, no pensei que pudesse sujar a gua onde tu estavas.

    O lobo estava resolvido a brigar com o cordeiro. Pode ser, disse ele mas h uns seis meses disseste mal de mim nas minhas costas, seu malvado. No pode ser, disse o cordeiro. H seis meses, eu ainda nem sequer tinha nascido! O qu?, disse o lobo. No tens vergonha? Toda a tua famlia sempre odiou a minha. Se no foste tu que disseste mal de mim, foi o teu pai! E, dizendo isto, o lobo saltou para cima do pobre cordeiro, despedaou-o e comeu-o.

    Moral

    Os que so desprovidos de sentimentos humanos raramente daro ouvidos voz da razo. Quando o poder dado crueldade e injustia, intil

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  • argumentar contra eles, porque o opressor achar sempre maneira de culpar a sua confiada vtima.

    FBULA 3

    O milhafre e os pombos

    Uns pombos, que tinham sido atacados por um falco, foram ter com um milhafre e pediram-lhe que os protegesse. O milhafre foi devidamente coroado como rei dos pombos e prometeu solenemente guardar os seus sditos. Mas, passado pouco tempo, o milhafre disse-lhes que agora era o rei e que tinha o direito de levar e comer um pombo sempre que lhe apetecesse. O resto da famlia do milhafre fez o mesmo, e os pombos depressa compreenderam que o milhafre estava causando maior perturbao em poucas semanas do que o falco causara em muitos meses. No merecemos outra coisa!, lamentaram-se os pombos. No o devamos ter deixado entrar!

    Moral

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