Liturgia i tempo litúrgico

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FACULDADE CATÓLICA DE FEIRA DE SANTANA BACHARELADO EM TEOLOGIA DISCIPLINA: LITURGIA I DOCENTE: Pe. CRISTIANO FECHINE DE HOLANDA DISCENTES: EDISANDRO DE BARROS BEZERRA JOSÉ MACHADO DIAS JOSENYDE OLIVEIRA SILVA

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FACULDADE CATÓLICA DE FEIRA DE SANTANA

BACHARELADO EM TEOLOGIA

DISCIPLINA: LITURGIA I

DOCENTE: Pe. CRISTIANO FECHINE DE HOLANDA

DISCENTES: EDISANDRO DE BARROS BEZERRA

JOSÉ MACHADO DIAS

JOSENYDE OLIVEIRA SILVA

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As atenções dos fiéis

sejam dirigidas

principalmente para

festas do Senhor, nas

quais se

celebram, durante o

ano, os mistérios da

salvação. Para que o

próprio do Tempo

obtenha seu devido

lugar acima das festas

dos santos, a fim de o

ciclo integral dos

mistérios da salvação

seja convenientemente

recordado (SC 108).

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Em outrora esse tempo foi chamado de:

cotidiano,

e tempo “depois da epifania”

“depois de pentecostes”

Modernamente o Tempo passou a ser chamado

de:

Tempus per annum ou “comum” e tempo ordinário”

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Começa na segunda-feira seguinte ao domingo do

Batismo do Senhor e se prolonga até a terça-feira

anterior à quarta de cinzas, juntando-se a segunda-

feira depois do domingo de pentecostes, para

terminar antes das primeiras vésperas do I domingo

do advento (cf. NUALC 44)

O fato de abranger trinta e três ou trinta e quatro

semanas depende do término do ciclo Natal-

epifania.

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Esse tempo foi uma “verdadeira célula do ano

eclesiástico”, anterior à diversificação das festas e dos

ciclos do que mais tarde se chamou o Próprio do

Tempo. Com efeito, segundo os mais antigos

manuscritos do epistolário e do Evangeliário romanos

da missa, as séries de epístolas e de evangelhos que

ocupam os domingos que vêm depois da Epifania e de

pentecostes se encontram entre os substratos anteriores

ao século VI, quando ainda não se havia introduzido

em Roma o tempo da septuagésima.

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O Concilio Vaticano II quis restaurar a importância

do “ciclo inteiro do mistério salvífico” para que o

próprio do tempo sobressaísse devidamente acima do

santoral (cf. SC 108). Com esse princípio, o Vaticano

II propôs também a revalorização do domingo como

dia do Senhor, núcleo e fundamento do ano litúrgico

(SC 106). Isto é justamente o que pretende o tempo

“comum”. Diante dos olhos dos fiéis se desenvolvem

os episódios da vida histórica do Filho de Deus na

terra, cada uma de suas palavras, gestos ou atos, que

têm sua recapitulação na páscoa.

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O Tempo Comum é um tempo privilegiado em que

a comunidade aprofunda o mistério pascal;

assimila e interioriza a Palavra de Deus no

contexto da história; cultiva o compromisso

batismal, lembrado e celebrado na Vigília Pascal.

Nesta perspectiva, o domingo deve ser lembrado e

cultivado como páscoa semanal, dia da assembleia

e dia da Eucaristia.

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No tempo Comum, fazemos a leitura contínua da

Sagrada Escritura pela qual revivemos, nos diversos

domingos, os inesgotáveis aspectos do mistério pascal

de Cristo. Esses domingos recebem sua força ou sua

espiritualidade de duas fontes: dos tempos fortes e dos

próprios domingos. Assim, o Tempo Comum é vivido

como prolongamento do respectivo tempo forte. Na

primeira parte do tempo Comum, partimos da vida que

nasceu no Natal e manifestou-se na Epifania e, para

produzir frutos, necessita da ação do Espírito Santo

que age no batismo de Jesus. Batizados com o Espírito

Santo, produzimos, como Igreja, bons frutos.

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Celebra-se no primeiro

domingo depois de

Pentecostes

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A devoção à Santíssima Trindade teve início

na Idade Média, espalhando-se a festa na

época carolíngia. O papa João XII a

introduziu no calendário romano em

1334, embora somente tenha alcançado uma

difusão verdadeiramente universal em 1570

através do Missal promulgado por são Pio V.

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A festa começou a ser

celebrada em Liège, em

1246. O papa Urbano IV a

estendeu à Igreja

Universal em

1264, dotando-a de missa e

ofício próprio.

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O culto litúrgico ao

Sagrado Coração de Cristo

na sexta-feira seguinte à

oitava do Corpus Christi

teve início no século XVII

com são João Eudes (+

1680) e santa Margarida

Maria Alacoque (+ 1690).

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Embora a devoção remonte aos séculos XIII e

XIV, recebendo a primeira aprovação pontifícia

um século mais tarde. Em 1856, o papa Pio IX

estendeu a festa a toda a Igreja, e em 1928 Pio XI

lhe deu a máxima categoria litúrgica. A reforma

pós-conciliar renovou profundamente seus textos

com base no formulário da missa composto por

ordem de Pio XI.

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A festa foi instituída para

o último domingo de

outubro pelo papa Pio

XI, na encíclica Quas

Primas, de 11 de

dezembro de 1925.

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Foi introduzida na

Espanha em 1973 e

tem textos próprios

para a missa e para o

ofício.

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As “festas fixas" são aquelas cujas datas

de comemoração não

variam, permanecem sempre imutáveis

conforme estabelece o Calendário

Romano Geral. São tipificadas por

festa ou solenidade.

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MÊS Dia (s) comemorativo (s) e celebração Tipificação

Janeiro

1. - Santa Maria, Mãe de Deus Solenidade 6. - Epifania (com. no Domingo) Solenidade Entre 9 e 13 - Batismo do Senhor (com. no Domingo) Festa 25. - Conversão de São Paulo Apóstolo Festa

Fevereiro 2. - Apresentação do Senhor Festa

22. - Cátedra de São Pedro, Apóstolo Festa

Março 19. - São José, Esposo de Nossa Senhora Solenidade 25. - Anunciação do Senhor Solenidade

Abril 25. - São Marcos Evangelista Festa

Maio

3. - São Filipe e São Tiago, Apóstolos Festa

14. - São Matias, Apóstolo Festa

Festa 31. - Nossa Senhora Rainha (Visitação de Nossa Senhora)

Junho 24. - Nascimento de São João Batista Solenidade 29. - São Pedro e São Paulo, Apóstolos Solenidade

Julho 3. - São Tomé, Apóstolo Festa

25. - São Tiago, Apóstolo Festa

Agosto

6. - Transfiguração do Senhor Festa

10 - São Lourenço, Diácono e Mártir Festa 15 - Assunção de Nossa Senhora Solenidade 23 - Santa Rosa de Lima, Virgem Festa 24 - São Bartolomeu, Apóstolo Festa

Setembro

8. - Natividade de Nossa Senhora Festa

14.- Exaltação da Santa Cruz Festa 21. - São Mateus, Apóstolo e Evangelista Festa 29. - São Miguel, São Gabriel e São Rafael Arcanjos Festa

Outubro 18. - São Lucas Evangelista Festa 28. - São Simão e São Judas, Apóstolos Festa

Novembro

1. - Todos os Santos Solenidade

2. - Comemoração dos Fiéis Defuntos (Finados) Solenidade 9. - Dedicação da Basílica do Latrão Festa 30. - Santo André, Apóstolo Festa Cristo, Rei do Universo (Último Domingo do tempo comum) Solenidade

Dezembro

8. - Imaculada Conceição de Nossa Senhora Solenidade 12. - Nossa Senhora de Guadalupe Festa 25. - Natal do Senhor Solenidade 26. - Santo Estevão, primeiro Mártir Festa 27. - São João, Apóstolo e Evangelista Festa 28. - Santos Inocentes Mártires Festa Sagrada Família - Dentro da Oitava do Natal, ou na sua falta, dia 30 Festa

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No oriente é conhecida

como festa do Hypapante

(encontro) entre o Senhor e

seu povo.

Sua celebração no ocidente

teve inicio em Roma, no

século Vl. O papa Sérgio I

(687-701) deu-lhe um

caráter mariano e dotou-a

de uma procissão como em

outras festas marianas.

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A festa descreve o acontecimento

narrado por Lc 2,22-40 que

destaca a entrada do Senhor no

templo e seu encontro com os

anciãos que representam o antigo

Israel.

Chama-a de “Quadragésima da

epifania” e celebrava-se em 14 de

fevereiro, dado que o natal era

celebrado em 06 de janeiro. Com

Justino l (527-565) tornou-se dia

festivo com o nome Hypapante e

foi colocada no dia 2 de fevereiro.

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É uma festa conjunta do

Senhor e de Maria.

Com um forte acento

mariano, é chamada

“anunciação da Santíssima

Mãe de Deus e Sempre

Virgem Maria” pela liturgia

bizantina, e “Anunciação de

Santa Maria Mãe de Nosso

senhor Jesus Cristo” pelos

antigos sacramentos romanos.

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A festa é posterior a do Natal, sua

intenção original foi, a comemoração da

concepção virginal de Jesus, nove meses

antes do nascimento (tempo do

advento).

Em Jerusalém é conhecida um século

mais tarde pelas homilias de São

Sofrônio, e, em Roma, pela procissão

estabelecida pelo papa Sérgio (séc. III).

A noticia da festa chegou à Espanha

durante o concilio de Toledo X (656), e

foi introduzida no dia 18 de dezembro.

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A data 25 de março une-se á de 25 de

dezembro, enquanto correlativas (nove

messes da concepção ao nascimento). Mas

25 de março tinha outras ressonâncias:

equinócio da primavera, referencia à

criação do mundo e à comemoração da

morte de Jesus. O dia implicaria uma

perfeição simbólica, em correspondência

com a perfeição do corpo de Jesus (nele

coincidiria a data de sua concepção, a de

seu nascimento e a de sua morte).

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As leituras do missal atual são as mesmas

de 1570: Is 7,10-14 que apresenta o

nascimento extraordinário do

Emmanuel, de uma virgem e o evangelho

de Lc 1,26-38 que mostra Cristo dando

cumprimento, na plenitude dos tempos, à

profecia de Isaías com a cooperação de

Maria incluindo-se atualmente também Hb

10,4-10 que exibe a vida de Jesus guiada

por obediência plena ao Pai que culmina

em si o cumprimento de todas as promessas

na oferenda da cruz.

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Essa festa tem como base a

narração comum dos sinóticos (Mt

17,1-8; Mc 9,2-9 e Lc 9,2-28-36).

Originou-se na Igreja armênia no

tempo de São Gregório

Iluminador (século lV), embora o

testemunho mais antigo venha da

Síria oriental (séc V-Vl). Na

Espanha, é celebrada desde o séc

X, espalhando-se por todo o

Ocidente por obra de São Pedro, o

Venerável.

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O missal de 1570 apresentava duas

leituras: 2Pd 1,16-19 e Mt 17,1-9.

O lecionário atual oferece duas

leituras invariáveis : (Dn 7,9-10.

13-14 e 2Pd1,16-19) e para cada

ciclo um dos três evangelhos

sinóticos. Para o Ciclo A é Mt

17,1-9; para o B, Mc 9,2-10; para o

C, Lc 9,28-36. O tema central é o

da missão de Jesus que passa do

sofrimento e da morte à glória da

ressurreição.

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O acontecimento da

transfiguração, oferecido aos fiéis

em seu caminhar para a

páscoa, derrama luz sobre sua vida

de configuração com Cristo, nos

sacramentos e no resto da vida

Cristã. Para os orientais, essa

festa, é celebrada em 6 de

agosto, tem solenidade semelhante

à de pentecostes e da epifania.

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Os primeiros indícios de uma festa da

exaltação da cruz remontam à primeira

metade do séc. lV. Segundo a “crônica de

Alexandria”, Helena redescobre a cruz do

Senhor em 14 de setembro de 320. Em 13 de

setembro de 335 teve lugar a consagração das

basílicas da “Anastácis” (ressureição) e do

“Martirium” (da cruz), sobre o Gólgota. Em

14 de setembro do mesmo ano expôs-se

solenemente à veneração dos fiéis a cruz do

Senhor redescoberta. Sobre esse fato apoia-se

a comemoração anual, cuja celebração é

atestada para Constantinopla no séc. V e para

Roma em fins do séc. VII.

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As Igrejas de Jerusalém, Roma e

Constantinopla, (“exaltation”) em 14 de

setembro.

O tema central é o da glória na paixão de

Jesus Cristo.

As leituras do missal de 1570 eram: Fl 2,5-

11 e Jo 12,31-36. O lecionário atual propõe

três: Nm 21,4-9; Fl 2,6-11 e Jo 3,13-

17, (prefácio) de uma antítese da arvore do

paraíso (portadora da morte) à da cruz

(geradora de vida). Numa reinou a

desobediência de Adão, na outra a

obediência de Jesus. Assim se insere o

mistério da cruz na história da salvação.

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A morte do Senhor na cruz foisimultaneamente o seu triunfo e sacrifício.Ele o predissera na véspera da Paixão: “Éagora que o príncipe deste mundo vai serlançado fora: e quando eu Me elevar daTerra, tudo atrairei a Mim”. São Pauloconstata-o por seu lado ao salientar que aexaltação de Cristo assenta no sofrimento etira para nós a consequência: “Devemosgloriar-nos na Cruz de Nosso Senhor JesusCristo”.

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A festa da catedral de Roma, caput etmater omnium Ecclesiarum, levantada nolocal da residência da esposa deConstantino. Foi dedicada por volta doano 324 ao Salvador e, posteriormente, aSão João Batista e a São João evangelista.Desde o século Xl o aniversário foi fixadono dia 9 de novembro e é celebrado noâmbito da liturgia romana.

Urbe et Orbe” (Urbe = cidade eOrbe=restante). Esta festa também écelebrada no intuito de festejar o amor eunidade para com a Cátedra de Pedro quecomo escreveu Santo Inácio deAntioquia, “preside a Assembleiauniversal da caridade”

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A liturgia está centrada nosimbolismo do edifícioeclesial (1Cor 3, 16-17; 1Pd2,5). Entre os textoseucológicos sobressai oprefácio sobre o mistério daIgreja, esposa de Cristo etemplo do Espirito. O oficiodivino da dedicação éextraordinariamente rico porcausa dos salmos própriosalusivos aJerusalém, imagem da Igrejade Cristo, onde sobressaemas leituras bíblicas, 1Pd 2,1-

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AUGÉ, Matias. Liturgia: História, celebração, teologia e

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LÓPEZ MARTIN, Julián. A liturgia da Igreja:

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