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Demografia Brasileira Questão 1) “O período entre o final do século XIX e o início do século XX foi de intenso fluxo migratório em todo o mundo; no entanto, muitos países passaram a restringir a entrada de imigrantes japoneses, justificando que estes concorriam com a mão de obra local e prejudicariam o mercado de trabalho. Na verdade, havia um grande preconceito racial contra os orientais nessa época. Na imprensa, nos meios políticos e nos locais onde se debatia a opinião pública, houve um intenso debate acerca da imigração oriental. Influenciados pela campanha antinipônica e pelas ideias racistas que circulavam no mundo, muitos cafeicultores, políticos e intelectuais brasileiros enxergavam os orientais como “racialmente inferiores” e preferiam trazer trabalhadores brancos e europeus, a fim de “branquear” a população mestiça brasileira. Esse retrospecto contraria o mito do Brasil republicano como um “paraíso inter-racial”.” http://www.bv.sp.gov.br. Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Disponível em: Acesso em: 5 nov. 2008 (adaptado). Entre os principais líderes brasileiros, a introdução do imigrante japonês estava longe de ser uma unanimidade. Segundo o texto, essa controvérsia tem origem a) no intenso fluxo migratório de europeus para a América do Norte. b) na ausência de motivos que justificassem a restrição à imigração japonesa. c) no medo de que a miscigenação com os japoneses comprometesse o mercado de trabalho brasileiro. d) no preconceito racial contra os orientais e na preferência por imigrantes brancos e europeus, que possibilitariam o branqueamento da população mestiça. e) na ideia de que o Brasil, por ser um país republicano, valorizava a miscigenação entre mestiços e japoneses. Questão 2) O processo de concentração urbana no Brasil em determinados locais teve momentos de maior intens idade e, ao que tudo indica, atualmente passa por uma desaceleração no ritmo de crescimento populacional nos grandes centros urbanos. BAENINGER, R. Cidades e metrópoles: a desaceleração no crescimento populacional e novos arranjos regionais. Disponível em: www.sbsociologia.com.br. Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado). Uma causa para o processo socioespacial mencionado no texto é o(a) a) carência de matérias-primas. b) degradação da rede rodoviária. c) aumento do crescimento vegetativo. d) centralização do poder político.

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Demografia Brasileira

Questão 1)

“O período entre o final do século XIX e o início do século XX foi de intenso fluxo migratório em todo o

mundo; no entanto, muitos países passaram a restringir a entrada de imigrantes japoneses, justificando que estes

concorriam com a mão de obra local e prejudicariam o mercado de trabalho. Na verdade, havia um grande

preconceito racial contra os orientais nessa época. Na imprensa, nos meios políticos e nos locais onde se debatia

a opinião pública, houve um intenso debate acerca da imigração oriental. Influenciados pela campanha

antinipônica e pelas ideias racistas que circulavam no mundo, muitos cafeicultores, políticos e intelectuais

brasileiros enxergavam os orientais como “racialmente inferiores” e preferiam trazer trabalhadores brancos e

europeus, a fim de “branquear” a população mestiça brasileira. Esse retrospecto contraria o mito do

Brasil republicano como um “paraíso inter-racial”.”

http://www.bv.sp.gov.br. Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Disponível em: Acesso em: 5 nov. 2008 (adaptado).

Entre os principais líderes brasileiros, a introdução do imigrante japonês estava longe de ser uma unanimidade.

Segundo o texto, essa controvérsia tem origem

a) no intenso fluxo migratório de europeus para a América do Norte.

b) na ausência de motivos que justificassem a restrição à imigração japonesa.

c) no medo de que a miscigenação com os japoneses comprometesse o mercado de trabalho brasileiro.

d) no preconceito racial contra os orientais e na preferência por imigrantes brancos e europeus, que

possibilitariam o branqueamento da população mestiça.

e) na ideia de que o Brasil, por ser um país republicano, valorizava a miscigenação entre mestiços e japoneses.

Questão 2)

O processo de concentração urbana no Brasil em determinados locais teve momentos de maior intens idade e,

ao que tudo indica, atualmente passa por uma desaceleração no ritmo de crescimento populacional nos grandes

centros urbanos.

BAENINGER, R. Cidades e metrópoles: a desaceleração no crescimento populacional e novos arranjos regionais. Disponível em: www.sbsociologia.com.br. Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).

Uma causa para o processo socioespacial mencionado no texto é o(a)

a) carência de matérias-primas.

b) degradação da rede rodoviária.

c) aumento do crescimento vegetativo.

d) centralização do poder político.

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e) realocação da atividade industrial.

Questão 3)

No intervalo de apenas um ano, os brasileiros ganharam, em média, quase quatro meses a mais de expectativa

de vida. Segundo informes do IBGE divulgados ontem, a esperança de vida ao nascer da população do Brasil

atingiu 74,9 anos em 2013, três meses e 15 dias a mais do que em 2012. [...] As informações estão nas Tábuas

Completas de Mortalidade do Brasil de 2013, que apresentam as expectativas de vida às idades exatas até os 80

anos.

Disponível em: <http://goo.gl/QqpzSX>. Acesso em: 2 dez. 2014. (adaptado)

A ampliação da expectativa de vida da população, expressa pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE), demonstra uma evolução demográfica brasileira que poderá impactar

a) na redução de gastos públicos em geral, principalmente no setor de saúde e educação, ostentando

investimentos no mercado de trabalho e no setor de infraestrutura.

b) na renovação da mão de obra qualificada, ampliando-se o trabalho na terceira idade e arrecadando

investimentos no setor previdenciário.

c) no processo de mecanização do mercado e na terceirização da mão de obra, ocorrendo uma

menor flexibilização nas relações trabalhistas e atenuando os problemas de desemprego.

d) no aumento de gastos no setor de saúde pública e em uma possível reforma previdenciária, a fim de reduzir os

déficits no setor, dado o aumento significativo de aposentados.

e) na ampliação de investimentos na educação de base, proporcionando grande desenvolvimento de mão

de obra qualificada e consequente melhora na situação do brasileiro em geral.

Questão 4)

Trata-se de um gigantesco movimento de construção de cidades, necessário para o assentamento

residencial dessa população, bem como de suas necessidades de trabalho, abastecimento, transportes, saúde,

energia, água etc. Ainda que o rumo tomado pelo crescimento urbano não tenha respondido satisfatoriamente a

todas essas necessidades, o território foi ocupado e foram construídas as condições para viver nesse espaço.

MARICATO, E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis: Vozes, 2001.

A dinâmica de transformação das cidades tende a apresentar como consequência a expansão das

áreas periféricas pelo(a)

a) crescimento da população urbana e aumento da especulação imobiliária.

b) direcionamento maior do fluxo de pessoas, devido à existência de um grande número de serviços.

c) delimitação de áreas para uma ocupação organizada do espaço físico, melhorando a qualidade de vida.

d) implantação de políticas públicas que promovem a moradia e o direito à cidade aos seus moradores.

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e) reurbanização de moradias nas áreas centrais, mantendo o trabalhador próximo ao seu emprego, diminuindo

os deslocamentos para a periferia.

Questão 5)

Composição da população residente urbana por sexo,

segundo os grupos de idade - Brasil - 1991/2010

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991/2010

Composição da população residente rural por sexo,

segundo os grupos de idade - Brasil - 1991/2010

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991/2010

BRASIL. IBGE. Censo demográfico 1991-2010. Rio de Janeiro, 2011.

A interpretação e a correlação das figuras sobre a dinâmica demográfica brasileira demonstram um(a)

a) menor proporção de fecundidade na área urbana.

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b) menor proporção de homens na área rural.

c) aumento da proporção de fecundidade na área rural.

d) queda da longevidade na área rural.

e) queda do número de idosos na área urbana.

Questão 6)

Paisagem de uma metrópole brasileira

Fonte: Tuca Vieira. Disponível em: www.tucavieira.com.br. Acessado em: 10 jun. 2014.

a) A organização do espaço geográfico nas metrópoles brasileiras caracteriza-se, na atualidade, pela tendência à

homogeneização da formas de habitar, em função da existência de políticas urbanas e sociais exitosas.

b) Os moradores do condomínio fechado e os moradores da favela compartilham áreas comuns de lazer, fato que

expressa o enfraquecimento dos conflitos entre as diferentes classes sociais na metrópole.

c) A concentração da riqueza permite a uma pequena parcela da sociedade viver em condomínios fechados de

alto padrão, que, fortificados por aparatos de segurança, aprofundam a fragmentação do espaço urbano.

d) A favela é um espaço monofuncional, exclusivamente residencial, desprovido de serviços urbanos básicos

como energia elétrica, água, saneamento, limpeza e, portanto, equilibradamente coeso à malha urbana.

e) O contraste visível na paisagem revela a influência da topografia como fator limitante da produção do espaço

geográfico.

Questão 7)

Entre os séculos XIX e XX, a razão principal para incentivar a vinda de imigrantes para o Brasil, uma iniciativa do

Estado e de particulares (principalmente fazendeiros), foi a necessidade de conseguir mão de obra para a

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expansão da lavoura cafeeira. O gráfico a seguir representa as quantidades, em milhares, de imigrantes que

entraram no Brasil, nos séculos XIX e XX.

Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 18 out. 2008 (adaptado).

Correlacionando a imigração para o Brasil com os outros eventos históricos registrados no gráfico, conclui-se que

a) as políticas de incentivo à migração, no século XIX, não conseguiram incrementar a migração que ocorreu no

século XX.

b) a imigração para o Brasil, entre 1850 e 1930, foi estimulada pela Primeira Guerra Mundial, quando a

população europeia fugia do conflito.

c) o país passou por um período de significativo crescimento econômico, desde o fim da Segunda Guerra até a

década de 1970, mas deixou de atrair grandes fluxos migratórios.

d) o período estável de ocorrência do fluxo migratório para o Brasil coincide com a expansão da lavoura cafeeira.

e) o Governo Vargas, percebendo que o número de empregos era insuficiente para a mão de obra no país, criou,

em 1934, a Lei de Cotas de Imigração, o que resultou em um decréscimo na imigração.

Questão 8)

De todas as transformações impostas pelo meio técnico-científico-informacional à logística de

transportes, interessa-nos mais de perto a intermodalidade. E por uma razão muito simples: o potencial que tal

“ferramenta logística” ostenta permite que haja, de fato, um sistema de transportes condizente com a escala

geográfica do Brasil.

HUERTAS, D. M. O papel dos transportes na expansão recente da fronteira a grícola brasileira. Revista Transporte y Territorio, Universidade de Buenos Aires, n. 3, 2010 (adaptado).

A necessidade de modais de transporte interligados, no território brasileiro, justifica-se pela(s)

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a) variações climáticas no território, associadas à interiorização da produção.

b) grandes distâncias e a busca da redução dos custos de transporte.

c) formação geológica do país, que impede o uso de um único modal.

d) proximidade entre a área de produção agrícola intensiva e os portos.

e) diminuição dos fluxos materiais em detrimento de fluxos imateriais.

Questão 9)

A União Europeia é a primeira potência comercial do mundo, representando 20% do volume total das

importações e das exportações a nível mundial. O bloco conseguiu em sua experiência mostrar que pelo comércio

se pode alcançar a paz sendo esta uma ponte de entendimento e de interdependência que põe fim a qualquer

imperialismo mais belicoso que se possa desenvolver no horizonte.

Ainda que o sistema capitalista seja uma invenção que se tornou organizada e conhecida a partir de moldes

ocidentais europeus, o capitalismo que leva essas nações à paz e ao desenvolvimento não é exatamente o

mesmo. O capitalismo praticado em países como Dinamarca, Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia se distingue de

outros por sua ênfase na participação da força de trabalho, promovendo igualdade de gênero, igualitarismo

social, extensos níveis de benefícios, grande magnitude de redistribuição da riqueza e uso liberal da política fiscal

expansionista. Às vezes confundido pelos norte-americanos como socialista e simultaneamente criticado pelos

seus cidadãos como excessivamente capitalista, esse modelo capitalista poderia ser mais bem descrito como uma

busca pelo equilíbrio. Não é nem totalmente capitalista nem totalmente socialista, é a tentativa de fundir os

elementos mais desejáveis de ambos em um sistema “híbrido”.

(Adaptado)

O modelo capitalista descrito pelas citações no texto é muitas vezes conhecido como

a) Laissez-faire.

b) Neoliberalismo.

c) Capitalismo Nórdico.

d) Capitalismo Anglo-Saxão.

e) Capitalismo de Austeridade.

Questão 10)

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Disponível em: <http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2011/01/25/> Acesso em: 10 ago. 2013.

O mundo atual pode ser dividido em países desenvolvidos, ou do Norte, e países subdesenvolvidos, ou do Sul. Os

emergentes, como a China, configuram-se como uma exceção dessa divisão. A respeito das relações comerciais e

econômicas entre os países atualmente, tendo por base o gráfico, conclui-se que

a) infere-se do gráfico acima que, em 2015, o PIB norte-americano será reduzido a 50% dos valores

correspondentes a 2008, elevando a China à condição de maior potência econômica mundial.

b) no início dos anos 1980, o governo chinês criou as Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), cujo objetivo era atrair

pequenos proprietários rurais para se tornarem empresários industriais com apoio estatal.

c) considerando a posição geográfica da China e sua proximidade com o oceano Pacífico, a maior concentração

industrial restringe-se à sua costa oeste.

d) as exportações chinesas tiveram grande crescimento na última década, particularmente após sua entrada na

Organização Mundial do Comércio, no final de 2001.

e) considerando o PIB das duas economias, conforme dados apresentados no gráfico acima, China e Esta dos

Unidos atualmente estão inseridos no sistema do capitalismo informacional, ou seja, aquele em que as relações

de trabalho e de produção são previstas no chamado plano quinquenal.

Questão 11)

A moderna “conquista da Amazônia” inverteu o eixo geográfico da colonização da região. Desde a

época colonial até meados do século XIX, as correntes principais de população movimentaram-se no sentido

Leste-Oeste, estabelecendo uma ocupação linear articulada. Nas últimas décadas, os fluxos migratórios passaram

a se verificar no sentido Sul-Norte, conectando o Centro-Sul à Amazônia.

OLIC, N. B. Ocupação da Amazônia, uma epopeia inacabada. Jornal Mundo, ano 16, n. 4, ago. 2008 (adaptado).

O primeiro eixo geográfico de ocupação das terras amazônicas demonstra um padrão relacionado à criação de

a) núcleos urbanos em áreas litorâneas.

b) centros agrícolas modernos no interior.

c) vias férreas entre espaços de mineração.

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d) faixas de povoamento ao longo das estradas.

e) povoados interligados próximos a grandes rios.

Questão 12)

A GEOPOLÍTICA DO ESTADO

Na Amazônia brasileira, o Estado favoreceu a economia urbana para fins geopolíticos. O mais flagrante caso

moderno foi a criação de uma área na qual o Estado tentou pela primeira vez introduzir a substituição de

importações. Ao conceder incentivos fiscais federais e estaduais à produção empresarial de bens de consumo

inéditos ou de produção inexpressiva no Brasil, o Estado teve claro objetivo geopolítico, implantando uma

economia industrial em meio a uma região dominada ainda por uma economia mercantil em área pouco povoada

e com um passado de disputas.

Fonte: BECKER, B. A urbe amazônida. Rio de Janeiro: Garamond, 2013, p. 44 (adaptado).

Essa área criada pelo Estado, no final da década de 1960, pertence ao seguinte empreendimento regional:

a) Projeto Calha Norte.

b) Zona Franca de Manaus.

c) Rodovia Transamazônica.

d) Programa Grande Carajás.

e) Programa ALBRAS-ALUNORTE.

Questão 13)

Observe o gráfico a seguir

Disponível em: http://tinyurl.com/pvevltq. Acesso em: 14 set. 2014.

A taxa de fecundidade da mulher brasileira decaiu significativamente nas últimas décadas. Nenhum país no

mundo apresentou tão rápido decréscimo. O país está caminhando em direção às famílias de filho único.

Muitas são as causas dessa queda da natalidade, destacando-se

a) desenvolvimento econômico – êxodo urbano.

b) violência urbana – influência religiosa.

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c) diminuição dos registros de divórcio – menor número de casamentos.

d) crises econômicas na década de 1960 – crescimento da expectativa de vida.

e) maior participação da mulher no mercado de trabalho – maior oferta de métodos anticonceptivos.

Questão 14)

São Paulo, o estado mais industrializado do Brasil, foi o que mais perdeu espaço na produção da

indústria nacional, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De 2001 a 2011, a

participação de São Paulo no Produto Interno Bruto (PIB) industrial teve a maior queda, de 7,7%. Do outro lado, a

maior alta no período foi no estado do Rio de Janeiro, com 2,5%.

A conclusão do estudo “Perfil da Indústria nos Estados” é que está ocorrendo desconcentração da indústria

no país, com maior distribuição das empresas no território nacional. “Ainda temos indústria bastante

concentrada na Região Sudeste, mas o que estamos percebendo é a queda na participação de São Paulo no PIB

industrial e um crescimento do Rio de Janeiro, Minas Gerais e, também, nas regiões Centro-Oeste, Norte e

Nordeste”, afirmou o gerente de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca.

ALEGRETTI, Laís. CNI: SP lidera queda na participação do PIB industrial. A Tarde, Salvador, 6 nov. 2014. Seção Economia & Negócios.

Disponível em: <http://atarde.uol.com.br>. Acesso em: 26 jun. 2015. (adaptado)

O texto retrata uma tendência relacionada à industrialização brasileira. O estado de São Paulo já vivencia esse

fenômeno por conta

a) da ineficiência dos transportes nas principais capitais da Região Sudeste.

b) da sua elevada concentração de capital e consequente desvalorização dos imóveis.

c) da procura por espaços onde há melhor infraestrutura urbana, como Recife e Fortaleza.

d) do oferecimento de vantagens por outros estados da federação, resultante da guerra fiscal.

e) do desenvolvimento de novos polos tecnológicos na Região Norte e sua mão de obra qualificada.

Questão 15)

São Paulo perde pontos em ranking das cidades globais

Motivos para a baixa colocação da cidade são: falta de infraestrutura,

violência, poluição e corrupção

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Apesar de ser a 6a economia do planeta, o Brasil tem sua maior cidade, São Paulo, em 33o lugar no ranking das cidades

globais, segundo pesquisa da empresa de consultoria em gestão AT Kearney, que será divulgada hoje.

Disponível em: <http://sao-paulo.estadao.com.br.>

A reportagem relaciona São Paulo, a maior cidade do Brasil, com uma forma de regionalização urbana conhecida como cidades globais e

destaca a baixa colocação de uma das maiores metrópoles da América.

A definição de cidade global engloba critérios específicos, tais como

a) uma população igual ou superior a 10 milhões de habitantes; sede de empresas multinacionais com polarização intensa no país;

população com acesso à água potável, saneamento básico e saúde; existência de meios de transporte e de comunicação públicos.

b) o número de corporações globais no local; negócios gerados pela cidade e fluxo de produtos ao exterior; acesso da população à

informação por TV, rádio e internet banda larga; quantidade de museus e galerias e como a cidade se relaciona com o mundo.

c) o número de corporações globais no local; sofrer de macrocefalia e, em alguns casos, de bicefalia urbana; acesso da população à

informação por TV e rádio; quantidade de museus e galerias e o modo como a cidade se relaciona com o mundo.

d) a existência obrigatória de megalópoles que sejam formadas pela conurbação de pelo menos três grandes metrópoles,

concomitantemente; a existência de grandes polos de tecnologia nacionais; a mínima influência de outras nações na economia nacional.

e) um total populacional que não ultrapasse os cinco milhões de habitantes; elevados índices de desenvolvimento humano (IDH);

preocupação governamental e por parte dos cidadãos para com a preservação do meio ambiente.

Questão 16)

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BETHELL, Leslie (ed.). The Cambridge History of Latin America (adaptado).

Os dados apresentados na tabela anterior se explicam, dentre outros fatores,

a) pela industrialização significativa em estados do Nordeste do Brasil, sobretudo aquela ligada a bens de

consumo.

b) pela forte demanda por força de trabalho criada pela expansão cafeeira nos estados do Sudeste do Brasil.

c) pela democracia racial brasileira, a favorecer a convivência pacífica entre culturas que, nos seus continentes

de origem, poderiam até mesmo ser rivais.

d) pelos expurgos em massa promovidos em países que viviam sob regimes fascistas, como Itália, Alemanha e

Japão.

e) pela supervalorização do trabalho assalariado nas cidades, já que no campo prevalecia à mão de obra de

origem escrava, mais barata.

Questão 17)

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Fonte: Incra, Estatísticas cadastrais 1998.

O gráfico representa a relação entre o tamanho e a totalidade dos imóveis rurais no Brasil. Que característica da

estrutura fundiária brasileira está evidenciada no gráfico apresentado?

a) A concentração de terras nas mãos de poucos.

b) A existência de poucas terras agricultáveis.

c) O domínio territorial dos minifúndios.

d) A primazia da agricultura familiar.

e) A debilidade dos plantations modernos.

Questão 18)

Na ótica de Harvey (1992), teria ocorrido uma mudança abissal nas práticas políticas, econômicas, sociais,

culturais etc. que poderiam tratar da transição da Modernidade à Pós-Modernidade, onde se estaria verificando a

emergência de modos flexíveis de acumulação do capital e um novo ciclo “compressão do tempo-espaço” na

organização do capitalismo. Assim, essas mudanças mais seriam transformações de aparência superficial do que

sinais de surgimento de alguma sociedade pós-capitalista ou mesmo pós-industrial inteiramente nova.

O que havia de especial no fordismo era a visão de que produção em massa significava consumo em

massa, um novo sistema de reprodução da força de trabalho, uma nova política de controle e gerência do

trabalho. Os movimentos populacionais, associados a essa etapa de desenvolvimento do capital, aparecem pela

necessidade de produção e consumo em massa, bem como da rotatividade da força de trabalho, aspectos

intrínsecos ao regime fordista, que geravam a migração e mobilizavam um exército industrial de reserva.

OLIVEIRA, Luiz Antônio Pinto de; OLIVEIRA, Antônio Tadeu Ribeiro de (Org.). Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2011. (Série Estudos e Análises).

Analisando as migrações no Brasil no decorrer da década de 1940, pode-se inferir que

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a) os deslocamentos migratórios ao longo da década de 1940 foram responsáveis pela industrialização

do Sudeste e planejados pelo governo.

b) o fluxo migratório interno brasileiro está relacionado aos fatores religiosos e culturais, seguindo assim

uma tendência de atração no Sudeste brasileiro.

c) a forte concentração industrial no eixo sudeste do Brasil ocasionou um intenso fluxo migratório

responsável pela hipertrofia de São Paulo e Rio de Janeiro.

d) a organização fordista do espaço-produtivo manteve em baixa os fluxos migratórios em direção ao Sudeste até

a década de 1970, com a necessidade de mais mão de obra sendo ampliada desde então.

e) a Lei de Cotas de Imigração, criada no governo de Vargas em 1934, foi fundamental para selecionar melhor a

mão de obra qualificada, sendo assim, São Paulo e Rio de Janeiro irão receber grande fluxo de mão de obra com

elevada qualificação, desenvolvendo suas indústrias.

Questão 19)

A soma do tempo gasto por todos os navios de carga na espera para atracar no porto de Santos é igual a 11

anos — isso, contando somente o intervalo de janeiro a outubro de 2011. O problema não foi registrado somente

neste ano. Desde 2006 a perda de tempo supera uma década.

Folha de S. Paulo, 25 dez. 2011 (adaptado).

A situação descrita gera consequências em cadeia, tanto para a produção quanto para o transporte. No que se

refere à territorialização da produção no Brasil contemporâneo, uma dessas consequências é a

a) realocação das exportações para o modal aéreo em função da rapidez.

b) dispersão dos serviços financeiros em função da busca de novos pontos de importação.

c) redução da exportação de gêneros agrícolas em função da dificuldade para o escoamento.

d) priorização do comércio com países vizinhos em função da existência de fronteiras terrestres.

e) estagnação da indústria de alta tecnologia em função da concentração de investimentos na infraestrutura de

circulação.

Questão 20)

Observe o gráfico a seguir.

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Fonte: IBGE

Analisando os dados, aliados ao conhecimento referente ao Índice GINI (indicador que mede a concentração de

renda), pode-se concluir que

a) a desigualdade econômica e social no Brasil é semelhante à dos demais países desenvolvidos do mundo. Essa

desigualdade independe do grau de desenvolvimento de um país.

b) a desigualdade social no Brasil aumentou significativamente na última década em decorrência do crescimento

econômico do país.

c) as maiores desigualdades sociais no mundo encontra m-se em países do Leste Europeu, visto que o socialismo

predominante na região ao longo das últimas décadas gerou grande concentração de renda.

d) apesar de o Brasil estar entre os países com maior desigualdade social no mundo, a concentração de renda

diminuiu na última década.

e) a concentração de renda evidenciada no gráfico ocorre de forma semelhante em todas as regiões brasileiras,

porém é maior no Sul e no Sudeste em virtude da maior urbanização evidenciada nessas regiões.