Lista de Recuperação Interpretação de...

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Nome: __________________________________________________________ Data: ___ /___ /2013 Professora: Fernanda Candido 9º ano Nota: ________ Lista de Recuperação Interpretação de texto (ENEM) No Capricho O Adãozinho, meu cumpade, enquanto esperava pelo delegado, olhava para um quadro, a pintura de uma senhora. Ao entrar a autoridade e percebendo que o cabôco admirava tal figura, perguntou: “Que tal? Gosta desse quadro?” E o Adãozinho, com toda a sinceridade que Deus dá ao cabôco da roça: “Mas pelo amor de Deus, hein, dotô! Que muié feia! Parece fiote de cruis-credo, parente do deus-me-livre, mais horriver que briga de cego no escuro.” Ao que o delegado não teve como deixar de confessar, um pouco secamente: “É a minha mãe.” E o cabôco, em cima da bucha, não perde a linha: “Mais dotô, inté que é uma feiura caprichada.” BOLDRIN. R. Almanaque Brasil de cultura popular. São Paulo: Andreato Comunicação e Cultura, n. 62, 2004 (adaptado). 1. Por suas características formais, por sua função e uso, o texto pertence ao gênero: a. anedota, pelo enredo e humor característicos. b. crônica, pela abordagem literária de fatos do cotidiano. c. depoimento, pela apresentação de experiências pessoais. d. relato, pela descrição minuciosa de fatos verídicos. e. reportagem, pelo registro impessoal de situações reais. 2. Na tirinha, há traço de humor em: a. ―Que olhar é esse Dalila? b. ―Olhar de tristeza, mágoa, desilusão... c. ―Olhar de apatia, tédio, solidão.. d. ―Sorte! Pensei que fosse conjuntivite!

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Nome: ___________________________________________________nº_______

Data: ___ /___ /2013 Professora: Fernanda Candido

9º ano

Nota: ________

Lista de Recuperação

Interpretação de texto

(ENEM) No Capricho O Adãozinho, meu cumpade, enquanto esperava pelo delegado, olhava para um quadro, a pintura de uma

senhora. Ao entrar a autoridade e percebendo que o cabôco admirava tal figura, perguntou: “Que tal?

Gosta desse quadro?” E o Adãozinho, com toda a sinceridade que Deus dá ao cabôco da roça: “Mas pelo

amor de Deus, hein, dotô! Que muié feia! Parece fiote de cruis-credo, parente do deus-me-livre, mais

horriver que briga de cego no escuro.” Ao que o delegado não teve como deixar de confessar, um pouco

secamente: “É a minha mãe.” E o cabôco, em cima da bucha, não perde a linha: “Mais dotô, inté que é uma

feiura caprichada.”

BOLDRIN. R. Almanaque Brasil de cultura popular. São Paulo: Andreato Comunicação e Cultura, n. 62, 2004 (adaptado).

1. Por suas características formais, por sua função e uso, o texto pertence ao gênero:

a. anedota, pelo enredo e humor característicos. b. crônica, pela abordagem literária de fatos do cotidiano. c. depoimento, pela apresentação de experiências pessoais. d. relato, pela descrição minuciosa de fatos verídicos. e. reportagem, pelo registro impessoal de situações reais.

2. Na tirinha, há traço de humor em:

a. ―Que olhar é esse Dalila?

b. ―Olhar de tristeza, mágoa, desilusão...

c. ―Olhar de apatia, tédio, solidão..

d. ―Sorte! Pensei que fosse conjuntivite!

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O Flagelo do Vestibular

Não tenho curso superior. O que eu sei foi a vida que me ensinou, e como eu não prestava muita atenção e

faltava muito, aprendi pouco. Sei o essencial, que é amarrar os sapatos, algumas tabuadas e como

distinguir um bom Beaujolais pelo rótulo. E tenho um certo jeito — como comprova este exemplo — para

usar frases entre travessões, o que me garante o sustento. No caso de alguma dúvida maior, recorro ao

bom senso. Que sempre me responde da mesma maneira? "Olha na enciclopédia, pô!"

Este naco de autobiografia é apenas para dizer que nunca tive que passar pelo martírio de um vestibular. É

uma experiência que jamais vou ter, como a dor do parto. Mas isto não impede que todos os anos, por esta

época, eu sofra com o padecimento de amigos que se submetem à terrível prova, ou até de estranhos que

vejo pelos jornais chegando um minuto atrasados, tendo insolações e tonturas, roendo metade do lápis

durante o exame e no fim olhando para o infinito com aquele ar de sobreviventes da Marcha da Morte de

Batan. Enfim, os flagelados do unificado. Só lhes posso oferecer a minha simpatia. Como ofereci a uma

conhecida nossa que este ano esteve no inferno.

— Calma, calma. Você pode parar de roer as unhas. O pior já passou.

— Não consigo. Vou levar duas semanas para me acalmar.

— Bom, então roa as suas próprias unhas. Essas são as minhas...

— Ah, desculpe. Foi terrível. A incerteza, as noites sem sono. Eu estava de um jeito que calmante me

excitava. E quanto conseguia dormir, sonhava com escolhas múltiplas, a) fracasso, b) vexame, c) desilusão.

E acordava gritando, NENHUMA DESTAS! NENHUMA DESTAS! Foi horrível.

— Só não compreendo porque você inventou de fazer vestibular a esta altura da vida...

— Mas quem é que fez vestibular? Foi meu filho! E o cretino está na praia enquanto eu fico aqui, à beira do

colapso.

Mãe de vestibulando. Os casos mais dolorosos. O inconsciente do filho às vezes nem tá, diz pra coroa que

cravou coluna do meio em tudo e está matematicamente garantido. E ela ali, desdobrando fila por fila do

gabarito. Não haveria um jeito mais humano de fazer a seleção para as universidades? Por exemplo, largar

todos os candidatos no ponto mais remoto da floresta amazônica e os que voltassem à civilização estariam

automaticamente classificados? Afinal, o Brasil precisa de desbravadores. E as mães dos reprovados,

quando indagadas sobre a sorte do filho, poderiam enxugar uma lágrima e dizer com altivez:

— Ele foi um dos que não voltaram...

Em vez de:

— É um burro!

Os candidatos à Engenharia no Rio de Janeiro poderiam ser postos a trabalhar no Metrô dia e noite, quem

pedisse água seria desclassificado. O Estado acabaria com poucos engenheiros novos — aliás, uma

segurança para a população — mas as obras do Metrô progrediriam como nunca. Na direção errada, mas

que diabo.

O certo é que do jeito que está não pode continuar. E ainda por cima, há os cursinhos pré-vestibulares. Em

São Paulo os cursinhos estão usando helicópteros na guerra pela preferência dos vestibulandos que terão

que repetir tudo no ano que vem. Daí para o napalm, o bombardeio estratégico, o desembarque anfíbio e,

pior, uma visita do Kissinger para negociar a paz, é um pulo. Em São Paulo há cursinhos tão grandes que o

professor, para se comunicar com as filas de trás, tem que usar o correio. Se todos os alunos de cursinhos

no centro de São Paulo saíssem para a rua ao mesmo tempo, ia ter gente caindo no mar em Santos. O

vestibular virou indústria. E os robôs que saem das usinas pré-vestibulares só tem dois movimentos: marcar

cruzinha e rezar.

O filho da nossa nervosa amiga chegou em casa meio pessimista com uma das provas.

— Sei não. Acho que tubulei. O Inglês não estava mole.

Mas meu filho, hoje não era inglês! Era Física e Matemática!

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— Oba! Então acho que fui bem.

Luis Fernando Veríssimo

3. Uma crônica humorística visa basicamente o riso, com certo registro irônico dos costumes. A

crônica lida pode ser considerada humorística. Por quê?

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4. A crônica “O flagelo do vestibular” é escrita em primeira pessoa. Transcreva do segundo parágrafo

do texto, uma expressão que comprove que o narrador é o próprio autor, isto é, o autor fala de si

mesmo.

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5. O autor inicia a crônica dizendo que não tem curso superior. Ele lamenta esse fato? Justifique sua

resposta.

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6. Observe esta passagem do texto: "E quanto conseguia dormir, sonhava com escolhas múltiplas, a)

fracasso, b) vexame, c) desilusão. E acordava gritando, NENHUMA DESTAS! NENHUMA DESTAS! Foi

horrível.” Qual é o conhecimento prévio necessário ao leitor para compreender este trecho do

texto?

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7. Observe esta passagem do texto: "Não haveria um jeito mais humano de fazer a seleção para as

universidades? Por exemplo, largar todos os candidatos no ponto mais remoto da floresta

amazônica e os que voltassem à civilização estariam automaticamente classificados? Afinal, o Brasil

precisa de desbravadores.” O que se pode inferir da sugestão irônica do autor para o processo

seletivo para as universidades?

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8. Apesar de não enfrentado um vestibular o autor sofre junto com amigos que tem filhos vestibulandos.

a. A que ele compara o vestibular?

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b. A opinião do autor sobre o vestibular é positiva ou negativa? Explique.

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A bola O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. (...) O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa. - Como é que liga? – perguntou. - Como, como é que liga? Não se liga. O garoto procurou dentro do papel de embrulho. - Não tem manual de instrução? O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros. - Não precisa manual de instrução. - O que é que ela faz? - Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela. - O quê? - Controla, chuta... - Ah, então é uma bola. - Claro que é uma bola. - Uma bola, bola. Uma bola mesmo. - Você pensou que fosse o quê? - Nada não...

(Luis Fernando Veríssimo – Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001,

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9. O tema do texto está presente em: (A) O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros.

(B) Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai.

(C) O garoto agradeceu, desembrulhou a bola...

(D) O garoto procurou dentro do papel de embrulho.

10. O efeito de humor provocado pelo texto nasce, sobretudo, (A) do tipo de presente que foi oferecido.

(B) das diferentes expectativas das personagens.

(C) da ingenuidade e da timidez do garoto.

(D) do esforço do pai em se mostrar moderno.

Fragmento I

“[...] Rigorosamente eram quatro os que falavam; mas, além deles, havia na sala um quinto personagem, calado, pensando, cochilando, cuja espórtula no debate não passava de um ou outro resmungo de aprovação. Esse homem tinha a mesma idade dos companheiros, entre quarenta e cinquenta anos, era provinciano, capitalista, inteligente, não sem instrução, e, ao que parece, astuto e cáustico. Não discutia nunca; e defendia-se da abstenção com um paradoxo, dizendo que a discussão é a forma polida do instinto batalhador, que jaz no homem, como uma herança bestial; e acrescentava que os serafins e os querubins não controvertiam nada, e, aliás, eram a perfeição espiritual e eterna. [...]” (In: O espelho, de Machado de Assis).

Fragmento II

“[...] o entusiasmo da tia Marcolina chegou ao ponto de mandar pôr no meu quarto um grande espelho, obra rica e magnífica, que destoava do resto da casa, cuja mobília era modesta e simples... Era um espelho que lhe dera a madrinha, e que esta herdara da mãe, que o comprara a uma das fidalgas vindas em 1808 com a corte de D. João VI. Não sei o que havia nisso de verdade; era a tradição. O espelho estava naturalmente muito velho; mas via-se-lhe ainda o ouro, comido em parte pelo tempo, uns delfins esculpidos nos ângulos superiores da moldura, uns enfeites de madrepérola e outros caprichos do artista. Tudo velho, mas bom...” (In: O espelho, de Machado de Assis).

11. Diferencie, no primeiro fragmento, descrições comportamentais, psicológicas e físicas.

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12. Ainda de acordo com o primeiro fragmento, o que pensava o personagem sobre o ato de discutir? E

você, concorda com a perspectiva do personagem? Por quê? ______________________________________________________________________________________

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13. De acordo com a descrição feita no fragmento II, por que o espelho deveria destoar do resto da casa?

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14. Qual é a possível origem do espelho descrito no fragmento II?

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15. Que características do espelho o narrador classifica como caprichos do artista?

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16. Qual seria o propósito das descrições apresentadas nos fragmentos I e II?

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Leia este trecho, retirado de uma reportagem. Como os gatos caem em pé?

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(...) À prova de choques O reflexo corretivo ajuda o gato a virar o corpo em segundos e amortecer o impacto. 1. Todo mamífero possui um sistema de orientação chamado vestibular, que fica dentro do ouvido. O dos gatos tem uma sensibilidade acima do normal. Um aumento de pressão na região funciona como alerta quando identifica que a cabeça não está na posição correta. 2. O cérebro interpreta as informações e manda sinais elétricos para o aparelho locomotor. Os músculos recebem o comando para virar o corpo. A cabeça é a primeira parte a girar em busca de equilíbrio. 3. Em seguida, o gato gira a porção superior do tronco. Ele só consegue fazer isso antes do resto do corpo porque os ombros não são fixos ao esqueleto principal — gatos não têm clavícula. As patas dianteiras se estendem e espalmam. Elas ajudam a proteger a cabeça do impacto e também auxiliam na orientação. 4. Chega a hora de alinhar a outra parte do tronco. As patas traseiras giram para se alinhar à parte da frente. O rabo funciona como uma cauda de avião, que ajuda a dar estabilidade na rotação do corpo. 5. A coluna é arqueada e as patas se estendem para aumentar o atrito com o ar. A postura serve como uma espécie de planador, diminuindo a velocidade com que o gato chega ao chão. 6. Na aterrissagem, seu tamanho pequeno e seus ossos leves também ajudam a reduzir a velocidade com que atinge o solo. Em queda livre, gatos chegam a alcançar a velocidade média de 100 km/h — metade da velocidade terminal do corpo humano.

AMORIM, Clarissa. "Como os gatos caem em pé?". Superinteressante. Disponível em:

<http://super.abril.com.br/mundo-animal/como-gatos-caem-pe-682629.shtml>. Acesso em: 16 out. 2012.

17. De acordo com a reportagem, quais são as principais características físicas dos gatos que permitem que eles caiam em pé?

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18. Em sua opinião, por que esse trecho do texto foi escrito em forma de tópicos?

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A discussão sobre “o fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica me lembra a discussão

idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200

anos, mas mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos

Santos continuarão sendo publicados e lidos – em CD-ROM, em livro eletrônico, em “chips quânticos”, sei lá

o quê. O texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa,

livro em Braille, folheto, “coffee-table book”, cópia manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se

reencarnar nesses (e em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é

Macbeth ou O Livro de Piadas de Casseta & Planeta.

TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com.

19. Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via

eletrônica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que:

a) o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da tecnologia.

b) o livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores culturais.

c) o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos.

d) os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam.

e) os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos mais diversos gêneros.

É água que não acaba mais

Dados preliminares divulgados por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apontaram o

Aquífero Alter do Chão como o maior depósito de água potável do planeta. Com volume estimado em 86

000 quilômetros cúbicos de água doce, a reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas,

Pará e Amapá. “Essa quantidade de água seria suficiente para abastecer a população mundial durante 500

anos”, diz Milton Matta, geólogo da UFPA. Em termos comparativos, Alter do Chão tem quase o dobro do

volume de água do Aquífero Guarani (com 45 000 quilômetros cúbicos). Até então, Guarani era a maior

reserva subterrânea do mundo, distribuída por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Época. n. 623, 26 abr. 2010.

20. Essa notícia, publicada em uma revista de grande circulação, apresenta resultados de uma

pesquisa científica realizada por uma universidade brasileira. Nessa situação específica de

comunicação, a função referencial da linguagem predomina, porque o autor do texto prioriza:

a) as suas opiniões, baseadas em fatos.

b) os aspectos objetivos e precisos.

c) os elementos de persuasão do leitor.

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d) os elementos estéticos na construção do texto.

e) os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa.

Texto I Texto II

Texto III

A tela e o mouse são típicos instrumentos da vida moderna que contribuem para a comunicação, mas,

quando o excesso de informação ultrapassa os limites da capacidade humana, pode levar as pessoas à

loucura, como esta mulher da ilustração de Negreiros.

A fadiga de informação

Há uma nova doença no mundo: a fadiga da informação. Antes mesmo da

internet, o problema já era sério, tantos e tão velozes eram os meios de

informação existentes, trafegando nas asas da eletrônica, da informática,

dos satélites. A internet levou o processo ao apogeu, criando a nova espécie

de internautas e estourando os limites da capacidade humana de assimilar

os conhecimentos e os acontecimentos deste mundo. [...] O oxigênio da

informação, sem o qual no passado recente não conseguiríamos respirar,

terá de ser bem inalado para não nos ameaçar com a asfixia, o estresse, as

neuroses e, quem sabe, o infarto. (FSP)

Ilustração e artigo de jornal de MARZAGÃO, Augusto. “A fadiga da informação”. In:

DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz

do futuro: cidadania hoje e amanhã, p.15.

21. Da análise dos textos, pode-se afirmar:

( ) Os três textos tematizam, ironicamente, os malefícios que os meios de comunicação podem ocasionar

ao ser humano.

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( ) O texto I, ao contrário dos textos II e III, exalta a capacidade que o homem tem de realizar múltiplas

atividades concomitantemente.

( ) O texto III reforça o tema do texto I ao analisar o efeito catastrófico do excesso de informação.

( ) No cartum de Caulos infere-se que a televisão controla as ações do homem como também seus

pensamentos.

( ) No cartum de Galhardo, o título Ultracabeça sugere que a tecnologia facilitou o exercício de atividades

intelectuais concomitantes.

( ) O título Ultracabeça do texto I ironiza a pretensão humana de querer inteirar-se rapidamente de tudo.

22. Na ilustração do texto III, o autor retrata o pavor da informação numa figura feminina. Explique essa escolha e descreva a ilustração.

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