Lista de exercícios de orações subordinadas

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Lista de exercícios: Orações Subordinadas (Substantivas, Adjetivas, Adverbiais e Reduzidas) 3.ªU.L. / 2010 Prof. Marta TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puc-rio 2008) TEXTO 1 A primeira vez que vim ao Rio de Janeiro foi em 1855. Poucos dias depois da minha chegada, um amigo e companheiro de infância, o Dr. Sá, levou-me à festa da Glória; uma das poucas festas populares da corte. Conforme o costume, a grande romaria desfilando pela Rua da Lapa e ao longo do cais serpejava nas faldas do outeiro e apinhava-se em torno da poética ermida, cujo âmbito regurgitava com a multidão do povo. Era ave-maria quando chegamos ao adro; perdida a esperança de romper a mole de gente que murava cada uma das portas da igreja, nos resignamos a gozar da fresca viração que vinha do mar, contemplando o delicioso panorama da baía e admirando ou criticando as devotas que também tinham chegado tarde e pareciam satisfeitas com a exibição de seus adornos. Enquanto Sá era disputado pelos numerosos amigos e conhecidos, gozava eu da minha tranqüila e independente obscuridade, sentado comodamente sobre a pequena muralha e resolvido a estabelecer ali o meu observatório. Para um provinciano recém-chegado à corte, que melhor festa do que ver passar-lhe pelos olhos, à doce luz da tarde, uma parte da população desta grande cidade, com os seus vários matizes e infinitas gradações? Todas as raças, desde o caucasiano sem mescla até o africano puro; todas as posições, desde as ilustrações da política, da fortuna ou do talento, até o proletário humilde e desconhecido; todas as profissões, desde o banqueiro até o mendigo; finalmente, todos os tipos grotescos da sociedade brasileira, desde a arrogante nulidade até a vil lisonja, desfilaram em face de mim, roçando a seda e a casimira pela baeta ou pelo algodão, misturando os perfumes delicados às impuras exalações, o fumo aromático do havana às acres baforadas do cigarro de palha. ALENCAR, José de. "Lucíola". São Paulo: Editora Ática, 1988, p. 12. TEXTO 2 Quando a manhã chuvosa nasceu, as pessoas que passavam para o trabalho se aproximavam dos corpos para ver se eram conhecidos, seguiam em frente. Lá pelas nove horas, Cabeça de Nós Todo, que entrara de serviço às sete e trinta, foi ver o corpo do ladrão. Ao retirar o lençol de cima do cadáver, concluiu: "É bandido". O defunto tinha duas tatuagens, a do braço esquerdo era uma mulher de pernas abertas e olhos fechados, a do direito, são Jorge guerreiro. E, ainda, calçava chinelo Charlote, vestia calça boquinha, camiseta de linha colorida confeccionada por presidiários. Porém, quando apontou na extremidade direita da praça da Quadra Quinze, em seu coração de policial, nos passos que lhe apresentavam a imagem do corpo de Francisco, um nervosismo brando foi num crescente ininterrupto até virar desespero absoluto. O presunto era de um trabalhador. LINS, Paulo. "Cidade de Deus". São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 55-56. 1. a) Reescreva o período a seguir, pontuando-o corretamente. É fato conhecido por muitos que Paulo Lins escritor carioca viveu na Cidade de Deus onde se desenrola a trama de seu famoso livro. b) Construa períodos compostos por subordinação transformando as orações sublinhadas em subordinadas adjetivas. Respeite o início indicado. Veja o exemplo: AQUELA DEVOTA CHEGOU TARDE. A devota não conseguiu entrar na igreja. Resposta: A devota que chegou tarde não conseguiu entrar na igreja. (i) ESTAVA SENTADA SOBRE UMA PEQUENA MURALHA. Converti a pequena muralha em meu observatório. Converti ... (ii) A MORTE DAQUELE HOMEM MOBILIZOU A COMUNIDADE. Aquele homem era um trabalhador honesto. Aquele homem ... TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puc-rio) A CLASSE A eliminação gradual da classe média brasileira, um processo que começou há anos mas que de uns tempos para cá assumiu proporções catastróficas, a ponto de a classe média brasileira ser hoje classificada pelas Nações Unidas como uma espécie em extinção, junto com o mico-rosa e a foca-focinho-verde, está preocupando autoridades e conservacionistas nacionais. Estudam-se medidas para acabar com o massacre indiscriminado que vão desde o estabelecimento de cotas anuais - só uma determinada parcela da classe média poderia ser abatida durante uma temporada - até a criação de santuários onde, livre de impostos extorsivos e protegida de contracheques criminosos e custos predatórios, a classe média brasileira se reproduziria até recuperar sua antiga força £numérica, e numerária. Uma espécie de reserva de mercado. A tentativa de recriar a classe média brasileira em laboratório, como se sabe, não deu certo. Os protótipos, assim que conseguiram algum dinheiro, fretaram um avião para Disneyworld. A preservação natural da classe média brasileira evitaria coisas constrangedoras como a recente reunião da classe realizada em São Paulo, à qual, de vários pontos do Brasil, compareceram dezessete pessoas. As outras cinco não conseguiram crédito para a passagem. A reunião teve de ser transferida do Morumbi para a mesa de uma pizzaria,

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puc-rio 2008) TEXTO 1 A primeira vez que vim ao Rio de Janeiro foi em 1855. Poucos dias depois da minha chegada, um amigo e companheiro de infância, o Dr. Sá, levou-me à festa da Glória; uma das poucas festas populares da corte. Conforme o costume, a grande romaria desfilando pela Rua da Lapa e ao longo do cais serpejava nas faldas do outeiro e apinhava-se em torno da poética ermida, cujo âmbito regurgitava com a multidão do povo. Era ave-maria quando chegamos ao adro; perdida a esperança de romper a mole de gente que murava cada uma das portas da igreja, nos resignamos a gozar da fresca viração que vinha do mar, contemplando o delicioso panorama da baía e admirando ou criticando as devotas que também tinham chegado tarde e pareciam satisfeitas com a exibição de seus adornos. Enquanto Sá era disputado pelos numerosos amigos e conhecidos, gozava eu da minha tranqüila e independente obscuridade, sentado comodamente sobre a pequena muralha e resolvido a estabelecer ali o meu observatório. Para um provinciano recém-chegado à corte, que melhor festa do que ver passar-lhe pelos olhos, à doce luz da tarde, uma parte da população desta grande cidade, com os seus vários matizes e infinitas gradações? Todas as raças, desde o caucasiano sem mescla até o africano puro; todas as posições, desde as ilustrações da política, da fortuna ou do talento, até o proletário humilde e desconhecido; todas as profissões, desde o banqueiro até o mendigo; finalmente, todos os tipos grotescos da sociedade brasileira, desde a arrogante nulidade até a vil lisonja, desfilaram em face de mim, roçando a seda e a casimira pela baeta ou pelo algodão, misturando os perfumes delicados às impuras exalações, o fumo aromático do havana às acres baforadas do cigarro de palha. ALENCAR, José de. "Lucíola". São Paulo: Editora Ática, 1988, p. 12. TEXTO 2 Quando a manhã chuvosa nasceu, as pessoas que passavam para o trabalho se aproximavam dos corpos para ver se eram conhecidos, seguiam em frente. Lá pelas nove horas, Cabeça de Nós Todo, que entrara de serviço às sete e trinta, foi ver o corpo do ladrão. Ao retirar o lençol de cima do cadáver, concluiu: "É bandido". O defunto tinha duas tatuagens, a do braço esquerdo era uma mulher de pernas abertas e olhos fechados, a do direito, são Jorge guerreiro. E, ainda, calçava chinelo Charlote, vestia calça boquinha, camiseta de linha colorida confeccionada por presidiários. Porém, quando apontou na extremidade direita da praça da Quadra Quinze, em seu coração de policial, nos passos que lhe apresentavam a imagem do corpo de Francisco, um nervosismo brando foi num crescente ininterrupto até virar desespero absoluto. O presunto era de um trabalhador. LINS, Paulo. "Cidade de Deus". São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 55-56. 1. a) Reescreva o período a seguir, pontuando-o corretamente. É fato conhecido por muitos que Paulo Lins escritor carioca viveu na Cidade de Deus onde se desenrola a trama de seu famoso livro. b) Construa períodos compostos por subordinação transformando as orações sublinhadas em subordinadas adjetivas. Respeite o início indicado. Veja o exemplo: AQUELA DEVOTA CHEGOU TARDE. A devota não conseguiu entrar na igreja. Resposta: A devota que chegou tarde não conseguiu entrar na igreja. (i) ESTAVA SENTADA SOBRE UMA PEQUENA MURALHA. Converti a pequena muralha em meu observatório. Converti ... (ii) A MORTE DAQUELE HOMEM MOBILIZOU A COMUNIDADE. Aquele homem era um trabalhador honesto. Aquele homem ... TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puc-rio) A CLASSE A eliminação gradual da classe média brasileira, um processo que começou há anos mas que de uns tempos para cá assumiu proporções catastróficas, a ponto de a classe média brasileira ser hoje classificada pelas Nações Unidas como uma espécie em extinção, junto com o mico-rosa e a foca-focinho-verde, está preocupando autoridades e conservacionistas nacionais. Estudam-se medidas para acabar com o massacre indiscriminado que vão desde o estabelecimento de cotas anuais - só uma determinada parcela da classe média poderia ser abatida durante uma temporada - até a criação de santuários onde, livre de impostos extorsivos e protegida de contracheques criminosos e custos predatórios, a classe média brasileira se reproduziria até recuperar sua antiga força £numérica, e numerária. Uma espécie de reserva de mercado. A tentativa de recriar a classe média brasileira em laboratório, como se sabe, não deu certo. Os protótipos, assim que conseguiram algum dinheiro, fretaram um avião para Disneyworld. A preservação natural da classe média brasileira evitaria coisas constrangedoras como a recente reunião da classe realizada em São Paulo, à qual, de vários pontos do Brasil, compareceram dezessete pessoas. As outras cinco não conseguiram crédito para a passagem. A reunião teve de ser transferida do Morumbi para a mesa de uma pizzaria,

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e ninguém pediu vinho. Uma proposta para que a classe fizesse greve nacional para chamar a atenção do país para a sua crescente insignificância foi rejeitada sob a alegação de que ninguém iria notar. Fizeram uma coleta para financiar a eleição de representantes da classe média na Assembléia Constituinte, mas acabaram devolvendo os 10 cruzeiros. A única resolução aprovada foi a de que, para evitar a perseguição, todos se despojassem de sinais ostensivos de serem da classe média, como carro pequeno etc., e passassem a viver como pobres. Aí não seria rebaixamento social, seria disfarce. No fim os garçons se cotizaram e deram uma gorjeta para os integrantes da mesa. Cenas lamentáveis têm ocorrido também com ex-membros da classe média que, passando para uma classe inferior, não sabem como se comportar e são alvo de desprezo de pobres tradicionais, que os chamam de "novos pobres". -Viu aquela ali? Quis fazer caneca de lata de óleo e não sabe nem abrir um buraco com prego. -E usa lata de óleo de milho. -Metida a pouca coisa... -Já viram ela num ônibus? Não sabe empurrar a borboleta com a anca enquanto briga com o cobrador. -E não conta o troco! -¤Berço é berço, minha filha. Alguns pobres menos preconceituosos ainda tentam ajudar os novos pobres a evitar suas gafes. -Olhe, não leve a mal... -O quê? -É o seu jeito de falar. -Diga-me. -Você às vezes usa o ¢pronome oblíquo muito certo. -Mas... -Aqui na vila, pronome oblíquo certo pega mal. -Sei. -E outra coisa... -O quê? -Os seus discos. -O toca-discos foi a única coisa que eu consegui salvar quando me despejaram. -Eu sei. Mas Julio Iglesias?! (Luís Fernando Veríssimo - COMÉDIAS DA VIDA PÚBLICA - 17/07/85) 2. Desdobre o período abaixo em dois, substituindo o elemento destacado pelo termo a que ele faz referência na frase anterior. "A preservação natural da classe média evitaria coisas constrangedoras como a recente reunião da classe realizada em São Paulo, À QUAL, de vários pontos do Brasil, compareceram dezessete pessoas." TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (Fuvest) O ATHENEU I "Vaes encontrar o mundo, disse-me meu pae, á porta do Atheneu. Coragem para a lucta." Bastante experimentei depois a verdade d'este aviso, que me despia, num gesto, das illusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regimen do amor domestico, differente do que se encontra fóra, tão differente, que parece o poema dos cuidados maternos um artificio sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a creatura á impressão rude do primeiro ensinamento, tempera brusca da vitalidade na influencia de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hypocrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outr'ora e não viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam. Euphemismo, os felizes tempos, euphemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam a saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a actualidade é a mesma em todas as datas. Feita a compensação dos desejos que veriam, das aspirações que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base phantastica de esperanças, a actualidade é uma. Sob a coloração cambiante das horas, um pouco de ouro mais pela manhã, um pouco mais de purpura ao crepúsculo - a paysagem é a mesma de cada lado beirando a estrada da vida. Eu tinha onze annos. 3. No segundo parágrafo existe uma oração subordinada adverbial consecutiva. a) Identifique-a pelo verbo. b) Qual o sujeito desse verbo? b) "o poema dos cuidados maternos"

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4. "Bem considerando, a atualidade (...)". "Feita a compensação dos desejos que..." Desdobre as duas orações reduzidas, sem alterar o significado. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Fuvest-gv) O ESTRUME Súbito deu-me a consciência um repelão, acusou-me de ter feito capitular a probidade de D. Plácida, obrigando-a a um papel torpe, depois de uma longa vida de trabalho e privações. Medianeira não era melhor que concubina, e eu tinha-a baixado a esse ofício, à custa de obséquios e dinheiros. Foi o que me disse a consciência; fiquei uns dez minutos sem saber que lhe replicasse. Ela acrescentou que eu me aproveitara da fascinação exercida por Virgília sobre a ex-costureira, da gratidão desta, enfim da necessidade. Notou a resistência de D. Plácida, as lágrimas dos primeiros dias, as caras feias, os silêncios, os olhos baixos, e a minha arte em suportar tudo isso, até vencê-la. E repuxou-me outra vez de um modo irritado e nervoso. Concordei que assim era, mas aleguei que a velhice de D. Plácida estava agora ao abrigo da mendicidade: era uma compensação. Se não fossem os meus amores, provavelmente D. Plácida acabaria como tantas outras criaturas humanas; donde se poderia deduzir que o vício é muitas vezes o estrume da virtude. O que não impede que a virtude seja uma flor cheirosa e sã. A consciência concordou, e eu fui abrir a porta à Virgília. 5. "Concordei que assim era, mas aleguei que a velhice de D. Plácida estava agora ao abrigo da mendicidade: era uma compensação." Há neste período uma oração coordenada sindética adversativa que é ao mesmo tempo principal em relação a uma subordinada substantiva objetiva direta. a) Qual é essa oração coordenada sindética adversativa que é também principal? b) Qual a sua oração subordinada substantiva objetiva direta? TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (Unesp) A PALAVRA "Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito - como não imaginar que, sem querer, feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas. Imprudente ofício é este, de viver em voz alta. Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa. Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento - e depois esqueci. Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava. Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar; que falasse com ele, cantarolasse, batesse alguma coisa ao piano; que pusesse a gaiola perto quando trabalhasse em sua máquina de costura; que arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante uma transmissão de jogo de futebol... mas o canário não cantava. Um dia a minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven - e o canário começou a cantar alegremente. Haveria alguma secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o pequeno pássaro cor de ouro? Alguma coisa que eu disse distraído - talvez palavras de algum poeta antigo - foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo; iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças." (BRAGA, Rubem. "A Palavra". In: AI DE TI, COPACABANA! 5� ed., Rio de Janeiro, Sabiá, 1963, pp. 195/196) 6. Observe o período: "Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém." a) Substitua a segunda oração por um substantivo ou pronome substantivo. b) Substitua a terceira oração por um adjetivo. 7. Classifique as orações do período transcrito do texto: "Alguma coisa que eu disse distraído... foi despertar MELODIAS esquecidas dentro da alma de alguém." TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

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(Unesp) Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandre e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta. 8. Na estrofe mencionada ocorrem cinco orações introduzidas por QUE. A análise demonstra que três dessas orações têm uma classificação sintática; outras duas, outra. Aponte essas duas classificações sintáticas das orações introduzidas por QUE. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Unesp) INTRODUÇÃO: As questões seguintes tomam por base o poema A E I O U, do simbolista Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) e um fragmento do conto UMA HISTÓRIA DE MIL ANOS, do escritor, editor e polemista Monteiro Lobato (1882-1948). A E I O U Manhã de primavera. Quem não pensa Em doce amor, e quem não amará? Começa a vida. A luz do céu é imensa... A adolescência é toda sonhos. A. O luar erra nas almas. Continua O mesmo sonho e oiro, a mesma fé. Olhos que vemos sob a luz da lua... A mocidade é toda lírios. E. Descamba o sol nas púrpuras do ocaso. As rosas morrem. Como é triste aqui! O fado incerto, os vendavais do acaso... Marulha o pranto pelas faces. I. A noite tomba. O outono chega. As flores Penderam murchas. Tudo, tudo é pó. Não mais beijos de amor, não mais amores... Ó sons de sinos a finados! O. Abre-se a cova. Lutulenta e lenta, A morte vem. Consoladora és tu! Sudários rotos na mansão poeirenta... Crânios e tíbias de defunto. U. in: GUIMARAENS, Alphonsus de. "Obra Completa". Rio de Janeiro: Aguilar, 1960. p. 506. UMA HISTÓRIA DE MIL ANOS - HU... HU... É como nos invios da mata soluça a juriti. Dois HUS - um que sobe, outro que desce. O destino do u!... Veludo verde-negro transmutado em som - voz das tristezas sombrias. Os aborígines, maravilhosos denominadores das coisas, possuíam o senso impressionista da onomatopéia. URUTÁU, URÚ, URUTÚ, INAMBÚ - que sons definirão melhor essas criaturinhas solitárias, amigas da penumbra e dos recessos? A juriti, pombinha eternamente magoada, é toda US. Não canta, geme em U - geme um gemido aveludado, lilás, sonorização dolente da saudade. O caçador passarinheiro sabe como ela morre sem luta ao mínimo ferimento. Morre em U... Já o sanhaço é todo AS. Ferido, debate-se, desfere bicadas, pia lancinante. A juriti apaga-se como chama de algodão. Frágil torrão de vida, extingue-se como se extingue a vida do torrão de açúcar aos simples contacto da água. Um U que se funde. in: LOBATO, Monteiro. NEGRINHA. 9� ed. São Paulo: Brasiliense, 1959, p. 135.

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9. Os efeitos estilísticos dos textos literários são muitas vezes obtidos pela adoção de procedimentos bastante simples. É característica, no poema de Alphonsus de Guimaraens, a insistência em períodos simples, bem como a repetição de vocábulos no conto de Lobato. Releia os textos e, a seguir, a) transcreva e classifique a única oração subordinada que aparece no poema de Alphonsus de Guimaraens; b) indique a classe de palavra em que se enquadra "u", no último período do texto de Monteiro Lobato, e justifique sua resposta com base no contexto. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufrj 2008) COMO SE COMPORTAR NO CINEMA (A ARTE DE NAMORAR) (Vinícius de Moraes) Poucas atividades humanas são mais agradáveis que o ato de namorar, e é sobre a arte de praticá-lo dentro dos cinemas que queremos fazer esta crônica. Porque constitui uma arte fazê-lo bem no interior de recintos cobertos, mormente quando se dispõe da vantagem de ambiente escuro propício. A tendência geral do homem é abusar das facilidades que lhe são dadas, e nada mais errado; pois a verdade é que namorando em público, além dos limites, perturba ele aos seus circunstantes, podendo atrair sobre si a curiosidade, a inveja e mesmo a ira daqueles que vão ao cinema sozinhos e pagam pelo direito de assistir ao filme em paz de espírito. Ora, o namoro é sabidamente uma atividade que se executa melhor a coberto da curiosidade alheia. Se todos os freqüentadores dos cinemas fossem casais de namorados, o problema não existiria, nem esta crônica, pois a discrição de todos com relação a todos estaria na proporção direta da entrega de cada um ao seu namoro específico. [...] De modo que, uma das coisas que os namorados não deveriam fazer é se enlaçar por sobre o ombro e juntar as cabeças. Isso atrapalha demais o campo visual dos que estão à retaguarda. [...] Cochichar, então, é uma grande falta de educação entre namorados no cinema. Nada perturba mais que o cochicho constante e, embora eu saiba que isso é pedir muito dos namorados, é necessário que se contenham nesse ponto, porque afinal de contas aquilo não é casa deles. Um homem pode fazer milhões de coisas - massagem no braço da namorada, cosquinha no seu joelho, festinha no rostinho delazinha; enfim, a grande maioria do trabalho de "mudanças" em automóveis não hidramáticos - sem se fazer notar e, conseqüentemente, perturbar aos outros a fruição do filme na tela. Porque uma coisa é certa: entre o namoro na tela - e pode ser até Clark Gable versus Ava Gardner - e o namoro no cinema, este é que é o real e positivo, o perturbador, o autêntico. 10. O texto de Vinicius de Moraes, sobre a "arte de namorar" no cinema, levanta uma hipótese que anularia a existência da crônica. Transcreva exclusivamente a oração subordinada adverbial que traduz a referida hipótese. 11. (Fuvest) MESMO SEM VER quem está do outro lado da linha, os fãs dos bate-papos virtuais viram amigos, namoram e alguns chegam até a casar. ("Época", n¡. 1, 25/05/98) a) O segmento destacado constitui uma oração reduzida. Substitua-a por uma oração desenvolvida (introduzida por conjunção e com o verbo no modo indicativo ou subjuntivo), sem produzir alteração do sentido. b) Reescreva a oração "os fãs dos bate-papos virtuais viram amigos" sem mudar-lhe o sentido e sem provocar incorreção, apenas substituindo o verbo. 12. (G1) Complete com a preposição adequada e em seguida classifique as orações subordinadas substantivas marcando: OI (Objetiva Indireta) CN (Completiva Nominal) a) ( ) Não havia dúvida ____ que o livro era excelente. b) ( ) Não queria lembrar-se ____ que o maltrataram. c) ( ) O pai insistiu _____ que o filho estudasse. d) ( ) Estou convencido ____ que ele é especial. e) ( ) Não podíamos aspirar ___ que nos recebessem amigavelmente. 13. (G1) Nas frases a seguir transforme os adjetivos em maiúsculo em orações adjetivas: 1) Dirigiu-se ao aluno com palavras ESTIMULANTES. 2) A torcida ofereceu espetáculos EMOCIONANTES. 3) Ele tomou uma atitude SURPREENDENTE. 4) Há nesta novela cenas COMOVENTES. 5) Não gosto de pessoas FINGIDAS. 14. (G1) Classifique as orações reduzidas (em maiúsculo) desenvolvendo-as numa subordinada: 1) Vi a criança DORMINDO NO SOFÁ. Reduzida de _____________________ Desenvolvida: ____________________ 2) É preciso FAZER ALGO. Reduzida de _____________________ Desenvolvida: ____________________ 3) TERMINADO O CURSO, recebeu o diploma. Reduzida de _____________________ Desenvolvida: ____________________

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15. (G1) a) Decidiu-se QUE ELA VIAJARIA AMANHÃ. b) É quase certo QUE AS ELEIÇÕES SERÃO ADIADAS. As orações em destaque devem ser classificadas respectivamente como orações subordinadas substantivas ______________ . 16. (G1) a) Tenho esperanças DE QUE ELE VOLTE LOGO. b) Ficarei à espera DE QUE VOCÊ ME TELEFONE. Sintaticamente as orações em destaque são analisadas como orações subordinadas substantivas ______________ . 16. Completivas Nominais 17. (G1) a) Lembre-se DE QUE A FESTA SERÁ AMANHÃ. b) Ele insistia EM QUE TODOS PARTICIPASSEM DA REUNIÃO. Sintaticamente as orações em destaque são classificadas como orações subordinadas substantivas _____________ . 18. (G1) a) Preciso de um favor: QUE VOCÊ VÁ AO MERCADO PARA MIM. b) Uma coisa é certa: QUE ELE NÃO VENCERÁ AS ELEIÇÕES. Analisando sintaticamente as orações em destaque teremos orações subordinadas substantivas ____________________ 19. (G1) Destaque as orações subordinadas adjetivas do texto e classifique-as: "A água que deste ao animal foi recolhida na fonte que fica atrás daquela gruta onde as pessoas iam rezar." 20. (G1) "UMA VEZ QUE A FERA ESTAVA FAMINTA, ela atacou o caçador." A oração em maiúsculo trata-se de uma Adverbial __________ . 21. (G1) "AINDA QUE VOCÊ NÃO ME CONTE, descobrirei a verdade." A oração em maiúsculo é uma Adverbial __________ . 22. (G1) "Ele estava tão distraído QUE NÃO ME VIU." A oração em maiúsculo é uma Adverbial __________ . 23. (G1) "Pode ir, CONTANTO QUE NÃO DEMORE." A oração em maiúsculo é uma Adverbial __________ . 24. (G1) "ENQUANTO UNS TRABALHAM, outros descansam." A oração em maiúsculo é uma Adverbial __________ . 25. (G1) "Ela se vestia COMO UMA RAINHA." A oração em maiúsculo é uma Adverbial ___________ . 26. (G1) "Pode ir, ________________ não demore." Para obtermos uma oração subordinada adverbial condicional, qual das conjunções a seguir deverá ser empregada: se - uma vez que - embora - contanto que. 27. (G1) "Exigimos uma coisa: a sua EXPULSÃO do time." Substitua o substantivo "expulsão" por uma oração subordinada substantiva e classifique-a. 28. (G1) "Tinha medo dos ATAQUES inimigos." Substitua o substantivo "ataques" por uma oração subordinada substantiva e classifique-a. 29. (G1) "Não gostaram da tua PARTIDA." Substitua o substantivo "partida" por uma oração subordinada substantiva e classifique-a. 30. (G1) "Minha esperança era a CHEGADA do médico." Substitua o substantivo "chegada" por uma oração subordinada substantiva e em seguida classifique-a. 31. (Uff 2004) Transforme os versos a seguir em um período composto de modo que apresente duas orações desenvolvidas: uma ADJETIVA e uma ADVERBIAL. Faça as modificações necessárias.

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Eu sou um cara Cansado de correr na direção contrária Sem pódio de chegada ou beijo de namorada 32. (Ufrn 2004) Articule, coerentemente, as três orações listadas abaixo em um só período. - O professor não é a árvore da sabedoria. (oração principal) - O professor possui grandes conhecimentos. (oração subordinada) - O professor também aprende com seus alunos. (oração subordinada) Para isso, considere as seguintes orientações: - a oração principal e as subordinadas já estão previamente definidas, não podendo haver permuta entre elas; - a ordem em que as orações surgirão no período é livre; - as orações subordinadas, NECESSARIAMENTE, deverão assumir uma forma desenvolvida (não reduzida). Lembre-se de que, ao articular as orações, pode ser necessário fazer certos ajustes no que se refere à flexão verbal e à coesão. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puc-rio 2007) Trechos da entrevista de Jacob Needleman à "Revista Superinteressante", Editora Abril, julho de 2001. JACOB NEEDLEMAN O filósofo americano diz que dinheiro não traz felicidade e explica como é possível viver sem dar tanta importância à conta bancária. SUPER - Por que é tão difícil lidar com dinheiro? NEEDLEMAN - O dinheiro reflete nossa imaginação, nossos desejos, necessidades e temores. Ele é nossa principal tecnologia social, por meio da qual vivemos hoje. Se somos sugestionáveis e vulneráveis ao que dizem e pensam os outros, o dinheiro espelhará tudo isso. A angústia que sentimos em relação ao dinheiro é reflexo da angústia que sentimos em relação a nós mesmos. SUPER - Por que ele tem esse poder? NEEDLEMAN - O dinheiro foi inventado para facilitar trocas entre as pessoas. O detalhe é que muitas coisas que não podiam ser medidas em termos monetários hoje têm preço. É o caso do cuidado com os filhos. As pessoas saem pra trabalhar e deixam os filhos com profissionais. Outros não têm tempo nem para a amizade e, quando querem falar dos problemas, têm de pagar um terapeuta. O dinheiro virou instrumento para aferir até nosso amor-próprio. Aqui nos Estados Unidos dizemos: "Quanto vale essa pessoa?" Há algum tempo, isso seria loucura. O dinheiro por si mesmo não proporciona felicidade. Ele dá prazer, alguma sensação de segurança. Mas, com o passar do tempo, percebe-se que ele não alimenta nossa alma. Temos de tratá-lo como um meio, não como um fim. Mas, para isso, temos de ter um fim, um objetivo. Só somos felizes quando a vida tem um significado. Transformar o dinheiro em nosso único objetivo é como comer comida com gosto de plástico. SUPER - E por que tanta gente ainda acredita que o dinheiro traz felicidade? NEEDLEMAN - As pessoas procuram algo que confira um significado a suas vidas. E muitas das coisas que antigamente se acreditava trazer felicidade perderam poder: religião, espiritualismo, filosofia ou mesmo arte. Todos precisamos de dinheiro, assim como de ar, de alimentos e convívio social. Sim, porque ninguém pode se mudar para uma floresta e viver sozinho. As forças da cultura são fortes demais. Não podemos simplesmente abandonar a sociedade, nem abrir mão do que temos, da tecnologia. [...] SUPER - Qual a influência do dinheiro sobre as emoções? NEEDLEMAN - Nossa cultura nos faz crer que coisas materiais podem nos fazer felizes, mas elas dão apenas um prazer superficial. Prazer é diversão, não perdura, é diferente de felicidade. Precisamos dessas coisas, mas a sociedade capitalista em que vivemos cria desejos para que haja sempre mais demanda. Pelos menos 75% dos produtos disponíveis hoje são dispensáveis. 33. a) Pressupostos são idéias que, embora não estejam expressas explicitamente no texto, podem ser percebidas pelo leitor a partir do emprego de certas palavras ou expressões. Compare os dois enunciados abaixo e indique o pressuposto marcado pela palavra "ATÉ" em (1). (1) "O dinheiro virou instrumento para aferir ATÉ nosso amor-próprio." (2) O dinheiro virou instrumento para aferir nosso amor-próprio. b) Além das conjunções condicionais, existem na língua outros recursos para expressar o valor semântico de condição. Transcreva, da segunda resposta do texto, o período em que essa noção seja estabelecida por um desses outros

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recursos. c) Utilizando APENAS as palavras da frase a seguir, reescreva-a de forma que ela passe a apresentar uma idéia de negação. A verdade é que algum dinheiro traz felicidade. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Fei) LEMBRANÇA DE MORRER (Fragmento) Eu deixo a vida como deixa o tédio Do deserto, o poento caminheiro - Como as horas de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um sineiro Como o desterro de minh' alma errante, Onde fogo insensato a consumia: Só levo uma saudade - é desses tempos Que amorosa ilusão embelecia. Só levo uma saudade - é dessas sombras Que eu sentia velar nas noites minhas... De ti, ó minha mãe, pobre coitada Que por minha tristeza te definhas! De meu pai!... de meus únicos amigos, Poucos - bem poucos - e que não zombavam Quando, em noite de febre endoudecido, Minhas pálidas crenças duvidaram. 34. Observe os dois primeiros versos do poema: "Eu deixo a vida COMO DEIXA O TÉDIO / DO DESERTO, O POENTO CAMINHEIRO". A oração destacada é: a) oração subordinada substantiva subjetiva. b) oração subordinada adjetiva restritiva. c) oração subordinada adverbial comparativa. d) oração coordenada sindética explicativa. e) oração principal. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufu 2006) "Niã é uma bela cidade que vive, hoje, sob regime democrático. No passado remoto, quando os senhores de terra e de escravos mandavam em tudo, um punhado de homens destemidos decidiu lutar para instituir na cidade o respeito às leis, perante as quais todos seriam iguais. A luta foi dura e sangrenta, resultando em perseguições e mortes. Quase todos os integrantes desse grupo rebelde foram executados; apenas um deles sobreviveu e conseguiu deixar a cidade dentro de um saco de aniagem. Os chefes militares aproveitaram-se da rebelião para dar o golpe e tomar o poder. Assim, durante duas décadas, reinou em Niã a paz dos cemitérios. Os donos de terra tiveram de ceder parte de suas propriedades aos novos senhores, enquanto os descontentes - que decerto os havia - nada diziam, pois qualquer crítica ao regime provocava brutais represálias. Por isso, segundo se conta, alguns mais revoltados, na ânsia de manifestar seu descontentamento, cavavam buracos no quintal de sua casa, metiam a cabeça neles até o pescoço e berravam insultos e ¤impropérios contra a ditadura militar. ªHá quem afirme que ¦esses gritos de raiva entranhando-se no solo fizeram nascer estranhos arbustos, de folhas afiadas feito navalhas, e que dessas navalhas se valeu a população para - numa noite de tórrido e sufocante verão, quando o céu ardia feito um tacho incandescente emborcado sobre Niã - invadir os quartéis e cortar os colhões de todos os generais e, em seguida, decapitá-los com a ajuda da tropa sublevada. ¨Parece que, no entanto, a verdade histórica é outra: a rebelião teria surgido aos poucos, quando as pessoas começaram a cochichar em cozinhas e mictórios públicos, dando início à secreta mobilização que, de repente, como uma onda gigante (um tsunami), invadiu os quartéis e as mansões dos poderosos, afogando a todos. O líder rebelde, que se havia exilado e que voltara clandestinamente, foi quem encabeçou a "rebelião do cochicho", pois com este nome passou ela à história. Derrotada a ditadura, o líder propôs que se instituíssem na cidade eleições livres para todos os cargos de governo, dos deputados ao governador. Criaram-se os partidos, e as eleições culminaram com a vitória do líder revolucionário. Ele, então, deu início a grandes mudanças - com a desapropriação de parte das terras para a reforma agrária e com mais recursos para a indústria - que fizeram crescer a classe operária e, com isso, surgirem sindicatos mais fortes. Emergem, então, líderes operários, que passam a atuar na vida política de

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Niã. Aprovou-se uma legislação que consagrava os direitos básicos dos trabalhadores. A cidade viveu, então, o melhor momento de sua história, com a multiplicação de escolas, bibliotecas públicas, hospitais, serviço de saneamento e proteção ambiental. Os anos se passaram, Niã continuou a crescer e cada vez mais rapidamente, com a migração de pessoas que até então viviam no campo ou nas cidades vizinhas. Esse aumento inesperado da população alterou a estrutura urbana de Niã, uma vez que, ¨como cogumelos, se multiplicavam os casebres de zinco e papelão que foram brotando em torno da cidade até aprisioná-la num cinturão de miséria e violência. ¢¦Logo apareceram políticos que se voltaram para essas áreas pobres e nela desenvolveram uma pregação oportunista que lhes valeu muitos votos. Prometiam àquela gente necessitada casas, alimentos e transporte quase de graça. Um deles conseguiu eleger-se governador, mas não teve futuro, já que o que prometera era impossível de cumprir. Pouco depois, um líder operário, que se destacara por seu carisma, conseguiu chegar ao poder para a euforia da maior parte da população, convencida de que, enfim, estando à frente do governo um homem nascido do povo, seus problemas seriam resolvidos. "Ele disse que, em seu governo, ninguém passaria fome nem moraria ao relento", repetiam os seus seguidores mais ardorosos. Mas a euforia do dia da posse não durou muito: o governador revelou-se um boquirroto, que mais discursava que trabalhava. Acostumado a criticar o governo, não se deu conta de que era, então, governo e, para o espanto de todos, clamava pela solução dos problemas como se não fosse ele o responsável por enfrentá-los. Em face disso, o otimismo popular transformou-se, primeiro, em desencanto e, depois, em irritação e revolta, enquanto o governo, para contentar seus aliados, aumentava os gastos oficiais e escorchava o povo com novos impostos. A revolta agravou-se com a notícia de que a corrupção grassava no governo e na Câmara de Deputados. O povo enfureceu-se ainda mais porque os deputados aprovaram novos gastos em benefício próprio. As tentativas de deter o descalabro de nada valeram, uma vez que os corruptos contavam com a complacência de seus colegas, e o Judiciário, fazendo vista grossa, não punia ninguém. Só a imprensa se negava a aceitar semelhante situação, mas as denúncias caíam no vazio. ££Parecia impossível escapar de semelhante impasse. Não obstante, nestas últimas semanas, correm boatos de que, de novo, nas cozinhas, nos mictórios públicos e nos mercados de peixe, §o povo voltou a cochichar, deixando de orelha em pé os donos do poder, ainda que até agora ninguém tenha pronunciado a palavra tsunami." FERREIRA GULLAR. "Folha de S. Paulo" de 22 de maio de 2005. 35. Assinale a ÚNICA alternativa que corresponde às circunstâncias apresentadas nas expressões em destaque. - "DERROTADA A DITADURA, o líder propôs que se instituíssem na cidade eleições livres..." (ref. 12) - "ACOSTUMADO A CRITICAR O GOVERNO, não se deu conta de que era, então, governo..." (ref. 13) a) causalidade – temporalidade b) temporalidade - concessividade c) causalidade – concessividade d) temporalidade – causalidade TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Pucpr 2005) POR QUE OS MAIAS DESAPARECERAM? No auge, a civilização maia chegou a ter mais de 40 cidades espalhadas pelo que hoje inclui a Península de Yucatán, um pedaço do Estado de Chiapas (México), Belize, Guatemala e Honduras. Entre os séculos 3 e 9, dominaram a astronomia, a matemática e a escrita. Por que desapareceram? Pesquisadores especulam a respeito: um cataclismo, uma prolongada seca, uma guerra sangrenta ou uma catástrofe de dimensões continentais. Para Eduardo Natalino dos Santos, professor especializado em Mesoamérica da Universidade de São Paulo (USP), há uma conjunção de motivos. "Eles decaíram em dois séculos, devido a fatores como limitação da região em produzir alimentos, problemas climáticos e competições dos grandes centros pelo domínio de cidades menores", conta. "Para manter a competição, os governantes construíram templos cada vez maiores e cobravam da população mais impostos. Acredita-se que a pressão entre as cidades maias foi ficando cada vez maior, levando a um colapso do sistema". Mas ele salienta que ainda há maias que habitam a região. Houve a decadência dos grandes centros, mas ainda há 2 ou 3 milhões de maias que mantêm a sua cultura, vivendo na Guatemala. ("Galileu História: passado e presente". Edição Especial n¡. 1, maio de 2005, p.31.) 36. PARA manter a competição, os governantes construíram templos cada vez maiores E cobravam da população impostos. Os termos destacados estabelecem no texto relações, respectivamente, de: a) explicação e concessão. b) conformidade e comparação. c) causa e exclusão. d) condição e proporção. e) finalidade e adição. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Uerj) TEXTO I

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1 Escreverei minhas "Memórias", fato mais freqüentemente do que se pensa observado no mundo industrial, artístico, científico e sobretudo no mundo político, onde muita gente boa se faz elogiar e aplaudir em brilhantes artigos biográficos tão espontâneos, ¢como os ramalhetes e as coroas de flores que as atrizes compram para que lhos atirem na cena os comparsas comissionados. 2 Eu reputo esta prática muito justa e muito natural; porque não compreendo amor e ainda amor apaixonado mais justificável do que aquele que sentimos pela nossa própria pessoa. 3 O amor do eu é e sempre será a pedra angular da sociedade humana, o regulador dos sentimentos, o móvel das ações, e o farol do futuro: do amor do eu nasce o amor do lar doméstico, deste o amor do município, deste o amor da província, deste o amor da nação, anéis de uma cadeia de amores que os tolos julgam que sentem e tomam ao sério, e que certos maganões envernizam, mistificando a humanidade para simular abnegação e virtudes que não têm no coração e que eu com a minha exemplar franqueza simplifico, reduzindo todos à sua expressão original e verdadeira, e dizendo, lar, município, província, nação, têm a flama dos amores que lhes dispenso nos reflexos do amor em que me abraso por mim mesmo: todos eles são o amor do eu e nada mais. A diferença está em simples nuanças determinadas pela maior ou menor proporção dos interesses e das conveniências materiais do apaixonado adorador de si mesmo. (MACEDO, Joaquim Manuel de. "Memórias do sobrinho de meu tio". São Paulo: Companhia das Letras, 1995.) TEXTO II Já dois anos se passaram longe da pátria. Dois anos! Diria dois séculos. E durante este tempo tenho contado os dias e as horas pelas bagas do pranto que tenho chorado. Tenha embora Lisboa os seus mil e um atrativos, ó eu quero a minha terra; quero respirar o ar natal (...). Nada há que valha a terra natal. ¢Tirai o índio do seu ninho e apresentai-o d'improviso em Paris: será por um momento fascinado diante dessas ruas, desses templos, desses mármores; mas depois falam-lhe ao coração as lembranças da pátria, e trocará de bom grado ruas, praças, templos, mármores, pelos campos de sua terra, pela sua choupana na encosta do monte, pelos murmúrios das florestas, pelo correr dos seus rios. Arrancai a planta dos climas tropicais e plantai-a na Europa: ela tentará reverdecer, mas cedo pende e murcha, porque lhe falta o ar natal, o ar que lhe dá vida e vigor. Como o índio, prefiro a Portugal e ao mundo inteiro, o meu Brasil, rico, majestoso, poético, sublime. Como a planta dos trópicos, os climas da Europa enfezam-me a existência, que sinto fugir no meio dos tormentos da saudade. (ABREU, Casimiro de."Obras de Casimiro de Abreu". Rio de Janeiro: MEC, 1955.) TEXTO III LADAINHA I Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome de ilha de Vera Cruz. Ilha cheia de graça. Ilha cheia de pássaros. Ilha cheia de luz. Ilha verde onde havia mulheres morenas e nuas anhangás a sonhar com histórias de luas e cantos bárbaros de pajés em poracés [batendo os pés. Depois mudaram-lhe o nome pra terra de Santa Cruz. Terra cheia de graça Terra cheia de pássaros Terra cheia de luz. A grande Terra girassol onde havia [guerreiros de tanga e onças ruivas [deitadas à sombra das árvores [mosqueadas de sol. Mas como houvesse, em abundância, certa madeira cor de sangue cor de brasa e como o fogo da manhã selvagem fosse um brasido no carvão noturno da

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[paisagem, e como a Terra fosse de árvores vermelhas e se houvesse mostrado assaz gentil, deram-lhe o nome de Brasil. Brasil cheio de graça Brasil cheio de pássaros Brasil cheio de luz. (RICARDO, Cassiano. "Seleta em prosa e verso". Rio de Janeiro: José Olympio, 1975.) 37. "POR SE TRATAR DE UMA ILHA deram-lhe o nome de ilha de Vera Cruz:" (texto III - versos 1 e 2) A oração em destaque introduz uma circunstância de: a) causa b) condição c) concessão d) comparação TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Unitau) "A teoria da argumentação é a parte da semiologia comprometida com a explicação das evocações ideológicas das mensagens. Os novos retóricos aproximam-se, assim, da proposta de Eliseo Verón, que, preocupado com as condições ideológicas dos processos de transmissão e consumo das significações no seio da comunicação social, chama de semiologia os estudos preocupados com essa problemática, deixando como objeto da teoria lingüística as questões tradicionais sobre o conceito, o referente e os componentes estruturais dos signos. Essa demarcação determina que a semiologia deve ser analisada como uma teoria hermenêutica das formas como se manipulam contextualmente os discursos". (ROCHA & CITTADINO, "O Direito e sua Linguagem", p.17, Sérgio Antonio Fabris Editor, Porto Alegre, 1984) 38. "Esta demarcação determina que a semiologia deve ser analisada como uma teoria hermenêutica das formas como se manipulam contextualmente os discursos". Nessa frase tem-se a) uma oração subordinada substantiva objetiva direta, em voz passiva analítica. b) uma oração subordinada adjetiva restritiva. c) uma oração subordinada adverbial proporcional. d) uma oração subordinada adverbial condicional; e) uma oração coordenada explicativa. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufpe) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa. 39. Esta questão versa sobre a classificação sintática da oração em destaque. ( ) "Encostei-me a ti, sabendo bem QUE ERAS SOMENTE ONDA." (Cecília Meireles) - Subordinada Substantiva Objetiva Direta ( ) "Os meus olhos... Viveram o milagre de luz QUE EXPLODIA NO CÉU." (Vinícius de Morais) - Subordinada Substantiva Subjetiva ( ) "Vem QUE TE QUERO TOLO." - Subordinada Adverbial Temporal ( ) "Acontece QUE MEU CORAÇÃO FICOU FRIO." (Cartola) - Subordinada Adjetiva Explicativa ( ) "Nem todas as coisas QUE SE PENSAM passam a existir daí em diante." (Clarice Lispector) - Subordinada Adjetiva Restritiva TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufscar 2000) O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu. Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente "tala") e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro, porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, "beijos", violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada

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menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde. (Rubem Braga: Cajueiro. In: O VERÃO E AS MULHERES. 5� ed. Rio de Janeiro: Record, 1991, p.84-5.) 40. Há no texto orações reduzidas de gerúndio e de infinitivo. Assinale a alternativa em que a forma verbal da oração reduzida está DESENVOLVIDA corretamente, entre parênteses. a) ... protegendo a família (QUE PROTEGIAM A FAMÍLIA). b) ... para apoiar o pé... (PORQUE APOIARIA O PÉ). c) ... e subir pelo cajueiro acima... (E QUE SUBIRIA PELO CAJUEIRO ACIMA). d) ... ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além... (PARA QUE VEJA DE LÁ O TELHADO DAS CASAS DO OUTRO LADO E OS MORROS ALÉM). e) ... sentir o leve balanceio da brisa da tarde (QUANDO SENTISSE O LEVE BALANCEIO DA BRISA DA TARDE). TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Pucsp 2002) O TIO AQUÁTICO 1 "Os primeiros vertebrados, que no Carbonífero deixaram a vida aquática pela vida terrestre, derivavam dos peixes ósseos pulmonados, cujas nadadeiras podiam ser roladas sob o corpo e usadas como patas sobre a terra". 2 Agora já estava claro que os tempos aquáticos haviam terminado, recordou o velho Qfwfq, e aqueles que se decidiam a dar o grande passo eram sempre em número maior, não havendo família que não tivesse algum dos seus entes queridos lá no seco; todos contavam coisas extraordinárias sobre o que se podia fazer em terra firme, e chamavam os parentes. Então, os peixes jovens, já não era mais possível ¢segurá-los; agitavam as nadadeiras nas margens lodosas PARA ver se funcionavam COMO patas, COMO haviam conseguido fazer os mais dotados. MAS precisamente naqueles tempos se acentuavam as diferenças entre nós: existia a família que vivia em terra havia várias gerações e cujos jovens ostentavam maneiras que já não eram de anfíbios mas quase de répteis; e existiam aqueles que ainda insistiam em bancar o peixe e assim se tornavam ainda mais peixes do que quando se usava ser peixe. (...) 3 Daquela vez a visita à lagoa foi mais longa. Estendemo-nos os três sobre uma das margens em declive: o tio mais para o lado da água, mas nós também a meio banho, de tal maneira que se alguém nos visse de longe, estirados uns ao lado dos outros, não saberia dizer quem era terrestre e quem aquático. 4 O peixe atacou um de seus refrãos preferidos: a superioridade da respiração na água sobre a respiração aérea, com todo o repertório de suas difamações. Agora LII toma as dores e lhe dá o merecido troco!, pensava. Mas eis que se viu aquele dia que LII usava uma outra tática: discutia com ardor, defendendo nossos pontos de vista, mas ao mesmo tempo levando muito a sério os argumentos do velho N'ba N'ga. 5 As terras emersas, segundo o tio, eram um fenômeno limitado: iriam desaparecer assim como vieram à tona, ou, de qualquer forma, ficariam sujeitos a mutações contínuas: vulcões, glaciações, terremotos, enrugamentos do terreno, mutações de clima e de vegetação. E nossa vida nesse meio devia enfrentar transformações contínuas, mediante as quais populações inteiras iriam desaparecer, e só haveria de sobreviver quem estivesse disposto a modificar de tal forma a base de sua existência, que as razões anteriormente possíveis de tornar a vida bela de viver seriam completamente transtornadas e esquecidas. (Calvino, I (1994). "As Cosmicômicas", São Paulo, Companhia das Letras, p. 71-83.) 41. As palavras destacadas no 2¡. parágrafo do texto indicam, respectivamente, a) finalidade, oposição, comparação, conformidade. b) oposição, finalidade, conformidade, oposição. c) conformidade, finalidade, oposição, comparação. d) finalidade, comparação, conformidade, oposição. e) comparação, finalidade, oposição, conformidade. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Unirio 2002) A ALMA ESFÉRICA DO CARIOCA "Chego do mato vendo tanta gente de cara triste pelas ruas, tanto silêncio de derrota dentro e fora das casas, como se o gosto da vida se tivesse encerrado, de vez, com as cinzas do finado carnaval dos últimos dias. Imperdoável melancolia de quem sabe, e sabe muito bem, que esta deliciosa cidade não é samba, apenas; que o Rio, alma do Brasil, afina também seus melhores sentimentos populares por outra paixão não menos respeitável - o futebol. Esse abençoado binômio, carnaval-futebol, é que explica e eterniza a alma esférica da gente mais alegre de nosso alegre País. Por que, então, chorar a festa passada se ao breve ciclo da fantasia do samba logo se segue a ardente realidade do futebol? Desmontaram o palanque por onde desfilou a elite do samba? E daí? Lá está o Maracanã, rampas gigantescas, assentos intermináveis, tudo pronto para o grande desfile de angústias e paixões que precedem a glória de um chute. Agora mesmo, alguém me veio dizer, contente, que a grama está uma beleza, de área a área, e que, com

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as últimas chuvas, o verde rebentou verdíssimo. Salgueiro, Fluminense, Mangueira, Flamengo, Império, Botafogo - milagrosa alternação de emoções na vida de uma cidade; passos e passes de uma gente que curtiu seu amor ao mesmo tempo no contratempo de um tamborim e no instante infinito de um gol. Mal se foi o Salgueiro, já vem chegando o Flamengo, preto e vermelho, apontando, ardente, na boca do túnel que se abre para a multidão em delírio. Couro de gato, bola de couro, quicando e repicando pela glória de uma cidade que não tem por que chorar tristezas. Rio." (Armando Nogueira) 42. "... COMO SE O GOSTO DA VIDA SE TIVESSE ENCERRADO", a passagem destacada estabelece com a anterior, uma idéia de: a) conseqüência b) comparação c) concessão d) explicação e) conclusão TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ita) SOBRE ARTES E ARTISTAS "Uma coisa que realmente não existe é aquilo a que se dá o nome de Arte. Existem somente artistas. Outrora, eram homens que apanhavam terra colorida e modelavam toscamente as formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas tintas e desenham cartazes para os tapumes; eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica ninguém chamar a todas essas atividades arte, desde que conservemos em mente que tal palavra pode significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com A maiúsculo não existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo passou a ser algo de um bicho-papão e de um fetiche. Podemos esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser muito bom no seu gênero, só que não é "Arte". E podemos desconcertar qualquer pessoa que esteja contemplando com prazer um quadro, declarando que aquilo de que ela gosta não é Arte, mas algo muito diferente. Na realidade, não penso que existam quaisquer razões erradas para se gostar de um quadro ou de uma escultura. Alguém pode gostar de uma paisagem porque ela lhe recorda seu berço natal, ou de um retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso. (...) Somente quando alguma recordação irrelevante nos torna parciais e preconceituosos, quando instintivamente voltamos as costas a um quadro magnífico de uma cena alpina porque não gostamos de praticar alpinismo, é que devemos perscrutar o nosso íntimo para desvendar as razões da aversão que estraga um prazer que de outro modo poderíamos ter. Há razões erradas para não se gostar de uma obra de arte." E. H. Gombrich 43. As orações "desde que conservemos em mente" e "é que devemos perscrutar o nosso íntimo..." funcionam respectivamente como: a) subordinada temporal e subordinada temporal b) subordinada concessiva e subordinada substantiva c) subordinada condicional e oração principal d) subordinada adverbial e subordinada adjetiva e) subordinada adjetiva e subordinada adjetiva TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Fatec 2005) Romance XXXIV ou de Joaquim Silvério Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério: que ele traiu Jesus Cristo, tu trais um simples Alferes. Recebeu trinta dinheiros... -- e tu muitas coisas pedes: pensão para toda a vida, perdão para quanto deves, comenda para o pescoço, honras, glória, privilégios. E andas tão bem na cobrança que quase tudo recebes! Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério! Pois ele encontra remorso, coisa que não te acomete. Ele topa uma figueira,

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tu calmamente envelheces, orgulhoso impenitente, com teus sombrios mistérios. (Pelos caminhos do mundo, nenhum destino se perde: há os grandes sonhos dos homens, e a surda força dos vermes.) (Cecília Meirelles, "Romanceiro da Inconfidência.") 44. Melhor negócio que Judas / fazes tu, Joaquim Silvério: / QUE ELE TRAIU JESUS CRISTO E andas tão bem na cobrança QUE QUASE TUDO RECEBES. Assinale a alternativa em que se identifica, correta e respectivamente, o valor sintático e de sentido das orações destacadas. a) Explicação e conseqüência. b) Causa e causa. c) Causa e explicação. d) Explicação e explicação. e) Conseqüência e causa. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Faap) Texto I "Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Gonçalves Dias Texto II Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações. A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade! Murilo Mendes 45. "As aves que aqui gorjeiam, / não gorjeiam como lá.". Oração principal: a) as aves que aqui gorjeiam b) as aves gorjeiam c) que aqui gorjeiam d) as aves não gorjeiam e) como lá (gorjeiam) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufrs 2005) O CÉREBRO E A MEMÓRIA Como se formam lembranças no cérebro de um bebê? §Por que uma melodia romântica pode disparar sensações tão agradáveis? Por que não conseguimos nos lembrar do que aconteceu conosco antes dos três anos de idade? Lembrar não implica apenas arquivamento de informações. É difícil perceber, mas precisamos de memória para atribuir sentido ................ experiências vivenciadas e conectá-las com outras. ¨Não notamos, mas precisamos da memória também, por exemplo, para associar............. bicicleta caída ............. um tombo que levamos ou para acertar o trajeto da cozinha ................ sala. Na infância, quando aprendemos a andar, há uma explosão de conexões entre as células cerebrais. Cada experiência, por mais trivial que seja, imprime uma marca no cérebro, formando um circuito entre neurônios. Já as

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memórias que perdem o interesse vão sendo descartadas. Essa constante transformação do cérebro impede que haja duas pessoas iguais no mundo. Uma curiosidade da memória é a seleção. Convenhamos: armazenar tudo seria tão inútil quanto não guardar nada. Então, para não se sobrecarregar, o cérebro é sábio. Divide as tarefas e usa tipos diferentes de memória. ¦Para entender e escrever o que se ouve ou se lê, usa-se uma memória descartável. Essa é a memória de trabalho. O cérebro sabe que não precisa guardar informações corriqueiras por muito tempo. Por isso, reserva espaço para a memória de longa duração; Dessa forma, o cérebro escolhe o que vai formar nossa bagagem de experiências. Algumas lembranças, entretanto, parecem emergir do nada: uma música pode reacender as sensações de um jantar romântico. ¢¥Nesse caso, o cérebro associou a melodia ao rosto, ao cheiro, ao nome de uma pessoa. Naquele momento, neurônios formaram conexões para reconhecer todos os detalhes. A imagem foi montada pelo córtex visual: o perfume foi reconhecido no córtex olfativo; a música e as emoções do momento foram registradas em outras áreas do cérebro. ¢¦Mesmo finda a seqüência, a cena ainda não estará completamente arquivada. As informações, frescas, precisam passar pelo hipocampo, que, como uma cola, reforçará cada elo do circuito de neurônios. Uma interrupção pode, inclusive, causar a desgravação ou a não gravação. Por isso, depois de um acidente de carro, por exemplo, a vítima esquece momentos imediatamente anteriores à batida. Um trauma interrompeu uma fase de gravação. Uma vez fixado, um circuito de neurônios pode ficar no cérebro por décadas. Por isso, tempos depois, num bar, distraído, você ouve aquela música e pronto! Uma coisa puxa a outra e será suficiente para reativar todo o circuito. Aliás, a lembrança pode ser até mais agradável do que foi o acontecimento real. Adaptado de: VARELLA, Dráuzio. "O cérebro e a mente" (Série 'Cérebro, a máquina'). Disponível em: <http://www.drauziovarella.com.br> 46. Considere o penúltimo parágrafo do texto, que inicia com a frase "Mesmo finda a seqüência, a cena ainda não estará completamente arquivada" (ref. 15). O tipo de relação semântica que há entre esse parágrafo e o que o precede é de a) reiteração. b) temporalidade. c) concessão. d) conclusão. e) conseqüência. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Fei) "Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de FINADO. Escrevi-a com a pena da GALHOFA e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse CONÚBIO. Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo que a gente FRÍVOLA não achará nele seu romance usual; ei-lo aí fica PRIVADO da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião". 47. Observe o período: "ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, QUE SÃO AS DUAS COLUNAS MÁXIMAS DA OPINIÃO". Assinale a alternativa que analise corretamente a oração em destaque: a) oração coordenada sindética aditiva b) oração coordenada sindética adversativa c) oração subordinada substantiva objetiva direta d) oração subordinada adverbial temporal e) oração subordinada adjetiva explicativa TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Uel 2005) "Uma feita janeiro chegado Macunaíma acordou tarde com o pio agourento do tincuã. No entanto era dia feito e a cerração já entrara pro buraco... O herói tremeu e apalpou o feitiço que trazia no pescoço, um ossinho de piá morto pagão. Procurou o aruaí, desaparecera. Só o galo com a galinha brigando por causa duma aranha derradeira. Fazia um calorão parado tão imenso que se escutava o sininho de vidro dos gafanhotos. Vei, a Sol, escorregava pelo corpo de Macunaíma, fazendo cosquinhas, virada em mão de moça. Era malvadeza da vingarenta só por causa do herói não ter se amulherado com uma das filhas da luz. A mão da moça vinha e escorregava tão de manso no corpo... Que vontade nos músculos pela primeira vez espetados depois de tanto tempo! Macunaíma se lembrou que fazia muito não brincava. Água fria diz que é bom pra espantar as vontades... O herói escorregou da rede, tirou a penugem de teia vestindo todo o corpo dele e descendo até o vale de Lágrimas foi tomar banho num sacado perto que os repiquetes do tempo-das-águas tinham virado num lagoão. Macunaíma depôs com delicadeza os legornes na praia e se chegou pra água. A lagoa estava toda coberta de ouro e prata e descobriu o rosto deixando ver o que tinha no fundo. E Macunaíma enxergou lá no fundo uma cunhã lindíssima, alvinha e padeceu de mais vontade. E a cunhã lindíssima era a Uiara." (ANDRADE, Mário de. "Macunaíma: o herói sem nenhum caráter". Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos; São Paulo: Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1978. p. 142.) 48. Analise o período: "Fazia um calorão parado tão imenso que se escutava o sininho de vidro dos gafanhotos".

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Assinale a alternativa que apresenta a correta relação entre as duas orações do período. a) Há uma relação de comparação entre as duas orações. b) Há uma relação de proporção entre as duas orações. c) A primeira oração é conseqüência da segunda. d) A segunda oração é causa da primeira. e) A segunda oração é conseqüência da primeira. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufrrj 2004) TEXTO O ambiente espiritual do nosso tempo caracteriza-se pelo horror ao esforço, pelo imediatismo, pela falta de sólida e madura preparação para a vida. A grande arma de vitória é a improvisação, e a grande virtude, a audácia. Uma perigosa filosofia do êxito fácil, conjugada com a filosofia do conforto, insinuou-se profundamente entre a nossa mocidade, alterando a concepção geral da vida, pela subestima dos valores éticos e privativamente humanos. ¢Daí aquele horror ao esforço, a fuga à reflexão, a ausência de formação longa e fecunda. £Daí uma atitude de falsa independência, desrespeitadora dos valores éticos e das autoridades naturais e constituídas. Daí um obscurecimento da noção profunda do dever, entendido como necessidade moral, como fidelidade do homem a si mesmo e, principalmente, a Deus. Substituiu-se esse conceito verdadeiro pela idéia de "dever" imposição exterior, a que se satisfaz por atos materiais, superficiais, faltos de toda substância ética, pois eles serão negados ou defraudados quando falte o olho policial. É o espírito farisaico, a ética das aparências. Donde decorre e se alastra com pavorosa rapidez uma mentalidade de sabotagem. Há forte tendência para desumanizar o trabalho, procurando cada qual, na atividade que exerce, tirar o máximo de proveitos, lícitos ou ilícitos (aliás, é esta uma distinção que se vai esmaecendo!), e dar o menos possível de sua pessoa. MELO, Gladstone C. de. "A língua do Brasil". Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1975. 3� ed., p. 176. 49. Leia atentamente o trecho abaixo. "Substituiu-se esse conceito verdadeiro pela idéia de "dever" imposição exterior, a que se satisfaz por atos materiais, superficiais, faltos de toda substância ética, pois eles serão negados ou defraudados QUANDO FALTE O OLHO POLICIAL." Sobre a oração destacada, é correto afirmar que a) se trata de uma oração temporal, não sendo possível acrescentar a esta idéia de tempo nenhuma outra. b) a presença do subjuntivo na oração pode fazer com que a idéia de tempo se complemente com a de finalidade. c) a presença do subjuntivo na oração contribui para a certeza de que, no tempo futuro, as ações enunciadas na oração anterior serão realizadas. d) a idéia de futuro e o uso do subjuntivo dão à oração um sentido de incerteza, tornando também possível uma interpretação de condição. e) a idéia de futuro e o uso do subjuntivo dão à oração um sentido de conseqüência que se deve seguir às explicações. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES. (Faap) "UMA VELA PARA DARIO" Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou no chão o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque. Estendeu-se mais um pouco, deitado agora na calçada, o cachimbo a seu lado tinha apagado. Um rapaz de bigode pediu ao grupo que se afastasse, deixando-o respirar. E abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou pela garganta e um fio de espuma saiu do canto da boca. Cada pessoa que chegava se punha na ponta dos pés, embora não pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram acordadas e vieram de pijama às janelas. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao lado dele. Uma velhinha de cabeça grisalha gritou que Dario estava morrendo. Um grupo transportou-o na direção do táxi estacionado na esquina. Já tinha introduzido no carro metade do corpo, quando o motorista protestou: se ele morresse na viagem? A turba concordou em chamar a ambulância. Dario foi conduzido de volta e encostado à parede - não tinha os sapatos e o alfinete de pérola na gravata. (Dalton Trevisan) 50. "(1) Cada pessoa / (2) que chegava, / (1) se punha na ponta dos pés, / (3) embora não pudesse ver." Há no texto três orações, e estão numeradas. A primeira - CADA PESSOA SE PUNHA NA PONTA DOS PÉS - chama-se:

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a) absoluta b) principal c) coordenada assindética d) coordenada sindética e) subordinada 51. "(1) Cada pessoa / (2) que chegava, / (1) se punha na ponta dos pés, / (3) embora não pudesse ver." Há no texto três orações, e estão numeradas. A terceira - EMBORA NÃO PUDESSE VER - oferece uma idéia de: a) causa b) fim c) condição d) concessão e) conseqüência TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Cesgranrio) O IMPÉRIO DA LEI 1 O desfecho da crise política deu uma satisfação a um anseio fundamental dos brasileiros: o de que a lei seja respeitada por todos. Estamos, agora, diante da imperiosa necessidade de dar prosseguimento ao processo de regeneração dos costumes políticos e da restauração dos princípios éticos na vida pública, que nada mais é do que se conseguir em novas bases um consenso em torno da obediência civil. 2 Existem reformas pendentes nas áreas política e econômica, lacunas constitucionais a serem preenchidas, regulamentações não realizadas, aprimoramentos da Carta que deverão ocorrer em datas já definidas. Mas estas tarefas não esgotam a pauta de urgências da cidadania. É indispensável inculcar no cidadão comum o respeito à lei. 3 Esta aspiração é antiga no Brasil. Capistrano de Abreu já sonhava com uma Constituição com dois únicos artigos: 1- A partir, desta data, todo brasileiro passa a ter vergonha na cara; 2- Revogam-se as disposições em contrário. Num país que combina o furor legiferante à tradição de impunidade, o historiador compreendeu que o problema era menos a ausência de leis do que a generalizada e permanente tendência em desobedecê-las. Simplificar e cumprir foram suas palavras de ordem. 4 O sociólogo americano Phillip Schmitter se confessou abismado pela naturalidade com que os brasileiros transgridem as leis em vigor. É de se duvidar se uma Constituição como a de Capistrano "pegaria" no Brasil. Uma vez adotado o "cumpra-se a lei", as normas vigentes não seriam suficientes? Caso não fossem que mecanismos garantiriam o imediato cumprimento da nova lei? Mais: a desobediência à nova lei não aprofundaria ainda mais a desconfiança nas instituições? São questões que surgem espontaneamente num país cuja cidadania ainda não internalizou a lei. Jornal do Brasil, 01/10/92, p.10 52. "(...), lacunas constitucionais A SEREM PREENCHIDAS, (...)" Aponte a opção que apresenta a classificação sintática CORRETA da oração em destaque: a) oração subordinada substantiva completiva nominal. b) oração subordinada adjetiva restritiva. c) oração subordinada adverbial final. d) oração subordinada substantiva objetiva indireta. e) oração subordinada adverbial conformativa. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Pucsp) Leia a seguir alguns trechos do capítulo 36, da obra SÃO BERNARDO, de Graciliano Ramos, e responda às questões. "Foi aí que me surgiu a idéia esquisita de, com o auxílio de mais entendidas que eu, compor esta história. A idéia gorou, o que já declarei. Há cerca de quatro meses, porém, enquanto escrevia a certo sujeito de Minas, recusando um negócio confuso de porcos e gado zebu, ouvi um grito de coruja e sobressaltei-me." (...) De repente voltou-me a idéia de construir o livro. Assinei a carta ao homem dos porcos e, depois de vacilar um instante, porque nem sabia começar a tarefa, redigi um capítulo. Desde então procuro descascar fatos, aqui sentado à mesa da sala de jantar, fumando cachimbo e bebendo café, à hora em que os grilos cantam e a folhagem das laranjeiras se tinge de preto. (...) Anteontem e ontem, por exemplo, foram dias perdidos: Tentei de balde canalizar para termo razoável esta prosa que se derrama como a chuva da serra, e o que me apareceu foi um grande desgosto. Desgosto e a vaga compreensão de muitas coisas que sinto. 53. Leia com atenção as afirmações a seguir. I. Em "Há cerca de quatro meses...", se empregássemos o verbo HAVER por FAZER, teríamos: "Fazem cerca de quatro meses". II. Em "fumando cachimbo e bebendo café", há paralelismo sintático e ambas as orações são subordinadas adverbiais temporais, reduzidas de gerúndio. III. A oração "que me apareceu" é subordinada adjetiva, iniciada pejo conectivo "que", pronome relativo, cuja função sintática é sujeito. Podemos considerar corretas as informações: a) I e II apenas; b) II e III apenas; c) I e III apenas; d) todas; e) nenhuma.

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puccamp) Ação à distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, Holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses cem últimos anos, aparece a verdadeira doença do progresso... O século que chega ao fim é o que presenciou o Holocausto, Hiroshima, os regimes dos Grandes Irmãos e dos Pequenos Pais, os massacres do Camboja e assim por diante. Não é um balanço tranqüilizador. Mas o horror desses acontecimentos não reside apenas na quantidade, que, certamente, é assustadora. Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco a remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. Em algumas dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das teorias revolucionárias de Einstein e a seu questionamento. O custo dessa aceleração da descoberta é a hiperespecialização. Estamos em via de viver a tragédia dos saberes separados: quanto mais os separamos, tanto mais fácil submeter a ciência aos cálculos do poder. Esse fenômeno está intimamente ligado ao fato de ter sido neste século que os homens colocaram mais diretamente em questão a sobrevivência do planeta. Um excelente químico pode imaginar um excelente desodorante, mas não possui mais o saber que lhe permitiria dar-se conta de que seu produto irá provocar um buraco na camada de ozônio. O equivalente tecnológico da separação dos saberes foi a linha de montagem. Nesta, cada um conhece apenas uma fase do trabalho. Privado da satisfação de ver o produto acabado, cada um é também liberado de qualquer responsabilidade. Poderia produzir venenos sem que o soubesse - e isso ocorre com freqüência. Mas a linha de montagem permite também fabricar aspirina em quantidade para o mundo todo. E rápido. Tudo se passa num ritmo acelerado, desconhecido dos séculos anteriores. Sem essa aceleração, o Muro de Berlim poderia ter durado milênios, como a Grande Muralha da China. É bom que tudo se tenha resolvido no espaço de trinta anos, mas pagamos o preço dessa rapidez. Poderíamos destruir o planeta num dia. Nosso século foi o da comunicação instantânea, presenciou o triunfo da ação à distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-se em comunicação com Pequim. Aperta-se um botão e um país inteiro explode. Aperta-se um botão e um foguete é lançado a Marte. A ação à distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime. Ciência, tecnologia, comunicação, ação à distância, princípio da linha de montagem: tudo isso tornou possível o Holocausto. A perseguição racial e o genocídio não foram uma invenção de nosso século; herdamos do passado o hábito de brandir a ameaça de um complô judeu para desviar o descontentamento dos explorados. Mas o que torna tão terrível o genocídio nazista é que foi rápido, tecnologicamente eficaz e buscou o consenso servindo-se das comunicações de massa e do prestígio da ciência. Foi fácil fazer passar por ciência uma teoria pseudocientífica porque, num regime de separação dos saberes, o químico que aplicava os gases asfixiantes não julgava necessário ter opiniões sobre a antropologia física. O Holocausto foi possível porque se podia aceitá-lo e justificá-lo sem ver seus resultados. Além de um número, afinal restrito, de pessoas responsáveis e de executantes diretos (sádicos e loucos), milhões de outros puderam colaborar à distância, realizando cada qual um gesto que nada tinha de aterrador. Assim, este século soube fazer do melhor de si o pior de si. Tudo o que aconteceu de terrível a seguir não foi se não repetição, sem grande inovação. O século do triunfo tecnológico foi também o da descoberta da fragilidade. Um moinho de vento podia ser reparado, mas o sistema do computador não tem defesa diante da má intenção de um garoto precoce. O século está estressado porque não sabe de quem se deve defender, nem como: somos demasiado poderosos para poder evitar nossos inimigos. Encontramos o meio de eliminar a sujeira, mas não o de eliminar os resíduos. Porque a sujeira nascia da indigência, que podia ser reduzida, ao passo que os resíduos (inclusive os radioativos) nascem do bem-estar que ninguém quer mais perder. Eis porque nosso século foi o da angústia e da utopia de curá-la. Espaço, tempo, informação, crime, castigo, arrependimento, absolvição, indignação, esquecimento, descoberta, crítica, nascimento, vida mais longa, morte... tudo em altíssima velocidade. A um ritmo de STRESS. Nosso século é o do enfarte. (Adaptado de Umberto Eco, Rápida Utopia. "VEJA, 25 anos, Reflexões para o futuro". São Paulo, 1993). 54. "Estamos em via de viver a tragédia dos saberes separados: QUANTO MAIS os separamos, TANTO MAIS fácil submeter a ciência aos cálculos do poder." .......................................................................................... "É bom que tudo se tenha resolvido no espaço de trinta anos, MAS pagamos o preço dessa rapidez." As relações que as palavras destacadas introduzem no texto são, respectivamente, de a) conseqüência – explicação b) finalidade – tempo c) conclusão - adição d) proporção – contraste e) alternância – concessão TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

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(Uece 2007) ANVERSO E REVERSO ¦Cada indivíduo tem sua ¢configuração espiritual, e ela não muda com os anos. ¥É tão constante quanto nossos cromossomos ou as nossas impressões digitais. §As circunstâncias é que variam, permitindo por vezes que certos tipos ofereçam de si uma imagem nova e até surpreendente, num desmentido a £julgamentos anteriores. Só em determinadas circunstâncias é que se pode medir bem a têmpera de um indivíduo, sua inteligência, sua loucura, sua poesia, sua capacidade de amar. Mas o indivíduo não muda. Mudam os ângulos e as luzes com que o vemos. Por isso somos freqüentemente forçados a alterar julgamentos anteriores, errôneos e incompletos sobre as pessoas. Já Machado de Assis assinalara ao contrário da voz corrente que a ocasião não faz o ladrão. A ocasião faz o roubo. O ladrão nasce feito. Também a honestidade não é um traço permanente. É uma conquista de cada dia. Só é permanente a tentação e a possibilidade de sucumbir a ela. A bondade resulta de muitos fatores, todos variáveis. ¤Já se disse que a saúde é um estado provisório que não prenuncia nada de bom. O mesmo se pode dizer da virtude. Tudo é provisório no homem, até o crime. Daí a impossibilidade de conhecimento dos outros, e até mesmo de nós próprios. Quando encontro alguém, após ausência de algumas semanas, sempre inicio uma conversa com cautela. Posso não ter mais diante de mim a mesma pessoa. (Adaptado de "A Psicologia do Brasileiro", CARNEIRO, J. Fernando. São Paulo: Ed. Agir, 1971) 55. "As circunstâncias é que variam, permitindo por vezes QUE CERTOS TIPOS OFEREÇAM DE SI UMA IMAGEM NOVA E ATÉ SURPREENDENTE" (ref. 6). Marque a alternativa em que a oração destacada tem a mesma função da oração destacada acima. a) Sabe-se QUE O HOMEM É UM SER MUTÁVEL. b) O homem é QUE, MUITAS VEZES, SE PERVERTE. c) Não sabemos POR QUE CERTAS PESSOAS MUDAM DE CARÁTER CONSTANTEMENTE. d) É verdade QUE O HOMEM AINDA É UM UNIVERSO DESCONHECIDO. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Faap) SONETO DE SEPARAÇÃO De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. (Vinícius de Morais) 56. "Que dos olhos desfez a última chama" Oração subordinada: a) substantiva subjetiva b) substantiva objetiva direta c) substantiva objetiva indireta d) substantiva completiva nominal e) adjetiva TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Mackenzie) Segundo a crença popular do Nordeste, quando morrem anjinhos, ainda não acostumados com as coisas da vida e quase sem conhecer as coisas de Deus, é preciso que os seus olhos sejam mantidos abertos para que possam encontrar com mais facilidade o caminho do céu. Pois, com os olhos fechados, os anjinhos errariam cegamente pelo limbo, sem nunca encontrar a morada do Senhor. (Sebastião Salgado) 57. Assinale a alternativa correta.

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a) A oração "que os seus olhos sejam mantidos abertos" é subordinada substantiva objetiva direta. b) No primeiro período há duas orações reduzidas, cuja função é caracterizar o sujeito da oração anterior, a qual é, por sua vez, subordinada adverbial temporal. c) A conjunção "pois" que inicia o segundo período dá idéia de conclusão. d) A terceira pessoa do plural de "sejam mantidos abertos" indica a indeterminação do sujeito. e) Quanto à predicação, o verbo "encontrar", da última oração, é transitivo direto e indireto. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Uflavras 2000) "A ORDEM É SE ASSUMIR" Artur da Távola As expressões ou palavras que entram na moda erudita das cidades são muito significativas. Mas se massificam tanto pelo uso abusivo, que se acaba ficando com o ouvido raivoso de tanto as escutar. Observo nas minhas próprias crônicas a insistência com algumas palavrinhas da moda que se tornaram chatas. Uma que uso muito é "mobilizar". Outra é "empatia". Uma terceira, "feedback". Tenho um amigo que, depois de descobrir o que quer dizer "feedback", a utiliza até para comprar um cachorro-quente naquelas carrocinhas da praia. Já está chamando o troco de "feedback"... O mais engraçado dessas palavras é que todo mundo sabe mais ou menos o que significam, mas ninguém lhes conhece o sentido exato. Por isso ganham tanta notoriedade. A partir do momento em que uma palavra pode significar várias coisas, estamos salvos. É só usá-la e dar a explicação que se quiser. Outra em grande evidência é "gratificar". Vinda da psicanálise e atingindo as normas cultas do falar urbano-zona-sul-carioca, portanto ganhando jornais, artistas e televisão e, por aí, o grande público, "gratificar" serve para tudo. "Fiquei muito gratificada com o que você disse", diz a menininha, saborosa de doer, frente a qualquer coisa. "Ah - diz o intelectual - isso é altamente gratificante." E tome gratificação a torto e a direito. E a gente escutando. Gratificação pra cá, gratificação prá lá, mas gratificação no duro, aquele tutu que sempre achamos merecer, essa que é a boa, nunca vem. "Eu fui, sabe, até a praia. Lá naquela duna, sabe, eu vi aquele cara, sabe, aí, sabe, ele estava escutando o rádio de pilha, sabe, naquela música, sabe, na qual, sabe, eu me amarro, sabe." Este "sabe" é dito mole e escorregadamente como muleta respiratória ou pausa, sabe, para encontrar a palavra adequada que não vem nunca ... Também em grande destaque, neste outono, o "assumir". Está todo mundo "se assumindo" ou "assumindo" algo. É um tal de "se assumir" que parece que antes a pessoa não existia, ou era um "cargo" vago até que resolveu "assumi-lo", assumindo-se. O que há de pessoas vagas por aí tentando assumir-se, assume assombrosas proporções. O pior é quando malandro assume o que sempre temeu e aí requebra de vez ... "Assume-se" tudo: a carreira, a culpa, a confusão, a neurose. Já vi mães jovens que um belo dia descobrem a pólvora: - "Sabe, resolvi assumir os meus filhos." Espantado, pergunto: - "Por quê? Você se separou e agora tem a seu cargo a manutenção dos meninos?" - "Não - responde a princesa - separei nada. É que descobri que ainda não tinha assumido a maternidade e resolvi assumir os meus filhos. Sabe, criança é um barato." De tanto ouvir essas coisas (e até escrevê-las em meu sugante trabalho de colunista diário), sinto vontade de compor o samba-modelo da Zona Sul: "Gratifiquei meu feedback assumindo minha empatia. Mobilizei minha neurose para não entrar em entropia. Inserido no contexto, sabe, devolvi a gratificação mas vi ser problema estrutural e angustiado repudiei a frustração." Não haverá um compositor bondoso e baiano (também é moda) para botar música de samba ou rock nesta letra-modelo da atual temporada? O estribilho seria assim: "gratificação, gratificação, com você eu derroto a inflação." (bis) 58. "Observo nas minhas próprias crônicas a insistência com algumas palavrinhas da moda QUE SE TORNARAM CHATAS."

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A oração destacada no período da questão anterior é: a) subordinada adjetiva. b) principal. c) coordenada sindética. d) subordinada adverbial. e) subordinada substantiva. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Cesgranrio) A MORTE DA PORTA-ESTANDARTE 1 Que adianta ao negro ficar olhando para as bandas do Mangue ou para os lados da Central? 2 Madureira é longe e a amada só pela madrugada entrará na praça, à frente do seu cordão. 3 Todos percebem que ele está desassossegado, que uma paixão o está queimando por dentro. 4 Sua agonia vem da certeza de que é impossível que alguém possa olhar para Rosinha sem se apaixonar. E nem de longe admite que ela queira repartir o amor. 5 A praça transbordava. (...) Só depois que Rosinha chegasse começaria o Carnaval.(...) 6 A praça inteira está cantando, tremendo. O corpo de Rosinha não tardaria a boiar sobre ela como uma pétala.(...) 7 Acima das vagas humanas os estandartes palpitam como velas.(...) 8 Dezenas de estandartes pareciam falar, transmitiam mensagens ardentes, sacudiam-se, giravam, paravam, desfalecendo, reclinavam-se para beijar, fugiam...(...) 9 Se quiser agora sair daquele lugar, já não poderá mais, se sente pregado ali. O gemido cavernoso de uma cuíca próxima ressoa-lhe fundo no coração. - Cuíca de meu agouro, vai roncar no inferno...(...) 10 E está sofrendo o preto. Os felizes estão-se divertindo. Era preferível ser como os outros, qualquer dos outros a quem a morena poderá pertencer ainda, do que ser alguém como ele, de quem ela pode escapar. Uma rapariga como Rosinha, a felicidade de tê-la, por maior que seja, não é tão grande como o medo de perdê-la.(...) 11 O negro está hesitante. As horas caminham e o bloco de Madureira é capaz de não vir mais. Os turistas ingleses contemplam o espetáculo à distância, e combinam o medo com a curiosidade.(...) 12 No fundo da praça uma correria e começo de pânico. Ouvem-se apitos. As portas de aço descem com fragor. As canções das Escolas de samba prosseguem mais vivas, sinfonizando o espaço poeirento. A inglesa velha está afobada, puxa a família, entra por uma porta semicerrada. 13 - Mataram uma moça!(...) 14 O crime do negro abriu uma clareira silenciosa no meio do povo. Ficaram todos estarrecidos de espanto vendo Rosinha fechar os olhos. O preto ajoelhado bebia-lhe mudamente o último sorriso, e inclinava a cabeça de um lado para outro como se estivesse contemplando uma criança. (...) (Aníbal M. Machado) 59. Em "Ficaram todos estarrecidos de espanto VENDO Rosinha fechar os olhos." (par. 14), a oração reduzida em destaque pode ser assim desenvolvida: a) embora não vissem. b) contanto que vissem. c) por isso viam. d) enquanto viam. e) de modo que viam. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puccamp) A questão da descriminalização das drogas se presta a freqüentes simplificações de caráter maniqueísta, que acabam por estreitar um problema extremamente complexo, permanecendo a discussão quase sempre em torno da droga que está mais em evidência. Vários aspectos relacionados ao problema (abuso das chamadas drogas lícitas, como medicamentos, inalação de solventes, etc.) ou não são discutidos, ou não merecem a devida atenção. A sociedade parece ser pouco sensível, por exemplo, aos problemas do alcoolismo, que representa a primeira causa de internação da população adulta masculina em hospitais psiquiátricos. Recente estudo epidemiológico realizado em São Paulo apontou que 8% a 10% da população adulta apresentavam problemas de abuso ou dependência de álcool. Por outro lado, a comunidade mostra-se extremamente sensível ao uso e abuso de drogas ilícitas, como maconha, cocaína, heroína, etc. Dois grupos mantêm acalorada discussão. O primeiro acredita que somente penalizando traficantes e usuários pode-se controlar o problema, atitude essa centrada, evidentemente, em aspectos repressivos. Essa corrente atingiu o seu maior momento logo após o movimento militar de 1964. Seus representantes acreditam, por exemplo, que "no fim da linha" usuários fazem sempre um pequeno comércio, o que, no fundo, os igualaria aos traficantes, dificultando o papel da Justiça. Como solução, apontam, com freqüência, para os reconhecidamente muito dependentes, programas extensos a serem desenvolvidos em fazendas de recuperação, transformando o tratamento em um programa agrário. Na outra ponta, um grupo "neoliberal" busca uma solução nas regras do mercado. Seus integrantes acreditam que, liberando e taxando essas drogas através de impostos, poderiam neutralizar seu comércio, seu uso e seu abuso. As experiências dessa natureza em curso em outros países não apresentam resultados animadores. Como uma terceira opção, pode-se olhar a questão considerando diversos ângulos. O usuário eventual não

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necessita de tratamento, deve ser apenas alertado para os riscos. O dependente deve ser tratado, e, para isso, a descriminalização do usuário é fundamental, pois facilitaria muito seu pedido de ajuda. O traficante e o produtor devem ser penalizados. Quanto ao argumento de que usuários vendem parte do produto: é fruto de desconhecimento de como se dão as relações e as trocas entre eles. Duplamente penalizados, pela doença (dependência) e pela lei, os usuários aguardam melhores projetos, que cuidem não só dos aspectos legais, mas também dos aspectos de saúde que são inerentes ao problema. (Adaptado de Marcos P. T. Ferraz, "Folha de São Paulo") 60. A alternativa que contém uma oração com função de objeto direto é: a) A sociedade parece ser pouco sensível, por exemplo, aos problemas do alcoolismo, que representa a primeira causa de internação da população adulta masculina em hospitais psiquiátricos. b) Por outro lado, a comunidade mostra-se extremamente sensível ao uso e abuso de drogas ilícitas, como maconha, cocaína, heroína, etc. c) Recente estudo epidemiológico realizado em São Paulo apontou que 8% a 10% da população adulta apresentavam problemas de abuso ou dependência de álcool. d) Quanto ao argumento de que usuários vendem parte do produto: é fruto de desconhecimento de como se dão as relações e as trocas entre eles. e) Duplamente penalizados, pela doença (dependência) e pela lei, os usuários aguardam melhores projetos, que cuidem não só dos aspectos legais, mas também dos aspectos de saúde que são inerentes ao problema. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufu 2007) ¤A histórica falta de lucidez de sucessivos governos para solucionar os problemas sociais provoca hoje o fenômeno social da informalidade e do crime, e o comércio ostensivo de produtos piratas toma conta dos logradouros públicos. A tolerância de parte da população - que consome, conscientemente, esses produtos ilegais - e dos governos - que, muitas vezes, cedem os espaços públicos, sob o argumento de que "a informalidade é a alternativa para o desemprego" - só estimula o aumento dessa atividade, dominada por organizações criminais de alcance internacional. O comércio ostensivo de produtos piratas e o consumo consciente de tais produtos são sinais de uma sociedade que já não se abala com a violação de normas. Infelizmente, cada vez mais pessoas incluem na rotina diária a violação como forma de ter vantagens, o que constitui gravíssima questão cultural. Essa cultura que aceita e valoriza a transgressão - desde que ela traga vantagens - passa de uma geração para a outra, e, em cada nova geração, o problema se agrava, pois cada vez mais se perde o contato com um padrão ético que um dia existiu. E todos caminhamos na direção de uma sociedade transgressora, sem limites éticos e sem segurança jurídica. Por isso, a abordagem do Estado para o comércio informal de produtos piratas não pode envolver a tolerância ao crime. É exatamente o conjunto de todas as "pequenas tolerâncias" que nos leva a uma sociedade amedrontada pelos "grandes crimes". Aceitar a pirataria sob a alegação de que ela pode ser a válvula de escape para o problema social do desemprego é um gravíssimo erro. Se não formos capazes de evitar as causas sociais da criminalidade, tolerar o crime porque atrás dele pode estar essa questão social é errar outra vez. O dinheiro que entra no comércio da pirataria - por exemplo, quando um pai, acompanhado de seu filho, compra um DVD infantil pirata de um camelô - circula pelos vasos comunicantes que interligam as diversas organizações criminais na clandestinidade e poderá se materializar na frente daquela criança, na forma de um traficante na porta da escola. Esse é o preço que se paga pela tolerância ao crime, disfarçado de solução informal para problemas sociais não resolvidos. Sob o aspecto criminal, aceitar ou mesmo estimular que a polícia tolere o crime porque pode existir por trás dele a questão social é dar a ela um poder que, no futuro, poderá voltar-se contra o próprio cidadão. A polícia deve agir dentro de um espaço discricionário perfeitamente delimitado pela lei, o que constitui, sobretudo, uma garantia para a sociedade. Essa obrigação não se limita à polícia, mas se estende às administrações municipais, já que o ato de comércio deve ser regulado e fiscalizado pelas prefeituras, que têm o poder-dever de agir quando a atividade de comércio é exercitada irregularmente, como na venda de produtos piratas. Sob o aspecto econômico, a informalidade é uma das causas do baixo crescimento do país. Se eliminássemos a informalidade, nossa economia cresceria mais 2,5 pontos percentuais por ano, segundo a consultoria McKinsey. A informalidade e a pirataria espantam os investimentos externos produtivos, geradores de desenvolvimento. Um país com elevados índices de informalidade e de desrespeito à propriedade intelectual é visto como uma mesa de jogo de azar, só atraindo o investimento especulativo. E não podemos jamais esquecer que, se de um lado existem pessoas que optaram por violar a lei,

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comercializando produtos piratas, de outro lado existem muitos cidadãos honestos que são duplamente virtuosos: pois são honestos e porque, todo dia, optam por continuar honestos, a despeito da concorrência criminosa e desleal da pirataria. E esses cidadãos merecem a proteção do Estado, como ponto de partida para a criação de uma sociedade próspera e justa. Mas o combate à pirataria também é um ato de proteção voltado aos "camelôs" envolvidos no comércio de produtos piratas nas ruas das cidades, pois eles são "escravos" da organização criminal da pirataria. ¨Por tudo isso, £combater a informalidade e a pirataria é, sobretudo, recuperar os valores éticos nas relações sociais, ponto de partida para a criação de uma sociedade próspera e justa. Carlos Alberto de Camargo. "Folha de S. Paulo", 7 de novembro de 2006. 61. "A informalidade e a pirataria espantam os investimentos externos produtivos, geradores de desenvolvimento. Um país com elevados índices de informalidade e de desrespeito à propriedade intelectual é visto como uma mesa de jogo de azar, só atraindo o investimento especulativo." (ref. 9) Assinale a ÚNICA alternativa que completa, corretamente, o enunciado a seguir. A relação que se estabelece entre os períodos pode ser explicitada por uma conjunção que indica a) concessão. b) proporção. c) explicação. d) condição. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Uece 2008) O BARBEIRO Perto de casa havia um barbeiro, que me conhecia de vista, amava a rabeca e não tocava inteiramente mal. Na ocasião em que ia passando, executava não sei que peça. Parei na calçada a ouvi-lo (tudo ¤são pretextos a um coração agoniado), ele viu-me, e continuou a tocar. Não atendeu a um freguês, e logo a outro, que ali foram, ¨a despeito da hora e de ser domingo, confiar-lhe as caras à navalha. Perdeu-os sem perder uma nota; ia tocando para mim. Esta consideração fez-me chegar francamente à porta da loja, voltado para ele. Ao fundo, levantando a cortina de chita que fechava o interior da casa, vi apontar uma moça trigueira, vestido claro, flor no cabelo. Era a mulher dele; creio que me descobriu de dentro, e veio agradecer-me com a presença o favor que eu fazia ao marido. Se me não engano, chegou a dizê-lo com os olhos. Quanto ao marido, tocava agora com mais calor; sem ver a mulher, sem ver fregueses, grudava a face no instrumento, passava a alma ao arco, e tocava, tocava... Divina arte! Ia-se formando um grupo, deixei a porta da loja e vim andando para casa; £enfiei pelo corredor e subi as escadas sem estrépito. Nunca me esqueceu o caso deste barbeiro, ou por estar ligado a um momento grave de minha vida, ou por esta máxima, que os compiladores podiam tirar daqui e inserir nos compêndios da escola. A máxima é que a gente esquece devagar as boas ações que pratica, e verdadeiramente não as esquece nunca. Pobre barbeiro! Perdeu duas barbas naquela noite, que eram o pão do dia seguinte, tudo para ser ouvido de um transeunte. Supõe agora que este, em vez de ir-se embora, como eu fui, ficava à porta a ouvi-lo e namorar-lhe a mulher; então é que ele, todo arco, todo rabeca, tocaria desesperadamente. Divina arte! (ASSIS, Machado de. Dom Casmurro - obra completa - vol. I, Aguilar, 2a ed. 1962.) 62. "Na ocasião em que ia passando, executava não sei que peça." (ref. 10). A oração sublinhada deve ser classificada como a) subordinada adjetiva. b) coordenada assindética. c) subordinada adverbial. d) subordinada substantiva. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Fatec) Virgília? Mas então era a mesma senhora que alguns anos depois...? A mesma; era justamente a senhora, que em 1869 devia assistir aos meus últimos dias, e que antes, muito antes, teve larga parte nas minhas mais íntimas sensações. Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário, eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, - devoção, ou talvez medo; creio que medo. Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, se ainda fores viva, quando estas páginas vierem à luz, - tu que me lês Virgília amada, não reparas na diferença entre a linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quando te vi? Crê que era tão sincero então como agora; a morte não me tornou rabugento, nem injusto. - Mas, dirás tu, como é que podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantos anos? Ah! indiscreta! ah! ignorantona!

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(Machado de Assis, MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS. 4� ed. São Paulo: Ática, 1973.) 63. "Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, PORQUE isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; MAS também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não." No período anterior, PORQUE e MAS introduzem, respectivamente, as idéias de a) causa e conclusão. b) explicação e oposição. c) conseqüência e oposição. d) oposição e alternância. e) conclusão e conseqüência. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Pucsp) Os trechos a seguir foram extraídos de diferentes capítulos da obra SÃO BERNARDO, de Graciliano Ramos. "RESOLVI estabelecer-me aqui na minha terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S. Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário de cinco tostões." (Cap.4) "AMANHECI um dia pensando em casar. Foi uma idéia que me veio sem que nenhum rabo de saia a provocasse. Não me ocupo com amores, devem ter notado, e sempre me pareceu que mulher é um bicho esquisito, difícil de governar. (Cap. 11) "CONHECI que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste." (Cap. 19) 64. As orações subordinadas desempenham funções sintáticas nas orações principais. Considerando, no terceiro trecho, os períodos: I. "Conheci QUE MADALENA ERA BOA EM DEMASIA, mas não conheci tudo de uma vez." II. "A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, QUE ME DEU UMA ALMA AGRESTE." Pode-se dizer que as orações em destaque simples desempenham, respectivamente, funções sintáticas de: a) objeto direto e adjunto adnominal. b) adjunto adverbial e sujeito. c) objeto indireto e adjunto adverbial. d) sujeito e adjunto adverbial. e) adjunto adnominal e sujeito. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Unitau) "Certas instituições encontram sua autoridade na palavra divina. Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso reconhecer que seus dirigentes são obedecidos porque um Deus fala através de sua boca. Suas qualidades pessoais importam pouco. Quando prevaricam, eles são punidos no inferno, como aconteceu, na opinião de muita gente boa, com o Papa Bonifácio VIII, simoníaco reconhecido. Mas o carisma é da própria Igreja, não de seus ministros. A prova de que ela é divina, dizia um erudito, é que os homens ainda não a destruíram. Outras associações humanas, como a universidade, retiram do saber o respeito pelos seus atos e palavras. Sem a ciência rigorosa e objetiva, ela pode atingir situações privilegiadas de mando, como ocorreu com a Sorbonne. Nesse caso, ela é mais temida do que estimada pelos cientistas, filósofos, pesquisadores. Jaques Le Goff mostra o quanto a universidade se degradou quando se tornou uma polícia do intelecto a serviço do Estado e da Igreja. As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade. Sua justificativa é impedir que os homens se destruam mutuamente e vivam em segurança anímica e corporal. Se um Estado não garante esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil ou armada. Sem a confiança pública, desmorona a soberania justa. Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida. O Estado deve ser visto com respeito pelos cidadãos. Há uma espécie de aura a ser mantida, através do essencial decoro. Em todas as suas falas e atos, os poderosos precisam apresentar-se ao povo como pessoas confiáveis e sérias. No Executivo, no Parlamento e, sobretudo, no Judiciário, esta é a raiz do poder legítimo. Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, econômicas, religiosas, etc. Sem ela, os governantes são reféns das oligarquias instaladas no próprio âmbito do Estado. Essas últimas, sugando para si o excedente econômico, enfraquecem o Estado, tornando-o uma instituição inane." (Roberto Romano, excerto do texto "Salários de Senadores e legitimidade do Estado", publicado na "Folha de São Paulo", 17/10/1994, 1¡. caderno, página 3) 65. Em: "Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso reconhecer QUE SEUS DIRIGENTES SÃO OBEDECIDOS PORQUE UM DEUS FALA ATRAVÉS DE SUA BOCA." As orações, em destaque, no plano sintático são, respectivamente, a) subordinada substantiva objetiva direta e subordinada adverbial final. b) subordinada adverbial alternativa e coordenada explicativa.

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c) coordenada assindética e coordenada explicativa. d) coordenada assindética e subordinada adverbial conformativa. e) subordinada substantiva objetiva direta e subordinada adverbial causal. 66. (Mackenzie) I - Na oração Eu considerava aquele homem meu amigo, o predicado é verbo-nominal com predicativo do objeto. II - No período O jovem anseia que os mais velhos confiem nele, a oração subordinada é substantiva objetiva indireta, mas está faltando a preposição regida pelo verbo ansiar. III - No período A ser muito sincero, não sei como isto aconteceu, a oração subordinada é adverbial final reduzida de infinitivo. Quanto às afirmações anteriores, assinale: a) se apenas I está correta. b) se apenas II está correta. c) se apenas III está correta. d) se todas estão corretas. e) se todas estão incorretas. 67. (Mackenzie) No vôo do instante, ele sentiu uma coisinha caindo em seu coração, e advinhou que era tarde, que nada mais adiantava. (Guimarães Rosa) Assinale a alternativa correta quanto ao texto anterior. a) O adjunto adverbial anteposto apresenta uma metáfora que expressa a fugacidade do tempo. b) A oração subordinada adjetiva reduzida de gerúndio reforça, pela escolha lexical do verbo, a idéia de leveza, trazida pelo nome vôo. c) As duas orações subordinadas à oração /e adivinhou/ apontam para a reversibilidade dos fatos. d) Na primeira oração, o sujeito COISINHA mostra o agente da ação de voar. e) A quinta oração justapõe-se à quarta, na idéia decrescente da perda. 68. (Fatec 2007) Não importa SE VOCÊ ACREDITA (I) QUE SUCESSO É RESULTADO DE SORTE OU COMPETÊNCIA (II), POR QUE TE OFERECEMOS OS DOIS (III): o melhor servidor com uma imperdível condição de pagamento. (Texto de anúncio publicitário) Assinale a alternativa contendo análise correta de fatos de língua pertinentes a esse texto. a) A oração (I) exerce a mesma função sintática que a oração (II) - ambas são complemento de verbos. b) É coerente, no contexto, associar a idéia de sorte a - "imperdível condição de pagamento" - e a idéia de competência a - "o melhor servidor". c) A redação do texto obedece aos princípios da norma culta, apresentando clareza e correção gramatical. d) O receptor do anúncio é tratado de maneira uniforme no texto, em 3� pessoa. e) A oração III tem equivalente sintático e de sentido em - portanto te oferecemos os dois. 69. (Fei) Assinalar a alternativa cuja oração reduzida entre aspas é uma oração subordinada adverbial concessiva: a) Acredito "ter realizado um bom trabalho". b) "Olhando direito", você perceberá que está desbotado. c) Emocionou-se "ao encontrar-nos". d) "Temendo a vingança do inimigo", nada contou. e) Saiu "sem desculpar-se da agressão". 70. (Fgv 2001) Nos períodos a seguir, estão destacadas quatro orações subordinadas, na forma reduzida. SENDO O AGREGADO HOMEM DE POUCAS PALAVRAS, entrou ele mudo e saiu calado. ACABADA A MISSA, o gerente do banco retornou a seu trabalho. CONHECENDO MELHOR A JOVEM, não a teria recomendado para o cargo. MESMO CHORANDO A MENINA, seus lábios se abriram em amplo sorriso. Assinale a alternativa que, na ordem, corresponda ao sentido das orações destacadas. a) Embora o agregado fosse.../ Depois que.../ Porque conhecia.../ Porque chorava... b) Se o agregado fosse.../ Porque a missa tinha acabado.../ Embora conhecesse.../ Embora chorasse... c) Porque o agregado era.../ Quando a missa acabou.../ Ainda que conhecesse.../ Se chorasse... d) À medida que.../ Quando a missa acabou.../ Embora conhecesse.../ Ainda que chorasse... e) Como o agregado era.../ Logo que a missa acabou.../ Se conhecesse.../ Embora chorasse... 71. (Fgv 2003) Observe, nos seguintes períodos, as orações que contêm verbo no gerúndio:

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- Estando as meninas em Araxá, foi Ronaldo ter com elas. - Sendo o aluno um jovem estudioso, deverá facilmente obter aprovação. - Sendo brasileiro o advogado, poderei atendê-lo; caso contrário, não. Essas orações são subordinadas adverbiais. Assinale a alternativa que indique respectivamente a circunstância de cada uma. Leve em conta que a oração pode indicar mais de uma circunstância. a) Causa, causa, conseqüência. b) Tempo, causa, finalidade. c) Conseqüência, concessão, finalidade. d) Tempo, causa, condição. e) Condição, finalidade, tempo. 72. (G1) No texto: "Caso não criemos novas destinações para o lixo urbano e não modifiquemos nossos hábitos de consumo e nossas atitudes frente ao problema do lixo, teremos, dentro de bem pouco tempo, uma situação verdadeiramente caótica na Grande São Paulo" encontram-se: a) 3 orações, sendo a primeira subordinada causal, a segunda coordenada aditiva e a terceira principal; b) 5 orações, sendo a primeira subordinada adverbial, a segunda e terceira aditivas, a quarta oração principal e a quinta oração subordinada adverbial temporal; c) 3 orações sendo as duas primeiras subordinadas adverbiais condicionais, coordenadas entre si, e a última, oração principal; d) apenas duas orações, uma principal e uma subordinada adverbial causal; e) todas as alternativas estão erradas. 73. (G1) Classifique as orações em maiúsculo de acordo com o seguinte código: A - Adverbial Condicional B - Adverbial Temporal C - Adverbial Conformativa D - Adverbial Comparativa E - Adverbial Proporcional a) ( ) SEGUNDO ME INFORMARAM, amanhã será feriado. b) ( ) LOGO QUE CHEGAMOS AO CINEMA, o filme começou. c) ( ) QUANTO MAIS ELE FALAVA, menos entendíamos. d) ( ) Comprarei o livro CASO TENHA DINHEIRO. e) ( ) Ele corria mais QUE UM AVESTRUZ. 74. (G1) Classifique as orações em maiúsculo utilizando o seguinte código: A - Adverbial Causal B - Adverbial Consecutiva C - Adverbial Final D - Adverbial Concessiva a) ( ) COMO TIVESSE DOENTE, foi dispensada do trabalho. b) ( ) Insistirei PARA QUE ELA VENHA. c) ( ) A música era tão linda QUE COMOVEU A TODOS. d) ( ) Apreciei a peça, EMBORA NÃO GOSTASSE DE COMÉDIA. 75. (G1) "COMO NINGUÉM RECLAMASSE, o juiz não marcou pênalti." A oração em destaque é: a) ( ) Oração Subordinada Adverbial Consecutiva b) ( ) Oração Subordinada Adverbial Final c) ( ) Oração Subordinada Adverbial Temporal d) ( ) Oração Subordinada Adverbial Conformativa e) ( ) Oração Subordinada Adverbial Causal 76. (G1) "Tenho consciência DE QUE CUMPRI O MEU DEVER" A oração em destaque é: a) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal b) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta c) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva d) Oração Subordinada Substantiva Apositiva e) Oração Subordinada Substantiva Predicativa 77. (G1) "Minha opinião é QUE PODEMOS RESOLVER O NEGÓCIO" Na oração em destaque temos: a) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta b) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal c) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta d) Oração Subordinada Substantiva Predicativa e) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 78. (Ita) Empregando os pronomes relativos e fazendo as adaptações e correções necessárias, transforme as orações coordenadas a seguir em subordinadas. O poema "Profissão de Fé" sintetiza alguns dos princípios do Parnasianismo Ele foi escrito por Bilac. Muitos ainda

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preferem (ou dão preferência) seus poemas. a) O poema "Profissão de Fé", que sintetiza alguns dos princípios do Parnasianismo, foi escrito por Bilac, cujo autor de poemas é ainda o preferido de muitos. b) Bilac, cujos poemas muitos ainda dão preferência, escreveu aquele que sintetiza alguns dos princípios do Parnasianismo: "Profissão de Fé". c) Bilac, a cujo autor muitos ainda dão preferência, escreveu o poema "Profissão de Fé", que sintetiza alguns dos princípios do Parnasianismo. d) Bilac, a cujos poemas muitos ainda dão preferência, é o autor de "Profissão de Fé", poema que sintetiza alguns dos princípios do Parnasianismo. e) Bilac, que escreveu muitos poemas aos quais muitos preferem, é o autor do poema onde ele sintetiza os princípios do Parnasianismo: "Profissão de Fé". 79. (Ita 2002) Tem gente que junta os trapos, outros juntam os pedaços. O QUE, empregado como conectivo, introduz uma oração: a) substantiva. b) adverbial causal. c) adverbial consecutiva. d) adjetiva explicativa. e) adjetiva restritiva. 80. (Mackenzie) Se, na capital do Estado mais próspero da União, ainda há confusão no uso da urna eletrônica, TUDO INDICA QUE, EM OUTRAS PARTES DO PAÍS, O CENÁRIO NÃO SERÁ DIFERENTE. É, pois, urgente ampliar as campanhas de esclarecimento do eleitorado. ("Folha de São Paulo") Assinale a alternativa correta sobre a relação entre as orações dos períodos anteriores. a) O trecho em maiúsculo constitui um único bloco, que contém a oração principal do período e uma segunda oração com função de objeto direto. b) O trecho em maiúsculo, da oração que o antecede, uma circunstância de concessão. c) Entre o trecho em maiúsculo e o período que o sucede há uma relação de coordenação adversativa. d) Propõe-se, no final, uma solução ao problema apresentado, por meio de uma oração reduzida de particípio, com função de sujeito. e) O trecho subseqüente ao bloco em maiúsculo é sintaticamente único, já que "ampliar as campanhas..." constitui um predicativo de "é urgente". 81. (Puccamp) A alternativa em que se encontra uma oração subordinada substantiva objetiva direta iniciada com a conjunção SE é: a) Só obteremos a aprovação se tivermos encaminhado corretamente os papéis. b) Haverá racionamento de água em todo o país, se persistir a seca. c) Falava como se fosse especialista no assunto. d) Se um deles entrasse, todos exigiriam entrar também. e) Queria saber dos irmãos se alguém tinha alguma coisa contra o rapaz. 82. (Pucpr 2003) No período: "Todos o criticam por ter agido imprudentemente; mas, se ele tem defeitos, tem virtudes também.", o conectivo SE, na oração "se ele tem defeitos", dá idéia de: a) proporção b) causa c) conseqüência d) condição e) concessão 83. (Uel) Não é dado ao ser humano CONHECER TODA A EXTENSÃO DA SUA IGNORÂNCIA, o que, em tese, lhe poupa o perigo do desânimo. A oração destacada no período anterior classifica-se como: a) subordinada substantiva predicativa. b) subordinada substantiva objetiva indireta. c) subordinada substantiva subjetiva. d) subordinada substantiva objetiva direta. e) subordinada substantiva completiva nominal. 84. (Uel) Nada o demoveu do propósito DE PRESTAR ASSISTÊNCIA A TODOS AQUELES que a ele se dirigiram. A oração em destaque no período acima classifica-se como subordinada substantiva a) objetiva direta. b) apositiva. c) subjetiva. d) objetiva indireta. e) completiva nominal. 85. (Uel) Embora possa parecer incrível, nem todos os participantes da reunião compreenderam que o intuito do diretor, ainda que manifestado discretamente, era beneficiar todo o corpo docente da Escola. Sobre o período anterior é correto afirmar que a) contém 6 orações. b) é composto por coordenação e subordinação. c) apresenta 2 orações reduzidas. d) encerra 2 orações objetivas diretas.

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e) a primeira oração tem valor concessivo. 86. (Uel) Sua displicência era tanta QUE NÃO COMUNICOU O HORÁRIO DA PARTIDA DO TREM. A oração destacada exprime a) tempo. b) conseqüência. c) causa. d) explicação. e) concessão. 87. (Ufal) Assinale como VERDADEIROS os períodos que apresentam ORAÇÃO REDUZIDA e como FALSOS aqueles em que isso não ocorre. ( ) Uma das melhores maneiras de amar e odiar as pessoas é esta: convivendo com elas. ( ) Encontramos ontem, na zona rural, um homem cavando a terra. ( ) É de admirar que isso ainda aconteça. ( ) Feito por você, o trabalho certamente resultaria mais perfeito. ( ) Se prevalecer essa política de preços, a nação estará arruinada. 88. (Ufc 2002) Assinale a alternativa que apresenta corretamente os antecedentes dos relativos em maiúsculo no fragmento a seguir. "Horrorizado da aranha, desviei dela a minha luneta mágica e em movimento de repulsão levei-a até uma das extremidades do telhado, onde encontrei metade do corpo de um rato ¢QUE me olhava esperto, e com ar £QUE me pareceu de zombaria. Senti vivo desejo de estudar o rato e fixei-o com a minha luneta; mas o tratante somente me deixou exposto durante minuto e meio, e fugiu-me, deixando-me ouvir certo ruído ¤QUE me pareceu verdadeira risada de rato." a) ¢QUE um rato £QUE ar ¤QUE o rato b) ¢QUE um rato £QUE ar ¤QUE certo ruído c) ¢QUE um rato £QUE ar ¤QUE vivo desejo d) ¢QUE uma aranha £QUE esperto ¤QUE vivo desejo e) ¢QUE uma aranha £QUE esperto ¤QUE o rato

GABARITO 1. a) É fato conhecido por muitos que Paulo Lins, escritor carioca, viveu na Cidade de Deus, onde se desenrola a trama de seu famoso livro. b) (i) Converti em meu observatório a pequena muralha sobre a qual estava sentado. (ii) Aquele homem cuja morte mobilizou a comunidade era um trabalhador honesto. 2. A preservação natural da classe média brasileira evitaria coisas constrangedoras como a recente reunião da classe realizada em São Paulo. A essa reunião, de vários pontos do Brasil, compareceram dezessete pessoas. 3. a) "...que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental..." b) "o poema dos cuidados maternos" 4. "Se considerarmos bem, a atualidade..." "Se tivermos a compensação dos desejos que..." 5. a) "mas aleguei" b) "que a velhice de D. Plácida estava agora ao abrigo da mendicidade". 6. a) Agora sei ISSO. b) Agora sei que outro dia eu disse uma palavra BOA. 7. "Alguma coisa foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém.": oração principal "que eu disse distraído": oração subordinada adjetiva restritiva 8. "que fizeram", "que tiveram", "que a Musa antiga canta": orações subordinadas objetivas restritivas. "Que eu canto o peito ilustre Lusitano", "Que outro valor mais alto se alevanta": orações coordenadas sindéticas explicativas. 9. a) Na frase, "olhos QUE VEMOS SOB A LUZ DA LUA", tem-se oração subordinada adjetiva restritiva. b) Em "Um U se funde" tem-se o U acompanhado do artigo indefinido, o que o torna um substantivo. 10. "Se todos os freqüentadores dos cinemas fossem casais de namorados" (oração subordinada adverbial

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condicional). 11. a) "EMBORA (AINDA QUE) NÃO VEJAM quem está do outro lado da linha..." b) "...os fãs dos bate-papos virtuais TORNAM-SE amigos. 12. 1) CN – de 2) OI – de 3) OI – em 4) CN – de 5) OI - a 13. 1) que estimulam 2) que emocionam 3) que surpreendem 4) que comovem 5) que fingem 14. 1) Gerúndio - Adjetiva Restritiva 2) Infinitivo - Substantiva Subjetiva 3) Particípio - Adverbial Temporal 15. Subjetivas 16. Completivas Nominais 17. Objetivas Indiretas 18. Apositivas 19. 1) que deste ao animal - Adjetiva Restritiva 2) que fica atrás daquela gruta - Adjetiva Restritiva 3) onde as pessoas iam rezar - Adjetiva Restritiva 20. Causal 21. Concessiva 22. Consecutiva 23. Condicional 24. Temporal 25. Comparativa 26. contanto que 27. Que ele seja expulso - Apositiva 28. De que os inimigos atacassem - Completiva Nominal 29. De que você partisse - Objetiva Indireta 30. Que o médico chegasse - Predicativa 31. Eu sou um cara que está cansado de correr na direção contrária sem ter pódio de chegada ou beijo da namorada. 32. Uma das possíveis seria: Embora possua grandes conhecimentos, o professor não é a árvore da sabedoria, porque ele também aprende com seus alunos. 33. a) A palavra "até" indica uma quebra de expectativa, porque o amor-próprio não seria algo que se pudesse avaliar. b) Só somos felizes quando a vida tem um significado. c) A verdade é que dinheiro algum traz felicidade.

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34. [C] 35. [D] 36. [E] 37. [A] 38. [A] 39. V F F F V 40. [A] 41. [D] 42. [B] 43. [C] 44. [A] 45. [D] 46. [C] 47. [E] 48. [E] 49. [D] 50. [B] 51. [D] 52. [B] 53. [B] 54. [D] 55. [C] 56. [E] 57. [B] 58. [A] 59. [D] 60. [C] 61. [C] 62. [D] 63. [B] 64. [A] 65. [E] 66. [D] 67. [A] 68. [B] 69. [E] 70. [E] 71. [D] 72. [C] 73. 1) C 2) B 3) E 4) A 5) D 74. 1) A 2) C 3) B 4) D 75. [E] 76. [A] 77. [D] 78. [D] 79. [E] 80. [A] 81. [E] 82. [E] 83. [C] 84. [E] 85. [E] 86. [B] 87. V V F V F 88. [B]