Lipídeos

74
LIPÍDEOS

description

Tudo sobre os lipideos

Transcript of Lipídeos

  • LIPDEOS

  • LIPDEOS

    Caractersticas:

    Alta solubilidade em solventes orgnicos;

    Compostos que apresentam algumas propriedades

    em comum, principalmente grupamentos apolares.

    No formam polmeros.

  • Lipdeos e derivados:

  • Funes:

    Componentes essenciais de membranas biolgicas;

    reserva de energia;

    isolamento/proteo;

    hormonal (esterides);

    antioxidantes (formam vit. A e E);

    Sinalizadores celulares.

  • Usos:

  • Classificao

    Conforme a natureza qumica

    Cadeia aberta cabeas polares e caudas longas

    apolares.

  • Compostos de cadeia cclica esterides ecolesterol.

  • Conforme a complexidade da molcula

    Lipdeos simples - formados de cidos graxos e lcoois.

    Lipdeos complexos contm outros grupos alm dos

    cidos graxos.

  • TIPOS DE LIPDEOS

  • I. cidos graxos:

    So cidos carboxlicos, com longas cadeias de

    hidrocarbonetos.

    Anfipticos = COO- hidroflico e cauda hidrofbica.

    Nmero par de C, com a cauda no ramificada.

    Comum: 16 a 20 C.

  • Dividem-se em:

    cidos graxos saturados

    cidos graxos insaturados

  • cidos graxos saturados

    Apenas ligaes simples entre C-C;

    Slidos em temperatura ambiente;

    Gorduras de origem animal ricas em AG

    saturados.

  • cido graxo tomos de C Ponto fuso

    cidos graxos saturados comuns

  • cidos graxos insaturados

    Presena de C=C.

    Plantas so principais fontes;

    Mono ou poliinsaturados;

    Lquidos temperatura ambiente;

    dupla ligao em cidos graxos naturais,

    normalmente do tipo cis.

  • cido graxo tomos C Ponto fuso

    cidos graxos insaturados comuns

  • Os AGI tem seus carbonos numerados de 2

    formas:

    1) A partir da carboxila numerao delta - "

  • CH3-CH2-CH=CH-CH2-CH=CH-CH2-CH=CH-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-COOH

    9,12,15 3 C 18:3

    2) A partir do grupamento metil terminal - ""

  • Nomenclatura dos cidos graxos

  • cidos graxos essenciais

    Ser humano - sintetiza muitos tipos de AGs.

    Poliinsaturados, principalmente das classes -6 (c.

    linolico) e -3 (c. linolnico) dieta.

    -6 leos de soja e milho;

    -3 folhas verdes, leo de linhaa, leos de peixes

    marinhos.

    Participam como precursores de biomolculas

    importantes. Ex. PROSTAGLANDINAS

  • Prostaglandinas = hormnios

    Diversas aes metablicas, processos fisiolgicos e patolgicos, vaso dilatao ouvasoconstrio; contrao ou relaxamento da musculatura brnquica e uterina;hipotenso; ovulao; aumento do fluxo sanguneo renal; proteo da mucosagstrica e inibio da secreo cida tambm no estmago; resposta imunolgica (p.ex: inibio da agregao plaquetria); progresso metasttica; funo endcrina,entre outras.

  • II. Triacilgliceris (TAGs)

    Lipdeos formados pela ligao de 3 cidos graxos com o

    glicerol:

  • TAGs

    So steres, produtos da reao do glicerol com cido

    carboxlico graxo.

    +

    H O C

    O

    R1

    H O CO

    R1

    H O C

    O

    R1

    C O

    CH O

    C O

    H

    H

    H

    H H

    H

    H

    H+

    C O

    CH O

    C O

    H

    H

    H

    H R1

    O

    C

    R2

    O

    C

    R3

    O

    C

    + 3 H O H

    Glicerol cido carboxlico Triacilglicerol(leo ou gordura)

    gua

    +

    +

  • No contm grupos carregados;

    Conhecidos como gorduras neutras;

    Triglicerdeos;

    Em animais armazenamento de energia. Animais

    terrestres maior quantidade de TAGs saturados;

    aquticos TAGs insaturados.

    Temperatura ambiente:

    Gorduras: TAG slidos (saturados)

    leos: TAG lquidos (insaturados)

  • TAGs

    Plantas sementes e alguns frutos

  • Tecido adiposo - adipcitos

    TAGs

    Animais Energia isolamento trmico. Cerca de 95%

    da gordura corporal est nesta forma.

  • III. Fosfolipdeos

    steres do glicerofosfato derivado fosfrico do

    glicerol;

    Ocorrem em todos os seres vivos;

    Ordenam-se em bicamadas.

  • Fosfolipdeos

    Constituintes das membranas biolgicas.

    R1 C

    O

    O CH2

    CHO

    O

    CR2

    R3O

    O-

    O

    POH2C

    onde, R1 e R2 so cadeias alqulicas longas

    c. graxoG

    l

    i

    c

    e

    r

    o

    l

    c. graxo

    fosfato lcool

  • Fosfolipdeos cauda apolar e cabea polar, capacita a

    membrana fazer a conexo entre uma fase polar e outra

    apolar.

    Controlar seletivamente a

    permeabilidade celular.

  • IV. Esfingolipdeos

    Formados por esfingosina - componentes das

    membranas.

    No contm glicerol, mas outro lcool aminado de cadeia

    longa.

    CH3(CH2)12C

    H

    CH C OH

    H

    C NH2H

    CH2OHesfingosina

    CH3(CH2)12C

    H

    CH C OH

    H

    C NHH C

    O

    (CH2)22CH3

    P

    O

    O-

    O CH2CH2N+(CH3)3OH2C

    Esfingomielina

  • V. Glicolipdeos

    Tambm so componentes das membranas.

    Grupo lcool Carboidrato

    Glu ou Gal

  • VI. Esterides

    So derivados do ciclopentanoperidrofenantreno.

    Colesterol mais abundante esteride em animais.

    Precursor metablico de hormnios sexuais,

    glicocorticides (cortisol), vitamina D (ergocalciferol),

    etc.

    CH3

    CH3

    H

    R

    A B

    C D1

    2

    3

    45

    6

    7

    8

    9

    10

    1112

    13

    14 15

    1617

    18

    19

    20

  • Excesso de colesterol est relacionado

    aterosclerose, que pode levar um ataque de corao.

  • Esterides anabolizantes:

    Ajudam no crescimento dos msculos (efeito anablico) e

    no desenvolvimento das caractersticas sexuais

    masculinas como: pelos, barba, voz grossa etc. (efeito

    andrognico).

    Medicamentos pacientes que no produzem quantidade

    suficientes de testosterona.

    Brasil: Durasteton , Deca-Durabolin , Androxon.

  • Fitoesteris correspondente ao colesterol em animais.

    Impede a absoro do colesterol no intestino = LDL.

  • VII. Ceras

    misturas complexas de lipdeos.

    Cosmticos, alimentos e produtosfarmacuticos.

  • R1 C

    O

    O R2 onde, R1 e R2 so cadeias alqulicas longas

    Ex.:

    C15H31 C

    O

    O C30H61 palmitato de miricila, principal componente da cra da abelha.

    ponto de fuso = 72 oC

    C15H31 C

    O

    O (CH2)15CH3 palmitato de cetila (do espermaceti da baleia)

    CH2(CH2)n C

    O

    O CH2(CH2)mCH3 HO

    n = 16-28 m = 30 e 32

    cra da carnabaUsada na indstria como lubrificantes, cosmticos, notrabalho com couros, velas e insipientes farmacuticos.

  • Usos: cosmticos, cpsulas de

    medicamentos, componentes

    eletrnicos, revestimento,

    polimento.

    Copernicia prunifera

    Cera de Carnaba

  • Pedilanthus macrocarpus, a leafless shrub native toBaja California and Sonora, Mexico

  • Fig. 1: Examples of ecostressors of plants: UV lightradiation, rain, wind, air pollution, insects, etc.. Theinset shows schematically the cross section through aleaf starting with the outermost epicuticular wax layers(orange), the cuticula proper (blue), intracuticularwaxes (magenta) and the epidermal cell walls (green).

    Rosa_epicuticular_wax

  • Outros compostos derivados

  • Terpenos

  • Limoneno

    Cinamaldedo

    Eugenol

    Elimicina

  • Reaes dos AGs

  • 1) Hidrogenao:

    leos gorduras

    CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O

    O

    CH2

    CH

    CH2

    O

    O

    C

    C

    O

    OCH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

    CC

    HH

    CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

    C C

    HH

    CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

    CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

    olena (leo)

    H2/catalizador

    (Ni, Pd ou Pt)

    CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O

    O

    CH2

    CH

    CH2

    O

    O

    C

    C

    O

    OCH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

    CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

    estearina (gordura)

  • 2) Saponificao

    +C O

    CH O

    C O

    H

    H

    H

    H H

    H

    H

    C O

    CH O

    C O

    H

    H

    H

    H R1

    O

    C

    R2

    O

    C

    R3

    O

    C

    Glicerol Sais de sdio dos cidos carboxlicos SABO

    Triacilglicerol(leo ou gordura)

    + 3 H O H

    gua

    Na+OH

    -

    +

    + O-Na

    +C

    O

    R3

    O-Na

    +C

    O

    R2

    O-Na

    +C

    O

    R1

  • R COOH + NaOH RCOO- Na+ + H2O

    3) Neutralizao:

    A reao consiste na neutralizao do grupamentocarboxlico do cido graxo na presena da base forte.

    Reaes de saponificao e neutralizao

    importantes para a determinao analtica de leos e

    gorduras em alimentos (deteriorao, adulteraes).

  • 4) Interesterificao:

    Rearranjo dos AGs na estrutura do glicerol.

    Mudar a composio dos TGAs = indstria.

  • 5) Transesterificao:

  • Reao de oxidao: processo de adio de oxignio ou

    remoo de H ou e-.

    Podem ser aceleradas por calor, luz, ionizao, metais

    (Fe e Cu), metaloprotenas e a lipoxigenase.

  • Rancificao: reaes que levam produo de

    compostos que modificam a cor, o sabor, o aroma e a

    consistncia dos alimentos e odor desagradveis devido

    = aldedos, cetona e lcoois.

  • Rancidez hidroltica:

    a) Ao enzimtica

    lipase+C O

    CH

    C O

    H

    H

    H

    H H

    H

    C

    O

    R1O

    C O

    CH O

    C O

    H

    H

    H

    H R1

    O

    C

    R2

    O

    C

    R3

    O

    C

    Triacilglicerol(leo ou gordura)

    + 2 H O H

    gua+ OHC

    O

    R3

    OHC

    O

    R1

    Energia, CO2 e H2O

    b) Ao da temperatura e umidade

  • Rancidez oxidativa

    a) Lipoxigenase = presente em diversos vegetais.

  • b) Auto-oxidao

  • Fotoxidao:

    Radiao UV em presena de fotossensibilizadores

    (clorofila, mioglobina, riboflavina e outros) que

    absorvem a energia luminosa de comprimento de onda na

    faixa do visvel e a transferem para o oxignio tripleto

    (3O2), gerando o estado singleto (1O2).

    1O2 reagem com as duplas ligaes hidroperxidos

    diferentes dos que se observam na ausncia de luz e de

    sensibilizadores, e que por degradao aldedos,

    alcois e hidrocarbonetos.

  • Oxidao trmica: presena de O2 e altas temperaturas

    (acima de 180 C):

    Aumento de radicais livres;

    Aumento da viscosidade do leo;

    Aumento de AG livres;

    Escurecimento.

    Polimerizao trmica:

  • Antioxidantes

    Inibir a deteriorao das substncias oxidveis.

  • Classificao

    a) Primrios FENLICOS (remoo ou inativao).

    b) Sinergistas pouco ou nenhuma atividade

    antioxidante. Aumentam a atividade de

    antioxidantes.

    c) Removedores de oxignio capturam O2 do meio.

    d) Biolgicos enzimas (catalases, SOD, etc.).

    e) Agentes quelantes complexam-se com ons

    metlicos que catalisam as reaes (Cu e Fe). c. Ct.

    f) Antioxidantes mistos protenas hidrolisadas,

    flavonides, etc. (plantas e animais).

  • Doenas relacionadas aos esfingolipdeos

  • Fraqueza muscular, rigidez articular, dores articulares e diminuio da

    coordenao motora.

    Insuficincia respiratria, incontinncia ou reteno urinria,

    alteraes visuais graves, perda de audio, depresso e impotncia

    sexual.

    1) Esclerose mltipla:

  • 2) Adrenoleucodistrofia (ADL)

    Acmulo de AGs saturados de cadeia longa (principalmente com 24

    e 26 C) crebro e glndula adrenais destruio da bainha de

    mielina.

  • Perda da capacidade de transmisso.

    leo de Lorenzo: TRIOLENA e TRIERUCINA,

    derivados do cido olico (C18:1) e cido ercico (C20:1),

    preparado a partir dos leos de oliva e colza (Brassica

    napa).

    2008

  • 3) Doena de Tay-Sachs

    Gangliosdeos acmulo nas clulas neurais.

    Incio: aparecimento de uma mancha vermelha no olho, seguida de

    cegueira, surdez, incapacidade de engolir, atrofia dos msculos e

    paralisia