Lipídeos
-
Upload
evertondecruz -
Category
Documents
-
view
9 -
download
0
description
Transcript of Lipídeos
-
LIPDEOS
-
LIPDEOS
Caractersticas:
Alta solubilidade em solventes orgnicos;
Compostos que apresentam algumas propriedades
em comum, principalmente grupamentos apolares.
No formam polmeros.
-
Lipdeos e derivados:
-
Funes:
Componentes essenciais de membranas biolgicas;
reserva de energia;
isolamento/proteo;
hormonal (esterides);
antioxidantes (formam vit. A e E);
Sinalizadores celulares.
-
Usos:
-
Classificao
Conforme a natureza qumica
Cadeia aberta cabeas polares e caudas longas
apolares.
-
Compostos de cadeia cclica esterides ecolesterol.
-
Conforme a complexidade da molcula
Lipdeos simples - formados de cidos graxos e lcoois.
Lipdeos complexos contm outros grupos alm dos
cidos graxos.
-
TIPOS DE LIPDEOS
-
I. cidos graxos:
So cidos carboxlicos, com longas cadeias de
hidrocarbonetos.
Anfipticos = COO- hidroflico e cauda hidrofbica.
Nmero par de C, com a cauda no ramificada.
Comum: 16 a 20 C.
-
Dividem-se em:
cidos graxos saturados
cidos graxos insaturados
-
cidos graxos saturados
Apenas ligaes simples entre C-C;
Slidos em temperatura ambiente;
Gorduras de origem animal ricas em AG
saturados.
-
cido graxo tomos de C Ponto fuso
cidos graxos saturados comuns
-
cidos graxos insaturados
Presena de C=C.
Plantas so principais fontes;
Mono ou poliinsaturados;
Lquidos temperatura ambiente;
dupla ligao em cidos graxos naturais,
normalmente do tipo cis.
-
cido graxo tomos C Ponto fuso
cidos graxos insaturados comuns
-
Os AGI tem seus carbonos numerados de 2
formas:
1) A partir da carboxila numerao delta - "
-
CH3-CH2-CH=CH-CH2-CH=CH-CH2-CH=CH-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-COOH
9,12,15 3 C 18:3
2) A partir do grupamento metil terminal - ""
-
Nomenclatura dos cidos graxos
-
cidos graxos essenciais
Ser humano - sintetiza muitos tipos de AGs.
Poliinsaturados, principalmente das classes -6 (c.
linolico) e -3 (c. linolnico) dieta.
-6 leos de soja e milho;
-3 folhas verdes, leo de linhaa, leos de peixes
marinhos.
Participam como precursores de biomolculas
importantes. Ex. PROSTAGLANDINAS
-
Prostaglandinas = hormnios
Diversas aes metablicas, processos fisiolgicos e patolgicos, vaso dilatao ouvasoconstrio; contrao ou relaxamento da musculatura brnquica e uterina;hipotenso; ovulao; aumento do fluxo sanguneo renal; proteo da mucosagstrica e inibio da secreo cida tambm no estmago; resposta imunolgica (p.ex: inibio da agregao plaquetria); progresso metasttica; funo endcrina,entre outras.
-
II. Triacilgliceris (TAGs)
Lipdeos formados pela ligao de 3 cidos graxos com o
glicerol:
-
TAGs
So steres, produtos da reao do glicerol com cido
carboxlico graxo.
+
H O C
O
R1
H O CO
R1
H O C
O
R1
C O
CH O
C O
H
H
H
H H
H
H
H+
C O
CH O
C O
H
H
H
H R1
O
C
R2
O
C
R3
O
C
+ 3 H O H
Glicerol cido carboxlico Triacilglicerol(leo ou gordura)
gua
+
+
-
No contm grupos carregados;
Conhecidos como gorduras neutras;
Triglicerdeos;
Em animais armazenamento de energia. Animais
terrestres maior quantidade de TAGs saturados;
aquticos TAGs insaturados.
Temperatura ambiente:
Gorduras: TAG slidos (saturados)
leos: TAG lquidos (insaturados)
-
TAGs
Plantas sementes e alguns frutos
-
Tecido adiposo - adipcitos
TAGs
Animais Energia isolamento trmico. Cerca de 95%
da gordura corporal est nesta forma.
-
III. Fosfolipdeos
steres do glicerofosfato derivado fosfrico do
glicerol;
Ocorrem em todos os seres vivos;
Ordenam-se em bicamadas.
-
Fosfolipdeos
Constituintes das membranas biolgicas.
R1 C
O
O CH2
CHO
O
CR2
R3O
O-
O
POH2C
onde, R1 e R2 so cadeias alqulicas longas
c. graxoG
l
i
c
e
r
o
l
c. graxo
fosfato lcool
-
Fosfolipdeos cauda apolar e cabea polar, capacita a
membrana fazer a conexo entre uma fase polar e outra
apolar.
Controlar seletivamente a
permeabilidade celular.
-
IV. Esfingolipdeos
Formados por esfingosina - componentes das
membranas.
No contm glicerol, mas outro lcool aminado de cadeia
longa.
CH3(CH2)12C
H
CH C OH
H
C NH2H
CH2OHesfingosina
CH3(CH2)12C
H
CH C OH
H
C NHH C
O
(CH2)22CH3
P
O
O-
O CH2CH2N+(CH3)3OH2C
Esfingomielina
-
V. Glicolipdeos
Tambm so componentes das membranas.
Grupo lcool Carboidrato
Glu ou Gal
-
VI. Esterides
So derivados do ciclopentanoperidrofenantreno.
Colesterol mais abundante esteride em animais.
Precursor metablico de hormnios sexuais,
glicocorticides (cortisol), vitamina D (ergocalciferol),
etc.
CH3
CH3
H
R
A B
C D1
2
3
45
6
7
8
9
10
1112
13
14 15
1617
18
19
20
-
Excesso de colesterol est relacionado
aterosclerose, que pode levar um ataque de corao.
-
Esterides anabolizantes:
Ajudam no crescimento dos msculos (efeito anablico) e
no desenvolvimento das caractersticas sexuais
masculinas como: pelos, barba, voz grossa etc. (efeito
andrognico).
Medicamentos pacientes que no produzem quantidade
suficientes de testosterona.
Brasil: Durasteton , Deca-Durabolin , Androxon.
-
Fitoesteris correspondente ao colesterol em animais.
Impede a absoro do colesterol no intestino = LDL.
-
VII. Ceras
misturas complexas de lipdeos.
Cosmticos, alimentos e produtosfarmacuticos.
-
R1 C
O
O R2 onde, R1 e R2 so cadeias alqulicas longas
Ex.:
C15H31 C
O
O C30H61 palmitato de miricila, principal componente da cra da abelha.
ponto de fuso = 72 oC
C15H31 C
O
O (CH2)15CH3 palmitato de cetila (do espermaceti da baleia)
CH2(CH2)n C
O
O CH2(CH2)mCH3 HO
n = 16-28 m = 30 e 32
cra da carnabaUsada na indstria como lubrificantes, cosmticos, notrabalho com couros, velas e insipientes farmacuticos.
-
Usos: cosmticos, cpsulas de
medicamentos, componentes
eletrnicos, revestimento,
polimento.
Copernicia prunifera
Cera de Carnaba
-
Pedilanthus macrocarpus, a leafless shrub native toBaja California and Sonora, Mexico
-
Fig. 1: Examples of ecostressors of plants: UV lightradiation, rain, wind, air pollution, insects, etc.. Theinset shows schematically the cross section through aleaf starting with the outermost epicuticular wax layers(orange), the cuticula proper (blue), intracuticularwaxes (magenta) and the epidermal cell walls (green).
Rosa_epicuticular_wax
-
Outros compostos derivados
-
Terpenos
-
Limoneno
Cinamaldedo
Eugenol
Elimicina
-
Reaes dos AGs
-
1) Hidrogenao:
leos gorduras
CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O
O
CH2
CH
CH2
O
O
C
C
O
OCH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2
CC
HH
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2
C C
HH
CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2
olena (leo)
H2/catalizador
(Ni, Pd ou Pt)
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O
O
CH2
CH
CH2
O
O
C
C
O
OCH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2
estearina (gordura)
-
2) Saponificao
+C O
CH O
C O
H
H
H
H H
H
H
C O
CH O
C O
H
H
H
H R1
O
C
R2
O
C
R3
O
C
Glicerol Sais de sdio dos cidos carboxlicos SABO
Triacilglicerol(leo ou gordura)
+ 3 H O H
gua
Na+OH
-
+
+ O-Na
+C
O
R3
O-Na
+C
O
R2
O-Na
+C
O
R1
-
R COOH + NaOH RCOO- Na+ + H2O
3) Neutralizao:
A reao consiste na neutralizao do grupamentocarboxlico do cido graxo na presena da base forte.
Reaes de saponificao e neutralizao
importantes para a determinao analtica de leos e
gorduras em alimentos (deteriorao, adulteraes).
-
4) Interesterificao:
Rearranjo dos AGs na estrutura do glicerol.
Mudar a composio dos TGAs = indstria.
-
5) Transesterificao:
-
Reao de oxidao: processo de adio de oxignio ou
remoo de H ou e-.
Podem ser aceleradas por calor, luz, ionizao, metais
(Fe e Cu), metaloprotenas e a lipoxigenase.
-
Rancificao: reaes que levam produo de
compostos que modificam a cor, o sabor, o aroma e a
consistncia dos alimentos e odor desagradveis devido
= aldedos, cetona e lcoois.
-
Rancidez hidroltica:
a) Ao enzimtica
lipase+C O
CH
C O
H
H
H
H H
H
C
O
R1O
C O
CH O
C O
H
H
H
H R1
O
C
R2
O
C
R3
O
C
Triacilglicerol(leo ou gordura)
+ 2 H O H
gua+ OHC
O
R3
OHC
O
R1
Energia, CO2 e H2O
b) Ao da temperatura e umidade
-
Rancidez oxidativa
a) Lipoxigenase = presente em diversos vegetais.
-
b) Auto-oxidao
-
Fotoxidao:
Radiao UV em presena de fotossensibilizadores
(clorofila, mioglobina, riboflavina e outros) que
absorvem a energia luminosa de comprimento de onda na
faixa do visvel e a transferem para o oxignio tripleto
(3O2), gerando o estado singleto (1O2).
1O2 reagem com as duplas ligaes hidroperxidos
diferentes dos que se observam na ausncia de luz e de
sensibilizadores, e que por degradao aldedos,
alcois e hidrocarbonetos.
-
Oxidao trmica: presena de O2 e altas temperaturas
(acima de 180 C):
Aumento de radicais livres;
Aumento da viscosidade do leo;
Aumento de AG livres;
Escurecimento.
Polimerizao trmica:
-
Antioxidantes
Inibir a deteriorao das substncias oxidveis.
-
Classificao
a) Primrios FENLICOS (remoo ou inativao).
b) Sinergistas pouco ou nenhuma atividade
antioxidante. Aumentam a atividade de
antioxidantes.
c) Removedores de oxignio capturam O2 do meio.
d) Biolgicos enzimas (catalases, SOD, etc.).
e) Agentes quelantes complexam-se com ons
metlicos que catalisam as reaes (Cu e Fe). c. Ct.
f) Antioxidantes mistos protenas hidrolisadas,
flavonides, etc. (plantas e animais).
-
Doenas relacionadas aos esfingolipdeos
-
Fraqueza muscular, rigidez articular, dores articulares e diminuio da
coordenao motora.
Insuficincia respiratria, incontinncia ou reteno urinria,
alteraes visuais graves, perda de audio, depresso e impotncia
sexual.
1) Esclerose mltipla:
-
2) Adrenoleucodistrofia (ADL)
Acmulo de AGs saturados de cadeia longa (principalmente com 24
e 26 C) crebro e glndula adrenais destruio da bainha de
mielina.
-
Perda da capacidade de transmisso.
leo de Lorenzo: TRIOLENA e TRIERUCINA,
derivados do cido olico (C18:1) e cido ercico (C20:1),
preparado a partir dos leos de oliva e colza (Brassica
napa).
2008
-
3) Doena de Tay-Sachs
Gangliosdeos acmulo nas clulas neurais.
Incio: aparecimento de uma mancha vermelha no olho, seguida de
cegueira, surdez, incapacidade de engolir, atrofia dos msculos e
paralisia