Linhas populares 4° edição

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www.linhaspopulares.com.br [email protected] EDIÇÃO N° 3 || Tiragem: 30 mil Córrego Pirajuçara engole rua no Jd. Irene PÁG 7 PÁG 6 “Região já tem racio- namento informal de água” - diz Chico >> História FIQUE ATENTO ! BR 116 terá dois radares 100 anos de Sakai do Embu PÁG 5 PÁG 8 PÁG 2 >> Declaração foi dada em reunião do PT que defi- niu o nome de João Leite como pré-candidato a deputado estadual pelo partido Problema com a Sabesp é escancarado em Embu das Artes >> A bola da vez! PÁG 5 Mata do Roque Valente é liberada para construção Alterado local do Campus da Unifesp em Embu >> PÁG 6 Entrevista exclusiva com João Leite >> Vereadores questionam contrato com a empresa tercerizada Construtami que é responsável pelo recape dos buracos da Sabesp no município PÁG 4 PÁG 8 PÁG 3 Biometria Continua até 7 de maio PÁG 7

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Publicação de março/abril 2014

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EDIÇÃO N° 3||Tiragem: 30 mil

Córrego Pirajuçara engole rua no Jd. Irene PÁG 7

PÁG 6

“Região já tem racio-namento informal de água” - diz Chico

Gustavo, do CATS pode ser contratado por Criciúma

PÁG 3

>> História

FIQUE ATENTO ! BR 116 terá dois radares

100 anos de Sakai do Embu PÁG 5

PÁG 8 PÁG 2

>> Declaração foi dada em reunião do PT que defi-niu o nome de João Leite como pré-candidato a deputado estadual pelo partido

Problema com a Sabesp é escancarado em Embu das Artes

>> A bola da vez! PÁG 5Mata do Roque Valente é liberada para construção

Alterado local do Campus da Unifesp em Embu

>>PÁG 6

Entrevista exclusiva com João Leite

>> Vereadores questionam contrato com a empresa tercerizada Construtami que é responsável pelo recape dos buracos da Sabesp no município PÁG 4

PÁG 8

PÁG 3

Biometria Continua até 7 de maio PÁG 7

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Mobilidade Urbana --- ENTRE LINHAS ---

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Trecho da BR 116, entre Embu e Taboão terá dois radares fixosA Ar teris, concessio-nária que administra a BR 116, no trecho entre os municípios de Taboão da Serra e Curitiba (PR), anun-ciou no início de mar-ço a instalação de dois radares fixos de velocidade na pista sul, entre as cidades de Embu e Taboão. De acordo com a Auto-pista, a colocação dos radares foi por deter-minação da Agência Nacional de Transpor-tes Terrestres (ANTT) e da Polícia Rodoviá-r ia Federal (PRF). Os novos equipamentos não aplicarão multas no início, mas os tes-tes podem ser inter-rompidos a qualquer momento.Os equipamentos se-rão instalados nos Km271 e Km282,750 (pista sul). Na região

de São Lourenço da Serra também serão implantados dois ra-dares de velocidade. Os trechos escolhidos foram o Km 299,8 e Km 305,1, próximo a entrada do município.A autopista também anunciou o investi-mento de R$ 1,8 bilhão para serem aplicados neste ano. Dentre os investimentos, a con-cessionária investe na duplicação da Serra do Cafezal.

Em comunicado a Ar-teris divulgou seu ba-lanço de investimen-tos consolidados em 2013. Foram R$ 1,328 bilhão.Na Serra do Cafezal, dos 30 quilômetros da Serra, 11 já foram duplicados e estão em operação. As obras acontecem hoje no “miolo” da Serra do Cafezal, trecho que vai do km 344 ao km 363 e são realizadas por etapas. As obras,

no momento, aconte-cem entre o km 344 e o km 349 e entre o km 363 e o km 361,5, nos dois sentidos da rodo-via, com serviços de terraplanagem, drena-gem profunda (bueiros e galerias), constru-ção de nove pontes/viadutos, pavimenta-ção e revestimentos vegetais de taludes de cor tes e aterros (en-costas). Cerca de 40 máquinas par ticipam das obras.

Moradores do Jd. Ângela comemo-ram início da construção de UBS

Em uma festa voltada para a criançada, a fu-tura Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Ângela que está sendo construída na Rua Fla-mengo agradou os mo-radores da região que não contam com muitos equipamentos públicos no entorno.

Comandada pelo líder de bairro, Índio Silva, a festa teve a presença do prefeito Chico Brito e secretários, além do vice-prefeito, Natinha.

Com sua construção ainda na fase inicial, estão previstos dois pa-vimentos, sendo esta unidade considerada de por te médio dentre as outras do município. Segundo informou o prefeito, Chico Brito, a

construção da UBS do Jd. Ângela é uma estra-tégia do governo munici-pal no intuito de atender melhor os moradores dos bairros, Ângela, Batista e Santa Rita, além de de-safogar o Pronto Aten-dimento do Vazame. A Unidade Básica de Saú-de também agregará um Centro Odontológico.

Na ocasião Chico Bri-to também confirmou que a até o final do seu mandato a região tam-bém contará com uma creche.

Na UBS do Jd. Ângela serão construídos sete consultórios, com salas para diversas atividades. A nova unidade também contará com rampa de acesso para deficientes ao piso superior.

Mais não ia acabar?

Agora eu não entendi. O TRE-SP divulgou amplar-maente que o processo de revisão do título de eleitor, com o Recadas-tramente Biométrico iria ser encerrado no dia 25 de março. Mas, a legis-lação brasileira diz que toda revisão do título, além de novas inserções de eleitores se encerra em 7 de maio. Diante disso o recadastramento con-tinua. Que lambança! E o povo que já estava “feliz” com essa história, vai fi-car contente.. contente.. agora. Vai vendo...

Queijo suíço

E quem quer aproveitar a alta temporada de críticas a Sabesp são os vereado-res de Embu das Artes. Na pauta o rompimento do acordo com a empre-sa Construtami que vem esburacando o municí-pio. O contrato para que o município assuma esse trabalho já estaria nas mãos do prefeito, mas o valor estipulado foi con-siderado baixo. “Mal dá pra pagar os buracos que

já estão feitos, imagina o resto”, reclamou o verea-dor Doda Pinheiro (PT).

Quem segura a es-cada?

O prefeito de Embu das Artes, Chico Brito, dei-xou claro que o pensa-mento agora no PT é colocar os dois pés no de-grau, para que quem esti-ver em baixo possa subir. A “indireta” (mais direta que essa só um gancho de esquerda) foi para seu antecessor que não acei-tou disputar como federal pelo partido e ainda cra-vou para aliados que vol-ta em 2016.

Não subiu, nem des-ceu

Quem gostaria mesmo de subir mais um de-grauzinho nessa escada petista é o nobre presi-dente da Câmara, Doda Pinheiro. Doda chegou a fazer frente contra o colega, João Leite, pela disputa “sadia” para ver quem seria o esco-lhido e assim emplacar na próxima eleição para

deputado estadual pela região. É, não deu...

Bola da vez

João Leite é agora a me-nina dos olhos do PT de Embu das Artes e terá apoio irrestrito da mili-tância petista da cidade e regiões próximas, como é o caso da rapaziada da Casa Rosada, no bairro paulista de Itaquera (per-to?). Leite já afinou sua sintonia com o vereador Alessandro Guedes e terá mais campo para pedir votos.

Contagem dos votos

João assegura uma ex-pressiva votação no mu-nicípio de Embu, devido o último sufrágio (falei bonito agora heim) de Ge-raldo Cruz, que teve mais de 130 mil votos na sua última campanha. A per-gunta é: e os moradores que não fizeram o reca-dastramento biométrico, podendo chegar a 30% do eleitorado municipal, não conta?

Bom, é isso ai galera. Novidades, conta pra nóis que a gente replica

por aqui.. abraços!

O assunto Mobilidade Urbana tonou-se o cen-tro de conversas e ana-lises após os recentes protestos ao aumento da tarifa de ônibus, que fez os governos foca-rem suas atenções no tema até então “ado-mercido”.O que se percebe é que os governos não estão antenados aos anseios populares. A grande investida no setor nos útimos anos foi a criação do Bilhe-te Único em São Paulo, que desencadeou mui-tos projetos em várias cidades. A frota foi renovada e o usuário passou a determinar a sua própria integração a partir do uso do car-tão inteligente. Sucesso total.Após ser eleito a Pre-feito da Capital, José Serra (PSDB), direcio-nou seus esforços em função de criar ações novas que pudessem ofuscar o sucesso des-

se sistema que pre-miava o PT e o então Secretário de Transpor-tes, Deputado Carlos Zaratinni, autor e idea-lizador do Bilhete Úni-co, no governo Marta Suplicy.O que vimos foi uma enxurrada de ações, sem planejamento a fim de captar o suces-so do Bilhete Único. Foi assim com a incor-poração do Metrô e Trens ao sistema, sem, contudo, realizar os devidos estudos de de-manda, para planejar e aumentar a rede coleto-ra. Uma medida mera-mente eleitoreira. Au-mentou a captação de passageiros, superlotou o sistema metroviário, saturado e desprepa-rado para uma nova demanda, tornando-o lento e ineficaz. Trem e o ônibus fazendo o mesmo percurso é um desperdício de recur-sos que aumenta o cus-to operacional e, com isto, a tarifa no bolso do usuário. Também a integração do sistema

intermunicipal ao Me-trô tem apresentado grandes problemas.O sistema intermu-nicipal, pouco inves-tiu, mantendo o velho modal de captação de passageiros sem fisca-lização adequada pela EMTU, permitindo que as empresas trabalhem com a lógica, “quanto mais, melhor”. Dai as “latas de sardinha”.Todos os grandes in-vestimentos em MOBI-LIDADE no Estado de São Paulo não foram idealizados no sentido de atender as neces-sidades dos usuários do transporte coleti-vo e sim, atender aos anseios do transporte individual, carros, e ao transporte de carga. É importante que os go-vernos fiquem atentos às reais necessidades dos usuários do trans-porte coletivo, focando suas ações em melhorar a oferta e o conforto, a fim de não e tornarem reféns de soluções téc-nicas milagrosas.

Por: Angelo G. Archibald(Angelo Gancho)

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Gerente regional da Sabesp diz que região não terá racionamento de água

O Gerente de Depar-tamento que respon-de pela Empresa de Saneamento de Água e Esgoto do Estado (Sabesp) na região, Cr istovão J. Silva, afirmou na audiên-cia pública realiza-da pelos vereadores de Embu das Ar tes, na última quinta--feira (13) que os oito municípios que integram o Consór-cio intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Pau-lo não sofrerão com o racionamento de água que provavel-mente será imposto na macro-região do estado paulista. O prefeito de Embu das Ar tes contestou essa afirmação.Em entrevista recen-te a Rádio Estadão, o prefeito de Embu das Ar tes que também é o presidente do Sub-comitê da Bacia Hi-drográfica do Alto Tie t ê /Cot i a -Gua r a -piranga, Chico Br ito (PT), informou que pelo atual nível do reser vatór io Canta-reira, que atende cer-ca de cinco milhões de residências na ma-cro-região do estado paulista, incluindo cidades como Taboão da Ser ra, Osasco, Guarulhos, Carapi-cuíba e Diadema so-frerão com o raciona-mento de água caso o nível do sistema continue diminuindo no atual r itmo de de-sabastecimento.Pela atual situação do sistema que abas-tece a maior par te da macro-região do Es-tado, Br ito informou que não há soluções rápidas para esta cr i-se. “O que os dois comitês compar ti-

lham é a necessidade em aproveitamento desta cr ise e o que está trazendo mui-to incomodo para a população. Estamos vivendo hoje uma es-tiagem pior do que ocor reu em 1953-54. O que nós defende-mos são medidas a cur to, médio e longo prazo. Uma delas é a campanha perma-nente: não adianta fazer campanha para bonificar as pessoas que economizam e evitam o desperdí-cio só no momento da seca. Multa pra quem desperdiça água. Tem que ter punição pra quem desperdiça esse bem coletivo. E resolver o problema do desper-dício de água devido a conser vação dos ativos da Sabesp. Dá estação de tratamen-to até as casas das pessoas, no caso da região metropolitana de São Paulo, existe um desperdício de 25 a 30% dessa água. ¼ da água é desper-diçada”, disse Chico Br ito.Além da informação de racionamento, Chico também levan-tou a questão sobre o rodízio informal que é praticado nos bair-ros mais per ifér icos dos municípios como Embu e Itapecer ica da Ser ra. Na Audiência Pública com o representante da Sabesp, Cr istóvão Silva, os vereadores embuenses também questionaram o mo-tivo pela constante falta de abastecimen-to nas regiões mais afastadas. O Geren-te de Depar tamento, juntamente com sua equipe técnica, infor-

>>Prefeito de Embu contesta

mou que não havia cor te no fornecimen-to de água na região, mas sim problemas pontuais, entre eles a falta de energia elé-tr ica implicando no não funcionamento de buster, equipa-mentos que impulsio-nam a água de locais baixos para regiões consideradas altas.Neste mês, bair ros da capital paulista já co-meçaram a ser abas-tecidos pelo sistema Alto Tietê numa ten-tativa desesperada de atenuar o r itmo de desabastecimento do sistema Cantareira. A bacia Alto-Tietê, Cotia Guarapiranga é responsável pelo for-necimento de água aos municípios como Embu e Itapecer ica da Ser ra. O sistema Cantareira abastece cerca de 8,1 milhões de pessoas das Zo-nas Nor te, Central e par tes das Zonas Leste e Oeste da ca-pital paulista, bem como os municípios

de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Ca-rapicuíba e São Cae-tano do Sul, além de par te dos municípios de Guarulhos, Barue-r i, Taboão da Ser ra

e Santo André. Seu nível atual, de 15% é considerado o mais baixo dos últimos 60 anos.No Sistema Alto Tietê, o volume de água armazenado é

de 40,4%. No siste-ma Guarapiranga, de 61,3%. No Alto Co-tia, o nível de água está em 55, no Rio Grande, 88,8% e no Rio Claro, 89,8%.

Chico Brito confirmou que região poderá ser afetada no fornecimento de água - Foto: Alexandre Oliveira

Cristóvão J. Silva na audiência pública realizada na Câmara; município renovou o contrato com a Sabesp em 2011 por 30 anos, prevendo um investimento de R$ 310 milhões / Foto: Assessoria da Câmara

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mento Básico do esta-do de São Paulo reali-zou apenas 1,5 km de prolongamento da rede coletora de esgoto em Embu das Artes. Para Doda, se esse ritmo for mantido, a cidade só terá a cobertura de 100% de coleta de es-goto no ano de 2036, haja a vista que Embu possui uma extensão de 70km². O municí-pio estabeleceu con-trato com a Sabesp até 2040. A empresa deverá investir R$ 310 milhões no município durante esse período.

Falta de água e investimentos

Um dos pontos com maiores manifestações durante a audiência pública com represen-tantes da Sabesp na Câmara foi por con-ta da constante falta de abastecimento nos

A audiência pública realizada na Câmara Municipal com repre-sentantes da Sabesp, na tarde de quinta--feira, dia 13, serviu para que os vereadores pudessem evidenciar os inúmeros problemas causados pela empre-sa terceirizada Cons-trutami, na execução dos trabalhos de tapa--buracos pelo municí-pio. Além das críticas com relação às obras da empresa citada, os vereadores abordaram a questão da constante falta de água nos bair-ros.

Cristovão J. Silva, ge-rente de departamento da UGR Guarapiran-ga (Sabesp) informou que o município possui 66% de seu território atendido com a malha de esgoto da compa-nhia. No ano de 2013, a empresa de Sanea-

bairros do município. Os vereadores pediram explicações sobre a fal-ta de água em bairros “altos”, e o mesmo não ocorre em bairros considerados “baixos”, estando ambos na mesma rede de abaste-cimento. A gerente de divisão da Sabesp na região, Dir-

lene Palma Gomes, res-pondeu que em muitos casos a falta de água está atrelada a falta de energia na região, devido a utilização do equipamento “buster” que permite bombear a água de locais mais baixos para regiões consideradas altas. Além desses equipa-

100 anos de Sakai do EmbuEmbu das Artes se pre-

para para celebrar o cen-tenário de um de seus expoentes na arte, o ter-racotista Tadakiyo Sakai. Nascido em Nagazaki (Japão), em 5 de janeiro de 1914, Sakai veio para o Brasil em 1928, acom-panhado pelo pai após o falecimento de uma de suas irmãs. Tadakiyo era o caçula de seis irmãos. Como primeira moradia, a família de Sakai chegou a Taboão da Serra e por lá constituíram suas raízes. Sakai ainda não se aven-turava nas artes, apesar de sua pretensa aspiração ao desenho e a vontade de um dia se expressar li-vremente.

Como conta a pupila e mantenedora de sua obra, a artista Tônia do Embu, Sakai teve um desenten-dimento com seu irmão mais velho devido sua recusa em patrocinar um curso de Belas Artes, o que preconizou sua vinda para Embu (M’Boy) em 1932. Seu pai já falecera em 1931, três anos após sua vinda da terra do sol nascente. “Chegan-do aqui ele teve diversas profissões. Aos 14 anos ele já era faixa preta de judô e ele lutava profis-

sionalmente em São Pau-lo. Foi massagista e aqui na cidade ele se tornou gerente da granja da fa-mília Sabah, onde hoje é a chácara Santa Bárbara”, disse Tônia.

Sakai virou agricultor e exerceu tal atividade até 1950, momento esse que se encontrou com o “vi-zinho de cerca”, Cássio M’Boi. - “Quando ele soube que o Cássio mo-rava quase em frente à casa dele, e ali residia um grande artista, porque o Cássio já era reconhecido. Ele já tinha participado de exposições em Paris (França), na Bienal de Ve-neza (Itália). Era um gran-de nome em São Paulo e sua casa era frequentada por nomes como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Ama-ral, Anita Malfatti, e mui-tos outros”, relata Tônia.

No primeiro encontro, Sakai levou alguns de seus desenhos para serem avaliados e, surpreendido, foi instigado por Cássio a tornar suar arte expressa em desenhos, numa arte em escultura de barro. “Já que você lavora a ter-ra, procura em cavas mais profundas o barro que te servirá de base para suas

obras”, diz Tônia, história essa contada pelo próprio Sakai.

Como relembra a artista embuense, Sakai, apesar do talento, teve muitas dificuldades para iniciar sua trajetória como ter-racotista. Há época, o conhecimento na arte de modelar o barro e a quei-ma era precoce. “Quando você faz uma peça de

barro maior, você tem que torna-la oca, ela tem que ser vazia por dentro, para poder queimar bem e para não estourar no forno, e ele não tinha essa técnica”, relata.

Sakai procurou um dos expoentes de escultura e São Paulo, nada menos que Victor Brecheret,

responsável pela confec-ção do “Monumento às Bandeiras”, atual cartão postal de São Paulo no bairro do Ibirapuera. “O Sakai saia daqui e ia para o ateliê dele a noite para aprender essas técnicas. Depois, como fazia o pro-cesso de queima na ola-ria, ele começou a ajudar os oleiros a colocar tijolo no forno, aprender mais sobre o processo de quei-ma”, disse Tônia.

Sakai teve contato com esculturas “bonecas” dos índios Carajás e, segun-do relato, ficou fascina-do pela semelhança da cultura indígena e orien-

tal. Nesse momento, Ta-dakiyo passa a priorizar a cultura brasileira, pre-terindo a arte oriental em seus trabalhos. “Naque-la época já tinha alguns

intelectuais estudando arte cultural do brasil, o folclore brasileiro, e eles ficaram muito interessa-dos nesse ‘japoneizinho’ ai que nem português fa-lava direito e só queria sa-ber de cultura brasileira”, comenta Tônia.

De acordo com Tônia, a revista O Cruzeiro, prin-cipal ilustração semanal da primeira metade do século XX, editada pelos Diários Associados com data de lançamento em 1928 (Rio de Janeiro), ajudou a tornar conheci-das as fronteiras do país, realidade essa distante dos paulistas naquela época. “Com o Cruzeiro passamos a ter ciência de que no Brasil existia o Pantanal, o Serrado, Floresta Amazônica, os Pampas, então ele [Sakai] começou a desenvolver também um trabalho de pesquisa sobre os nossos costumes. E começou a fazer peças com essa te-mática”.

Apesar de não ser da religião Católica, Sakai adotou a arte sacra como uma de suas inspirações. A “Via-Crucis”, obra que retrata as 14 estações que demarcam a trajetória de Jesus Cristo desde o Pre-tório de Pilatos, até o seu calvário (local onde Jesus foi crucificado) é uma de

suas obras que compõem seu memorial, no bairro Cercado Grande.

São 13 lápides em terra-cota.

De pais oleiros, Tônia do Embu conheceu Sakai após sua família se ins-talar no bairro do Cerca-do Grande, por volta de 1959.

Tadakyio era conhecido na região por ser também um exímio massagista e Tônia, que em um episó-dio de sua infância tinha se machucado jogando bola com seu pai, foi orientada por sua mãe a procura-lo. “Tinha noves anos. Quando eu cheguei lá e vi aquele ateliê cheio de esculturas, quadros, eu achei aquilo fascinante. Fiquei assustada e olhan-do tudo aquilo, até me esqueci do dedo machu-cado. Vendo-me, o Sakai perguntou: você está gos-tando? Eu disse que sim e ele me convidou a sentir o barro. E foi assim que eu o conheci. Já no dia seguinte, voltei lá e assim foi indo”, relembra Tônia.

Sakai passou a conside-rar Tônia como sua filha e permitiu que ela e ou-tras crianças do vilarejo aprendessem a arte de moldar o barro.

*Alexandre Oliveira

Uma reunião entre o prefeito Chico Brito e a Diretora-Presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, Dilma Pena, deverá selar o acordo para a prefeitura assumir os reparos da Sabesp - Foto CMETEA

mentos instalados no município, a Sabesp informou que estão previstos a construção de reservatórios de água, como é o caso do Jd. Santo Eduardo, investimento na or-dem de R$ 5 milhões. Esse reservatório, de 10.000 m³ será ins-talado próximo a em-

presa Twiltex e terá que transpor a BR 116, o que dificulta a obra.De acordo Dirlene, há a previsão da implan-tação de outros reser-vatórios nos bairros: Centro, Santa Tereza, Santo Eduardo e Vista Alegre. O prazo para a entrega dos reservató-rios não foi definido.

Vereadores criticam gestão da Sabesp e município deverá assumir “tapa buracos”

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>> ELEIÇÕES

João Leite assume preferência e disputará pelo PT a deputado estadual

Após uma reviravolta na cúpula petista de Embu das Artes, o presidente da Câmara dos Verea-dores, Doda Pinheiro, decidiu retirar sua candi-datura na disputa com o também vereador, João Leite, pelo apoio do di-retório do Partido dos Trabalhadores nas elei-ções deste ano ao cargo de deputado estadual. Doda confirmou que de-sistiu da “disputa” devido sua posição atual no PT. Pesou contra ele o fato de ter entrado em cho-que com o prefeito Chico Brito em uma disputa de força política no início de sua vereança. João Leite, em uma entrevista exclu-siva confirmou seu favo-ritismo.

“Não foi surpresa para mim”

Com uma história ampla passando por sindicatos, movimentos sociais e uma ampla carreira po-lítica, João não demons-trou surpresa por ser o candidato que disputará pelo PT de Embu das Ar-tes, ao lado de Geraldo Cruz a uma vaga de de-putado estadual na As-sembleia Legislativa.

>> Leia a entrevista na íntegra:

Linhas Populares:O que representou a no-tícia da escolha do seu nome para disputar a uma vaga na Assembléia Legislativa?Leite: Pra minha vida, essa decisão do Partido, decisão da militância, a decisão de alguns com-panheiros de outros par-tidos que também vão nos apoiar, pra mim é muito importante, por-que ninguém é candidato de si mesmo. Uma das questões que eu sempre falei e o nosso prefeito, Chico Brito, tem falado muito disso é a questão da valorização da mili-tância, de procurar com-preender e fortalecer os partidos aliados, e o for-talecimento também do partido na região. E isso é o papel que tem um de-putado eleito, e a nossa pré-candidatura ela é co-locada com esse patamar de discussão.Linhas Populares: Você se sente preparado para assumir um cargo altamente burocrático? Essa indicação ao seu nome recebida por você com surpresa?Leite: Não, para mim não foi surpresa nenhuma. Eu venho do sindicato, e isso é de algum tempo. Vinha trabalhando isso, é cla-ro que como eu falei pra você no início, ninguém é candidato de si mesmo. Eu esperava a oportuni-dade de ter o apoio do

partido, da militância e também o apoio da base aliada para que você pos-sa ter uma pré-candidatu-ra com consistência. Mas estou preparado sim. Estou no meu segundo mandato de vereador, já fui presidente do partido (PT de Embu) por duas vezes, tesoureiro por duas vezes, já fui coor-denador da CUT [Central Única dos Trabalhadores] regional em Santo Ama-ro, e isso é o trabalho que a gente vem fazendo e

estou muito tranqüilo en-quanto a isso.Linhas: Como se deu a conversa com o Doda para que ele retirasse a pré-campanha e apoiasse o seu nome?Leite: É como a gente fala: todos têm sonhos. O Doda é um grande com-panheiro, está fazendo um bom trabalho aqui na Câmara Municipal,

mas entendeu que era um momento bom para nós dentro do partido, pelo que nós havíamos con-versado, que o partido vinha conversando para não ter problema em rela-ção a essa disputa. Como eu falei, se ele fosse o escolhido certamente também ia representar o partido muito bem, ia representar a região com muita qualidade, isso ele está demonstrando aqui na Câmara, mas se enten-deu que o melhor nome

para o momento era o meu e isso era uma deci-são que o partido já tinha tomado. O nosso governo também já tinha coloca-do esse sentimento, de que era o partido que ia definir.Linhas: E como fica essa história com o outro can-didato, Geraldo Cruz? Como você entende essa situação e como o par-

tido vai lidar com o fato de dois candidatos na rua disputando entre si a pre-ferência do eleitorado?Leite: Se você pegar a úl-tima votação do Geraldo era uma votação que dava pra eleger dois deputados estaduais. Nós vamos tra-balhar com esse sentido. O Geraldo é candidato natural, fez um trabalho muito bom na região, e nós acreditamos que tem espaço para os dois, por isso o PT vai lançar um que é escolhido pelo

partido, com apoio total, mas o Geraldo também é candidato e fará seu trabalho para tentar se reeleger. Nós não vamos ter confronto nenhum, se depender da minha parte isso não vai existir, e eu acho que também da par-te dele também não terá. Nós vamos tudo para que eleja os dois, mas eu vou trabalhar com mui-

ta tranqüilidade e evitar tudo que tiver de conflito porque eu acredito muito que a relação criada no partido até hoje é pra evi-tar todos os conflitos.Linhas: Você pessoal-mente ficou chateado com essa situação em relação ao Geraldo Cruz?Leite: Eu conversei bas-tante com o Geraldo e a gente acreditava até que ele poderia ser candida-to a deputado federal, mas é uma opção dele e a gente tem que respeitar. A minha relação com o Geraldo continua boa do mesmo jeito e nós vamos eleger os dois.

João Leite também falou sobre o apoio de lideran-ças na região, destacan-do a posição do verea-dor pela capital paulista, Alessandro Guedes (PT) e o grupo da Casa Rosa-da, na Zona Leste de São Paulo.

Leite: “Tudo tem o mo-mento certo que é o mo-mento que você espera, que o partido quer, que as pessoas querem, que o povo quer, e que o gover-no quer. Temos o apoio do nosso prefeito, Chico Brito, vários deputados da região, tem o apoio da Casa Rosada, que pra mim é muito importan-te e o apoio do vereador Alessandro Guedes (São Paulo), que também foi muito importante”, disse.

Com apoio da militância, PT lança João LeiteNo último dia 15 de

março, a militância do PT de Embu das Artes realizou nova-mente sua reunião de diretório promovendo a pré-campanha do ve-reador João Leite para concorrer a deputado estadual pelo parti-do nas eleições deste ano. Leite contou com o apoio majoritário do diretório petista, do prefeito Chico Bri-to. João Leite se firma como pré-candidato do PT e da base aliada do governo para a dispu-ta eleitoral vindoura. O evento lotou as de-

pendências da Câmara Municipal de Embu das Artes, local escolhido para o anúncio da pré--candidatura de João. Com faixas e cartazes de apoio, João Leite foi recebido pela militân-cia petista e lideranças da região demonstran-do que o pré-candidato terá uma ampla base no município de Embu e em outras regiões da grande São Paulo. O deputado federal, Car-los Zarattini, o Verea-dor Alessandro Gue-des (PT), integrantes Casa Rosada, grupo que existe na zona les-

te a mais de 14 anos, da base de apoio do vereador Gilson Oli-veira também foram presença marcante no evento. Alessandro Guedes e Zarattini destacaram a histó-ria do vereador João Leite, assemelhando seu trabalho em Embu das Artes com o que fazem em São Paulo e garantiram apóio incondicional a pré--candidatura petista.

Discursos e expectativaO atual presidente

da Câmara Municipal, Doda Pinheiro, iniciou a tarde de discursos demonstrando que não se abateu após ter deixado a disputa pela preferência en-tre a militância do PT e assim anunciar seu apoio a João Leite. O prefeito de Embu

das Artes, Chico Bri-to, evidenciou a pre-ferência do partido para o nome de João Leite. “tem que sur-gir novas lideranças”. Nesse contexto, o

prefeito de Embu das Artes tratou de escla-recer o que se discutiu

nos bastidores do par-tido. “O PT está lan-çando a pré-candidatu-ra de João Leite porque temos que fortalecer o arco de alianças e crescermos ainda mais e fortalecer o projeto para Embu das Artes”.João Leite agradeceu

a presença das lideran-ças regionais no even-to. Ele também exter-nou sua satisfação por ter sido o nome que representará a mili-tância petista nas elei-ções deste ano. “Nos-sa candidatura tem que ser comemorada porque ninguém faz nada sozinho”, disse.Para João, apesar de

já conquistar o apoio

de muitas lideran-ças favoráveis a seu nome, a corrida pelo voto não será fácil este ano. “Sei da dificulda-de que é ser vereador e sei da dificuldade que vai ser me eleger deputado estadual”.Lideranças do Parti-

do dos Trabalhadores de Embu das Artes tra-balham com a expec-tativa pela eleição de João Leite embasados na expressiva votação alcançada pelo parti-do na última eleição a deputado estadual. Só no município em-buense, PT alcançou mais de 130 mil votos.

*PT de Embu das Artes

João Honório (PROS) e Gildeon parabenizaram João Leite no ato de lançamento de sua pré-campanha a deputado estadual pelo PT - Foto: Alexandre Oliveira

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Área da Mata do Roque Valente é liberada para construção de moradias>> Meio AmbienteEm fevereiro, o secre-tário de Habitação do Estado de São Paulo, Silvio Torres, foi re-cepcionado no gabi-nete do prefeito, Chi-co Brito, juntamente com os vereadores do município e líderes de movimentos populares para anunciar o de-sentrave do processo judicial que impedia a utilização de parte da área denominada Mata do Roque Valente, no Jardim Santa Tereza, para a construção de moradias populares. Silvio confirmou que além do projeto de habitação, financiado pelo programa Casa Paulista, também será implantado no local um Parque Ecológico.Após oito anos de luta, como sugere o Movi-mento dos Trabalhado-res Sem Teto (MTST), a Mata do Roque Valente enfim recebeu a apro-vação para a constru-ção de 1200 moradias em parte do terreno que já está desmatado. De acordo com o se-cretário de Habitação do Estado, o Tribunal de Justiça, em votação favorável de dois juízes e um pedido de vistas do processo, a área que era cercada de po-lêmicas, com inúmeros desfechos ao longo dos anos, agora poderá re-ceber o programa de habitação.Torres destacou a im-portância da data que findou o processo de luta pela liberação da área de 433.800 m², sendo que dois terços são APP – Área de Pro-teção Permanente. De acordo com ele, agora o Estado poderá dar início a construção do

projeto das moradias populares, com apoio do governo munici-pal de Embu das Ar-tes. “Daqui pra frente é concretizar a ação. Um projeto já tem um diagnóstico feito, já foram feitos todo o levantamento da área. Conversamos com o prefeito Chico Brito, a nossa idéia é fazer um chamamento permitin-do que a empresas se candidatem a fazer a obra e ai não só fazer as 1200 moradias, mas também implantar o Parque”, disse.Representando o go-vernador do Estado, Geraldo Alckmin, Sil-vio Torres também confirmou o investi-mento para a constru-ção de moradias em outras regiões do mu-nicípio. “Além dessas 1200 (moradias), ain-da por parte da CDHU nós temos os projetos: Embu 11, Embu 12, Embu P, que serão mais de 1200 moradias e já está com a área desapropriada (Fama). Nós temos outro pro-jeto que é chamado Embu “q”, onde estão previstas 800 casas na região do Jd. Santo Eduardo, atendendo a questão das famílias que estão em situação difícil no Pirajuçara e no Rodoanel. Atra-vés da parceria Casa Paulista tem o “Chá-cara 1, “Chácara 3, “Chácara 4, Castilho, Botucatu, Vila dos Pássaros, São Marcos, vários empreendimen-tos que vão atender as demandas da região”, confirmou. Estima-se que Embu das Ar tes ganhe cerca de cinco mil moradias popula-res nos próximos três anos.

Perseverança

Representando os ve-readores do município, o presidente da Câma-ra Municipal de Embu das Artes, Doda (PT), destacou a importân-cia do papel dos vere-adores no apoio aos movimentos populares que lutaram para que a realidade atual fosse, enfim, alcançada.Doda ressalvou que a área do Roque Valente estava sendo, pouco a pouco degradada devi-do a falta de fiscaliza-ção, e que em muitos casos servia para o descarte de entulho e até mesmo atos de vio-lência.Representando o mo-vimento de luta pela moradia popular, Va-nessa Souza, destacou papel dos movimentos populares na pressão exercida ao governo do estado. Segundo Souza, a ocupação da Mata do Roque Valente foi simbólica e o movi-mento MTST cumpriu o seu papel. “Tudo o que fizemos, fizemos em forma de luta. O movimento fez a parte dele de pressionar poli-ticamente. Cumprimos com tudo o que foi acordado desde o prin-cipio da ocupação da área. Nossa ocupação

sempre foi simbólica. Nunca foi nossa inten-ção permanecer lá. A nossa reintegração de posse foi super tranqüi-la. Entregamos o terre-no sem a necessidade do aparato policial, e da forma que combina-mos. O MTST cumpriu o seu papel. Claro que não podemos deixar de reconhecer os outros movimentos. Acho que essa vitória tem que ser comemorada por to-dos”, concluiu.

5 mil moradias

Visitando a área da Mata do Roque Valen-te, entre os bairros do Jd Santa Tereza e Pira-juçara, o secretário de Habitação do Estado, Silvio Torres, confir-mou a possibilidade da construção de aproxi-madamente 5 mil uni-dade habitacionais no município.Segundo Torres, o ter-reno do Roque poderá abrigar mais de 1200 unidades dependendo dos estudos sobre as áreas remanescentes adequadas para a cons-trução de moradias, preservando a mata nativa onde será fei-to o Parque. “Aquela área da antiga Fama, a previsão são cerca de 2400 unidades, então, em Embu nós já te-

mos viabilizado cerca de cinco mil moradias, e esse é um número muito representativo. Da grande São Paulo é um dos números maio-res, como Guarulhos e São Bernardo. Agora Embu entrou na lista das prioridades pelas necessidades e pelas parcerias muito pro-dutivas que nós temos aqui com a prefeitura, que temos com os mo-vimentos e isso é que permite que nós pos-samos avançar”, disse.De acordo com o se-cretário de Habitação do Estado o projeto já pronto, idealizado para a Mata do Roque será agora aperfeiçoa-do e assim encaminha-do para a aprovação da prefeitura de Embu. “Acho que os tramites aqui serão muito mais

rápidos para a prefei-tura aprovar o projeto. Primeiro passar pelo conselho de APA que recentemente assumiu seu mandato, e depois pelos outros órgãos da prefeitura. Mas acre-dito que se nós cor-rermos bastantes esse ano já poderemos ter um projeto aprovado”, informou Silvio.Segundo com o secre-tário, já há dois com-promissos assumidos pelo Governo do Esta-do, sendo o primeiro um aporte do progra-ma Casa Paulista ao projeto de construção dos apartamentos e a cessão da área do Par-que, que hoje pertence a CDHU, à prefeitura. Cada apartamento cus-tará o valor de R$ 110 mil, de acordo com o levantameno da CDHU.

Além da Mata do Roque Valente, no Jd. Santa Tereza, o secretário de Habitação do Estado de São Paulo, Silvio Torres, anunciou a construção de moradias na área do “Fama” / Foto: Alexandre Oliveira

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7LINHAS POPULARES - Março/14WWW.LINHASPOPULARES.COM.BR

Ruas do Jardim Irene estão sendo engolidas pelo Córrego Pirajuçara

A situação dos mora-dores do Jardim Ire-ne, periferia de Embu das Artes, está cada vez mais complicada a cada novo temporal. Com a chuva, o Cór-rego Pirajuçara que corta o bairro vem provocando erosão em vias laterais, além de enchentes que vi-raram rotina. Em mui-tos locais, veículos de grande porte estão im-pedidos de circular. No sábado (8), uma ple-nária com movimen-tos sociais e o prefeito Chico Brito, tratou de discutir e renovar o apelo pela canalização do córrego e urbaniza-ção do bairro.De acordo com o pre-feito municipal, a solu-ção para a canalização do córrego está para-da no Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado (DAEE), com R$ 50 milhões retidos devi-do à burocracia. Chico Brito tratou de esclare-cer que a prefeitura já não quer apenas a ca-nalização do córrego, que segundo ele, não resolveria o problema das enchentes naquela região, mas sim a urba-

nização da área e a de-sapropriação das casas na beira do rio.Segundo o prefeito, o investimento de R$ 50 mi está retido no DAEE que alegou não ser de sua responsa-bilidade a retirara das famílias que ocupam moradias em muitos casos irregulares, pró-ximo ao Córrego. “Em 2009, a Sabesp o Go-verno Federal firma-ram um compromisso de financiamento de R$ 50 milhões para a canalização do Córre-go Pirajuçara. A Dil-ma fez a reunião com a gente que na época era a ministra da Casa Civil, com o presidente Lula. A Sabesp ficou de pegar esse dinheiro repassar para o DAEE para fazer a canaliza-ção de três trechos. Mas ai o DAEE falou que não tinha condi-ções de fazer, porque não era de sua respon-sabilidade retirar as fa-mílias que ocupam as margens do córrego”, informou o gestor de Embu das Artes.A prefeitura de Embu trabalha com a defini-ção pela urbanização da região e não somen-te a canalização do córrego, que segundo Brito não resolveria o

problema. “O que nós queremos não é a ca-nalização do córrego, mas a urbanização dessa área e a constru-ção de novas moradias para quem está mo-rando na beira do rio. Porque não adianta ca-nalizar e quando vem a chuva vai encher as ca-sas de água do mesmo jeito”, disse.O prefeito de Embu das Artes informou que no último ano (2013), foi firmado compromisso com a CDHU que já teria decretado cerca de 60 mil m² de área de utilidade pública na região, com a desapro-priação de casas irre-gulares que ocupam a margem do córrego. “Com essa medida, e com os R$ 50milhões disponibilizados não tem mais desculpa para essa canalização acontecer”, enfatizou.A plenária terminou com a definição por uma reunião sem data definida entre a Pre-feitura, a Comissão das Enchentes, demais órgãos e o DAEE para pleitear que parte dos R$ 50 milhões seja di-recionada ao pagamen-to de aluguel social às famílias (que deverão ser retiradas) e à in-denização pelos bens

perdidos na inundação. “Se não remanejarmos as pessoas, a Sabesp não começará a obra”, aler tou o prefeito.

Para moradores, só canalização não resolve

De acordo com alguns moradores que esti-veram presentes na plenária realizada no Centro Esportivo e So-cial, A.I.I.H Jd. Emílio Carlos e Irene, no últi-mo sábado (10), a ca-

nalização do córrego Pirajuçara, no trecho que corta o bairro não resolveria o problema, apenas ajudaria ame-nizá-lo.Um dos que perderam tudo na última cheia, no início do ano, José Dias, morador há 27 anos no bairro, con-tou a reportagem do Linhas Populares que falta empenho por parte do poder públi-co para a manutenção do córrego. “Foi a pri-meira vez que deu uma

cheia dessa. Na minha casa a água subiu 1,5 metros. Eu perdi prati-camente tudo, só não foi o armário porque está preso na parede, se não tinha sido le-vado também. Eu não pude fazer nada. Fi-quei ilhado dentro de casa. Não tinha o que fazer. As autoridades nunca se dispuseram a limpar esse rio. Aqui foi limpo há 10 anos atrás, porque nós mo-radores contratamos uma máquina e nós mesmos limpamos”, contou. José mora com mais cinco pessoas em casa.Na opinião de Pedro Francisco da Silva,

Biometria continua até 7 de maioO Recadastramento

Biométrico que vem ocorrendo no municí-pio de Embu das Artes não terminará na data de 25 de março, como vinha sendo noticiado pelos órgãos públicos da cidade e propagado pelo próprio Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). De acordo com a legis-lação brasileira, a ins-crição de novos títulos e alterações no docu-

mento é interrompido no dia 7 de maio, 150 dias antes do início das eleições deste ano. O recadastramento bio-métrico obrigatório dos eleitores de Embu das Artes registrou comparecimento de 66,07% do eleitorado em mais de sete meses de procedimento. Fo-ram revisados os títulos de 117.776 eleitores durante esse período. Outros 60.494 eleitores

Com alagamentos, erosão causada pelo Córrego Pirajuçara começa a engolir rua no Jardim Irene, em Embu das Artes / Foto: Alexandre Oliveira

morador a 35 anos do Jardim Irene, a cons-trução de um pisci-não na parte de cima do bairro daria fim as constantes cheias do

córrego. “Aqui é ca-rente. Tudo Precisa. Eu não sofri porque eu já moro mais pra cima no bairro, mas a região da parte de baixo é sofri-

da. Nessa última en-chente a água passou por cima dessa ponte. Teria que fazer um pis-cinão aqui pra dar jeito nisso”, argumentou.

>> CHUVAS

no município (33,93%) não atenderam ao cha-mado da Justiça Eleito-ral. Apesar da ampla pro-

paganda informando que o eleitor que não realizasse o procedi-mento dentro do prazo estipulado teria seu tí-tulo cancelado, o elei-tor têm garantido por Lei o direito de revisão do título até a data de 7 de maio, prazo esse final para a realização

da Biometria em Embu das Artes. Diante desse panora-

ma, a Justiça Eleitoral de Embu das Artes manterá o procedimen-to de Biometria no Par-que Franscisco Rizzo permitindo àqueles que não tenham feito a re-visão do título possa, assim fazê-lo.Segundo a chefe do

Cartório da 341º Zona Eleitoral de Embu das Artes, Nádia Miotto da Cruz, a pessoa que não fez o Recadastramento ficará com o título em “suspenso”, mas terá a condição de regulari-zação até a data limite,

definida pela legislação brasileira. Segundo Miotto, o município permanecerá com a Central Biométrica no Parque Francisco Rizzo e terá o auxílio de uma empresa terceirizada para a realização da Biometria.O município retomará

as atividades da Biome-tria no dia 27 de mar-ço, a partir do meio dia (12h). O munícipe que não fez a renovação obrigatória do título de eleitor continuará ten-do a possibilidade do agendamento no site do TRE.Haverá plantões na

Central nos sábados dias 5, 12 e 26 de abril das 8h30 às 17horas.A partir de 28 de abril

não haverá mais neces-sidade de agendar o atendimento, que pas-sará a ocorrer pela or-dem de chegada.

Documentos necessá-rios para regularizar:

RG e comprovante de residência atual.

Endereço:

Parque do lago Francis-co Rizzo: Rua Alberto Giosa, 320, bairro Qui-nhaú

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8 LINHAS POPULARES - Março/14

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Prefeitura de Embu altera local para instalação do campus da Unifesp

Como medida para tentar destravar o pro-cesso de instalação do Parque da Várzea do Rio Embu Mirim, a prefeitura de Embu das Ar tes apresentou a proposta de mudan-ça do local que irá receber o futuro cam-pus da Unifesp, numa tentativa de agradar a juíza Barbará Caro-la Hinderberger que mantém o embargo das obras do futuro Parque.O governo municipal, em decisão já aceita pela reitoria da Uni-versidade, definiu que o novo local do cam-pus será em frente a própria sede da pre-feitura, área essa que segundo o secretário de Gestão de Pesso-as, Marcos Rossatti, foi decretada como de utilidade pública. A região não é adensa-da por mata nativa, o que facilitaria o pro-cesso de construção

no local.O campus da Unifesp deverá ocupar todo o terreno onde é situado o restaurante Villa Sho-wpana e o morro ao fundo.A medida, repenti-na, está sendo tratada como solução para o imbróglio após a po-lêmica na criação do Parque da Várzea, que apesar de já contar com a licença ambien-tal emitida pela Cetesb, ainda permanece com um embargo judicial há dois anos.Segundo informações de bastidores, a juíza Barbara teria se mos-trado favorável pela mudança do local de instalação da futura universidade de Embu das Artes.Em fevereiro, um gru-po de professores e estudantes da USP e da Faculdade de Edu-cação, Arquitetura e Artes da Universidade de Siegen (Alemanha)

Novo local para a instalação do Campus da Unifesp é considerado última carta apresentada pela prefeitura de Embu das Artes - Foto Alexandre Oliveira

foram recebidos pelos secretários Paulo Gian-nini e Geraldo Juncal para tratar de uma par-ceria onde o campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) será objeto de estudo do Grupo de Pesquisa em Projeto de Arquite-tura de Equipamentos Públicos, coordenado pelo Prof. Dr. Alexan-dre Delijaicov. Os estu-dantes irão desenvolver projetos arquitetônicos do campus, de acordo

com a realidade socio-econômica e cultural do município.O custo da construção do campus universitá-rio no município, cerca de R$ 8 milhões, será totalmente da Unifesp.

Projeto do Parque ainda está de pé

Mesmo com a saída do campus da Unifesp da área do Parque da Várzea, o projeto inicial ainda é mantido como

viável. Recentemente o governo municipal de Embu das Artes anunciou a instalação do Senai no terreno do Parque. Já há estrutura construídas no local, como um anfiteatro e um refeitório.Agora sem o projeto da Unifesp, acredita--se que o embargo que ainda impede a cons-trução do Parque da Varzea seja, enfim, re-tomado.

*Da Redação

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013 15:14:39