Linguagem Verbal e Não Verbal

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Pesquisado por, Matheus Oliveira Fernandes Linguagem Verbal O termo "verbal" tem origem no latim "verbale", proveniente de "verbu", que quer dizer palavra. Linguagem verbal é, portanto, aquela que utiliza palavras - o signo linguístico - na comunicação. A linguagem verbal tem duas modalidades: a língua escrita e a língua oral . Linguagem oral é a que se usa quando o interlocutor está frente a frente conosco e justamente podemos falar com ele. Já a escrita, em tese, é usada quando o interlocutor está ausente. Entre a linguagem oral e a escrita há muitas diferenças, mas não uma oposição rígida. Na linguagem oral, o ambiente é comum a ambos os falantes. Por isso, quando usam "eu", "aqui", "hoje", não precisam explicitar do que se trata. Além disso, os gestos, expressões faciais, altura do tom da voz, contribuem para a clareza da comunicação. Nesse sentido, a linguagem oral usa recursos diferentes daqueles usados na linguagem escrita. Veja a frase "João comeu o bolo". Podemos dizê-la: 1) Colocando ênfase na palavra João, em João comeu o bolo. Então, essa frase poderia estar respondendo a uma pergunta como "Quem comeu o bolo?". 2) Falando de maneira mais forte a palavra comeu, em João comeu o bolo. Nesse caso, poderíamos estar respondendo a algo como "Que fez João?". 3) Colocando o acento na expressão o bolo, em João comeu o bolo, o que poderia ser a resposta de "O que comeu João?". Recursos da escrita Na linguagem escrita, precisamos explicitar quase tudo que queremos que o nosso interlocutor entenda. A frase acima precisaria vir acompanhada de uma informação a respeito do ambiente onde se encontram João e o bolo (uma festa, o trabalho, a cozinha etc..), explicitação de quem participa do

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Pesquisado por, Matheus Oliveira Fernandes

Linguagem Verbal

O termo "verbal" tem origem no latim "verbale", proveniente de "verbu", que quer

dizer palavra. Linguagem verbal é, portanto, aquela que utiliza palavras - o signo

linguístico - na comunicação.

A linguagem verbal tem duas modalidades: a língua escrita e a língua oral.

Linguagem oral é a que se usa quando o interlocutor está frente a frente conosco e

justamente podemos falar com ele. Já a escrita, em tese, é usada quando o

interlocutor está ausente. Entre a linguagem oral e a escrita há muitas diferenças,

mas não uma oposição rígida.

Na linguagem oral, o ambiente é comum a ambos os falantes. Por isso, quando

usam "eu", "aqui", "hoje", não precisam explicitar do que se trata. Além disso, os

gestos, expressões faciais, altura do tom da voz, contribuem para a clareza da

comunicação. Nesse sentido, a linguagem oral usa recursos diferentes daqueles

usados na linguagem escrita.

Veja a frase "João comeu o bolo". Podemos dizê-la:

1) Colocando ênfase na palavra João, em João comeu o bolo. Então, essa frase

poderia estar respondendo a uma pergunta como "Quem comeu o bolo?".

2) Falando de maneira mais forte a palavra comeu, em João comeu o bolo. Nesse

caso, poderíamos estar respondendo a algo como "Que fez João?".

3) Colocando o acento na expressão o bolo, em João comeu o bolo, o que poderia

ser a resposta de "O que comeu João?".

Recursos da escrita

Na linguagem escrita, precisamos explicitar quase tudo que queremos que o nosso

interlocutor entenda. A frase acima precisaria vir acompanhada de uma informação a

respeito do ambiente onde se encontram João e o bolo (uma festa, o trabalho, a

cozinha etc..), explicitação de quem participa do diálogo, introdução de um verbo

dicendi (fulano/a falou, disse, perguntou, gritou, murmurou, cochichou, berrou, por

exemplo), o sinal gráfico que indica a introdução da fala de alguém: o travessão ou

aspas.

Mas nem por isso a escrita é mais complexa e a fala mais simples. O grau de

formalidade no uso da linguagem oral depende do ambiente em que se encontra o

falante, do objetivo a atingir, de quem são os ouvintes.

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Há situações que exigem falas elaboradas, isto é, com vocabulário e organização

mais próxima da escrita, mas na maior parte do tempo nós usamos a chamada

linguagem coloquial, a linguagem do dia-a-dia. Por outro lado, há situações em que

convém o uso de uma escrita mais pessoal, como no caso de um bilhete ou em uma

lista, como há ocasiões, precisamos organizar um texto formal, de acordo com a

norma culta da língua.

A escrita alfabética

Em linhas gerais, o alfabeto é um sistema de sinais, as letras, que representam os

sons da fala. A palavra vem do latim alphabetum, formada por duas outras palavras

alpha e beta, as duas primeiras letras do alfabeto grego.

Sabe-se que o alfabeto grego veio de adaptação da escrita dos fenícios. Os estudos

da escrita antiga são realizados geralmente a partir de inscrições de vasos e outros

objetos, encontrados por arqueólogos. No caso da cultura grega, existem inscrições

em cerâmicas no século 8 a.C.

O uso da escrita marcou a civilização moderna, principalmente a partir da invenção

da imprensa, por volta de 1450, por Gutemberg, que pelo uso das letras móveis

tornou possível a reprodução rápida de textos escritos, anteriormente copiados à

mão. Como consequência, a civilização moderna pôde se organizar em torno da

transmissão da informação pela escrita: jornais, revistas, livros...

As linguagens não verbais

Quando você vê um capítulo de novela na televisão, você ouve a fala das

personagens e uma música de fundo. Simultaneamente vê um cenário e o vestuário

das personagens. As cores do cenário, a iluminação do espaço, os gestos e as

expressões dos atores contribuem para a construção do significado. Tudo isso

também contribui para criar um clima, para reforçar uma ideia, para direcionar uma

mensagem. Não levamos em conta cada um dos aspectos separadamente, mas

todos juntos quando procuramos entender o que se passa na tela.

Para expressar um mundo, onde as mudanças são aceleradas, as novas linguagens

transmitem rapidamente um número cada vez maior de mensagens. A ilustração, o

desenho, a figura, a fotografia, os sons, associados a textos verbais curtos e diretos

buscam atingir o leitor com maior impacto. A valorização da imagem supõe um leitor

que não tenha tempo para ler mensagens longas ou complicadas.

Dado o intenso uso de linguagem não verbal nos dias atuais, pode-se dizer que

entre uma e outra existe integração e influência recíproca, de forma que uma

provoca alterações na outra.

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Pesquisado por, Matheus Oliveira FernandesA comunicação eletrônica

Nos dias atuais surgem novos gêneros textuais, como o e-mail, os chats (salas de

bate-papo) e os fóruns on-line (espaços de opinião e debate), que apresentam

linguagem escrita e linguagem oral.

O "hipertexto", por exemplo, constitui-se em uma escrita não-sequencial e não linear,

que permite ao internauta acessar outros textos, através de "links" que o fazem

interagir com outras mensagens, num novo espaço - o ciberespaço. Outras

linguagens ou outras formas de usar as linguagens que já existem caracterizam

esse tempo como um tempo de informação rápida, que abre uma enorme gama de

possibilidades novos contatos e relacionamentos.

Veja como exemplo o blog. É uma forma contraída de weblog, nome da versão

eletrônica dos antigos diários pessoais. As famosas confissões de adolescente,

anotadas em cadernos e guardadas a sete chaves, são agora escancaradas na

internet. Com um detalhe: além de bisbilhotarem os desabafos alheios, os

internautas ainda podem deixar lá seus comentários, fazer críticas e até dar

conselhos.

O sucesso dos blogs deve-se a dois fatores. São fáceis de fazer e permitem muita

interatividade, juntando texto, fotos, desenhos, animações, vídeos e músicas. Para

ter um blog não é necessário saber nada sobre criação de páginas na internet. Basta

entrar em um dos sites que ensinam a produzir um diário virtual e seguir as

indicações do assistente on-line.

Ainda não superamos, porém, a linguagem verbal, que é a que, embora por meio

eletrônico, torna possível a comunicação com você!

Leia o trecho a seguir de um poema de Camões:

"Amor é fogo que arde sem se ver,

É ferida que dói e não se sente,

É um contentamento desconte,

É dor que desatina sem doer."

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/linguagem-verbal-e-aquela-que-

utiliza-palavras.htm

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Língua Falada e Língua Escrita

Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.

No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:

Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.

Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola.

Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.

Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.

Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta.

http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman3.php

Fala

É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, pode escolher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente sociocultural em que vive, etc. Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada indivíduo, além de conhecer o que fala, conhece também o que os outros falam; é por isso que somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados

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Pesquisado por, Matheus Oliveira Fernandesgraus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas seja exatamente como a nossa. 

Níveis da fala

Devido ao caráter individual da fala, é possível observar alguns níveis:

Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utiizá-lo, não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela língua.

Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais estabelecidas pela língua.

http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman4.php

LINGUAGEM NÃO-VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação.

Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época.

A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reação involuntária ou um ato comunicativo propositado.

Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear as interações sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.

a) expressao facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão fisionómica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional.

b) movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contesto pode significar ameaça, provocação.

Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a ideia de submissão como a de desinteresse.

c) movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens.

d) postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores hierárquicos adoptam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos.

e) comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada.

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Pesquisado por, Matheus Oliveira Fernandesf) a aparência: a aparência de uma pessoa reflete normalmente o tipo de imagem que ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, maquilhagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo de falar, etc., as pessoas criam uma projeção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projeção particular e se os outros respeitarem essa projeção.

Conclusão: na interação pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são importantes para que o processo de comunicação seja eficiente.

http://www.salves.com.br/virtua/comverbn-verb.html

A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.

Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!

Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal!

A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários.

Observe alguns exemplos:

Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol.

 

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   Charge do autor Tacho – exemplo de linguagem verbal (óxente, polo norte 2100) e não verbal (imagem: sol, cactus, pinguim).

 Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bicicleta”, atrás “quebra-molas”.

 

  Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitário masculino”.

 

Imagem indicativa de “silêncio”.

 

  Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”.

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