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Linguagem Musical III 2017 GOVERNO DE GOIÁS Secretaria de Desenvolvimento Econômico Superintendência Executiva de Ciência e Tecnologia Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica

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Linguagem Musical III2017

GOVERNO DE GOIÁSSecretaria de Desenvolvimento Econômico

Superintendência Executiva de Ciência e TecnologiaGabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica

Linguagem Musical IIICURSO TÉCNICO EM MÚSICA

Junho 2017

Ficha Catalográfica

Governador do Estado de GoiásMarconi Ferreira Perillo Júnior

Secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e IrrigaçãoFrancisco Gonzaga Pontes

Superintendente Executivo de Ciência E TecnologiaThiago Camargo Lopes

Chefe De Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação TecnológicaSoraia Paranhos Netto

Coordenação Pedagógica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego José Teodoro Coelho

Equipe de ElaboraçãoSupervisão Pedagógica e EaDDenise Cristina de Oliveira Maria Dorcila Alencastro Santana

Professor ConteudistaSrilis Leonel Mourão

Projeto GráficoAndré Belém ParreiraMaykell Mendes GuimarãesJosé Francisco Machado

Designer Maykell Mendes GuimarãesJosé Francisco Machado

Revisão da Língua Portuguesa Cícero Manzan CorsiKelly Ferreira dos Santos

Banco de Imagens http://freepik.comhttp://pt.freeimages.comhttps://pixabay.com

Expediente

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Apresentação

Empreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o

profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento de Goiás (SED), em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), visam a garantir o desenvolvimento dessas competências.

Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos, nas modalidades EaD e presencial: Ambiente e Saúde, Desenvolvimento Educacional e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção Alimentícia, Produção Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e promoção do empreendedorismo.

Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos, ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.

Bom curso a todos!SED – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecno-

lógico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação

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SumárioINTRODUÇÃOEscalas no Modo Litúrgico e Escalas Exóticas 9

Resumo Caderno de Linguagem Musical II 9Dinâmica 9Expressão 9Ornamentos 9Inversão de intervalos melódicos 9Intervalos diminutos 9Inversão de Tríades (acordes) 9Escalas menores 10Círculo das Quintas 10Tons vizinhos 10Formação de Tétrades 10Graus e suas funções na música 10Acordes de sétima 11Acordes de Nona 11Modulação 11Transposição de músicas 11Escalas e notas enarmônicas 11

UNIDADE IModos Litúrgicos 12

Escalas Exóticas 15Escala Pentatônica 16Escala de Tons Inteiros 17Escala de Blues 18

UNIDADE IIApresentação 20

Contraponto de primeira espécie 20Tipos de movimentos no contraponto 20Mais alguns Intervalos a serem evitados 22

Contraponto de Segunda Espécie 24Contraponto de Terceira Espécie 24Contraponto Quarta Espécie (sincopado) 26Contraponto de Quinta Espécie 27Hora da Revisão 28

Referências 29

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FIQUE ATENTO A exclamação marca

tudo aquilo a que você deve estar atento. São assuntos que causam

dúvida, por isso exigem atenção redobrada.

CONTEÚDO INTERATIVO

Este ícone indica funções interativas, como hiperlinks e páginas com

hipertexto.

DICAS Este baú é a indicação de onde

você pode encontrar informações importantes na construção e no aprofundamento do seu

conhecimento. Aproveite, destaque, memorize e utilize essas dicas para

facilitar os seus estudos e a sua vida.

VAMOS REFLETIR Este quebra-cabeças indica o mo-mento em que você pode e deve

exercitar todo seu potencial. Neste espaço, você encontrará reflexões e desafios que tornarão ainda mais

estimulante o seu processo de aprendizagem.

VAMOS RELEMBRAR Esta folha do bloquinho

autoadesivo marca aquilo que devemos lembrar e

faz uma recapitulação dos assuntos mais importan-

tes.

MÍDIAS INTEGRADAS Aqui você encontra dicas para enriquecer os seus conhecimentos na área,

por meio de vídeos, filmes, podcasts e outras

referências externas.

VOCABULÁRIOO dicionário sempre nos ajuda a

compreender melhor o significado das palavras, mas aqui resolvemos

dar uma forcinha para você e trouxemos, para dentro da apostila, as definições mais importantes na construção do seu conhecimento.

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMEste é o momento

de praticar seus conhecimentos.

Responda as atividades e finalize

seus estudos.

SAIBA MAIS Aqui você encontrará in-formações interessantes e curiosidades. Conheci-mento nunca é demais,

não é mesmo?

HIPERLINKSAs palavras grifadas em amarelo levam você a referências

externas, como forma de aprofundar

um tópico.

Hiperlinks de texto

Recursos Didáticos

PESQUISE Aqui você encontrará

links e outras sugestões para que você possa conhecer mais sobre

o que está sendo estudado. Aproveite!

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INTRODUÇÃO

Escalas no Modo Litúrgico e Escalas Exóticas

A seguir, será apresentada uma breve revisão do caderno de linguagem musical II. Posteriormente, veremos, na unidade I, as escalas no modo Litúrgico e escalas Exóticas, sendo este estudo muito bom para o músico que busca melhorar sua capacidade em improvisos.

Para a unidade II, está reservado o estudo do Contraponto da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª espécie. Para o músico que gosta de compor, este conteúdo tem como foco dar as bases fundamentais para elaboração de composições e arranjos musicais. Desejo-lhes bons estudos!

Dinâmica

A dinâmica pode ser natural ou artificial. A natural é própria do discurso musical. Já a artificial é indicada pelo compositor por meio de sinais ou símbolos na partitura.

Expressão

É indicada pelo compositor para dar maior ênfase aos sentimentos aos quais o mesmo quer estimular no ouvinte.

Ornamentos

São sinais gráficos utilizados para embelezar a música, podendo ser: Apojatura; Mordente; Grupeto; Trinado; Floreio; Portamento; Arpejo; Cadência melódica; Fermata. Acidentes podem ser: Dobrado sustenido; Sustenido; Bequadro; Bemol; Dobrado bemol.Como sinais de repetição, pulo e prolongamento de tempo temos:Ritornelo; Da capo; Fine; D. C. al fine; Coda; Segno; Fade-out; Fade-in; Fermata.

Inversão de intervalos melódicos

“Inverter um intervalo consiste em trocar a posição das notas, isto é, transportar a nota inferior uma oitava acima ou a nota superior uma oitava abaixo” (MED, 1996 p.78), com isso o intervalo mudará sua classificação.

Se o intervalo for Maior, quando invertido ficará menor, se ele for menor, quando invertido ficará Maior, por-tanto, mudamos sua qualificação, que só permanece a mesma para os intervalos justos.

Intervalos diminutos

Conforme Med (1996, p.71), “Intervalos diminutos são os que têm um semitom cromático a menos que os justos ou menores”.

Inversão de Tríades (acordes)

Invertemos os acordes para dar um novo colorido na música. Com a inversão, podemos ter a terça ou a quinta no baixo, proporcionando uma sonoridade mais arrojada. Toda vez que invertemos uma tríade a renomeamos conforme a nota que ficará no baixo, podemos inverter até duas vezes as tríades.

Resumo Caderno de Linguagem Musical II

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Escalas menores

“Escala menor é uma escala diatônica, cuja principal característica é o intervalo de terça menor entre os graus I e III” (MED, 1996 p.133).

Círculo das Quintas

O círculo das quintas é uma progressão em intervalos de quintas justas, também utilizadas como referencial para modulação das escalas do modo maior para o menor, segundo Med “Modulação ou tonulação é a passa-gem de um para outro tom” (MED, 1996 p.162).

Lembre-se - Podemos utilizar a regra da terça menor para se encontrar a relativa Maior a partir de um tom menor, ou, a regra da sexta para achar o tom menor a partir de uma escala Maior.

São os tons que ficam antes e depois do tom principal no círculo das quintas e sua relativa menor, sendo os mais adequados para se modular, conforme Med “Tons vizinhos são os tons que têm a mesma armadura do tom principal ou diferem dele por um acidente a mais ou a menos”(MED, 1996 p.158).

Formação de Tétrades

O acorde a quatro vozes é formado por três notas, sendo a quarta nota a repetição da fundamental ou tôni-ca. O acorde a quatro vozes tem seu início ligado ao canto coral por este motivo é designado por vozes.

Tons vizinhos

Iº grau, Tônica;IIº grau, Supertônica; IIIº grau, Mediante; IVº grau, Subdominante; Vº grau, Dominante; VIº grau, Superdominante; VIIº grau, Sensível.

Graus de função principal Graus substitutos

Função Função Forte Função Meio forte Função Fraca

Tônica I VI - III

Dominante V VII

Subdominante IV II

1 - Qualidade funcional dos acordes.Fonte: Adaptado de CHEDIAK, 1986, p.92.

Modo é o caráter de uma escala. Ele varia de acordo com a posição de tons e semitons e suas relações com a tônica (MED, 1996 p.89).

VOCÊ SABE O QUE É MODO?

SOLmenor

SOLTom principal

MImenor

RÉ SImenor

LÁmenor

Graus e suas funções na música

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Acordes de sétima

Com as tétrades, formamos os acordes de sétima. Conforme Med (1996, p. 348) o “Acorde de sétima – tem 4 notas diferentes e é formado por terças sobrepostas. As notas extremas do acorde formam um intervalo de sétima”.

O acorde de sétima da dominante tem uma característica muito própria, a de preparação para a resolução de um trecho musical. Por esse motivo, é um dos mais usados em modulações ou como cadência para fina-lização de músicas ou trechos de músicas. Outro acorde que pode ser usado com esta função é o de sétima da sensível ou o acorde de subV7, que será um bom substituto do V7. Esse acorde se encontra um semitom acima da tônica, se a mesma for Dó o nosso subV7 será Réb com sétima menor.

Acordes de Nona

O acorde de Nona é um acorde formado por cinco sons, o intervalo entre as notas extremas (tônica e a nota mais aguda) deve ser de uma Nona, ao se classificar a Nona em menor ou Maior, Aumentada ou diminuta, usaremos o número de semitons naturais, tendo como referência a escala de Dó Maior.

Modulação

Para se modular músicas, utilizamos o círculo das quintas para identificar os tons vizinhos, ou seja, o quarto ou quinto grau, suas relativas menores e tom homônimo, pois são estes que darão a música um caráter ade-quado a sua continuidade.

Transposição de músicas

O que é a transposição de música se não uma mudança da mesma de um tom para outro, respeitando os intervalos e os acidentes ocorrentes, conforme Lacerda (1967, p. 119) “Transposição ou transporte é a mudança de altura de uma música. O intervalo entre cada nota do original e a mesma nota na transposição deve ser, evidentemente, o mesmo”. Quando mudamos a música de clave, por exemplo, da clave Sol para a clave de Fá ou de oitava, chama-mos de transcrição.

Escalas e notas enarmônicas

As escalas enarmônicas são aquelas que possuem nomes diferentes, porém suas notas tem o mesmo som, por exemplo, a escala de Solb Maior e a escala de Fá# Maior.

Não se transpõe músicas de um tom Maior para um tom menor e vice-versa, a isto se chama modulação.

FIQUE ATENTO

Os instrumentos transpositores podem ser em:

SI Meio tom ou uma segunda menor abaixo;

Transportar meio tom ou uma segunda menor acima;

Sib Um tom ou uma segunda maior abaixo;

Transportar um tom ou uma segunda maior acima. Saxofone soprano, flugelhorn, trompete, cornet;

Lá Quatro tons e meio ou uma sexta Maior acima ;

Transportar uma sexta maior ou quatro tons abaixo;

Fá Três tons e meio ou uma quinta justa abaixo;

Transportar três tons e meio ou uma quinta justa acima. Como em inglês, trompa, basset horn, flauta doce alto e

baixo;

Mi Dois tons ou uma terça maior acima; Transportar dois tons ou uma terça maior abaixo;

Mib Um tom e meio ou uma terça menor acima;

Transportar um tom e meio ou uma terça menor abaixo. Clarinete piccolo, saxofone sopranino;

Ré Um tom ou uma segunda maior acima; Transportar um tom ou uma segunda maior abaixo. Requinta, trompete piccolo.

2 - Instrumento Traspositores Fonte: Adaptado de CHEDIAK, 1986, p.92.

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UNIDADE I

Modos Litúrgicos Os modos Litúrgicos eram os que se consideravam os modos gregos, porém descobriu-se que na verdade nos

modos gregos as escalas eram pensadas de cima para baixo, tendo como base o tetrachordon interpretado na lira e as notas que nomeavam os modos eram diferentes das notas e nomes usados nos modos litúrgicos. Veja a seguir como eram formados os modos gregos principais e secundários, ou seja, uma quinta abaixo:

Modos Gregos Principais

Modos Gregos Secundários (uma quinta abaixo do modo principal)

1 - Modo Dórico Fonte: Acervo do Autor

3 - Modo Lídio Fonte: Acervo do Autor

5 - Modo HipodóricoFonte: Acervo do Autor

7 - Modo HipodóricoFonte: Acervo do Autor

2 - Modo Frígio Fonte: Acervo do Autor

4 - Modo Mixolídio Fonte: Acervo do Autor

6 - Modo HipofrígioFonte: Acervo do Autor

8 - Modo HipomixolídioFonte: Acervo do Autor

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O que conhecemos como música modal vem da forma como se fazia a música litúrgica na Idade Média, con-servando os nomes dos modos gregos, porém com uma formação diferente.

Os modos litúrgicos podem ser Autênticos ou Plagais, os autênticos ou Ambrosianos são os seguintes:

Os modos autênticos são diatônicos e possuem um intervalo característico; Dórico é um modo menor, tem como intervalo característico a 6ª Maior (Ré – Si). Frígio é um modo menor, tem como intervalo característico a 2ª menor (Mi – Fá). Lídio é um modo Maior, tem como intervalo característico a 4ª Aumentada (Fá – Si). Mixolídio é um modo Maior, tem como intervalo característico a 7ª menor (Sol – Fá). Lócrio é um modo menor, pelo fato de possuir dois intervalos característicos a 2ª menor (Si – Dó) e a 5ª

diminuta (Si – Fá) foi pouco utilizado, o mesmo divergia muito das outras escalas.

Podemos chamá-los assim: 6ª Dórica (Maior), 2ª Frígia (menor), 4ª Lídia (Aumentada), 7ª Mixolídia (menor). Segundo Med (1996), somente a partir do século XVI surge os modos Eólio (menor) e Jônio (Maior):

Os modos Eólio e Jônio não possuem intervalo característico pois são as escalas de Lá menor e Dó Maior adotadas pela música ocidental a partir do fim da Idade Média.

Os modos Plagais são aqueles que se formam ao descer o último tetracorde uma 8ª abaixo, completando-se com mais quatro notas. Eles mantém os nomes dos modos autênticos, acrescentando-se o prefixo Hipo (des-cer). Para estes, não temos notas características.

9 - Modo Dórico Litúrgico Fonte: Acervo do Autor

11 - Modo Lídio Litúrgico

Fonte: Acervo do Autor

10 - Modo Frígio LitúrgicoFonte: Acervo do Autor

12 - Modo Mixolídio LitúrgicoFonte: Acervo do Autor

13 - Modo Lócrio LitúrgicoFonte: Acervo do Autor

14 - Modo Eólio Litúrgico

Fonte: Acervo do Autor

15 - Modo Jônio Litúrgico Fonte: Acervo do Autor

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Vejamos os modos Plagais

Conforme Med (1996, p. 170), “ A tônica dos modos plagais encontra-se uma quarta justa abaixo da tônica dos modos autênticos”.

A seguir uma melodia para que você possa executá-la e sentir as nuances de uma escala modal:

Cantiga de cego (Modo Lídio)

17 - Modo Hipodórico Litúrgico

Fonte: Acervo do Autor

19 - Modo Hipolídio Litúrgico Fonte: Acervo do Autor

21 - Modo Hipoeólio Litúrgico Fonte: Acervo do Autor

16 - Modo Dórico com TetracordeFonte: Acervo do Autor

18 - Modo Hipofrígio LitúrgicoFonte: Acervo do Autor

20 - Modo Hipomixolídio LitúrgicoFonte: Acervo do Autor

22 - Modo Hipomixolídio LitúrgicoFonte: Acervo do Autor

23 - Cantiga de cego (Modo Lídio)Domínio Público - Fonte: MED, 1996, p.174.

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Assista ao vídeo a seguir e se inteire um pouco mais desse assunto: https://youtu.be/RbmIKG-EbP0

MÍDIAS INTEGRADAS

Escalas Exóticas

As escalas exóticas, em sua maioria, têm origem na música de tradição popular de vários povos, algumas são criações de compositores que pesquisaram a respeito do assunto. As que nos interessam para esse estudo são as mais usadas em composições musicais contemporâneas, vejamos algumas delas:

Escala Cigana Modo Maior

Também chamada de escala Árabe, está presente na música de tradição popular de povos como os Eslo-vacos, Gregos, Húngaros e outros. Esta escala é composta por quatro semitons e duas segundas aumentadas. Chega-se a esta, bemolizando ou abaixando o IIº e o VIº grau da escala diatônica Maior. Veja, na figura a seguir, a formação da escala cigana no modo Maior, toque e sinta a diferença de sua divisão:

Escala Cigana Modo Menor

Esta escala possui quatro semitons e duas segundas aumentadas, chega-se a ela elevando ou sustenizando o IVº e o VIIº grau da escala diatônica menor, toque o exemplo da figura a seguir:

Escala Cigana Modo Maior.

24 - Escala Cigana Modo Maior.Fonte: Acervo do Autor.

Escala Cigana Modo Menor.

25 - Escala Cigana Modo Menor.Fonte: Acervo do Autor.

Assista ao vídeo a seguir e se inteire um pouco mais desse assunto: https://youtu.be/RbmIKG-EbP0

MÍDIAS INTEGRADAS

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Escala Pentatônica

A escala pentatônica é formada por cinco notas, é uma escala pentafônica anemitônica, ou seja, não possui semitom, também chamada de escala chinesa. É uma escala em modo Maior, segundo Med (1996, p. 228): “A escala pentatônica encontra-se frequentemente em músicas folclóricas chinesas, japonesas, escocesas, irlande-sas, celtas, finlandesas, incas, brasileiras e outras”.

Vejamos a escala pentatônica de forma ascendente e descendente:

Esta escala pode ser tocada em outros modos, apenas variando a tônica, a seguir temos os quatro modos que se pode variar esta escala:

26 - Escala Pentatônica 1º Modo. Fonte: Acervo do Autor.

27 - Escala Pentatônica 2º Modo. Fonte: Acervo do Autor.

28 - Escala Pentatônica 3º Modo. Fonte: Acervo do Autor.

29 - Escala Pentatônica 4º Modo. Fonte: Acervo do Autor.

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30 - Escala Pentatônica 5º Modo. Fonte: Acervo do Autor.

31 - Escala de Tons Inteiros. Fonte: Acervo do Autor.

32 - Escala de Tons Inteiros com Enarmonia. Fonte: Acervo do Autor.

Veja que em todos os modos foram excluídos os graus IV e VII, exatamente os graus que formam o tritom diatônico. No vídeo a seguir, você confere os usos desta escala:

A escala de tons inteiros tem características muito peculiares, só possui seis notas (hexacordal), não é funcio-nal, pois não possui tônica, nem subdominante ou dominante. É preciso fazer uma substituição enarmônica ou a mesma concluirá com uma nota diferente da primeira, conforme exemplo abaixo:

Conforme Med: Tecnicamente só existem duas escalas de tons inteiros, uma que começa com a nota dó

e outra que começa com a nota réb (ou dó#). Todas as outras escalas de tons inteiros

são derivados dessas duas, começando apenas com uma tônica diferente (MED, 1996,

p.229).

Com a substituição enarmônica fica assim:

COMO SOLAR? (Escala Pentatônica - Parte 1) https://youtu.be/71ZT3cjHucvM

MÍDIAS INTEGRADAS

Escala de Tons Inteiros

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Outra escala interessante que veremos nesta unidade é a escala de Blues, alguns músicos a chamam de pen-tatônica com Blues Note. Vejamos por que na figura abaixo:

O Fá sustenido ou quinta bemol é chamada de nota Blues, há alguns entendimentos de que ela não faz parte da escala, é uma nota adicionada ou nota fora. Nesse sentido, às vezes, gera alguma divergência para nomear esta escala.

Vejamos a escala de blues com as notas de passagem:

A seguir, veja como fica a escala de tons inteiros, começando pela nota Ré bemol:

Escala de Blues

33 - Escala de Tons Inteiros com Ré b.Fonte: Acervo do Autor.

34 - Escala de Blues.Fonte: Acervo do Autor.

35 - Escala de Blues com Notas de Passagem.Fonte: Acervo do Autor.

Escala Hexafônica https://youtu.be/e7MDLy_tJRA

MÍDIAS INTEGRADAS

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No vídeo a seguir, você confere a utilidade do estudo dessa escala:

Chegamos ao fim dessa primeira unidade, onde tivemos uma revisão dos conteúdos tratados em linguagem musical II e a apresentação de algumas das principais escalas exóticas, as mais utilizadas para improviso.

Bons estudos e até a próxima unidade!

Aprenda Escala Blues - maior e menor https://youtu.be/8w2d_1qhfU8

MÍDIAS INTEGRADAS

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UNIDADE II

Diretrizes de ContrapontoNesta unidade, você entrará em contato com as diretrizes de contraponto, ou seja, as orientações básicas de

harmonia para a composição de polifonias, usando duas, três, quatro ou mais vozes. Segundo Fux (1971):

O propósito da harmonia é ocasionar prazer. O prazer é despertado pela variedade de

sons. Esta variedade é o resultado da progressão de um intervalo para outro, e esta pro-

gressão finalmente é obtida através de movimento. Resta então examinar a natureza

do movimento.

Movimento em música significa a distância percorrida ao passar de um intervalo pra

outro em direção ascendente ou descendente. (FUX, 1971, p. 5).

A técnica do contraponto surgiu com a polifonia ao fim da Idade Média com o início da notação musical e os organa. Por

volta de 1477, Johannes Tinctoris (1435-1511) estabelece as primeiras regras de contraponto em seu livro sobre essa arte.

Em 1558, Gioseffo Zarlino ressalta os principais requisitos para a composição de um bom contraponto em seu tratado “Le Institutioni Harmoniche”.

A palavra contraponto vem do latim contrapunctus, ou seja, punctum contra punctum ou nota contra nota.

Tipos de movimentos no contraponto

Movimento direto: as vozes se movimentam na mesma direção.

Contraponto de primeira espécie

36 - Simfonia nº38 em D Maior – W. A. Mozart.Fonte: commons.wikimedia.org

37 - Contraponto Movimento Direto. Fonte: commons.wikimedia.org

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Movimento paralelo: é um tipo de movimento direto. Ele deve ser usado com comedimento, o excesso desse movi-

mento tende a fundir as melodias entre as vozes.

Movimento contrário: as vozes se movimentam em direções opostas.

Observe que no movimento paralelo as vozes caminham juntas ou mantendo o mesmo intervalo entre si.

Nesse tipo de movimento, as vozes caminham em direção oposta, tanto divergente quanto no sentido convergente.

Movimento Oblíquo: uma das vozes permanece na mesma nota enquanto a outra se movimenta.

A seguir, observe algumas diretrizes de contraponto que irão orientar a construção de harmonias que soem consonan-

tes, podendo ser utilizadas dissonâncias, porém sempre buscando estabelecer o campo tonal ao qual a música base ou

cantus firmus está composta.

Vejamos as diretrizes para o Contraponto de 1ª espécie:

No contraponto de 1ª espécie, é utilizada apenas nota contra nota, ou seja, à melodia principal (cantus firmus) é acres-

centada uma melodia secundária, sendo que todas as notas do contraponto devem ser consonantes.

As diretrizes básicas para esse tipo de contraponto são: Utilizar notas da escala diatônica;

não seguir por muito tempo em uma só direção;

compensar saltos melódicos iguais ou maiores que uma 4ª com um movimento em direção oposta e preferencial-

mente em grau conjunto;

38 - Contraponto Movimento Paralelo. Fonte: Acervo do Autor.

39 - Contraponto Movimento Contráro. Fonte: Acervo do Autor.

40 - Contraponto Movimento Oblíquo. Fonte: Acervo do Autor.

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41 - Contraponto Quintas e Oitavas Paralelas. Fonte: Acervo do Autor.

42 - Contraponto Quintas e Oitavas Ocultas. Fonte: Acervo do Autor.

43 - Contraponto Quintas e Oitavas Ocultas. Fonte: Acervo do Autor.

atingir o ápice uma só vez;

estabelecer a tonalidade: começar e terminar com a tônica; e a penúltima nota pertencer a tríade da dominante;

evitar intervalos melódicos dissonantes: todos os de sétima, os aumentados e diminutos;

prevenir intervalos melódicos acima da 8ª;

ficar atento às dissonâncias compostas: quando o somatório dos intervalos em uma direção resulta em uma dissonância;

tentar impedir monotonia, ou seja, repetir muito o mesmo tema ou conjunto de notas em compassos muito próxi-

mos ou repetir o mesmo intervalo harmônico por muito tempo;

evitar intervalos harmônicos dissonantes de 4ª justa, 4ª aumentada e 5ª diminuta entre a voz inferior e a voz interme-

diária e a inferior e a superior, podendo ser usado somente na voz superior e intermediária;

tentar não utilizar o intervalo de 5ª seguido de 8ª e vice-versa.

Mais alguns Intervalos a serem evitados

5ª e 8ª Paralelas.

Quintas e Oitavas ocultas.Se dá quando o movimento de duas vozes atinge a quinta ou oitava através de movimento direto.

Existe uma exceção para o uso de quinta oculta, quando a quinta é atingida através do movimento da voz superior por grau conjunto, então dá-se o nome de quinta de trompa.

Veja o exemplo a seguir:

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Intervalos dissonantes Veja na tabela a seguir os intervalos consonantes e dissonantes – Harmônicos e Melódicos.

Cruzamento de vozesO cruzamento de vozes deve sempre ser evitado.Observe o exemplo a seguir:

O cruzamento de vozes ocorre quando a voz, mais aguda ou mais grave, troca de altura durante a música cruzando-se com outra.

INTERVALOS MELÓDICOS INTERVALOS HARMÔNICOS

CONSONANTES DISSONANTES CONSONANTES DISSONANTES

2ªM e 2ªm 2ª Aum e 2ª Dim ------------- 2ªM, 2ªm, 2ª Aum e 2ª Dim

3ªM e 3ªm 3ª Aum e 3ª Dim 3ªM e 3ªm 3ª Aum e 3ª Dim

4ªJusta 4ª Aum e 4ª Dim ------------- 4ªJusta, 4ª Aum e 4ª Dim

5ªJusta 5ª Aum e 5ª Dim 5ª Justa 5ª Aum e 5ª Dim

6ªM e 6ªm 6ª Aum e 6ª Dim 6ªM e 6ªm 6ªAum e 6ª Dim

-------- 7ªM, 7ªm, 7ª Aum, 7ª Dim

-------------- 7ªM, 7ªm, 7ª Aum e 7ª Dim

8ª Justa 8ª Aum e 8ª Dim 8ª Justa 8ª Aum e 8ª Dim

Tabela 1- Intervalos Melódicos e Harmônicos, consonantes e dissonantes. Fonte: Acervo do Autor.

44 - Contraponto Cruzamento de vozes. Fonte: Acervo do Autor.

No vídeo a seguir você confere mais algumas dicas: https://youtu.be/O_WDmKUEXHk

MÍDIAS INTEGRADAS

Agora faça um exercício prático, compondo uma pequena melodia com um contraponto de oito compassos a duas vozes, utilizando as diretrizes apresentadas. Sendo que, ao finalizar sua composição, você deve averiguar se ela é completada com uma cadência perfeita.

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

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Agora que você já conhece as diretrizes para o contra-ponto de 2ª espécie, faça o exercício a seguir e pratique:

Construa uma melodia com contraponto de 2ª espé-cie com oito compassos, iniciando com uma pausa de metade do tempo do Cantus Firmus com ao menos uma nota de passagem, sendo que a penúltima e a última nota devem ter o mesmo valor do CF. Termine com uma cadência perfeita.

Nesta espécie de contraponto, utilizam-se quatro notas no contraponto contra uma no Cantus Firmus. Para tanto, temos mais algumas diretrizes que visam facilitar a composição.

Aqui, são válidas as diretrizes anteriores com ressalva para o cruzamento de vozes, o penúltimo compasso pode ser subdividido em até ¼ de tempo, aqui o uníssono é permitido (exceto no primeiro tempo do compasso).

45 - Contraponto 2ª espécie.Fonte: Apostila de contraponto de Juliano Lima Lucas.

Agora, assista ao vídeo abaixo e veja estas diretrizes aplicadas: https://youtu.be/O_WDmKUEXHk

MÍDIAS INTEGRADAS

Para o contraponto de segunda espécie, acrescentamos mais uma voz, ou seja , agora temos duas notas contra uma. Para tanto, precisamos ver mais algumas diretrizes norteadoras. Agora, já podemos utilizar algumas dissonâncias, porém é necessário que haja resolução. Toda dissonância gera tensão e toda tensão pede uma resolução.

Vamos a elas: Primeiro permanecem as diretrizes do contraponto anterior; o contraponto pode começar com uma pausa de metade do valor do Cantus firmus (CF); as dissonâncias podem ser usadas contanto que ocorram no tempo fraco como nota de passagem. Segun-

do Carvalho (2002, p.29), a “nota de passagem é uma dissonância ou nota estranha ao acorde em tempo fraco, precedida e seguida por uma consonância (nota do acorde) que ocorre por grau conjunto na mesma direção”;

não se deve repetir notas na voz do contraponto; a última nota deve ter o mesmo valor do cantus firmus, a penúltima também se não tiver outra alternativa; evite as paralelas intermitentes.

Contraponto de Segunda Espécie

Contraponto de Terceira Espécie

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Agora, podemos iniciar o Contraponto com pausa de ¼ de tempo da duração da nota do Cantus Firmus. Não se deve repetir notas na voz do contraponto. Não se deve realizar arpejo melódico, nem tampouco salto de 6m. Não é permitido dois saltos seguidos na mesma direção.

As dissonâncias podem ser usadas em qualquer tempo menos nos tempos fortes e como notas de Borda-dura, superior e inferior.

A Bordadura é uma dissonância ou nota estranha ao acorde em tempo fraco precedida e seguida pela mesma nota consonan-te em grau conjunto. Veja o exemplo a seguir:

Podemos ter a bordadura dupla (superior e Inferior), sendo os segundo e terceiro tempo dissonantes, o primeiro e o último tempo devem conter a mesma nota.

Nos tempos fortes, as dissonâncias podem aparecer apenas como notas Cambiatas.

Veja o exemplo na figura a seguir:

46 - Bordadura superior.Fonte: Apostila de contraponto de Juliano Lima Lucas.

47 - Cambiata ascendente e descendente.Fonte: Apostila de contraponto de Juliano Lima Lucas.

Cambiata: A cambiata é composta de 5 notas: começa em um tempo forte com uma consonância, segue a dissonância por grau conjunto descendente, seguida por uma terça descendente e dois graus conjuntos ascendentes. A segunda nota

da Cambiata é sempre dissonante, a terceira e quinta notas são consonantes e a quarta nota pode ser consonante ou dissonante. A cambiata pode ocorrer em qualquer voz e também pode ser ascendente, invertendo-se todo o processo (CARVALHO, 2002, p.35).

SAIBA MAIS

No vídeo a seguir você confere mais algumas dicas: https://youtu.be/mitNYxtEVwY

MÍDIAS INTEGRADAS

Componha uma melodia com contra-ponto de oito compassos que contenha uma bordadura superior, uma bordadura inferior, duas notas de passagem e uma cambiata ascendente ou descendente.

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

26

Observe na figura acima que a suspensão (S) se dá por uma dissonância que se resolve de forma descen-dente em uma consonância, pois assim a resolução fica mais forte, conforme Machado(2002) “ A dissonância precisa ocorrer no tempo forte, e estar ligada à nota anterior( uma mínima consonante em tempo fraco); é resolvida por grau conjunto descendente para uma consonância imper-feita”. Neste caso, uma terça ou uma sexta.

Quando a resolução da dissonância ligada se dá por grau conjunto de forma ascendente a chamamos de nota de retardo.

Vejamos um exemplo:

Quando a dissonância se dá por uma nota no tempo forte com ou sem ligadura e se resolve em um tom ou semitom acima ou abaixo a chamamos de appoggiatura, veja o exemplo a seguir:

49 - Nota de Retardo. Fonte: Acervo do Autor.

50 - Appoggiatura.Fonte: Acervo do Autor.

Contraponto Quarta Espécie (sincopado)

Suspensão - No período renascentista a suspensão (com resolução descendente) era chamada de retardo. No entanto, no barroco, o retardo passou a ser resolvido por grau conjunto ascendente, isto é, o que era denominado retardo na renascença

passou a ser chamado de suspensão no barroco. Como o termo suspensão continua em uso hoje para a resolução descendente, utilizaremos esta terminologia (CARVALHO. 2002, p.38).

SAIBA MAIS

48 - Contraponto 4ª espécie, Síncope e Suspensão. Fonte: Fonte: CARVALHO, 2002, p. 37.

Para esta espécie de contraponto, ele deve começar no segundo tempo do canto firmus com ligadura para o próximo compasso, ou seja, utiliza-se de notas sincopadas e suspensões.

Vejamos um exemplo:

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Assista ao vídeo abaixo e depois construa seu contra-ponto de quarta espécie. https://youtu.be/96xc9wMb8e4

MÍDIAS INTEGRADAS

Contraponto de Quinta Espécie

Esta espécie de contraponto é conhecida como Florido ou de ritmo livre, por abarcar as diretrizes rítmicas das outras espécies. Neste, pode-se dividir o ritmo em até 1/8, como aqui é válido todos as regras dos anterio-res se deve preservar em cada compasso a sua diretriz rítmica, por exemplo, a cambiata. Ela só será utilizada em subdivisão de ¼ conforme diretriz da terceira espécie, não é permitida a repetição de ritmos em dois compassos consecutivos. Sempre inicie com segunda ou quarta espécie;

Podem ser utilizadas resoluções interrompidas. (Nota consonante inserida entre dissonância preparada (Sín-cope) e sua resolução. Observe o exemplo na figura a seguir:

Pronto! Agora que você já conhece as cinco espé-cies de contraponto, utilize as diretrizes e um arranjo para quarteto de vozes ou de cordas, com no mínimo dezesseis compassos.

51 - Contraponto 5ª espécie resolução interrompida.Fonte: Acervo do Autor.

No vídeo a seguir, você confere algumas dicas para fazer arranjos para quartetos:https://youtu.be/aCS_5BkUKfY

MÍDIAS INTEGRADAS

Construa uma melodia com contra-ponto em oito compassos, utilizando as diretrizes de contraponto de quarta espécie.

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

28

Hora da Revisão

Vamos revisar as principais diretrizes aqui apresentadas: No contraponto de 1ª espécie utilizamos a nota, contra nota usando sempre consonâncias; reservamos a oitava da tônica e o uníssono apenas para o começo e o fim; a voz inferior deve sempre começar com a tônica; pode-se repetir a mesma nota do contraponto duas vezes seguidas, mas não se deve repetir notas segui-

das no Cantus Firmus; deve-se evitar intervalos dissonantes, de quintas e oitavas paralelas; quintas e oitavas ocultas só são permitidas quando a voz superior se movimentar de forma descendente

em grau conjunto (5ª e 8ª de trompa); deve-se evitar repetir o mesmo intervalo por muito tempo. evitar o cruzamento de vozes.

Na segunda espécie, permanecem as diretrizes anteriores e acrescenta-se mais as seguintes diretrizes: Pode-se usar duas notas contra uma, e fazer uso de pausa de metade da duração do valor da nota do CF; nos tempos fortes, deve-se usar apenas consonâncias; nos tempos fracos, pode-se usar dissonância desde que sejam notas de passagem; a última nota do CP deve ter a mesma duração da nota do CF; não deve haver repetição de notas no CP; evite paralelas intermitentes.

Diretrizes para contraponto de 3ª espécie. Utilizam-se quatro notas no contraponto contra uma no cantus firmus; pode-se iniciar o CP com pausa de ¼ do valor de duração do CF; as dissonâncias podem ser usadas como notas de passagem com exceção do primeiro tempo forte. nos tempos fortes, as dissonâncias podem aparecer apenas na fórmula da cambiata.

O contraponto da quarta espécie utiliza síncopes e suspensões, as suas diretrizes são: O contraponto pode ser iniciado com pausa de metade do valor de duração da nota do CF; o início da síncope deve ser uma consonância; a suspensão deve ser resolvida na direção descendente; a 7ª não deve ser resolvida em uma 8ª.

Agora, as diretrizes do contraponto de quinta espécie, o mesmo reúne todas as outras espécies: Pode-se usar notas mistas com uma maior variação rítmica desde que se mantenha as regras de cada

espécie; uso de resoluções interrompidas; as subdivisões de 1/8 podem ser usadas desde que apareçam em pares nos tempos fracos, em graus con-

juntos como notas de passagem ou bordadura; notas ligadas podem ser usadas conforme diretriz da quarta espécie.

Prezado cursista, chegamos ao fim de mais um componente e com isso sua formação vem se aproximando do desfecho. Desejamos boa sorte nessa caminhada em busca de uma vida financiada pela música!

Bons estudos e até o próximo componente!

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CARVALHO, Any Raquel. Contra Ponto Tonal e Fuga-Manual Prático. Novak. Porto Alegre, 2002.

CHEDIAK, Almir. Harmonia & Improvisação I. Rio de Janeiro.Irmãos Vitale, 2009.

FUX, Johann Joseph. O Estudo do Contraponto (do Gradus ad Parnassum [1971]. Disponível em : www.passei-direto.com/arquivo/1860093/blog---johann-joseph-fux---o-estudo-do-contraponto > Acesso em: 25/05/2017.

GUEST, Ian. Arranjo - método prático. 4ª edição, Lumiar; Rio de Janeiro,2006.

KOELLREUTTER, H. J. Harmonia Funcional - Introdução a teoria das funções harmonicas. 8ª edição, São Paulo; Ricordi, 2007.

MED, Buhomil.Teoria da música- 4ª edição ampliada. Musimed; Brasília, 1996.

HINDEMITH, Paul. Treinamento elementar para músicos. Ricordi, 4ª edição; São Paulo, 1988.

LACERDA, Oswaldo. Compêndio de teoria elementar da música. Ricordi Brasileira. São Paulo, 1967.

PRIOLLI, Maria Luiza de Matos. Princípios básicos da Música para a juventude. 1º volume, 48ª edição revisada e atualizada, Casa Oliveira de Músicas; Rio de Janeiro, 2006.

Referências

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