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LINGUAGEM COMPLEXIDADE E IMPORTÂNCIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Autor: Vania Lucia de Almeida 1

Orientador: Me.Helena Izaura Ferreira 2

RESUMO

Este artigo propõe pontuar e expandir o conhecimento sobre “Linguagem complexidade e a Importância no processo ensino-aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos”, por meio de teorias, conduzindo a reflexões e aprofundamento das questões do tema proposto. A produção pedagógica aconteceu por meio de estudos sobre a história da Educação no Brasil e consequentemente sobre a Educação de Jovens e Adultos, sua trajetória desde a chegada dos Jesuítas, até a atualidade, no contexto educacional. O trabalho apresenta uma coletânea de pesquisas, acompanhada de textos de diversos autores, estatísticas, filmes que contemplará o assunto, realizados com a intenção de levar para a escola, discussões e questionamentos sobre o processo da linguagem e sua importância na Educação de Jovens e Adultos. A escola é um instrumento que possibilitará ao aluno o acesso aos conhecimentos científicos e a Educação de Jovens e Adultos tem uma responsabilidade imensa diante deste fato, pois deve proporcionar o desenvolvimento da linguagem/letramento a cada individuo, tornando efetivo o uso da escrita nas práticas sociais e no âmbito escolar, fazendo com que o educando aproprie-se da função social da escrita.

Palavra chave: Educação de Jovens e Adultos; Linguagem; Letramento.

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho é resultado das pesquisas e estudos realizados durante a participação

no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, de formação continuada e de

_____

1 Pedagoga e Pesquisadora do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE- Paraná / 2010.

2 Orientador : Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão.

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valorização dos Professores da Rede Pública Estadual de Ensino do Estado Paraná.

O tema de estudo é sobre a “Linguagem complexidade e a importância no

processo ensino-aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos”, e esta pesquisa

tem a intensão de contribuir no processo de ensino-aprendizagem, instigando o

professor a olhar sua prática pedagógica com uma visão mais crítica e ampla sobre

a realidade de seus educandos.

A proposta pedagógica que orienta atualmente o cenário da educação nos

encaminha a preparar o indivíduo para enfrentar às necessidades pessoais e as

cobranças de uma sociedade em constante transformação, com desafios propostos

pelo despontar de um mundo mais dinâmico, uma sociedade mais informatizada,

com novas tecnologias, condições fundamentais para se viver neste mundo

contemporâneo.

Assim, a educação de Jovens e Adultos possibilitará o educando

reconquistar seu potencial, desenvolver suas habilidades, confirmar atribuições

adquiridas na própria vida e contribui para efetivar um espaço para todas as

pessoas, de todas as idades. Esta modalidade de ensino é voltada especificamente

para pessoas que não tiveram acesso, por algum motivo, ao ensino regular na idade

apropriada, amparada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN

nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996.

Sabe-se que educar é muito mais que reunir pessoas e transmitir-lhes um

conteúdo e a Educação de Jovens e Adultos – EJA, precisa ser discutida e

repensada como um alicerce social, tendo em vista que não se resume apenas na

aptidão de ler e escrever, mas nas possibilidades da articulação com outros saberes

e principalmente como mais uma ferramenta para o enfrentamento de uma

sociedade neoliberal.

No letramento a pessoa letrada culturalmente não é a mesma que era

quando tinha ausência de instrução ou iletrada, passa a ter uma outra condição

sócio/cultural, não muda de classe social ou cultural, mas muda seu modo de viver

e pensar na sociedade, seu contexto com os outros e sua relação com os bens

culturais. (SOARES)

Ao incorporarmos o termo letramento no nosso vocabulário educacional,

estamos compreendendo que não é uma questão apenas de ensinar a ler e a

escrever, codificar e decodificar, mas também conduzir o indivíduo fazer uso da

linguagem verbal (oral, ler e escrever) e não verbal (olhares, gestos, expressões

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faciais, cores, luzes, ruídos, imagens fixas, desenhos, pintura, fotos), imagem em

movimento (filmes), de que me utilizo para interagir com os outros, na vida e

interferir na realidade social (POSSARI).

Na sociedade letrada em que vivemos a leitura e a escrita são instrumentos

básicos para a participação plena em um contexto sócio-cultural, que nem sempre é

oportunizada para todos, por isto a linguagem tem influência muito grande como

meio de inserção do individuo na realidade social, pois a partir do momento que ele

se apropria da função social da escrita, estará apto a usar essa cultura em proveito

da sociedade e de si próprio.

2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL

A história da educação no Brasil teve inicio no período colonial, com a

chegada dos jesuítas em 1549. Neste mesmo ano, funda-se a primeira escola em

Salvador. Os Jesuítas vieram com intuito de catequizar (educar) os indígenas e

propagar a fé católica. O padre José de Anchieta foi o mais conhecido entre os

demais que vieram para o Brasil.

As escolas jesuíticas eram bem organizadas e eram regidas pelo Ratio

Studiorum que era um Plano de estudos, um conjuntos de regras que normatizavam

o desenvolvimento da educação.

Os índios não sabiam ler e escrever e para ensinar a doutrina tinha que

primeiro alfabetizá-los. A educação oferecida era tanto para os nativos quanto para

os colonos, e era focada em dois direcionamentos: para os indígenas era centrado

na leitura, e operações; e para os filhos dos colonizadores a instrução era mais

intelectualizada, apenas diferenciava os objetivos de acordo com o grupo

trabalhado.

Os jesuítas permaneceram no comando na educação brasileira até o período

de 1759, e foram expulsos de todas as Colônias portuguesas pelo Marquês de

Pombal. Com a expulsão dos mesmos houve uma interrupção na educação, que os

jesuítas haviam criado ao longo dos anos. Vanilda Paiva (1987, p. 54) afirma que,

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No período do Império algumas ações pontuaram a necessidade do ensino

noturno para adultos que não possuíam escolaridade. Em 1876 estatísticas

apontavam existência de 200 mil alunos que freqüentavam as aulas

noturnas. Por muito tempo as escolas noturnas eram as únicas via de

formação de alunos adultos no Brasil. por volta de 1870, verifica um surto

de progresso na economia brasileira, com conseqüências sobre sua

organização social, e começaram a se introduzir idéias liberais, aparecem

também os primeiros pronunciamentos em favor da educação do povo. A

educação popular tornava-se questão importante na medida em que os

problemas internos encaminhavam o país para a mudança de regime.

A Lei Saraiva de 1882, mantinha a seleção pela renda e restringia o voto de

analfabetos, pois exigiam para o alistamento eleitoral quem dominassem as técnicas

da leitura e da escrita. Esta Lei tornava a eleição direta, mas as classes dominantes

procuravam encontrar caminhos para excluir escravos libertos ou pessoas da classe

trabalhadora, e neste sentido a instrução era o único meio capaz de não excluí-los,

pois só assim poderiam ultrapassar a barreira da renda.

Os índices de analfabetismo no final do século XIX e primeiras décadas do

século XX era assustador. O censo de 1890 informava a existência de 80% de

analfabetos na população total. Entre 10 brasileiros, significava que só dois

conseguiam ler algum texto, como livro, carta, jornal ou qualquer outro documento,

os demais necessitavam de auxilio para decifrar e interpretar a escrita. Estes altos

índices eram ‘vergonhosos’ para a intelectualidade do Brasil. Neste período,

realizações concretas e ações foram poucas em relação ao ensino de jovens e

adultos.

Uma campanha nacional de educação lançada em 1947 buscava no primeiro

momento, uma ação extensa que previa a alfabetização em três meses, para depois

seguir uma etapa de ação, voltada para a capacitação profissional e para o

desenvolvimento comunitário. A Campanha tinha uma infra- estrutura nos estados e

municípios para atender a demanda de jovens e adultos, com produção de vários

materiais pedagógicos, que partiam de palavras chave elaboradas através do

método silábico, com frases e textos sobre higiene, saúde e técnicas de trabalho.

(ALBURQUEQUE, 2005)

No final dos anos de 1950 foram realizadas várias críticas a esta Campanha,

com apreciações desfavoráveis por um grupo liderado por Paulo Freire, no II

Congresso Nacional de Educação de Adultos em 1958. Este grupo argumentava que

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os cursos deveriam ter como base a realidade do aluno, seu mundo e trabalho e

Freire, neste sentido, afirma que, “A leitura de mundo precede a leitura da palavra”.

Durante o regime militar 1964-1985, estes movimentos e seus integrantes

foram perseguidos e reprimidos pelos órgãos do Governo Federal que, em 1967,

autorizou a criação do MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização, tendo

como objetivo principal erradicar totalmente o analfabetismo, e principalmente,

preparar mão-de-obra necessária aos interesses capitalistas.

Nos anos 1970, o MOBRAL aumentou por todo território nacional,

diversificando sua atividade. Surgiram algumas ações, como o Programa de

Alfabetização, sendo o mais importante o Programa de Educação Total, que

correspondia a uma síntese do antigo curso primário e ele abria oportunidade para o

jovem.

O Mobral foi extinto em 1985, surgindo em seu lugar a Fundação Educar, que

desempenhou um papel relevante na atuação do Ministério da Educação junto a

Prefeituras municipais e organizações da sociedade civil, com destaque nos

movimentos sociais e populares. No ano de 1990, aboliu-se a Fundação Educar.

Com a lei 5692/71 àqueles que não haviam realizado ou completado na idade

própria a escolaridade obrigatória foi dada a flexibilidade. Prevista na letra da lei, ela

se concretizou na possibilidade de organização do ensino em várias modalidades:

cursos supletivos, centros de estudo e ensino a distância.

Somente com a nova LDB nº 9394/96, art.37 e art.38, é que contemplam as

várias modalidades de educação de jovens e adultos e uma melhor adequação as

novas exigências sociais, conferindo aos municípios a responsabilidade dos anos

iniciais do Ensino Fundamental, e estabelecendo aos sistemas de ensino a

gratuidade aos jovens e adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade

regular, com oportunidades educacionais apropriadas, considerando as

características do aluno, seus interesses, condições de vida e de trabalho.

A nomenclatura Ensino Supletivo passa a ser denominada Educação de

Jovens e Adultos. Algumas alterações significativas ocorreram como: redução da

idade mínima de 15 anos para o Ensino Fundamental e 18 para o Ensino Médio.

Foi criado em janeiro de 2007 o FUNDEB - Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da

Educação – que é um conjunto de fundos contábeis formados por recursos dos três

níveis da Administração Pública do Brasil para promover o financiamento da

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educação básica, ele substituiu o FUNDEF - Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério,

implantado no Brasil em 1996, que abrangia apenas o Ensino Fundamental, mas só

começou a vigorar em 1998. Seu prazo de duração era de 10 anos, expirando em

2006, O FUNDEB, além de atender o ensino fundamental, passa também atender a

educação infantil e o ensino médio, nas modalidades de educação de jovens e

adultos.

Em 2003 foi criado o Programa Brasil Alfabetizado – PBA - pelo governo

federal através do Ministério da Educação, com mais uma tentativa de erradicar o

analfabetismo no Brasil. O número de analfabetos, apresentados pelo censo do

IBGE no ano de 2000, era de 16 milhões de pessoas, mas outros estudos

divulgados por organizações não governamentais, apontam 30 milhões de

analfabetos funcionais maiores de 14 anos, Diante de um cenário completamente

assustador, o PBA é a resposta do governo para combater o problema.

A EJA é uma modalidade educacional que possibilita educandos jovens,

adultos o acesso a uma alfabetização significativa, valorizando o conhecimento

adquirido fora do âmbito escolar. Nesta direção é que vai a proposta de

linguagem/letramento, pois o indivíduo letrado não é aquele que só sabe ler e

escrever (decodificar e codificar), mas aquele que usa socialmente a leitura e a

escrita, corresponde adequadamente às demandas sociais do ler e escrever o

mundo e a palavra. (SOARES)

O letramento promove o social e a subjetividade do aluno na Educação de

Jovens e Adultos, pois o mesmo passa tomar posse de um conjunto de práticas

sociais associadas à linguagem, mudando sua visão de mundo e a realização de

seus objetivos.

A educação de Jovens e Adultos requer um papel importante no processo de

socialização do conhecimento, que deve ser direcionada a uma reflexão sistemática

sobre o processo educativo vivenciado por jovens e adultos, ampliando sua leitura

de mundo, pois os mesmos trazem consigo conhecimentos adquiridos a partir do

senso comum e saberes populares, produzidos no cotidiano, em sua relação com o

meio social.

De acordo com Vygotsky, o desenvolvimento humano está firmado na ideia

de um indivíduo ativo que tem seu pensamento formado em um ambiente histórico e

culturalmente determinado. O indivíduo se apropria dos conhecimentos necessários,

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por meio da interação com outros indivíduos, no espaço social em que está inserido,

neste sentido este conhecimento não se desenvolve de forma espontânea nas

pessoas, mas é mediado pelas relações entre indivíduos, por meio da interação

social.

3 ANALFABETISMO FUNCIONAL E O BRASIL

A concepção de analfabetismo vem, ao longo das últimas décadas, sofrendo

revisões significativas como reflexo das próprias mudanças sociais. Em 1958, a

UNESCO definia como alfabetizada uma pessoa capaz de ler e escrever um

enunciado simples, relacionado à sua vida diária. Vinte anos depois, a UNESCO

sugeriu a adoção dos conceitos de analfabetismo e alfabetismo funcional, portanto,

é considerada alfabetizada e letrada funcionalmente a pessoa capaz de utilizar a

leitura e escrita e habilidades matemáticas para fazer frente às demandas de seu

contexto social e utilizá-las para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo

da vida.

Uma pessoa funcionalmente analfabeta é aquela que não pode participar de

todas as atividades nas quais o ler e escrever e calcular lhe é exigido para uma

atuação eficaz em seu grupo e comunidade, e que lhe permitem, também, continuar

usando a leitura, a escrita e o cálculo a serviço do seu próprio desenvolvimento e do

seu social.

O analfabetismo funcional persiste entre os jovens brasileiros: 15% deles

não têm habilidades de leitura e escrita compatíveis com sua escolaridade.

Eles frequentam ou frequentaram a escola. Mesmo os que sabem ler e

escrever têm dificuldade para compreender textos curtos e localizar

informações, inclusive as que estão explícitas. Quanto à Matemática, lidam

com os números que são familiares, como os de telefones e os preços, ou

realizam cálculos simples. A compreensão do que observam ou produzem é

limitada e emperra seu desenvolvimento pessoal e profissional. (SILVA,

2009, p. 64)

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Em nossas vidas, estudar tem grande importância, pois nos abrem as portas

do mundo. Com o conhecimento e estudo conseguimos saber nossos deveres, bem

como lutar pelos nossos direitos. Além de nos informamos no meio cultural, histórico,

e social, ser uma pessoa alfabetizada, é algo que vai além de saber ler ou escrever,

e sim ser alguém na vida.

Para Paulo Freire o analfabetismo, possui sua origem em situações históricas

de exploração e opressão das pessoas, impostos por um regime de dominação, e

não na falta de capacidade de aprender de alguns grupos sociais ou no atraso

tecnológico. Desta forma a Educação é um ato de busca permanente em que o

próprio homem é o sujeito que opera e transforma a si e ao mundo por meio de uma

clara compreensão do mesmo que só será possível com a consciência da realidade

concreta.

O analfabetismo atinge praticamente todas as faixas etárias. No Brasil, 35%

dos analfabetos já frequentaram escolas. Na faixa etária de 10 a 19 anos, 7,4% são

analfabetos, e isto mostra que há um fracasso no sistema educacional brasileiro,

pois esse é um período em que já concluíram os estudos, ou ainda estão nas

escolas. As razões para esses fracassos no sistema educacional são variadas,

como: trabalho precoce; escola de baixa qualidade, principalmente nas regiões mais

pobres; a baixa escolaridade do país; despreparo da rede de ensino para lidar com

essa população, entre outros.

Na história do Brasil desde o seu descobrimento, os elevados índices

de analfabetismo da população tiveram inúmeras tentativas para o seu combate.

Esses foram alguns dos movimentos pró-alfabetização da população brasileira:

Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (1958, governo

Juscelino Kubitscheck)

Movimento de Educação de Base (1961, criado pela Conferência Nacional de

Bispos do Brasil-CNBB)

Programa Nacional de Alfabetização, valendo-se do método Paulo Freire

(1964, governo João Goulart)

Movimento Brasileiro de Alfabetização - Mobral (1968-1978, governos da

ditadura militar) _Fundação nacional de Educação de Jovens e Adultos -

Educar (1985, governo José Sarney) _Programa nacional de Alfabetização e

Cidadania - Pnac (1990, governo Fernando Collor de Mello)

Plano Decenal de Educação para Todos (1993, governo Itamar Franco);

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Programa de Alfabetização Solidária (1997, governo Fernando Henrique

Cardoso)

Programa Brasil Alfabetizado _ PBA ( 2003, governo Luís Inácio da Silva_

Lula )

Ocorreram além dessas campanhas, outras iniciativas realizadas por

organizações não governamentais, igrejas, associações de moradores, empresas e

outros.

A maioria dos analfabetos (92,6%) está no grupo com mais de 25 anos de

idade. No Nordeste, a taxa de analfabetismo entre a população com 50 anos ou

mais chega a 40,1% e a grande maioria se encontra principalmente nas capitais e

segundo o Ministério isto ocorre por conta da infraestrutura, meio de transporte, etc,

porém essa não é a realidade, pois nas grandes cidades não há tempo para nada,

com a vida agitada, não há disposição para continuidade dos estudos.

O analfabetismo no país caiu em dez anos, só quatro pontos percentuais.

Hoje, há ainda 13,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais, analfabetos, diz o

Censo de 2010 pelo IBGE. É o equivalente a 9,63% da população nessa faixa etária

- no Censo de 2000, esse percentual era de 13,64%.

Apesar de ser uma das áreas do país com maior crescimento econômico e

aumento de mercado consumidor, o Nordeste continua sendo a região com maior

número de analfabetos, com 7,3 milhões, seguida pela região Sudeste 3,5 milhões.

No Brasil, o analfabetismo funcional atinge cerca de 75% da população, ou

seja, apenas 25% da população é alfabetizada plenamente. Em alguns países

desenvolvidos esses índices são inferiores a 10%, um exemplo é a Suécia.

O “analfabetismo tecnológico ou digital” é um dos tipos mais recentes. Onde

88% da população não possui internet. Falta de informação necessária para utilizar

computadores pessoais, celulares e agendas eletrônicas e dominar os sistemas que

operam estas máquinas como, por exemplo, navegar na rede mundial de

computadores. Para o Brasil existe uma grande dificuldade de resolver esse tipo de

analfabetismo, pois já basta o problema de milhões de pessoas analfabetas totais:

não saberem ler nem escrever e ainda acrescenta-se os analfabetos funcionais.

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4 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO, EXISTE DIFERENÇA?

4.1 A ALFABETIZAÇÃO

O conceito alfabetização/letramento adquiriu significados abrangentes, e é

considerado um processo que se estende por toda vida e que não se esgota na

aprendizagem do código escrito, assim, a aprendizagem da linguagem é um

processo permanente.

Alfabetização em seu sentido próprio e específico, é um processo de

aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita e é a representação

de fonemas e grafemas e vice versa, mas deveria também ser um processo de

compreensão/expressão de significados por meio do código escrito, e não

consideraria os alfabetizando apenas capaz de decodificar símbolos visuais em

símbolos sonoros, lendo sílabas ou palavras isoladas. Uma pessoa pode ler e

escrever, mas quando não compreende o significado e o sentido da escrita ela é

alfabetizada, mas não é letrada. O processo de alfabetização compreende diversos

momentos, mas a escola o vê de forma fragmentada.

O aprendizado da leitura e escrita deve estar relacionado com as práticas

sociais dos alunos, tornando a alfabetização um exercício significativo que estará

intrinsecamente ligado ao letramento. Muitas vezes ocorre a separação entre esses

dois pontos de vista: ensinam a leitura e a escrita, sem procurar relacioná-las às

vivências dos alunos tornando o aprendizado vazio, mecânico, limitado e estático.

Devemos compreender as vivências socioculturais e psicológicas do aluno,

para que ele seja capaz de relacionar, interagir, atribuir sentidos e significados em

sua relação com o mundo por meio da linguagem.

Portanto devemos alfabetizar letrando ou seja, encaminhar o educando a uma

interação critica da sua realidade, percebendo-se capaz de melhor entender a

sociedade que está inserido, além de que este aprendizado proporciona capacidade

de interação com seu social por meio de intervenções e participações políticas,

culturais e sociais. Com a apropriação destas ações o indivíduo torna- se um sujeito

consciente da sua realidade e será capaz de compreender a verdadeira função

social.

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Quando o aluno chega à escola para ser alfabetizado, já domina um

determinado dialeto e este pode estar mais próximo ou mais distante da língua

materna convencional, pois se baseia na norma padrão.

O processo de alfabetização não ocorre igualmente, nas diferentes regiões do

país, e também não ocorre da mesma forma nas diferentes classes sócias, pois

alunos de classe social mais favorecida convivem muitas vezes com falantes com

um dialeto e os da classe popular dominam um dialeto em geral distante, pois tem

pouco ou nenhum acesso a material escrito. A diferença é que crianças das

camadas mais favorecidas têm uma familiaridade mais frequente e mais intensa com

material escrito e com práticas de leitura e de escrita.

Do ponto de vista ideológico e cientifico, línguas e culturas são diferentes

umas das outras, não melhores ou piores, mas para a escola, aprender a ler e a

escrever, parece apenas significar a aquisição de um instrumento para obtenção de

conhecimentos: a escola desconhece a alfabetização como forma de pensamento,

processo de construção do saber e meio de conquista de poder político. Muitas

vezes, escola atua na área da alfabetização como se fosse uma aprendizagem

neutra, despida de qualquer caráter político.

4.2 O LETRAMENTO

Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um individuo

ou grupo de individuo, o letramento focaliza os aspectos sócio históricos da

aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. A presença e a ausência da

escrita em uma sociedade, são fatores importantes que atuam ao mesmo tempo

como causa e consequência de transformações sociais, culturais e psicológicas.

A palavra letramento foi inserida recentemente em nosso vocabulário e

embora frequentemente apareça na bibliografia acadêmica, é uma palavra utilizada

somente pelos pesquisadores e ainda sua concepção não foi incorporada pela mídia

ou pela escola, mas essa questão esta bastante presente na escola, ainda que sem

o entendimento de seu significado e principalmente não foi traduzido em ações

pedagógicas de reorganização do ensino e reformulação dos modos de ensinar.

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Na contemporaneidade a palavra iletrada e analfabetismo se confundem e se

alternam, para nomear a mesma concepção. Muitos ainda preferem a palavra

analfabetismo que a palavra iletrada. Na verdade letramento é uma tentativa de

tradução da palavra inglesa literacy, que significa estado ou condição que assume

aquele que aprende a ler e escrever, mas para Magda Soares,

Letramento é a condição de quem sabe ler e escrever, ou seja: letramento é

o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas

exerce as práticas sociais de leitura e escrita da sociedade em que vive:

sabe ler jornais, revistas, livros; interpreta tabelas, quadros, formulários,

contas de água, luz, telefone; sabe escrever e escreve cartas, bilhetes,

consegue preencher um formulário, redigir um ofício, um requerimento.

Para alguns teóricos, alfabetizar significa orientar para o domínio da

tecnologia da escrita, e letrar significa compreender as práticas sociais. Uma pessoa

alfabetizada é aquela que sabe ler e escrever; e a letrada é a que tem o hábito, o

gosto de ler e de escrever, diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes,

com diferentes contextos e circunstâncias.

Alfabetizar letrando significa orientar o aluno para que aprenda a ler e a

escrever, levando-o entender-se e a conviver com práticas reais de leitura e de

escrita: por meio de livros, revistas, jornais, por todo material de leitura que circula

na escola e na sociedade criando situações necessárias e significativas das práticas

de produção de textos.

No mundo atual, temos acesso a uma quantidade enorme de informações,

conceitos, princípios, que são ampliados, reformulados, substituídos, e utilizados

como ferramentas adequadas para a luta de uma sociedade em busca da igualdade

social.

5 LINGUAGEM E SUA IMPORTANCIA PARA O LETRATAMENTO

O homem está sempre em contato com outros homens, inter relacionando-se,

comunicando-se e essa interação se dá sempre por meio da Linguagem, não

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importando a raça, a cultura, o espaço.

A linguagem é universal, é através dela que estabelecemos a comunicação

intersubjetiva, a troca de diálogo, pois o homem é ontologicamente um ser de

linguagem, por esta razão ela é muito importante para que os homens apropriem-se

da escrita, pois a linguagem (verbal e não verbal) e o letramento devem caminhar

sempre juntos.

Ela é dinâmica e permite aquele que se relaciona com seu interlocutor fazer

renascer, por meio dela um acontecimento e a sua experiência do acontecimento.

Pela linguagem interpretamos o mundo, não simplesmente como uma cópia

do real, mas sim, a representação que o homem faz desse real. Ao observamos um

quadro pintado por algum artista plástico, percebemos que pela pintura ele faz uma

representação do real. Sua pintura é uma linguagem que lhe permite estabelecer

uma interlocução, uma troca com o outro. Essa representação ocorre pela

capacidade que o ser humano possui em representar o real pelos signos e de

compreender esses signos como representante do real.

Signo é algo abstrato que esta no lugar de outra coisa. Como por exemplo,

um olhar de reprovação; uma caveira e duas tíbias desenhadas numa

caixa de energia elétrica de alta tensão, estão representando o perigo, a

morte.( POSSARI)

Como diz Bakhtin (1986), todo signo resulta de um consenso de indivíduos

socialmente organizados no decorrer de um processo de interação, por este motivo

as formas dos signos são condicionadas tanto pela organização social de tais

indivíduos como pelas condições em que a interação acontece.

O homem diferencia do animal na capacidade que tem de estabelecer uma

relação entre algo e algo diferente. O homem é um ser simbólico, sígnico, pois

possui a capacidade da representação simbólica, que é fonte comum do

pensamento e da linguagem.

Devemos pensar em linguagem - letramento numa perspectiva abrangente,

como um processo que permite a interlocução entre indivíduos. A linguagem não é

só verbal (falada ou escrita), mas é também não verbal que implica dentre outras

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formas: a música, a arquitetura, os gestos, as artes plásticas e gráficas, as artes

cênicas, a fotografia, o cinema, etc.

O sistema de signos organiza e dá sustentação a todas as linguagens

possíveis: verbal (oral e escrita) e não-verbal (música, artes plásticas, cinema,

dança, etc).

A linguagem numa concepção semiótica pode ser conceituada como todas as

formas: olhares, gestos, expressões faciais, cores, luzes, ruídos, imagens fixas

(desenhos, pintura, fotos), imagem em movimento (filmes), língua falada, língua

escrita, etc, por isso deve ser utilizada pelas instituições de ensino, principalmente

na fase inicial de apropriação da escrita e de sua função social, de comunicação,

extensão e ampliação da memória e sistematização do pensamento.

Na escola alfabetizadora a forma de linguagem privilegiada é a escrita.

Esse privilegio se deve a um processo histórico que faz com que se

entenda que a única possibilidade de construção do conhecimento, de

adaptar o ser humano ao mundo físico-natural e ao social, como também

de transformá-lo, se dê pela linguagem verbal, para aquisição de

conhecimento e escrever para a fixação e avaliação desse

conhecimento.(POSSARI / NEDER)

A escola tem se empenhado na formação de grupos seletos, considerando a

linguagem verbal, veículo de aprendizagem. Dessa forma, o giz, o quadro-de-giz, o

livro, o caderno e a voz do professor são imprescindíveis.

No letramento, a instituição escolar deve refletir sobre essa hegemonia da

linguagem verbal e mais especificamente, da escrita, pois no momento histórico em

que estamos vivendo, ignorar outras linguagens, as não verbais, bem como meios

que as veiculam, é excluir-se do processo comunicativo atual.

È importante que ela perceba as transformações que estamos passando, de

uma sociedade essencialmente verbal para outra, onde o visual, o gestual e o

sensível tomam seus lugares, onde a expressão verbal chegam às pessoas mesmo

antes de elas falarem e escreverem (SOARES).

É de suma importância refletir sobre a linguagem verbal e não-verbal, e neste

sentido se faz necessário rediscutir a alfabetização do ponto de vista do letramento e

as metodologias mais adequadas, pois a aquisição de saberes, entre eles a língua,

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assim como o desenvolvimento e a socialização dos indivíduos, depende da

linguagem verbal e não-verbal: visual, sonora, gestual, pictórica, figuras, placas etc.

É através do corpo que percebemos o mundo, absorvemos, recortamos e

transformamos em conhecimento. Para isso contamos com nossos cinco sentidos: a

visão, a audição, o tato, o paladar e o olfato, aliando-se em duas dimensões: tempo

e espaço.

Pelo exposto, o que podemos considerar é que devemos alfabetizar letrando,

palavras-conceitos indissociáveis que articuladas com a linguagem, produtora e

organizadora do pensamento irão consolidar o aprendizado do ler e escrever na

escola.

6 CONCLUSÃO:

Considerando linguagem e letramento como processos da educação, a escola

deve propiciar ações, que levem o aluno incorporar essa prática em seu meio,

ampliando sua função social, que vai além do código escrito, pois ela deve

possibilitar ao aluno o acesso ao conhecimento científico, com fatos sociais que

contextualizem seu dia a dia, possibilitando a compreensão dos mesmos por meio

da linguagem e que possam ajudar na tomada de decisões que contribuam para

seu crescimento pessoal.

Esta pesquisa teve intencionalidade, de levar o professor a uma – Reflexão/

Ação/ Reflexão/ Ação, por meio da elaboração do pensamento crítico, em relação ao

trabalho na Educação de Jovens e Adultos e para isso buscamos na teoria

Vygotskyana o papel da linguagem no desenvolvimento do individuo, ele propõe que

o professor atue como mediador entre o processo de transformação por meio da

linguagem.

A linguagem representa um marco no desenvolvimento do homem, tem

um papel importante na formação do caráter, por meio dela que nos

tornamos humano e que aprendemos a nos comunicar. A linguagem é

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essencial ao ser humano para o estabelecimento de vários tipos de

relações. (VYGOTSKY)

Portanto, a Educação de Jovens e Adultos não deve resumir apenas na

produção de ler e escrever, mas na possibilidade do educando reconquistar seu

potencial, desenvolver suas habilidades, por meio de fatos adquiridos na própria vida

e principalmente como mais uma ferramenta para o enfrentamento das lutas sociais.

Na sociedade letrada em que vivemos, a leitura e a escrita são instrumentos

básicos para a participação plena em um contexto sócio-cultural, que nem sempre é

oportunizada para todos, por isto a linguagem tem influência muito grande como

meio de inserção do individuo na realidade social, pois a partir do momento que ele

se apropria da função social da escrita, usar-se-á a cultura em proveito da

sociedade e de si próprio.

Tornando-o uma pessoa segura e crítica em uma sociedade que cada vez

exige mais desvelamento do real por meio da escrita (ler e escrever) e só assim

teremos pessoas letradas, capazes de conhecer sua realidade e poder inserir-se de

forma crítica e atuante na vida social e política.

Diante deste fato, a Educação de Jovens e Adultos tem uma responsabilidade

em preparar alunos para lidar com as dificuldades que ocorrem em sua volta, por

estarem muito tempo afastado da escola, e assim apresentam muitas vezes

dificuldade em interagir neste processo de comunicação. A volta desses alunos ao

estudo significa muito e é a oportunidade de recuperar o tempo perdido, por isso a

importância em trabalhar a linguagem e sua complexidade no processo ensino-

aprendizagem, conduzindo-os a uma reflexão sobre sua linguagem em suas

diversas dimensões, fazendo assim com que o letramento consiga alfabetizar

letrando a todos.

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FILMOGRAFIA:

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O LEITOR. Título original: The Reader. Direção: Stephen Daldry , 2008, Alemanha. Drama, 124 min.

FREIRE, PAULO. Vídeo Contemporâneo. Duração: 24:00. http://www.dominiopublico.gov.br/download/video/me004375.wmv

RAMOS, Márcio. VIDA MARIA. Animação .. Ceará - Brasil,2006. 9 min , colorido .