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Língua Portuguesa Ensino Médio Sumário Episódio 7: PROSA E POESIA 1. Apresentação Capítulo 1: O CONTO NO ROMANTISMO E NO REALISMO. 1. Introdução 1.1 Objetivos 1.2. Conteúdos 2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica 2.2. Sinopse 2.3. Orientações para o professor 3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica 3.2. Sinopse 3.3. Orientações para o professor 4. Suporte teórico 4.1. Recursos estilísticos no texto narrativo: o conto no Romantismo e no Realismo. Bibliografia recomendada Capítulo 2: A POÉTICA PARNASIANA 1. Introdução 1.2 Objetivos 1.3. Conteúdos 2. Vídeo – Capítulo 1 2.2. Ficha Catalográfica 2.3. Sinopse 2.4. Orientações para o professor 3. Áudio – Capítulo 1 3.2. Ficha Catalográfica 3.3. Sinopse 3.4. Orientações para o professor 4. Suporte teórico 4.2. Recursos estilísticos no texto poético do Parnasianismo Bibliografia recomendada

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Língua Portuguesa Ensino Médio

Sumário

Episódio 7: PROSA E POESIA

1. Apresentação

Capítulo 1: O CONTO NO ROMANTISMO E NO REALISMO. 1. Introdução

1.1 Objetivos 1.2. Conteúdos

2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica 2.2. Sinopse 2.3. Orientações para o professor

3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica 3.2. Sinopse 3.3. Orientações para o professor

4. Suporte teórico 4.1. Recursos estilísticos no texto narrativo: o conto no

Romantismo e no Realismo. Bibliografia recomendada

Capítulo 2: A POÉTICA PARNASIANA 1. Introdução

1.2 Objetivos 1.3. Conteúdos

2. Vídeo – Capítulo 1 2.2. Ficha Catalográfica 2.3. Sinopse 2.4. Orientações para o professor

3. Áudio – Capítulo 1 3.2. Ficha Catalográfica 3.3. Sinopse 3.4. Orientações para o professor

4. Suporte teórico 4.2. Recursos estilísticos no texto poético do Parnasianismo

Bibliografia recomendada

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Capítulo 3: A POÉTICA SIMBOLISTA 1. Introdução

1.1. Objetivos 1.2. Conteúdos

2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica 2.2. Sinopse 2.3. Orientações para o professor

3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica 3.2. Sinopse 3.3. Orientações para o professor

4. Suporte teórico 4.1. Recursos estilísticos no texto poético do Simbolismo.

Bibliografia recomendada

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1. Apresentação O sexto episódio da série “Língua Portuguesa – Ensino Médio” destina-se a contextualizar o ensino da literatura brasileira no nível Médio. Os objetivos principais que perpassam os três capítulos em que se desdobra este episódio são : 1) reconhecer características da narrativa ficcional; 2) reconhecer recursos prosódicos do texto poético. O foco é dirigido principalmente ao estudo da história dos gêneros literários narrativos e poéticos, épocas, estilos e valores. Entre os temas transversais e interdisciplinares, são abordados Pluralidade Cultural, Orientação Sexual, História, Geografia e Artes e Matemática. Os gêneros textuais escolhidos para compor os episódios de vídeo e áudio dão suporte ao tratamento da língua em uso, aproximando as situações de ensino-aprendizagem das práticas discursivas autênticas da linguagem. As situações interativas permeadas pelos gêneros propiciam o desenvolvimento de competências de uso da língua nas modalidades oral e escrita, a participação social e a interação por meio das mídias disponíveis em nossa cultura, bem como a tomada de consciência de fenômenos particulares da língua de forma contextualizada.

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CAPÍTULO 1

1. Introdução Caro professor, Seja bem vindo ao primeiro capítulo do episódio 7 “Prova e Poesia” da série “Língua Portuguesa – Ensino Médio”. Fazem parte do Capítulo 1, um recurso em áudio e um recurso de vídeo, ambos de duração de dez minutos cada e relacionados ao mesmo propósito pedagógico, podendo ser usados de maneira independente ou complementar. Neste guia de uso, você poderá encontrar, além da descrição de objetivos e conteúdos, sinopses dos episódios, orientações para professor e aluno, suporte teórico para o tratamento dos conteúdos de aprendizagem e bibliografia. Com vistas a dar suporte ao alcance dos objetivos, este capítulo contempla vários gêneros textuais que permeiam as nossas práticas sociais para atender a diferentes propósitos comunicativos. Nos recursos de vídeo e áudio são exploradas relações informais entre jovens estudantes e diálogos com um orientador de aprendizagem que os encaminha para diversas atividades de pesquisa e convivência com usos da Língua Portuguesa por meio de gêneros textuais. Desejamos que este material traga boas contribuições para o seu processo ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa! 1.1. Objetivos Este capítulo tem como objetivo específico reconhecer os recursos estilísticos no texto narrativo do gênero conto, pertencentes ao Romantismo e Realismo brasileiros. 1.2. Conteúdos O foco deste capítulo está no conteúdo literário que contempla os recursos estilísticos no texto narrativo do gênero conto, pertencentes ao Romantismo e Realismo brasileiros. Entre os conteúdos interdisciplinares, estão presentes História, Geografia e Artes.

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2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 7 – Capítulo 1

Título: Prosa e Poesia

Subtítulo: O conto no Romantismo e no Realismo

Tipo de Recurso: Vídeo

Objetivo: Reconhecer os recursos estilísticos no texto narrativo do gênero conto,

pertencentes ao Romantismo e Realismo brasileiros.

Descrição do Recurso: Este material em vídeo tem duração de cerca de dez minutos

e é acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico

em PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens.

Autores: Andreia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues, Cibele Gadelha

Bernardino, Fátima Souza e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: conto romântico; conto realista.

2.2. Sinopse À noite, em sua nave, o Comandante Cícero se prepara para estudar o conto literário. Intrigado com a intertextualidade que encontra, ele decide exercitar a sua criatividade na composição do gênero. Usa os livros de Machado de Assis e de Álvares de Azevedo para construir a narrativa e imagina como os tripulantes se aventuram na história. A narrativa é ambientada na taberna, lugar que resgata a tradição dos contos assombrados. Mas como irá terminar a sua história? Em dúvida sobre o final, o Comandante consulta a “cartomante" de Machado de Assis. Quer saber como esta aventura irá terminar? Venha participar de mais jornada de aprendizagem com a equipe Paideia! 2.3. Orientações para o professor Caro professor, este material promove o estudo do conto como gênero literário. Fragmentos de dois contos da literatura brasileira são apresentados: Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo, e A cartomante, de Machado de Assis. Nossa orientação é que o trabalho de análise seja direcionado pelas características dos movimentos literários romântico e realista. Comece a sua aula explorando o que os alunos já sabem sobre a estrutura narrativa e suas características. A partir daí, apresente o material em vídeo sem interrupções. Busque explorar com seus alunos a intertextualidade do texto com ajuda de nosso suporte teórico.

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Como atividade seqüencial, proponha uma pesquisa sobre outros contos brasileiros e seus autores. Você poderá usar o material em áudio correspondente a esta unidade de ensino para dar continuidade ao estudo do conto. Observe as características de seu contexto de ensino e tenha um excelente trabalho! 3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 7 – Capítulo 1

Título: Prosa e Poesia

Subtítulo: O conto no Romantismo e no Realismo

Tipo de Recurso: áudio

Objetivo: Reconhecer os recursos estilísticos no texto narrativo do gênero conto,

pertencentes ao Romantismo e Realismo brasileiros.

Descrição do Recurso: Este material em áudio tem duração de cerca de dez

minutos, dividido em dois blocos de aproximadamente cinco minutos cada, e é

acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico em

PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens.

Autores: Andreia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues, Cibele Gadelha

Bernardino, Fátima Souza e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: conto romântico; conto realista.

3.2. Sinopse A Rádio Estação da Linguagem está transmitindo a cobertura ao vivo da Feira Anual de Literatura, que tem como tema o gênero literário: conto. Ao sintonizar a rádio, os tripulantes da Nave da Aprendizagem aprendem sobre as características do conto e as identificam em dois textos específicos: um de Machado de Assis, e outro de Clarice Lispector. Venha ouvir as histórias de aprendizagem de Carol, Rodrigo e Daniel em mais uma aventura pelo universo da Literatura Brasileira! 3.3. Orientações para o professor

Caro professor, este material promove o estudo do conto como gênero literário. Fragmentos de dois contos da literatura brasileira são apresentados: Brincar com fogo, de Machado de Assis, e A bela e a fera, de Clarice Lispector. Nossa orientação é que o trabalho de análise seja direcionado pelo foco narrativo. Comece a sua aula explorando o que os alunos já sabem sobre a estrutura narrativa e suas características. A partir daí, reproduza o primeiro bloco de áudio e

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peça para que eles busquem encontrar as explicações relacionadas ao gênero conto. Feito isso, canalize a atenção dos alunos para o foco narrativo em Machado de Assis e as explicações disso dadas pelos tripulantes da Nave da Aprendizagem no primeiro bloco. Siga apresentando o segundo bloco e peça para que os alunos comparem as características do narrador em Clarice Lispector com as características do narrador de Machado. Como atividade seqüencial, proponha uma pesquisa sobre outros contos brasileiros e seus autores. Você poderá usar o suporte teórico e o material em vídeo correspondentes a esta unidade de ensino para dar continuidade ao estudo do conto. Observe as características de seu contexto de ensino e tenha um excelente trabalho! 4. Suporte teórico Assim como o romance e a novela, o conto é um gênero literário e ficcional que se apresenta basicamente estruturado na seqüência narrativa, contendo os mesmos elementos que os outros dois gêneros: foco narrativo, enredo, personagens, tempo e espaço. Entretanto, o conto difere-se desses dois gêneros por uma série de fatores. Em primeiro lugar, pode-se dizer que o conto tem origem oral e popular. As primeiras manifestações desse gênero eram produzidas na forma de relatos simples evocando situações imaginárias, conhecidos como mitos e lendas que eram passadas de geração a geração, fazendo com que em muitos exemplares do gênero se modificasse, com o decorrer do tempo, o enredo original. Podemos citar, como exemplos desse tipo de conto, as histórias do folclore oriental reunidas sob o rótulo de As mil e uma noites e uma série de contos europeus coletados no século XIX pelos irmãos Grimm, ambos reproduzidos em edição escrita. O fato de ser produzido originalmente na modalidade oral conferiu ao conto características estruturais que permanecem até hoje, em especial sua concisão, linearidade e unidade. Por conta de tal economia evitam-se as digressões, as explicações técnicas como o flashback ou explicações a respeito das personagens, por exemplo. No conto o enredo baseia-se em geral no desenvolvimento e na resolução de um único conflito, pois seu objetivo é produzir impacto no leitor em decorrência do teor insólito da história narrada. Com a narrativa concentrada, os demais elementos, como o tempo, o espaço e as personagens também são limitados, ou seja, há pequena variação de tempo e espaço e o número de personagens é reduzido. Em alguns contos sobressaem-se as ações praticadas pelos personagens, em outros deparamo-nos com uma análise do caráter humano através de pensamentos ou reflexões postas pelo personagem ou pelo narrador. Pelo fato de construir uma história focada num conflito básico e na resolução desse conflito, sem, contudo, se preocupar em dar explicações sobre a sua origem, o conto admite uma grande diversidade temática. Assim, os diferentes temas dão origem a diferentes tipos de contos, como os fantásticos (modernos ou folclóricos), os eróticos, os policiais, os românticos, os psicológicos, etc. Escolhemos, para esse trabalho, alguns escritores que são referências nesse gênero. Machado de Assis utilizou-se da escritura do conto como laboratório para o desenvolvimento de seus romances, Clarice Lispector faz ecoar as vozes do narrador e do personagem para promover uma perspectiva do universo psicológico do ser humano, quando este pode rever suas atitudes. Não podemos esquecer que as mudanças nas características, o desenrolar dos temas, promovem uma

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diversidade de acordo com o movimento a que pertenciam os escritores. Machado de Assis foi um dos escritores que experimentou em sua pena, nuances por vezes românticas, outras realistas. Trazemos nesse material, para que sejam comparadas e analisadas as diferenças, outro escritor romântico: Álvares de Azevedo. Em seu livro Noite na taverna, leva o leitor a um ambiente mórbido, proporcionado pelo universo e as relações estabelecidas dentro da taverna. Outro fator importante a respeito do conto é sua relação com os suportes nos quais são veiculados. No Brasil, os primeiros contos produzidos na modalidade escrita eram publicados, assim como o romance e a novela, numa seção do jornal chamada folhetim, como os contos de Machado de Assis, que posteriormente foram reunidos em antologias diversas. No decorrer do século XX os contos passaram a ser produzidos especialmente para a publicação em livro, como as obras Sagarana, de Guimarães Rosa e Laços de família, de Clarice Lispector. Atualmente, com o advento da internet, circulam contos tanto de escritores consagrados como de outros que se iniciam nessa arte. Bibliografia recomendada ABAURRE, Maria Luiza M., PONTARA, Marcela N. Literatura brasileira: tempos, leitores e leituras, volume único. São Paulo: Moderna, 2005. O livro das professoras Maria Luiza Abaurre e Marcela Pontara, publicado em 2005, foi construído para o público do Ensino Médio e para pesquisadores da área da linguagem. O volume que trata da literatura aborda-a através de seus períodos históricos, as chamadas escolas literárias, atentando para as mudanças transcorridas no tempo, tanto com os leitores como com as leituras. Por último, traz ao lado dos textos históricos e dos comentários, textos críticos de professores renomados, uma sessão conectada com sites da internet, referência de livros, CDs e vídeos relacionados ao tema de cada unidade. À margem dos textos, os quadros interativos trazem curiosidades diversas sobre as obras e seus escritores. COUTINHO, Afrânio. Introdução à literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Distribuidora de Livros Escolares Ltda., 1970. Embora se trate de um livro direcionado à introdução da literatura, o volume aborda de forma sistemática as relações históricas, sociais, políticas que montam um verdadeiro tratado panorâmico sobre a literatura em nosso país. É possível obter um mapeamento sintético de literatura e ao mesmo tempo revelador de nossa identidade.

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CAPÍTULO 2

1. Introdução Seja bem vindo ao segundo capítulo do Episódio “Prosa e Poesia”. Fazem parte deste capítulo um recurso em áudio e um recurso em vídeo, ambos de duração de dez minutos cada e relacionados ao mesmo propósito pedagógico, podendo ser usados de maneira independente ou complementar. Neste guia de uso, você poderá encontrar, além da descrição de objetivos e conteúdos, sinopses dos episódios, orientações para professor e aluno, suporte teórico e bibliografia. Com vistas a dar suporte ao alcance dos objetivos, este capítulo contempla vários gêneros textuais que permeiam as nossas práticas sociais para atender a diferentes propósitos comunicativos. Nos recursos de vídeo e áudio são exploradas relações informais entre jovens estudantes e diálogos com um orientador de aprendizagem que os encaminha para diversas atividades de pesquisa e convivência com usos da Língua Portuguesa por meio de gêneros textuais. Desejamos que este material traga boas contribuições para o seu processo ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa!

1.1. Objetivos Este capítulo tem como objetivo específico reconhecer os recursos estilísticos no texto poético do Parnasianismo.

1.2. Conteúdos O foco deste capítulo está no conteúdo literário que contempla os recursos estilísticos que caracterizam o texto poético do Parnasianismo brasileiro. Entre os conteúdos interdisciplinares, estão presentes História, Geografia, Artes e Matemática.

2. Vídeo

2.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 7 – Capítulo 2

Título: Prosa e Poesia

Subtítulo: A Poética Parnasiana

Tipo de Recurso: Vídeo

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico reconhecer os recursos

estilísticos que caracterizam o texto poético do Parnasianismo.

Descrição do Recurso: Este material em vídeo tem duração de cerca de dez minutos

e é acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico

em PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

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Temas: Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens.

Autores: Andreia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues, Cibele Gadelha

Bernardino, Fátima Souza e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: Literatura Brasileira, Parnasianismo.

2.2. Sinopse

A missão desta jornada de aprendizagem consiste em descobrir os aspectos estilísticos da poesia parnasiana, relacionados ao seu momento histórico. Para cumpri-la, você está convidado a viajar no tempo junto com Carol e encontrar-se com um escritor parnasiano chamado Alberto de Oliveira. Carol visita o Mercado dos Pinhões em Fortaleza e aprende sobre as características da arquitetura em voga na época da “art nouveau”. Imediatamente, ela faz relações com os objetivos da poesia parnasiana e seu rigor com a forma. Ainda na aventura idílica, Carol encontra-se com o deus grego Apolo. Será um sonho ou será realidade?

2.3. Orientações para o professor Caro professor, a nossa proposta de estudo da Poesia Parnasiana parte da estética da forma. Por isso você perceberá como a arquitetura, a pintura e a poesia estarão relacionadas neste material. Explore as relações entre as diferentes manifestações artísticas e suas linguagens com seus alunos. Para isto, sugerimos que você utilize o nosso suporte teórico sobre o parnasianismo e proponha a analise das formas poética, arquitetônicas e plásticas com base nele. Exiba o vídeo para oferecer um insumo inicial sobre este ponto de vista para seus alunos e siga discutindo e pesquisando as mesmas características em outras obras. Observe o seu contexto e as nossas indicações para o seu planejamento e tenha um excelente trabalho!

3. Áudio

3.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 7 – Capítulo 2

Título: Prosa e Poesia

Subtítulo: A Poética Parnasiana

Tipo de Recurso: Áudio

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico reconhecer os recursos

estilísticos que caracterizam o texto poético do Parnasianismo.

Descrição do Recurso: Este material em áudio tem duração de cerca de dez

minutos, dividido em dois blocos de aproximadamente cinco minutos cada, e é

acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico em

PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

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Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens.

Autores: Andreia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues, Cibele Gadelha

Bernardino, Fátima Souza e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: Literatura Brasileira; Parnasianismo.

3.2. Sinopse

Nesta jornada de aprendizagem a missão de Carol, Rodrigo e Daniel é investigar a criação poética parnasiana, a valorização da forma e as considerações do poeta na construção da arquitetura do texto. A motivação para este estudo vem de João Cabral de Melo Neto, que, apesar de não ser Parnasiano, valoriza a forma de sua poesia, como em: “Catar feijão se limita com escrever: jogam-se os grãos na água do alguidar e as palavras na da folha de papel; e depois joga-se fora o que boiar.”

3.3. Orientações para o professor Caro professor, a nossa proposta de estudo da Poesia Parnasiana parte da estética da forma. Por isso você perceberá que outros autores estarão presentes, apesar de não serem parnasianos conforme as definições pedagógicas comumente encontradas em outros materiais didáticos, por compartilharem um olhar estético com o parnasiano. Explore as relações entre as diferentes manifestações artísticas e suas linguagens com seus alunos. Reproduza o primeiro bloco do material em áudio para que os alunos percebam as características gerais do Parnasianismo e siga com o segundo bloco que traz outros autores que primam a forma em sua construção poética. Para isto, sugerimos que você utilize o nosso suporte teórico sobre o parnasianismo e proponha a análise das formas poética com base nele. Observe o seu contexto e as nossas indicações para o seu planejamento e tenha um excelente trabalho!

4. Suporte Teórico A arte poética tem sido discutida ao longo dos anos por diversos intelectuais e artistas. Por meio dessas discussões, os poetas, imbuídos do desejo de expressar melhor suas idéias, aprimoram cada vez mais seu trabalho. A feitura do poema é mote constante para os metapoemas, como é o caso de “O ferrageiro de Carmona”, de João Cabral de Melo Neto. Nele o poeta se coloca diante de um desafio: fazer poema a ferro fundido, onde tem valor os detalhes e o manuseio da peça, e não a ferro forjado, quando se obtém o resultado através de um molde, uma forma pronta. Somam-se às próprias palavras, nessa fabricação, as figuras de linguagem e os recursos musicais que se unem a cada sílaba ou ao longo do poema para melhor dizer determinado assunto. O poeta lima a palavra retratando os sentimentos, ao mesmo tempo em que elucida questões sobre essa arte. No Brasil, após a presença do movimento romântico que trouxe para a nossa literatura o pensamento sobre a identidade real do país e de seus habitantes, surgiu o movimento parnasiano, essencialmente poético, que nos apontava um olhar crítico em relação à maneira de pensar e elaborar o poema. Os artistas parnasianos, e nisso incluímos o crítico Machado de Assis, inclusive com sua poesia, às vezes tão pouco conhecida, e com suas traduções de poemas, podiam contrapor-se aos gênios românticos através da ourivesaria que propunham para a feitura do poema. Eles pretendiam aportuguesar a linguagem afrancesada do

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modelo romântico e para isso seguiam manuais ou tratados de versificação à maneira portuguesa. Assim, também se manifestavam sobre o fazer literário. O Parnasianismo foi uma escola que veio à tona na segunda metade do século XIX, após a revolução que as máquinas fizeram, substituindo as emoções pela técnica apurada, levando em consideração a forma perfeita dos versos. No Brasil, poetas como Olavo Bilac, Alberto Oliveira e Raimundo Correa, enobreceram o movimento. Olavo Bilac foi um poeta que deu preferência às formas fixas do lirismo, tendo feito um belíssimo trabalho em torno do soneto. O soneto é uma composição poética que se distingue pela forma e pela métrica. Um soneto é formado de 14 versos, geralmente possuindo duas estrofes com quatro versos, que chamadas de quartetos e duas estrofes com três versos, que chamadas de tercetos. Nessa época eram famosas as leituras e declamações de poesia, portanto, podemos frisar que Olavo foi um dos poetas brasileiros mais populares mais lidos. Hoje em dia, através dos estudos de versificação, podemos entender como a presença dos elementos poéticos e musicais colaboram para conferir uma maior expressividade ao poema. Embora o Parnasianismo tenha sido uma escola muito criticada pelos modernistas, podemos aqui relacionar o trabalho com as palavras com o Modernismo de 1945, período no qual desponta o poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto com o seu rigor formal e seus metapoemas. Embora uma escola literária seja datada no tempo, seus procedimentos estéticos continuam vigorando e podem aparecer em outra escola, sendo mais ou menos predominante. Ainda vemos o estudo racional do poema no Parnasianismo de maneira re-significada em escolas como o Modernismo e na poesia visual do Concretismo, movimento idealizado pelos irmãos Haroldo e Augusto de Campos e seu amigo, Décio Pignatari, na década de 1960. Cada movimento a seu modo traz um novo ponto de vista sobre a fabricação do poema. Para o poeta Augusto de Campos, um dos idealizadores da poesia concreta, a poesia expõe a palavra, a sua materialidade, a sua fisicalidade, a sua presença. Importante é atentarmos para os diálogos estabelecidos com outras artes para melhor compreender a dinâmica estética dos tempos. Na Europa, por exemplo, no século XIX, Mallarmé trabalhava a modernidade do poema, Ezra Pound pensava seu ideograma, e cummings fragmentava as letras, o escritor James Joyce priorizava a palavra superposta. Todos esses trabalhos conferiram e ainda hoje conferem uma produção de significados múltiplos para o poema. Bibliografia recomendada ABAURRE, Maria Luiza M., PONTARA, Marcela N. Literatura brasileira: tempos, leitores e leituras, volume único. São Paulo: Moderna, 2005. O livro das professoras Maria Luiza Abaurre e Marcela Pontara, publicado em 2005, foi construído para o público do Ensino Médio e para pesquisadores da área da linguagem. O volume que trata da literatura aborda-a através de seus períodos históricos, as chamadas escolas literárias, atentando para as mudanças transcorridas no tempo, tanto com os leitores como com as leituras. Por último, traz ao lado dos textos históricos e dos comentários, textos críticos de professores renomados, uma sessão conectada com sites da internet, referência de livros, CDs e vídeos relacionados ao tema de cada unidade. À margem dos textos, os quadros interativos trazem curiosidades diversas sobre as obras e seus escritores. AZEVEDO, Rafael Sânzio de. A Padaria Espiritual e o Simbolismo no Ceará. 2ª. ed. Fortaleza: UFC - Coleção Alagadiço Novo, 1996. Com maestria e o cuidado minucioso de pesquisador, o professor Sânzio de Azevedo, em seu livro sobre a Padaria Espiritual e o Simbolismo no Ceará, nos

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mostra o panorama real desse movimento no Ceará e as possíveis denominações que surgem para nosso entendimento do período histórico do final do século XX. Além disso, aborda a importância de cada autor dentro do movimento e do quadro da literatura nacional. Elucida ainda questões referentes ao movimento surgido no Ceará e sua contribuição para nossa literatura. COUTINHO, Afrânio. Introdução à literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Distribuidora de Livros Escolares Ltda., 1970. Embora se trate de um livro direcionado à introdução da literatura, o volume aborda de forma sistemática as relações históricas, sociais, políticas que montam um verdadeiro tratado panorâmico sobre a literatura em nosso país. É possível obter um mapeamento sintético de literatura e ao mesmo tempo revelador de nossa identidade. http://criticaecompanhia.com/ledo.htm Nesse site é possível ler na íntegra a conferência intitulada Os Navios Parnasianos, proferida na Academia Brasileira de Letras, em 16 de setembro de 2003, no encerramento do ciclo Parnasianismo por Lêdo Ivo, poeta, romancista, contista, ensaísta, sócio efetivo da Academia Brasileira de Letras. http://www.poesiaconcreta.com.br O site disponibiliza ao público, um valioso histórico do movimento da Poesia concreta com depoimentos dos artistas, de seus idealizadores, vídeos, entrevistas, poemas. Está disponível o documento do Plano piloto da poesia concreta uma espécie de manifesto que guia o leitor ao pensamento e ao projeto de seus autores. http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm?fuseaction=videos O site institucional do Itaú Cultural oferece ao seu usuário um amplo mapeamento das ações na área da cultura, além das pesquisas realizadas pelo órgão. Nesse site, chamamos a atenção para a Enciclopédia da Literatura Brasileira que disponibiliza vídeos com diversos escritores e pensadores da área.

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CAPÍTULO 3

1. Introdução

Seja bem vindo ao terceiro capítulo do Episódio “Prosa e Poesia” da série “Língua Portuguesa – Ensino Médio”. Fazem parte deste capítulo um recurso em áudio e um recurso em vídeo, ambos de duração de dez minutos cada e relacionados ao mesmo propósito pedagógico, podendo ser usados de maneira independente ou complementar. Neste guia de uso, você poderá encontrar, além da descrição de objetivos e conteúdos, sinopses dos capítulos de áudio e de vídeo, orientações para professor e aluno, suporte teórico para o tratamento dos conteúdos de aprendizagem e bibliografia. Com vistas a dar suporte ao alcance dos objetivos, este capítulo contempla vários gêneros textuais que permeiam as nossas práticas sociais para atender a diferentes propósitos comunicativos. Nos recursos de vídeo e áudio são exploradas relações informais entre jovens estudantes e diálogos com um orientador de aprendizagem que os encaminha para diversas atividades de pesquisa e convivência com usos da Língua Portuguesa por meio de gêneros textuais. Desejamos que este material traga boas contribuições para o seu processo ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa!

1.1. Objetivos Este capítulo tem como objetivo específico reconhecer os recursos estilísticos no texto poético do Simbolismo.

1.2. Conteúdos O foco deste capítulo está no conteúdo literário que contempla os recursos estilísticos no texto poético do Simbolismo. Entre os conteúdos interdisciplinares, estão presentes História, Geografia e Artes.

2. Vídeo

2.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 7 – Capítulo 3

Título: Prosa e Poesia

Subtítulo: A Poética Simbolista

Tipo de Recurso: Vídeo

Objetivo: Reconhecer os recursos estilísticos no texto poético do Simbolismo.

Descrição do Recurso: Este material em vídeo tem duração de cerca de dez minutos

e é acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico

em PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

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Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens.

Autores: Andreia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues, Cibele Gadelha

Bernardino, Fátima Souza e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: Literatura Brasileira; Simbolismo.

2.2. Sinopse

Nesta missão, o comandante Cícero lança o desafio de desvendar os aspectos estéticos da poesia simbolista. Para que possam cumpri-la, os viajantes intergalácticos da Nave Paideia seguem uma pista deixada por Cícero e encontram o caminho da musicalidade. A aventura começa em um sarau de poesia onde os tripulantes se deparam com o mundo de informações sobre a arte simbolista, artistas e suas obras, recitais, palestras, exposições de pinturas. Empolgados, os tripulantes voltam à nave para contar ao comandante tudo que descobriram sobre o Simbolismo brasileiro. Venha conferir!

2.3. Orientações para o professor Caro professor, a nossa proposta de estudo da Poesia Simbolista parte da estética da forma, imagens e musicalidade. Por isso você perceberá como a arquitetura, a pintura e a poesia estarão relacionadas neste material. Explore as relações entre as diferentes manifestações artísticas e suas linguagens com seus alunos. Para isto, sugerimos que você utilize o nosso suporte teórico sobre o parnasianismo e proponha a analise da forma, imagens e musicalidade com base nele. Exiba o vídeo para oferecer um insumo inicial sobre este ponto de vista para seus alunos e siga discutindo e pesquisando as mesmas características em outras obras. Observe o seu contexto e as nossas indicações para o seu planejamento e tenha um excelente trabalho!

3. Áudio

3.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 7 – Capítulo 3

Título: Prosa e Poesia

Subtítulo: A poética Simbolista

Tipo de Recurso: Áudio

Objetivo: Reconhecer os recursos estilísticos no texto poético do Simbolismo.

Descrição do Recurso: Este material em áudio tem duração de cerca de dez

minutos, dividido em dois blocos de aproximadamente cinco minutos cada, e é

acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico em

PDF.

Observações (informações complementares):

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Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens.

Autores: Andreia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues; Cibele Gadelha

Bernardino, Fátima Souza e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: Literatura Brasileira; Simbolismo.

3.2. Sinopse

3.3. Orientações para o professor Caro professor, a nossa proposta de estudo da Poesia Simbolista parte da estética da forma, musicalidade e composição de imagens. Explore as relações entre as diferentes manifestações artísticas e suas linguagens com seus alunos. Reproduza o primeiro bloco do material em áudio para que os alunos percebam as características gerais do Simbolismo e siga com o segundo bloco que traz outros autores que primam a estética estudada em sua construção poética. Para isto, sugerimos que você utilize o nosso suporte teórico. Observe o seu contexto e as nossas indicações para o seu planejamento e tenha um excelente trabalho!

4. Suporte Teórico Na segunda metade do século XIX aparecem vários movimentos simultâneos no Brasil, cada um ligado a um gênero literário. O Realismo e o Naturalismo voltaram-se ao romance e o Parnasianismo e o Simbolismo voltaram-se para a poesia. Ao rigor estético dos poetas parnasianos somava-se o trabalho com a simbologia das palavras dos poetas simbolistas, o que contribuía para pensar a própria imagem despertada pela poesia. Situados entre as fronteiras dos movimentos, os poetas ora apareciam com características marcantes do Parnasianismo, ora com características simbolistas. Mais importante do que o fato de situar-se em determinada escola era o pensamento que se estabelecia de cultura e da arte nacional. Embora alguns críticos considerem o poeta Augusto dos Anjos um pré-modernista, o que fica mais evidente em sua poesia é o trabalho com a forma e o sentido das palavras. Ele foi um poeta muito conhecido na época. Podiam-se ouvir seus versos em diversos personagens do cenário social brasileiro. Ele trouxe para a poesia a veia da Psicologia e da Psicanálise numa época em que além da ciência, contribuíam para a compreensão do humano os mistérios. Esse período é marcado por perspectivas mais reflexivas e pessimistas, distintas do fervor otimista das revoluções, e pelo surgimento dos grandes centros urbanos. Assim podemos encontrar a rarefação dos sentimentos como nos poemas do francês Charles Baudelaire, bem como uma identidade pessimista nos poemas do brasileiro Augusto dos Anjos quando ele dizia ser “filho do carbono e do amoníaco, monstro de eternas rutilâncias”. Como a razão não poderia dar conta dos sentimentos produzidos pela sociedade capitalista, pela miséria do proletariado, pela crise social que se acentuava em meio às disputas das grandes potências do Ocidente e do Oriente, as ilusões eram postas de lado e a subjetividade emergiu ao mundo visível, abrindo espaço para que os sentidos humanos fossem postos em

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questão por meio da arte e validassem a importância de conhecer o mundo das essências. Esse movimento dá início à abstração artística com que a arte contemporânea virá trabalhar depois. A linguagem dos poemas simbolistas, entre as imagens e os sons que evocava, despertam os sentidos dos leitores. Autores como Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimarães, utilizavam em seus sonetos figuras de linguagem como a sinestesia, trabalhando temas como sensações e lembranças. É comum encontrarmos reticências – menções ao vago, uso de letras maiúsculas - personificação, aliterações - exploração musical das palavras. O professor Álvaro Cardoso Gomes afirma que “trabalhando com imagens sinestésicas, o poeta deseja representar o instante da percepção de um objeto, de um movimento, sem a incômoda intervenção da inteligência, que tende a separar as sensações em blocos distintos.” Entre os séculos XIX e XX, o Simbolismo desenvolveu-se paralelamente ao movimento parnasiano e deixou várias questões para movimentos posteriores, como o subseqüente Modernismo Brasileiro. O trabalho poético promovido pela repetição de letras e sons reforçava no leitor a intenção de conhecer vários prismas de um mesmo assunto, pois a cada desdobramento da palavra uma nova percepção era exposta. Essa característica foi utilizada pelo poeta modernista Carlos Drummond de Andrade, para quem “Minas” era apenas um lugar guardado na lembrança, visto que diante do desenvolvimento urbano tornava-se outro, com outros habitantes, com novos fluxos de acontecimentos. O leitor era chamado à atenção diante de acentuadas características. Nosso grande poeta mineiro esteve atento às mudanças políticas pelas quais o país passava nos anos de 1930, um período marcado pelo entre guerras mundiais, e a subjetividade humana, o que faz de Drummond um poeta com marcas simbolistas e expõe os traços românticos de sua poesia. O estudioso Davi Arrigucci, dissecando sua obra, nos mostra o quanto Manuel Bandeira colaborou com a passagem do pós-simbolismo para o modernismo no Brasil, enquanto Drummond finca-se diante da modernidade. Comentando em uma entrevista sobre Drummond, Davi nos diz que “a poesia é resultado de uma luta, de um esforço que mostra o movimento de desdobramento do sujeito sobre si mesmo. Ela depende da incorporação do pensamento dentro do lirismo, da expansão da subjetividade. É assim que, em Drummond, se exprime o “sentimento do mundo”. Mas, é importante lembrar, esse sentimento não é entendido apenas como o lugar do afeto, o lugar receptivo, passivo. Ele é ativo, é uma forma de dobrar-se tentando o conhecimento de si mesmo. Há uma vontade, um desejo de conhecer com precisão o que vai ao coração. Há um esforço de conhecimento. Isso é outro fator que o aproxima do leitor brasileiro, porque um país novo, que recebe o trauma da modernidade, que tem uma cultura importada, que está adaptando as suas formas, que descobre um novo mundo e procura sua identidade tanto diante da história quanto das novidades que vêm de fora, de repente vê essa dinâmica incorporada e entranhada na lírica de Drummond. Sua poesia, portanto, é também uma forma de ver o coração brasileiro.” Bibliografia recomendada ABAURRE, Maria Luiza M., PONTARA, Marcela N. Literatura brasileira: tempos, leitores e leituras, volume único. São Paulo: Moderna, 2005. O livro das professoras Maria Luiza Abaurre e Marcela Pontara, publicado em 2005, foi construído para o público do Ensino Médio e para pesquisadores da área da linguagem. O volume que trata da literatura aborda-a através de seus períodos

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históricos, as chamadas escolas literárias, atentando para as mudanças transcorridas no tempo, tanto com os leitores como com as leituras. Por último, traz ao lado dos textos históricos e dos comentários, textos críticos de professores renomados, uma sessão conectada com sites da internet, referência de livros, CDs e vídeos relacionados ao tema de cada unidade. À margem dos textos, os quadros interativos trazem curiosidades diversas sobre as obras e seus escritores. AZEVEDO, Rafael Sânzio de. A Padaria Espiritual e o Simbolismo no Ceará. 2ª. ed. Fortaleza: UFC - Coleção Alagadiço Novo, 1996. Com maestria e o cuidado minucioso de pesquisador, o professor Sânzio de Azevedo, em seu livro sobre a Padaria Espiritual e o Simbolismo no Ceará, nos mostra o panorama real desse movimento no Ceará e as possíveis denominações que surgem para nosso entendimento do período histórico do final do século XX. Além disso, aborda a importância de cada autor dentro do movimento e do quadro da literatura nacional. Elucida ainda questões referentes ao movimento surgido no Ceará e sua contribuição para nossa literatura. COUTINHO, Afrânio. Introdução à literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Distribuidora de Livros Escolares Ltda., 1970. Embora se trate de um livro direcionado à introdução da literatura, o volume aborda de forma sistemática as relações históricas, sociais, políticas que montam um verdadeiro tratado panorâmico sobre a literatura em nosso país. É possível obter um mapeamento sintético de literatura e ao mesmo tempo revelador de nossa identidade. http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/1484,1.shl Entrevista concedida pelo professor e poeta Davi Arrigucci Jr., estudioso da obra do poeta Carlos Drummond de Andrade, sobre a poesia de Drummond e sobre o fazer poético.