Língua Portuguesa
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2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23
www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com
LÍNGUA PORTUGUESA
Ortografia Oficial
Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fonemas,
entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os quais caracterizam a
oposição entre os vocábulos. Por exemplo, em „pato‟ e „bato‟ é o som inicial das
consoantes p- e b- que opõe entre si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de
Fonema. Pelo visto, pode-se dizer que cada letra do nosso alfabeto representa um
fonema, mas fica a advertência de que num estudo mais profundo a teoria mostra outra
realidade, que não convém inserir nas noções elementares de que estamos tratando. A
Letra é a representação gráfica, isto é, uma representação escrita de um determinado
som.
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
Tradicionalmente, costuma-se classificar os fonemas em vogais, semivogais e
consoantes, com algumas divergências entre os autores.
VOGAIS = a e i o u
As vogais são sons musicais produzidos pela vibração das cordas vocais. São chamados
fonemas silábicos, pois constituem o fonema central de toda sílaba.
AS VOGAIS SÃO CLASSIFICADAS CONFORME:
FUNÇÃO DAS CAVIDADES BUCAL E NASAL
Orais = a, e, i, o, u
Nasais = ã, ê, î, õ, û.
ZONA DE ARTICULAÇÃO
Média = a
Anteriores = e, i
Posteriores = o, u
TIMBRE
Abertas = á, é, ó
Fechadas = ê, ô
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Reduzidas = fale, hino.
INTENSIDADE
Tônicas = saci, óvulo, peru
Átonas = moço, uva, vida.
SEMIVOGAIS = I U
Só há duas semivogais: I e U, quando se incorporam à vogal numa mesma sílaba da
palavra, formando-se um ditongo ou tritongo. Por exemplo: cai-ça-ra, te-sou-ro, Pa-ra-
guai.
CARACTERÍSTICAS DAS SEMIVOGAIS:
Ficam sempre ao lado de outra vogal na mesma sílaba da palavra.
São átonas.
CONSOANTES
As consoantes são fonemas que soam com alguma vogal. Portanto, são fonemas
assilábicos, isto é, sozinhos não formam sílaba.
B C D F G H J L M N P Q R S T V X Z
ENCONTROS VOCÁLICOS
À seqüência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de encontro
vocálico. Por exemplo, cooperativa.
TRÊS SÃO OS ENCONTROS VOCÁLICOS:
DITONGO
É a reunião de uma vogal junto a uma semivogal, ou a reunião de uma semivogal junto
a uma vogal em uma só sílaba. Por exemplo, rei-na-do.
OS DITONGOS CLASSIFICAM-SE EM:
CRESCENTES = a semivogal antecede a vogal. EX: quadro.
DECRESCENTES = a vogal antecede a semivogal. EX: rei.
OBSERVAÇÕES:
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Sendo aberta a vogal do ditongo, diz-se que ele é oral aberto. Ex: céu.
Sendo fechada, diz-se que é oral fechado. Ex: ouro.
Sendo nasal, diz-se que é nasal. Ex: pão.
Após a vogal, as letras E e O, que se reduzem, respectivamente, a I e U, têm valor de
semivogal. Ex: mãe; anão.
TRITONGO
É o encontro, na mesma sílaba, de uma vogal tônica ladeada de duas semivogais. Ex: sa-
guão; U-ru-guai.
Pelos exemplos dados, conclui-se que os tritongos podem ser nasais ou orais.
HIATO
É o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em duas diferentes
emissões de voz. Por exemplo, mi-ú-do, bo-a-to, hi-a-to.
O hiato forma um encontro vocálico disjunto, isto é, na separação da palavra em sílabas,
cada vogal fica em uma sílaba diferente.
SÍLABA
Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados numa só emissão
de voz. Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em:
Monossílabo = possui uma só sílaba. (fé, sol)
Dissílabo = possui duas sílabas. (casa, pombo)
Trissílabo = possui três sílabas. (cidade, atleta)
Polissílabo = possui mais de três sílabas. (escolaridade, reservatório).
TONICIDADE
Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se pronuncia com
mais força do que as outras: é a sílaba tônica. Por exemplo, em lá-gri-ma, a sílaba tônica
é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá, pá.
Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras em:
Oxítonas = quando a tônica é a última sílaba. (sabor, dominó)
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Paroxítonas = quando a tônica é a penúltima. (quadro, mártir)
Proparoxítonas = quando a tônica é a antepenúltima. (úmido, cálice).
OBS: A maioria das palavras de nossa língua é paroxítona.
MONOSSÍLABOS
ÁTONOS = são os de pronúncia branda, os que têm a vogal fraca, inacentuada.
Também são chamados clíticos. Incluem-se na lista dos monossílabos átonos, os artigos,
as preposições, as conjunções, os pronomes pessoais oblíquos, as combinações
pronominais e o pronome relativo „que‟. Por exemplo, a, de, nem, lhe, no, me, se.
TÔNICOS = são os de pronúncia forte, independentemente de sinal gráfico sobre a
sílaba. Por exemplo, pé, gás, foz, dor.
RIZOTÔNICAS - são as palavras cujo acento tônico incide no radical. Por exemplo,
descrevo, descreves, descreve.
ARRIZOTÔNICAS - são as palavras cujo acento tônico fica fora do radical. Por
exemplo, descreverei, descreverás, descreverá.
OBS: As denominações rizotônico e arrizotônico dizem respeito especialmente às
formas verbais.
ENCONTROS CONSONANTAIS
O agrupamento de duas ou mais consoantes numa mesma palavra denomina-se encontro
consonantal. Os encontros consonantais podem ser:
Conjuntos ou inseparáveis, terminados em L ou R. Por exemplo, ple-beu e crô-ni-ca.
Exceto = sub-li-nhar.
Disjuntos ou separáveis por vogal não representada na escrita, mas que é percebida, na
pronúncia, entre as duas consoantes. Por exemplo, rit-mo, ad-mi-rar, ob-je-ti-vo.
DÍGRAFOS
São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia composta para um
som simples. Há os seguintes dígrafos:
os terminados em H, representados pelos grupos ch, lh, nh. Por exemplo, chave, malha,
ninho.
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os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e ss. Por exemplo,
carro, pássaro.
os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs. Por exemplo, guerra, quilo, nascer, cresça, exceto,
exsurgir.
as vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encerrando a sílaba por em
uma palavra. Por exemplo, pomba, campo, onde, canto, manto.
não há como confundir encontro consonantal com dígrafo por uma razão muito simples:
os dígrafos são consoantes que se combinam, mas não formam um encontro consonantal
por constituírem um só fonema.
2. Morfologia.
ABREVIATURAS E SIGLAS
Abreviatura é a representação abreviada de uma palavra ou expressão: Av.
(avenida), loc. adv. (locução adverbial).
Chama-se sigla à abreviatura formada pela letra inicial da palavra ou pelas iniciais
das palavras de um nome ou expressão: A. (autor), A.B.L. (Academia Brasileira de
Letras).
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
1) Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em A, E, O, seguidos ou não de
S: pás, já, mês, pés, pó.
2) Acentuam-se os vocábulos oxítonos terminados em: A, E, O, seguidos ou não de
s; e os terminados em ENS, EM: Pará, Inglês, você, vovô, jacaré, parabéns,
ninguém.
3) Acentuam-se os vocábulo paroxítonos terminados em:
4) Acentuam-se todos os vocábulos proparoxítonos, com acento agudo, se forem
vogal tônica aberta: sólido, médico e com acento circunflexo, se o som for
fechado: lâmpada, pêssego.
5) Acentuam-se os ditongos abertos ÉU, ÉI, ÓI, quando tônicos: céu, papéis, herói.
6) Acentuam-se o I e o U quando segundo elemento tônico do hiato, seguidos ou não
de S: egoísta, reúne, juíza, faísca.
7) Não se acentuam as ditas vogais quando seguidas de L, N, R, Z, M finais da
sílabas ou dígrafo NH: ruim, juiz, rainha, ainda, cair.
8) Não se acentuam grupos vocálicos fechados ou ditongos fechados, com exceção
de ôo no final: pessoa, coroa, reis, vôo, enjôo.
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9) Acentuam-se as formas verbais:
- monossílabos terminados co EM na terceira pessoa do plural:
ele tem - eles têm; ele vem - eles vêm.
- monossílabos ou oxítonos terminados com Ê no singular são também acentuados
no plural: ele vê - eles vêem; ele lê - eles lêem; ele descrê - eles descrêem.
Obs.: Nos verbos derivados de TER e VIR, a terceira pessoa do singular recebe
acento circunflexo: ele contém - eles contêm; ele convém - eles convêm.
10) O trema deve ser colocado nos grupos GUE, GUI, QUE, QUI: agüenta,
cinqüenta, tranqüilo.
11) Acentuam-se para distinguir os homógrafos tônicos de átonos:
- pára (verbo) -- para (preposição);
- péla, pélas (verbo) -- pela, pelas (conjunções, per + a);
- pélo (verbo) , pêlo (substantivo) -- pelo (per + o);
- pólo, pólos (extremidade, jogo) -- pôlo, pôlos (falcão);
SIGNIFICADO DA PALAVRA NO TEXTO
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
SINÔNIMOS são palavras de sentido igual ou aproximado, como alfabeto e
abecedário. No início da ficha acima podemos encontrar um sinônimo da palavra
endereço que é....... . Damos nome a este fato da nossa língua de Sinonímia.
ANTÔNIMOS são palavras de significação oposta, como triste e alegre. Na
ficha acima podemos encontrar um antônimo de completo que é ....... . Este fato chama-
se Antonímia.
HOMÔNIMOS são palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a mesma
grafia, porém têm sentido diferente. Os homônimos podem ser homógrafos => iguais
na escrita e diferentes na pronúncia; ou homófonos => diferentes na escrita e iguais na
pronúncia.
seção (ou secção) => divisões, subdivisões, repartição pública, segmento.
sessão => espaço de tempo de dura uma reunião, uma exibição de espetáculo,
cinema ou teatro.
cessão => ato de ceder colocar à disposição.
Estas três palavras são iguais na pronúncia e diferentes na grafia, são homófonas.
Outros exemplos:
concerto => consonância de instrumentos conserto => corrigir o que
estava danificado
mal => antônimo de bem
mau => antônimo de bom
tacha => preguinho ou nódoa
taxa => imposto, tributo
colher => verbo (colher as flores)
colher => talher de mesa
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PARÔNIMOS são palavras parecidas na escrita e na pronúncia. Exemplos:
inflação => desequilíbrio do sistema monetário infração => ato de
transgredir, violar
imigrante => quem entra num país estranho emigrante => quem muda
de terra, deixa seu país
cumprimento => gesto de cortesia
comprimento => extensão longitudinal
Temos parônimos no item 4 da ficha do cinema. Encontre-os:
................/.................
Exercícios: Complete as lacunas com as palavras dos parênteses. (use sempre o
dicionário).
1. Faça uma boa...................... .(viagem/viajem).
Espero que eles...................... .
2. O seu trabalho não está .........organizado. (mau/mal).
Ninguém acha que você seja um................ profissional.
3. A juiza decidiu .................. o réu. (discriminar/descriminar).
O importante é......................... o certo do errado.
4. Quando uma pessoa é discreta, ela tem .............. .(discrição/ descrição)
Quando eu descrevo um lugar, estou fazendo uma......... .
EMPREGO DO SUBSTANTIVO E ADJETIVO
(MASCULINO/FEMININO/SINGULAR - PLURAL)
CATEGORIAS MORFOSSINTÁTICAS (SUBSTANTIVO, ADJETIVO,
PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO E PREPOSIÇÃO)
Palavras variáveis
Os substantivos, os adjetivos, os artigos, os numerais, os pronomes e os verbos
flexionam-se, isto é, podem apresentar modificações na forma, para exprimir os
acidentes gramaticais de gênero, número, grau, pessoa, etc.
São, portanto, palavras variáveis ou flexivas
Palavras invariáveis
Os advérvios, as preposições, as conjunções e as interjeições têm uma só forma,
rígida, imutável.
São, por conseguinte, palavras invariáveis ou inflexivas.
SUBSTANTIVO
Substantivo é a palavra que dá nome às pessoas, animais, lugares,coisas ou seres
em geral. Divide-se em:
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1) Comum: é o substantivo que dá nome a todos os seres da mesma espécie:
aluno, animal, vegetal, homem.
2) Próprio: é o substantivo que dá nome a um ser da mesma espécie: Júlia,
Brasil, Copacabana, Tatuapé.
3) Concreto: é o substantivo que designa seres de existência real ou que a
imaginação representa: mulher, pedra, Deus, fada, lobisomem.
4) Abstrato: é o substantivo que designa qualidade ou sentimento, ação e estado
dos seres, dos quais se podem abstrair (separar) e sem os quais não poderiam existir:
beleza, coragem, brancura (qualidade), viagem, estudo, doação, esforço, fuga (ações),
morte, cegueira, doença (estados).
5) Simples: é o substantivo formado por um só elemento (radical): discos,
flor, vitrola, couve.
6) Composto: é o substantivo formado por mais de um elemento: couve-flor,
guarda-chuva, pingue-pongue, pe-de-moleque, passatempo.
7) Primitivo: é o substantivo que foi criado antes de outros no uso corrente da
língua: livro, pedra, dente , flor.
8) Derivado: é o substantivo que foi criado depois de outro no uso corrente da
língua: livreiro, pedereiro, dentista, florista.
9) Coletivo: é o substantivo que representa um conjunto de seres da mesma
espécie: esquadrilha, álbum.
Alguns coletivos mais comuns:
alcatéia = de lobos
armada = de navios de guerra
assembléia = de parlamentares
banda = de músicos
cacho = de bananas, de uvas
concílio = de bispos
congregação = de professores, de religiosos
cambada = de carangueijos, de malandros
bando = aves, de ciganos
conclave = de cardeais, para a eleição do Papa
coro = de anjos, de cantores
elenco = de atores
esquadra = de navios de guerra
esquadrilha = de aviões
esquadrão = de soldaddos de cavalaria
feixe = de lenha, de capim
manada = de bois, de búfalos, de elefantes
molho = de chaves
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tropa = de burros
resma = de papel
vara = de porcos
rebanho = de ovelhas
plêiade = de poetas, de artistas.
GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar o sexo real ou fictício dos
seres. Na língua portuguesa são dois os gêneros: o masculino e o femino.
Formação do feminino
De modo geral forma-se o feminino substituindo-se a desinência "o" pela
desinência "a": menino, menina; gato, gata.
Todavia, os processos de formação são bem variados:
Masculino Feminino alfaiate
costureira
doutor doutora
anão anã
cavaleiro amazona
aviador aviadora
cavalheiro dama
avô avó
compadre comadre
bode cabra
cônsul consulesa (esposa)
frade freira
hóspede hóspeda
frei sóror
oficial oficiala
genro nora
judeu judia
gigante giganta
ateu atéia
herói heroína
hebreu hebréia
juiz juíza
profeta profetista
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maestro maestrina
réu ré
Masculino que merecem destaque
o açúcar
o cônjuge
o plasma
o ágape
o cós
o gengibre
o alvará
o decalque
o grama (medida de massa)
o alpinista
o diagrama
o guaraná
o amálgama
o diabetes
o herpes
o apêndice
o dó
o lança-perfume
o avestruz
o eclipse
o sósia
o clã
o eczema
o suéter
o clarinete
o estigma
o coma (estado mórbido)
o formicida
Femininos que merecem destaque
a aguardente
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a clarineta
a personagem
a alface
a comichão
a sentinela
a aluvião
a derme
a tíbia
a apendicite
a dinamite
a usucapião
a bacanal
a ênfase
a encharpe
a alcunha
a libido
a ferrugem
a cal
a matinê
a cataplasma
a omoplata
Substantivos uniformes
São aqueles que apresentam uma única forma para o masculino e feminino.
1) Epicenos: desegnam o sexo de certos animais com o auxílio dos
adjetivos macho e fêmea: o jacaré (macho ou fêmea); o tigre (macho ou fêmea); a pulga
(macho ou fêma).
2) Sobrecomuns: designam pessoas com uma forma única para o masculino
e feminino: o cadáver homem ou mulher); a vítima (homem ou mulher), o cônjuge
(homem ou mulher); a criança (menino ou menina).
3) Comuns de dois gêneros: sob uma só forma designam os indivíduos dos dois
sexos, sendo auxiliados pelo artigo, adjetivo ou pronome: o colega, a colega; artista
famoso, artista famosa; esse pianista, essa pianista; o repórter, a repórter.
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NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS
Em português há dois números gramaticais: o singular, que indica um ser ou um
grupo de seres: ave, bando, e o plural, que indica mais de um ser ou um grupo de seres:
aves, bandos.
Os substantivos flexionam-se no plural conforme as regras:
1ª) Pelo acréscimo no plural de "s", o que se dá se o substantivo terminar em vogal ou
ditongo oral: asa, asas; táxi, táxis; tubo, tubos; baú, baús; véu, véus.
2ª) Pelo acréscimo de "es" ao singular nos terminados em "r" ou "z": colher, colheres;
dólar, dólares; amor, amores; cruz, cruzes; giz, gizes.
3ª) Os substantivos terminados em "al", "el", "ol", "ul" pluralizam-se trocando o "l"
final por "is": jornal, jornais; anel, anéis; anzol, anzóis; azul, azuis; álcool, álcoois.
4ª) Os terminados em "il" admitem duas formas: os oxítonos mudam "il" em "is":
barril, barris; funil, funis; os paroxítonos mudam "il" para "eis": fóssil, fósseis;
réptil, répteis.
5ª) Os terminados em "s" monossílabos ou oxítonos formam o plural acrescentando-
se "es": inglês, ingleses; lilás, lilases; gás, gases.
6ª) Os terminados em "s" paroxítonos ou proparoxítonos são invariáveis: o lápis, os
lápis; o atlas, os atlas; o ônibus, os ônibus.
7ª) Os terminados em "x" são invariáveis: o tórax, os tórax; o fênix, os fênix.
8ª) Os terminados em "ão" admitem três hipóteses:
a) uns formam o plural com o acréscimo de "s": mão, mãos; bênção, bênçãos; órgão,
órgãos; irmão, irmãos.
b) outros, mais numerosos, mudam "ão" em "ões": limão, limões; portão, portões;
balão, balões; melão, melões.
c) outros, enfim, trocam "ão" por "ães": pão, pães; cão, cães; aldeão, aldeães;
sacristão, sacristães.
Plural dos substantivos compostos
Existem quatro hipóteses:
1ª) Pluralizam-se os dois elementos formados por:
- substantivo + substantivo: couve-flor, couves-flores.
- substantivo + adjetivo: amor-perfeito, amores-perfeitos.
- adjetivo + substantivo: bom-dia, bons-dias.
- numeral + substantivo: segunda-feira, segundas - feiras.
2ª) Apenas o segundo elemento varia:
- verbo + substantivo: guarda-roupa, guarda-roupas.
- palavra invariável ou prefixo + palavra variável: sempre-viva, sempre-vivas; ex-
diretor, ex-diretores.
- palavras repetidas: reco-reco, reco-recos.
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3ª) Apenas o primeiro elemento varia:
- com preposição expressa: pé-de-moleque, pés-de-moleque; mão-de-obra, mãos-
de-obra.
- quando o segundo elemento indica finalidade ou semelhança do primeiro: sofá-
cama, sofás-cama; peixe-boi, peixes-boi.
4ª) Os dois elementos ficam invariáveis:
- verbo + advérbio: o bota-fora, os bota-fora
- verbo + substantivo no plural: o saca-rolhas, os saca-rolhas.
Observações:
a) A palavra "guarda" pode ser substantivo ou verbo: quando é verbo (v. guardar),
fica invariável; quando é substantivo (o homem que guarda), vai para o plural.
Verbo Substantivo Substantivo Adjetivo
os guarda - chuvas os guardas
- florestais
os guarda - comidas os guardas
- civis
os guarda - sóis os guardas
- noturnos
b) Palavras compostas com a palavra "grão":
- a palavra "grão" fica no plural quando indica grândulo, a unidade: grãos de bico.
- a palavra "grão"fica no singular quando significa grande: os grão-duques, as grã-
duquesas.
c) Plural de substantivos diminutivos terminados em "zinho"ou em "zito": O
plural de tais diminutivos se faz flexionando-se o substantivo primitivo, retirando-se o
"s"final e acrescentando-se "zinhos"ou "zitos". Exemplos: papelzinho / papéis(s) /
papeizinhos; limãozito / limõe(s) / limãozitos.
Os substantivos terminados em "r" fazem plural de duas maneiras:
florzinha / flore(s) / florezinhas; florzinha / florzinhas.
GRAU DOS SUBSTANTIVOS
Grau dos substantivos é a propriedade que essas palavras têm de exprimir as
variações de tamanho dos seres. São dois os graus do substantivo: aumentativo e
diminutivo.
1) Aumentativo: forma-se com os sufixos aço, alha, arra, ázio, ona, ão, az, etc.:
garrafão, papelão, cartaz (carta), ladravaz (ladrão), lobaz (lobo), ricaço, balaço, barcaça,
mulheraça, vidraça, dramalhão (drama), vagalhão (vaga), balázio (bala), copázio (copo),
pratázio (prato), beiçorra (beiço), cabeçorra (cabeça), manzorra (mão), vozeirão (voz)
homenzarão, canzarrão, bocarra (boca), naviarra (navio).
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2) Diminutivo: mosquito, cabrito, senhorita, fogacho (fogo), riacho, populacho,
penacho (pena), animálculo (animal), febrícula (febre), gotícula (gota), versículo
(verso), montículo (monte), partícula (parte), radícula (raiz), glóbulo (globo), célula
(cela), animalejo, lugarejo, vilarejo, ilhota, fortim (forte), espadim (espada), camarim
(câmara), casebre (casa).
Observação: O diminutivo pode exprimir carinho ou desprezo.
Carinho: filhinho, mãezinha.
Desprezo: padreco, jornaleco, lugarejo.
O grau aumentativo exprime um aumento do ser relativamente ao seu tamanho
normal. Pode ser formado sintética ou analiticamente.
1º Aumentativo sintético: forma-se com sufixos especiais: copázio (copo),
barcaça (barca), muralha (muro).
2º Aumentativo analítico: forma-se com o auxílio do adjetivo grande, e de outros
do mesmo sentido: letra grande, pedra enorme, estátua colossal.
O grau diminutivo exprime um ser com seu tamanho normal diminuído. Pode ser
formado sintética ou analiticamente.
1º Diminutivo Sintético: forma-se com sufixos especiais: casebre (casa), livreco
(livro), saleta (sala), dedinho (dedo).
2º Diminutivo Análitico: forma-se com o adjetivo pequeno, ou outros
equivalentes: chave pequena, casa pequenina, semente minúscula.
ADJETIVO
São palavras que indicam qualidade, propriedade ou estado do ser.
Ex.: Meu caderno novo já está sujo.
O adjetivo pode ser expresso através de duas palavras: é o que se chama de
locução adjetiva. Exemplos:
Locução Adjetiva Adjetivo
sem fim infindável
sem remédio irremediável
da boca bucal
da cabeça cefálico
da chuva pluvial
de anjo angelical
da barriga abdominal
da voz vocal
de leite lácteo
de pai paterno
de dia diário
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ADJETIVOS PÁTRIOS
Designam nacionalidade ou lugar de origem de alguém ou de alguma coisa:
Brasil - brasileiro
Acre - acreano
Amazonas - amazonense
Bahia - baiano
Espírito Santo - espírito-santense
Rio Grande do Norte - norte-rio-grandense
João Pessoa - pessoense
Salvador - soteropolitano ou salvadorense
Ribeirão Preto - riberopretano
Belo Horizonte - belorizontino
Campos - campista
Niterói - niteroiense
Chile - chileno
Londres - londrino
Moscou - moscovita
Lisboa - lisboeta, lisboense.
FORMAÇÃO DO ADJETIVO
Quanto à formação , o adjetivo pode ser:
1) Primitivo: (o que não deriva de outra palavra): bom, forte, feliz.
2) Derivado: (o que deriva de substantivos ou verbos): famoso, carnavalesco.
3) Simples: brasileiro, escuro, etc.
4) Composto: castanho-claro, azul-marinho.
FLEXÃO DO ADJETIVO
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
GÊNERO DO ADJETIVO
Quanto ao gênero, dividem-se os adjetivos em:
1) Uniformes: aqueles que têm uma só forma para os dois gêneros: mesa azul,
olho azul.
2) Biformes: apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o
feminino: mau - má, esperto - esperta, ativo - ativa, ateu - atéia.
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NÚMERO DO ADJETIVO
Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão numérica dos
substantivos: igual - iguais, azul - azuis, feroz - ferozes.
Plural dos Adjetivos Compostos
1) Os componentes sendo adjetivos, somente o último toma a flexão do plural: tecido
verde-claro, tecidos verde-claros; cabelo castanho-escuro, cabelos castanho-
escuros.
2) Os componentes sendo palavra invariável + adjetivo, somente este último se
flexionará: menino mal-educado, meninos mal-educados.
3) Os compostos de adjetivo + substantivo são invariáveis: farda verde-oliva, fardas
verde-oliva; terno amarelo-canário, ternos amarelo-canário.
4) Invariáveis ficam também as locuções adjetivas formadas de cor + de +
substantivo: vestido cor-de-rosa, vestidos cor-de-rosa.
GRAU DO ADJETIVO
O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades dos seres. São dois os
graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.
O Grau Comparativo pode ser:
1) de igualdade: A casa é tão antiga quanto o homem.
2) de superioridade: A casa é mais antiga do que o homem.
3) de inferioridade: A casa é menos antiga do que o homem.
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas
sintéticas, herdadas do latim. São elas: bom - melhor, mau - pior, grande - maior,
pequeno - menor.
O grau superlativo divide-se em:
1º Absoluto:
a) Analítico: A menina é muito bela.
b) Sintético: A menina é belíssima.
2º relativo:
a) De Superioridade:
- Analítico: João é o mais alto de todos.
- Sintético: Este monte é o maior de todos.
b) De inferioridade: João é o menos rápido de todos.
O grau superlativo exprime uma qualidade no mais alto grau de intensidade
possível. Pode ser relativo ou absoluto.
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O superlativo relativo indica que entre os seres que possuem determinada
qualidade, há um que a possui num grau inexcedível.
O superlativo absoluto isola o ser qualificado no seu mais alto e intenso grau
possível, podendo assumir a forma sintética ou analítica.
O superlativo absoluto sintético dá-se por meio dos seguintes sufixos: íssimo, imo
e rimo.
O superlativo absoluto analítico dá-se por meio de advérbios de intensidade que
precedem o adjetivo.
Alguns adjetivos possuem formas literárias, cultas, de superlativo absoluto
sintético:
agudo - acutíssimo
doce - dulcíssimo
amargo - amaríssimo
dócil - docílimo
amigo - amicíssimo
humilde - humílimo
áspero - aspérrimo
livre - libérrimo
célebre - celebérrimo
negro - negérrimo
comum - comuníssimo
pobre - paupérrimo
cristão - cristianíssimo
provável - probabilíssimo
cruel - crudelíssimo
sábio - sapientíssimo
difícil - dificílimo
sagrado - sacratíssimo
ARTIGO
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los; indica
ao mesmo tempo gênero e número.
Dividem-se os artigos em: Definidos: o, a, os, as e Indefinidos: um, uma, uns,
umas.
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular: Viajei com
o médico.
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Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral: Viajei
com um médico.
Observações sobre o emprego do artigo
1ª) Ambas as mãos.
Usa-se o artigo entre o numeral ambas e o substantivo.
Exemplo: Ambas as mãos são perfeitas.
2ª) Estou em Paris / Estou na famosa Paris.
Não se usa artigo antes dos nomes de cidades, a menos que venham determinados
por adjetivos ou locuções adjetivas.
Exemplo: Vim de Paris.
Vim da luminosa Paris.
- Mas com alguns nomes de cidades conservamos o artigo.
Exemplo: O Rio de janeiro, O Cairo, O Porto.
Obs.: Pode ou não ocorrer crase antes dos nomes de cidade, conforme venham ou
não precedidos de artigo.
Exemplo: Vou a Paris
Vou à paris dos museus.
3ª) Toda cidade / toda a cidade.
Todo Ø, toda Ø designam qualquer, cada.
Exemplo: Toda cidade pode concorrer (qualquer cidade).
Todo o, toda a designam totalidade, inteireza.
Exemplo: Conheci toda a Cidade (a cidade inteira)
No plural, usa-se todos os, todas as, exceto antes de numeral não seguido de
substantivo.
Exemplos: Todas as cidades vieram.
Todos os cinco clubes disputarão o título.
Todos os cinco são concorrentes.
4) Tua decisão / a tua decisão.
De maneira geral, é facultativo o uso do artigo antes dos possessivos. Exemplos:
Aplaudimos tua decisão.
Aplaudinos a tua decisão.
Se o possessivo não vier seguido de substantivo explícito é obrigatória a
ocorrência do artigo.
Exemplo: Aplaudiram a tua decisão e não a minha.
5ª) Decisões as mais oportunas / as mais oportunas decisões
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No superlativo relativo, não se usa o artigo antes e depois do substantivo.
Exemplos: Tomou decisões as mais oportunas.
Tomou as decisões mais oportunas.
É errado: Tomou as decisões as mais oportunas.
6ª) Faz uns dez anos.
O artigo indefinido, posto antes de um numeral, designa quantidade aproximada.
Exemplo: Faz uns dez anos que saí de lá.
7ª) Em um / num.
Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com preposições:
de + o = do, de + a = da, etc.
As formas de + um e em + um podem-se usar contraídas (dum e num) ou
separadas (de um, em um). Exemplo:
Estava em uma cidade grande.
Estava numa cidade grande.
NUMERAL
Numeral é uma palavra que exprime número de ordem, múltiplo ou fração.
Os numerais classificam-se em:
1) Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, treze,
catorze, vinte, trinta, quarenta, cinqüenta, cem, mil, milhão, bilhão.
2) Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, etc.
3) Fracionários: meio, um terço, um quarto, um quinto, um sexto, um
sétimo, um oitavo, um nono, um décimo, treze avos, catorze avos, vinte avos, trinta
avos, quarenta avos, cinqüenta avos, centésimo, milésimo, milionésimo, bilionésimo.
4) Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo,
nônuplo, décuplo, cêntuplo.
Atenção para a ortografia dos numerais cardinais:
16 - dezesseis
50 - cinqüenta
17 - dezessete
14 - quatorze (catorze)
600 - seiscentos
60 - sessenta
13 - treze
Atenção para a ortografia dos seguintes numerais ordinais:
6º - sexto
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900º - nongetésimo
11º - undécimo
70º - septuagésimo
12º - duodécimo
100º - centésimo
50º - quinquagésimo
200º - ducentésimo
60º - sexagésimo
400º - quadrigentésimo
80º - octogésimo
600º - seiscentésimo
300º - trecentésimo
800º - octingentésimo
500º - quingentésimo
1.000º- milésimo
700º- setingentésimo
Observações importantes:
1ª) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos, tomos ou partes de obras,
usam-se os ordinais para a série de 1 a 10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde
que o numeral venha depois do substantivo.
Ex.: D. Pedro II (segundo); Luís XV (quinze), D. João VI (sexto), João XXIII
(vinte e três), Pio X (décimo), Capítulo XX (vinte).
2ª) Quando o substantivo vier depois do numeral, usam-se sempre os ordinais.
Ex.: primeira parte, décimo quinto capítulo, vigésimo século.
3ª) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais, usa-se
o ordinal até 9 e daí em diante o cardinal.
Ex.: artigo 1º (primeiro), artigo 12 (doze).
4ª) Aos numerais que designam um conjunto determinado de seres dá-se o nome
de numerais coletivos.
Ex.: dúzia, centena.
5ª) A leitura e escrita por extenso dos cardinais compostos deve ser feita da
seguinte forma:
a) Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a conjunção e entre eles.
Ex.: 94 = noventa e quatro
743 = setecentos e quarenta e três
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b) Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção e entre o primeiro
algarismo e os demais ( isto é, entre o milhar e a centena).
Ex.: 2438 = dois mil quatrocentos e trinta e oito.
PRONOME
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo indicando as
pessoas do discurso. Há seis espécies de pronomes: pessoais, possessivos,
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
1) PRONOMES PESSOAIS
Há três pessoas gramaticais:
Singular Plural
1ª pessoa - a que fala eu nós
2ª pessoa - a pessoa com
quem se fala tu vós
3ª pessoa - a pessoa de
quem se fala ele eles
Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblíquos. Os pronomes retos
funcionam, em regra, como sujeitos de oração e os oblíquos, como objetos ou
complementos.
Pessoa Pronomes do Pronomes do
caso reto caso oblíquo
1ª singular eu me, mim, comigo
2ª singular tu te, ti, contigo
3ª singular eles se, si, consigo, o, a, lhe
1ª plural nós nos, conosco
2ª plural vós vos, convosco
3ª plural eles se, si, consigo, os, as, lhes
Quanto à acentuação, os pronomes oblíquos dividem-se em: tônicos (mim, ti, si,
comigo, etc.) e átonos (me, te, se, lhe, lhes, o , a, os, as, nos e vos). Associados a verbos
terminados em "R", "S" ou "Z", os pronomes o, a, os, as assumem as antigas
modalidades lo, la, los, las, caindo aquelas consoantes:
Vou ver + o = vou vê-lo;
Trazer + o = trazê-lo
Fiz + o = fi-lo
Associados a verbos terminados em ditongo nasal (am, em, ão, ões) os ditos
pronomes tomam as formas "no, na, nos, nas":
chamam + o = chamam-no;
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tragam + o = tragam-no;
afundaram + a = afundaram-na.
Pronomes oblíquos reflexivos são os que se referem ao sujeito da oração sendo da
mesma pessoa que este:
A menina penteou-se.
O operário feriu-se.
Com excessão de o, a, os , as, lhe, lhes, os demais pronomes oblíquos podem ser
reflexivos.
FORMAS DE TRATAMENTO
Entre os pronomes pessoais incluem-se os chamados pronomes de tratamento, que
se usam no trato cortês e cerimonioso das pessoas.
você (v.): no tratamento familiar;
o senhor (Sr.), a senhora (Sra.): no tratamento de respeito;
a senhorita (Srta.): moças solteiras;
Vossa Senhoria (V.Sa.): para pessoas de cerimônia, ou na correspondência
comercial;
Vossa Excelência (V.Exa.): para altas autoridades;
Vossa Reverendíssima (V.Revma.) para sacerdotes;
Vossa Eminência (V.Em.a): para cardeais;
Vossa Santidade (V.S.): para o Papa;
Vossa Majestade (V.M.): para reis e rainhas;
Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) para imperadores;
Vossa Alteza (V.A.): para príncipes, princesas e duques.
Esses pronomes são da 2ª pessoa, mas se usam com as formas verbais da 3ª
pessoa: Vossa Excelência, Senhor Presidente, é digno de nossas homenagens.
2) PRONOMES POSSESSIVOS
São aqueles que dão idéia de posse, indicando o ser a que pertence uma coisa.
1ª pessoa do singular: meu, minha, meus, minhas
2ª pessoa do singular: teu, tua, teus, tuas
3ª pessoa do singular: seu, sua, seus, suas
1ª pessoa do plural: nosso, nossa, nossos, nossas
2ª pessoa do plural: vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa do plural: seu, sua, seus, suas.
3) PRONOMES DEMONSTRATIVOS
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São os que indicam o lugar, a posição, ou a identidade dos seres, relativamente às
pessoas do discurso. Exemplos:
Compro este carro (aqui). O pronome "este" indica que o carro está perto da
pessoa que fala.
Compro esse carro (aí). O pronome "esse" indica que o carro está perto da pessoa
com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome "aquele" diz que o carro está afastado da
pessoa que fala e daquela com quem falo.
Os demonstrativos possuem formas variáveis e invariáveis:
- VARIÁVEIS:
1ª pessoa: este, esta, estes, estas
2ª pessoa: esse, essa, esses, essas
3ª pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas
- INVARIÁVEIS: 1ª pessoa: isto
2ª pessoa: isso
3ª pessoa: aquilo.
4) PRONOMES INDEFINIDOS
São aqueles que se referem à 3ª pessoa, mas de modo vago, indefinido.
Principais pronomes indefinidos: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada,
ninguém, outrem, quem, tudo, cada, certa, certo, certas, certos, algum, alguma, alguns,
algumas, bastante, demais, nenhum, nenhuma, qualquer, quanto, quantos, todos, todas,
etc.
5) PRONOMES INTERROGATIVOS
Aparecem em frases interrogativas, acompanhados ou não de verbos
interrogativos como: perguntar, desejar, saber, etc. São pronomes interrogativos: que,
qual, quem, quanto.
Quem chegou primeiro?
Quantos vestidos trouxeram?
Qual é a sua opinião?
6) PRONOMES RELATIVOS
São os que representam seres já citados na frase, servindo como elemento de
ligação (conectivo) entre duas orações.
Os romanos escravizavam os soldados que eram derrotados.
Sejam gratos a Deus, a quem tudo devemos.
São pronomes relativos as palavras: que, quem, qual, o qual, os quais, cuja, cujas,
cujo, cujos, onde, quanto, quantos, quanta, quantas.
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VALOR DOS PRONOMES
NA ORAÇÃO
Os pronomes podem ser pronomes substantivos ou pronomes adjetivos.
Os pronomes substantivos substituem o substantivo; os pronomes adjetivos vêm
acompanhados de um substantivo.
Aquele livro é novo (aquele = pronome adjetivo, porque vem seguido do
substantivo livro).
Aquele que trabalha progride (aquele = pronome substantivo, porque não vem
seguido de substantivo; está empregado no lugar de um substantivo).
a) São EXCLUSIVAMENTE PRONOMES SUBSTANTIVOS: os pessoais, os
demonstrativos isto, isso, aquilo; os indefinidos quem, alguém, ninguém, algo,
outrem, tudo.
b) São EXCLUSIVAMENTE PRONOMES ADJETIVOS: os pronomes
possessivos; o pronomes relativos cujo; os pronomes cada, certo.
VERBO
Verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno.
Dentre as classes de palavras, o verbo é a mais rica em flexões. Com efeito, o
verbo reveste diferentes formas para indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o
modo e a voz.
O verbo varia em número e pessoa:
Singular Plural
1ª pessoa: eu penso nós pensamos
2ª pessoa: tu pensas vós pensais
3ª pessoa: ele pensa eles pensam
OS TEMPOS situam o fato ou a ação verbal dentro de determinado momento.
São três:
1) O PRESENTE: Agora eu leio.
2) O PRETÉRITO (= passado)
IMPERFEITO: Ele trancava a porta.
PERFEITO: Ele trancou a porta.
MAIS-QUE-PERFEITO:
Quando cheguei, ele já trancara a porta.
3) O FUTURO
FUTURO DO PRESENTE:
Beatriz ganhará o concurso.
FUTURO DO PRETÉRITO:
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Beatriz ganharia o concurso.
Quanto à forma, os tempos podem ser simples ou compostos.
Na conjugação ativa, os tempos simples apresentam-se sob formas simples (leio,
andava, corremos, etc.) e os compostos, sob formas compostas: tenho lido, tinham
andado, havia corrido, etc.
Na voz passiva, tanto os tempos simples como os compostos apresentam formas
compostas: sou premiado, tens sido visto, etc.
OS MODOS indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar. São três:
1) O INDICATIVO - exprime um fato certo, positivo: Vou hoje. Sairás cedo.
2) O IMPERATIVO - exprime ordem, proibição, conselho, pedido: Volte logo.
Não fiquem aqui. Sede prudentes.
3) O SUBJUNTIVO - enuncia um fato possível, duvidoso, hipotético: É possível
que chova. Se você trabalhasse...
Além desses três modos, existem as FORMAS NOMINAIS DO VERBO
(infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de maneira vaga, imprecisa,
impessoal.
1) INFINITIVO: plantar, vender, ferir.
2) GERÚNDIO: plantando, vendendo, ferindo.
3) PARTICÍPIO: plantado, vendido, ferido.
Chamam-se formas nominais porque, sem embargo de sua significação verbal,
podem desempenhar as funções próprias dos nomes substantivos e adjetivos: o andar,
água fervendo, tempo perdido.
O INFINITIVO pode ser PESSOAL ou IMPESSOAL.
1) PESSOAL, quando tem sujeito: Para sermos vencedores é preciso lutar.
(sujeito oculto nós)
2) IMPESSOAL, quando não tem sujeito: Ser ou não ser, eis a questão. O
infinitivo pessoal ora se apresenta flexionado, ora não flexionado:
Flexionado: andares, andarmos, andardes, andarem
Não flexionado: andar eu, andar ele.
Quanto à VOZ, os verbos se classificam em:
1) ATIVOS: O patrão chamou o empregado.
2) PASSIVOS: O empregado foi chamado pelo patrão.
3) REFLEXIVOS: A criança feriu-se na gangorra.
VERBOS AUXILIARES são os que se juntam a uma forma nominal de outro
verbo para constituir os tempos compostos e as locuções verbais: ter, haver, ser, estar.
- Tenho estudado muito esta semana.
- Jacinto havia chegado naquele momento.
- Somos castigados pelos nossos erros.
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- O mecânico estava consertando o carro.
- O secretário vai anunciar os resultados.
Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade
com a terminação do infinitivo:
1) Os da primeira conjugação terminam em - AR: cantar
2) Os da segunda conjugação terminam em - ER: bater
3) Os da terceira conjugação terminam em - IR: partir.
Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática: A (1ª conjugação), E (2ª
conjugação), I (3ª conjugação).
OBS.: - O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infinitivo. É um
verbo anômalo da segunda conjugação.
- A nossa língua possui aproximadamente 11 mil verbos, dos quais mais de 10 mil
são da primeira conjugação.
Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente invariável e a
terminação, que varia para denotar os diversos acidentes gramaticais.
Radical Terminação
cant - ar
cant - o
bat - er
bat - ias
part - ir
part - imos
diz - er
diss - eram
Dividem-se os tempos em primitivos e derivados.
São tempos primitivos:
1) o Infinitivo Impessoal.
2) o Presente do Indicativo (1ª e 2ª pessoa do singular e 2ª pessoa do plural).
3) o Pretérito Perfeito do Indicativo (3ª pessoa do plural).
Exemplo: cinco anos que ele morreu.”
e não "vão fazer..." - pois o verbo fazer é, nesse sentido, impessoal ("Faz cinco
anos").
CONJUGAÇÃO DOS VERBOS AUXILIARES
SER ESTAR TER HAVER
MODO INDICATIVO
PRESENTE
sou estou tenho hei
és estás tens hás
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é está tem há
somos estamos temos havemos
sois estais tendes haveis
são estão têm hão
PRETÉRITO IMPERFEITO
era estava tinha havia
eras estavas tinhas havias
era estava tinha havia
éramos estávamos tínhamos havíamos
éreis estáveis tínheis havíeis
eram estavam tinham haviam
PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES
fui estive tive houve
foste estiveste tiveste houveste
foi esteve teve houve
fomos estivemos tivemos ouvemos
fostes estivestes tivestes ouvestes
foram estiveram tiveram houveram
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
tenho sido tenho estado tenho tido tenho havido
tens sido tens estado tens tido tens havido
tem sido tem estado tem tido tem havido
temos sido temos estado temos tido temos havido
tendes sido tendes estado tendes tido tendes havido
têm sido têm estado têm tido têm havido
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES
fora estivera tivera houvera
foras estiveras tiveras houveras
fora estivera tivera houvera
fôramos estivéramos tivéramos houvéramos
fôreis estivéreis tivéreis houvéreis
foram estiveram tiveram houveram
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
tinha sido tinha estado tinha tido tinha havido
tinhas sido tinhas estado tinhas tido tinhas havido
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tinha sido tinha estado tinha tido tinha havido
tínhamos sido tínhamos estado tínhamos tido tínhamos havido
tínheis sido tínheis estado tínheis tido tínheis havido
tinham sido tinham estado tinham tido tinham havido
FUTURO DO PRESENTE SIMPLES
serei estarei terei haverei
serás estarás terás haverás
será estará terá haverá
seremos estaremos teremos haveremos
sereis estareis tereis havereis
serão estarão terão haverão
FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO
terei sido terei estado terei tido terei havido
terás sido terás estado terás tido terás havido
terá sido terá estado terá tido terá havido
teremos sido teremos estado teremos tido teremos havido
tereis sido tereis estado tereis tido tereis havido
terão sido terão estado terão tido terão havido
FUTURO DO PRETÉRITO SIMPLES
seria estaria teria haveria
serias estarias terias haverias
seria estaria teria haveria
seríamos estaríamos teríamos haveríamos
seríeis estaríeis teríeis haveríeis
seriam estariam teriam haveriam
FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
teria sido teria estado teria tido teria havido
terias sido terias estado terias tido terias havido
teria sido teria estado teria tido teria havido
teríamos sido teríamos estado teríamos tido teríamos havido
teríeis sido teríeis estado teríeis tido teríeis havido
teriam sido teriam estado teriam tido teriam havido
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MODO SUBJUNTIVO
PRESENTE
seja esteja tenha haja
sejas estejas tenhas hajas
seja esteja tenha haja
sejamos estejamos tenhamos hajamos
sejais estejais tenhais hajais
sejam estejam tenham hajam
PRETÉRITO IMPERFEITO
fosse estivesse tivesse houvesse
fosses estivesses tivesses houvesses
fosse estivesse tivesse houvesse
fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos
fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis
fossem estivessem tivessem houvessem
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
tenha sido tenha estado tenha tido tenha havido
tenhas sido tenhas estado tenhas tido tenhas havido
tenha sido tenha estado tenha tido tenha havido
tenhamos sido tenhamos estado tenhamos tido tenhamos havido
tenhais sido tenhais estado tenhais tido tenhais havido
tenham sido tenham estado tenham tido tenham havido
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
tivesse sido tivesse estado tivesse tido tivesse havido
tivesses sido tivesses estado tivesses tido tivesses havido
tivesse sido tivesse estado tivesse tido tivesse havido
tivéssemos sido tivéssemos estado tivéssemos tido tivéssemos havido
tivésseis sido tivésseis estado tivésseis tido tivésseis havido
tivessem sido tivessem estado tivessem tido tivessem havido
FUTURO SIMPLES
se eu for se eu estiver se eu tiver se eu houver
se tu fores se tu estiveres se tu tiveres se tu houveres
se ele for se ele estiver se ele tiver se ele houver
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se nós formos se nós estivermos se nós tivermos se nós houvermos
se vós fordes se vós estiverdes se vós tiverdes se vós houverdes
se eles forem se eles estiverem se eles tiverem se eles houverem
FUTURO COMPOSTO
tiver sido tiver estado tiver tido tiver havido
tiveres sido tiveres estado tiveres tido tiveres havido
tiver sido tiver estado tiver tido tiver havido
tivermos sido tivermos estado tivermos tido tivermos havido
tiverdes sido tiverdes estado tiverdes tido tiverdes havido
tiverem sido tiverem estado tiverem tido tiverem havido
MODO IMPERATIVO
AFIRMATIVO
sê tu está tu tem tu há tu
seja você esteja você tenha você haja você
sejamos nós estejamos nós tenhamos nós hajamos nós
sede vós estai vós tende vós havei vós
sejam vocês estejam vocês tenham vocês hajam vocês
NEGATIVO
SER ESTAR
não sejas tu não estejas tu
não seja você não esteja você
não sejamos nós não estejamos nós
não sejais vós não estejais vós
não sejam vocês não estejam vocês
TER HAVER
não tenhas tu não hajas tu
não tenha você não haja você
não tenhamos nós não hajamos nós
não tenhais vós não hajais vós
não tenham vocês não hajam vocês
INFINITIVO IMPESSOAL
PRESENTE
ser estar ter haver
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PRETÉRITO
ter sido ter estado ter tido ter havido
INFINITIVO PESSOAL
PRESENTE
ser estar ter haver
seres estares teres haveres
ser estar ter haver
sermos estarmos termos havermos
serdes estardes terdes haverdes
serem estarem terem haverem
PRETÉRITO
ter sido ter estado ter tido ter havido
teres sido teres estado teres tido teres havido
ter sido ter estado ter tido ter havido
termos sido termos estado termos tido termos havido
terdes sido terdes estado terdes tido terdes havido
terem sido terem estado terem tido terem havido
GERÚNDIO
PRESENTE
sendo estando tendo havendo
PRETÉRITO
tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido
PARTICÍPIO
sido estado tido havido
OBS.: Como ter, conjugam-se todos os seus derivados: abster-se, ater-se, conter-se,
conter, deter, entreter-se, manter, obter, reter, suster.
CONJUGAÇÃO DOS VERBOS REGULARES
PARADIGMAS:
1ª CONJ.(AR) 2ª CONJ.(ER) 3ª CONJ.(IR)
cantar bater partir
MODO INDICATIVO
PRESENTE
canto bato parto
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cantas bates partes
canta bate parte
cantamos batemos partimos
cantais bateis partis
cantam batem partem
PRETÉRITO IMPERFEITO
cantava batia partia
cantavas batias partias
cantava batia partia
cantávamos batíamos partíamos
cantáveis batíeis partíeis
cantavam batiam partiam
PRETÉRITO PERFEITO
cantei bati parti
cantaste bateste partiste
cantou bateu partiu
cantamos batemos partimos
cantastes batestes partistes
cantaram bateram partiram
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
cantara batera partira
cantaras bateras partiras
cantara batera partira
cantáramos batêramos partíramos
cantáreis batêreis partíreis
cantaram bateram partiram
FUTURO DO PRESENTE
cantarei baterei partirei
cantarás baterás partirás
cantará baterá partirá
cantaremos bateremos partiremos
cantareis batereis partireis
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cantarão baterão partirão
FUTURO DO PRETÉRITO
cantaria bateria partiria
cantarias baterias partirias
cantaria bateria partiria
cantaríamos bateríamos partiríamos
cantaríeis bateríeis partiríeis
cantariam bateriam partiriam
TEMPOS COMPOSTOS
PRETÉRITO PERFEITO
tenho cantado tenho batido tenho partido
tens cantado tens batido tens partido
tem cantado tem batido tem partido
temos cantado temos batido temos partido
tendes cantado tendes batido tendes partido
têm cantado têm batido têm partido
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
tinha cantado tinha batido tinha partido
tinhas cantado tinhas batido tinhas partido
tinha cantado tinha batido tinha partido
tínhamos cantado tínhamos batido tínhamos partido
tínheis cantado tínheis batido tínheis partido
tinham cantado tinham batido tinham partido
FUTURO DO PRESENTE
terei cantado terei batido terei partido
terás cantado terás batido terás partido
terá cantado terá batido terá partido
teremos cantado teremos batido teremos partido
tereis cantado tereis batido tereis partido
terão cantado terão batido terão partido
FUTURO DO PRETÉRITO
teria cantado teria batido teria partido
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terias cantado terias batido terias partido
teria cantado teria batido teria partido
teríamos cantado teríamos batido teríamos partido
teríeis cantado teríeis batido teríeis partido
teriam cantado teriam batido teriam partido
MODO SUBJUNTIVO
PRESENTE
cante bata parta
cantes batas partas
cante bata parta
cantemos batamos partamos
canteis batais partais
cantem batam partam
PRETÉRITO IMPERFEITO
cantasse batesse partisse
cantasses batesses partisses
cantasse batesse partisse
cantássemos batêssemos partíssemos
cantásseis batêsseis partísseis
cantassem batessem partissem
FUTURO DO PRESENTE
cantar bater partir
cantares bateres partires
cantar bater partir
cantarmos batermos partirmos
cantardes baterdes partirdes
cantarem baterem partirem
TEMPOS COMPOSTOS
PRETÉRITO PERFEITO
tenha cantado tenha batido tenha partido
tenhas cantado tenhas batido tenhas partido
tenha cantado tenha batido tenha partido
tenhamos cantado tenhamos batido tenhamos partido
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tenhais cantado tenhais batido tenhais partido
tenham cantado tenham batido tenham partido
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
tivesse cantado tivesse batido tivesse partido
tivesses cantado tivesses batido tivesses partido
tivesse cantado tivesse batido tivesse partido
tivéssemos cantado tivéssemos batido tivéssemos partido
tivésseis cantado tivésseis batido tivésseis partido
tivessem cantado tivessem batido tivessem partido
FUTURO DO PRETÉRITO
tiver cantado tiver batido tiver partido
tiveres cantado tiveres batido tiveres partido
tiver cantado tiver batido tiver partido
tivermos cantado tivermos batido tivermos partido
tiverdes cantado tiverdes batido tiverdes partido
tiverem cantado tiverem batido tiverem partido
MODO IMPERATIVO
AFIRMATIVO
canta tu bate tu parte tu
cante você bata você parta você
cantemos nós batamos nós partamos nós
cantai vós batei vós parti vós
cantem vocês batam vocês partam vocês
NEGATIVO
não cantes tu não batas tu não partas tu
não cante você não bata você não parta você
não cantemos nós não batamos nós não partamos nós
não canteis vós não batais vós não partais vós
não cantem vocês não batam vocês não partam vocês
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FORMAS NOMINAIS
INFINITIVO
PRESENTE IMPESSOAL
cantar bater partir
PRESENTE PESSOAL
cantar bater partir
cantares bateres partires
cantar bater partir
cantarmos batermos partirmos
cantardes baterdes partirdes
cantarem baterem partirem
PRETÉRITO IMPESSOAL
ter cantado ter batido ter partido
PRETÉRITO PESSOAL
ter cantado ter batido ter partido
teres cantado teres batido teres partido
ter cantado ter batido ter partido
termos cantado termos batido termos partido
terdes cantado terdes batido terdes partido
terem cantado terem batido terem partido
GERÚNDIO
PRESENTE
cantando batendo partindo
PRETÉRITO
tendo cantado tendo batido tendo partido
PARTICÍPIO
cantado batido partido
CONJUGAÇÃO DOS PRINCIPAIS VERBOS IRREGULARES
Dar, aguar, magoar, resfolegar, nomear, copiar, odiar, abster-se, caber, crer, dizer,
escrever, fazer, ler, perder, pode, pôr, querer, saber, trazer, valer, ver, abolir, cair, cobrir,
falir, mentir, frigir, ir, ouvir, pedir, rir, vir.
Obs.: Os termos ou modos que não constem desta lista deverão ser conjugados
seguindo-se o paradigma da conjugação.
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DAR
INDICATIVO PRESENTE: dou, dás, dá, damos, dais, dão. Pretérito Imperfeito:
dava, davas, dava, dávamos, dáveis, davam. Pretérito perfeito: dei, deste, deu, demos,
destes, deram. Pretérito mais-que-perfeito: dera, deras, dera, déramos, déreis, deram.
Futuro do presente: darei, darás, dará, daremos, dareis, darão. Futuro do pretérito: daria,
darias, daria, daríamos, daríeis, dariam: Imperativo Afirmativo: dá, dê, demos, dai,
dêem. Imperativo Negativo: Não dês, não dê, não demos, não deis, não dêem.
Subjuntivo presente: dê, dês, dê, demos, deis, dêem. Futuro: der, deres, der, dermos,
derdes, derem. Infinitivo Presente Impessoal: dar. Infinitivo Presente Pessoal: dar,
dares, dar, darmos, dardes, darem. Gerúndio: dando. Particípio: dado.
AGUAR
INDICATIVO PRESENTE: águo, águas, água, aguamos aguais, águam. Pretérito
perfeito: agüei, aguaste, aguou, etc. Subjuntivo Presente: ágüe, ágües, ágüe, agüemos,
agüeis, ágüem, etc. Verbo regular nos demais tempos. Assim se conjugam desaguar,
enxaguar e minguar.
CRER
INDICATIVO PRESENTE: creio, crês, crê, cremos, credes, crêem. Pretérito
Imperfeito: cria, crias, cria, críamos, críeis, criam. Pretérito Perfeito: cri, creste, creu,
cremos, crestes, creram. Imperativo: crê, creia, creiamos, crede, creiam. Pretérito
Imperfeito: cresse, cresses, cresse, crêssemos, crêsseis, cressem. Futuro: crer, creres,
etc. Gerúndio: crendo. Particípio: crido. Assim se conjugam descrer e ler.
DIZER
INDICATIVO PRESENTE: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem. Pretérito
Imperfeito: dizia, dizias, etc. Pretérito Perfeito: disse, disseste, disse, dissemos,
dissestes, disseram. Pretérito mais-que-perfeito: dissera, disseras, etc. Futuro do
Presente: direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão. Futuro do Pretérito: diria, dirias, diria,
diríamos, diríeis, diriam. Imperativo Afirmativo: dize, diga, digamos, dizei, digam.
Pretérito Imperfeito: dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, dissessem.
Futuro: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem. Infinitivo Impessoal:
dizer. Infinitivo pessoal: dizer, dizeres, dizer, etc. Gerúndio: dizendo. Particípio: dito.
Seguem este paradigma os derivados bendizer, condizer, contradizer, desdizer,
entredizer, maldizer, predizer, redizer.
PÔR
INDICATIVO PRESENTE: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem. Pretérito
Imperfeito: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham. Pretérito perfeito: pus,
puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram. Pretérito mais-que-perfeito: pusera, puseras,
pusera, puséramos, puséreis, puseram.
FUTURO DO PRESENTE: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão. Futuro do
Pretérito: poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam. Imperativo Afirmativo: põe,
ponha, ponhamos, ponde, ponham. Subjuntivo Presente: ponha, ponhas, ponha,
ponhamos, ponhais, ponham. Pretérito Imperfeito: pusesse, pusesses, pusesse,
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puséssemos, pusésseis, pusessem. Futuro: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes,
puserem. Infinitivo Pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. Infinitivo
Impessoal: pôr,. Gerúndio: pondo. Particípio: posto.
VER
INDICATIVO PRESENTE: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem. Pretérito Perfeito:
vi, viste, viu, vimos, vistes, viram. Pretérito mais-do-que-perfeito: vira, viras, vira,
víramos, víreis, viram. Imperativo Afirmativo: vê, veja, vejamos, vede, vejam.
Subjuntivo Presente: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam. Pretérito Imperfeito:
visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem. Futuro: vir, vires, vir, virmos, virdes,
virem. Gerúndio: vendo. Particípio: visto.
Como ver, se conjugam: antever, entrever, prever, rever.
ABOLIR
INDICATIVO PRESENTE: aboles, abole, abolimos, abolis, abolem. Imperativo
Afirmativo: abole, aboli. Subjuntivo Presente: não existe. Defectivo nas formas em que
ao L do radical seguiria A ou O, o que ocorre apenas no Indicativo presente, e
derivados.
Por este verbo se conjugam: banir, brandir, carpir, colorir, comedir-se, delir,
demolir, extorquir, esculpir, haurir, delinqüir, etc.
RIR
INDICATIVO PRESENTE: rio, ris,ri, rimos, rides, riem. Pretérito perfeito: ri,
riste, riu, rimos, ristes, riram. Imperativo Afirmativo: ri, ria, riamos, ride, riam.
Subjuntivo Presente: ria, rias, ria, riamos, riais, riam. Imperfeito: risse, risses, risse, etc.
Particípio: rido.
VIR
INDICATIVO PRESENTE: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm. Pretérito
Imperfeito: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham. Pretérito Perfeito: vim,
vieste, veio, viémos, viestes, vieram. Futuro do Presente: virei, virás, virá, etc. Futuro
do Pretérito: viria, virias, viria, etc. Imperativo Afirmativo: vem, venha, venhamos,
vinde, venham.
SUBJUNTIVO PRESENTE: venha, venhas, venha, venhamos, venhais,
venham.Pretérito Imperfeito: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem.
Futuro: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem. Infinitivo Pessoal: vir, vires, vir,
virmos, virdes, virem. Gerúndio: vindo. Particípio: vindo.
Por este, se conjugam: advir, convir, intervir, provir, sobrevir, avir-se, desavir-se.
Desavindo, além do particípio, é adjetivo: casais desavindos.
VOZES DO VERBO
Voz do verbo é a forma que este toma para indicar que a ação verbal é praticada
ou sofrida pelo sujeito. Três são as vozes dos verbos: a ativa, a passiva e a reflexiva.
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Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente, isto é, faz a ação expressa
pelo verbo. Ex.: O caçador abateu a ave.
Um verbo está na voz passiva quando o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo.
Ex.: A ave foi abatida pelo caçador.
Obs.: só verbos transitivos podem ser usados na voz passiva.
Formação da voz passiva
A voz passiva
A voz passiva, mais freqüentemente, é formada:
1) Pelo verbo auxiliar SER seguido do particípio do verbo principal (passiva
analítica). Ex.: O homem É AFLIGIDO pelas doenças.
Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo agente da passiva.
Menos freqüentemente, pode-se exprimir a passiva analítica com outros verbos
auxiliares. Ex: A aldeia estava isolada pelas águas.
2) Com o pronome apassivador "SE" associado a um verbo ativo da terceira pessoa
(passiva pronominal). Ex.: Regam-se as plantas. Organizou-se o campeonato.
Voz Reflexiva
Na voz reflexiva o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente: faz uma ação
cujos efeitos ele mesmo sofre. ex.: O caçador feriu-se. A menina penteou-se.
O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos "me, te, se, nos, vos,
se". Estes pronomes são reflexivos quando se lhes pode acrescentar: a mim mesmo, a ti
mesmo, a si mesmo, a nós mesmos, etc., respectivamente. Ex.: Considera-se aprovado?
(a si mesmo). Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação mútua
ou correspondida. os verbos desta voz, por alguns chamados recíprocos, usam-se
geralmente, no plural e podem ser reforçados pelas expressões um ao outro,
reciprocamente, mutualmente. Ex.: Amam-se como irmãos. Os pretendentes insultaram-
se.
Conversão da voz ativa na passiva
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da
frase: Gutenberg inventou a impressa. A impressa foi inventada por Gutenberg.
ADVÉRBIO
É uma palavra que modifica (que se refere) a verbo, a adjetivo, um outro advérbio.
A maioria dos advérbios modifica o verbo, ao qual acrescenta uma circunstância.
Só os de intensidade é que podem também modificar adjetivos e advérbios.
Mora muito longe (modifica o advérbio longe).
Sairei cedo para alcançar os excursionistas (modifica o verbo sairei).
Eram exercícios bem difíceis (modifica o adjetivo difíceis).
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Classificação dos advérbios
1) De afirmação: sim, certamente, deveras, realmente, incontestavelmente,
efetivamente.
2) De dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, decerto, certo.
3) De intensidade: muito, mui, pouco, assaz, bastante, mais, menos, tão,
demasiado, meio, todo, completamente, profundamente, demasiadamente,
excessivamente, demais, nada, ligeiramente, levemente, quão, quanto, bem, mal, quase,
apenas, como.
4) De lugar: abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, aí, além, algures, aquém,
alhures, nenhures, atrás, fora, afora, dentro, longe, adiante, diante, onde, avante, através,
defronte, aonde, donde, detrás.
5) De modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, adrede, debalde, melhor,
pior, aliás, calmamente, livremente, propositadamente, selvagemente, e quase todos os
advérbios terminados em "mente".
6) De negação: não, absolutamente.
7) De tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteontem, já, sempre, amiúde,
nunca, jamais, ainda, logo, antes, cedo, tarde, ora, afinal, outrora, então, breve, aqui,
nisto, aí, entrementes, brevemente, imediatamente, raramente, finalmente, comumente,
presentemente, etc.
Há ainda advérbios interrogativos: onde? aonde? quando? como? por que?: Onde
estão eles? Quando sairão? Como viajaram? Por que não telefonaram?
Locuções Adverbiais
São duas ou mais palavras com função de advérbio: às tontas, às claras, às
pressas, às ocultas, à toa, de vez em quando, de quando em quando, de propósito, às
vezes, ao acaso, ao léu, de repente, de cofre, a olhos vistos, de cor, de improviso, em
breve, por atacado, em cima, por trás, para trás, de perto, sem dúvida, passo a passo, etc.
PREPOSIÇÃO
Preposição é a palavra que liga um termo a outro:
Casa de pedra; livro de Paulo; falou com ele.
Dividem-se as preposições em essenciais (as que sempre foram preposições) e
acidentais (palavras de outras classes gramaticais que fazem as vezes de preposição).
1) Preposições essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Exemplos:
Fumava cigarro após cigarro.
Está vestida de branco.
2) Preposições acidentais: conforme, consoante, segundo, durante, mediante, visto,
como, etc. Exemplos:
Os heróis tiveram como prêmio uma coroa de louros.
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Vovô dormiu durante a viagem.
Locuções Prepositivas
São expressões com a função das preposições. Em geral são formadas de advérbio
(ou locução adverbial) + preposição: abaixo de, acima de, por trás de, em frente de,
junto a, perto de, longe de, depois de, antes de, através de, embaixo de, em cima de, em
face de, etc.
Exemplo: Passamos através de mata cerrada.
Combinações e contrações
As preposições a, de, em, per, e para, unem-se com outras palavras, formando um
só vocábulo. Há combinação quando a preposição se une sem perda de fonema; se a
preposição sofre queda de fonema, haverá contração.
A preposição combina-se com os artigos, pronomes demosntrativos e com
advérbios.
As preposições a, de, em, per contraem-se com os artigos, e, algumas delas, com
certos pronomes e advérbios.
a + a = à
de + o = do
em + esse = nesse
a + as = às
de + ele = dele
em + o = no
a + aquele = àquele
de + este = deste
em + um = num
a + aquela = àquela
de + isto = disto
em + aquele = naquele
a + aquilo = àquilo
de + aqui = daqui
per + o = pelo
INTERJEIÇÃO
Interjeição é uma palavra ou locução com que se exprime um estado emotivo. As
interjeições são um recurso da linguagem afetiva e emocional. Podem exprimir e
registrar os mais variados sentimentos.
Classificam-se em:
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1) De dor: ai! ui! ai de mim!
2) De desejo: oxalá! tomara!
3) De alegria: ah! oh! eh! viva!
4) De animação: eia! coragem! avante! upa! força!
vamos!
5) De aplauso: bem! bravo! apoiado!
6) De aversão: ih! chi! irra! ora bolas!
7) De apelo: ó! alô! psit! psiu!
8) De silêncio: psiu! silêncio!
9) De repetição: bis!
10) De saudação: alô! olá! salve! bom dia!
11) De advertência: cuidado! devagar!
atenção!
12) De indignação: fora!, morra!
Locução interjetiva
É uma expressão formada de mais de uma palavra, com valor de interjeição: meu
deus! Muito bem! Ai de mim! Ora bolas! valha-me Deus! Quem me dera!
As interjeições são proferidas em tom de voz especial e, dependendo desta
circunstância, a mesma interjeição pode expressar sentimentos diversos.
6. Sintaxe.
CONJUNÇÃO
Conjunção é a palavra invariável que liga orações ou termos de oração.
Comi mas não gostei. Saímos de casa quando amanhecia.
As conjunções dividem-se em coordenativas e subordinativas.
Quando a conjunção liga as orações sem fazer com que uma dependa da outra ou
sem que a segunda complete o sentido da primeira, dizemos que ela é coordenativa.
Quando a conjunção liga duas orações que se completam uma a outra e faz com
que a segunda dependa da primeira, dizemos que ela é subordinativa.
Conjunções Coordenativas
Podem ser:
1) Aditivas: que dão idéia de adição: e, nem, mas também, mas ainda, senão
também, como também, bem como. A doença vem a cavalo e volta a pé.
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2) Adversativas: que exprime contraste, oposição, ressalva, compensação:
mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao passo que, no entanto, apesar disso.
Querem ser ricos, mas não trabalham.
3) Alternativas: exprimem alternativa, alternância: ou, ou... ou, ora... ora, já... já,
seja... seja, quer...quer. A louca ora o acariciava, ora o renegava freneticamente.
4) Explicativas: exprimem explicação, um motivo: que, porque, porquanto, pois.
As conjunções explicativas aparecem normalmente depois de orações imperativas.
Venha, porque quero conversar com você.
5) Conclusivas: expressam conclusão: logo, portanto, por conseguinte, por isso,
pois (depois de verbo).
As árvores balançavam, logo estava ventando.
Conjunções subordinativas
Podem ser:
1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, desde que, etc.
Não me interessa a opinião deles, porque todos ali são imbecis.
2) Comparativas: como, tal qual, assim como, que nem, como quanto, etc. Talvez
ninguém pense como nós pensamos.
3) Concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, por mais que, por
menos que, se bem que, posto que, nem que, dado que, sem que, etc. Foi ao encontro,
embora estivesse atrasado.
4) Condicionais: se, caso, desde que, salvo se, contanto que, a não ser que, a
menos que, sem que, etc. Não irei sem que ela me telefone.
5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante, etc. Cada um colhe,
conforme semeia.
6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto,
tamanho), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que, sem que, etc. Era
tão feio que metia medo nas crianças.
7) Finais: a fim de que, para que, que, porque, etc. Enganou-se para que não
a enganassem.
8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais
(tanto mais), quanto menos (tanto menos), etc. As criaturas são mais perfeitas à
proporção que são mais capazes de amar.
9) Temporais: enquanto, quando, logo que, assim que, depois que, agora que,
antes que, desde que, até que, sempre que, etc. Todos se calaram, depois que protestei.
10) Integrantes: que, se. Sonhei que o mundo havia acabado.
Observação: As conjunções subordinativas integrantes introduzem as orações
subordinadas adverbiais.
A classificação das conjunções dependerá unicamente da significação que elas
dêem à oração que introduzem.
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7. Frase, oração e período:
7.1.termos da oração;
7.2.período simples e composto;
7.3.classificação das orações;
Como se sabe, o período simples é constituído de uma oração chamada absoluta.
Em toda oração, há um ou vários termos.
Termos é uma unidade de função. Os termos da oração classificam-se em
essenciais, integrantes e acessórios.
TERMOS ESSENCIAIS
Os termos essenciais da oração são dois: o sujeito e o predicado.
Sujeito é o termo da oração do qual se faz uma declaração. Essa declaração pode
ser de ação, de estado ou de qualidade. Exemplos:
Sérgio corre bastante. (ação)
Juliana está cansada. (estado)
O cachorro é bonito. (qualidade)
Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. O predicado
pode declarar uma ação, um estado ou uma qualidade do sujeito. Exemplos:
Érico joga futebol. (ação)
A menina está feliz. (estado)
As flores são bonitas. (qualidade)
SUJEITO
O sujeito é constituído por um núcleo e por palavras secundárias. O núcleo
(palavra mais importante) é sempre um substantivo ou um pronome e as palavras
secundárias podem ser artigos, adjetivos, etc.
O sujeito classifica-se em:
1) SIMPLES - é aquele que apresenta apenas um núcleo:
O garfo é um talher.
2) COMPOSTO - é aquele que apresenta dois ou mais núcleos:
O garfo e a colher são talheres.
3) DETERMINADO (claro ou oculto):
Claro: é aquele que vem expresso na oração.
Eu fui ao supermercado.
Oculto: é aquele que não vem expresso na oração, mas é facilmente determinado:
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(Nós) Estivemos em sua casa ontem.
OBS.: O sujeito oculto também recebe os nomes de elíptico e fossilizado.
4) INDETERMINADO - é aquele que não está expresso na oração, e não
pode ou não quer se identificar.
O sujeito indeterminado ocorre em dois casos:
a) Com o verbo na terceira pessoa do plural.
Ex.: Encontraram o seu automóvel naquela avenida.
b) Com o verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome "se".
Ex.: Dançava-se muito no nosso tempo.
OBSERVAÇÃO:
É preciso não confundir duas construções aparentemente iguais. O pronome "SE"
nem sempre funciona como indeterminador do sujeito; pode funcionar como partícula
apassivadora.
a) PRONOME "SE" ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO
O pronome SE funciona como índice de indeterminação do sujeito junto a verbos
intransitivos, ou transitivos acompanhados de complemento preposicionado. Exemplos:
b) PRONOME "SE" APASSIVADOR
Quando o pronome SE agrega-se a um verbo transitivo direto que não vem
seguido de preposição, pode ser analisado como partícula apassivadora. Para tirar
qualquer dúvida, transporta-se o verbo para a voz passiva com o verbo ser (passiva
analítica). Se essa transformação for possível, o pronome SE deve ser analisado como
partícula apassivadora e o sujeito sempre estará presente na oração.
Supomos a seguinte oração: Comprou-se muita mercadoria.
O verbo é transitivo direto e não vem seguido de preposição. É possível converter
o verbo para a voz passiva analítica: foi comprada muita mercadoria.
Teremos então a seguinte análise:
5) ORAÇÃO SEM SUJEITO - é aquela que apenas expressa um fato que
não é atribuído a nenhum ser.
A oração sem sujeito ocorre em três casos:
a) Com o verbo haver no sentido de existir.
Ex.: Houve poucas reprovações no curso de inglês.
b) Com os verbos ser, estar e fazer quando indicam tempo.
Ex.: Era uma manhã maravilhosa.
c) Com os verbos anoitecer, chover, nevar, ventar e outros, que indicam
fenômenos atmosféricos.
Ex.: Ventava muito ontem à noite.
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Nessas orações não há sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um
fato, através do predicado. São constituídas com esses verbos impessoais, na 3ª pessoa
do singular.
A classificação, oração sem sujeito, é muitas vezes conhecida também como
sujeito inexistente.
SUJEITO AGENTE E PACIENTE
AGENTE - é aquele que pratica a ação do verbo na voz ativa.
Ex.: Nós fizemos as provas.
PACIENTE - é aquele que sofre a ação do verbo na voz passiva.
Ex.: As provas foram feitas por nós.
OBS.: Os pronomes indefinidos: alguém, ninguém, quando empregados como
sujeito, são classificados normalmente como sujeito simples. Ex.: Ninguém viu o cão.
PREDICADO
A classificação do predicado baseia-se no tipo de verbo da frase. Alguns verbos
indicam ação (cair, correr, dormir, escrever, falar, sentar); outros verbos indicam estado
ou qualidade (ser, estar, ficar, parecer).
Há três tipos de predicado:
1) PREDICADO NOMINAL
Predicado nominal é aquele que se constitui de verbo de ligação (indicam estado
ou qualidade) mais predicativo.
Ex.: Nosso colega está doente.
O núcleo do predicado nominal é o predicativo.
Ex.: Nosso colega está doente.
Predicativo é o termo que ajuda o verbo de ligação a comunicar estado ou
qualidade do sujeito.
Ex.: Aquele menino é triste.
As crianças parecem felizes.
2) PREDICADO VERBAL
Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou transitivo.
Ex.: O avião sobrevoou a praia.
O núcleo do predicado verbal é o verbo.
Ex.: O avião sobrevoou a praia.
Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento verbal do tipo de
objeto direto / indireto. Normalmente, vem acompanhado de adjunto adverbial. Ex.: O
sabiá voou alto.
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Verbo transitivo é o que necessita de complemento. O verbo transitivo pode ser:
direto, indireto, e direto e indireto.
Transitivo direto é o verbo que necessita de complemento sem auxílio de
preposição: objeto direto. Ex.: Ele comprou o carro.
Transitivo indireto é o verbo que necessita de complemento com auxílio de
preposição. Ex.: Ele precisa de um esparadrapo.
Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao mesmo tempo
de complemento sem auxílio de preposição e de complemento com auxílio de
preposição: objeto direto e indireto. Ex.:
Demos
3) PREDICADO VERBO-NOMINAL
Predicado verbo-nominal é aquele que se constitui de verbo intransitivo mais
predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais predicativo do objeto.
Os rapazes voltaram vitoriosos. (predicativo do sujeito)
O predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos: o verbo (intransitivo ou
transitivo) e o predicativo (do sujeito ou do objeto).
Ex.: Os ônibus saíram atrasados.
PREDICATIVO DO SUJEITO é o termo que, no predicado verbo-nominal,
ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito. Exemplos:
Os atletas voltaram cansados.
Os aviões chegaram atrasados.
PREDICATIVO DO OBJETO é o termo que, no predicado verbo-nominal, ajuda
o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto direto ou indireto.
Exemplos:
A agremiação nomeou Gil tesoureiro.
O juiz tornou pública a sentença.
3 - Sintaxe
CONCORDÂNCIA NOMINAL
1) Quando o adjetivo se referir a um só nome, o substantivo concorda com ele em
gênero e número.
Boa árvore não dá maus frutos.
2) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos do mesmo gênero e do
singular e vier posposto, toma o gênero deles e vai facultativamente, para o
singular ou plural.
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Disciplina, ação e coragem digna (ou dignas).
PORÉM: Dedicado o pai, o filho e o irmão.
(adjetivo anteposto concordará com o mais próximo).
3) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes e
do singular e vier posposto, poderá ir para o masculino plural ou concordar com o
mais próximo.
Escolheste lugar e hora maus.
Escolheste lugar e hora má.
PORÉM: Sinto eterno amor e gratidão.
(adjetivo anteposto concordará com o mais próximo).
4) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes e
do plural e vier posposto, tomará o plural masculino o concordará com o mais
próximo.
Rapazes e moças estudiosos (ou estudiosas).
5) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos de gênero e número
diferente e vier posposto, poderá concordar com o mais próximo ou ir para o
plural masculino.
Primos, primas e irmãos educadíssimas (ou educadíssimos).
6) Pode o adjetivo ainda concordar com o mais próximo quando os substantivos são
ou podem ser considerados sinônimos.
Gratidão e reconhecimento profundo.
7) Quando dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo substantivo determinado
pelo artigo, ocorrem três tipos de construção paralelas.
Estudo as línguas inglesa e francesa.
Estudo a língua inglesa e a francesa.
Estudo a língua inglesa e francesa.
8) As palavras: mesmo, próprio e só (quando equivale a sozinho) concordam
segundo a regra geral em gênero e número com a palavra a que se referem. Só
quando equivale a somente é advérbio e invariável.
Ela mesma me avisou.
Vocês próprios me trouxeram a notícia.
Nós não estivemos sós.
Só eles não concordaram.
OBS.: A expressão a sós é invariável. Exemplo:
Gostaria de ficar a sós por uns momentos.
9) Anexo, incluso, junto, bastante e nenhum, concordam, normalmente, com os
substantivos a que se referem.
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Segue anexa a cópia do contrato.
Vão inclusos os requerimentos.
Seguem juntas as notas.
Bastantes pessoas ignoram esse plural.
Homens nenhuns, nenhumas causas.
OBSERVAÇÕES:
a) Alerta e menos são sempre invariáveis.
Estamos alerta.
Há situações menos complicadas.
Há menos pessoas no local.
b) Em anexo é sempre invariável.
Seguem, em anexo, as fotografias.
10) Meio - meia, como adjetivo concordam em gênero e número com o substantivo
que modificam, mas com advérbio “meio” permanece invariável.
OBS.: como adjetivo, modifica o substantivo;
como advérbio, modifica o adjetivo, o verbo e o próprio
advérbio.
Já é meio-dia e meia (hora). (substantivo)
Comprei dois meios litros de leite. (substantivo)
Quero meio quilo de café. (substantivo)
Ele sentia-se meio cansada. (adjetivo)
Elas pareciam meio tontas. (adjetivo)
Minha mãe está meio exausta. (adjetivo)
Estão nesse caso palavras como: pouco, muito, bastante, barato, caro, meio, longe,
etc.
11) Dado e visto e qualquer outro particípio, concordam com o substantivo a que se
referem.
Dados os conhecimentos (substantivo masculino)
Dadas as condições (substantivo feminino)
Vistas as dificuldades (substantivo feminino)
12) As expressões “um e outro” e “nem um nem outro” são seguidas de um
substantivo SINGULAR.
... mas aprovei um e outro ato.
... mas uma e outra coisa duraram.
PORÉM:
Quando “um e outro” for seguido de adjetivo, o substantivo fica no singular e o
adjetivo vai para o plural.
Uma e outra parede sujas.
Um e outro lado escuros.
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13) A palavra possível em “o mais ... possível, o pior possível, o melhor possível”,
mantém-se invariável.
Praias o mais tentadoras possível.
14) A palavra obrigado concorda com o nome a que se refere.
Muito obrigado (masculino singular)
Muito obrigada (feminino singular)
Eles disseram muito obrigados (masculino plural)
15) Verbo ser mais adjetivo
Nos predicados nominais em que ocorre o verbo ser mais um adjetivo, formando
expressões do tipo é bom, é claro, é evidente, etc., há duas construções:
- se o sujeito não vem precedido de nenhum modificador, tanto o verbo quanto o
adjetivo ficam invariáveis.
Cerveja é bom.
É proibido entrada.
- se o sujeito vem precedido de modificador, tanto o verbo quanto o predicativo
concordam regularmente.
A cerveja é boa.
É proibida a entrada.
16) Concordância do Adjetivo (Predicativo)
a) Predicativo do Sujeito: concorda com o sujeito em número e gênero:
As crianças estavam tristonhas.
b) Predicativo do objeto:
- Se o objeto direto for simples o adjetivo predicativo concorda em gênero e
número com o objeto.
Trouxeram-na desmaiada.
- Se o objeto direto for composto o adjetivo predicativo deverá flexionar-se no
plural e no gênero dos objetos.
A justiça declarou criminosas a atriz e suas amigas.
17) Substantivos ligados por “ou”: o adjetivo concorda com o mais próximo ou,
então, vai para o plural.
uma flor ou um fruto saboroso OU saborosos.
18) Dois ou mais ordinais determinando o substantivo: este ficará no singular ou no
plural.
a primeira e segunda ferida (OU feridas) do coração.
CONCORDÂNCIA VERBAL
O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa com as seguintes regras:
1ª SUJEITO COMPOSTO ANTEPOSTO AO
VERBO:
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Esse fica no plural.
O pai, a mãe e o filho estão ausentes.
2ª SUJEITO COMPOSTO POSPOSTO AO VERBO;
Esse pode concordar com o núcleo mais próximo ou com todos os núcleos indo
para o plural.
Está ausente o pai, a mãe e o filho.
Estão ausentes o pai a mãe e o filho.
3ª SUJEITO COMPOSTO POR PRONOMES PESSOAIS
DIFERENTES:
O verbo vai para o plural concordando com a pessoa que possui prioridade
gramatical (ou seja, 1ª pessoa prevalece sobre 2ª e 3ª; 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª).
Eu, tu, ele e ela somos bons amigos. (eu - nós)
Tu, ele e ela sois bons amigos. (tu - vós)
Ela e tu ireis embora (tu - vós)
4ª SUJEITO COMPOSTO:
Tendo seus núcleos ligados por não só ... mas também, tanto ... quanto, não só
... como, o verbo concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
Não só a moça, mas também o príncipe estariam pobres.
OBS.: Caso se trate de uma simples comparação, o verbo fica no singular.
Este aumento de salário, assim como o anterior, não compensou.
5ª SUJEITO LIGADO POR “COM”:
O verbo irá para o plural se indicar cooperação na ação, visto que a preposição
forma verdadeiro sujeito composto, equivalendo a “E”; se a preposição “COM”
exprimir circunstância de companhia, o verbo fica no singular.
Napoleão com seus soldados invadiram a Europa.
Egas Monis, com a mulher e os filhos, apresentou-se ao rei da Espanha.
6ª SUJEITO LIGADO POR “OU”:
Levar-se-á em conta para o verbo ficar:
a) no singular
- exclusão: Pedro ou Paulo será eleito.
- sinonímia: A glotologia ou a lingüística é uma ciência que se ocupa da
linguagem humana.
b) no plural
- inclusão: O calor ou o frio excessivo prejudicam certas plantas. (ou = e)
- antonímia: O choro ou o riso constituíam o viver daquela gente.
- retificação: O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio.
PORÉM:
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Na antecipação do verbo, dá-se concordância com o mais próximo.
Nenhum vestígio de sua presença deixou o autor ou autores do crime.
7ª SUJEITOS REPRESENTADOS POR “UM E OUTRO”:
O verbo pode ficar no singular ou no plural.
Um e outro testemunho o condenavam (ou condenava).
8ª SUJEITOS REPRESENTADOS POR “UM, OU OUTRO”:
O verbo fica no singular.
Uma ou outra pode alugar a casa.
9ª SUJEITO REPRESENTADO POR “NEM UM, NEM OUTRO”:
Exige o verbo no singular.
Afirma-se que nem um, nem outro falou a verdade.
10ª SUJEITO REPRESENTADO POR EXPRESSÃO
COMO A MAIORIA DE (a maior parte, parte de) + UM NOME NO
PLURAL:
O verbo irá para o singular ou plural.
A maior parte dos doidos ali metidos estão (ou está) em seu perfeito juízo.
11ª SUJEITO REPRESENTADO POR UM COLETIVO:
O verbo fica no singular, embora em escritores clássicos se encontrem exemplos
de concordância não com o coletivo, mas com a idéia de plural que ele encerra (silepse).
Mas nem sempre o povo acerta.
12ª SUJEITO REPRESENTADO PELA PALAVRA “QUE”
PRONOME RELATIVO:
O verbo concorda em número e pessoa com o antecedente da palavra que.
Fui eu que te vesti do meu sudário.
Não és tu que me dás felicidade.
13ª SUJEITO REPRESENTADO PELO PRONOME
“QUEM”':
O verbo vai para a 3ª pessoa, segundo a NGB.
Mas não sou eu quem está em jogo. (ou “estou”)
14ª SUJEITO COMPOSTO SEGUIDO DE UM APOSTO
RESUMIDOR:
O verbo concorda com a palavra resumidora e não com o sujeito composto.
Jogos, convenções, espetáculos, nada o distraía.
Desvios, fraudes, roubos, tudo era permitido.
15ª VERBO + PRONOME APASSIVADOR “SE”:
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Concorda com o sujeito paciente em número e pessoa.
Ouviam-se aplausos no salão.
Compram-se livros usados.
Vendem-se apartamentos.
16ª VERBO + ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO “SE”:
Fica o verbo na 3ª pessoa do singular.
Precisa-se de carpinteiros.
Gosta-se de praias naquela região.
Necessita-se de outras explicações.
17ª VERBOS IMPESSOAIS:
Ficam, normalmente, na 3ª pessoa do singular:
a) O verbo haver no sentido de existir, acontecer.
Havia dois alunos no corredor.
Houve fatos estranhos naquela cidadezinha.
b) Os que indicam fenômenos da natureza: chover, ventar, nevar, gear, etc.
c) Os verbos haver, fazer, estar, ir, ser (com referência a tempo).
Há três dias que não o vejo.
Faz quatro meses que não nado.
Vai em dois anos ou pouco mais que ...
É cedo.
Está frio.
ENTRETANTO:
- O verbo ser concorda com o predicativo.
São dez horas.
É uma hora.
- Os verbos existir, acontecer, são pessoais, ou seja, admitem sujeito e concordam
com ele.
Existem duas manchas na parede. (sujeito = duas manchas)
Aconteceram fatos estranhos. (sujeito = fatos)
Nas locuções verbais, o verbo impessoal transmite a sua impessoalidade para o
verbo auxiliar.
Vai haver no sujeito)
Está fazendo dez anos que...
PORÉM:
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Vão existir novas oportunidades. (existir = verbo pessoal)
Estavam acontecendo coisas estranhas. (estar = verbo pessoal)
18ª O VERBO “DAR”, “BATER” + HORA (S):
Esses verbos concordam com o sujeito expresso hora (s).
Deram há pouco nove horas!
Bateram devagar dez horas!
PORÉM:
Se, na oração, vem a palavra relógio, funcionando como sujeito, o verbo
concordará com ela em número e pessoa.
Que horas deu o relógio?
Vai dar dez horas o relógio da Sé.
19ª O VERBO “SER”
a) Com as palavras tudo, isto, isso, aquilo, o (que) e o predicativo no plural, o
verbo ser também pode ir para o plural ou ficar no singular.
Tudo eram memórias na infância.
Isto não são coisas que você possa dizer.
Tudo são flores.
b) O sujeito que dá nome a pessoa concorda com o verbo ser.
O filho é as alegrias do pai.
c) O sujeito que dá nome a algo pede o verbo concordando com o predicativo no
plural.
O problema são as suas dívidas
d) O pronome pessoal sujeito ou predicativo pede a concordância do verbo com
ele.
Ele era todo ouvidos e angústia.
O trouxa neste caso foi eu.
e) As expressões é muito, é pouco, é mais de, é menos de, é tanto, quando
indicam preço, quantidade, peso ficam com o verbo no singular.
Duas horas não é tanto assim.
Oitocentos gramas é muito.
f) Em horas, datas e distâncias, o verbo ser é impessoal e concorda com o
predicativo.
Hoje são quatorze de outubro.
(predicativo)
Hoje é dia quatorze de outubro.
(predicativo)
É zero hora em São Paulo.
São dez horas da manhã.
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São cem quilômetros daqui até lá.
Obs.: Em datas, o verbo ser pode concordar com a idéia da palavra dia, mesmo
que ela não apareça.
Ex.: Hoje é 2 de outubro.
TERMOS ASSOCIADOS AO NOME E AO VERBO
Chamam-se termos integrantes da oração os que completam a significação
transitiva dos verbos e nomes. Integram (completam) o sentido da oração, sendo, por
isso, indispensáveis à compreensão do enunciado.
São os seguintes:
1) Complemento verbal
2) Complemento nominal
3) Agente da Passiva
OBJETO DIRETO
Objeto direto é o que completa os verbos de predicação incompleta, não regido,
normalmente, de preposição.
Ex.: Mamãe comprou peixe.
Encontrei uma moeda.
OBJETO INDIRETO
Objeto indireto é o complemento verbal regido de preposição. Representa,
ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere a ação verbal.
Ex.: As crianças precisam de carinho.
Não gosto de perfumes.
COMPLEMENTO NOMINAL
Complemento nominal completa um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio),
nem sempre com preposição, ligado a palavras que não têm sentido completo.
Ex.: Ele é útil. - a palavra útil, não diz tudo, porque não explica a quem ele é útil;
precisa, então, de um complemento (que é o complemento nominal).
Ex.: Ele é útil ao patrão.
Ele é útil à sociedade.
Outro exemplo: Se dissermos "Ficou satisfeito" não sabemos o que o deixou
satisfeito. Para completar o sentido da frase é preciso acrescentar uma outra palavra:
Ex.: Ficou satisfeito com as notas.
com o aumento.
As palavras que completam o sentido de "satisfeito" são o complemento nominal
(completam o nome "satisfeito").
Ex.: Mostra respeito às leis.
Tem amor pelas crianças.
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Presta obediência aos superiores.
AGENTE DA PASSIVA
Agente da passiva indica o ser que pratica a ação quando o verbo está na voz
passiva.
Ex.: Os mapas foram elaborados pelo guia (a ação de elaborar os mapas foi
praticada pelo guia).
A refeição é preparada pela nutricionista (a ação de preparar a refeição é
praticada pela nutricionista).
TERMOS ACESSÓRIOS
Termos acessórios são os que desempenham na oração uma função secundária,
qual seja a de limitar o sentido dos substantivos ou exprimir alguma circunstância.
São três os termos acessórios da oração:
1) adjunto adnominal
2) adjunto adverbial
3) aposto.
ADJUNTO ADNOMINAL
Adjunto adnominal é o termo que vem junto (adjunto) do nome (adnominal). Para
achar o adjunto adnominal determina-se primeiramente o núcleo (a palavra principal) de
um conjunto de palavras. A palavra ou palavras que acompanharem o núcleo serão o
adjunto ou adjuntos adnominais.
Ex.: O meu amigo mandou-me um cartão interessante.
O meu amigo - palavra principal ou núcleo = amigo;
- palavras que acompanham o núcleo = o, meu (adjuntos adnominais).
Um cartão interessante - palavra principal ou núcleo = cartão;
- palavras que acompanham o núcleo = um, interessante (adjuntos adnominais).
Os adjuntos adnominais podem ser expressos:
1) pelos adjetivos: água fresca; terra fértil.
2) pelos artigos: o mundo, as ruas.
3) pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, muitas coisas.
4) pelos numerais: dois homens, quinto ano.
5) pelas locuções ou expressões adjetivas introduzidas pela preposição "de", e que
exprimem qualidade, posse, origem, fim ou outra especificação: presente de rei
(régio); qualidade: livro do mestre (indica a posse do livro).
ADJUNTO ADVERBIAL
Adjunto adverbial é o advérbio ou expressão que funciona como um advérbio,
atribuindo-lhe uma circunstância.
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- de afirmação: Realmente, está frio.
- de negação: Não sairei.
- de dúvida: Talvez viaje à noite.
- de tempo: Saiu cedo. Saiu às 3 horas.
- de lugar: Mora longe. Fique aqui.
- de modo: Escreve devagar. Lê bem.
- de intensidade: Corre bastante. Estuda muito.
- de companhia: Passeia com os pais. Trabalha com o amigo.
APOSTO
Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou
resume outro termo da oração. Exemplos:
O Amazonas, rio caudaloso, atravessa grande região.
(explica o que é o Amazonas)
Conquistaram a lua, satélite da terra.
(explica o que é a lua)
O autor do romance, Machado de Assis, ficou famoso.
(explica quem foi o autor do romance)
VOCATIVO
Vocativo é um chamamento; pode referir-se a pessoas, animais, entidades
sobrenaturais.
Vocativo é um termo à parte. Não pertence à estrutura da oração, por isso, não se
anexa nem ao sujeito nem ao predicado. Exemplos:
Não faça isso, menina.
João, dê-me seu livro.
Saia daí, Lulu.
Deus, vinde em meu auxílio.
ORDEM DAS PALAVRAS NA FRASE
Há em português uma ordem normal de colocação dos termos, chamada ORDEM
DIRETA, que obedece aos seguintes princípios gerais:
1) sujeito antes do predicado.
2) predicado imediatamente após o sujeito.
3) os complementos após as palavras a que se referem.
4) os adjetivos depois dos substantivos.
5) a preposição entre as palavras ligadas.
Havendo deslocação dessa ordem, teremos a ORDEM INVERSA.
Ex.: O compadre expôs o objeto de sua visita. (ordem direta)
Expôs o compadre de sua visita o objeto. (ordem inversa)
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Colocação dos pronomes oblíquos átonos
Pronomes pessoais
RETOS
Singular
1a. pess. EU
2a. pess. TU
3a. pess. ELE, ELA
Plural
1a. pess. NÓS
2a. pess. VÓS
3a. pess. ELES, ELAS
OBLÍQUOS ÁTONOS
Singular
1a. pess. ME
2a. pess. TE
3a. pess. SE, LHE, O, A
Plural
1a. pess. NOS
2a. pess. VOS
3a. pess. SE, LHES, OS, AS
OBLÍQUOS TÔNICOS
Singular
1a. pess. MIM, COMIGO
2a. pess. TI, CONTIGO
3a. pess. SI, CONSIGO
Plural
1a. pess. CONOSCO
2a. pess. CONVOSCO
3a. pess. SI, CONSIGO
Regência verbal e nominal.
Verbal
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma
preposição ou não. Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade verbal.
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A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode
ser empregada antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem dos elementos da
frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela deve ser
empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelos pronomes
relativos (O ideal a que aspira é nobre).
Alguns verbos e seu comportamento:
o ACONSELHAR (TD e I)
Ex.: Aconselho-o a tomar o ônibus cedo / Aconselho-lhe tomar o ônibus
cedo
o AGRADAR
No sentido de acariciar ou contentar (pede objeto direto - não tem
preposição).
Ex.: Agrado minhas filhas o dia inteiro / Para agradar o pai, ficou em
casa naquele dia.
No sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem
preposição "a").
Ex.: As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo.
o AGRADECER
TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto
indireto, a pessoa.
Ex.: Agradecer-lhe-ei os presentes / Agradeceu o presente ao seu
namorado
o AGUARDAR (TD ou TI)
Ex.: Eles aguardavam o espetáculo / Eles aguardavam pelo espetáculo.
o ASPIRAR
No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição)
Ex.: Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.
No sentido de almeja, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição
"a")
Ex.: Ele aspira à carreira de jogador de futebol
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Observação
não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a
ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade do
uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (que
exija o artigo)
o ASSISTIR
No sentido de ver ou ter direito (TI - prep. A).
Ex.: Assistimos a um bom filme / Assiste ao trabalhador o descanso
semanal remunerado.
No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - com a prep. A)
Ex.: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. / Minha família
sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.
No sentido de morar é intransitivo, mas exige preposição EM.
Ex.: Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasília..
Observação
não admite a utilização do complemento lhe, quando significa ver.
No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a
obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de
substantivo feminino (que exija o artigo)
o ATENDER
Atender pode ser TD ou TI, com a prep. a.
Ex.: Atenderam o meu pedido prontamente. / Atenderam ao meu pedido
prontamente.
No sentido de deferir ou receber (em algum lugar) pede objeto direto
No sentido de tomar em consideração, prestar atenção pede objeto
indireto com a preposição a
Observação
se o complemento for um pronomes pessoal referente a pessoa, só se
emprega a forma objetiva direta (O diretor atendeu os interessados
ou aos interessados / O diretor atendeu-os)
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o CERTIFICAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou
Quem certifica, certifica alguém de algo.
Observação
observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando o OI for um
substantivo feminino (que exija o artigo)
Certifico-o de sua posse / Certifico-lhe que seria empossado /
Certificamo-nos de seu êxito no concurso / Certificou o escrivão do
desaparecimento dos autos
o CHAMAR
TD, quando significar convocar.
Ex.: Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.
TI, com a prep. POR, quando significar invocar.
Ex.: Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.
TD e I, com a prep. A, quando significar repreender.
Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula
/ Chamei-o à atenção.
Observação
A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender,
e sim fazer se notado (O cartaz chamava a atenção de todos que por
ali passavam)
Pode ser TD ou TI, com a prep. A, quando significar dar qualidade. A
qualidade (predicativo do objeto) pode vir precedida da prep. DE, ou
não.
Ex.: Chamaram-no irresponsável / Chamaram-no de irresponsável /
Chamaram-lhe irresponsável / Chamaram-lhe de irresponsável.
o CHEGAR, IR (Intrans.)
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar
e quem chega, chega de. Porém a indicação de lugar é circunstância
(adjunto adverbial de lugar), e não complementação.
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Esses verbos exigem a prep. A, na indicação de destino, e DE, na
indicação de procedência.
Observação
quando houver a necessidade da prep. A, seguida de um substantivo
feminino (que exija o artigo a), ocorrerá crase (Vou à Bahia)
no emprego mais freqüente, usam a preposição A e não EM
Ex.: Cheguei tarde à escola. / Foi ao escritório de mau humor.
se houver idéia de permanência, o verbo ir segue-se da preposição
PARA.
Ex.: Se for eleito, ele irá para Brasília.
quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então
exigem EM.
Ex.: Cheguei no ônibus da empresa. / A delegação irá no vôo 300.
o COGITAR
Pode ser TD ou TI, com a prep. EM, ou com a prep. DE.
Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral / Hei de cogitar no caso
/ O diretor cogitou de demitir-se.
o COMPARECER (Intrans.)
Ex.: Compareceram na sessão de cinema. / Compareceram à sessão de
cinema.
o COMUNICAR (TD e I)
Admite duas construções alternando algo e alguém entre OD e OI.
Ex.: Comunico-lhe meu sucesso / Comunico meu sucesso a todos.
o CUSTAR
No sentido de ser difícil será TI, com a prep. A. Nesse caso, terá como
sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.
Ex.: Custou-me acreditar em Hipocárpio. / Custa a algumas pessoas
permanecer em silêncio.
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No sentido de causar transtorno, dar trabalho será TD e I, com a prep. A.
Ex.: Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família
No sentido de ter preço será intransitivo
Ex.: Estes sapatos custaram R$50,00.
o DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)
Ex.: Desfrutei os bens de meu pai / Pagam o preço do progresso aqueles
que menos o desfrutam
o ENSINAR - TD e I
Ex.: Ensinei-o a falar português / Ensinei-lhe o idioma inglês
o ESQUECER, LEMBRAR
quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com DE.
Ex.: Ela se lembrou do namorado distante. Você se esqueceu da caneta
no bolso do paletó
constroem-se sem preposição (TD), se desacompanhados de pronome
Ex.: Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela lembrou o
namorado distante
o FALTAR, RESTAR E BASTAR
Podem ser intransitivos ou TI, com a prep. A.
Ex.: Muitos alunos faltaram hoje / Três homens faltaram ao trabalho hoje
/ Resta aos vestibulandos estudar bastante.
o IMPLICAR
TD e I com a prep. EM, quando significar envolver alguém.
Ex.: Implicaram o advogado em negócios ilícitos.
TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como
conseqüência, acarretar.
Ex.: Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade / Suas
palavras implicam denúncia contra o deputado.
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TI com a prep. COM, quando significar antipatizar.
Ex.: Não sei por que o professor implica comigo.
Observação
Emprega-se preferentemente sem a preposição EM (Magistério
implica sacrifícios)
o INFORMAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou
Quem informa, informa alguém de algo.
Ex.: Informei-o de que suas férias terminou / Informei-lhe que suas férias
terminou
o MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE (Intrans.)
Seguidos da preposição EM e não com a preposição A, como muitas
vezes acontece.
Ex.: Moro em Londrina / Resido no Jardim Petrópolis / Minha casa situa-
se na rua Cassiano.
o NAMORAR (TD)
Ex.: Ela namorava o filho do delegado / O mendigo namorava a torta que
estava sobre a mesa.
o OBEDECER, DESOBEDECER (TI)
Ex.: Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teus pais?
Observação
verbos TI que admitem formação de voz passiva
o PAGAR, PERDOAR
São TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o
objeto indireto, a pessoa.
Ex.: Paguei a conta ao Banco / Perdôo os erros ao amigo
Observação
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as construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala,
mas agramaticais
o PEDIR (TD e I)
Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que
alguém faça algo.
Ex.: Pediram-lhe perdão / Pediu perdão a Deus.
o PRECISAR
No sentido de tornar preciso (pede objeto direto).
Ex.: O mecânico precisou o motor do carro.
No sentido de ter necessidade (pede a preposição de).
Ex.: Preciso de bom digitador.
o PREFERIR (TD e I)
Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
Ex.: Preferia um bom vinho a uma cerveja.
o PROCEDER
TI, com a prep. A, quando significar dar início ou realizar.
Ex.: Os fiscais procederam à prova com atraso. / Procedemos à feitura
das provas.
TI, com a prep. DE, quando significar derivar-se, originar-se ou provir.
Ex.: O mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu. / Esta
madeira procede do Paraná.
Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter fundamento.
Ex.: Suas palavras não procedem! / Aquele funcionário procedeu
honestamente.
o QUERER
No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar (TD)
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Ex.: Quero meu livro de volta / Sempre quis seu bem
No sentido de querer bem, estimar (TI - prep. A).
Ex.: Maria quer demais a seu namorado. / Queria-lhe mais do que à
própria vida.
o RENUNCIAR
Pode ser TD ou TI, com a prep. A.
Ex.: Ele renunciou o encargo / Ele renunciou ao encargo
o RESPONDER
TI, com a prep. A, quando possuir apenas um complemento.
Ex.: Respondi ao bilhete imediatamente / Respondeu ao professor com
desdém.
Observação
nesse caso, não aceita construção de voz passiva.
TD com OD para expressar a resposta (respondeu o quê?)
Ex.: Ele apenas respondeu isso e saiu.
o REVIDAR (TI)
Ex.: Ele revidou ao ataque instintivamente.
o SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI)
Com a prep. COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-
se, nem antipatizar-se.
Ex.: Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com o irmão dela.
o SOBRESSAIR (TI)
Com a prep. EM. Não é pronominal, portanto não existe sobressair-se.
Ex.: Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias.
o VISAR
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No sentido de ter em vista, objetivar (TI - prep. A)
Ex.: Não visamos a qualquer lucro. / A educação visa ao progresso do
povo.
No sentido de apontar arma ou dar visto (TD)
Ex.: Ele visava a cabeça da cobra com cuidado / Ele visava os contratos
um a um.
Observação
se TI não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-
se a ele (a/s)
Sinopse:
o São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES
como complemento, estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar,
assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.
o Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar,
noticiar, notificar, prevenir são TD e I, admitindo duas construções:
Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa
alguém de algo.
o Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhados
do pronome se, não admitem plural. É que, neste caso, o se indica sujeito
indeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular.
(Precisa-se de novas esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)
o Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido:
abdicar (de), acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a),
atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar
(com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar
(de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre) - lista de
Pasquale e Ulisses.
Nominal
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir
complementação para seu sentido precedida de preposição.
Segue uma lista de palavras e as preposições exigidas. Merecem atenção especial as
palavras que exigirem preposição A, por serem passíveis de emprego de crase.
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acostumado a, com
afável com, para
afeiçoado a, por
aflito com, por
alheio a, de
ambicioso de
amizade a, por, com
amor a, por
ansioso de, para, por
apaixonado de, por
apto a, para
atencioso com, para
aversão a, por
ávido de, por
conforme a
constante de, em
constituído com, de, por
contemporâneo a, de
contente com, de, em, por
cruel com, para
curioso de
desgostoso com, de
desprezo a, de, por
devoção a, por, para, com
devoto a, de
dúvida em, sobre, acerca de
empenho de, em, por
falta a, com, para
imbuído de, em
imune a, de
inclinação a, para, por
incompatível com
junto a, de
preferível a
propenso a, para
próximo a, de
respeito a, com, de, por, para
situado a, em, entre
último a, de, em
Conheça a crase
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A crase surge quando uma preposição "a" se une a um artigo definido feminino "a".
Por exemplo: o verbo "ir" exige a preposição a (quem vai vai sempre a algum lugar).
Se, logo a seguir, vier um substantivo precedido de um adjetivo masculino, como "o
banco", temos: "Eu vou a + o banco", ou "Eu vou ao banco".
Porém, se o substantivo for feminino, como "a praça", temos: "Eu vou a + a praça", ou
"Eu vou aa praça". Sempre que ocorre "aa", transformamos essa partícula em "à".
Na grande maioria dos casos, quem está escrevendo pode tirar a dúvida sobre o uso da
crase substituindo a palavra após o "a" em questão por uma palavra masculina.
Assim, se eu não sei se "Esse objeto pertence a(à) loja" leva crase, devo apenas
substituir "loja" por uma palavra masculina, como: "Esse objeto pertence ao museu". Se
temos "ao", isso significa que há uma preposição "a" mais um artigo masculino "o".
Logo, no feminino, temos a mesma preposição "a" com um artigo "a". Portanto, essa
frase leva crase.
Daí podemos concluir algumas regras básicas:
quase nunca há crase antes de uma palavra que não seja um substantivo (exceto
quando especificado nos casos especiais, abaixo)
nunca há crase antes de uma palavra masculina
Existem ainda alguns casos especiais.
Os pronomes demonstrativos "aquele(s)", "aquela(s)" e "aquilo" podem
levar crase se são precedidos de preposição. Assim, tanto "Vou devolver o
objeto àquela loja" quanto "Vou devolver o objeto àquele museu" levam crase,
já que a preposição exigida por "devolver" (quem devolve devolve alguma coisa
a alguém) se une à letra a inicial de "aquele(s)", "aquela(s)" ou "aquilo".
Se, em vez de um artigo definido "a" forem utilizados artigos indefinidos
("um", "uma", "uns", "umas") ou pronomes ("esse", "essa", "este",
"esta" e seus plurais), não acontece a junção das partículas que formam a
crase, já que os artigos indefinidos ou pronomes substituem o artigo definido,
logo não há crase. É o caso de "Ele foi a essa loja", "Os objetos pertencem a
uma moradora", etc.
Da mesma forma, se a preposição empregada não for "a", também não existirá
crase. Por exemplo: "Ela foi para a loja".
Com relação a nomes próprios, faça a sua própria escolha quanto a utilizar ou
não o artigo definido antes deles. No caso de pessoas, o uso do artigo representa
um registro mais coloquial, enquanto a omissão do artigo dá um tom mais
formal. Por exemplo: "Fomos à casa da Cláudia / do Pedro", "Devolvi a bolsa à
Fernanda / ao Felipe" (menos coloquial) ou "Voltamos da casa de João / de
Lucia", "Devolvi o casaco a Ana / a Gustavo" (mais formal). Com respeito a
instituições, o uso mais tradicional é utilizar o artigo definido.
Pode ocorrer o uso da crase antes de adjetivos que antecedem ao substantivo.
No entanto, o artigo continua se referindo ao substantivo (nesses casos, o
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adjetivo poderia inclusive ser retirado sem que o sentido da frase seja alterado).
Por exemplo: "Fiz uma visita à enorme biblioteca". "Enorme" não é um
substantivo, mas o artigo está diretamente relacionado com o substantivo, e não
com o artigo. A prova disto é que o "truque" de trocar o substantivo por uma
palavra masculina continua valendo: "Fiz uma visita ao novo hospital".
Horas levam sempre crase (às 10 horas).
Medidas de distância não levam crase (daqui a 100 metros).
Fazer algo à Fulano (por exemplo, uma receita culinária) leva crase. Na
verdade, essa expressão corresponde a "à moda de Fulano".
IMPORTANTE: Atenção ao fazer o "truque" de mudar a palavra após a crase para o
masculino. Mantenha sempre em mente, bem identificados, as preposições, os artigos e
os pronomes, pois nem sempre o problema será resolvido apenas com a mudança de
gênero. Por exemplo:
Pode ocorrer de o "a" em questão continuar sendo "a", não mudar nem para "ao"
nem para "o". Isso significa que o "a" é preposição, mas não há artigo. Por
exemplo: "Ele se dedica a atividades comerciais". Se trocarmos "atividades" por
uma palavra masculina - "Ele se dedica a produtos comerciais" -, vemos que
esse "a" é o pronome exigido pelo verbo "dedicar(-se)", mas que não há
qualquer artigo antes de "atividades" ou "produtos". Nesse caso, obviamente,
não há crase.
De forma semelhante, pode ocorrer de o "a" mudar para "o". Isso significa que
há apenas um artigo antes da palavra em questão, mas não uma preposição após
o verbo. Por exemplo: "Ele devolveu a mercadoria que encontrou". Trocando
"mercadoria" por uma palavra masculina, teríamos "Ele devolveu o objeto que
encontrou".
Finalmente, atenção! Não confunda o a, com ou sem crase, com há, do verbo haver,
como em "Ele se mudou há dez anos".
4. Semântica.
É o estudo do sentido das palavras de uma língua.
A Semântica estuda basicamente os seguintes aspectos:
Família de idéias Homonímia
Sinonímia Paronímia
Antonímia Polissemia
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Família de idéias
São palavras que mantêm relações de sinonímia e que representam
basicamente uma mesma idéia.
Veja a relação a seguir:
casa, moradia, lar, abrigo
residência, sobrado, apartamento, cabana
Todas essas palavras representam a mesma idéia: lugar onde se mora. Logo,
trata-se de uma família de idéias.
Observe outros exemplos:
revista, jornal, biblioteca, livro
casaco, paletó, roupa, blusa, camisa, jaqueta
serra, rio, montanha, lago, ilha, riacho, planalto
telefonista, motorista, costureira, escriturário, professor
Sinonímia
É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam
significados iguais ou semelhantes - SINÔNIMOS.
Ex.: Cômico - engraçado
Débil - fraco, frágil
Distante - afastado, remoto
Antonímia
É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
diferentes, contrários - ANTÔNIMOS.
Ex.: Economizar - gastar
Bem - mal
Bom - ruim
Homonímia
É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados
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diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS.
As homônimas podem ser:
Homógrafas heterofônicas ( ou homógrafas) - são as palavras iguais na escrita
e diferentes na pronúncia.
Ex.: gosto ( substantivo) - gosto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo gostar)
Conserto ( substantivo) - conserto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo consertar)
Homófonas heterográficas ( ou homófonas) - são as palavras iguais na
pronúncia e diferentes na escrita.
Ex.: cela (substantivo) - sela ( verbo)
Cessão (substantivo) - sessão (substantivo)
Cerrar (verbo) - serrar ( verbo)
Homófonas homográficas ( ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais
na pronúncia e na escrita.
Ex.: cura (verbo) - cura ( substantivo)
Verão ( verbo) - verão ( substantivo)
Cedo ( verbo ) - cedo (advérbio)
Curiosidades
Cesta = utensílio de vime, etc.
Sexta = ordinal referente a seis.
Cheque = papel com ordem de pagamento
Xeque = lance no jogo de xadrez, ex-soberano da ex-Pérsia (atual Irã), perigo
Cocho = vasilha, recipiente onde secolocam alimentos ou água, para animais
Coxo = que manca de uma perna
Concerto = harmonia, acordo, espetáculo
Conserto = ato de consertar, remendar
Coser = costurar
Cozer = cozinhar
Empoçar = formar poça
Empossar = dar posse a
Intercessão = ato de interceder
Interseção = ponto onde duas linhas se cruzam
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Ruço = pardacento, cimento; alourado
Russo = relativo a Rússia
Tacha = pequeno prego, tacho grande
Taxa = imposto, juros.
Tachar = censurar
Taxar = regular, determinar a taxa
Paronímia
É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem
significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita -
PARÔNIMOS.
Ex.: cavaleiro - cavalheiro
Absolver - absorver
Comprimento - cumprimento
Polissemia
É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.
Ex.: Ele ocupa um alto posto na empresa.
Abasteci meu carro no posto da esquina.
Os convites eram de graça.
Os fiéis agradecem a graça recebida.
5. Estilística.
Denotação - uso geral, comum, literal, finalidade prática, utilitária, objetiva, usual.
Ex.: A corrente estava pendurada na porta.
corrente- cadeira de metal, grilhão (dicionário /Aurélio)
Conotação - uso expressivo, figurado, diferente daquele empregado no dia-a-dia,
depende do contexto.
Ex.:" A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir." ( Chico Buarque)
corrente- opinião da maioria
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Figuras de estilo ou linguagem Formas de utilizar as palavras no sentido conotativo, figurado, com o objetivo de ser
mais expressivo.
A seguir, as principais figuras de estilo em ordem alfabética:
1- Anacoluto- interrupção na seqüência lógica da oração deixando um termo solto,
sem função sintática. Ex.: Mulheres, como viver sem elas?
2- Anáfora- repetição de palavras. Ex.: Ela trabalha, ela estuda, ela é mãe, ela é pai,
ela é tudo!
3- Antonomásia - substituição do nome próprio por qualidade, ou característica que o
distinga. é o mesmo que apelidado, alcunha ou cognome. Ex.: Xuxa ( Maria das
Graças); O Gordo (Jô Soares)
4- Antítese - aproximação de idéias, palavras ou expressões de sentidos opostos. Ex.:
Os bobos e os espertos convivem no mesmo espaço.
5- Apóstrofo ou invocação - invocação ou interpelação de ouvinte ou leitor, seres
reais ou imaginários, presentes ou ausentes. Ex.: Mulher, venha aqui! / Ó meu Deus!
Mereço tanto sofrimento?
6- Assíndeto - ausência da conjunção aditiva entre palavras da frase ou orações de um
período. Essas aparecem justapostas ou separadas por vírgulas. Ex.: Nasci, cresci,
morri. ( ou invés de: Nasci, cresci e morri.)
7- Catacrese - metáfora tão usada que perdeu seu valor de figura e tornou-se cotidiana
não representando mais um desvio. Isso ocorre pela inexistência da palavras mais
apropriadas. Surge da semelhança da forma ou da função de seres, fatos ou coisas.
Ex.: céu da boca; cabeça de prego; asa da xícara; dente de alho.
8- Comparação ou símile - aproximação de dois elementos realçando pela sua
semelhança. Conectivos comparativos são usados: como, feito, tal qual, que nem...
Ex.: Aquela criança era delicado como uma flor.
9- Elipse - omissão de palavras ou orações que ficam subentendidas. Ex.: Marta
trabalhou durante vários dias e ele, (trabalhou) durante horas.
10- Eufemismo – atenuação de algum fato ou expressão com objetivo de amenizar
alguma verdade triste, chocante ou desagradável. Ex.: Ele foi desta para melhor.
(evitando dizer: Ele morreu.)
11- Hipérbole - exagero proposital com objetivo expressivo. Ex.: Estou morrendo de
cansada.
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12- Ironia - forma intencional de dizer o contrário da idéia que se pretendia exprimir. O
irônico é sarcástico ou depreciativo. Ex.: Que belo presente de aniversário! Minha
casa foi assaltada.
13- Metáfora - é um tipo de comparação em que o conectivo está subentendido. O
segundo termo é usado com o valor do primeiro. Ex.: Aquela criança é (como) uma
flor.
14- Metonímia - uso de uma palavra no lugar de outra que tem com ela alguma
proximidade de sentido.
A metonímia pode ocorrer quando usamos:
a- o autor pela obra
Ex.: Nas horas vagas, lê Machado. (a obra de Machado)
b- o continente pelo conteúdo
Ex.: Conseguiria comer toda a marmita.
Comeria a comida (conteúdo) e não a marmita (continente)
c- a causa pelo efeito e vice-versa
Ex.: A falta de trabalho é a causa da desnutrição naquela comunidade.
A fome gerada pela falta de trabalho que causa a desnutrição.
d- o lugar pelo produto feito no lugar
Ex.: O Porto é o mais vendido naquela loja.
O nome da região onde o vinho é fabricado
e- a parte pelo todo
Ex.: Deparei-me com dois lindos pezinhos chegando.
Não eram apenas os pés, mas a pessoa como um todo.
f- a matéria pelo objeto
Ex.: A porcelana chinesa é belíssima.
Porcelana é a matéria dos objetos
g- a marca pelo produto
Ex.: - Gostaria de um pacote de bombril, por favor.
Bom Bril é a marca, o produto é esponja de lã de aço.
h- concreto pelo abstrato e vice-versa
Ex.: Carlos é uma pessoa de bom coração
Coração (concreto) está no lugar de sentimentos (abstrato)
15- Onomatopéia – uso de palavras que imitam sons ou ruídos. Ex.; Psiu! Venha aqui!
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16- Paradoxo ou oxímoro – Aproximação de palavras ou idéias de sentido oposto em
apenas uma figura. Ex.: "Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo." (Carlos
Drummond de Andrade)
17- Personificação, prosopopéia ou animismo – atribuição de características humanas
a seres inanimados, imaginários ou irracionais. Ex.: A vida ensinou-me a ser
humilde.
18- Pleonasmo ou redundância – repetição da mesma idéia com objetivo de realce. A
redundância pode ser positiva ou negativa. Quando é proposital, usada como recurso
expressivo, enriquecerá o texto:
Ex.: Posso afirmar que escutei com meus próprios ouvidos aquela declaração fatal.
Quando é inconsciente, chamada de “pleonasmo vicioso”, empobrece o texto sendo
considerado um vício de linguagem: Irá reler a prova de novo. Outros: subir para
cima; entrar para dentro; monocultura exclusiva; hemorragia de sangue.
19- Polissíndeto – repetição de conjunções (síndetos). Ex.: Estudou e casou e trabalhou
e trabalhou...
20- Silepse – concordância com a idéia, não com a forma. Ex.: Os brasileiros (3ª
pessoa) somos (1ª pessoa) massacrados. Pessoa
Vossa Santidade (fem.) será homenageado (masc.). Gênero
Havia muita gente (sing.) na rua, corriam (plur.) desesperadamente. Número
21- Sinestesia - mistura da sensações em uma única expressão. Ex.: Aquele choro
amargo e frio me espetava.
Mistura de paladar (amargo) e tato (frio, espetava)
6. Pontuação.
É o conjunto de sinais gráficos que indicam na escrita as pausas da linguagem oral
VÍRGULA ( , )
PRÉ-REQUISITOS PARA O ESTUDO DA VÍRGULA
Dizemos que os termos de uma oração estão em Ordem Direta quando eles se
dispõem na seguinte progressão:
Sujeito ** verbo ** complemento do verbo ** adjunto adverbial.
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Dizemos que há Ordem Indireta sempre que a progressão acima for alterada. Se,
por exemplo, colocarmos o adjunto adverbial antes do sujeito ou entre o sujeito e o
verbo, teremos um caso de ordem indireta.
Como se pode ver pelos exemplos acima, nem sempre os termos da oração
ocorrem dispostos em ordem direta:
- há inversões;
- há intercalações;
- pode haver omissão escrita, comumente esses fenômenos são marcados por
vírgulas.
É preciso não incorrer numa pressuposição enganosa: que toda a pausa na língua
oral corresponde a uma vírgula na escrita. Se assim fosse, para o uso da vírgula,
poderíamos confiar cegamente na intuição e não precisaríamos estudar regra alguma.
É verdade que muitas pausas da língua oral correspondem a vírgula na escrita,
mas a implicação não é necessária, sobretudo porque:
- a língua oral é mais livre de convenções e mais sujeita à individualidade do
falante.
- a língua escrita é mais conservadora e mais apegada a usos adquiridos ao longo
de uma tradição.
Disso decorre que:
a) pode haver pausas na língua oral que não são marcadas por vírgula na escrita
Note que entre o sujeito e o predicado não se usa vírgula, embora, na fala, possa
haver uma pausa, sobretudo quando o sujeito tem alguma extensão.
b) pode haver vírgulas na escrita que não correspondem a pausa na língua oral.
USO DA VÍRGULA ENTRE OS TERMOS DA ORAÇÃO
CASOS EM QUE NÃO SE USA A VÍRGULA:
1) Entre sujeito e predicado:
Ex: Todos os componentes da mesa recusaram a proposta.
2) Entre o verbo e seus complementos:
Ex: O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
3) Entre o nome e o complemento nominal e adjunto adnominal:
Ex: A intrigante resposta do mestre ao aluno despertou reações.
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CASOS EM QUE SE USA VÍRGULA PARA MARCAR INTERVALAÇÃO
1) Do adjunto adverbial:
Ex.: Ele, com razão, sustenta opinião contrária.
2) Da conjução:
Ex.: Não há, portanto, nenhum risco no negócio.
3) Das expressões explicativas ou corretivas:
Ex.: Todos se omitiram, isto é, colaboraram com os adversários.
PARA MARCAR INVERSÕES
4) Do adjunto adverbial (no início da oração):
Ex.: Por cautela, deixamos um depósito.
Obs.: no caso pode-se omitir a vírgula, a menos que o adjunto adverbial tenha
certa extensão.
5) Do complemento pleonástico antecipado ao verbo:
Ex.: Casos mais importantes, já os apresentei.
6) Do nome de lugar antecipado à datas:
Ex.: São Carlos, 10 de setembro de 1988.
7) Para separar termos coordenados (em enumeração):
Ex.: O livro estava sujo, rasgado, imprestável.
8) Para marcar elipse do verbo:
Ex.: Nós trabalhamos com fatos; vocês, com hipóteses.
PARA ISOLAR
9) O vocativo:
Ex.: Não demores tanto, meu filho.
10) O aposto:
Ex.: O tempo, nosso inimigo, foge rápido.
USO DA VÍRGULA ENTRE AS ORAÇÕES DO PERÍODO
11) Subordinadas Substantivas:
Não se separam da oração principal através de vírgula. Faz exceção a substantiva
apositiva, que se separa por dois pontos ou por vírgula.
12) Subordinadas Adjetivas:
- A adjetiva não se separa da principal através de vírgula.
OBS.: pode ocorrer vírgula depois da oração subordinada adjetiva restritiva
sobretudo se ela tem certa extensão ou se termina por um verbo contínuo ao da oração
seguinte.
- A adjetiva explicativa vem sempre isolada entre vírgulas.
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13) Subordinadas adverbiais:
Sempre é correto o uso da vírgula entre as subordinadas adverbiais e a oração
principal.
Ex.: Ainda que a situação tenha sido adversa, conseguimos bom resultado.
14) Orações Coordenadas Assindéticas:
Separam-se por vírgula entre si.
15) Orações Coordenadas Sindéticas:
As coordenadas sindéticas, exceto as aditivas iniciadas por e, separam-se por
vírgula. Ex.:
Obs.: As coordenadas sindéticas introduzidas pela conjunção e podem separar-se
por vírgula nos seguintes casos:
- Se os sujeitos forem diferentes.
- Se o e vier repetido várias vezes a título de ênfase. Ex.: E falou, e pediu, e
insistiu.
16) Orações Intercaladas:
Separam-se por vírgulas.
Obs.: A oração intercalada pode vir também separada pelo duplo travessão e por
parênteses.
PONTO FINAL ( . )
1) nas abreviaturas:
Sr. (senhor), d.c. (depois de Cristo), pág. (página);
2) no final de um período:
Mestre João morava no mar.
PONTO E VÍRGULA ( ; )
O ponto e vírgula é um sinal de pontuação usado para indicar uma pausa maior
que a vírgula e emprega-se:
1) para separar as partes de um período:
"Os olhos negros e inquietos pareciam garotos travessos em hora de recreio; os
braços gesticulavam a cada palavra; e o corpo torcia-se pelos bancos e pelas carteiras
da sala..." (Viriato Corrêa)
2) para separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma seqüência:
"A história da ortografia portuguesa pode dividir-se em três períodos:
a) o fonético, que coincide com a fase arcaica da Língua, vai até o século XVI;
b) o pseudo-etimológico, inaugurado no Renascimento, estende-se até os primeiros
anos do século XX;
c) o histórico-científico, que se inicia com a adoção da chamada "nova ortografia",
começa em 1911."
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(Rocha Lima)
DOIS PONTOS ( : )
Os dois pontos indicam uma acentuada suspensão da voz na frase e emprega-se:
1) Para anunciar a fala dos personagens nas histórias de ficção:
Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz: - olha, menino cuidado.
2) Antes de uma citação:
Repetia as palavras do pai: o mundo, sem a selva, será triste e mau.
3) Antes de certos apostos, principalmente nas enumerações:
Tudo ameaçava as plantações: vento, enchentes, geadas, bichos.
4) Antes de orações apositivas:
A verdadeira causa das guerras é esta: os homens se esquecem de Deus.
5) Para indicar um esclarecimento, um resultado ou resumo do que se disse:
Guardo o mundo na mão: não sei se sou feliz.
PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )
O ponto de exclamação indica estado emocional:
Coitado do papai!
Dizem que é tão perigoso!
TRAVESSÃO ( - )
É um traço grande usado:
1) Nos diálogos, para indicar mudança de interlocultor, ou simplesmente, início de
fala de um personagem:
- Você é daqui mesmo? perguntei.
2) Para separar expressões ou frases explicativas ou apositivas:
Berço de um mundo novo - o promontório dorme.
3) Para isolar palavras ou orações para as quais se deseja chamar a atenção do leitor:
Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste e constante.
4) Para ligar palavras em cadeia de um intinerário:
A via férrea São Paulo - Sorocaba.
ASPAS ( " " )
As aspas são empregadas para chamar a atenção... São usadas para:
1) Assinalar transcrições:
"Caminhavam dois burros, um com carga de açúcar, outro com carga de
esponjas”. "(Monteiro Lobato)
2) Pôr palavras em evidências:
O rapaz "caiu das nuvens" ao saber o que acontecera.
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3) Assinalar palavras estrangeiras, termos de gíria, títulos de obras literárias ou
artísticas, jornais, enfim, tudo que merece um destaque:
"Le Cid", de Corneille, é para mim um lembrança...
O "Liberdade" nunca foi o que ora se chama uma folha "amarela".
COLCHETES ( [ ] )
Os colchetes têm a mesma finalidade que os parênteses; todavia, seu uso se
restringe aos escritos de cunho científico ou religioso:
Cada um colhe [ conforme semeia].
ASTERISCO ( * )
palavra que significa estrelinha, é usado:
1) Para remeter uma nota ou explicação ao pé da página ou no fim de um capítulo.
2) no lugar de um nome próprio que não se quer declinar:
o Dr.*, o jornal***.
PARÁGRAFO ( § )
Este sinal gráfico é empregado, em geral, para indicar um item de um texto ou
artigo de lei.
CHAVE ( { ) OU CHAVES ({ } )
A chave é muito usada para dividir um assunto.
As chaves são muito empregadas em matemática.
BARRA ( / )
A barra é muito empregada em abreviações das datas e em algumas abreviaturas.
7. Interpretação de textos.
Interpretar exige raciocínio, discernimento e compreensão do mundo
A interpretação de textos é de fundamental importância para o vestibulando. Você já se
perguntou por quê? Há alguns anos, as provas de Português, nos principais vestibulares
do país, traziam uma frase, e dela faziam-se as questões. Eram enunciados soltos, sem
conexão, tão ridículos que lembravam muito aquelas frases das antigas cartilhas: "Ivo
viu a uva". Os tempos são outros, e, dentro das modernas tendências do ensino de
línguas, fica cada vez mais claro que o objetivo de ensinar as regras da gramática
normativa é simplesmente o texto. Aprendem-se as regras do português culto, erudito, a
fim de melhorar a qualidade do texto, seja oral, seja escrito.
Nesse sentido, todas as questões são extraídas de textos, escolhidos criteriosamente
pelas bancas, em função da mensagem/conteúdo, em função da estrutura gramatical.
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Dessa maneira, fica clara a importância do texto como objetivo último do aprendizado
de língua.
Quais são os textos escolhidos?
Textos retirados de revistas e de jornais de circulação nacional têm a preferência.
Portanto, o romance, a poesia e o conto são quase que exclusividade das provas de
Literatura (que também trabalham interpretação, por evidente). Assim, seria interessante
observar as características fundamentais desses produtos da imprensa.
Os Artigos
São os preferidos das bancas. Esses textos autorais trazem identificado o autor. Essas
opiniões são de expressa responsabilidade de quem as escreveu - chamado aqui de
articulista - e tratam de assunto da realidade objetiva, pautada pela imprensa. Vejamos
um exemplo: um dado conflito eclode em algum ponto do planeta (a todo o instante
surge algum), e o professor Décio Freitas, historiador, abordará, em seu artigo em ZH,
os aspectos históricos do embate. Portanto, os temas são, quase sempre, bem atuais.
Trata-se, em verdade, de texto argumentativo, no qual o autor/emissor terá como
objetivo convencer o leitor/receptor. Nessa medida, é idêntico à redação escolar, tendo a
mesma estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Exemplo de Artigo
“Os nomes de quase todas as cidades que chegam ao fim deste milênio como centros
culturais importantes seriam familiares às pessoas que viveram durante o final do século
passado. O peso relativo de cada uma delas pode ter variado, mas as metrópoles que
contam ainda são basicamente as mesmas: Paris, Nova Iorque, Berlim, Roma, Madri,
São Petesburgo.”
(Nelson Archer - caderno Cidades, Folha de S. Paulo, 02/05/99)
Os Editoriais
Novamente , são opinativos, argumentativos e possuem aquela mesma estrutura. Todos
os jornais e revistas têm esses editoriais. Os principais diários do país produzem três
textos desse gênero. Geralmente um deles tratará de política; outro, de economia; um
outro, de temas internacionais. A diferença em relação ao artigo é que o autor, o
editorialista, não expressa sua opinião, apenas serve de intermediário para revelar o
ponto de vista da instituição, da empresa, do órgão de comunicação. Muitas vezes, esses
editoriais são produzidos por mais de um profissional. O editorialista é, quase sempre,
antigo na casa e, obviamente, da confiança do dono da empresa de comunicação. Os
temas, por evidente, são a pauta do momento, os assuntos da semana.
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As Notícias
Aqui temos outro gênero, bem diverso. As notícias são autorais, isto é, produzidas por
um jornalista claramente identificado na matéria. Possuem uma estrutura bem fechada,
na qual, no primeiro parágrafo (também chamado de lide), o autor deve responder às
cinco perguntinhas básicas do jornalismo: Quem? Quando? Onde? Como? E por quê?
Essa maneira de fazer texto atende a uma regra do jornalismo moderno: facilitar a
leitura. Se o leitor/receptor desejar mais informações sobre a notícia, que vá adiante no
texto. Fato é que, lendo apenas o parágrafo inicial, terá as informações básicas do
assunto. A grande diferença em relação ao artigo e ao editorial está no objetivo. O autor
quer apenas "passar" a informação, quer dizer, não busca convencer o leitor/receptor de
nada. É aquele texto que os jornalistas chamam de objetivo ou isento, despido de
subjetividade e de intencionalidade.
Exemplo de Notícia
“O juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal Regional do
Trabalho de São Paulo, negou-se a responder ontem à CPI do judiciário todas as
perguntas sobre sua evolução patrimonial. Ele invocou a Constituição para permanecer
calado sempre que era questionado sobre seus bens ou sobre contas no exterior.”
(Folha de S. Paulo, 05/05/99)
As Crônicas
Estamos diante da Literatura. Os cronistas não possuem compromisso com a realidade
objetiva. Eles retratam a realidade subjetiva. Dessa maneira, Rubem Braga, cronista,
jornalista, produziu, por exemplo, um texto abordando a flor que nasceu no seu jardim.
Não importa o mundo com suas tragédias constantes, mas sim o universo interior do
cronista, que nada mais é do que um fotógrafo de sua cidade. É interessante verificar
que essas características fundamentais da crônica vão desaparecendo com o tempo. Não
há, por exemplo, um cronista de Porto Alegre (talvez o último deles tenha sido Sérgio
da Costa Franco).
Se observarmos o jornal Folha de S. Paulo, teremos, junto aos editoriais e a dois artigos
sobre política ou economia, uma crônica de Carlos Heitor Cony, descolada da realidade,
se assim lhe aprouver (Cony, muitas vezes, produz artigos, discutindo algo da realidade
objetiva). O jornal busca, dessa maneira, arejar essa página tão sisuda. A crônica é isso:
uma janela aberta ao mar. Vale lembrar que o jornalismo, ao seu início, era confundido
com Literatura. Um texto sobre um assassinato, por exemplo, poderia começar assim: "
Chovia muito, e raios luminosos atiravam-se à terra. Num desses clarões, uma faca
surge das trevas..." Dá-se o nome de nariz de cera a essas matérias empoladas, muito
comuns nos tempos heróicos do jornalismo.
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Sobre a crônica, há alguns dados interessantes. Considerada por muito tempo como
gênero menor da Literatura, nunca teve status ou maiores reconhecimentos por parte da
crítica. Muitos autores famosos, romancistas, contistas ou poetas, produziram excelentes
crônicas, mas não são conhecidos por isso. Carlos Drummond de Andrade é um belo
exemplo. Pela grandeza de sua poesia, o grande cronista do cotidiano do Rio de Janeiro
foi abafado. O mesmo pode-se falar de Olavo Bilac, que, no início do século passado,
passou a produzir crônicas num jornal carioca, em substituição a outro grande escritor,
Machado de Assis.
Essa divisão dos textos da imprensa é didática e objetiva esclarecer um pouco mais o
vestibulando. No entanto, é importante assinalar que os autores modernos fundem essa
divisão, fazendo um trabalho misto. É o caso de Luis Fernando Veríssimo, que ora
trabalha uma crônica, com os personagens conversando em um bar, terminando por um
artigo, no qual faz críticas ao poder central, por exemplo. Martha Medeiros, por seu
turno, produz, muitas vezes, um artigo, revelando a alma feminina. Em outros
momentos, faz uma crônica sobre o quotidiano.
Exemplo de Crônica
“Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria a janela e encontrava um. Quando
não encontrava, dava no mesmo, ele abria a janela, olhava o mundo e comunicava que
não havia assunto. Fazia isso com tanto engenho e arte que também dava no mesmo: a
crônica estava feita.
Não tenho nem o engenho nem a arte de Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre a
Lagoa - posso não ver melhor, mas vejo mais. Otto Maria Carpeaux não gostava do
gênero "crônica", nem adiantava argumentar contra, dizer, por exemplo, que os
cronistas, uns pelos outros, escreviam bem. Carpeaux lembrava então que escrever é
verbo transitivo, pede objeto direto: escrever o quê? Maldade do Carpeaux. (...)
Nelson Rodrigues não tinha problemas. Quando não havia assunto, ele inventava. Uma
tarde, estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do jornal. Ele estava com o
papel na máquina e provisoriamente sem assunto. Inventou que eu descia de um
reluzente Rolls Royce com uma loura suspeita, mas equivalente à suntuosidade do
carro. Um guarda nos deteve, eu tentei subornar a autoridade com dinheiro, o guarda
não aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiquei sem a multa e sem a mulher. Nelson
não ficou sem assunto.”
(Carlos Heitor Cony, Folha de S. Paulo, 02/01/98)
A interpretação serve para Química!
Responda rápido a uma pergunta: O que há em comum entre os vestibulandos
aprovados nos primeiros lugares? Será que possuem semelhanças? Sim, de fato, o que
os identifica é a leitura e a curiosidade pelo mundo que os cerca. Eles lêem bastante, e
lêem de tudo um pouco. As instituições de ensino superior não querem mais aquele
aluno que decora regrinhas. Elas buscam o cidadão que possui leitura e conhecimento
de mundo. Nesse aspecto, as questões, inclusive das provas de exatas, muitas vezes
pedem criticidade e compreensão de enunciados. Quantas vezes você, caro
vestibulando, não errou uma questão de Física ou de Biologia por não entender o que
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foi pedido. Pois estamos falando de interpretação de textos. A leitura e a interpretação
tornam-se, dessa maneira, exigência de todas as disciplinas. E não pense que essa
capacidade crítica de entender o texto escrito (e até falado) é exclusividade do
vestibular. Quando você for buscar uma vaga no mercado de trabalho, a criticidade, a
capacidade de comunicação e de compreensão do mundo serão atributos importantes
nessa concorrência. Lembre-se disso na hora de planejar os estudos para os próximos
vestibulares.
Instruções Gerais
Em primeiro lugar, você deve ter em mente que interpretação de textos em testes de
múltipla escolha pressupõe armadilhas da banca. Isso significa dizer que as questões são
montadas de modo a induzir o incauto e sofrido vestibulando ao erro. Nesse sentido, é
importante observar os comandos da questão (de acordo com o texto, conforme o texto,
segundo o autor...). Se forem esses os comandos, você deve-se limitar à realidade do
texto. Muitas vezes, as alternativas extrapolam as verdades do texto; ou ainda diminuem
essas mesmas verdades; ou fazem afirmações que nem de longe estão no texto.
Exemplo de Editorial
UFRGS - 1998
Em 1952, inspirado nas descrições do viajante Hans Staden, o alemão De Bry desenhou
as cerimônias de canibalismo de índios brasileiros. São documentos de alto valor
histórico (...)
Porém não podem ser vistos como retratos exatos: o artista, sob influência do
Renascimento, mitigou a violência antropofágica com imagens idealizadas de índios,
que ganharam traços e corpos esbeltos de europeus. As índias ficaram rechonchudas
como as divas sensuais do pintor holandês Rubens.
No século XX, o pintor brasileiro Portinari trabalhou o mesmo tema. Utilizando formas
densas, rudes e nada idealizadas, Portinari evitou o ângulo do colonizador e procurou
não fazer julgamentos. A Antropologia persegue a mesma coisa: investigar, descrever e
interpretar as culturas em toda a sua diversidade desconcertante.
Assim, ela é capaz de revelar que o canibalismo é uma experiência simbólica e
transcendental - jamais alimentar.
Até os anos 50, waris e kaxinawás comiam pedaços dos corpos dos seus mortos. Ainda
hoje, os ianomâmis misturam as cinzas dos amigos no purê de banana. Ao observar
esses rituais, a Antropologia aprendeu que, na antropogafia que chegou ao século XX, o
que há é um ato amoroso e religioso, destinado a ajudar a alma do morto a alcançar o
céu. A SUPER, ao contar toda a história a você, pretende superar os olhares
preconceituosos, ampliar o conhecimento que os brasileiros têm do Brasil e estimular o
respeito às culturas indígenas. Você vai ver que o canibalismo, para os índios, é tão
digno quanto a eucaristia para os católicos. É sagrado.
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(adaptado de: Superinteressante, agosto, 1997, p.4)