LÍNGUA PORTUGUESA - centrodemidias.am.gov.br · 3° ANO. Unidade II ... com maior agudeza a dura...

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LÍNGUA PORTUGUESA PROF.ª JOYCE MARTINS PROF. DENILSON SATURNINO ENSINO MÉDIO 3° ANO

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LÍNGUA PORTUGUESAPROF.ª JOYCE MARTINSPROF. DENILSON SATURNINOENSINO MÉDIO

3° ANO

Unidade II

Cultura - a pluralidade na expressão humana

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REVISÃO DOS CONTEÚDOS

Aula 16

Revisão e Avaliação

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REVISÃO DOS CONTEÚDOS

O Modernismo tal como ocorreu no contexto brasileiro, viveu diferentes fases, as quais demonstravam diferentes demandas estéticas e/ou temáticas.

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Modernismo no Brasil

1ª fase: inovações estéticas e visão nacionalista e crítica da realidade brasileira.

2ª fase: preocupação com uma realidade mais imediata, arte engajada que denunciou as condições de vida de locais distantes do centro econômico e político do Brasil.

3ª fase ou pós-modernismo: retorno à experimentação e inovação estética.

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O contexto de produção: • Crise da bolsa de Nova York ocorrida em 1929; • Crise cafeeira; • Intentona Comunista (1935); • Estado Novo (1937-45); • Ascensão do nazismo e do fascismo; • Segunda Guerra Mundial (1939-45).

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A arte engajada

• O interesse por temas nacionais. • A busca por uma linguagem mais brasileira. • O interesse pela vida cotidiana. • Posicionamento diante de um cenário ideológico

efervescente.

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Os escritores deste período voltam-se para os problemas de uma realidade imediata, o que ocasiona o surgimento de uma literatura regional, caracterizada pela denúncia social.

São autores expoentes desse período: • Rachel de Queiroz; • José Lins do Rego; • Érico Veríssimo.

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Jorge Amado (1912 - 2001)

Na fase inicial de sua carreira, suas obras são ideologicamente marcadas por ideias socialistas. É o que se vê em obras como O país do carnaval, Cacau e suor.

Tendo o estado da Bahia como espaço social de suas obras, em Capitães de areia, o escritor denuncia o abandono de crianças de rua de Salvador; em Terras do sem-fim e São Jorge dos Ilhéus, retrata as lutas entre coronéis do cacau e exportadores.

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Na fase final de sua obra, em romances como Gabriela, cravo e canela, Dona Flor e seus dois maridos e Tieta do Agreste, entre outros, o autor compõe um rico painel de costumes da sociedade baiana, em seus aspectos culturais, linguísticos e religiosos.

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Graciliano Ramos (1892-1953)

É, sem dúvida, o romancista do período que soube exprimir com maior agudeza a dura realidade do ambiente do sertão nordestino.Reuniu análise sociológica e psicológica, retratando o universo do sertanejo nordestino, tanto na figura do fazendeiro autoritário quanto na do caboclo comum.

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As especificidades do regional são, porém, um meio para alcançar o universal. Suas obras não apresentam, portanto, experiências isoladas, traduzindo uma condição coletiva: a do homem explorado socialmente e brutalizado pelo meio.Obras: escreveu contos e romances, tendo destaque neste último gênero. São obras do autor: São Bernardo (1934), Angústia (1936), Vidas secas (1938), Memórias de um cárcere (1953).

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O romance São Bernardo (1934):Tem Paulo Honório como narrador-personagem, que se propõe a contar a história de sua vida, de guia de cego a proprietário da fazenda São Bernardo.Narra sobre a sua força de vontade e ambição, mesmo diante de uma vida de lutas e brutalidades. Ao construir sua narrativa, elucida:

“A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste que me deu uma alma agreste”

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O romance Vidas Secas (1938):

Narrado em 3ª pessoa, o romance conta a história de Fabiano e sua família e as dificuldades de vida ocasionadas pela seca no sertão nordestino, da qual buscam fugir.Também estão presentes no romance, a temática do coronelismo e da exploração do trabalho.

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Acompanhe a leitura do seguinte trecho do romance “Vidas secas”:

“Na planície avermelhada, os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos [...]Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio [...] O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se.O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão. 17

INTERATIVIDADE

- Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai.Não obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta [...]A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.- Anda, excomungado.O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça [...]”

(Graciliano Ramos - Vidas Secas)

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INTERATIVIDADE

Que características da prosa da geração de 30 (segunda geração do Modernismo) podem ser destacadas neste trecho?

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INTERATIVIDADE

Elipse

Caracteriza-se pela omissão de um termo na oração não expresso anteriormente, contudo, facilmente identificado pelo contexto.

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Zeugma

Ao contrário da elipse, na zeugma ocorre a omissão de um termo já expresso no discurso.

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Traduzir-se de Ferreira Gullar

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Traduzir-se

Uma parte de mimé todo mundo:outra parte é ninguém:fundo sem fundo.Uma parte de mimé multidão:outra parte estranhezae solidão.(...)

Ferreira Gullar24

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Anáfora

Caracteriza-se pela repetição intencional de um termo no início de um período, frase ou verso.

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A Estrela

Vi uma estrela tão alta,Vi uma estrela tão fria!Vi uma estrela luzindoNa minha vida vazia.[...]

Manuel Bandeira

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Hipérbato

Caracteriza-se pela inversão da ordem canônica das orações da língua portuguesa.

SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO(S) + ADJUNTO(S) ADVERBIAL(IS)

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“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante”

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Polissíndeto

Caracteriza-se pela repetição de um determinado conectivo entre palavras ou expressões.

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A um Poeta

Longe do estéril turbilhão da rua,Beneditino, escreve! No aconchegoDo claustro, na paciência e no sossego,Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!(...)

Olavo Bilac

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