Limites Aceitáveis de Exposição Ocupacional

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HIGIENE OCUPACIONAL

Limites Aceitáveis de Exposição Ocupacional

Isabel Fernanda de AraujoIsabel Fernanda de AraujoRTST 1334_ DRT-DFRTST 1334_ DRT-DF

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Higiene Ocupacional

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Requer o conhecimento

Dose x Efeito Dose x Resposta

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Limites Aceitáveis de Exposição Ocupacional

Que efeito / resposta é aceitável ?Saúde Doença

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Monitoramento para

quantificação dos riscos

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Definição da Torelabilidade

de um risco

Atividade Científica e Estatística

Atividade Político - Normativa

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Estudos ExperimentaisSomente com estes instrumetos, não é possível assegurar a

inocuidade, de certo nível de exposição a um xenobiótico

Avaliação da Toxicidade

In Vitro

In Vivo

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Estudos Epidemiológicos

Estudos Estudos RetrospectivosRetrospectivos

Validação da maioria dos riscos

carcinogênicos conhecidos

Avaliação da Toxicidade

Estudos Seccionais Estudos Seccionais (Transversais)(Transversais)

OBS.: Importante grupo-controle semelhante ao

grupo exposto e padronização dos

métodos de investigação

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Estudos sobre Voluntários

Avaliação da Toxicidade

Raros.Ex. determinação de

limiares olfativos, performance

psicomotora e inibição da colineasterase.

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Estudos sobre Voluntários

Avaliação da Toxicidade

Em bioquímica, a colinesterase é um termo que se refere a uma das duas enzimas:

A acetilcolinesterase — também conhecidada como colinesterase de glóbulo vermelho (CGV), colinesterase verdadeira (eritrocitária) ou acetil-colina acetil-hidrolase — existe

principalmente nas hemácias, terminações nervosas e músculos estriados.A pseudocolinesterase — também conhecida como colinesterase sérica,

butirilcolinesterase ou acilcolina acil-hidrolase — existe principalmente no fígado, no plasma, no pâncreas e no intestino delgado.

Ambos catalizam a hidrólise (destruição) do neurotransmissor acetil-colina restante no espaço sináptico em colina e ácido acético. Esta reação permite o retorno do neurônio colinérgico ao estado de repouso após a ativação. Evita-se assim uma transmissão

excessiva de acetil-colina, que resultaria numa sobre-estimulação do músculo e, como consequência, debilidade e cansaço.

Os tipos de colinesterase diferem-se pelas preferências nos respectivos substratos: a acetilcolinesterase hidroliza acetil-colina mais rapidamente, enquanto a

pseudocolinesterase hidroliza butirilcolina mais rapidamente.

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Inibidores da Colinesterase

Avaliação da Toxicidade

Anticolinesterásico. Devido à sua função essencial, os elementos químicos que interferem com a ação da colinesterase são potentes neurotoxinas, causando excessiva salivação e olhos lacrimejantes em baixas doses, seguido por espasmos musculares e finalmente a morte. Mas além das armas bioquímicas e agrotóxicos, os anticolinesterásicos são também utilizados em anestesia ou no tratamento da miastenia gravis, glaucoma e doença de Alzheimer.

Lista de inibidores da colinesterase[editar | editar código-fonte]Veneno de cobraGás sarimGás VXInseticida organofosforadoParationMalationSomanTabunEfeitos dos anticolinesterásicos[editar | editar código-fonte]BradicardiaHipotensãoSecreções excessivasBroncoconstriçãoSufocamentoHipermotilidade gastrintestrinalRedução da pressão intra-ocularMiose

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Monitoramento de Limites de Exposição Ocupacional no Ar

Pesquisas em Toxicologia Ocupacional

Projetar medidas de controle;Verificar adequação dos métodos de prevenção existentes;Conhecimento das limitações:

Para muitas substâncias, pouco conhecimento das relações Dose x Efeito e Dose x Resposta

Não exclui aparecimento de efeitos tóxicos/hipersensíveis

Tóxicos que possuem outras vias de penetração, além da inalatória;

Especialmente em países como o Brasil, pouca confiabilidade das avaliações Ambientais realizadas

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Esquema das Relações entre Exposição x Efeito

Intesidade de Resposta

Adequada I Aceitável II Excessiva III Perigosa IV Letal V

Alterações Bioquímicas Reversíveis

Ausência de Sintomas Clínicos

Lesões Bioquímica

Sintomas Clínicos Reversíveis

Lesões Bioquímica

Morte

Intesidade de Exposição

Sintomas Clínicos Irreversíveis

Limite de Tolerância

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Documentos de consulta obrigatória

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Documentos de consulta obrigatória

NBR 14725 – FISPQ item 8. Controle de Exposição

NR 33 – SST em espaços confinados

NBR 14787 – Espaços Confinados - Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção

NBR 14606 – Espaços Confinados – Postos de Serviço

TLV’s & BEI’s – Limites de Exposição – ACGIH (ABHO)

DAF - Utilização de matrizes para Detecção, Diagnóstico e Correção de Falhas – Kepner & Trigoe

NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health ) - Regulamentos da OSHA - Occupational Safety & Health Administration

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“ O que faz o perigo não é o veneno, mas sim a sua quantidade.”Paracelso

Limites de Exposição Ocupacional / L.E.O. (NR15 – LT)

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L.E.O. para agentes químicos da Threshold Limit Values da American Conference of Governmental Industrial Hygienists / TLVs da ACGIH

Limites de Exposição Ocupacional / L.E.O. (NR15 – LT)

“Referem-se a concentrações de substâncias químicas e representam condições as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores podem ser repetidamente expostos, dia após dia, sem efeitos adversos à saúde.”

Referência internacional quando o assunto é L.E.O., inclusa na legislação brasileira (Ver NR9)

Baseados na experiência industrial, em estudos experimentais em humanos e em animais. Em alguns poucos casos, em estudos epidemiológicos;

Continuamente atualizados

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Conceito (ACGIH / 89):

Limites de Exposição Ocupacional / L.E.O. (NR15 – LT)

“Os limites de exposição referem-se a concentrações de substâncias dispersas no ar, e representam as condições sob as quais se acredita que quase todos os trabalhadores possam ficar contínua e diariamente expostos, sem que haja efeitos adversos à sua saúde.”

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Limites de Exposição Ocupacional / L.E.O. (NR15 – LT)

A nível mundial, apenas 2.100 produtos tem registros de L.E.O.

Devido a grande variação na suscetibilidade individual, admite-se que pequena porcentagem de trabalhadores sentirá desconforto em concentrações iguais ou inferiores aos L.E.O. e um número menor pode ser seriamente afetado (ACGIH);

Algumas limitações do Conceito para População em Geral

No Brasil, 204 substâncias químicas fazem parte do Anexo 11 da NR 15;

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Limites de Exposição Ocupacional / L.E.O. (NR15 – LT)

Algumas limitações do Conceito para População em Geral

Os L.E.O. ambientais levam em conta apenas a via de penetração inalatória;

Ignora efeitos combinados:IndependentesSinérgicosAntagônicos

90 % dos limites não se baseiam em dados de exposição a longo prazo.

LIMITES PACTUADOS DE EXPOSIÇÃOCompromisso negociado, tendo em vista considerações envolvendo a saúde dos trabalhadores e também fatores econômicos e tecnológicos.

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Limites de Exposição Ocupacional / L.E.O. (NR15 – LT)

Por causa da vairação da suscetibilidade individual:

Por definição admite-se que uma pequena porcentagem de trabalhadores pode apresentar desconforto em concentrações de substâncias químicas inferiores aos TLV´s;

Uma menor porcentagem ainda pode ser mais seriamente afetada pelo agravamento de uma condição preexistente ou pelo desenvolvimento de uma doença ocupacional.

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Limites de Exposição Ocupacional / L.E.O. (NR15 – LT)

Por causa da vairação da suscetibilidade individual:

Os TLV´s (threshold limit value – valor limite de exposição) são guias ou recomendações para o controle dos riscos ocupacionais. Não são limites entre concentrações seguras e concentrações perigosas.

Ex.: Uma concentração média ponderada avaliada de vapores de tolueno de 70 ppm (TLV-TWA (Time Weighted Average – Média Ponderada de Tempo) de 100 ppm) Não implica a confirmação de sanidade do ambiente

Ex.: Melhor prática Manter concentrações tão baixas quanto a melhor tecnologia disponível permitir.

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Limites de Exposição Ocupacional / L.E.O. (NR15 – LT)

Por causa da variação da suscetibilidade individual:Não consideram efeitos provocados por exposições múltiplas, na

maioria das vezes sinérgicas, sejam agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais

A) Exposição a vários solventes de ação narcótica, em geral resultam em efeitos aditivos. Ex.: exposição crônica a vapores de n-hexano e MEC potencializa o dano esperado.

B) Exposição à temperatura ambiente elevada e a vapores de solventes pode acentuar sintomas, aumentar a morbidade ou produzir alterações nas funções neurológicas, cardiovasculares e hematopoiéticas (OMS/1981).

C) Esforço físico aumenta a ventilação pulmonar. Maior quantidade de contaminante pode penetrar no organismo.

D) Exposição simultânea ao ruído elevado e a vapores de tolueno agrava o dano auditivo esperado.

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Tabela de Limites de Tolerância (NR15 – LT)

AGENTES QUÍMICOS Valor Teto

Absorção também p/pele

Até 48 hs/sem

ppm* mg/m3**

Grau de Insalubridade a ser considerado no

caso de sua caracterização

Acetaldeído 78 140 máximo

Acetato de cellosolve + 78 420 médio

Acetato de éter monoetílico de etilenoglicol (vide acetato de cellosolve)

Acetato de etila 310 1090

Acetato de 2-etóxi etila (vide acetato de cellosolve) mínimo

Acetileno Asfixiante simples

Acetona 780 1870

Acetonitrila 30 55 mínimo

Ácido acético 8 20 máximo

Ácido cianídrico + 8 9 médio

Ácido clorídrico + 4 5,5 máximo

Ácido crômico (névoa) 0,04 máximo

Ácido etonóico (vide ácido acético) máximo

Valores médios

*ppm = partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado **mg/m3 = miligramas por metro cúbico de ar

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Higiene Ocupacional

Definições da ACGIH

Threshold Limit Values (TLV) /

Time- Weighted Average (TWA)

É a concentração ponderada em função do tempo, para

um dia convencional de trabalho de 8 horas uma semana de 40 horas,

ao qual a maioria dos trabalhadores podem ser expostos, dia após dia, sem efeitos adversos.

São portanto, valores médios de concentração.

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Definições da ACGIH

Threshold Limit Values (TLV) /

Short-Term Exposure Limit (Menor Limite de Exposição) (STEL)

É a concentração a qual os trabalhadores podem estar expostos

continuamente, por um curto período de tempoSem sofrer: a)irritação; b)dano tissular crônico ou irreversíve; c)narcose.

O TLV-TWA da substância não poderá ser excedido.

É portanto, um limite suplementar ao TLV-TWA. Esta concentração não deverá acontecer mais do que 4 vezes ao dia, devendo haver um intervalo mínimo de 1 hora entre duas exposições sucessivas a estes limites.

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Definições da ACGIH

Threshold Limit Values (TLV) /

Ceiling (C)

É a concentração que não deve ser excedida em nenhum momento da exposição laboral.Para substâncias de ação rápida sobre o organismo, como por exemplo: aquelas causadoras de imediata iritação em curtas exposições.

Ex.: Ácido cianídrico, fumos de óxido de cádmio, ácido clorídrico).

É portanto, um limite máximo.

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Limites de Exposição Ocupacional para Contaminantes Atmosféricos

Concentração Média Ponderada em Função do Tempo(L.Ts. Da NR 15 e TLV´s / TWA´s da ACGIH)

Para

1 dia de trabalho 08 horas e 1 semana de 40 horas

As quais se acredita que a maioria dos trabalhadores podem ser repetidamente expostos, dia após dia,SEM EFEITOS ADVERSOS.

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Higiene Ocupacional

Limites de Exposição Ocupacional para Contaminantes Atmosféricos

Concentração “TETO”(L.Ts. Do valor teto da NR 15 e TLV´s Ceiling da ACGIH)

Valor instantâneo de concentração que não deve ser excedido em nenhuma oportunidade durante a jornada de trabalho.

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Higiene Ocupacional

Limites de Exposição Ocupacional para Contaminantes Atmosféricos

O uso de um e/ou outro conceito de limite de exposição – TLWs ou TLVs Ceiling –

Deverá ser utilizado em função da ação fisiológica do agente.

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Limites de Exposição Ocupacional (ACGIH / 1989)

“Referem-se às concentrações de substâncias dispersas no ar, representando as condições sobre as quais se acredita que quase todos os trabalhadores possam ficar contínua e diariamente expostos, sem que haja efeitos adversos à sua saúde.”

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Limites de Tolerância (NR 15 / Brasil)

“Concentração máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição do agente, que não causará dano à saúde [da maioria] dos trabalhadores, durante a sua vida laboral.”

Exterior (TLV) definidos para jornada 8 horas diárias ou

40 horas semanais

LT valor teto = TLV ceiling

concentração que nunca poderá ser excedida.

VRT = Valor de referência

explicitamente, limites

pactuados de exposição

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Níveis de Ação

Valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites estabelecidos, seg NR9 item 9.3.6.1 da Port. Nº 25/94.

Ações preventivas devem incluir, no mínimo, a avaliação periódica da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico.

Por definição:Para agentes químicos: a metade dos limites de exposição

ocupacional;Para o ruído, ½ dose (dose superior a 50%)

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Obrigada !