LÍLIA SANTOS ABREU-TARDELLI. OBJETIVO Apresentar as concepções teóricas que embasam nossos...
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LÍLIA SANTOS ABREU-TARDELLI
OBJETIVO
Apresentar as concepções teóricas que embasam nossos trabalhos de elaboração de material didático e demonstrar, com pequenos exemplos de atividades, como essas concepções se concretizam no material elaborado.
O que são Gêneros de Texto? Formas mais ou menos estáveis de
enunciados
Pois dependem dos sujeitos agentes e do momento sócio-histórico da
produção
O que são Gêneros de Texto Essas formas possibilitam comunicação e
ação no mundo.
Nós agimos no mundo por meio dos diferentes textos.
Por que ensinar Gêneros de Texto? Ensinar a se Comunicar
Formar sujeitos agentes do mundo e no mundo, agentes que transformarão o mundo e serão transformados por eles.
Auxiliar o desenvolvimento das diferentes capacidades de linguagem (DOLZ & SCHNEWLY,1996)
Por que ensinar Gêneros de Texto?
Ferramenta concreta que nos auxilia na realização de uma ação do mundo.
Instrumentalizá-los com as ferramentas de que precisam para agir no mundo em que vivem.
Possibilita a formação do cidadão no contexto escolar.
Gênero é uma unidade de ensino Ao ensinar gêneros trazemos pra dentro da
escola os diferentes gêneros que encontramos no mundo ou nas esferas sociais em que circulamos.
GÊNERO COMO FERRAMENTA Auxiliar o desenvolvimento das diferentes
capacidades de linguagem que todos nós mobilizamos na produção e leitura de um texto.
(Dolz e Schneuwly, 1996;1998)
GÊNERO COMO FERRAMENTA
Independente de necessitarem ou não, em determinado momento, de um gênero, ao ensinarmos qualquer gênero qualquer gênero , os alunos mobilizarão as capacidades que utilizam para leitura e escrita de diferentes textos, assim, os ensinamos a mobilizar, em toda e qualquer produção, as capacidades de que precisam para produzirem textos de forma eficaz.
O que são as capacidades de linguagem? Capacidades que mobilizamos no
momento da leitura e produção de um texto.
São divididas em :
Capacidades de ação; Capacidades discursivas Capacidades linguístico-discursivas
CAPACIDADES DE AÇÃOIdentificamos as situações de comunicação...
Ao diferenciarmos os gêneros;
Ao identificarmos a situação de comunicação na qual o texto É OU FOI produzido:
Quem produziu? Para quem? Com que objetivo? Onde foi produzido? Quando e do que trata?
CAPACIDADES DISCURSIVAS
CAPACIDADES QUE DIZEM RESPEITO
AO MODO DE ORGANIZAÇÃO GERAL DO TEXTO ,
ÀS FORMAS QUE O CONTEÚDO DO TEXTO ESTÁ ORGANIZADO.
Uma vez ciente da organização, o aluno deverá saber que estruturas linguísticas escolher para o contexto de produção em questão.
CAPACIDADES LINGUÍSTICO-DISCURSIVAS
Dizem respeito
Ao Vocabulário apropriado
Às Estruturas linguísticas adequadas para o contexto de produção do gênero em questão.
CONTEXTO DE CONTEXTO DE PRODUÇÃOPRODUÇÃO
PRECISO SABER, NO MOMENTO DA PRODUÇÃO...
PARA QUEM? COM QUE OBJETIVO? QUANDO? ONDE ESTOU? E QUAL PAPEL SOCIAL ESTOU ASSUMINDO?
AO PRODUZIR UM TEXTO,
CAPACIDADES DE AÇÃO ANALISAR
COMO O TEXTO ESTÁ
ORGANIZADO
Mobilizamos
OLHAR O ASPECTO
MAIS INTERNO DO
TEXTO
CAPACIDADE DISCURSIVAS
Capacidades linguístico-discursivas
CONSIDERAR A ORGANIZAÇÃO TEXTUAL
Todo texto está organizado de uma determinada maneira
Essa organização pode ocorrer sob forma de sequência dominante no entanto, pode lançar mão de vários tipos de sequências.
ESCOLHA DAS PALAVRASESCOLHA DAS PALAVRASASPECTOS LINGUÍSTICO-ASPECTOS LINGUÍSTICO-
DISCURSIVOSDISCURSIVOS
PENSAR NA MELHOR FORMA DE EXPRESSAR O QUE QUEREMOS:
NO LÉXICO
NOS TEMPOS VERBAIS MAIS ADEQUADOS PARA AQUELE CONTEXTO DE PRODUÇÃO
COMO VIABILIZAR O ENSINO DE GÊNEROS?
POR MEIO DE ELABORAÇÃO DE
SEQUÊNCIAS DIDÁTICASSEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
Para que seja possível a elaboração de sequências didáticas bem-
sucedidas, devemos primeiramente conhecer a fundo o gênero que
vamos abordar, para isso é necessário conhecermos o
MODELO DIDÁTICO DE CADA GÊNERO
O TRABALHO COM GÊNERO NA ESCOLA
(Luzia Bueno)
Para depreendermos as características dos textos de um dado gênero e chegarmos às suas Dimensões Ensináveis, para trabalharmos em sala de aula, será necessário, segundo Schneuwly e Dolz (2004), construirmos um “Modelo Didático Modelo Didático do Gênerodo Gênero” e, a seguir, uma sequência sequência didáticadidática
O que é um modelo de gênero?
O modelo de gênero, consiste no levantamento das características das
suas dimensões ensináveis.
Por que utilizar o modelo de gênero?
Para chegarmos a esse Modelo, não podemos nos valer apenas dos conhecimentos prévios que
possuímos...
É preciso ir além e fazer a análise de vários textos, com levantamento de características e, quando possível, ouvir os especialistas e produtores dos textos desse gênero.
É importante o cruzamento e a articulação das informações encontradas pois, é o que nos possibilitarão chegar a um quadro com as características desse gênero.
Por que utilizar o modelo de gênero?
A análise do texto pelo Modelo é importante para confirmação do gênero, pois nem sempre temos exemplos, havendo diferentes rótulos para o mesmo gênero, como a resenha pode ser encontrada como crítica ou crítica literária.
Por que utilizar o modelo de gênero?
O foco é o trabalho didático, precisamos fazer escolhas que favoreçam essa transposição para a sequência didática (SD)
MODELO DE ANÁLISE DE MODELO DE ANÁLISE DE GÊNERO, PROPOSTO PELO GÊNERO, PROPOSTO PELO
INTERACIONISMO INTERACIONISMO SÓCIODISCURSIVO SÓCIODISCURSIVO
A – Contexto de Produção
B- Aspectos discursivos: infraestrutura geral, tipos de discurso e sequências
C- Aspectos Linguísticos-Discursivos: Mecanismos de textualização e Mecanismos Enunciativos
A- Contexto de Produção
Quem escreveu a carta do leitor? Qual é seu objetivo? Quando foi escrita? Onde foi publicada? Quem são os leitores potenciais?
B- ASPECTOS DISCURSIVOS: Infraestrutura geral, tipos de discursos e sequência
Como o texto está organizado? (Títulos, foto, etc...)
Como os conteúdos temáticos estão organizados?
B- ASPECTOS DISCURSIVOS: Infraestrutura geral, tipos de discursos e sequência Qual o tipo de discurso é predominante?
(discurso interativo, relato interativo, discurso teórico, narração)
Quais sequências são predominantes?
(narrativa, descritiva, argumentativa, explicativa, etc...
C- ASPECTOS LINGUÍSTICOS-DISCURSIVOS:
Mecanismos de textualização e mecanismos enunciativos
Quais tempos verbais são mais frequentes? Como eles se alternam?
Como se dá a conexão entre as frases e as macro-ideias do texto.
Observe a coesão nominal do texto. Como são retomados os referentes?
ASPECTOSASPECTOS LINGUÍSTICOS- LINGUÍSTICOS-DISCURSIVOSDISCURSIVOS
Há vozes explícitas? Implícitas? Como elas são introduzidas?
Observe as modalizações empregadas. Elas são de que tipo?
( lógicas, deônticas, apreciativas)
6 ª ATIVIDADE CARTA DO LEITOR
ANALISAR DE ACORDO COM O MODELO DIDÁTICO
A- CONTEXTO DE PRODUÇÃO
B- ASPECTOS DISCURSIVOS
C- ASPECTOS LINGUÍSTICO-DISCURSIVOS
• Característicasa)Situação de Produção
Quem escreveu a carta do leitor?Quem escreveu a carta do leitor?•Enunciador: um leitor, que normalmente não é conhecido no cenário nacional, quando o autor é alguém famoso, aparece após o seu nome a sua caracterização;
•Objetivo: expor a posição do leitor frente a algum tem abordado pelo meio
Qual é o seu objetivo?
expor a posição do leitor frente a algum tem abordado pelo meio de comunicação para o qual se escreve, elogiando, reclamando, opinando, agradecendo, solicitando, etc.
Quando foi escrita?
Onde foi publicada?
Revista, jornal ...
Onde foi produzida? Lugar Social: imprensa.
Quem são seus leitores em potencial?
a equipe da revista ou jornal e os leitores desta seção
b)Aspectos Discursivos
• Como o texto está organizado?Título , subtítulo•Fotos•Nome do leitor, profissão e o local que ele escreve.•E-mail•Nome do jornal,revista
Como os conteúdos temáticos são organizados. De acordo com o que foi proposto na
reportagem o autor/leitor expressa sua opinião
Que tipo de discurso é predominante?
Discurso interativo
Qual é a sequência predominante.
Argumentativa Explicativa
C- ASPECTOS LINGUÍSTICO-DISCURSIVOS
Quais tempos verbais são mais frequentes? Como se alternam?
Pretérito / presente
Como se dá a conexão entre as frases e as macro-ideias do texto?
São apresentadas em sequências e sempre se remetem à reportagem/notícia proposta por um meio de comunicação.
Observe a coesão nominal do texto. Como são retomados os referentes?
Nomes das pessoas que são mencionadas na reportagem
As vozes
Explícitas Leitor fala o tempo todo Objetivo de dar a opinião sobre o
assunto Por meio das opiniões.
Observe as modalizações empregadas? Lógicas Deônticas Apreciativas
• o tema da carta é alguma assunto que tenha sido publicado na páginas dos jornais;• o leitor se coloca na carta por meio de pronomes;• nas cartas que aparecem inteiras podemos ver como estrutura: 1º apresentação do porquê se escreve; depois argumentação e; por último, um comentário ou pedido final.
c) Aspectos Linguísticos–Discursivos• as cartas dos meios de comunicação escolhidos seguem a norma culta, não apresentando problemas de ortografia ou acentuação, concordância ou regência, por exemplo• alguns pontos que precisariam ser trabalhados, além das regras da norma culta: como citar o autor ou o texto que foi lido em edição anterior do jornal;
• como usar os sinais de pontuação(aspas parênteses, vírgulas, ponto de exclamação);•como encerrar a carta com algo que chame atenção.• Considerando essas características poderíamos montar diversas sequências didáticas, sugestão.
SEQUÊNCIA SEQUÊNCIA DIDÁTICADIDÁTICA
Conjunto de atividades planificadas para uma classe de alunos específicos.
Objetivo de ensinar determinado gênero.
Busca desenvolver os 3 grandes tipos de capacidades de linguagem envolvidas na produção e/ou leitura de textos.
SEQUÊNCIA SEQUÊNCIA DIDÁTICADIDÁTICA
Devemos trabalhar sob a perspectiva de um
GÊNERO que queremos ensinar.
Baseamo-nos em um MODELO DE GÊNERO
A partir desse modelo, elaboraremos a
sequência de atividades didáticas para ensinar nossos alunos a ler ou produzir o gênero.