Lição Revisada 2010 final gráfica

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VOCÊ Ao longo dos últimos séculos, o homem se dedicou a olhar para si próprio a fim de se conhecer e se afirmar fora dos limites da fé ensinada especialmente pelo Catolicismo Romano. O homem quis se libertar do jugo da igreja romana, o que é perfeitamente compreensível. Nesta sua empreitada, porém, ele não foi muito feliz. Ao libertar seu pensamento da Igreja, o homem também rompeu com a fé e com toda a orientação desta proveniente. Que tolice: era melhor romper com a Igreja sem se lançar contra Deus! Mas, o homem prefiriu se ver como o centro de sua própria vida (antropocentrismo) e encontrar a verdade a partir de sua própria razão (racionalismo). A partir disto, o homem se tornou confuso, desorientado. Mas, você não precisa romper com afé e se lançar contra Deus para encontrar a verdade sobre si próprio. Pelo contrário, ver-se à luz das Escrituras Sagradas será a única chance de conhecer sua origem, constituição e propósito existencial. É também a Bíblia a segura direção para questões diversas que, vez por outra, certamente, lhe tomam a atenção. É justamente para este fim que colocamos à sua disposição esta edição da Revista Rhêmata, para que, com ela em mãos, você observe as Escrituras e pergunte sobre a sua vida. São abordadas aqui questões teológicas, antropológicas, filosóficas, psicológicas e sociológicas, todas elas questões corriqueiras e interessantes. Nesta revista, você está em foco. Muito perguntamos sobre você. Queremos que você corajosamente questione e, ao final, se compreenda melhor. Certamente, guiado pelo Espírito Santo de Deus, você será ao final desta série de estudos um cristão mais consciente, grato e dedicado.

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VOCÊ

Ao longo dos últimos séculos, o homem se dedicou a olhar para sipróprio a fim de se conhecer e se afirmar fora dos limites da fé ensinadaespecialmente pelo Catolicismo Romano. O homem quis se libertar do jugoda igreja romana, o que é perfeitamente compreensível. Nesta suaempreitada, porém, ele não foi muito feliz. Ao libertar seu pensamento daIgreja, o homem também rompeu com a fé e com toda a orientação destaproveniente. Que tolice: era melhor romper com a Igreja sem se lançarcontra Deus! Mas, o homem prefiriu se ver como o centro de sua própriavida (antropocentrismo) e encontrar a verdade a partir de sua própriarazão (racionalismo). A partir disto, o homem se tornou confuso,desorientado.

Mas, você não precisa romper com afé e se lançar contra Deus paraencontrar a verdade sobre si próprio. Pelo contrário, ver-se à luz dasEscrituras Sagradas será a única chance de conhecer sua origem,constituição e propósito existencial. É também a Bíblia a segura direçãopara questões diversas que, vez por outra, certamente, lhe tomam aatenção. É justamente para este fim que colocamos à sua disposição estaedição da Revista Rhêmata, para que, com ela em mãos, você observe asEscrituras e pergunte sobre a sua vida. São abordadas aqui questõesteológicas, antropológicas, filosóficas, psicológicas e sociológicas, todaselas questões corriqueiras e interessantes.Nesta revista, você está em foco. Muito perguntamos sobre você. Queremosque você corajosamente questione e, ao final, se compreenda melhor.Certamente, guiado pelo Espírito Santo de Deus, você será ao final destasérie de estudos um cristão mais consciente, grato e dedicado.

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| Estudo para Escola Dominical |(Classe de Jovens e Adultos)

ÍNDICE1 D E O N D E V O C Ê V E I O ? .................05

2 QUEM É VOCÊ?...................................09

3 VOCÊ CRÊ EM DEUS?........................13

4

5 V O C Ê É B O M ? ........................20

6 V O C Ê É CRISTÃO?....................24

7 V O C Ê É P R O T E S T A N T E ? .....28

8 V O C Ê T E M A L M A ? ..................32

9 V O C Ê T E M MORAL?...................36

10 VOCÊ PRECISA DE QUE?..................40

11 VOCÊ CONHECE A VERDADE?.........44

12 VOCÊ TEM ALGUMA DÚVIDA?.........48

13 VOCÊ SE COMUNICA?......................51

V O C Ê É LI V R E ? .......................17

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14 O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDOAQUI?................................................55

15 VOCÊ É NORMAL?............................59

16 QUANTO VOCÊ GANHA?.................63

17 VOCÊ É FAMOSO?............................66

18 VOCÊ SABE AMAR?.........................70

19 VOCÊ TEM PLANOS?.......................74

20 VOCÊ SE SENTE SEGURO?.............77

21 VOCÊ ESTÁ BEM?............................81

22 VOCÊ SE ALIMENTA BEM?..............85

23 VOCÊ CONFIA EM ALGÉM?..............89

24 VOCÊ TEM AMIGOS?........................93

25 VOCÊ ESTÁ CANSADO?...................97

26 VOCÊ PRETENDE MORRER?..........101

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EDIÇÕES CRISTÃS RHÊMATAUma publicação do Presbitério Leste Vale do Aço

SUPORTE RHÊMATA

A partir de agora, você,

Professor da Escola Dominical,

Tem um canal de comunicação aberto com a

comissão editorial da Revista Rhêmata.

Ao preparar sua l ição entre no

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seu estudo pessoal. Além disto, poderá

solicitar possíveis esclarecimentos.

Queremos lhe ajudar!

| Comissão Editoral |Rev. Luciraldo Castório de Carvalho - Editor e Presidente

Rev. Anderson Ribeiro - vice-presidenteRev. Jorge Teixeira Corrêa Filho - secretário

Rev. Públio Ronaldo FonsecaRev. Fabrício Eler BatistaPresb. Eudes do Socorro

SECRETARIA DO PRESBITÉRIO LESTE VALE DO AÇORua Pedras Bonitas, 710, Iguaçu, Ipatinga - MG - CEP: 35.162-000

Correspondências: Caixa Postal 878 - CEP: 35.162-000Telefone: (31) 3821-8264

E-mail: [email protected]

CAPA

Kélison Rosendo da Rocha

DIAGRAMAÇÃO

Jorge Teixeira Corrêa Filho

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Autor: Rev. Públio Ronaldo Fonseca

ESTUDO 01

D E O N D E V O C Ê V E I O ?

05

Introdução

Diz-nos a EscxrituraSagrada que "o homem, revestidode honrarias, mas sementendimento, é, antes, como osanimais, que perecem." (Sl 49:20).E, convenhamos, o entendimentosobre a nossa própria vida e todono universo que nos cerca é algomuito difícil de ser conquistado. Épenoso estudar, cansativoinvestigar. Mas lhe é necessáriobuscar o conhecimento sobre a suaprópria origem. Você não poderáviver ignorando a verdade sobre simesmo. Se f izer isto,comprometerá toda a sua históriapessoal e trará para siconsequências eternas. Mas nestal ição você terá uma boaoportunidade para pensar sobresua origem.

Texto: Hebreus 11.1-3

Chave: "Pela fé, entendemosque foi o universo formado pelapalavra de Deus, de maneiraque o visível veio a existir dascoisas que não aparecem."Hb 11.3

Devocional: Romanos 11.33-36

Hinos Sugeridos: 23 e 27 doNovo Cântico

Leitura Diária:

2 Feira: Sl 323 Feira: Sl 494 Feira: Hb115 Feira: Hc 2.1-46 Feira: 1 Ts 4.1-8Sábado: 1 Co 6.12-20Domingo: Rm 1.18-31

D E O N D E V O C Ê V E I O ?

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I - CONHECER NOSSA ORIGEMORIENTA NOSSO ESTILO DE VIDA

Há um ditado popular que diz:"sua cabeça é seu guia". De fatonosso estilo de vida é determinadopela compreensão que temos de nósmesmos e do mundo onde vivemos.A importância disto pode ser notadana sabedoria humana de longasdatas. Os egípcios antigos criam naimortalidade e esta compreensãodeterminou o estilo de vida de todauma civi l ização ao ponto deconstruírem os maiores monumen-tos do mundo para depositar ocorpo amortecido para aguardar avida após a morte.

As religiões, no mundo todo eem todos os tempos, influenciaramo estilo de vida da sociedade. NoAntigo Testamento lemos sobre acultura religiosa dos amonitas efenícios que cultuavam o deusMoloque, culto este que incluía osacrifício do filho primogênito a quemqueimavam vivos. O próprio reiSalomão no auge de sua perversãoconstruiu um templo a este deus ealguns israelitas queimaram seusfilhos em sacrifício (1 Rs 11:7; Jr32:35).

É na Bíblia que encontramos osmelhores exemplos de vidaorientada pelo conhecim ento deDeus. Moisés desafiou os poderesdos faraós e abandonou toda ariqueza do Egito em busca davontade do seu Deus. Noéconstruiu uma arca imensa durantes40 anos, obedecendo a ordem deDeus. Abraão afastou-se de toda asua família e peregrinou pela terraseguindo a orientação de Deus. Davi

enfrentou o gigante Golias porqueconfiou na palavra de Deus e depoisgovernou a nação de Israel sempreem busca de satisfazer este criador.Todos estes homens e muitosoutros em toda a história bíblicaviveram orientados pela compreen-são que tinham de um criador esustentador de suas vidas ao qualdeveriam agradar sendo obedientesaté o fim.

A fé no Deus criador que nosmoldou segundo o seu propósito,à sua imagem e semelhança nosfaz mais sensíveis à necessidadede viver para o seu inteiro agrado.

II - CONHECER NOSSA ORIGEMDETERMINA NOSSA RELAÇÃO

COM DEUS

Nossa relação com Deus é umarelação de fé, uma vez que nãopodemos agradar a Ele de outraforma (Hb 11.6). Além disto, hátambém o fato de que nesterelacionamento com Deus há certascoisas e situações que não podemsem explicadas ou entendidas deoutra forma a não ser pela fé. Acarta aos Hebreus descreve estasituação: "Pela fé, entendemos quefoi o universo formado pela palavrade Deus, de maneira que o visívelveio a existir das coisas que nãoaparecem." (Hb 11:3). É pela fé queentendemos. Nossa relação comDeus está inteiramente ligada à fé,ao ponto de, sem ela, não podermossobreviver, como afirma o profeta:"O justo viverá por sua fé". (Hc 2:4).

A fé pela qual vivemos emantemos comunhão com Deus é anossa fé, gerada pelo Espírito Santoatravés da Palavra de Deus revela-da. Ela não é humana, não pode ser

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produzida pelo conhecimento, pordescobertas científicas. É sobrena-tural, divina, pessoal. Exatamente poristo, a fé se torna, muitas vezes,porém nem sempre, incompatívelcom a ciência. Este conflito é reale compreensível por razões óbvias.A fé é sobrenatural, a ciência éinvestigatória. A fé trabalha comrevelação divina, a ciência trabalhacom experiências comprováveis. A féacredita naquilo que não se pode ver(Hb 11.1), a ciência só aceita o quese pode comprovar.

Diante disto precisamos nosexercitar em fé a partir dasseguintes questões:

A) A Bíblia tem sido suficientepara suprir as necessidades dohomem desde a sua origem. Quandonão havia telescópio, foguete,viagem espacial, imagem de satéli-te e fósseis, ela orientou pessoassábias e supriu suas necessidadesdo conhecimento de Deus e dohomem;

B) Os registros bíbl icosacerca da origem da vida, apesar deantigos e desprovidos de pretensõese recursos científicos, possuembeleza e profundidade que supremos anseios da nossa fé;

C) Muitas pesquisas científi-cas que nos são apresentadas comoverdadeiras ainda não se tornaramconclusivas. Há descobertas novasque prejudicam as anteriores e hádescobertas que foram fraudadas.Além disto, há pesquisas também deteorias criacionistas que chamamatenção para outras possibilidadescientíficas e comprováveis.

É pela fé que entendemoscomo viemos à existência e é pelafé que devemos viver neste tempode grandes questionamentos (Hb11.3).

III - CONHECER NOSSA ORIGEMORIENTA NOSSO DESTINO

ETERNO

Além de determinar nossoesti lo de vista neste mundo,conhecer nossa origem nos pre-para para a eternidade, pois a nos-sa relação com o criador não podeser separada da nossa relaçãoconosco mesmo e com o próximo.Na Bíblia aprendemos que há umaco-relação entre a forma quevivemos com nosso próximo, asatitudes que temos para com nossocriador e a forma como nos relacio-namos com nosso próprio corpo.Tudo está interligado como vimos nalição sobre alma e corpo. Devemosamar nosso próximo comoevidência de que amamos a Deus(1 Jo 4:8), devemos cuidar dasantidade pessoal uma vez quenosso corpo é santuário do Espíritosanto (1 Co 6:19,20) e devemoscuidar do nosso corpo porque istoglorifica o seu criador (1 Ts 4:3,4).

A Bíblia não é um livro que falasomente sobre religião, é, naverdade, uma orientação completapara a vida toda, em todos ostempos e sociedades. Ela nãoensina somente sobre Deus, masensina também sobre o própriohomem. O conhecimento de Deusnos leva ao conhecimento de nósmesmos, pois é impossível conhecero homem a não ser que o vejamoscomo Deus o vê.

É assim que o conhecimentode Deus determina nosso destinoeterno, pois se não sabemos deonde viemos, não saberemostambém para onde iremos. Se nãosabemos quem é o nosso criador, não

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saberemos também como agradá-lo.Este foi o erro dos samaritanos

mencionados por Jesus: "Vós adoraiso que não conheceis... (João 4:22)".Esta situação foi severamentedenunciada pelo apóstolo Paulo aosjudeus em Romanos 1. 18,19: "A irade Deus se revela do céu contra todaimpiedade e perversão dos homensque detêm a verdade pela injustiça;porquanto o que de Deus se podeconhecer é manifesto entre eles,porque Deus lhes manifestou."

IV - CONHECER NOSSA ORIGEMPROPORCIONA GLÓRIA A DEUS

A Bíblia nos direciona paraDeus e nos ensina a reconhecer aglória de Deus. Para isto ela nosapresenta Deus Como um serpessoal, alto-existente, inteligentee poderoso, santo em todo o seucaráter e perfeito em todas as suasobras. E, para i lustrar estarevelação de Deus tornando maisacessível à nossa compreensão apessoa e o caráter do Deus criador,a Bíblia nos convida a contemplá-lona sua criação. Sim, desta forma, OCriador pode ser visualizado, aindaque de forma ilustrativa apenas,através de suas obras.

O professor Adalto Lourençoafirmou: "Todo investimento empesquisas proporcionam inúmerasdescobertas sobre o universo paradar ao homem a capacidade deentender a complexidade, beleza,grandeza do universo. Aqueles quetêm fé usam isto para glorificar aDeus. Os que não a tem odesprezam, como disse Paulo em Rm1:18 ss - tendo conhecimento deDeus não o glorificaram como Deus,por isto são indesculpáveis."

Olhando para este princípiocompreendemos porque é tãoimportante, para aqueles quequerem negar a existência de Deus,a comprovação das teorias daorigem do universo (da evolução eda grande explosão). Não se trataapenas do interesse em saber deonde viemos, mas também dointeresse de ofuscar a glória de Deuse de extirpar da mente da humani-dade o reconhecimento da glória quereveste o seu criador. Assim,retirando de dentro das escolas edas instituições sociais o ensino dacriação como um ato de Deus, omundo se recusa, mais uma vez, ase curvar diante do seu criador.

Quanto a nós, filhos criados eregenerados para a glória de Deus,não podemos nos cansar decontemplar a beleza da criação ede ver nela a grandeza do criadormanifestando sempre a sua glória diaa dia, pois "Os céus proclamam aglória de Deus, e o firmamentoanuncia as obras das suas mãos."(Sl 19.1).

CONCLUSÃO

A origem da vida é, para ocristão, uma questão de fé. Mas épreciso lembrar que esta é a nossafé. Isto significa que não podemosexigir que todos creiam no que nóscremos, até porque a fé é um domde Deus e não fruto da inteligência.

Mas não podemos ignorar ofato de que as descobertascientíficas em torno da questão davida são de muita importância paraa humanidade e, muitas vezes,corrobora a nossa fé, como também,muitas vezes, desafia nossa crençano Deus criador.

08

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Texto: Salmo 8

Chave: "O homem é como umsopro; os seus dias, como asombra que passa." Salmos 144:4

Devocional: Salmo 144.1-4

Hinos Sugeridos: 223 do NovoCântico

Introdução

A pergunta que intitula nossalição deve nos levar à reflexão.Vimos na l ição anterior queconhecer nossa origem temimplicações que influenciam nossorelacionamento conosco mesmo,com os outros, com o cosmos ecom Deus.

Entre todos os animais, ohomem é o único que tem esteprivilégio de investigar a si mesmo,mas é também o único que tema responsabilidade de responder porsuas decisões perante o seucriador. Como diz a sabedoriapopular, quanto maior o privilégio,maior a responsabilidade. Ou, comodiz a Bíblia, "... Mas àquele a quemmuito foi dado, muito lhe seráexigido; e àquele a quem muito seconfia, muito mais lhe pedirão."(Lucas 12:48)

QUEM É VOCÊ?

Leitura Diária:

2 Feira: Sl 1043 Feira: Gn 2.1-74 Feira: Sl 139.13-165 Feira: Sl 1036 Feira: Mt 16.24-28Sábado: Gn 1.26-28Domingo: Ec 3.16-22

QUEM É VOCÊ? ESTUDO 02

Autor: Rev. Públio Ronaldo Fonseca

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I - O HOMEM É CRIAÇÃO DEDEUS

Existem várias teorias queestudam sobre a origem do serhumano e do universo. Apesar demuitos meios de comunicação afir-marem que o assunto já está resol-vido, como se a evolução das espé-cies já fosse teoria comprovada,este assunto ainda está longe de seruma tese conclusiva. Na verdadeexistem outras possibilidades e ou-tras teorias que divergem dela, mes-mo no meio científico.

A teoria da evolução. Afirma que ohomem veio de um processoevolutivo das espécies por milhõesde anos até chegar ao seu estágioatual. Depois de se evoluir até che-gar ao macaco, finalmente seaprumou sobre duas pernas, desen-volveu o crânio, passou a pensar ea falar, tendo assim concluído o pro-cesso evolutivo.

"Alguns pesquisadores afirmamque as espécies sofrem, ao longo dasgerações, uma modificação gradualque inclui a formação de novasraças e de novas espécies."

"Os cientistas estimam que osseres humanos ramificaram-se deseu ancestral comum com oschimpanzés - o único outro homininsvivo - há cerca de 5-7 milhões anosatrás." (trechos de artigos colhidosna Wikipédia - enciclopédia digital).

Teoria do Criacionismo Científico.Sua principal fonte de pesquisa é odesigne inteligente. Como aparece-ram os sinais de inteligência? Por quehouve uma criação? Como a vidasurgiu? Esta teoria não está inte-ressada em Deus, ela não estuda

sobre quem foi o criador porqueseus interesses não são religiosos,mas afirma que não seria possível aorigem da vida sem a ação de umcriador inteligente.

Criacionismo bíblico. Afirma queDeus criou o universo, o homem etodos os demais seres apenas como poder de sua palavra, ou seja, semusar nenhuma matéria pré-existen-te. A principal fonte de pesquisa docriacionismo bíblico é a Bíblia. Suasprincipais afirmações são: Criação exnihilo - do nada (Hebreus 11:3).Criação completa e funcional - nãohá necessidade de complemento.

O Dr. Adalto Lourenço,cientista cristão com mestrado edoutorado em física nuclear, afirmou,em palestra, o seguinte: "A base docriacionismo é a informação.Existem coisas que só poderiam terchegado à existência através dainteligência (informação). O códigogenético é um exemplo. Cada célulapossui 3.146.000.00 letrinhasorganizadas na ordem certa queficam localizadas no núcleo dacélula. Este código genético éresponsável por todas as informa-ções que dão às células capacida-de de se multiplicarem e transmiti-rem o código a todas as novascélulas por anos e anos sem nuncaerrarem. Cada pessoa possui 600trilhões de células que produzemoutras células através de umasucessão de fatos harmoniosos quenão permitem falhas. Isto nãopoderia estar ali de forma acidental.Nossa vida começa do tamanho deum ponto final de um livro, commenos de meio milímetro (um zigoto).Nele já estariam todas as informa-ções do que iria acontecer na suavida, inclusive quantos cabelos você

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teria." (Veja toda a palestraatravés do site: www.editorafiel.com.br. Link áudio e vídeo).

II - O HOMEM É FEITO DO PÓ

A Bíblia afirma que Deus criouo homem do pó da terra. Tomou obarro e fez o corpo de Adão,soprando-lhe o fôlego de vida (Gn2:7). A ciência afirma que o homemresulta de uma evolução biológica.

No campo da ciência uma teseprecisa estar cercada de todos oselementos suficientes paracomprová-la, o que não aconteceu,como podemos ver a seguir:"Mesmo cercada por uma larga sériede indícios materiais sobre astransformações da espécie humana,a teoria evolucionista não é uma tesecomprovada por inteiro. O chamado'Elo Perdido', capaz de remontarcompletamente a trajetória dohomem e seu primata original, é umaincógnita ainda sem resposta."(Wikipédia - enciclopédia digital).

Daí se pode afirmar que ambasas teorias - evolução e criação -dependem da fé, uma vez que estãocercadas de mistérios. Ora, aciência é falha e tem mudado suasopiniões sobre vários assuntos.Quanto à fé, trabalha com elemen-tos sobrenaturais, a partir de reve-lação especial que gera convicçõesimutáveis. É esta fé que sustentanossas convicções sobre a origemda vida e do homem.

No Salmo 139, Deus é glorifi-cado pela criaação do homem.Existem algumas coisas em nossocorpo que nos impressionam. Ofuncionamento do coração, océrebro que comanda os movimen-tos do corpo, as informaçõesacumuladas na memória, a visão com

sua agilidade e precisão, a sensibili-dade da audição. Não somos obrado acaso, mas de Deus, formadospara a sua glória (Sl 139.13-16).

Mas a expressão "feito do pó"tem também outra conotação. Éusada na Bíblia para mostrar aohomem que, apesar de toda agrandeza que envolve a sua nature-za, e todas a habilidades que lheforam dadas como um ser 'suigêneris', ele precisa se lembrar queé apenas um punhado de argila. Aoperecer, este corpo maravilhosoperde totalmente o seu valor e paranada mais serve senão para asepultura. Toda a sua grandeza sereduz a um punhado de pó (Jó 10:9;Sl 103:14;104:29; Ec 3:20).

III - O HOMEM É ALMA VIVENTE

O relato bíblico da criação dohomem diz que Deus soprou nele ofôlego de vida (Gn 2:7). Não hádúvida de que Deus seja o criadorda alma, mas chamamos a atençãopara outros fatos importantes:

O que é a alma? A palavraalma aparece centenas de vezes noVelho Testamento, sempre relacio-nada à capacidade vital, de homense de animais. Seu significado primá-rio, segundo o Novo Dicionário daBíblia, é "possuidora da vida". Otermo é usado para animais e paraseres humanos, descrevendo-oscomo seres viventes, ou possuido-res da vida. O que distingue a almado homem dos demais seres é que aprimeira possui característicassuperiores de racionalidade,sensibilidade e espiritualidade. Esta,diferentemente dos demais seres,pode se relacionar com Deus e seraperfeiçoada (Hb 12:23).

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A alma humana, além da fonteda vida é também a fonte dasfaculdades mais elevadas do serhumano. Ela é a fonte da inteligên-cia, das sensibilidades emocionais;da espiritualidade, da comunhão comDeus e imortalidade. Tanto na Bíbliacomo no uso comum falar em almaé, ao mesmo tempo, falar na vida dapessoa, bem como falar de suascaracterísticas espirituais. Ela estárelacionada com Deus ao mesmotempo em que unida ao corpo.

Qual a origem da alma? Comoela é unida ao corpo? Existem trêstentativas de explicar a origem daalma no indivíduo.

A primeira delas é filosóficae não bíblica. Chama-se'pré-existencialismo'. Afirma queDeus criou todas as almas previa-mente, antes da formação domundo, e as armazenou como numceleiro. Segundo esta teoria, opecado ocorreu quando as almasestavam nesta pré-existência, numaqueda coletiva, sendo que cada almaé designada para cada criança quan-do esta é gerada. Esta teoria nãoencontra base na Bíblia.

A segunda teoria sobre aorigem da alma e sua união aocorpo se chama criacionismo.Ensina que Deus cria cada alma in-dividualmente no ato da concepção,unindo-a ao corpo, sendo Deus, des-te modo, o responsável direto pelaorigem de cada alma humana. Emfavor desta afirmação estão textosbíblicos que afirmam que a alma e ocorpo tiveram origens diferentes,sendo aquela mais elevada do queeste (Ec 12:7; ls 57:16; Zc 12:1;Hb 12:9). A base desta teoria é quea alma neste caso procede de uma

única fonte (Deus) e, portanto, nãosofre nenhuma divisão. A maior difi-culdade desta teoria é que destaforma Deus estaria unindo ao corpopecaminoso uma alma pura, sendo oresponsável por sua contaminação.

A terceira teoria se chama'traducianismo'. Afirma que Deuscriou Adão soprando nele o fôlegode vida (Gn 2:7). No entanto, aocriar Eva não se afirma que Deustenha feito o mesmo (Gn 2:21,22) eisto porque Eva fora tirada do ho-mem. Deus criou o homem e deu-lheordem para encher a terra e povoá-la dando-lhe também a capacidadede gerar seus filhos de forma com-pleta (Gn 1:28). Isto explica tanto ainfluência de personalidade que étransmitida dos pais para os filhosatravés de sua geração quanto atransmissão do 'pecado adâmico' ou'pecado original' (At 17.26; 1 Co15.21,22; Rm 5.12-14).

O traducianismo é a posiçãomais aceita entre os teólogos refor-mados. Entendo ser esta a formamais coerente de entendermos anossa origem como ser integral. Aomesmo tempo feituras de Deus egerados biologicamente. A capaci-dade de gerar uma nova vida estádeterminada por Deus na ordem demultiplicar e encher a terra em Gn1:28.

CONCLUSÃO

Para a ciência, nossa vida éfruto de uma evolução biológica,partindo de um pequeno verme paraevoluções subseqüentes até chegarao "homo sápiens". Mas, a Bíblia nosensina que fomos criados por Deus.Nisto cremos e nos alegramos.

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ESTUDO 03

Texto: Hebreus 11.4-7

Chave: De fato, sem fé éimpossível agradar a Deus,porquanto é necessário queaquele que se aproxima deDeus, creia que ele existe e quese torna galardoador dos que obuscam. Hb. 11.6

Devocional: Salmo 53.1-6

Hinos Sugeridos: 10 e 13 doNovo Cântico

Introdução

VOCÊ CRÊ EM DEUS?

"

Você crê em Deus"? Qualimportância desta pergunta paravocê? Ao afirmar que crê em Deus,é necessário que haja uma dife-rença em sua vida.Conta-se que durante a guerra daindependência norte americana,um rapaz se aproximou dogeneral Jorge Washington e lhedisse: Meu general, quero quesaibas que creio de todo o meucoração em ti e na causa quedefendes. - Washington o agrade-ceu firmemente e lhe pergun-tou: Em que regimento estásservindo, meu jovem? - Eu não es-tou no exército, senhor, sou umcivil. Ao que o general replicou: Sevocê realmente crê em mim, comodiz, e também na causa quedefendo, una-se ao exército imedi-atamente, pegue uma farda e suasarmas, e venha para a luta(www.ilustrar.com.br).

Nesta lição pretende-sedespertar uma auto-avaliação, decada um, quanto ao fato decrermos em Deus. Você crê emDeus?

VOCÊ CRÊ EM DEUS?

Leitura Diária:

2 Feira: Tg 2.19-223 Feira: Hb 11.1-74 Feira: Sl 1045 Feira: Hb 4.14-166 Feira: Sl 95Sábado: At 17.16-31Domingo: Jó 34.14,15

Autor: Rev. Anderson Ribeiro

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1 - QUEM É ESTE DEUS?

Quando você afirma que crêem Deus, é preciso saber: "Que Deusé esse? O da sua imaginação? O Deusde seus pais? Ou o Deus que vocêconhece e o professa como únicoDeus?

Em Hebreus (11.6) o autor diz:"... aquele que se aproxima de Deus,creia que ele existe.." ConformeCalvino, "...o apóstolo não querdizer que os homens devam sentir-se seguros de que há um certoDeus, e sim que há um único everdadeiro Deus; e não é suficienteque formar uma idéia qualquer deDeus como nos agrada; senão quedevamos entender que classe deSer é o verdadeiro Deus; pois deque adianta forjar qualquer ídolo eatribuir a glória própria doverdadeiro Deus?” (Calvino, Epistolaa los Hebreos, p. 239).

Calvino mostra que não é sim-plesmente crer que há algo, umaideia, um grande arquiteto, a quemse dá o nome de Deus, mas crer noDeus Criador, Sustentador e Gover-nador do universo. Diante disso, sefaz necessário uma avaliação, pois"o assunto mais grave para a Igre-ja é sempre Deus, Ele mesmo"(A. W. Tozer, Mais perto de Deus,p.7).

O Deus em quem você crê eadora é o Deus verdadeiro, o Deusda revelação da Escritura? Então,como você se aproxima dEle? Aproposição de ambos, Calvino eTozer, é que o povo de Deus,precisa pensar nisso: "o Deus queadoro e sirvo é o Senhor, o Rei, oCriador e Sustentador de todas ascoisas". Com tais pensamentosnossa aproximação dEle só pode ser

por meio do mediador, que é JesusCristo"(Hb 4.14-16) e, por isso,"diante dele nos prostramos" (Sl95.6,7). É preciso que o nossocoração esteja cheio de humildade,temor e reverência (Sl 96.4,5).

Você crê em Deus? Quem é Ele?

2 - O DEUS AUTO-EXISTENTE

Muitos pais já devem ter sedeparado com a pergunta dos filhosnum culto doméstico: "Papai, quemcriou Deus"? Às vezes, os paisficam surpresos e embaraçados coma pergunta. Mas, ninguém criouDeus, ele existe, sempre existiu econtinuará e existir. Ele é auto-exis-tente, existe por Si só. É por issoque "Não precisa haver na teologiacristã a preocupação de provar aexistência de Deus, porque aspróprias Escrituras não a possuem"(Héber Carlos, O Ser de Deus, p.25).Desde os primeiros versos daEscritura, como em toda ela, não háuma preocupação em demonstrar aexistência de Deus: "No princípiocriou Deus" (Gn 1.1). Assim, Moisés,que é o autor de Gênesis, não fazqualquer demonstração da existên-cia de Deus, apenas afirma a suaexistência. Também o escritor aosHebreus nos diz que aquele que seaproxima de Deus, precisa crer queEle existe.

Qual a grande implicaçãodeste fato? Que Deus é a causa detodas as coisas e que não foracriado por ninguém, por isso tudodepende dele e Ele não depende deninguém, como expressa o apóstoloPaulo no Areópago (At 17.24,25).El iú também reconhece essarealidade ao declarar: Se Deus pen-sasse apenas em si mesmo e para

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si recolhesse o seu espírito e o seusopro, toda a carne juntamenteexpiraria e o homem voltaria ao pó(Jó 34.14,15).

Deus, em sua providênciasustenta todas as coisas que foramcriadas por Ele (Sl 104.9-24), quersejam plantas,animais, ou homens,mesmo que estes declarem não crernele. Portanto, reconhecer que Deusé auto-existe, deve nos levar a com-preensão de que somos nós que pre-cisamos dele. Mas, quantas vezesagimos como se Ele precisa de nós edependesse de nossos louvores!

3 - AGRADANDO A DEUS

Certa ocasião, os judeusdisseram a Jesus que eram filhosde Abraão, então ele lhes disse: "sesois filhos de Abraão, praticai asobras de Abraão" (Jo 8.39). Nestadeclaração de Jesus vemos queele mostra a coerência que deveriahaver na vida de seus contemporâ-neos. De igual maneira, em nossotexto básico, o escritor nos mostraas atitudes coerentes daqueles quecrêem em Deus. Primeiramente, elesprocuram agradar a Deus. E elemostra isto a partir de trêsexemplos: Abel, Enoque e Noé. Nocaso de Abel é dito que "ofereceu aDeus mais excelente sacrifício do queCaim" (Hb 11.4). Qual é o problemaem relação ao sacrifício dos doisirmãos? Alguns têm entendido que éporque Caim não ofereceu umsacrifício de sangue, mas Kistamakernos dá uma orientação melhor: "Aexpressão mais excelente (literal-mente, 'maior') é a indicação de queo sacrifício de animais era maisaceitável diante de Deus do que osfrutos do campo? Não. Nós não de-vemos olhar para a oferta, mas para

o ofertante" (Simon Kistemaker,Hebreus, p. 442). E aqui ficaestabelecido: Abel foi aceito porqueofertou "as primícias".

Alguém que procura agradar aDeus pela fé precisa oferecer o quetem de melhor. O outro exemplo é ode Enoque que "obteve testemunhode haver agradado a Deus" (Hb11.5). Como agradou a Deus? "An-dando com Deus". "Enoque vivia umavida normal de educar filhos e filhas,mas sua vida inteira foi caracteriza-da por seu amor a Deus" (Kistamaker,p. 444). Enoque agradou a Deusvivendo uma vida espiritual deintensa comunhão diária com Ele.

O exemplo é o de Noé. Ele,"sendo temente a Deus, aparelhouuma arca"(Hb 11.7). Noé agradou aDeus, sendo obediente a Ele numaépoca de profunda corrupção e des-crença, pois fora considerado comolouco, por construir a arca em terraseca e anunciar o dilúvio. "Assim fezNoé, consoante a tudo que Deus lheordenara" (Gn 6.22).

Em segundo lugar, agradam aDeus pela fé. "O objetivo doapóstolo neste capitulo é demons-trar quão excelente foram as obrasdo santos e que todo o valor, todo oseu mérito e toda a sua excelência,derivaram da fé e daqui se deduz oque o apóstolo já insinuou, que ospatriarcas agradaram a Deus pela fé"(Calvino, Epistola a los Hebreos, p.236). Mas, o que é esta fé? Esta é afé salvadora, que como Calvino diz"presta obediência a Deus, porquenão intenta, nem pretende nada quenão esteja de acordo com apalavra de Deus; confia nas promes-sas divinas e assim logra o valor emérito que pertence às obras de sua[de Deus] graça unicamente"(Calvino, p.236).

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Kistamaker diz, com propriedade,que através destes exemplos oescritor sagrado estabelece "Ocontraste entre fé e descrença". Averdadeira fé nos leva a servi-Lo como melhor que temos, a viver como propósito de glorificá-Lo e aobedecê-Lo em tudo, mesmo queisto nos leve ao ridículo diante domundo.

Você crê em Deus? Temprocurado em toda a sua vidaagradá-Lo sempre? "...sem fé éimpossível agradar a Deus" (Hb 11.6).Então, procure agradá-Lo pela fé.

CONCLUSÃO

Espiritualidade popularizada.“Mais pessoas este ano comprarãolivros acerca de meditação,oração,e

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espiritualidade do que acerca desexo e auto-ajuda" (Michael Horton,A Face de Deus, p. 1).

Contudo, não há muitasmudanças na vida das pessoas, queafirmam crer em Deus. Estão lotandotemplos evangélicos, mas e daí? Vocêcrê em Deus? Que diferença isto temfeito na sua vida? Na vida de Abel,Enoque e Noé fez muita diferença.E continua a fazer, pois "se o verda-deiro conhecimento de Deus temassento no nosso coração, jamaisdeixará de conduzir-nos a honrá-loe temê-lo, porque é do verdadeiroconhecimento de Deus que nasce odesejo de servi-lo e considerá-locomo fim último em todas as coisas(Calvino, p. 239). Você crê em Deus?Mostre isto em sua vida.

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ESTUDO 04

Texto: João 8.31-36

Chave: "Se, pois, o Filho voslibertar, verdadeiramente sereislivres" (Jo 8.36)

Devocional: Salmo 119.36-44

Hinos Sugeridos: 49 e 101 doNovo Cântico

Introdução

V O C Ê É L I V R E ?

“Você é l ivre? Há quemafirme: "faço o que quero, quandoquero e como quero". Será que istoé verdadeiro? A revista SuperInteressante, trouxe uma reporta-gem com o tema: "O livre-arbítrionão existe". Nesta, o articulistaafirma que "Uma experiência feitano centro de Berstein deNeurociência computacional, emBerlim, colocou em cheque o quecostumamos chamar de livre-arbí-trio: a capacidade que o homem temde tomar decisões por contaprópria. As escolhas que fazemosna vida são nossas mesmas. Masnão são conscientes" (SuperInteressante, Set/2008). Estaquestão tem sido muito debatida nocampo filosófico e teológico. Mas,o quê a Escritura afirma? Nesteestudo vamos verificar o ensino denossa Confissão de Fé deWestminster (CFW).

Leitura Diária:

2 Feira: Tg 1.13-153 Feira: Ec 7.23-294 Feira: Ef 2.1-105 Feira: Sl 326 Feira: 1 Cr 29.10-22Sábado: Sl 11933-40Domingo: Rm 7.24,25

V O C Ê É L I V R E ?Autor: Rev. Anderson Ribeiro

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I - A CONSTITUIÇÃO DAVONTADE HUMANA NA CRIAÇÃO

Ao criar o homem Deus dotoua sua vontade "de tal liberdade, queele nem é forçado para o bem oupara o mal, nem isso é determinadopor qualquer necessidade absolutade sua natureza" (Tg 1.14; Dt 30.19)(CFW, IX, I). Temos aqui a chamadalivre agência, ou livre ação, isto é acapacidade do homem de fazer es-colhas livres de conformidade comsua natureza, de tal maneira que eleé responsabilizado por ela. O homemescolhe a cor da sua roupa, o ali-mento, o lugar onde morar, etc. Eneste caso, anjos e homens, ao se-rem criados foram dotados com estacapacidade. "É claro em toda a Es-critura que as criaturas racionais deDeus, angélicas e humanas, têm li-vre ação (poder de decisão pessoalnaquilo que fazem); não seríamos se-res morais, responsáveis peranteDeus o Juiz, se assim não fosse, nemseria possível distinguir, como faz aEscritura, entre os maus propósitosdos agentes humanos e os bons pro-pósitos de Deus, que soberanamen-te governa a ação humana comomeio planejado para seus objetivos"(Gn. 50:20; At. 2:23) (J. I. Packer,Teologia Concisa, p. 31).

Embora, na criação, Deus te-nha feito o homem com l ivreagência, sua capacidade deescolher de acordo com sua nature-za, Deus o dotou também com olivre-arbítrio, ou liberdade moral: "Ohomem, em seu estado de inocên-cia, tinha a liberdade e o poder dequerer e fazer aquilo que é bom eagradável a Deus, masmutavelmente, de sorte que pudes-se decair dessa liberdade e poder"

(Ec 7.29; Gn 3.6)(CFW, IX, II).Assim, embora, o homem tivesse umanatureza santa, fora criado com apossibilidade de inclinar-se para omal - livre-arbítrio. "Agostinhoensinou que essa capacidade seperdeu na queda" (Bíbl ia deGenebra, Nota Teológica: Liberdadee Escravidão da Vontade, p.880).

II A CONSTITUIÇÃO DAVONTADE HUMANA APÓS A

QUEDA

"De onde veio o pecado? Comoele penetrou no universo? Primeiro,precisamos afirmar que Deus nãopecou e não deve ser culpado pelopecado. Foi o homem quem pecou,os anjos quem pecaram, e nos doiscasos o fizeram por escolha intenci-onal e voluntária". (Wayne Grudem,Teologia Sistemática, pp.404,405).O homem pecou porque fez uma "es-colha intencional e voluntária". Estaescolha foi feita por causa do livre-arbítrio que Deus concedeu aohomem e aos anjos. Quanto aosanjos, embora não seja nossopropósito aqui, vemos na Bíblia queeles pecaram, isto é, fizeram umaescolha livre, embora não se possadefinir qual foi o pecado (2 Pe 2.4;Jd 6). Mas, "O homem, caído emestado de pecado, perdeu totalmen-te todo o poder de vontade quantoa qualquer bem espiritual que acom-panhe a salvação" (Rm 15.6; Jo15.5; Ef. 2.1,5 - CFW, IV, III). É porisso, que as Escrituras declaram queo homem está "morto em seus deli-tos e pecados" e que "não há quemfaça o bem", pois, "Depois da que-da, nosso coração natural não estámais inclinado para Deus; ele estáescravizado pelo jugo do pecado enão pode livrar-se dessa escravidão

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a não ser pela graça da regenera-ção" (Bíblia de Genebra, Nota Teoló-gica: Liberdade e Escravidão daVontade, p.880).

E a livre agência? "Adão eraum agente livre antes da queda edepois também, pois continuou a terdesejos e pensamentos, que punhaem ação por meio da sua vontade.Do mesmo também agora, somosagentes livres" (Bíblia de Genebra,p.880). Assim, como livre agente queé, o homem continua a fazerescolhas livres, só que as fazconforme a sua natureza, que épecaminosa. É por isso, que seinclina para o mal, para o pecado.

III - A CONSTITUIÇÃO DAVONTADE HUMANA NO

REGENERADO

Quando alguém é regeneradopela graça de Deus, Deus mesmo "ohabilita a querer e fazer com toda aliberdade o que é espiritualmentebom, mas isso de tal modo que, porcausa da corrupção, ainda neleexistente, o pecador não faz o bemperfeitamente, nem deseja somenteo que é bom, mas também o que émau" (CFW, p.25). Nesta declaraçãode nossa confissão de Fé, vemos queDeus, na regeneração, habilita ocrente "a querer e fazer com toda aliberdade", isto é, Deus mantém aliberdade dada desde a criação. "Hádeterminada liberdade que é posses-são inalienável de um livre agente,quer dizer, a liberdade de elegerconforme seu gosto em completoacordo com suas disposições etendências dominantes de sua alma.O homem não perdeu nenhuma desuas faculdades essenciais neces-sárias que o constituem em agentemoral responsável" (L. Berkhof,

Teologia Sistematica, p.296). É porisso, que há uma grande luta nocoração do crente quanto aopecado, pois embora peque, "porcausa da corrupção ainda neleexistente", ele não sente maisprazer no pecado (Sl 32.1-5; Rm7.21-23; 1 Jo 5.18). Assim, porcausa de sua livre agência, pode-mos entender a ação do regeneradocomo descreve Gardner: "Quer dizerque o cristão é livre e é escravo,sendo-lhe permitido tudo que o amorpermite e proibido, tudo que o amorproíbe...Agostinho já havia expres-sado essa liberdade ao dizer: Diligeet quod vis fac (Ama e faze o quequiseres)". (E.C. Gardner, Fé Bíblicae Ética Social, p.13). Assim, agorano uso da livre agência (1 Pe 2.2),homem depois de regenerado,precisa clamar pela graça de Deuspara que Ele o incline para o bem (1Cr 29.18; Sl 119.36; Rm 7.24,25).

CONCLUSÃO

Você é livre? Sim e Não. Sim,no sentido de que o homem desdesua criação foi constituído um serlivre, capaz de fazer escolhas livres.Depois da queda, porém, o homemse corrompeu pelo pecado, por isso,ele faz escolhas só que inclinadaspara o mal e não para o bem. Não,considerando que somente Adãoteve a possibilidade de fazer esco-lha livre entre o bem e o mal.

Mas, ainda resta outro sim,para esta pergunta, pois "Se, pois,o Filho vos libertar, verdadeiramentesereis livres" (Jo 8.36). Jesus Cristonos redime. Nesta condição pode-mos fazer a vontade de Deus. Isto éliberdade.

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ESTUDO 05

Texto: Romanos 3.9-12

Chave: "...não há quem façao bem, não há nem um sequer"(Rm 3.12b)

Devocional: Romanos 7.18-25

Hinos Sugeridos: 120 e 129do Novo Cântico

Introdução

V O C Ê É B O M ?

Rousseau, um filósofo francêsdo século XVIII, declarou que ohomem nasce bom e a sociedade ocorrompe. Se este é o fato, quemfoi o primeiro corruptor? De ondeprovém a corrupção? Perguntascomo estas só podem serrespondidas pelas Escrituras. Então,como você responderia a estaquestão: "Você é bom?" Vamosverificar isto nesta lição.

Leitura Diária:

2 Feira: Ec 7.23-293 Feira: Gn 2.4-174 Feira: Ef 2.1-55 Feira: Sl 516 Feira: Rm 5.12Sábado: Ef 2.4,5Domingo: 1 Jo 1.5-10

Autor: Rev. Anderson Ribeiro

V O C Ê É B O M ?

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I - A CORRUPÇÃO DO PECADO

Como vimos no estudoanterior, no qual tratamos do livre-arbítrio, o homem, de fato , foicriado, bom , reto, justo, santo (Ec7.29), mas ele, fazendo umaescolha livre, pessoal e responsávelcaiu em pecado, desobedecendo aDeus. Nossos primeiros pais haviamsido advertidos por Deus: "...daárvore do conhecimento do bem edo mal não comerás; porque no diaem que dela comeres certamentemorrerás" (Gn 2.17). E o homemmorreu? Naquele momento, ele nãomorreu fisicamente, fato queaconteceu posteriormente, masmorreu espiritualmente. Isto querdizer que aquela comunhão queAdão e Eva tinham com o Criadorfora perdida. Mas, não somente isto.Eles foram expulsos do Paraíso.

Nesta condição, "...umresultado do pecado no sentido es-trito da palavra, foi a depravaçãototal da natureza humana. Ocontágio do pecado se espalhouimediatamente pelo homemtodo...contaminando todos ospoderes e faculdades do corpo e daalma" (L. Berkof, Teologia Sistemá-tica, p. 209). É por isso, que Paulodeclara que "não há justo"; "não háquem busque a Deus" "não há quemfaça o bem", pois a corrupção dopecado afetou cada uma das partesdo homem. Esta corrupção dopecado afetou o homem de talmaneira que a expressão da Escri-tura é que ele é escravo do pecado(Jo 8.34), está morto (Ef 2.1-5).Expressões como estas, "escravo emorto", denotam a condição deincapacidade. Diante disso, "...

ficamos totalmente indispostos,adversos a todo o bem e inteiramen-te inclinado para o mal" (Confissãode Fé de Westminster (CFW), VI,IV). Esta é, portanto, a condição dohomem após a Queda - ele écompletamente incapaz de realizarquaisquer obras para a suasalvação ou buscar a Deus.

Algumas pessoas possuem umavisão superestimada de si próprias.Elas se vêem como inocentes emrelação às leis humanas e a Deus.Sobre isto, já dizia a Bíblia quemuitos proclamam a sua benignida-de (Pv 20:6). Por mais virtuosa queuma pessoa possa ser considerada,tal pessoa não possui nenhumajustiça diante de Deus. O coraçãodo mais íntegro entre os homens éenganoso e corrupto (Jr 17:9). Pormelhor que se estime, por mais quese louve (Pv 27:2), por mais que façao bem a seu semelhante, o serhumano reconhecerá na sua própriaintimidade o pecado e a suacorrupção.

II - A UNIVERSALIDADEDO PECADO

Em nosso texto básico, oapóstolo Paulo diz que "todos seextraviaram, à uma se fizeraminúteis" (Rm 3.12). Com "todos",Paulo quer dizer que cada um dosseres humanos foi contaminado pelacorrupção do pecado, ninguémescapa desta corrupção. E por queisto ocorreu? Isto aconteceuporque sendo os nossos primeirospais "...o tronco de toda a humani-dade, o delito dos seus pecados foiimputado a seus filhos; e a mesmamorte em pecado, bem como a suanatureza corrompida, foram

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transmitidas a toda a sua posteri-dade, que deles procede porgeração ordinária" (CFW, VI, II). Istoquer dizer que Adão foi o cabeçarepresentativo de toda a raçahumana, de tal maneira, todos oshomens estavam nele. Por isso, adeclaração de nossa Confissão deFé, resume o ensino das Escriturasque afirma que todos os homensherdaram a natureza pecaminosadepravada.

Conforme diz o salmista: "Eunasci na iniqüidade e em pecado meconcebeu minha mãe" (Sl 51.5). Enão somente isso, mas recebemostodas as conseqüências do pecadode Adão como diz Paulo: "Portanto,assim como por um só homementrou o pecado no mundo, e pelopecado a morte, assim também amorte passou a todos os homensporque todos pecaram" (Rm 5.12). Écomo afirma Berkhof "Várias passa-gens da Escritura ensinam que opecado é herança do homem desdea hora do seu nascimento e,portanto, está presente na nature-za humana tão cedo que não hápossibilidade de ser consideradocomo resultado de imitação" (L.Berkhof, Teologia Sistemática,p.223). Assim, todos os homensnascem em um estado de deprava-ção tal, que não há qualquer bemem nós.

III - A GRAÇA DE DEUS EMCRISTO

Conforme vimos nos pontosanteriores, herdamos esta naturezapecaminosa de Adão, que faz comque sejamos completamenteincapases de realizar qualquer bem

por nós mesmos, pois todos oshomens "estão mortos em seusdelitos e pecados". Isto quer dizerque os homens estão numacondição de incapacidade plena, poiso que pode realizar um morto? É issoque Paulo procura demonstrar emsua carta aos Romanos, afirmandoque tanto judeus, como gregos es-tão na mesma condição (Rm 3.9).Mas, como explicar os atos bons depessoas, que são corretas, genero-sas e que são incrédulas? Como dizHoekema, citando Calvino: "Certa-mente não podemos atribuir taiscoisas à capacidade natural do ho-mem, visto que é incapaz de fazerqualquer bem por sua própria força",mas à "graça que restringe opecado na humanidade decaídamuito embora não remova apecaminosidade do homem" (AnthonyHoekema, Criados à Imagem deDeus, p. 210), isto é, a "graçacomum". Então, o que resta aohomem? Somente o recurso dagraça de Deus em Cristo, quandoDeus graciosamente concede vida emCristo (Ef 2.4,5). E a partir daí, nostornamos bons?

João Calvino, ao comentar oSl 51.5, diz que o salmista "éconduzido assim pela consideraçãode uma ofensa tão atroz, à conclu-são de que ele nasceu em iniqüida-de e que era absolutamentedestituído de todo o bem espiritual.Realmente, todo pecado deveria nosconvencer da verdade geral dacorrupção de nossa natureza"(Calvino, Commentary on Psalms,www.ccel.org). Nós, os que fomossalvos, como diz Calvino, todosdeveríamos pelas nossas própriasofensas reconhecer a corrupção denossa natureza e colocarmos a boca

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no pó, pois "Esta corrupção danatureza persiste, durante esta vida,naqueles que são regenerados"(CFW, VI, V). Assim, o que temosque fazer? Reconhecer que em nósmesmos, não há nada de bom (Pv20.9; Rm 7.18); clamarmos a Deus,para que Ele mesmo nos incline parao bem (Sl 119.36; 1Jo 1.8,9) e nosesforçarmos na prática (Rm 12.17,18;Cl 1.29).

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CONCLUSÃO

Você é bom? Jesus certa ocasião disse ao jovem rico: "Ninguémé bom, senão somente um só, que éDeus" (Mc 10.18). Somente Deus ébom plenamente. Para nós, não háoutra coisa a fazer senão recorrer àgraça de Cristo para que sejamosretirados deste estado de miséria eperdição e também permanecermosnesta graça a fim de vivermos pormodo digno do evangelho, porque emnós mesmos não habita bem algum.

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ESTUDO 06

Texto: Atos 11.19-26Chave:"E, assim, se alguémestá em Cristo, é novacriatura; as cousas antigas jápassaram; eis que se fizeramnovas" - 2 Coríntios 5.17.

Devocional: Gálatas 5.16-26Hinos Sugeridos: 131 e 222do Novo Cântico

IntroduçãoO que de fato é ser um

Cristão? Seria freqüentar uma igrejaqualquer, ser membro de uma igrejaevangélica, ir às missas dominicais,declarar que acredita em Deus?Hoje, qualquer um se intitulacristão. O Brasil é um país repletode cristãos. Eles estão em todosos lugares, em cada canto, em cadaesquina. Por todos os lados encon-tramos uma ou mais igrejasevangélicas. No entanto, apesar detantas pessoas se declararemcristãs, não observamos na mesmaproporção os reais valores ensina-dos por Cristo. Ser cristão, muitasvezes, tem se limitado a admitir queJesus morreu em uma cruz para asalvação dos pecadores, ou atémesmo ser membro de uma igreja.Portanto, dos muitos cristãosnominais, poucos se tornamdiscípulosde Cristo.

E quanto a você, poderia afir-mar: Sim, eu sou um Cristão, euamo e sirvo a Cristo? - Esta liçãotem o propósito de questionar acada um sobre se de fato é um cris-tão ou está enganando-se ou sen-do enganado pelos seus líderese ou sua igreja. Há muitas marcasou evidencias que define quem éCristão; no entanto, esta liçãoestará destacando apenas três.

Leitura Diária:

2 Feira: At 11.19-263 Feira: 1 Jo 24 Feira: Gl 5.13-265 Feira: Rm 3.9-186 Feira: 2 Co 5.16-21Sábado: Gl 6.11-18Domingo: 1 Co 2.6-16

Autor: Rev. Gilson BicalhoV O C Ê É CRISTÃOV O C Ê É CRISTÃO?

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I - VOCÊ TEM O CARÁTER DECRISTO

Qual é o caráter de Jesus?Jesus tem o melhor caráter quealguém poderia ter neste mundo. Elefoi um homem honrado, trabalhador,que se preocupava com as pessoas,que amava, não tolerava injustiça eaplicava sempre a misericórdia.Jesus viveu para o reino, nãobuscava seus interesses, mas o doPai. Foi um homem de oração eirrepreensível em todas as coisas.

Em Atos 11.26c, lemos que"Em Antioquia, foram os discípulospela primeira vez, chamadoscristãos". - Hoje chamar alguém deCristão, não tem mais a ver com oseu caráter ou com sua fé profes-sada. Pelo contrário, ser cristãovirou sinônimo de ter uma religião ouestar ligado de alguma maneira a umaigreja. Há inclusive muitas pessoasque um dia pertenceram a algumaigreja, hoje estão no mundo e aindaassim afirmam que são cristãs. Comopode? Parece que Cristianismotornou-se apenas um estilo de vidaonde eu escolho quando, o modo, ahora e o jeito ser. Quanto a Jesus,sua palavra e sua igreja tornaram-se apenas um detalhe. Que pena,mas isto não é cristianismo! Noperíodo do novo testamento nãohavia a designação de Cristão paraquem servia a Jesus. Este termo foiinaugurado com os discípulos emAntioquia. Porque eles foramchamados cristãos? Porque elespareciam com Cristo; o caráter delesse parecia com o caráter de Cristo.

O apóstolo Paulo escrevendoaos Gálatas chegar a pedir um bas-

ta aos seus oponentes e diz: "Quantoao mais, ninguém me moleste;porque eu trago no corpo as marcasde Jesus" - Gálatas 6.17. - Comcerteza, Paulo falara das marcas docaráter do Senhor Jesus e não demarcas físicas. Somente quem temo caráter de Jesus tem o direito deintitular-se discípulo de Cristo ouCristão. Lembre-se, o seu caráterdemonstra quem é você. Ele fala maisalto do que qualquer discurso. Aindaque a oratória seja perfeita, ela nãoconsegue ofuscar as evidências doseu caráter. Quem o seu caráterdemonstra pertencer, a Cristo ou aomundo?

II - VOCÊ VIVE UMA NOVA VIDA

O ser humano, mesmo setiver nascido em "berço de ouro",educado nas melhores escolas domundo e criado num lar estável,numa família equilibrada, não trazconsigo nem um resquício sequer devida cristã. Por melhor cidadão queseja, por mais honrado e honesto,por mais serviços prestados àcomunidade, nada disso o torna umcidadão do Céu. Nada disso é capazde mudar seu caráter espiritual, oumudar sua condição espiritual. Elecontinuará sendo um pecador,corrupto e condenado ao inferno.

Em Romanos, capítulo 3 dosversos 9 - 18 lemos sobre o caráterde todo o homem natural, semCristo, independente de seunascimento, de sua condição socialou de sua cidadania. "Que seconclui? Temos nós qualquervantagem? Não, de forma nenhuma;pois já temos demonstrado quetodos, tanto judeus como gregos,estão debaixo do pecado; como está

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escrito: Não há quem entenda, nãohá quem busque a Deus; todos seextraviaram, à uma se fizeraminúteis; não há quem faça o bem,não há nem um sequer. A gargantadeles é sepulcro aberto; com alíngua, urdem engano, veneno devíbora está nos seus lábios, a boca,eles a têm cheia de maldição e deamargura; são os seus pés velozespara derramar sangue, nos seuscaminhos, há destruição e miséria;desconheceram o caminho da paz.Não há temor de Deus diante de seusolhos".

Toda esta situação é automa-ticamente mudada, alteradaquando o pecador recebe o SenhorJesus como seu Senhor e Salvador.A partir deste momento ele começaa experimentar uma nova vida.Somente o evangelho pode dar estanova vida e é impossível um conver-tido, um crente, um salvo no SenhorJesus não viver esta nova vida. Vocêé um cristão? Se sua vida for a novavida proporcionada pelo evangelhovocê é um cristão, mas se sua vidanão é nova, se você continua aviver como um mundano, um serhumano qualquer, está é a prova deque você não é cristão. "Se alguémestá em Cristo, é nova criatura".

Você está em cristo? Énova criatura? Então demonstre atra-vés do seu viver porque tudo se faznovo na vida do cristão. As conver-sas, as músicas, as brincadeiras, osnegócios, o dinheiro, o poder, a famatudo isto passa a ser coadjuvanteda vida espiritual; tudo isto se tornarefugo. Ser cristão e não ser novacriatura é impossível. Você écristão?

III - É GUIADO PELO ESPÍRITO

Porque os discípulos foramchamados de Cristãos em Antioquia?Porque além de terem o caráter deCristo, de viver uma nova vida, elestambém davam mostras que eramguiados pelo Espírito. Não tem jeito,o verdadeiro cristão é guiado peloEspírito! Como posso saber se souou não guiado pelo Espírito? Bastaconferir as obras praticadas com asorientações da palavra de Deus emGálatas 5.16-26. Que tipos deatitudes o Espírito Santo guiaria umcrente? O Espírito guiaria um crenteà prostituição, impureza, lascívia,idolatria, feitiçarias, inimizades,porfias, ciúmes, iras, discórdias,dissensões, facções, invejas,bebedices e glutonarias? E quantoà prática do amor, alegria, paz,longanimidade, benignidade,mansidão e domínio próprio?Perceba que não é difícil saber sede fato é um cristão ou não. Oproblema é que muitos pensam quepodem ser cristãos sem observarestes preceitos.

Uma coisa é certa, se o Espíri-to é o meu guia, logo, preciso mesubmeter às suas orientações. Navida do crente, esta sujeição não éum fardo, pelo contrário, é umaconseqüência natural de pertencera Cristo. Portanto, é preciso insistirna afirmação: para onde têm ido seusolhos, seus pés, seus pensamentose suas atitudes demonstram ouapontam quem é o seu guia? Vocêé um cristão? Você sabe a resposta!

Andar no Espírito tem váriasimplicações, como por exemplo, nãosatisfazer a vontade da carne. Acarne representa todo o desejo de

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pecado. Se você anda no Espírito,todos os pecados que passam pelasua cabeça provavelmente nãochegarão a ser praticado. Faloprovavelmente por causa da nossacondição de ainda pecadores.Contudo, o pecado será comoorientado por João (1 João 2:1), umacidente em nossa vida, e não umfato comum e corriqueiro.

Outra implicação de andar noEspírito é não satisfazer a vontadeda lei. Muitas pessoas tendem a ca-minhar numa perspectiva delegalismo, do pode e não pode. Taispessoas, não se limitando à lei deDeus incluem suas próprias leis paraque outras venham a cumprir. Andarno Espírito, ser guiado pelo Espíritonos livra dessas armadilhas. Se vocêé Cristão, você é guiado pelo Espíri-to; ser guiado pelo Espírito e sinôni-mo de guerra constante contra acarne ou desejos pecaminosos.Porém quem é guiado pelo Espíritosempre vence esta batalha.

CONCLUSÃO

Tenho ouvido falar muitosobre cristianismo, religião, ecrescimento e necessidade de re-forma da igreja. Por um lado, temosum discurso sobre a necessidadede avançar enquanto igreja, e dooutro uma necessidade de uma re-forma interna. Como nos posicionar?É possível fazer um sem o outro, épossível falar em crescimento semuma reforma? E se optarmos pelareforma, é possível pensar emcrescimento antes do término doprocesso? Sinceramente, vejo asduas necessidades. Entretanto, en-tendo que cada pastor, cada líder,cada verdadeiro cristão deve focarseu ministério num ensino profun-do da palavra de Deus, o que con-seqüentemente irá purificar e penei-rar os verdadeiros cristãos. A partirde então, e como conseqüência, oSenhor acrescentará no seu tempoos que Ele quiser salvar.

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ESTUDO 07

Texto: Romanos 12.1,2Chave: E não vos conformeiscom este século... (Rm 12:2 a)

Devocional: 1 Coríntios 11.7-11Hinos Sugeridos: 156 e 336 doNovo Cântico

IntroduçãoAcredito que sua resposta

diante desta pergunta direta serápositiva. Sim, sou protestante, dirávocê. Mas, se lhe for solicitadodiscorrer mais sobre esta posturaassumida, você provalvelmenteteria alguma dificuldade. Istoporque o termo protestante temsofrido um grande esvaziamento,como pode acontecer com todasas palavras ao longo do tempo. Oconteúdo da palavra amor, porexemplo, há dois séculos atráscertamente não é o mesmoconteúdo encontrado na mesmapalavra nos dias atuais. Aspalavras, às vezes, adquiremnovos significados. Noutras vezes,infelizmente, elas são completamen-te esvaziadas de sentido. Creio queé o que acontece com a palavraprotestante. Em termos gerais, apalavra soa bem, impressiona, massignifica pouco.

Nesta lição, queremos que vocêperceba a importância da palavraProtestante. Queremos mais, quevocê recupere o significado eassuma a nobreza deste termo paraa sua vida e o pratique.

Leitura Diária:

2 Feira: 1 Pe 3.8-153 Feira: 1 Rs 184 Feira: Jo 8.1-115 Feira: Mt 18.23-356 Feira: Cl 3.12-17Sábado: At 17.16-31Domingo: 1 Jo 4.14-19

Autor: Rev. Luciraldo Castório de Carvalho

V O C Ê É P R O T E S T A N T E ?V O C Ê É P R O T E S T A N T E ?

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I - OS PROTESTANTES CONTRA SIMESMOS

Muito embora a herançaprotestante seja de altíssimo valor,considerados os mais diversoscampos do saber e atuação huma-nas, tais como as ciências e asartes, há muitos protestantesnestes dias desvalorizando suahistória e sua cultura, como sefossem coisas de menor importân-cia.

Há certos cristãos alérgicos atudo o que se solidifique no passa-do. Como a Reforma Protestante éfato que data 31 de outubro de1517, diante desta antigüidade, háquem se sinta mal. Espirros. Tosse.Falta de ar. Quanta tolice! Se opróprio Cristo, quando vindo àterra, demonstrou exaustiva-mente suas raízes no AntigoTestamento (Lucas 24:44), porquenós teríamos de apresentar uma novafé? O Protestantismo não é uma lojade antiguidades cheia de mofo evazia de praticidade. Não é umretrocesso, nem mesmo uma formade paralizar a vida cristã.

Outros crentes ficam incomo-dados quando nomes como os deMartinho Lutero e João Calvino,dentre outros, são citados emestudos ou pregações da Palavra deDeus. Isto lhes parece uma formade idolatria ou, pelo menos, de umavisão embotada, bitolada da fé. Taiscrentes não percebem o quanto sãoinjustos e ingratos com esteshomens que tanto lutaram e seempenharam para livrar o Cristianis-mo do jugo romano opressor de todaa consciência. Há diferença entre

mencionar nomes importantes dahistória da igreja e idolatrarpessoas. A primeira coisa fazemos,a segunda, não.

Os cristãos sofrem um processode agressão à sua personalidade.São pressionados a se igualar, a seconformar, a anular suas diferenças.É a uniformização dos cristãos,como se todos fossem iguais. Porum lado, o movimento ecumênicoexerce esta pressão, diante da qualluteranos e anglicanos estão sucum-bindo. Os luteranos, produzindoacordos formais com o Vaticano,como o de 31 de outubro de 1999(Declaração Conjunta Sobre ADoutrina Da Justificação). Estesacordos aproximam hipocritamenteas instituições, sem efeito práticode retorno à verdade. Maisrecentemente, parte da IgrejaAnglicana se uniu ao Vaticanooficialmente. Os cristãos, quando setornam ecumênicos, sedespersonalizam, se esvaziam de suaessência e de seu pensamento,sendo engolidos pelo erro ou pelovazio. Foi neste sentido que Pauloreconheceu algum valor nas diviõesque haviam em Corinto, pois, nasdivisões, poderiam ser reconhecidasa verdade e a mentira, o certo e oerrado (1 Coríntios 11:18,19).

Não somos iguais. Arminianossão arminianos, Calvinistas sãocalvinistas. Embora sejamos todosnós salvos exclusivamente pelagraça soberana e livre de Deus, nemtodos os cristãos reconhecem estaverdade. Os batistas têm as suasconvicções e, da mesma forma ospentecostais e neopentecostais.Assembleianos e presbiterianos são

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salvos por Cristo e nele estão uni-dos, mas há muitas diferençasliturgicas e doutrinárias que dificul-tam uma proximidade formal das igre-jas. Precisamos exercitar o respeitoe o amor, mas isto não significa quevamos ignorar as nossas diferenças.

Lamentavelmente, algunspresbiterianos desprezam seus va-lores e admiram tudo o que há emoutras denominações. É uma crisede identidade prejudicial e tola. Masvocê precisa se reconhecer. Precisaser criterioso (Tito 2:6). Deve sa-ber qual é o conteúdo de sua fé (1Pedro 3:15). Caso ignore a sua iden-tidade, acabará perdendo a sua im-portância na sociedade em que vive.Se viver à sombra de outras pesso-as, no final das contas, poderá nemmesmo se achar um cristão. Um cris-tão conformado não é um cristão(Romanos 12:1). .

II - O PROTESTO NECESSÁRIO

Você é protestante. Mas quetipo de protesto anda fazendo? Sevocê reclama da injusta distribuiçãode renda em nosso país ou da faltade oportunidade para os pobres nasuniversidades federais, convenha-mos, isto não é o "protesto protes-tante". São causas justas, comotantas outras existem. Mas você nãofoi salvo para lutar por bandeirassociais. Jesus, quando veio à terra,se compadeceu das pessoas, masnão colocou nenhuma bandeirasocial no centro de sua pregação(Mateus 9:36). Com relação aosescravos, por exemplo, jamaistocou na questão. Transformar oevangelho em causa social oupolítica é empobrecê-lo demais.

O espírito protestante estábem sinalizado na Escritura. O pro-feta Elias estava inconformado comos erros de seus dias e contra taiserros protestou (1 Reis 18:17,18).João Batista agiu da mesma forma(Lucas 3:7). Mais tarde, o apóstoloPaulo incomodado com a idolatria deAtenas, anunciou ali o evangelho(Atos 17:16-18). O cristão precisasustentar a verdade em meio aoserros de seu tempo. Foi estacoragem que Lutero apresentou emseus dias chamando a igreja de voltaà verdade, ainda que tenha elesofrido tantas pressões a se calar.

Mas, convém que se diga, queo Protestantismo não é uma atitudenegativa, uma postura contra tudoe contra todos. O Protestantismotem uma mensagem positiva, umaafirmação da verdade tal comoensinada nas Escrituas. Os protes-tantes não podem ser reconhecidospor questões periféricas, tais como,seus hábitos na alimentação ou novestuário. Os protestantes tambémnão são atiradores profissionais quesaem denunciando todos ospecadores. A Reforma Protestantenão intentou santificar o mundo, mascorrigir os desvios da igreja. Quandoa igreja denuncia o homossexulismo,por exemplo, sem se abrir paraacolher e amar o pecador, estáusando o evangelho para apedrejar,coisa que Jesus não fez (João 8:11).

Você precisa protestar! Vocêprecisa ter saúde doutrinária. E a suafé deve estar associada à virtude,como recomendou Pedro (2 Pedro1:5). É a teologia traduzida emmoral, a fé traduzida em comporta-mento. É o amor recebido de Deus,sendo partilhado com o próximo, e o

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perdão obtido, também ofertado. Nãoé isto o ensino da Bíblia?! (Mateus18:23-35; Colossensses 3:13; 1João 4:19). Você precisa protestarcontra si mesmo, corrigindo o seupensamento e o seu proceder(Romanos 12:1,2).

CONCLUSÃO

Muitas coisas lhe parecem maisnecessárias que ser, se reconhecer

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e se chamar prostestante. Em umasociedade tão sofrida como anossa, isto parece um luxo, coisapara eruditos. Com tantas respon-sabilidades que você possui, talveznem tempo para este assunto vocêpossua. Mas, fazer dos pobres a suaprioridade, ou fazer de si mesmo oalvo de toda a sua atenção, tudoisto não passa de grosseira idola-tria. Você pode começar a protestara partir deste ponto.

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Texto: Gênesis 1.26-28; 2.1-7Chave: "Então formou o SenhorDeus o homem do pó da terra, elhe soprou nas narinas o fôlegode vida, e o homem passou a seralma vivente." Gênesis 2:7Devocional: Lucas 10.30-37Hinos Sugeridos: 212 e 213 doNovo Cântico

Introdução

Sócrates, o filósofo grego queviveu entre 470 a 399 anos antesde Cristo, tornou célebre a frase"conhece-te a ti mesmo". Seupensamento era que assim se po-deria conhecer a deus. Alguém afir-mou recentemente que o séculoXXI seria marcado pela busca dohomem em conhecer o próprio cor-po.Mas na verdade o século XXI vemse destacando pelo crescimento dasenfermidades psicoemocionais.Estas enfermidades cada vez maisligadas aos fatores psicológicos ecomportamentais vêm ganhandoespaço no ranking das pesquisascientíficas.A Bíblia, que não é um livro científi-co, nos ajuda a entender aimportância da nossa alma e suarelação com o corpo e com Deus,proporcionando maior equilíbrio en-tre ambos.

Leitura Diária:

2 Feira: Sl 83 Feira: Hb 4.124 Feira: Mt 22.34-405 Feira: Mt 16.24-286 Feira: Gn 2.4-7Sábado: Lc 10.30-37Domingo: 1 Ts 4.6,17

Autor: Rev. Públio Ronaldo FonsecaV O C Ê T E M A L M A ?

ESTUDO 08

V O C Ê T E M A L M A ?

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I - TRICOTOMIA: A PESSOAHUMANA EM TRÊS PARTES

Esta teoria, como o própriotermo sugere, divide o ser humanoem três partes distintas, ou seja,corpo, alma e espírito. O corpo,formado do pó da terra, constitui-se na parte material e orgânica,sendo, portanto, relacionado ao queé material. Ele é o "agente outabernáculo por meio do qual a almae o espírito operam". A alma, segun-do o conceito tricotomista, é o"princípio vital e sede da personali-dade, afetos, apetites, sentimentose memória". Ela seria o princípio devida animal no homem que tambémpode ser encontrada nos irracionais.Sendo apenas a sede da vida, a almamorreria com o corpo, separando-se, portanto do espírito. O espírito,segundo a tricotomia, é o "princípiode vida racional e moral, sede darazão, da vontade e da consciênciamoral".

Esta teoria argumenta quealgumas vezes a Bíblia usa ostermos alma e espírito de maneiradiferenciada em textos comoI Tessalonicenses 5:23 e Hebreus4:12, dando a idéia de partesdistintas. Porém, nenhum dostextos tem como assunto aconstituição humana. O primeirotexto aborda a santificação. Já osegundo texto fala do poder daPalavra de Deus. Paulo, ao escreveraos tessalonicenses, acumuloupalavras para enfatizar a inteirezado ser humano, não para dividi-lo.Ao dizer corpo, alma e espírito, Paulofez o que antes Jesus havia feitodizendo: "Respondeu-lhe Jesus:Amarás o Senhor, teu Deus, de todoo teu coração, de toda a tua alma e

de todo o teu entendimento."(Mateus 22:37).

Quanto ao texto de Hebreus12:4, não poderíamos concluir quehaja nele um propósito de descrevera constituição humana. Este seriaum assunto completamente fora detodo o contexto do livro. Em Hebreus4 se diz que a Palavra de Deus époderosa, cortante,eficiente. Ela vaiao mais íntimo do ser o humano e ofaz ver a si próprio, e o vivifica esantifica. Ademais, se alguémpretender usar este texto bíblicopara defender a tricotomia, terá dedefender a tricotomia como a formade constituição apenas doscristãos, pois o texto fala depessoas mudadas pela Palavra deDeus. Como se vê, a suposta baseda Tricotomia não oferece firmezaalguma.

II - ICOTOMIA: A PESSOAHUMANA EM DUAS PARTES

Dicotomia é o nome que se dáà teoria de que o homem é compos-to de duas partes apenas, corpo ealma ou espírito. O corpo é a partematerial formado do pó da terrasendo, portanto, a matéria. A almaou espírito é a parte imaterial, nãocorpórea, que torna o homem um servivo à imagem e semelhança deDeus. A sustentação desta teoria sebaseia em três argumentos:

a) Em Gênesis 2:7, no relatoda criação do homem encontramosuma descrição clara. Deus tomou opó da terra e fez dele o corpo, eapós, soprou-lhe nas narinas ofôlego de vida, e então se diz: "E ohomem passou a ser alma vivente".Neste texto só se pode contemplar

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dois elementos, ou seja, o materiale o imaterial. A expressão "almavivente" descreve o ser integralformado pelos dois elementos, pó daterra e sopro de Deus. Na Bíblia sãousados termos diferentes paradescrever a parte corpórea (carne,pó, ossos, entranhas, rins e casa debarro), corno também vários termospara descrever a parte imaterial(espírito, alma, coração e mente).São termos usados para mostrarconotações dist intas de umamesma substância.

b) Outro testemunho importan-te da dicotomia é o testemunho danossa própria consciência quesempre concebe a existênciapessoal em dois aspectos apenas, ocorpo e a alma, o espiritual e ofísico.

c) A dicotomia está de acordocom o testemunho bíblico, pois aBíblia usa o termo alma e espírito deuma forma sinônima ou, corno diz ateologia, de forma "intercambiável".Os termos bíblicos 'nephesh' e'psychê' (alma) e 'rnach' e 'pneuma'(espírito), são usados na Bíblia orapara descrever a vida humana, orapara descrever seu estado espiritu-al. As almas dos que morreram porcausa do evangelho estão no céu(Ap 6:9; 20:4), também as almas sãodescritas, corno aquela parte doshomens que buscam a Deus elouvam-lhe o nome para a suaprópria salvação (Mc 12:30; Lc 1:46;Hb 6:18,19; Tg 1:21). Nas palavrasde Jesus, perder a alma é o mesmoque perder a vida espiritual, ou seja,a vida eterna (Mt 16:26).

"A composição do homem édescrita corno corpo e alma (Mt6:25; 10:28) e também corno corpo

e espírito (Ec 12:7; I Co 5:3-5). Al-gumas vezes se descreve a mortecorno a entrega da alma (Gn 35:18;I Rs 17:21; At 15:26), ou-trasvezes corno a entrega do espírito(SI 31:5; Lc 23:46; At 7:59). "Aparte imaterial dos justos que estãono céu, às vezes é descrita cornoalma (Ap 6:9; 20:4) e às vezescorno espírito (Hb 12:23; I Pe 3:19).

III - INTEGRALIDADE: A UNIDADEDO SER

Alguns teólogos têm questio-nado as teorias da tricotomia e dadicotomia, afirmando que a pessoahumana não pode ser dividida nemem três nem em duas partes, masque é um ser único e integral semqualquer divisão em sua composição.Este argumento toma como baseGênesis 2:7. Nele verifica-se queAdão só passou a ser uma pessoaapós receber o sopro de vida. Nãose pode dividi-lo em duas partes,porque simplesmente ele não existi-ria sem urna delas. O teólogo LouisBerkhof diz que "a Bíblia nos ensinaa considerar a natureza do homemcorno uma unidade, e não cornodualidade consistente de doiselementos diferentes, cada um dosquais se movendo paralelamente aooutro (...) Cada ato do homem secontempla como ato do homemcompleto".

Esta visão do homem como serintegral está mais coerente com oensino bíblico, pois valoriza e cuidado ser como um todo e estimula aviver o evangelho como umbenefício espiritual para o homemtodo, como fica claro na parábolade Lucas 10:25-37.

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IV - O ESTADO INTERMEDIÁRIO

É comum ouvirmos pessoasafirmando que "Deus não estáinteressado neste corpo mor tal, massim em nossas almas". A filosofiaplatônica ensinava que 'o corpo émau e a alma pura', sendo aquele aprisão desta.

Esta filosofia não encontrabase na Bíblia pois ensina que opecado atingiu o homem todoafetando e corrompendo todo o seuser.O que a Bíblia afirma é que na mortehá uma separação entre a alma e ocorpo, sendo que este, composto dematéria, se deteriora, enquanto aalma, imaterial, permaneceinalterada. Mas esta separação étemporal e provisória, até que che-gue o dia do juízo final quando Deushá de ressuscitar os mortos para ogrande acerto de contas (I Ts4:16,17). A eternidade da pessoahumana será na sua integralidade,assim corno a sua vida terrena o é.Alguns textos bíblicos nos ensinamclaramente que após a mortecontinuaremos a existir em plenaconsciência, só que fora do corpo(Fp 1.23; Fp 1.22-23; Lc 23.43).Estes textos mostram uma

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expectativa do apóstolo em relaçãoa uma vida plena de gozo na pre-sença do Senhor após a sua parti-da deste mundo. Por outro lado,mostra também que esta vidaacontece fora do corpo mortal que,na sepultura, aguarda a volta deCristo e a ressurreição (2 Co 5.6-8;Ap 6.9; Hb 12.22-23; 1 Ts 4.14). Aeste tempo a teologia chama de"estado intermediário".

CONCLUSÃO

A importância de se ter apessoa humana como um serintegral é que não se cria dualismode vida e de fé, que faz separaçãoentre o material e o espiritual,tomando a fé mística e desencarnadasem compromisso com as necessi-dades do corpo. Nossa consagraçãoa Deus deve ser da totalidade donosso ser. O que fazemos com onosso corpo implica à alma, e asexperiências espirituais que temoscom Deus se refletem em nossocorpo e se relacionam com ele.

A vinda do Senhor e a ressur-reição restauram o homem na suaintegralidade para a eternidade.

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Texto: 1 Coríntios 10.23-32Chave: Todas as coisas sãolícitas, mas nem todas convêm;todas são lícitas, mas nem todasedificam. 1 Coríntios 10.23

Devocional: Colossenses 3.1-4Hinos Sugeridos: 131 e 102 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: 1 Jo 4.7-213 Feira: Ec 2.1-114 Feira: 1 Co 6.12-205 Feira: Tg 1.26,276 Feira: Mt 25.31-46Sábado: 2 Rs 8.16-24Domingo: Ap 22.12-15

Autor: Rev. Luciraldo Castório de Carvalho

ESTUDO 09

V O C Ê T E M MORAL?

É claro que sim!, você vai meresponder apressadamente. Comrazão, esta pergunta pareceofensiva. Parece que estou lheacusando de estar fora dos padrõessociais, dos costumes e princípiosreligiosos ou das leis em vigor. Masnão é nada disso, afinal decontas, que moral tenho eu paralhe fazer alguma acusação?Espere: eu tenho moral, sim. Eutambém quero me defender nessahistória. Nós todos temos moral.Precisamos nos reconhecer comoseres morais, não amorais. Nãosomos ausentes da noção docerto e do errado, do aceitável edo reprovável. Fazemos distinçõesentre bem e mal.

Não podemos pretender quea existência humana e a vida so-cial sejam ausentes de critériospara o comportamento. Atémesmo as pessoas mais libertinas,em algum momento, irãocondenar algum tipo de comporta-mento . Isto evidenciará quetais pessoas têm alguma moraldefinida, uma noção de certo eerrado, de bem e mal. Entrealguns fora-da-lei, por exemplo,exige-se fidelidade e cumprimentoda palavra empenhada. Certasnormas quebradas podem levar aexecuções imediatas.

V O C Ê T E M MORAL?

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I - A BASE MORAL

Existem pessoas escrevendoe ensinado em defesa da flexibili-dade dos conceitos morais, ou seja,de uma noção de que o certo e oerrado dependem de simples acordos sociais diferentes conformeo tempo e o lugar. Desta forma, ocerto e o errado dependem dotempo e do lugar em que se vive,não havendo portanto algo que sejaválido para todas as pessoas detodos os tempos em todos oslugares. Furtar, por exemplo, podeser considerado errado nestes dias,no Brasil. Mas, talvez, no próximoséculo, seja este um comportamen-to aceitável na Alemanha ou naFrança. Esta compreensão acimaexposta tem pelo menos doisproblemas: a referência e o resulta-do. A referência para a moral passaa ser apenas o ser humano. Oresultado é trágico, pois a moral ficarelativa. Nada mais pode ser consi-derado certo ou errado. Tudodepende de quando e onde se está.

Mas você, que é um cristão,tem fundamento melhor para amoral que defende e pratica. Suabase está no próprio Deus. Para di-ferenciar o certo do errado, vocêavalia todas as coisas a partir desua criação e do seu fim. Você ob-serva que foi criado por um DeusPerfeito, moralmente excelente, emquem não há nenhuma mácula. Vocêfoi criado à imagem deste Deus,portanto, com um senso moralíntimo, anterior à qualquer conceitoaprendido na sociedade. A você foiconcedido o atributo do amor. Deusé amor, você foi criado com a possi-bilidade de amar. Desta forma, a

partir da compreensão de sua ori-gem, você vai separar o certo doerrado. Amar, então, não é apenasuma lei imposta a você. É umaatitude coerente com a sua nature-za. Amar é correto sempre, em todolugar. A perfeição moral de Deus, àimagem do qual você foi criado, deveorientar o seu comportamento.

O seu comportamento édefinido também pelo fim de sua vida.Considerar o propósito da existênciahumana é essencial para agir cor-retamente. Quando quiser definiralgo como certo ou errado, vocêprecisa se lembrar antes que estácrucificado com Cristo e com Eleressuscitado (Cl 3:1,2,3). Sua situ-ação na graça de Deus significa umrompimento total e definitivo com osvalores puramente terrenos. Vocêdeve buscar e pensar nas coisas ládo alto onde sua vida, com Cristo,realmente está. Uma vida puramen-te terrena sem os ares celestiaisseria algo extremamente cansativoe frustrante, pura vaidade. Como di-ria Salomão, correr atrás do vento(Ec 2:11). Mas a moral cristã énorteada por valores divinos, eter-nos, invisíveis, celestiais. Na filo-sofia, isto seria chamado demetafísica. No coração do cristão,isto é segurança, direção e paz.

Caso seja a sua referênciamoral a sociedade em que vive,certamente você se corromperá. Nãopode avançar quem imita a própriasombra. Não pode se aprimorar quemse orienta por aquilo que está cor-rompido. Nos dias do Velho Testa-mento, quando os reis escolhiam umareferência ruim para si, acabavamprejudicando o andar de muita gen-te (2 Re 8:18; 13:2). Mas você

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tem moral, a moral cristã, um cha-mado a viver em coerência com oseu Criador e consigo mesmo. Istonão é uma imposição, mas o modode respeitar a si próprio, o que con-vém (1 Co 6:12; 10:23).

II - A EXPRESSÃO RELIGIOSA

As religiões e as seitas têmseus valores morais. Nelas, algumaspráticas serão igualmente conside-radas virtuosas, como, por exemplo,a solidariedade. Mas as razões parase praticar o bem e evitar o mal,são razões diferentes entre asreligiões. Existem religiões querecomendam a prática do bem parauma evolução pessoal. Osreencarnacionistas de um modo geral(aqueles que acreditam que depoisda morte, a alma humana sereencarnará para alcançar maiorpurificação) pensam assim. Entre elesestão os espíritas e os budistas.

Entre os cristãos, existem osque recomendam a prática do bempara a conquista da salvação. Osmembros do catolicismo romano sãoincentivados desta forma à práticadas boas obras. Já os cristãosreformados são exortados à práticado bem como uma evidência dagraça recebida. O amor recebido deDeus deve ser traduzido em amoraopróximo (1 Jo 4:19). As religiõeschamam seus fiéis a praticar o o cor-reto, o bem. Aí, você precisa tercuidado, pois fazer a coisa certapelo motivo errado é imoral.

O Cristianismo não é umconjunto de regras morais. Ele é bemmais que isto. Ele não simplesmen-te nos mostra um comportamento

adequado para com a sociedade,mas nos oferece a reconciliação como Pai por meio de Jesus Cristo. Aprincípio, o Cristianismo é vertical,uma relação entre homem e Deus.Mas esta verticalidade logo modificao comportamento entre os homens.Foi neste sentido que Tiagoensinou que a religião pura para comDeus é visitar os órfãos e as viúvas(Tiago 1:27). Antes dele, Jesus jáhavia ensinado que... "Em verdadevos afirmo que, sempre que o fizestesa um destes meus pequeninosirmãos, a mim o fizestes." (Mt 25:40).Como você vê, se a religião cristã,por um lado não se limita a um con-junto de normas morais, por outrolado, ela muito valoriza o modo dohomem se portar nesta Terra. NoCristianismo, espiritualidade emoralidade não se separam.

Os cristãos se encontramnestes dias em dificuldade paraexpressarem seus conceitos epraticarem seus valores. Muitoembora a nossa sociedade se digatolerante e respeitosa para com asdiferenças de credo e pensamento,esta tolerância não é aplicada comrelação à moral cristã. Se umcristão disser que discorda deste oudaquele comportamento, logo serácriticado por isto. Na verdade, anossa sociedade atual é toleranteapenas para com o erro, para umapermissividade nos costumes, paraa degradação moral.

Mas não importa. Você temmoral e lhe será saudável, decentee espiritual praticar a sua fé (Rm12:2). Mesmo se as leis humanaslhe permitirem o pecado, como é ocaso da descriminalização do adul-tério nas terras brasileiras, você pre-

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cisa ir além do aspecto legal e prati-car o que realmente é moral (1 Co6:12; 1 Co 10:23).

III - A MORAL CELESTIAL

Você deve se cansar por vertanta corrupção ao seu redor. Eu seicomo são as coisas, pois vivo namesma sociedade em que você vive.Somos muito falhos, pouco sabemosnos relacionar. Por esta razãocriamos muitas leis para nortearemnossa conduta. Estatuto do Idoso,Estatuto da Criança e do Adolescen-te, estatuto do índio, Estatuto doTorcedor, Código de Defesa do Con-sumidor, Estatuto da IgualdadeRacial... Como se não bastassemtantas leis, criamos dia após diainstrumentos de fiscalização econtrole. Procon, Sunab, Anatel,Delegacia da Mulher, ConselhoTutelar... Sabem a razão disso tudo?A razão está na impiedade do serhumano. As leis pretendem norteara nossa conduta, mas, antes defazerem isto, nos denunciam comopecadores.

Você quer justiça. Você a verá.Quando Cristo voltar, Ele lhe faráviver numa terra na qual habita ajustiça. Nela, nunca jamais penetrarácoisa alguma contaminada, nem oque pratica abominação e mentira,mas somente os inscritos no Livroda Vida do Cordeiro (Apocalipse21:27) Você não conviverá com oerro pessoal ou alheio. Todos os queadentrarem à vida eterna com Deusestarão aperfeiçoados. Nós, porém,segundo a sua promessa, esperamosnovos céus e nova terra, nos quaishabita justiça (2 Pedro 3:13). Já nãohaverão códigos, leis ou estatutos,

pois teremos nossa moral perfeita.Você viverá numa sociedade justa esanta.

Você tem moral, mas não umamoral qualquer. Você está impreg-nado de céu, suas atuais atitudesdevem ser modificadas por sua vidaporvir. Francis Schaeffer nos ensi-nou que a verdadeira espiritualidadeestá em viver nas duas metades darealidade, na parte natural e na so-brenatural. Para o referido autor, sercristão significa viver agora nosobrenatural, não apenas na teoria,mas na prática também (Editora Fiel,Verdadeira Espiritualidade, página78). Devemos pensar nistoaocantarmos os versos do hino OCéu Com Cristo: "Depois queCristome salvou, em céu omundo setornou.". O céu invade a vida docristão e a modifica.

Sendo assim... "Continue o in-justo fazendo injustiça, continue oimundo ainda sendo imundo; o justocontinue na prática da justiça, e osanto continue a santificar-se. Eeis que venho sem demora, ecomigo está o galardão que tenhopara retribuir a cada um segundo assuas obras." (Ap 22:11,12). No mun-do, isto se chama loucura. Na igre-ja, isto se chama esperança.

CONCLUSÃO

Você tem moral. Mas não paralhe credenciar a condenar as demaispessoas. Você tem moral pararespeitar a sua própria natureza eglorificar com a sua conduta a Deus.Você tem moral para praticar o beme evitar o mal, para ser tolerante eamoroso. Você tem moral para viverna terra antecipando o céu.

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Texto: Deuteronômio 8.1-20Chave: "Guarda os mandamentosdo SENHOR, teu Deus, paraandares nos seus caminhos e otemeres"(Dt. 8.6)Devocional: 1 Coríntios 10.1-13Hinos Sugeridos: 172 e 368 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Dt 8.1-93 Feira: Dt 8.10-204 Feira: Sl 78.1-85 Feira: Dt 9.1-66 Feira: Dt 9.7-21Sábado: Dt 10.1-5Domingo: Dt 30.15-20

Autor: Rev. Enos Dias Pereira

ESTUDO10

VOCÊ PRECISA DE QUE?

A lição de hoje trata dasnecessidades humanas à luz dofinal emocionante da história dopovo de Israel. Eu lhe pergunto:Qual é a maior necessidade quevocê tem agora? A sua necessida-de real agora é material, física,psicológica ou espiritual? Vivemosnum mundo repleto de ofertas deprodutos e serviços que estão ànossa disposição para seremadquiridos por nós, mas será quetemos uma visão clara das nossasnecessidades? É preciso discerniro que é realmente essencial eindispensável para nós, do que édesnecessário e dispensável. Arealidade é que nós não podemoster tudo o que queremos, e mesmoque pudéssemos não saberíamosescolher o que é melhor para nós.Mas podemos ter o que é essenci-al. Deus nos prometeu dar omelhor, e Ele cumprirá.

Tomaremos como base o tex-to de Deusteronômio 8 para ob-servarmos quais eram as reais ne-cessidades dopovo de Deus nopassado. Estas também são asnossas necessidades.

VOCÊ PRECISA DE QUE?

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I - VOCÊ PRECISA SE LEMBRARDA FIDELIDADE DE DEUS

"Cuidareis de cumprir todos osmandamentos que hoje vos ordeno,para que vivais, e vos multiplicareis,e entreis, e possuais a terra que oSENHOR prometeu sob juramento avossos pais. Recordar-te-ás de todoo caminho pelo qual o SENHOR, teuDeus..." O povo precisava recordarde todo o cuidado de Deus em todaa caminhada desde o Egito, cuidan-do cumprir todos os seus mandamentos. Na peregrinação do deserto,o povo estava totalmente vulnerá-vel, incapacitado e indefeso. Alembrança dessa dura experiênciadeveria afastar Israel de qualqueratitude de orgulho e vaidade, emmeio à segurança que iam desfrutarna nova terra, que iam conquistar, eque a cada dia se aproximava a suarealidade. A atitude do povo, seria ademonstração do reconhecimentovisível da bondade de Deus emter-lhe protegido e finalmentedar-lhe a terra.

Houve momentos em que Deusficou muito irado com o povo, equeria mesmo eliminá-lo da face daterra. Qualquer sucesso queviessem a conquistar e desfrutar,seria a marca da misericórdia deDeus(Dt. 9.1-6). Os incidentes dobezerro de ouro, e uma série deoutros acontecimentos, comprova-ram que Israel era um povo obstina-do e rebelde (Dt. 9.7-23). Asexperiências do passado deveriamfazer o povo recordar todo ocaminho percorrido no qual Deus oguiou por quarenta anos (Dt. 8.2).Apesar de toda a rebeldia do povona caminhada, o SENHOR permane-

ceu fiel concedendo-lhe a devidadaorientação como se pode ver naconcessão de novas tábuas da lei,depois que a primeira foi quebradapor Moisés (Dt. 10.1-11; Êx. 32.19e 34.1-4).

Todas as experiências dopassado destacavam uma só cousa:que Israel dependia inteiramente doSENHOR seu Deus, quanto aocuidado, provisão e perdão divinos.Esquecer-se disso, era demonstra-ção de um terrível orgulho e umagrande ingratidão. Será que essa nãotem sido a atitude do novo Israel, aIgreja? Infelizmente, hoje serepete!

II - VOCÊ PRECISA SE LEMBRARDA PROVIDÊNCIDA DE DEUS

"O SENHOR teu Deus, te guiouno deserto estes quarenta anos, parate humilhar, para te provar, parasaber o que estava no teu coração,se guardarias ou não os seusmandamentos. Ele te humilhou, e tedeixou ter fome, e te sustentou como maná, que tu não conhecias, nemteus pais o conheciam, para te dara entender que nem só de pãoviverá o homem, mas de tudo o queprocede da boca do SENHOR viveráo homem. Nunca envelheceu a tuaveste sobre ti, nem se inchou o teupé nestes quarenta anos. Sabe, pois,no teu coração, que, como umhomem disciplina a seu filho, assimte disciplina o SENHOR, teu Deus.Guarda os mandamentos do SENHOR,teu Deus, para andares nos seuscaminhos e o temeres"(2b-6)

Como vemos no texto acima,a recordação dos atos de libertação

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e de juízo realizados por Deus,fornecia grande motivação ao povopara o futuro. A recordação dasdificuldades enfrentadas no deser-to, tinha o propósito de produzir nocoração do povo, um espírito dehumildade e continuar confiando emDeus. Durante os quarenta anos deperegrinação, Deus estava ensinan-do a Israel a absoluta dependênciadEle, para o suprimento de suasnecessidades básicas. Fome e sedenão poderiam jamais ter sido satis-feitas por auxílio humano, mas so-mente por Deus.

A provisão divina na hora demaior necessidade, não poderiadeixar de humilhar o povo, e colocá-lo à prova, para descobrir os seusmotivos, ou seja, o que "estava den-tro de seu coração, se guardariasou não os seus mandamentos"(v.2b).Depois de Deus ter deixado Israelvagar pelo deserto com fome e sede,ele foi sustentado e alimentado comuma comida estranha, o maná(Êx.16 e Nm. 11). O maná era umasubstância adocicada, encontradana vegetação rasteira na áreadesértica do Sinai. O milagre estáregistrado nas Escrituras, que diz,que ele descia do céu, e foiencontrado em abundância esuficientemente, durante os quaren-ta anos, em todas as manhãs, parao sustento do povo de Israel. Sem apalavra divina, o próprio alimentopodia faltar. Deus ensina ao seupovo, que não só no deserto, masem todo lugar e em todo tempo, Deusé quem o sustentava: "não só depão viverá o homem, mas de tudo oque procede da boca do SENHOR,viverá o homem" (Dt. 8.3b).

Muitos séculos depois, Jesus

lembrou-se dessas palavras de Deus,quando foi tentado pelo Diabo(Mt.4.4). Deus sustenta as nossas vidasnão só do pão material, mas do pãoespiritual, com a sua Palavra. Jesusdeixou claro, que a vida é muito maisdo que o alimento, e o corpo muitomais do que as vestes(Mt. 6.25). Nacaminhada no deserto, o povoaprendeu que tudo era possível comDeus, e em tudo ele dependia da suaboa vontade. O maná fora dado aopovo como um teste:"para que euponha à prova se anda na minha leiou não"(Ex. 16.4 cp. Nm. 11.6 e21.4,5), no qual a aventura da fé ésempre contrastada com a segurançapuramente humana(Ex. 16.3; Nm.11.5). Moisés neste texto, lembra aopovo, que a verdade Deus osustentou em todas as suasnecessidades, como um verdadeiropai(Dt. 8.4-9), e conclui esta partelouvando a Deus: "Comerás, e tefartarás, e louvarás o SENHOR, teuDeus, pela boa terra que te deu"(Dt. 8.10)

III - VOCÊ PRECISA SE LEMBRARDE OBEDECER A DEUS

"Guarda-te, não te esqueçasdo SENHOR, teu Deus, não cumprin-do os teus mandamentos, os seusjuízos e os seus estatutos, que hojete ordeno; para não suceder que,depois de teres comido e estiveresfarto, depois de haveres edificadoboas casas e morado nelas; depoisde se multiplicarem os teus gados eos teus rebanhos, e se aumentar atua prata e o teu ouro, e serabundante tudo quanto tens"(Dt.8.11-13).Israel precisa estarprofundamente obrigado a obedecerao SENHOR, à luz da sua grande

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bondade. Israel recebe abundânciade comida e grandes posses. O povotinha a tendência de esquecer oabismo pelo qual tinham sido tira-dos e o caminho pelo qual atingiramsua prosperidade. Para a nação deIsrael não haveria prosperidade, seo SENHOR não os tivesse tirado daescravidão do Egito, e não tivessecuidado deles durante as peregri-nações pelo deserto.

Há sempre o perigo de que oscorações dos homens por orgulhose elevem, e esquecidos dasrealidades da vida, declarem:"A minha força e o poder do meubraço me adquiram estas riquezas"(Dt 8:17). Esta afirmação é umaelevação arrogante do "eu" àcondição de Deus. A melhor opçãopara o cristão é apresentada noversículo seguinte : "Antes, telembrarás do SENHOR, teu Deus,porque é Ele o que te dá força paraadquirires riquezas; para confirmara tua aliança, que, sob juramento,prometeu a teus pais, como hoje sevê"(Dt. 8.18).

Israel é exortado a lembrar queDeus é quem lhe dá forças paraadquirir riqueza. Além do mais, anação de Israel desfrutava daspromessas da aliança. As riquezasou a prosperidade jamais podem serconsideradas direitos naturais,porém, dádivas de Deus. "Se teesqueceres do SENHOR, teu Deus,e andares após outros deuses, e osservires, e os adorares, protesto,hoje, contra vós outros queperecereis. Como as nações que oSENHOR destruiu de diante de vós,assim perecereis; porquanto nãoquisestes obedecer à voz doSENHOR, vosso Deus"(Dt. 8.19,20).

O bem-estar na terra prometida es-tava condicionado à obediência aDeus.

Esta seção termina com umanota triste e solene. Israel precisavaaprender que, se viesse a desonrar aaliança com o SENHOR, perderia todoe qualquer direito em seu relaciona-mento com Ele e, quando, enfim,lhe viesse o juízo, teria apenas queolhar para a sua desobediência.Cada nova geração precisavaaproveitar deste fato e decidir porsi ser obediente ao SENHOR, queos amara e os escolhera paraos seus próprios inescrutáveis pro-pósitos. De tal decisão dependiama vida e a morte (Dt. 30.15-20).

CONCLUSÃO

Acabamos de estudar ocapítulo 8 de Deuteronômio, tendouma visão clara das palavras deMoisés dirigidas a Israel, antes daconquista a terra de Canaã, com osseguintes ensinamentos: Vocêprecisa recordar todo o cuidado deDeus durante a caminhada nodeserto no passado; precisarecordar todo o cuidado de Deus quevem com a sua disciplina, e guardar-se para não esquecer do SENHOR seuDeus em tempo algum.

Deus continua fazendo estasmesmas coisas e dando as mesmasadvertências ao seu povo. Precisa-mos recordar tudo o que Deus fez efaz por seu povo através da históriapara termos a segurança de que Ele,que é o mesmo ontem, hoje e parasempre, fará o mesmo conosco, paraviveremos em paz e segurança atéCristo voltar!

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Texto: João 18.28-40Chave: v.38 Perguntou-lhePilatos: Que é a verdade? (João18:38)Devocional: João 14.1-6Hinos Sugeridos: 304 e 352 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Hb 1.1-43 Feira: Ec 14 Feira: Mt 11.1-65 Feira: 2 Tm 4.1-56 Feira: Rm 1.18-27Sábado: Jo 8.31-38Domingo: Pv 21.30

Autor: Rev. Luciraldo Castório de Carvalho

ESTUDO11

VOCÊ CONHECE A VERDADE?

Não, não responda a pergun-ta: você conhece a verdade?. Aprincípio, há outra pergunta maisinteressante. Esta: você conheceo mar? A esta pergunta, se vocêfor um pescador, responderáafirmativamente. Mas, se ao invésde pescador, você for umoceanógrafo, um surfista profissi-onal, ou mesmo um interioranodeste Brasil que, vez por outra,vai ao litoral, também poderáresponder que sim, você conheceo mar. Mas, diante da imensidão ebeleza de um oceano, vocêmesmo poderá admirado perguntar:Quem conhece o mar?!

Como você pode ver, asegunda pergunta e a primeira sãoexatamente iguais. Elas refletem odrama humano ao lidar comcertas realidades (o mar, o amor, oser humano, Deus, etc.) econhecê-las ou não. Há toda umavariedade de coisas, seres e idéiasnos cercando e nos apresentandoa limitação de nosso entendimen-to. Você certamente gostaria desaber tudo, mas não sabe. É o meucaso também. Mas, afinal decontas, o que você sabe? E mais:você tem certeza de ser verdadei-ro o conhecimento que possui?

VOCÊ CONHECE A VERDADE?

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I - PILATOS E O RESTO DOMUNDO

Quando Jesus estava sendojulgado por Pilatos, ouviu deste aseguinte pergunta: o que é averdade?. Jesus acabava de lheafirmar que tinha vindo ao mundopara dar testemunho da verdade eque, as pessoas que eram daverdade ouviriam a sua voz. Então,Pilatos retrucou fazendo umapergunta tentando se defenderdiante de Cristo. Quando assimperguntou, sugeriu que a verdade nãoexiste ou, pelo menos, não pode serconhecida.

A pergunta de Pilatos é umquestão natural da experiênciahumana. E, de fato, ao longo dahistória da filosofia, por tempo iguala 2.500 anos, os filósofos têmrepetido esta pergunta, apresentan-do respostas diferentes. Nãomencionaremos tais filósofos aqui,mas observaremos um pouco do quefalaram sobre a possibilidade deconhecimento da verdade.

a) O Dogmatismo

Algumas pessoas acreditamque o ser humano possa obter umconhecimento verdadeiro, queexistem critérios para a distinçãoentre o verdadeiro e o falso. Estessão os dogmáticos, que podem sercristãos ou não. Dentre osdogmáticos, há quem tenha na suaprópria razão o critério para averdade. Estes são os racionalistas.Mas há também quem entenda quea verdade é fornecida pela EscrituraSagrada e que todo conhecimentodeve ser deduzido dela. Estes

somos nós.

Uma crítica feita comumentea nós é a de ingenuidade, como seapenas acreditássemos em certasverdades sem fundamento e semcrítica. O cristão, no entanto, não éum ser de mente estreita. Ele nãoestá impedido de pensar. Bomexemplo disto temos em JoãoBatista que, em certo momento,aprisionado e pressionado por seusdicípulos, mesmo depois de testificarque Jesus era o Cordeiro de Deus,mandou perguntar a Cristo se de fatoEle era o Messias (Mateus 11:1-6).Naquela oportunidade, Jesus não seaborreceu nem mesmo criticou Joãopelo seu questionamento. Pelocontrário, forneceu-lhe elementospara que ele próprio chegasse àconclusão sobre a verdade Mateus11:4,5). Ou seja, é preciso crer, masnão é proibido pensar.

b) O Ceticismo

O Ceticismo é o contrário doDogmatismo. Os céticos nãoaceitam que a verdade possa serconhecida, apenas investigada. Éuma visão pessimista da existênciahumana, na qual tudo perde osentido e valor. A religião, porexemplo.

Mas, convenhamos: se alguémlhe disser que a verdade não podeser alcançada, por qual razão vocêvai acreditar nesta pessoa? Apalavra dela deve ser mentiratambém, não acha?! Ou seja, ocético, quando se comunica comalguém, é incoerente.

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c) O Subjetivismo

O subjetivismo nega que hajaalguma verdade que valha paratodos os tempos, lugares epessoas. Ele defende que averdade sobre qualquer realidadedepende do observador. Porexemplo, se queremos saber o queé o amor, a verdade sobre eledependerá de quem está oconsiderando. As conclusões depessoas diferentes serão todascorretas dentro do subjetivismo. Averdade não é objetiva, maspessoal.

d) O Pragmatismo

O pragmatismo é a compreensão daverdade por sua utilidade. Sealguma coisa lhe traz os resultadosque você almeja, então ela éverdadeira. A verdade tem de serúti l . Seguindo este conceitopragmático, as igrejas adotamcertas medidas estranhasaoevangelho visando o crescimentonumérico. Por exemplo, é corretocriar umministério de danças naigreja? Depende. Se, com isto aigreja crescer, sim, será correto. Senão houver utilidade comprovada,estará errado.

Como você pôde ver acima,existem algumas maneiras deobscurecer e sacrificar a verdade.Há muitas pessoas que perguntampela verdade mas não possuem odesejo sincero de encontra-lá(Jeremias 6:10; Romanos1:18,21,22). A verdade não é tãofáci l de ser suportada comoalguémpossa pensar ( 2 Timóteo 4:3).

II - VOCÊ E JESUS CRISTO

Não é de hoje que o Cristia-nismo tem sido criticado comosendo uma grande ilusão, umacrença não comprovada, uma fésimplória. Mas, você pode observaros fundamentos de sua fé.

a) A Verdade Revelada

Você conhece a verdade? Sim,conhece a verdade, porque esta lhefoi revelada. Por seus própriosesforços, por sua observação ouinvestigação, jamais poderia chegarao conhecimento sobre Deus esobre o significado da existênciahumana. A verdade foi comunicadapor Deus e se encontra nasEscrituras Sagradas (Hebreus 1:1;2 Timóteo 3:16).

À parte das Escrituas não sepode encontrar a verdade. Quemselançar contra elas poderá fazerperguntas sem encontrar respostas,levantar dúvidas e não saná-las,negar a fé e afirmar uma filosofia euma ciência que mais tarde a sipróprias destruirão (Jó 21:22;Provérbios 21:30). Quem optar pordesqualificar a fé e perseguir umconhecimento à parte da revelaçãoficará cansado e triste, conheceráa vaidade da vida (Eclesiastes 1:18).

b) A verdade personificada

Você conhece a verdade? Sim,mas não apenas uma verdadepuramente teórica escrita em algumlivro. Você conhece a verdadepersonificada, a palavra que se fezcarne. O verbo se fez carne e

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vimos a sua glória (Jo 1:14). Vimos,conhecemos esta verdade.

Se não existe verdade foradas Escrituras, não existe tambémoutra verdade senão Jesus Cristo,que afirmou ser o caminho, averdade e a vida (João 14:6). ParaCristo toda a Escritura se dirige.Em Cristo, toda a Escritura secumpre. Ele demonstrou com muitafrequência os fundamentos que oVelho Testamento davam ao seuministério (Lucas 24:44). Você crêem uma pessoa, não apenas numaidéia ou teoria.

c) A verdade redentora

Você conhece a verdade, masnão uma simples verdade teórica, umconceito que se guarde paraexplicar o universo visível e invisível(uma cosmovisão). Você conhece averdade salvadora. Foi isto o que

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Jesus prometeu:-"...e conhecereis averdade, e a verdade vos libertará."João 8:32. A verdade revelada é asemente que foi usada pelo EspíritoSanto para a sua regeneração (1Pedro 1:23).

A verdade é transformadora dacondição humana. Quem realmenteconhece a Cristo é alterado profun-damente por Ele. Torna-se novacriatura (2 Coríntios 5:17). Emconsequência, todo o seu entendi-mento será dirigido pelo seu Senhor(Filipenses 4:2).

CONCLUSÃO

Os ímpios procuram entendero mundo ao redor mas fogem deses-peradamente da verdade. Por isto,as pessoas estudam mais as ciênci-as que a religião. Mas você conhecea verdade. Esta segurança não lheserá tirada.

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Texto: Judas 22Chave: "E compadecei-vos de al-guns que estão na Dúvida"Devocional: Judas 17-23

Hinos Sugeridos: 93 e 105 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Sl 733 Feira: Mt 14.22-234 Feira: Tg 1.1-85 Feira: Jo 20.24-296 Feira: Jd 17-23Sábado: Rm 14.13-23Domingo: Mc 11.20-26

Autor: Rev. Ildemar de Oliveira Bebert

ESTUDO 12

VOCÊ TEM ALGUMA DÚVIDA?

A Dúvida é como o colesterol:tem um que é bom e outro que mau.Tanto do ponto vista da teologiaquanto da filosofia a dúvida étratada com esta tonalidade. Se éuma dúvida investigativa,inquiridora ela tem o seu lugarbenéfico na alma humana. Se ela éuma dúvida perversa, alimentadapela incredulidade e/ou pelaignorância ela é condenada e geragrande lacuna da maldade nocoração humano.

Este assunto da dúvida étratado na Bíblia como uma certaausência de Deus na alma humana,parte da rebelião do homem contraDeus e da pecaminosidade humana.Por esta razão ele foi tratado porJesus e pelos seus apóstolos.Observe que Judas também dá umdestaque especial no texto citado,como parte da pregação da Igreja.A igreja deve se compadecer dosque estão na dúvida. Eles sãodignos de pena, de misericórdia. Elapode também estar presente navida de crentes sinceros, que porignorância das Escrituras sofremdesta doença e são carentes decuidados especiais. Vamos estudá-la considerandoque a dúvida é coisa séria e carecedo tratamento das Escrituras, deoração e da diligencia dos crentes.

VOCÊ TEM ALGUMA DÚVIDA?

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1 - A DÚVIDA COMOFERRAMENTA DE INVESTIGAÇÃO

Devemos entender que adúvida não é pecado em si. Ela podeser considerada como uma limitaçãode nossa natureza humana, ou comouma ferramenta de investigação dosaber humano. Os filósofosensinavam seus alunos a duvidar detudo que lhes fosse ensinado até queeles mesmos chegassem às suasconclusões pessoais. Na filosofiacartesiana ela foi utilizada aoextremo, "duvidava-se de tudo, e sóaceitava como verdadeiro oevidente, a fim de fundamentar oconhecimento em bases certas".(Dicionário moderno).

Podemos também ter dúvidascom respeito a assuntos de nossorelacionamento com Deus. Estacarece de um cuidado especial paranão cair na incredulidade. Mas,podemos inquirir as coisas atécompreendê-las. O salmista descrevesua experiência de investigação nosalmo 73. Ele tinha algumas dúvidas.Porque o ímpio está tendo maissucesso em sua vida do que os quebuscam a Deus? Parece que o ímpioestá levando vantagem sobre o reto?E isto fere nossa fé em muitosensinamentos das Escrituras. Olha oímpio, Senhor! Ele está prosperandona sua impiedade! "Para ele não hápreocupações, seu corpo é sadio enédio" (v.4). Parece que ele nemparticipa da canseira dos mortais enem é afligido como os outroshomens? E ainda abusam de Deus emesmo assim estão se dando bem.Eu quero saber como é isso! Deusnos permite investigar estas coisas.Ele chega a dizer: "Inutilmenteconservei puro o coração e lavei as

mãos da inocência" (v.13). Esta éuma dúvida que busca em Deus umaresposta. Ela não é uma dúvidaperversa, mas investigativa. Éalguém crente, fiel ao Senhor esincero em sua comunhão com Deus,mas que busca uma resposta à suadúvida, um consolo à sua fé, poisestá confusa em certo momento desua trajetória humana. Ele encontraa resposta da f é (v. 17).Deus nãodeixa seus filhos sem uma respostasincera à sua dúvida.

Nossos dias exigem de nós estadúvida investigativa. A comunidadeevangélica no Brasil foi descobertacomo um povo sem muito critério deescolha. Qualquer artista falido nomundo faz sucesso no nosso meiopor falta de um critério maisinvestigativo. Somos um "públicopouco exigente" e sem muitodiscernimento. Os pregadores detelevisão estão aí confundindo amente de muita gente, ganhandopopularidade e muito dinheiro emcima desta falta de critério maisinvestigativo, de um espírito maiscriterioso de nosso povo. Nem tudoque se fala acerca de Deus pode serrecebido de olhos fechados, sem umcritério sadio e investigativo dasEscrituras. Cuidado!

2 - A DÚVIDA COMO UM ATO DEINCREDULIDADE

Judas escreve com umapiedade cristã e com um espíritomisericordioso, olhando para opecador com profunda compaixão econclamando a igreja ao mais santoofício da pregação genuína,redentiva, pensando na situaçãomiserável do homem sem Deus. Eleestá em densas trevas, inseguros,

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sofridos, incrédulos e com o coraçãocheio da dúvidas da incredulidade,que devem ser combatidas com oEvangelho da graça salvadora deJesus Cristo. Eles estão na dúvidacega, na dúvida da incredulidade.Suas consciências ardem como fogo.Eles estão condenados eternamentenesta dúvida. (v.22,23). E a ordemé clara: "salvai-os"... Esta é a dúvidaperversa.

A) Esta dúvida precisaprimeiramente ser banida de nossaprópria alma. Jesus confrontou estadúvida da incredulidade do coraçãodos homens, e às vezes, de seuspróprios discípulos. Lemos emMt.14:31 Jesus repreendendo aPedro por sua dúvida medrosa:"homem de pequena fé, porqueduvidaste". Em Jo.20:29, apósrepreender a dúvida de Tomé Jesusenaltece a f irmeza da fé,classificando como bem-aventuradosaqueles que se mantém firmes na fé,sem vacilar. Tiago1:6 temos o relatodas Escrituras de que "o que duvidaé semelhante à onda do mar, impelidae agitada pelo vento". O crentezeloso no estudo da Palavra de Deusnão vive nesta dúvida, que é sinônimode insegurança. Jesus nos ensinou:"E conhecereis a Verdade e a Verdadevos libertará" (Jo.8:32), inclusivedesta dúvida perversa. A doutrinaBíblica da segurança da Salvação,tão negligenciada em nossos dias porcausa de crenças neopentecostaisensinando que o crente perde asalvação, é uma segurança da fé queelimina certas dúvidas na alma doscrentes.

B) Precisamos bani-la da almadaqueles que estão nesta dúvidaeterna. A dúvida é um tormento naalma do homem não regenerado. Ohomem não regenerado vive na

dúvida. Não tem nenhuma segurançapara a sua alma. Não tem certezado amor de Deus. Não tem certezado futuro. Não tem certeza dasalvação em Jesus Cristo. Suaincredulidade o leva a densasdúvidas. Seu coração endurecidopelo pecado o faz prisioneiro dadúvida perversa. Por isso Judas nosexorta: "compadecei-vos de algunsque estão na Dúvida; salvai-osarrebatando-os do fogo". Estadúvida é tão terrível que é tratadapelos teólogos como a ante tormentado inferno. Esta dúvida já atormentaa alma do ímpio neste mundo,antecipando sua tormenta completano fogo esterno. O que a igreja podefazer por aqueles que estão nadúvida?

CONCLUSÃO

Concluir que nossas dúvidassão meras investigações de assuntosque ainda estão difíceis à nossacompreensão, mas que estudá-losnos amadurece, nos capacita paraa luta cristã, nos faz mais prudentee experimentados na fé, nos faz maissábios para enfrentar as demandasdo evangelho em nossos dias, ejamais fere nossa devoção a Deus.

Mas temos que admitir tambémque a dúvida perversa é terrível nocoração humano. Que ela é uma dasconseqüências do pecado do homeme que cega o coração deste naincredulidade e na maldade. Que elaé conseqüência da rebelião dohomem contra Deus. Admitimos quea igreja no cumprimento de suamissão ela pode salvar os que estãoainda na dúvida com a genuínapregação do Evangelho.Estamos convictos o suficiente paraisto?

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Texto: Efésios 4.17-5.21Chave: "Não saia da vossa bocanenhuma palavra torpe; e simunicamente a que for boa para aedificação, conforme a necessi-dade, e, assim, transmita graçaaos que ouvem" ( Efésios 4.29);Devocional: João 14.1-6Hinos Sugeridos: 304 e 352 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Rm 11.36; 1 Co 10.313 Feira: Sl 19.1-144 Feira: Jr 17.9; Mt 15.19;5 Feira: Tg 3.1-12; Lc 6.43-456 Feira: Cl 1.13-23Sábado: Ef 4.17-5.21Domingo: Cl 4.1-6

Autor: Rev. José Normando Gonçalves Meira

ESTUDO13

VOCÊ SE COMUNICA?

Você se comunica? Claro quesim! Você dirá: onde há pessoas, hásempre comunicação. Mas vocêconsegue transmitir a sua mensa-gem com clareza, utilizando-se daspalavras e dos símbolos de acordocom o entendimento dos seusreceptores? Como evitar que amensagem que você transmite sejamal entendida pelo seu receptor oureceptores, gerando problemas derelacionamento? Como regeneradospela irresistível graça, reconhecemosque é nosso dever glorificar a Deusem tudo (Romanos 11.36; 1 Coríntios10.31), como podemos nos comuni-car com Deus e com o próximo deforma que esse fim supremo danossa existência seja cumprido?

Os esforços dos estudiosos devárias áreas do conhecimentohumano, como a psicologia e afilosofia, são importantes e nosfornecem valiosos elementos para acompreensão desse aspecto danossa condição humana. Nãopodemos nos esquecer, de que " alei do SENHOR é perfeita e restauraa alma". Cremos na suficiência daBíblia, nossa única, infalível einerrante, regra de fé e de prática,para nos orientar quanto a este e atodos os demais aspectos docomportamento humano. Vejamos,portanto, alguns aspectos geraisdesse tema à luz das Escrituras.

VOCÊ SE COMUNICA?

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I - A BÊNÇÃO DA COMUNICAÇÃO

Para facilitar o entendimento,a comunicação é assim apresenta-da: "O processo de comunicação estáintegrado pelos seguintes compo-nentes: emissor, que é quem elabo-ra e põe em circulação a mensagem;receptor, que recebe e interpreta; amensagem, a informação; meio,suporte físico através do qual setransmite a mensagem; código,sistema de referência em função doqual se elabora e interpreta amensagem e o contexto, que é asituação social, histórica, geográfi-ca e psícológica do ato de comuni-cação em questão".

A comunicação humanaresulta da imagem e semelhança deDeus (Gênesis 1.26-31). Difere-se,portanto, da comunicação animal. Sóos homens são capazes de compre-ender, decifrar, interpretar, criar ealterar signos e símbolos de acordocom diferentes contextos. É umprocesso dinâmico, histórico, produtoda cultura, das diferentes formas queo homem vai buscando pararesolver os problemas da vida.Portanto, uma atividade quepressupõe inteligência.

Bendito seja Deus que nos deuessa capacidade! Podemos, especi-almente, contemplar as Suas obrase glorificar o Seu nome por causadelas ( Salmo 19.1-6). Por meiodessa "linguagem não-verbal", Deusse comunica conosco (Salmo 19.3,4),mostrando o Seu poder e a Suabondade. Podemos também enten-der a Sua Palavra: "Fala Senhor,porque o teu servo ouve..." (1 Samuel3.10). Aqui, os princípios da

hermenêutica com certa profundida-de são utilizados para entendermoso que Ele nos diz. Consideramos aspalavras empregadas, o seu signifi-cado no contexto e a sua aplicaçãopara a nossa realidade. Deus, ao secomunicar conosco, ilumina o nossoentendimento, pelo Espírito Santo,para que entendamos a Sua mensa-gem. Nesse processo Ele não dis-pensa a nossa inteligência, a nos-sa mente, o nosso entendimento. Aocontrário, Ele se utiliza deles comoinstrumentos ( 1 Co 14.15-17).

Por outro lado, ao entenderessas preciosas maravilhas, respon-demos louvando a Deus com os re-cursos que temos para adorá-lo, emespírito e em Verdade, segundo o queEle mesmo prescreve em Sua Pala-vra. Damos graças pelas bênçãos re-cebidas, confessamos os nossos pe-cados. Tudo conscientemente. Quediálogo maravilhoso! Comunicar compróximo, expressar os nossos senti-mentos, apresentar as nossas ne-cessidades. Entender os símbolos, oscódigos, apresentados pelos outros,com a capacidade de ouvir, inter-pretar, entender e responder. Quebênção maravilhosa!

II - PROBLEMAS NACOMUNICAÇÃO

A Bíblia diz que "(...)Deus fezo homem reto, mas ele se meteu emmuitas astúcias" (Eclesiastes 7.29).Dentre essas "muitas astúcias" emque o homem se meteu, inclui-se acomunicação. O Senhor, por boca doprofeta Jeremias, diz: " Enganoso éo coração, mais do que todas ascousas, e desesperadamente corrup-to; quem o conhecerá?" (Jeremias17.9) e o Senhor Jesus afirma: " (...)

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do coração procedem os mausdesígnios" (Mateus 15.19) e " a bocafala do que está cheio o coração"(Lucas 6.45). A queda do homem, aentrada do pecado no mundo, é aorigem de todos os problemas,inclusive os de comunicação. Opecado impede a comunicação dohomem com Deus (Isaías 59.1,2). Asmaravilhas divinas são contempladas,mas o entendimento do homemcaído está prejudicado. Ele nãoreconhece, negligencia o dever deadorar a Deus (Romanos 1.18-22).

A comunicação horizontal,com o próximo, também está pre-judicada. Como emissores, falam-se"palavras torpes", que segundo JayAdams, além de palavras imorais,sujas, são também todas aquelaspalavras destruidoras. Maledicên-cias (Tiago 3.1-12), observaçõesdesnecessárias, "verdades" ditas àpessoa, com motivação, na hora ede forma erradas, e até brincadei-ras ofensivas que depreciam o pró-ximo. Provoca-se a ira, a indignaçãodos outros com o silêncio reveladorde indiferença para com eles. Comoreceptores, falta boa vontade paracom os que tentam se comunicarconosco. Tiram-se conclusões pre-cipitadas, geradoras de ofensas emágoas, sem a busca do necessárioesclarecimento. Atitudes pecamino-sas.

O poder da linguagem e perigoda sua má administração por par-te do homem pecador é evidenciadono caso da Torre de Babel (Gn 11.1-9). A imperfeição humana causadapela queda (Deus criou o homem per-feito), é que torna a comunicaçãoproblemática. Esse problema temsolução? Como em todas as demaisáreas da vida, a esperança é Cristo,

nosso Redentor. NELE todas ascoisas são restauradas segundo opadrão do Criador (Colossenses1.13-23).

III - A COMUNICAÇÃO DOSREDIMIDOS

Sobre os que foram "libertosdo império das trevas e transporta-dos para o reino do Filho do seu amor"(Colossenes 1.13), a Bíblia diz: " Eassim, se alguém está em Cristo,nova Criatura é, as coisas jápassaram e eis que se fizeram no-vas" (2 Corintios 5.17). Agora nós"vivemos no Espírito". Essa novacondição espiritual (Romanos 6.1-4)influenciará diretamente a nossa co-municação. Enquanto tivermosnessa realidade terrena precisamosnos exercitar para entendermos bemo que nos for dito, escrito, demons-trado. Precisamos nos utilizar dostalentos, recursos naturais dados porDeus também para que a nossacomunicação seja clara, produtiva,relevante, edificante. Tudo issoagora, porém, levando em conside-ração a finalidade principal da nossaexistência: a glória de Deus.

O amor a Deus e ao próximoserá a base para fazermos circularmensagens relevantes, edificantes etambém para compreendermos, deforma piedosa, o que nos forcomunicado. Paciência com os quenos dirigirem mensagens ofensivas,sejam elas verbais, escritas,não-verbais. Lembraremos sempre deque "a resposta branda desvia ofuror, mas a palavra dura suscita aira" (Provérbios 15.1). Esse é o idealcristão, que glorifica a Deus,segundo o ensino bíblico. Conscien-tes de que somos imperfeitos, mas

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portadores de um novo coração,templo do Espírito (Ezequiel 36.24-27; Efésios 4.17-24), estaremossempre atentos ao chamado donosso Deus: "(...)deixando amentira, fale cada um a verdade como seu próximo (...) Não saia davossa boca nenhuma palavra torpe;e sim unicamente a que for boa paraa edificação, conforme a necessi-dade, e assim, transmita graça aosque ouvem" (Efésios 4.25,29). Aordem que agora estamos aptos aouvir é: "Se vivemos no Espírito,andemos também no Espírito"( Gálatas 5.25). Assim, a nossacomunicação será "reformada",restaurada ( Efésios 5.18-21).

Os efeitos serão visíveis no lar,entre cônjuges, pais e filhos, irmãos.Na Igreja, as contendas, facções,melindres, desaparecerão. Nasociedade em geral, no trabalho, notrânsito, saberemos nos portar comsabedoria, inclusive, para com os quesão de fora. Como será a nossapalavra? "Sempre agradável, tempe-rada com sal" (Colossenses 4.6).Lembremos que não somente asnossas palavras, a nossa comunica-ção verbal devem refletir a luz doEvangelho. Os nossos atos tambémserão "lidos" e falarão alto (Mateus5.13-16). Comunicamos com asnossas vestes, penteados, adereços,posturas, olhares. O que temoscomunicado ao mundo? Se somos

regenerados, somos carta de Cristoescrita ao mundo pelo Espírito Santo(2 Coríntios 3.3).

CONCLUSÃO

Você se comunica? Claro quesim, mas o que você comunica ecomo tem se comunicado? A nossacomunicação deve ser aperfeiçoadado ponto de vista técnico. Precisome expressar melhor para evitarproblemas de entendimento e, a par-tir deles, desgastes nos relaciona-mentos. Preciso também me dedicarna "arte de ouvir bem", evitandogeneralizações e conclusõesprecipitadas.

O maior desafio, entretanto, notemor do Senhor é a contínuareforma espiritual. Voltarmos sempreàs Escrituras em busca do padrãodivino para as nossas vidas (Tiago1.19; Provérbios 19.2 e 25.11).Como não alcançaremos a perfeiçãonesta vida, esse exercício só sefindará quando estivermos "parasempre com o Senhor" (1Tessalonicenses 4.17). Pela fé,aguardamos com paciência (Roma-nos 8.18-25), " (...) novos céus enova terra, nos quais habita justiça"(2 Pedro 3.13). Que a graça doSenhor seja sobre nossos coraçõespara que deles procedam intentos erealizações que reflitam o amor aDeus e ao próximo!

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Texto: 1 Coríntios 9.1-27Chave: "O ladrão vem somentepara roubar, matar e destruir; euvim para que tenham vida e atenham em abundância" João 10:10Devocional: Romanos 11.33-36Hinos Sugeridos: 282 e 288 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Sl 1003 Feira: Gn 3.84 Feira: Sl 1225 Feira: 1 Jo 4.13-216 Feira: Rm 11.33-36Sábado: Jo 10.10Domingo: Rm 12.9-20

Autor: Rev. Gilson BicalhoO QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?

"Não sois máquinas, homens éque sois" - Já dizia Charles Chaplin,cineasta e ator inglês. Estepensamento foi um apelo feito emvão para que os homens seamassem mais e abandonassem asguerras; enfim, que os homenspudessem ser mais humanos, quefugissem do individualismo epensassem mais no coletivo. Comodissemos, um apelo em vão. Nadamudou, pelo contrário, nuncativemos uma sociedade tãoindividualista, sem sentido epropósito de vida como a dosnossos dias. As pessoas têm vividosem saber porque estão aqui, o quedevem e fazem aqui, e quais asimplicações deste modo de vida.

E você cristão, o que estáfazendo aqui? A nossa lição tem opropósito de nos fazer pensar sobreo valor do indivíduo no meio docoletivo. A Terra, com seus quase 7bi lhões de habitantes, temsupervalorizado o individualismo emdetrimento do coletivo de talmaneira que os homens vêmperdendo a noção do outro, anoção do próximo. O que você estáfazendo aqui?

O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? ESTUDO 14

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I - SOMOS CRIADOS PARAADORAR A DEUS

Vivemos numa sociedade semrumo, sem destino e sem propósitoonde cada um faz o que bementende, mesmo sem saber porqueestá fazendo. A nossa sociedadetem vivido quase que instintivamen-te, como animais irracionais, em bus-ca do prazer. Parece que nada maisfaz sentido senão o prazer do EU.Esta falta de propósito, de rumo, deum norte, de perspectivas, temgerado no coração do homem umgrande vazio; tão enorme que nadaé capaz de preenchê-lo. Este vazioé tão grande, que é do tamanho deDeus, ou seja, somente Deus podepreenchê-lo.

Ao nos criar, Deus encheunossa vida com propósitos para quenão ficássemos vagando de um ladopara o outro num verdadeiro tédio.Deus nos fez inteligentes, racionais,e à sua imagem para que pudésse-mos fazer todas as coisas e sobretudo, para que pudéssemosadorá-lo espontaneamente. Toda anossa vida deve ou deveria sercanalizada para adoração ao Senhor.Em Romanos 11: 36 nos diz: "Porquedele, e por meio dele, e para ele sãotodas as cousas, a ele, pois, aglória eternamente. Amém." Adorara Deus é o principal fim do homem, eaquele que não faz espontaneamentese perde no curso de sua vida, ouseja, por mais que viva, que realizeobras, que se engaje em projetossociais e humanitários, estarásempre perdido e mergulhado numimenso vazio de sua alma.

O que você está fazendo aqui?

Para que serve a sua vida, se vocênão adora aquele que lha deu?Adorar a Deus, o criador, faz bem eé uma necessidade do ser humano.Por isso, todos que não conhecem enão adoram ao Senhor Deus,inventam, ou criam seu próprioobjeto de adoração. Vão seenganando, iludindo-se e perdendoum tempo precioso de sua existên-cia adorando a criatura em lugar docriador. A conseqüência imediata éuma vida oca, sem graça, vazia depropósito. A conseqüência futura éuma vida de perdição e sofrimentoeterno com o diabo e seus anjos. Oque você está fazendo aqui?

II - SOMOS CRIADOS PARA NOSRELACIONAR

Há uma frase bem antiga quediz: "O homem não é uma ilha". Ohomem não foi criado para viver só,mas para se relacionar. SomenteDeus se basta, o homem não. ASolidão é castigo para infratores ecriminosos que não podem serelacionar de maneira equilibradacom outras pessoas. Ninguém é felizsozinho; por isso temos tantanecessidade de compartilhar comoutros os nossos sucessos evitórias. Entretanto, se somoscriados para nos relacionar, qual aprioridade nesse relacionamento?

A- Com Deus

Tudo que acontece estáligado a Deus, nada existe fora Delee tudo é para Ele. Deus nos criou,nos dotou com inteligência e comnecessidade de nos relacionar,sobretudo com Ele. Para isso nos deuleis e orientações de como deve

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acontecer o relacionamento.Quando precisamos de um salva-dor, de um protetor, um amigo,conselheiro, ajudador, ou quaisqueroutras coisas, Ele se apresentacomo tal e numa perspectiva deperfeição. Podemos encontraralgumas destas virtudes em sereshumanos, portanto, numa perspec-tiva de imperfeição. Nada podesuperar ou mesmo substituir orelacionamento com Deus. OSenhor nos fala de maneiraespecial em sua palavra tudo o queprecisamos ouvir, e nos ouveatravés da oração, um canalaberto 24 horas por dia.

Você pode ser a pessoa maispopular de sua família, de sua rua,de sua igreja, de sua escola ou deseu trabalho, mas se não tem umrelacionamento com o Senhor Deus,você estará incompleto, vazio ecarente de algo muito especial: umpropósito de existência no reino deDeus. Todos os relacionamentos dosquais o Senhor está excluídofuncionam como fuga, são superfi-ciais e vazios, caricatura de umverdadeiro relacionamento.

No entanto, no momentodas grandes, das verdadeiras difi-culdades e necessidades que avida nos impõe, é o relaciona-mento com Deus, o Senhor, quefaz a diferença. A quem vocêrecorre quando está no fundo dopoço em caso de enfermidade ter-minal? Por mais amigos que tenha,todos são limitados. Os médicos,por exemplo, não podemsalvar ninguém, são merosinstrumentos que às vezes Deus usapara curar alguns. Por outro lado,mesmo que não sejamos curados,

quando nos relacionamos com Deus,isto passa a ser um detalhe porquemuito mais ele nos mostra e muitomai ele nos dá. O que você está fa-zendo aqui? Você se relaciona comDeus?

B- Com a Criação

Quando nos referimos à criação,falamos da criação como um todo,mas de maneira especial com oshomens, a única criatura feita àimagem e semelhança do criador, OSenhor Deus. O nosso relacionamen-to com o próximo, além de ser umanecessidade mútua, é também umreflexo do nosso relacionamento como Senhor. Se não nos relacionamoscom os irmãos, é porque não temosrelacionamento com o Deus. Deus noscolocou neste mundo, nos chamoupara a salvação e nos dotou com acapacidade e a necessidade derelacionamento onde somos ajudadose ajudamos uns aos outros. Quandonos relacionamos com o próximo,temos a oportunidade de demonstrarpropósitos pelos quais estamos aqui,pelo contrário, isto é quase queimpossível.

Não vivemos somente para nós,mas para Deus e para o próximo. Lem-bra da expressão: "Não sois máqui-nas, homens é que sois?" - Assimcomo precisamos das pessoas, háquem precise de nós, de mim e devocê. Máquinas não pensam, nãochoram, não morrem e não serelacionam. O homem sim! Qual ouquais os propósitos você tem na vida?Sirva alguém, ajude o que está aoseu lado, ajude as pessoas queestão à sua volta; ajude sua família,sua igreja; enfim, você precisa sabero que está fazendo aqui. Você sabe?

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III - SOMOS CRIADOSPROCLAMAR

A proclamação é o resultadode todos os propósitos acima. Quemadora a Deus e se relaciona com Elee com o próximo, naturalmente seráimpelido à proclamação doevangelho. O Apóstolo Paulo foi umhomem que sofreu muita hostilidadepor parte de seus opositores, ouopositores do Evangelho. Chegaramao ponto de desacreditar até o seuapostolado. Na sua defesa ele fazuma afirmação muito forte: "Seanuncio o evangelho, não tenho deque me gloriar, pois sobre mim pesaessa obrigação; porque ai de mim senão pregar o evangelho!" Paulorecebeu um chamado e viveu emfunção dele. Ele sabia comodeveria ser sua vida, o que deveriafazer, e em que deveria concentrarseus esforços. Por isso, mesmodiante das muitas dificuldadesenfrentadas, não perdeu tempo selamentando ou murmurando, porquesabia qual era o seu propósito.

O homem que não tem um pro-pósito, não qualquer um, mas umnobre propósito, vive a andar emcírculos, correr atrás do vento, e ase lançar no vazio em busca do nada.Tudo o que venha fazer, nada pode-rá lhe dar plena satisfação e reali-zação. Você cristão, não pode viveruma vida sem propósito, não podeviver sem nada para fazer no reinode Deus, não pode viver somentepara si como se fosse eterno nesteplano de vida e como se nunca ti-vesse que prestar contas ao cria-dor. A vida de Paulo concorria parauma coisa, anunciar o evangelho deJesus. Para anunciar o evangelho,

você não precisa se anular, não pre-cisa sair do seu mundo, de sua vida;basta apenas canalizar esforços paraesta anunciação. Seja estudante eanuncie a cristo. Seja um pedreiroou pintor e anuncie a cristo. Sejaum empresário e anuncie a Cristo.Viva a sua vida, mas anuncie aCristo. Quer viver bem? Descubra opropósito que Deus tem para sua vidae faça.

CONCLUSÃO

Jesus não veio ao mundo apasseio, pelo contrário, veio com opropósito bem definido. O Senhorveio a fim de morrer e ressuscitarpelos seus eleitos. Antes de chegarneste ponto, teve que enfrentarmuitas dif iculdades, traições,negligência dos amigos e discípulos,sofrimento e muita dor. Mas ele foiaté o fim, não desistiu porque tinhaum alvo, um objetivo; sabia ondequeria chegar. Em João 10: 10, elesintetiza o seu propósito daseguinte forma: "Eu vim para quetenha vida e a tenham em abundân-cia" - Se o filho de Deus, o Deusencarnado passou por este mundocom uma meta bem definida, conosconão seria diferente.

Qual seu propósito de vida? Oque você esta fazendo aqui? O quevocê tem feito com a força, intelec-to e com a vida que Deus lhe deu?Está usando bem, ou tem andadode um lado para o outro sem rumo,sem destino, sem saber o que fa-zer? O que você está fazendo aqui?O que você fará na eternidade? Apropósito, onde você passará a eter-nidade?

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Introdução

"Não sois máquinas, homens éque sois" - Já dizia Charles Chaplin,cineasta e ator inglês. Estepensamento foi um apelo feito emvão para que os homens seamassem mais e abandonassem asguerras; enfim, que os homenspudessem ser mais humanos, quefugissem do individualismo epensassem mais no coletivo. Comodissemos, um apelo em vão. Nadamudou, pelo contrário, nuncativemos uma sociedade tãoindividualista, sem sentido epropósito de vida como a dosnossos dias. As pessoas têm vividosem saber porque estão aqui, o quedevem e fazem aqui, e quais asimplicações deste modo de vida.

E você cristão, o que estáfazendo aqui? A nossa lição tem opropósito de nos fazer pensar sobreo valor do indivíduo no meio docoletivo. A Terra, com seus quase 7bi lhões de habitantes, temsupervalorizado o individualismo emdetrimento do coletivo de talmaneira que os homens vêmperdendo a noção do outro, anoção do próximo. O que você estáfazendo aqui?

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Texto: Efésios 5.15-21Chave: "Por esta razão, não vostorneis insensatos, mas procuraicompreender qual a vontade doSenhor". (Efésios 5:17)

Devocional: Salmo 1

Hinos Sugeridos: 177 e 178 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Sl 13 Feira: 2 Tm 3.1-54 Feira: Ef 5.15-175 Feira: Rm 8.5-116 Feira: Is 29.13Sábado: Gl 5.13Domingo: Fp 2.3-4

Autor: Rev. Fabrício Eler Batista

ESTUDO15

VOCÊ É NORMAL?

'Normal' pode ser definidocomo aquilo que está dentro dasnormas ou de acordo com opadrão; aquilo que é habitual ounatural. Para uma pessoa serconsiderada normal perante asociedade é preciso que ela tenhaum estilo de vida dentro do perfildaquilo que é tido por normal pelosenso comum.

Vivemos numa época em quea transigência e a irreverência sãoaltamente apreciadas. Paulochama os dias em que vivemos de"tempos difíceis" (2Tm 3:1), e opróprio ser humano é culpadodisso, pois ele é mau em suanatureza (2Tm 3:2-5), mas ocristão deve ter a consciência deque ele não pode seguir "o cursodesde mundo" (Ef.2:2), nem devese conformar "com este século" (Rm12:2; Ef 5. 15,16,17) o cristão nãofaz do padrão mundano denormalidade seu estilo de vida, poiso padrão cristão de normalidade éter um estilo de vida de acordo coma vontade do Senhor..

O texto de Efésios revelacaracterísticas normais de acordocom os padrões absolutos daPalavra de Deus, mas, anormais deacordo com os padrões relativosdo mundo.

VOCÊ É NORMAL?

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I - SER UM CRISTÃO NORMAL ÉESTAR SOB O CONTROLE DO

ESPÍRITO SANTO (V.18)

Vemos duas ordens dadas porPaulo, a primeira negativa: "não vosembriagueis com vinho no qual hádissolução"; a segunda positiva:"enchei-vos do Espírito". Neste textoPaulo faz uma comparação entreuma pessoa embriagada pelo álcoole outra cheia do Espírito Santo emostra que há um contraste entre aação do álcool e a ação do Espíritona vida de uma pessoa.

A comparação: Em ambas ascondições há uma mudança nocomportamento: Uma pessoaembriagada está sob o poder doálcool. Ela fala e age sob ainfluência do álcool. Ela perde ainibição e se torna ousada, pois noálcool há dissolução (perversão decostumes; vida livre de qualquerempecilho, despreendimento moral),conduz a libertinagem. Da mesmaforma, uma pessoa cheia doEspírito está sob o poder doEspírito, ela também fala e age soba influência do Espírito, pois Ele équem está no controle total de suavida. Aquele que está na carne éinfluenciado pela carne, mas o queestá no Espírito é influenciado peloEspírito (Rm.8:5-11).

O contraste: Em ambas ascondições há um resultado natural:Se por um lado o vinho conduz àdissolução, por outro, o Espíritoconduz ao domínio próprio. Aembriagues impede o homem de agirde maneira sensata, já o EspíritoSanto conduz o homem à sensatez.Quando um homem está embriagado

ele perde o controle de si mesmo(Gl.5:16-17), mas quando está cheiodo Espírito ele ganha o controle desi, pois o domínio próprio é fruto doEspírito (Gl.5:22-25).

A embriaguez é obra da carnee conduz à escravidão e à morte,isso é normal para o mundo, mas aplenitude do Espírito traz liberdadee vida, isso é normal para aquele queé servo de Deus (Rm.6:17-23).

II - SER UM CRISTÃO NORMAL ÉFAZER DE SUA VIDA A MAIS

ALTA FORMA DE EXPRESSÃO DELOUVOR A DEUS (V.19-20)

Uma pessoa cheia do Espíritotem como primeira aspiração em tudoque realiza a glória do nome de Deus,ela sabe que foi criada para isso,portanto, ele louva "de coração aoSenhor com hinos e cânticosespirituais, dando sempre(constantemente) graças por tudoa nosso Deus e Pai, em nome denosso Senhor Jesus". Esse é oestilo de vida normal para o cristão.

Em certa ocasião os fariseus eescribas acusaram os discípulos deJesus de não cumprirem a tradiçãodo culto judaico (Mc.7:1-9). Jesusentão respondeu citando Isaías29:13, para dizer que os religiososjudeus ofereciam um culto que nãoagradava a Deus: "este povo seaproxima de mim e com a sua bocae com os seus lábios me honra, maso seu coração está longe de mim, eo seu temor para comigo consistesó em mandamentos de homens, quemaquinalmente aprendeu". Eles nãoviviam uma vida de culto, apenasparticipavam dos momentos de culto.

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Deus não aceita esse tipo deadoração, pois já rejeitou esseadorador. Deus quer adoradores cujavida é a mais alta forma deexpressão de louvor a Ele. De nadaadianta vir à igreja aos domingos eparticipar do 'momento de louvor',batendo palmas, pulando,ajoelhando, chorando ou seemocionando se, de fato, tudo issonão for reflexo daquilo que a pessoaé fora da igreja. Para estas pessoasDeus diz: "Afasta de mim o estrépito(grande estrondo, barulho queincomoda) dos teus cânticos, porquenão ouvirei as melodias das tuas liras.Antes, corra o juízo como as águas;e a justiça, como ribeiro perene"(Am.5:23-24). Antes de sepreocupar com formas Deus exigevidas consagradas ecompromissadas com Ele em tempointegral.

Percebe-se então que ser umcristão normal é mais do que ser umfreqüentador de igreja. Para ser umcristão normal é necessário queaquele que se aproxima do Senhorpara adorá-lo, viva em conformidadecom os mandamentos e avontade do Senhor (Jo.4:23-24). Pormais anormal que pareça para omundo, é necessário que todas asáreas da vida do cristão sejam amais alta forma de expressão delouvor a Deus.

III - SER UM CRISTÃO NORMAL ÉDEDICAR TODA SUA VIDA AO

SERVIÇO CRISTÃO (V.21)

Neste verso Paulo fala sobresujeição, trazendo a idéia desubmissão, ou algo que está

subordinado. Nosso Senhor Jesus,durante seu tempo na terra,enfatizou este mesmo pensamento,dizendo que cada discípulo deveriaestar disposto a ser o menor(Mt.18:1-4; 20:28). Paulo tambémconfirma essa idéia dizendo:"Amai-vos cordialmente uns aosoutros com amor fraternal,preferindo-vos em honra uns aosoutros" (Rm.12:10); e ainda: "Nadafaçais por partidarismo ou vanglória,mas por humildade, considerandocada um os outros superiores a simesmo" (Fp.2:3).

Não é normal haver entre opovo de Deus pessoas com espíritoaltivo, isto é, pessoas arrogantes esoberbas, mas, ao contrário, opadrão de normalidade nocomportamento cristão dentro dosprincípios da Palavra de Deus é vistoem pessoas cheias do Espírito Santoque têm o caráter de Cristo.

A Bíblia diz que Deus noslibertou do pecado, da morte e doinferno, nos fez habitação do seuSanto Espírito, nos fez cidadãos doSeu Reino e o que ele espera decada um de nós é serviço. Oapóstolo Paulo chega a dizer aosgálatas: "Porque vós, irmãos, fosteschamados à liberdade; porém nãouseis da liberdade para dar ocasiãoà carne; sede, antes, servos unsdos outros, pelo amor" (Gl.5:13).

Um cristão normal, de acordocom o padrão Bíblico de normalidade,jamais é uma pessoa arrogante esoberba, não tem mania degrandeza, mas se dispõe a servir emvez de ser servido, assim comoCristo, que "não veio para serservido, mas para servir e dar a sua

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vida em resgate por muitos"(Mt.20:28). Ele não tem "em vista oque é propriamente seu, senãotambém o que é dos outros" (Fp.2:4).Um crente cheio do Espírito é umapessoa humilde, generosa,prestativa e pronta para servir.

CONCLUSÃO

Você tem demonstrado ser umcristão normal? Para ser assim épreciso estar sob o controle totaldo Espírito Santo; é preciso tambémfazer de sua vida a mais alta forma

de expressão de louvor a Deus; épreciso ainda dedicar toda sua vidaao serviço cristão.

O padrão de normalidademundano é relativo, pois estáfundamentado ora nos costumes deum determinado local ou grupo, oranos desejos e dos homens, mas opadrão de comportamento docristão é absoluto, pois estáfundamentado nos padrões imutáveisda Palavra de Deus, que é perfeita,eterna e atemporal, por isso Ela é anossa única regra de fé e prática.

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Texto: 1 Timóteo 6.17-19Chave: Exorta os ricosdopresente século que nãosejam orgulhosos... V. 17

Devocional: Lucas 12.16-21Hinos Sugeridos: 282 e 288 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Mt 6.19-243 Feira: Sl 1274 Feira: Ef 4.25-325 Feira: Lc 6.24-266 Feira: Sl 62Sábado: 1 Tm 5.17-25Domingo: Mc 12.42,43

Autor: Rev. Luciraldo Castório de Carvalho

QUANTO VOCÊ GANHA?

Que pergunta mais indiscreta!Como pode alguém perguntar àspessoas sobre o valor dos seusrendimentos mensais?! É verdade,não é uma pergunta discreta. Masnão importa, eu pergunto assimmesmo: quanto você ganha? Eupergunto e adianto a resposta: vocêganha muito. Eu mesmo respondo apergunta para evitar que vocêcomece a chorar: - "Eu ganho muitopouco!", "Eu mereço muito mais!","Aquilo não é salário, é esmola!".

De fato, o salário do brasileiroestá achatado. Tome-se como exem-plo o salário mínimo. Segundo oDIEESE (Departamento Intersindicalde Estatíst ica e EstudosSocioeconômicos), o salário mínimodeveria corresponder a R$ 2.000,00.O salário mínimo não deveria ser tãomínimo como tem sido. Tudo bem,vou concordar com você. Vocêganha pouco. Mas, convenhamos,esta questão referente a pouco emuito é relativa. O que é pouco paraalguns pode ser muito para outros.

Pense sobre o seu salário.Pense também sobre a relaçãoentre sua vida e o seu salário. Istoé mais importante. Por certo, suavida tem maior valor que o seusalário.

ESTUDO16QUANTO VOCÊ GANHA?

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I - O DINHEIRO E O CORAÇÃO

Dinheiro e coração parecem nãoter relação entre si. Aparentemen-te, dinheiro tem maior relação como estômago que precisa de alimentoe a pele que precisa de vestes. Maso modo de lidar com o dinheiro podeser um indicativo da espiritualidadedoentia ou saudável. Você podeexteriorizar a sua intimidade por suarelação com o dinheiro. Outraverdade é que o seu salário podeser um fator de endurecimento doseu coração. Dependendo do quesignifica para você o seu salário, elepode ser um indicativo de fé ouincredulidade. Pode tambémsignificar idolatria.

Foi justamente neste sentidoque argumentou Paulo ao escreversua primeira a carta a Timóteo:"Exorta aos ricos do presenteséculo que não sejam orgulhosos,nem depositem a sua esperança nainstabilidade da riqueza, mas emDeus, que tudo proporcionaricamente para nosso aprazimento."( 1 Timóteo 5:17). O dinheiro podedesviar a confiança do Deusverdadeiro, fazendo que o homemengrandeça a si próprio ou ao seudinheiro. Em qualquer um dos casos,optou-se por um deus errado. Poristo Jesus já dizia que " Ninguémpode servir a dois senhores; porqueou há de aborrecer-se de um e amarao outro, ou se devotará a um edesprezará ao outro. Não podeis ser-vir a Deus e às riquezas. (Mateus6:24).

Ainda que seu salário não sejano valor desejado, você precisacuidar para que a glória e aconfiança não sejam desviadas doDeus verdadeiro. Relembrar vez por

outra passagens bíblicas que lhemostram a sua dependência de Deusserá algo benéfico. O salmo 127:2lhe ensina que os amados do Senhorrecebem o sustento enquantodormem. Mais tarde, o evangelistaMateus registrou as palavras deJesus que lhe asseguram quevestes e alimento serão concedi-dos aos que buscam em primeirolugar o reino de Deus (Mateus 5:33).Agur, por sua vez, nos deuexcelente exemplo de simplicidade,ao pedir a Deus o pão que lhe eranecessário (Provérbios 30:8). Nãodesejando ele a riqueza ou apobreza, em última análise queriaapenas honrar a Deus. São todasestas palavras muito simples econhecidas, mas que, uma vezdesprezadas, farão que o dinheiroque você possui, seja ele quanto for,endureça o seu coração. É isto:"seas vossas riquezas prosperam, nãoponhais nelas o coração." (Salmo62:10).

II - O DINHEIRO E AS MÃOS

O seu salário não é apenasseu. É bom que você lembre quetodos os seus pertences e todo oseu ser estão a serviço do SenhorJesus. Não é isto a essência damordomia cristã?! Duro é esteprincípio bíblico, mas verdadeiro.Portanto, o seu salário não podeser gasto de modo egoísta. Ele nãopode quebrar as suas mãos. Agenerosidade deve ser praticadacom alegria e constância(1 Timóteo 6:18). Não noscansemos de fazer o bem, diriaPaulo (Gálatas 6:9). Você devetrabalhar para ter o seu sustento e

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poder beneficiar os outros (Efésios4:28).

Na parábola contada por Cristoe registrada por Lucas (Lucas 12:16-21), um agricultor teve umacolheita surpreendente. O lucroensoberbeceu o personagem dahistória. Mas, para a infelicidadedesta pessoa, o dinheiro acabou oafastando de seus semelhantes,causando-lhe um isolamento social.Na parábola, o agricultor sóconversou consigo mesmo. Jamaisconversou com Deus ou com outraspessoas. A estas, ele jamaispensou em socorrer. Repartir, dar,ajudar, oferecer, dentre outros, sãoverbos que ele jamais saberiaconjugar. Tudo o que possuía seriagasto em proveito exclusivamentepessoal nos próximos anos de suavida. O que temos na parábola étípico exemplo de riqueza que causadano (Eclesiastes 5:13). É o lucroprejudicial.

Você deve ganhar muito. Pelomenos na medida em que possaajudar alguém. Não há desculpas,justificativas para o egoísmo.Mesmo que seu salário seja omínimo dos mínimos, mesmo que vocênem tenha salário, você tem o queoferecer. Você, eu, a viúva pobre(Marcos 12:42,43), a viúva deSarepta (1 Reis 17:9,10)... todosnós.

III - O DINHEIRO E OS OLHOS

Quem traz cifrões nos olhostem a sua visão prejudicada. Talpessoa vê dinheiro em tudo, sabeo que é lucrativo, tem t inocomercial, pode ser um grande

empreendedor, mas não conseguecompreender a própria existência.Deste modo, a pessoa nãoconsegue perceber a sua vida alémdesta realidade temporal e terrena.Suas necessidades espirituais sãosempre encobertas por agradosmateriais e imediatos. Presentes queobscurecem o futuro. E tal pessoanada sabe sobre céu, Deus, perdão,paz, etc. O dinheiro, o salário, osrendimentos podem cegar.

Por esta razão, Paulo exortouos ricos do presente século "queacumulem para si mesmostesouros, sólido fundamento para ofuturo, a fim de se apoderarem daverdadeira vida." (1 Timóteo 6:19).É a sua necessidade quanto a com-preender a existência humana demodo completo, no tempo e naeternidade. Sua vida está entre oaqui e o além, o agora e o porvir.

É bom que você tenha umsalário, mas é péssimo que estesalário lhe escravize. É bom que vocêtenha uma vida confortável naterra, mas este conforto não podeencobrir a sua esperança de vidaeterna. Há crentes felizes demais naterra para desejarem o céu. Afascinação da pequena ou granderiqueza destas pessoas sufoca aPalavra de Deus em seus corações(Mateus 13:22). Jesus diria a estescrentes: Ai de vós! (Lucas 6:25).

CONCLUSÃO

Você ganha muito ou pouco?Não importa. Importa que você sejacristão na situação financeira em quese encontra. Não deixe o seu dinheiroendurecer o seu coração, quebraras suas mãos e cegar os seus olhos.

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Texto: 2 Samuel 15.1-6Chave: "Quem me dera ser juizna terra, para que viesse a mimtodo homem que tivessedemanda ou questão, para quelhe fizesse justiça" - 1 Samuel15:4

Devocional: Mateus 23.1-12Hinos Sugeridos: 312 e 315 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Mt 20.20-283 Feira: 2 Sm 15.1-64 Feira: Mt 23.1-125 Feira: Fp 4.2-76 Feira: Gl 5.16-26Sábado: Fp 2.1-4Domingo: Pv 17.18

Autor: Rev. Gilson Bicalho

Qual o preço do sucesso? Nãosei no resto do mundo, mas no Brasilo sucesso está relacionado com acapacidade intrépida de fazer o piorpossível. Pelo sucesso as pessoastiram suas roupas em praçaspúblicas, deixam-se fotografar nuase espalhar estas fotos em todo muno,dançam de maneira ridícula diantede câmeras para quem quiser ver,escrevem horrores que chamam decomposição e ainda tem coragem desoltar a voz emitindo sons estranhosque alguns chamam de música.

É, parece que realmente aindavivemos a época do lixo, ou seja,quanto pior melhor. Entretanto, mui-tos têm se perguntado: Porque aspessoas estão assim? Talvez umaresposta coerente fosse: É disso queo povo gosta, ou, pelo menos é istoque o povo conhece. Sendo assim,se é isso que fará sucesso, que traráluz e a mídia sobre os que fazem,façamos! E você cristão, o que achadisso? Será que a música e a arteque deveria ser cristã estãotambém indo pelo mesmo caminho?Será que também estamos atrásdestas mesmas coisas? Você éfamoso? Porque as pessoas queremser famosas?

ESTUDO17

VOCÊ É FAMOSO?VOCÊ É FAMOSO?

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I- NECESSIDADE DE ACEITAÇÃO

Não importa como as pessoassejam, bonitas ou feias, ricas oupobres, bem empregadas ou não,casadas ou não, saudáveis oudoentes. Muitas pessoas gostariamde ser mais do que são. Elasenfrentam a o fantasma da rejeição.Para tais pessoas, a fama e o statussão o caminho mais curto e seguropara a auto-aceitação. Estanecessidade de auto-aceitação nãoé um sentimento que surge do nada,da noite para o dia, sem uma causa.Ele tem motivo, uma ou mais causasque podem ser facilmentedetectadas. Algumas vezes, anecessidade de auto- aceitação émotivada por algum ressentimento.Entretanto, o ressentimento tambémtem suas causas, vejamos algumas:

a- Necessidade dereconhecimento - O ser humanogosta de holofotes, de serreconhecido, ser aplaudido e deestar em evidência. Quando isso nãoacontece, ele se sente menospre-zado, porque que não recebeu adevida atenção, aceitação enotoriedade que deveria ter. Daí,surge um ressentimento contra tudoe todos que estiverem ao seu ladoou principalmente à sua frente.

b- Inveja - "Desejo depossuir ou gozar algum bem queoutrem possui ou desfruta." -(Dic.Aurélio) - A inveja corróilentamente aquele que a alimentadentro de si. A inveja não precisade justificativa; quem é possuído poreste sentimento e permite que elecrie raízes, simplesmente se senteno direito de ter o que é do outroindependente do que seja.

c- Fuga ou negação darealidade - O que faz com quepessoas de bem, de boas famílias,honestas e cumpridoras de seusdeveres para com o estado, danoite para o dia assumam umaidentidade de "marginais" correndo,fugindo e se escondendo dasautoridades enquanto clandestina-mente tentam entrar em outro país?Não estou falando de pessoas quevivem no extremo da pobreza, emguerra civil, ou em busca de exíliopol ít ico, mas, de pessoasestruturadas com famílias e susten-to. A resposta é: a não aceitaçãoda própria realidade. Esta fuga,resultado do imenso vazio na alma,faz com que tais pessoas seenveredem numa busca incessantee frenética de popularidade e desucesso.

II - CARÊNCIA: AFETIVA, EMOCIONAL E ESPIRITUAL

A Mídia passa uma falsa idéiade que as pessoas famosas não têmproblemas, não tem dificuldades. Àsvezes, quando alguém famosomotivado pelo politicamente corretotenta desmentir esta falácia, muitosespectadores não acreditam. Hámuitas pessoas, inclusive famosas,que são vazias de relacionamento,de afetividade, sem amigosverdadeiros, sem uma família, masque precisam representar demons-trando uma aparente felicidade,resultado do seu sucesso. Sãopessoas que em público e em festasse passam como verdadeirasfábricas de alegria e descontração,mas que no apagar da luzes, na horaem que estão sós, são as maisinfelizes de todos. Sentem- se

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arrasadas pelos seus 'fantasmas'.São pessoas que brincam de ter umareligião, afinal de contas todareligião é boa, contudo, não têm umrelacionamento pessoal e profundocom o Senhor, o único e verdadeiroDeus. Geralmente, pessoas comunsque também estão sem perspectivanenhuma de vida, de relacionamen-to e afetividade tentam se espelharnos famosos 'bem realizados efelizes'. Como se dá esta busca?Através dos palcos sob as luzes eholofotes da mídia e do sucesso atodo custo.

A Bíbl ia nos conta umaHistória muito interessante. Haviauma jovem, não qualquer um, masum jovem muito bonito a ponto dese destacar entre todos. Estejovem além de muito bonito, erariquíssimo e poderia ter qualquercoisa que desejasse. Qualqueresposa, qualquer carro, ir a qualquerlugar na hora em que quisesse. Alémde tudo, ele tinha a possibilidade deum dia vir a ser Rei, pois era um dosfilhos do rei Davi, este jovemchamava-se Absalão. A vida deAbsalão é o típico retrato de muitosjovens dos nossos dias; alguns sãofamosos, ricos, podem ter tudo o quequiserem e ainda assim sãoinfelizes. O que poderia ser a causade tanta infelicidade? Talvez por faltade coisas simples como amor erespeito a Deus, pela vida e pelaspessoas. O Jovem Absalão passouboa parte de sua vida em busca dosholofotes, da fama, e do poder.Morreu ainda jovem sem terconseguido essa façanha. (2 Samuel15:1-6). E você, é famoso? Anda embusca da fama? Acha que a famaresolveria seus problemas? - Oapóstolo Paulo nos orienta a

ocuparmos nossos pensamentos comcoisas do t ipo: Tudo o que éverdadeiro, tudo o que é respeitá-vel, justo, puro, amável e de boafama. Ele conclui dizendo que estascoisas é que devem ocupar o nossopensamento. (Filipenses 4:4)

III - SENSO DE PODER EAUTORIDADE

No evangelho de Mateus 23:1-12 - O Senhor Jesus nos fazalguns alertas sobre os Escribas eFariseus. O Senhor não está conde-nando todos os escribas e fariseus,mas alguns que em nome do zelo desua religiosidade menosprezavam alei do amor. O Senhor enquantodesprezava a dureza dos líderessobre o povo, ao mesmo tempolamentava com ternura e piedadesobre Jerusalém.

Como já afirmamos, o SenhorJesus não está condenando o ensi-no dos escribas e fariseus, mas sim,a falta de comprometimento com oensino. Eles ensinavam, e obrigavamos ouvintes a praticar seus ensinosenquanto eles mesmos não pratica-vam. Os escribas e fariseus repre-sentam bem um povo que gosta dafama e do sucesso. O orgulho delesera tanto que eles não se deram porsatisfeitos em se assentarem nacadeira de Moisés, em ser os líderesdo povo tal como era Moisés. Elesqueriam mais; mais poder, mais au-toridade para saciar o ego cada vezmaior. Esta necessidade de poder eautoridade, motivado pelo orgulho,não se sente confortável se as pes-soas não os virem com tais, por issobuscam os holofotes. Eles se esque-

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ceram que a verdadeira religião, fun-damentada em princípios internos,até acha expressão externa, masnunca se relaciona com oexibicionismo. O orgulho pela po-sição, poder, e autoridade quealguns exerciam sobre outros, es-tava destruindo a influência espiri-tual de muitos fariseus. Se você édo tipo que gosta de aparecer, quesempre está esperando reconheci-mento das pessoas, que semprequer ser o primeiro, o centro dasatenções, levar vantagem em tudo,pergunte-se a si mesmo porque vocêtem agido assim.

Você não precisa de holofo-tes, a luz do Espírito Santo já o fazbrilhar o suficiente. Você não preci-sa que ninguém o parabenize pelosseus feitos, porque o seu galardão,a sua recompensa já o aguarda noCéu, e além do mais, você não faznada para os homens, mas para Deus- Porque esperar reconhecimentodos homens? A busca pelo poder,sucesso e fama são coisas do ho-mem natural, que não conhecem oSenhor Jesus. Você não precisa ser

um Big-Brother para se realizar, oSenhor é a sua realização.

CONCLUSÃO

Certa vez, a mulher deZebedeu, mãe de Tiago e João, seaproximou de Jesus e lhe fez umpedido: "Manda que, no teu reino,estes meus dois filhos se assentem,um à tua direita, e outro à tuaesquerda". Os demais apóstolosouvindo isto se indignaram ecomeçaram uma discussão sobrequem mereceria um lugar dedestaque ao lado do Senhor Jesus.O Senhor aproveitando a ocasiãolhes respondeu: No reino de Deus ascoisas acontecem diferentes "quemquiser tornar-se grande entre vós,será esse o que vos sirva; e quemquiser ser o primeiro entre vós serávosso servo; tal como o Filho dohomem, que não veio para serservido, mas para servir e dar a suavida em resgate por muitos". (Mateus20:20-28) - Quer ser o primeiro?Sirva. Esta é lei do reino de Deus.

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Texto: Romanos 12.9-16Chave: "Amai-vos cordialmenteuns aos outros com amorfraternal, preferindo-vos emhonra uns aos outros". (Romanos12:10)

Devocional: 1 Coríntios 13Hinos Sugeridos: 88 e 178 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Rm 12.9-13; 13.8-103 Feira: 1 Jo 4.7-214 Feira: Mt 5.43-485 Feira: 1 Pe 3.8-126 Feira: Ef 2.1-10Sábado: Sl 85Domingo: At 2.46-47

Autor: Rev. Fabrício Eler Batista

O poeta Luis de Camõesdescreve o amor dizendo que o "amoré um fogo que arde sem se ver [...]é nunca contentar-se decontente...". De acordo com odicionário, amor é um "sentimentoque predispõe alguém a desejar obem de outrem; sentimento dededicação absoluta de um ser aoutro ser; sentimento de afetoditado por laços de famíl ia".Contudo, de acordo com a Palavrade Deus, pensar assim, também élimitar em muito o verdadeirosignificado do amor, biblicamentefalando, amor é mais do quesentimento, amor é ação (Rm.12:10-13).

Em nossos dias a palavra"amor" está banalizada e gasta.Vivemos num mundo extremamenteegoísta, no qual as pessoas sepreocupam apenas com seuspróprios interesses, e só querem tervantagens sobre os outros. Algumaspessoas "amam" demais e, por amor,comentem as maiores barbaridadescontra o próximo. Você precisa amare ser amado. Mas, você sabe amar?

ESTUDO18

VOCÊ SABE AMAR?VOCÊ SABE AMAR?

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I - AMOR E ALTRUISMO

O verdadeiro amor leva ocristão a desejar o bem até a quemlhe quer mal. Em Romanos 12:14,Paulo fala sobre "ALTRUÍSMO". Nodicionário altruísmo é definido como"amor ao próximo, desprendimento,abnegação". Mais interessanteainda essa palavra se torna quandoobservamos sua definição ética:"Doutrina que considera como fim daconduta humana o interesse dopróximo, e que se resume nosimperativos: 'Viva para outrem'; 'Amao próximo mais do que a ti mesmo'".Podemos perceber a proximidade doensino de Paulo sobre a Lei de Deus:"Porque vós, irmãos, fosteschamados à liberdade; porém nãouseis da liberdade para dar ocasiãoà carne; sede, antes, servos uns dosoutros, pelo amor. Porque toda a leise cumpre em um só preceito, asaber: amarás o teu próximo como ati mesmo. Se vós, porém, vosmordeis e devorais uns aos outros,vede que não sejais mutuamentedestruídos." (Gl 5:13-14).

Infelizmente, quando olhamospara o comportamento da socieda-de percebemos que esse o ensinoque é ditado pela ética social não é'altruísta', mas 'egoísta': "Eu desejoa você o dobro daquilo que você medeseja", ao passo que na Palavra deDeus o ensino é completamente: "Eudesejo o melhor para você, indepen-dente do que você me deseja". Esseé o ensino de Jesus (Mt 5:43-48).Dar o troco ou pagar na mesmamoeda não são atitudes cristãs.Abençoar é a atitude mais condizentecom a ética cristã, é o que Deusespera de seus filhos, mesmo em

relação àquele que desejam nossomal (1ª Pe.3:8-9).

Um grande pregador dissecerta vez que "ter a boca cheia deamargura é uma das grandescaracterísticas dos homens nãoregenerados, o que de formaalguma convém àqueles queproferem o nome de Cristo" (Tg 3:7-12). O verdadeiro amor leva ocristão a desejar o bem até a quemlhe quer mal: "abençoai os que vosperseguem, abençoai e nãoamaldiçoeis" (Rm 12:14).

II -AMOR E EMPATIA

O verdadeiro amor leva ocristão a desejar para si o mesmoque deseja para seu próximo. Sobreisto Paulo ensina em Romanos 12:15.Ele fala sobre "EMPATIA". Empatia éa tendência para sentir o quesentiria caso estivesse na situaçãoe circunstâncias experimentadas poroutra pessoa. Capacidade de seidentificar com a outra pessoa, desentir o que ela sente, de querer oque ela quer. O próprio apóstoloPaulo chega a comentar sobre ovalor da empatia no meio dacomunidade cristã para que o nomede Deus possa ser glorificado. Elediz: "Ora, o Deus da paciência e daconsolação vos conceda o mesmosentir de uns para com os outros,segundo Cristo Jesus, para queconcordemente e a uma vozglorifiqueis ao Deus e Pai de nossoSenhor Jesus Cristo" (Rm.15:5-6).

Essa idéia torna-se mais claraquando pensamos na misericórdiadivina. A palavra 'misericórdia' é umadas mais lindas do cristianismo, poismostra como Deus age conosco. Esta

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palavra deriva da contração de duaspalavras latinas, 'miseria' (miséria,desgraça) e 'cárdia' (coração), ouseja, Deus viu a nossa condição demiséria, a nossa condição miserávele colocou o Seu próprio coração parasentir as nossas dores e resolver osnossos problemas. O sacrifício deCristo foi o maior ato de misericórdiade Deus pela humanidade (Ef.2:4-5). A misericórdia divina refere-se aofato de Deus se compadecer damiséria humana (Sl.85:4-7; Lm.3:22).

Essa é exatamente a atitudeque Deus espera de cada umdaqueles que foram alcançados peloSeu amor. Agir com misericórdia é,portanto, colocar o nosso coraçãono sofrimento de alguém e tentarminimizar as suas dores. Os maioresinimigos da misericórdia são oegoísmo e a inveja. O egoísmo faz oser humano desejar mais para simesmo e menos para o próximo(Fp.2:3); a inveja faz o ser humanodesejar mais aquilo que é dopróximo do que aquilo é propriamen-te seu (Fp.2:4). O verdadeiro amorleva o cristão a desejar para si omesmo que deseja para o próximo:"Alegrai-vos com os que se alegrame chorai com os que choram"(Rm.12:15).

III - AMOR E UNIDADE

O verdadeiro amor leva ocristão a desejar para o próximo omesmo que deseja para si mesmo. Écomo ensina Paulo no versículo 16de Romanos 12. Ali ele fala ensinasobre "UNIDADE". Unidade é umaação coletiva orientada para ummesmo fim, é aquilo que, numconjunto, forma um todo completo.Unidade é o compartilhar incondici-

onal de nossa vida com os outrosmembros do corpo de Cristo. Essacertamente é a vontade de Deus paraa Sua igreja, nesse sentido, a igrejaprimitiva é nosso modelo de união:"Todos os que creram estavamjuntos e tinham tudo em comum.Vendiam as suas propriedades e bens,distribuindo o produto entre todos,à medida que alguém tinhanecessidade" (At 2:44-45).

No texto de 1ª Co 13:4-7,Paulo nos revela aquilo que pode-mos chamar de "teoria do amor".Segundo Paulo, o amor é compostopor duas virtudes, o amor é"paciente" e "benigno" (v.4a),virtudes das quais todacomplementação do texto sãodependentes e subordinadas (v.4b-7). Calvino, comentando essa pas-sagem diz que "o objetivo (dePaulo) é mostrar quão necessário ele(o amor) é na preservação daunidade da igreja". E, de fato, apaciência e a benignidade estãoentre as qualidades mais necessári-as na igreja a fim de se manter aunidade.

O próprio Senhor Jesus afirmouque a unidade cristã é um meioeficaz para o testemunho (Jo 17:22-23). Esta verdade funcionava naigreja primitiva (At 2:46-47). Cadacristão deve se identificar com osdemais, se preocupar uns com osoutros, ceder, ser complacente, seexiste algo de bom que eu desejopara mim mesmo, não devo desejaralgo pior para o próximo, isso é sercondescendente.

O verdadeiro amor leva ocristão a desejar para o próximo omesmo que deseja para si mesmo:

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"Tende o mesmo sentimento uns paracom os outros; em lugar de serdesorgulhosos, condescendei com o queé humilde; não sejais sábios aosvossos próprios olhos" (Rm.12:16).

CONCLUSÃO

O amor é a grande marca docristão, pois, ele faz com quesejamos "praticantes da palavra enão somente". O verdadeiro amorleva o cristão a desejar o bem até aquem lhe quer mal; O verdadeiroamor leva o cristão a desejar para sio mesmo que deseja para seu

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próximo; O verdadeiro amor leva ocristão a desejar para o próximo omesmo que deseja para si mesmo.Embora vivamos num mundoextremamente egoísta, esta nãoprecisa ser uma verdade entre oscristãos. Somos um povo chamadoa viver na prática o verdadeiro amor.

Jesus, em seu ministério aquina terra, nunca desejou o mal aquem lhe queria mal, ao contrário,intercedeu por eles dizendo: "Pai,perdoa-lhes, porque não sabem oque fazem" (Lc.23:34). Que Deus nosajude a de fato termos em nós "omesmo sentimento que houvetambém em Cristo Jesus" (Fp.2:5).

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Texto: Tiago 4.13-17Chave: "Vós não sabeis o quesucederá. Que é a vossa vida?Sois, apenas, como neblina queaparece por instante e logo sedissipa"(Tg 4.14)

Devocional: Provérbios 27.1-27Hinos Sugeridos: 137 e 163 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Is 40.6-83 Feira: Mt 6.24-344 Feira: 2 Co 12.1-135 Feira: Fp 2.12-186 Feira: 1 Jo 2.15-17Sábado: Sl 90Domingo: Pv 27.1-27

Autor: Rev. Enos Dias Pereira

Será que não estamosperseguindo os ideais e os sonhosde todas as pessoas? O planejamentode nossas vidas como cristãos, nãotem nos afastado do foco divino eda esperança celestial? Nãoestaríamos mais preocupados comnossas realizações pessoais do quecom o reino de Deus?

Tiago exorta os seus leitorese a todos nós hoje, que fazemosnossos planos, sem, contudo, levarem consideração quaisqueraspectos dos planos soberanos deDeus! Pois ele diz que Deuscondena aqueles que vivemtranquilamente, sem observar erespeitar os seus planos eternos.

ESTUDO19

VOCÊ TEM PLANOS?VOCÊ TEM PLANOS?

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I - CONSIDERE A INSTABILIDADEDA VIDA

"Vós não sabeis o quesucederá amanhã. Que é a vossavida? Sois , apenas, como neblinaque aparece por instante e logo sedissipa" (Tiago 4.14). As introduçõesdestes dois textos (Tiago 4.13 e 5.1),são idênticas: E "atendei, agora",sugerem fortemente que Tiago asencara como intimamente relaciona-das. A primeira, trata da falibilidadedos projetos humanos, e a segundatrata da instabilidade das riquezasmal adquiridas e mal empregadas, quese encontra no segundo texto econtexto.

Sendo que as pessoasdescritas no primeiro texto, sãoabertamente mencionadas comoricas, mas extensamente envolvidasem viagens de negócios, subenten-dendo que eram prósperas, mastinham intenção de ter mais lucros eficarem ainda mais ricas.Portanto, oautor sagrado, em ambos os textos,critica as pessoas do mundo, pordeixarem a Deus e seus valores forade seu estilo de vida. Entretanto,enquanto o rico do segundo texto(5.1ss) é condenado sem reservas,os homens de negócios do primeirotexto (4.13-17) são exortados amudar de atitude.

Na verdade, não é a riquezadeles, que Tiago critica, mas aconfiança que tinham na instabilida-de das riquezas materiais. Jesus emseu precioso ensino, no sermão domonte, oportunamente lembrou aosseus discípulos essa real instabilida-de, que vale a pena conferir e nãoconfiar. Leia o texto de Mateus 6.24-

34. Se você tem planos, parabéns!Mas tenha cuidado, pois você

precisa levar em conta a instabilida-de da vida material. Leia novamenteo texto indicado no início dessecomentário, e diante de seusousados planos, pergunte a simesmo: "Que é a minha vida?" Econstate você mesmo, se orestante do texto não é uma verda-de?

II - CONSIDERE O PLANOETERNO DE DEUS

"Em vez disso, devíeis dizer:Se o Senhor quiser, não sóviveremos, como também faremosisto ou aquilo". (4.15). Para Tiago,precisamos ser levados a consideraras decisões e os planos de Deus, dequem os propósitos são sempre bons.Por isso o conselho de Tiago é: "Seo Senhor quiser, não só viveremos,como faremos isto ou aquilo". Tudoestá na dependência de Deus, tantoo nosso querer, quanto o nossorealizar, segundo a sua boa vontade(Fp. 2.13). Portanto, os eventosfuturos, sejam quais forem, estarãorealmente condicionados aos planosde Deus. Fazer algum projeto semlevar em conta a vontade de Deusserá sempre temeroso e podeacarretar em grave pecado.

O apóstolo Paulo deixa-nos clara esta exortação: "Se tenho degloriar-me, gloriar-me-ei no que dizrespeito a minha fraqueza"(2Co.11.30), e ainda: "De tal cousame gloriarei; não, porém, de mimmesmo, salvo nas minhasfraquezas"(2 Co. 12.5). Veja ainda asua experiência: "Então, Ele(Deus)me disse: A minha graça te basta,porque o poder se aperfeiçoa na

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fraqueza. De boa vontade, pois, maisme gloriarei nas fraquezas, para quesobre mim repouse o poder deCristo. Pelo que sinto prazer nasfraquezas, nas injúrias, nasnecessidades, nas perseguições, nasangústias, por amor de Cristo.Porque quando sou franco, então, éque sou forte"(2 Co. 12.9,10).

III - CONSIDERE O PERIGO DOORGULHO

"Agora, entretanto, vos jactaisdas vossas arrogantes pretensões.Toda jactância semelhante a essa émaligna" (4.16). Estes homens denegócios referidos no texto, a quemTiago se dirige, tinham característi-cas como planejadores eautoconfiantes. Eles eram homens dedecisão, que resolviam tudo, quandoiriam, o tempo de permanecer eretornar, com absoluta certeza deque obteriam lucros da operaçãocomercial que estavam empenhados.Por certo, o quadro aqui pintado porTiago, era suficientementeconhecido de todos os seusleitores, e historicamente, oprimeiro século foi sem dúvida, umperíodo muito ativo comercialmen-te, e muitos judeus eram ativos emvários tipos de negócios, e haviamse estabelecido em vários pontos domundo Mediterrâneo, por motivoscomerciais. Tanto no período do NovoTestamento, em outras épocas e emnossos dias, os planos e as ativida-des aqui mencionados, tinham e temo mesmo motivo: O lucro. Mas comodemonstram os versículos seguintesdeste texto, não é o desejo de ob-ter lucros, que mais preocupa Tiago,e o leva a criticar, mas ele preocu-pa-se com o contexto que envolve

o seu mundo e o de nossos dias, noqual os homens fazerem planosousados, envolvendo-se emarrogantes pretensões, emnegócios puramente vulneráveis.

Ao fazerem estes planos, comojá dissemos, eles deixam de levar emconta um fato fundamental, anatureza transitória da vida nestemundo, porque a vida é tãopassageira que ele a compara àneblina ou o vapor, que aparece elogo se dissipa. As pessoas envolvi-das em negócios, devem restringiros seus planos à vontade do Senhor(v. 15). O apóstolo Paulo usou amesma expressão em relação ao seutrabalho missionário (At. 18.21). Emsubmissão a Deus faria seutrabalho. Nada faria sem apermissão de Deus.

Jactância é arrogância, égloriar-se no que o homem planejafazer. É um sentido arrogante deauto-suficiência e importânciapessoal, que o apóstolo João adefine como uma característica domundo (1 Jo. 2.16). O "eu" aqui,toma o lugar central e principal deDeus.

CONCLUSÃO

Você tem planos? Como vocêagora responde esta pergunta, queé o tema de nossa lição? Tome cadaponto dessa lição, e estude cada umdeles com muito cuidado e atenção,oração em submissão, pedindo aDeus que tire de seu coração aauto-pretensão e o orgulho, eleve-o a viver com humildade dentroda vontade e dos planos sábios esoberanos de Deus. Deus vaiabençoá-lo ricamente!

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IntroduçãoTexto: Salmo 27.1-4Chave: "O Senhor é a minha luze a minha salvação; de quemterei medo?" (Sl 27. 1).Devocional: Jó 24.1-24Hinos Sugeridos: 144, 145 e146 do Novo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Gn 6.1-113 Feira: Jó 24.13-174 Feira: Sl 1275 Feira: Mt 6.25-306 Feira: Sl 34Sábado:Sl 4Domingo: Sl 37

Autor: Rev. Agnaldo Silva Mariano

"Seguro estou, não tenhotemor do mal". Assim começa um dosclássicos da hinologia cristã. O hinoretrata com profunda vitalidade, afé daquele que coloca em Deus asua segurança. Infelizmente nemtodas as pessoas compartilhamdesse sentimento de segurança. Omedo é uma epidemia social. Asensação de insegurança domina aspessoas, evidenciando-se em váriasáreas da vida. São tantasincertezas e ameaças ao redor queé praticamente inevitável sentir-seinseguro. E você, como se sentediante disto? Você se sente seguro?

ESTUDO 20

VOCÊ SE SENTE SEGURO?VOCÊ SE SENTE SEGURO?

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I - MEDO E INSEGURANÇA:SENTIMENTOS GENERALIZADOS

Você tem ouvido os noticiáriosultimamente? Você tem lido osjornais? Que sensação você temexperimentado ao tomarconhecimento das informaçõessobre os índices de violência na suacidade ou no país? A impressão quefica ao tomarmos conhecimentodesses informativos é de queestamos vivendo em uma épocasemelhante à de Noé. A Bíbliaregistra que, naquele período, "aterra estava corrompida e cheia deviolência" (Gn 6. 11). Hoje tambéma sociedade parece sucumbir àviolência protagonizada porpersonagens idênticos aos descritospor Davi no Salmo 27. 2. Ali osalmista descreve a ação demalfeitores, opressores e inimigos dasociedade; pessoas cujo objetivo édestruir, ameaçar e amedrontar.Nossa sociedade está cheia depessoas assim, espalhadas portodos os lugares, dispostas a fazersuas vítimas (Jó 24).

A ação dos homens violentose a informação constante sobre seusatos ameaçadores geram naspessoas uma sensação depermanente insegurança. Jó fezreferência ao sentimento deinsegurança produzido pelaviolência de seus dias ao falar que"os perversos são inimigos da luz;de madrugada se levanta o homici-da e mata ao pobre e ao necessita-do, e de noite se torna ladrão. Nastrevas minam as casas" (Jó 24. 13 a17). Pode ser que o mesmosentimento domine o seu coração aosair às ruas. O medo de ser assalta-do, de ser vítima de um seqüestro

relâmpago, de ser alvejado por umabala perdida... Mesmo estandodentro de sua casa, você senteinsegurança, pois o homem violentonão respeita a portas, travas,alarmes, sensores, etc. E nãoimporta se você mora em umacidade grande ou em uma cidadepequena, ou média. A violência nãotem fronteiras. O medo e a insegu-rança também não as possuem.Estes sentimentos atingem todas asparcelas da sociedade. Sãosentimentos generalizados (Ec 4. 1).

Você pode não ter sido vítimade nenhum ato de violência, masainda assim, você pode sentir seusefeitos. Isto porque, ainda queindiretamente, a violência atingevocê. E os sentimentos de insegu-rança e pavor que ela produz sãocomuns a todos, indistintamente,afinal, qualquer um pode ser apróxima vítima. Viver neste mundocorrompido e cheio de violência é umteste constante de sobrevivência.Como nem todos passam nesse tes-te, você não está isento de, àsvezes, sentir-se inseguro comoqualquer mortal.

II - CUIDADO! EM QUE VOCÊTEM APOIADO A SUA

SEGURANÇA?

Diante da insegurança e domedo que atingem todas aspessoas, são comuns algunscuidados para a superação dessessentimentos. Um dos mercados quemais crescem em nossos dias é o dasegurança privada. Milhões sãogastos ano após ano por cidadãosde todo o mundo em equipamentoscomo cercas elétricas, alarmes,blindagens, vigias particulares, etc,na tentativa de garantir a própria

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segurança. Todos os governos domundo investem incalculáveisrecursos no planejamento eoperacionalização de medidas a fimde conterem o avanço da violência.Mas todas essas tentativas têm semostrado insuficientes paragarantirem à população de seus pa-íses a sensação de segurança. Porque?

Não é errado que você sepreocupe com a sua própriasegurança. Você pode muito bem secercar dos cuidados necessários paraproteger a sua família e os seus bens.Nada há de errado em você colocarum alarme em sua casa, uma blinda-gem em seu carro ou precaver-sede algum outro modo legítimo. APalavra de Deus não condena queas cidades usem os guardas paraproteger os cidadãos; mas elaadverte quando a confiança e asegurança são depositadas apenasneles e não no próprio Deus: "Se oSenhor não guardar a cidade, em vãovigia a sentinela" (Sl 127. 1).

O salmista quer ensinar nessetexto que os empreendimentoshumanos só se realizam plenamentecom a bênção de Deus. Você nuncase sentirá seguro se não apoiar asua segurança na verdadeira fontede toda proteção que é Deus. Vocêpode investir todos os seusrecursos na tentativa de vencer ainsegurança; mas se você nãodepositar a sua vida nas mãos deDeus e descansar na proteção dele,você terá perdido seu tempo e suasexpectativas.

Em que você tem apoiado asua segurança? Onde você temdepositado a segurança da sua casa?Nos equipamentos sofisticados, noscães de guarda, nas trancasreforçadas ou nos cadeados? Onde

você tem apoiado a sua segurançafinanceira? Em boas aplicações, numagorda aposentadoria ou naexpectativa de uma untuosaherança? Cuidado! Não apóie a suasegurança naquilo que é perecível.Lembre-se da parábola que Jesuscontou sobre o homem insensato queconfiou na abundância dos seus bense foi surpreendido com a revelaçãode que eles não poderiam garantir-lhe a tão sonhada segurança (Lc 12.1 a 12). Cuidado para não sersurpreendido também.

III - É POSSÍVEL SENTIR-SESEGURO

O hino "Refúgio Verdadeiro"expressa a esperança e convicçãode que é possível o crente, emqualquer época e sob quaisquercircunstâncias, sentir-se seguro. "Nopoder de Cristo, o Mestre, minha vidasalva está. Do perigo que cercá-la,ele poderá livrá-la. Seu poder eternosempre a susterá!". Isto não éapenas poesia; é uma declaração defé que deve ser repetida diante dasameaças de nosso tempo. Estaspalavras declaram de maneiraconclusiva que, apesar dos riscos quevocê corre e das ameaçasiminentes, é possível sentir-seseguro.

Davi declarou, também embelos hinos, a sua certeza desegurança. Em um deles, diz: "OSenhor é a minha luz e a minhasalvação; de quem terei medo? OSenhor é a fortaleza da minha vida;a quem temerei?" (Sl 27. 1 e 2). Asegurança que você necessita podeser encontrada na mesma fonte àqual Davi recorreu. Deus é um

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refúgio acolhedor nas horas deangústia, em que o medo corrói aesperança (Sl 46. 1 a 3). Abrigar-sesob as asas do Altíssimo, (Sl 91. 1 e2), e recolher-se em devotada ehumilde paciência diante de suaproteção, produz sossego para aalma inquieta (Sl 42. 5). Descansarem Deus e entregar os medos emsuas mãos frutificará em deleitosapaz e quietude (Sl 37. 7).

Se você depositar em Deus asua segurança, poderá sentir-seseguro em qualquer situação. Vocêpoderá sentir-se seguro quanto aossuprimentos de suas necessidadesà medida que depositar em Deus asua confiança (Fp 4. 19; Mt 6. 25 a30; Sl 37. 25) e priorizar, na sua vida,os interesses do seu reino (Mt 6.33). Você poderá sentir-se seguroquanto ao seu futuro se entregar aDeus a direção de sua vida (Sl 37.5). Você poderá sentir-se seguroainda que a maldade e a violênciaacampem ao seu derredor (Sl 27. 3;Sl 34. 7). Você poderá se sentirseguro mesmo se as pessoas maisestimadas lhe abandonarem (Sl 27.10). Você poderá se sentir seguroao dormir (Sl 4. 8). Você poderá se

sentir seguro ainda que catástrofesinexplicáveis alterarem a dinâmica domundo ao seu redor (Sl 46. 2 e 3).

Você viu quantas promessas?Se você ouvir e crer nessaspromessas, perceberá que épossível se sentir seguro, ainda queas circunstâncias pareçam indicar ocontrário. Aí, sim, você poderácantar: "Perigo algum me podecausar temor, pois meu Salvador nãome abandonará. Com sua proteçãoe com seu amor, dirigindo a minhavida ele estará".

CONCLUSÃO

Sentir-se seguro é umaquestão espiritual. A verdadeirasegurança somente poderá serdesfrutada por aqueles queconhecem a Deus e depositam nelea sua esperança e confiança. Deusé um refúgio absolutamenteconfiável, e fonte de toda seguran-ça. Nele você pode descansar.Firmado em Deus e obedecendo asua Palavra você estará sempreseguro.

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Texto: Filipenses 4.4Chave: "Alegrai-vos sempre noSenhor; outra vez digo:alegrai-vos.”Devocional: Salmo 37.1-5Hinos Sugeridos: 32 e 146 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Sl 63.1,23 Feira: Fp 4.10-194 Feira: Sl 116.1-35 Feira: Jó 1.1-216 Feira: Hc 3.17-19Sábado: Lc 17.26-30Domingo: Fp 4.10-13

Por que incansável? Essa deveser uma pergunta a importunar amente do ser humano. É incansávelporque de fato é encontrada e nãosatisfaz plenamente o “ego”humano, ou não satisfaz plenamen-te porque são passageiras,temporarias?

O homem corre um grandeperigo ao se empenhar intensamen-te nessa busca desenfreada, uma vezque os valores estabelecidos sãovoltados para si mesmo, esquecen-do de perguntar-se a si mesmo: qualé o fim supremo e principal para oqual fui criado?

O que é estar bem? Umadefinição pode ser feita aos seusolhos, a outra pode ser feita aosolhos de Deus.

Você está bem? Aos olhos dequem?

ESTUDO 21

VOCÊ ESTÁ BEM?Autor: Rev. Jorge Teixeira Corrêa Filho

VOCÊ ESTÁ BEM?

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I - O PERIGODA SATISFAÇÃO DO “EU”

1 - Analisando os dias de Noé eLó (Lc 17.26-30)

Observa-se que a prioridadeaqui era a satisfação pessoal eprazer da carne. Embora, nessecontexto houvesse grande imorali-dade, prostituição e homossexuali-dade, não é sobre isso que Cristoadverte. Eles estavam prestes asofrerem uma condenação, oderramar da ira divina, mas enquan-to isto, o que eles faziam? Comiam,bebiam (não era embriaguês),casavam-se, compravam, vendiam,plantando e construindo. Não hápecado em fazer essas coisas, naverdade elas são legítimas e sãoboas. Porém o homem é advertidoquando tudo isso torna-se aprimazia da satisfação pessoal, ecomo consequência vem o desprezopara com Deus, sua palavra e suaobra.

Se, atentamente, observaresse texto verá que a maioria daspessoas ali estava tão ocupadas comcoisas boas e legítimas, que nãoatentavam, não avaliavam osensinamentos anunciados por Noé.Ao ser questionado se você estábem, o objetivo é levá-lo a umaauto-avaliação sobre sua buscaincansável de uma satisfaçãopessoal.

No seu empenho, na sua luta,em busca dessa tão sonhadasatisfação, como está o seucompromisso e dedicação a Deus, asua palavra e a sua obra? Em Lucas(17.30), Jesus adverte o cristãodizendo que no dia do Filho dohomem será assim; os homensestarão taõ voltados para a

satisfação, em busca dos própriosinteresses que deixarão o reino deDeus como algo secundário.

A grande tristeza é quemuitos, enganados, estão certos deque irão para o céu, mas nunca, ouquase nunca têm tempo, interesseou desejo de estar na casa de Deus.Não lêem a palavra, não estãopresentes à reunião de oração, aoculto de adoração. E por causa dacauterização do coração e dessaincasável busca não vêem nada deerrado nisso (Jr 2.31-35).

Lembre-se que coisas boas elegítmas podem afastá-lo dapresença de Deus, até mesmodeixá-o fora do céu. Elas passam ater primazia no seu coração e Deusfica em segundo plano. Quando issoacontece é porque o “eu” assumiu otrono no seu coração, e não hátempo e nem espaço para Deus(Jr 2.36a).

II - VIVENDO PARAA GLÓRIA DE DEUS

Diante das grandes oferta domundo, dos prazeres da carne, ocristão tem o desafio de viver paraa glória de Deus (Gl 2.19-20;Ef 1.5,12).E não somente isto, masdeve encontrar nele plenasatisfação e realização.

Todas as coisa boas e legítmasprecisam ser vividas e alcançadas àluz da glória de Deus, pois, sóassim, venceremos o pecado dasatisfação pessoal. O que nãosignifica que o crente não pode terou buscar essa satisfação. Mas deveaprender que toda e qualquersatisafação tem origem, meio e fimem Deus.

Todos as coisas têm sentido e

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significado quando vistas à luz daglória de Deus.

1 - Por qual razão você adora aDeus?

Pelo o que ele é, ou pelo o queele faz? E se ele não fizer? E se elenão lhe der uma satisfação pessoal?Você continuará o adorando?

A sua razão para adoraçãodeve ser porque ele é o único Deusvivo, soberano, ele é Deus. Quandoo salmista diz: “Agrada-te doSenhor” (37.4), a sua ênfase é emDeus e não nos seus feitos.Observe o que ele diz: Agrada-te doSenhor, ele, somente a pessoa, o serdele satisfará o seu coração. Istoimplica que as demais coisas em quevocê incansavelmente busca por umasatisfação pessoal, só terá sentidoe efeito se forem feitas visando aglória de Deus.

Deus deve suprir todas as suassatisfações, não no sentido deprover lhe algo, mas de ser ele aprópria satisfação. Tudo só tem sen-tido se for visando a alegria dele (Sl42.1,2; 63.1). Deus é aqule quesatisafaz por completo, nele ocristão encontra plenitude dealegria e muito mais (Sl 16.11).

2 - Deus deve ser a base de suasatisfação.

Não são os momentos de paz,de bonança, de ausência de proble-mas que satisafazem o homem, massão as convicções que tem sobre oser de Deus. Você não pode perdero foco de que todas as coisas foramcriadas par ao louvor de sua glória.E que qualquer coisa que você façaque não tenha como fim últimoglorificá-lo, será uma satisfaçãocarnal, pecaminosa, passageira e queo distanciará dele.

3 - Deus faz todoas as coisasvisando a sua própria glória esatisfação (Rm11.33-36;Ef 1.5,6,11,12,14).

a) Quem primeiro deu a ele algumacoisa para que tenha a obrigaçãode rstitui-lo?b) Ele faz o que faz segundo oprazer de sua vontade;c) Para o louvor de sua glória;d) Conforme o conselho de suavontade;e) A fim de sermos para o louvor desua glória;

Sendo assim, você só terá averdadeira e única satisfação plena,quando viver visando acima de tudoa glória deste Deus. É precisomortificar o próprio “eu”, para queDeus ocupe o trono de sua vida.Paulo exorta o cristão a se alegrarno Senhor e não nas circunstâncis(Fp 4.4), ou nos prazeres da carne.

III - UMA VIDA DESTEMIDA NADEPENDÊNCIA DE DEUS

O maior desafio do homem é ode se satisfazer com o ser de Deus,“minha alma tem sede Deus, do Deusvivo.”A essência da adoração é in-terior e, é valorizar a Deus como omaior e o mais precioso bem queexiste. Os nossos atos externosprecisam demonstrar o quanto ele éo nosso maior tesouro. E o que vocêfaz deve ser como um culto vivo,Deus disse: se você come ou bebe,ou faz outra coisa qualquer em todasua vida, o fim último tem que ser aglória dele (1 Co 10.31).

Viver uma vida destemidaimplica dependência total da provi-são de Deus. Pois nada nesse mundalhe dará tão grande satisfação

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quanto o alegrar-se em Deus. Jesusdisse: “a minha comida consiste emfazer a vontade daquele que meenviou.” “Eu desci do céu não parafazer a minha vontade, mas daquleque me enviou”. Ou seja não hásatisfação nesse mundo que possaser comparada com o cumprir afinalidade para qual você foi criado.O dinheiro e as coisas conquistadasna vida não estão a parte desse fimúltimo. A maneira como vocêadora, com seu dinheiro e suasposses, demonstra o quanto vocêentende que Deus é o seu bemsupremo.

a) Lucas 12.32-34 - Não sepreocupe, não tenha medo. "Nãotemais, porque o vosso Pai agradou-lhe dar-vos o reino” e não somenteisso, mas deu seu próprio Filho(Rm8.32);

b) "Não temais, ó pequenorebanho." Nós somos seu rebanho eele é o nosso Pastor. E se ele é oseu Pastor, você precisa aplicar averdade do Salmo 23: "O Senhor émeu Pastor, nada me faltará", nadaque você realmente precise. Nãotemer as circunstâncias e sesatisfazer com Deus, demonstra agrandeza do seu Pastor.

c) Lucas 12.30 - Todas essascoisas que as nações do mundobuscam deseperadamente comosatisfação pessoal, Deus sabe quenecessitais de tudo isso. Elerealmente se importa e sabe do quevocê precisa e irá providenciar tudoquanto for necessidade para sua vida(Mt 6.31-32).

A ordem das Escrituras é:“Alegrai-vos no Senhor, outra vezdigo, alegrai-vos”. “Todavia, eu me

alegro no Senhor, exulto no Deus daminha salvação.” (Fp 4.4; Hc 3.18).Viver uma vida destemida é secontentar com o Ser de Deus,“...ainda que a f igueira nãofloresça, nen haja fruto na vide; oproduto da oliveira minta, e oscampos não produzammantimento...” (Hc 3.17).

Ser destemido é colocar Deusno seu devido lugar e sujeitar-se asua mais plena soberania, satisfa-zendo com ele, assim como ele é.Ele faz o que quer, com quer, a horaque ele quer. “Nu saí do ventre deminha mãe e nu voltarei, o Senhor odeu e o Senhor o tomou; benditoseja o nome do Senhor” (Jó 1.21).

CONCLUSÃO

Confiar em Deus como Pastor,Pai e Rei nos encoraja a uma fortedeterminação de dependerunicamente dele e viver uma vidasimples e não na busca desenfreadado acumulo de bens materias esatisfação pessoal.

Se Deus não lhe der nenhumbem material? Se ele tomar todas ascoisas que você tem? Ele em seuSer o satisfará?

As palavras dos amigos deDaniele, Sadraque, mesaque, Abede-Nego foram: “Se o Senhor quiser elefará, senão, fique sabendo oNabucodonosor que não curvaremosperante o seu Deus.” Em outraspalavras, estamos prontos não sópara ser beneficiados pelo nossoDeus, mas prontos a morrer e sofrerpor ele.

Que Deus leve a cada um denós a viver bem na dependência desua provisão.

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Texto: 1 Coríntios 10.31Chave: "Portanto não vosinquieteis com o dia de amanhã,pois o amanhã trará os seus cui-dados; basta ao dia o seu pró-prio mal" Mt 6.34Devocional: Salmo 37.1-5Hinos Sugeridos: 32 e 146 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Mt 7:13 Feira: Mt 11:28-304 Feira: 1 Co 1:18-255 Feira: Jo 8.126 Feira: Jo 10:7,9Sábado: Gl 1:8-9Domingo: Fp 2:11

Autor: Rev. Jorge Teixeira Corrêa Filho

É sábio o cristão que conside-ra as leis de Deus, pois, a mesmatem como um de seus objetivosabençoar e beneficiar àqueles que aobedecem, tanto no aspecto es-piritual como também no físico e so-cial.

Deus estabeleceu leis visandoa saúde da humanidade, dando“todas as ervas que dão semente ese acham na superficie de toda aterra e todas as árvores em que háfruto e dê semente; isso vos serápara mantimento. E todos osanimais da terra, e a todas as avesdos céus, e a todos os répteis daterra, em que há fôlego de vida,toda erva verde lhes será paramantimento. E assim se fez”(Gn 1.29-30).

ESTUDO 22

VOCÊ SE ALIMENTA BEM?VOCÊ SE ALIMENTA BEM?

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I - A BOA ALIMENTAÇÃO E ACONSCIÊNCIA CRISTÃ

A cada dia, a cada ano, o serhumano vive de forma acelerada, oque faz dele um escravo do “FastFood”. Nos últimos anos o serhumano tem vivido apressado, semse dar conta de como isto afeta asua al imentação e, comoconsequência, alguns se tornamvítimas de doenças diversas.

A glutonaria, que é a práticade comer excessivamente, além donecessário, para manter umorganismo bem nutrido, é umpecado com o qual alguns cristãosconvivem com a consciênciatranquila, ignorando o ensinano daBíblia de que tal prática é obra dacarne e é pecado (Gl 5.21).

O cristão deve procurar aprática de uma al imentaçãoequilibrada, buscando o entendimen-to de como o corpo humanofunciona e quais são as suasnecessidades alimentares enutritivas. O brasileiro, no geral, sealimenta de forma inadequada porsofrer a influência da cultura famíliar,ignorando na maioria das vezes o querepresenta o alimento para o seu or-ganismo, podendo ser bom, comoruim, o que contribui para que elenão deseje o equilíbrio de uma boaalimentação, que por sua vez trarásatisfação e manterá seu organismosaudável.

O cristão deve conscientizar-se de que o alimento, ou a forma emque se al imenta não estádesassociado da questão do bemestar físico, social e mental do serhumano, isso implica que, se oalimento não é usado de formaadequada, se a prática da alimenta-

ção não obedece as regras e anecessidade individual de cada um,é certo que não haverá o bem estarfísico, social e mental. E não somenteisto, mas a OMS (OrganizaçãoMundial da Saúde), adverte que maisde 1 bilhão de adultos estão comsobrepeso e 300 milhões comobesidade, fator esse que cooperagrandemente com os problemascardiovasculares, diabetes,hipertensão arterial, câncer, entreoutros. Essas são algumas doençascausadas pela má alimentação.

II - SABEDORIA E FÉ NA HORADE ALIMENTAR

A Escritura adverte contra opecado da glutonaria de formasevera até nos dias de hoje (Dt21.20; Pv. 23.20-21; Mt 11.19),portanto, alimentar bem implica emquantidade e qualidade que se come.

Sabedoria e fé estão intima-mente ligadas à maneira em que ocristão deve se alimentar, pois,aquele que come e bebe, o fazconforme a sua liberdade cristã, emuitas vezes é uma questão de foroíntimo, aonde a sua própriaconsciência deveria ser o seu guia eo fundamento, dirigido pelosprincípios da Escritura, comoresultado de sua sabedoria e fé.

Uma das coisas que leva ocristão a ser compulsivo na hora dealmentar é a preocupação quanto aoque se tem para comer hoje, e sehaverá o mesmo amanhã (Mt 6.25-34). A promessa de Deus é que eledaria todas essas coisas aos seusamados (Sl 127.2).

Todas as vezes que se comepara prejudicar a saúde, issotorna-se pecado, indpendente se foi

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a quantidade ou a qualidade ingerida.A regra bíblica é que o cristão deveter moderação (Fp 4.5) em tudoquanto faz, e não somente naquantidade, mas na qualidade,entendendo o princípio de que secome não somente para se viver ousatisfazer, e sim com a finalidade deglorificar a Deus (1 Co 10.31)

A advertência feita pelaEscritura exige a fé do cristão aoalimentar-se, levando-o a ter umadeterminção de não se ajuntar aesses que vivem sem sabedoria parasatisfazerem os apetites carnais (Pv23.20-21; 28.7; 23.2). Mais uma veza Bíblia exorta quanto a disciplina decontrolar o hábito alimentar, épreciso, tanto pela sabedoria, quantopela fé, exercer o domínio próprio edizer não a qualquer tentação àprática excessiva de alimentar-se,bem como a qualidade do que sealimenta.

O cristão tem a difícil tarefade lutar contra a tentação doprazer associado a destruição do seucorpo. Ele necessita entender queDeus graciosamente providencia eabençoa todos os alimentos que sãonutritivos e prazerosos. Contudo sa-biamente e por obediência a ele ocrente desfrutará dos mesmos deforma correta e em quantidadenecessária para suprir as deficiênci-as do seu organismo, deixando deser um escravo da prática dealimentar.

III - ALIMENTANDO-SECORRETAMENTE

Certamente não será estabe-lecido, aqui, um cardápio universal eúnico para os cristãos, masapresentaremos informações

suficientes para uma avaliação pes-soal, usando o princípio da fé cristã,sabedoria (conhecimento nutricinais)para se fazer a boa alimentação.

Nutrientes são substâncias quecompõem os alimentos e que oorganismo necessita para viversaudavelmente, mantendo a saúdee as atividade diárias (trabalho,pratica de esportes, bom funciona-mento dos órgãos, promovercrescimento adequado, a cicatriza-ção de feridas e a sbstituição dascelulas que envelhecem com opassar dos dias.

Os nutrientes sãocarboidratos, proteínas, lipídeo,água e sais mierais.

Os nutrientes e suas funções:a) Proteínas: Construtoras,responsáveis na formação dosmúsculos, pele e demais tecidos docorpo humano. Encontradas nascarnes, leites e derivados,leguminosas (soja, grão de bico,lentilha...)b) Carboidratos: Energéticos,responsáveis para gerar energianecessária para a movimentação docorpo, trabalho e vida. Encontradosno açucar, amido, fibras (reguladorintestinal).c)Gorduras: Entram na produção dehormônio, dá sabor e textura aosalimentos. Encontradas na gema doovo, na pele de frango, nos frutosdo mar, coco, creme de leite, óleose margarinas.d) Água: Sua presença no corpo éde 70%. Contribuição importante nadigestão e transporte de nutrientes,na eliminação dos resíduos, notrasnporte de substâncis e notrânsito intestinal, mantém atemperatura do corpo, participa dosfluídos do organismo, como

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lubrificante das juntas e amortece-dores dos órgãos contra choque.Encontrada nos líquidos e alimentos(frutas e vegetais).e) Vitaminas: participam de todasas reaçoes do organism. Cálcio,fósforo, fero, sódio, postássio,magnésio, manganês, fluor, iodo,cobre e zinco.1- Cálcio: formação dos ossos eestá presente nos latcínios;2 - Ferro: importante para todos,principalmente para as mulhes(menstruação). Está presente emcarnes vemelhas, associado a fontede vitamina C é melhor absorvido.

Alimentar se corretamente émanter uma alimentação equilibra-da, na qual todos esses nutrientesestejam presente, na quantidade equal idade certa. Aqui está apirâmide de alimentação, queorientará a cada um sobre qual deveser a quantidade e a qualidadecorreta que se deve ingerir, isto nãodispensa a necessidade de se fazeralguns exames médicos paraconfirmação de como vai seuorganismo.

É importante entender quecada indivíduo tem seu metabolismopróprio (gasto e utilização deenergia pelo corpo), portanto aoavaliar uma pessoa é indispensávelobservar sua atividade física, seumetaboismo, idade, sexo, estadofisiológico, para assim, fazer omelhor proveito das diretrzes da

pirâmide de alimentação.Atavés de uma boa alimentação éque se tem saúde. Ainda é tempopara se corrigir, repensar se estáalimentado “bem”. O resultado seráo bem estar físico, mental, social euma vida vivida com qualidade.

CONCLUSÃO

Na base da pirâmide está aprática de atividades físicas naforma de exercícios, lazer, esportese uma vida ativa. Nenhuma alimen-tação é totalmente efetiva naprevenção de doenças quando nãoestá aliada a uma vida ativa.

As gorduras, em especial assaudáveis mono e poliinsaturadas,encontradas em óleos vegetais,peixes, castanhas e nozes.

Os carboidratos, é enfatizadaa escolha de carboidratosintegrais, em detrimento de suasversões refinadas.

Frutas e verduras são fontesdiversif icadas de fibras, saisminerais, vitaminas e outrasfitosubstâncias com potencial deprevenção várias doenças.

A inclusão de castanhas,nozes, amêndoas e amendoins naalimentação é estimulada, pois sãoexcelentes fontes de proteínas,gorduras saudáveis, vitaminas e saisminerais.As proteínas constituem parte im-portante de uma dieta, ms asprotéinas saudáveis, associadas agorduras saudáveis, os melhoresexemplos são os peixes.

O consumo de leite ederivados deve ser moderado,principalmente pela gordura saturadaque vem junto com estes alimentos.www.bancodesaude.com.br

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Texto: Salmo 37.1-7Chave: "Uns confiam em carros,outros, em cavalos; nós, porém,nos gloriamos em o nome do Se-nhor nosso Deus". Salmo 20. 7.Devocional: Jeremias 17.8,9Hinos Sugeridos: 136 e 137 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Jr 17.53 Feira: Is 124 Feira: Pv 18.245 Feira: Sl 406 Feira: Sl 125Sábado: Mt 18.21,22Domingo: 1 Co 10.12

"Crise de confiança sesobrepõe a pacote dos EUA e arrasamercados"; "Crise de confiançaimpede processo de paz no OrienteMédio, diz ONU"; "Crise deconfiança atrapalha alianças paraeleições deste ano"; "Crise deconfiança adia recuperação daeconomia argentina"; "Crise deconfiança derruba Bolsa deValores de São Paulo". Estes sãoalguns títulos de reportagensrecentes, publicadas por jornais eagências de notícias, e que expõemuma inegável realidade: vivemosuma situação de profunda crise deconfiança nos mais diversossetores da sociedade.

Você já deve ter percebidoesta crise ao seu redor. Ela afetaseriamente a nossa vida, nos dei-xando inseguros e inquietos. E oproblema é que a falta de confiançaparece ter um efeito contagiante,capaz de afetar todo tipo de pesso-as. Como Michel O'Brien, poetaamericano, disse certa vez: "A con-fiança é contagiante. A falta delatambém".

Você se sente afetado poresta crise de confiança?Você confia em alguém?

ESTUDO 23

VOCÊ CONFIA EM ALGÉM?VOCÊ CONFIA EM ALGÉM?Autor: Rev. Agnaldo Silva Mariano

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I - DE ONDE VEM TANTA FALTADE CONFIANÇA?

Desconfiar de tudo e de todosé, para muitos, a melhor receita paraa sobrevivência neste mundo. Umaescritora francesa do século XVIIdisse: "A desconfiança é a mãe dasegurança". Outro pensadorespanhol, também do século XVII,afirmou: "A confiança é a mãe dodescuido". Ambos os pensamentospreferem a desconfiança em lugar daconfiança como elemento degarantia de bom êxito nas relaçõeshumanas. No entanto, isto pode serapontado com uma arriscadainversão de valores.

Você já deve ter ouvidoconselhos do tipo: "Não confie emninguém"; "cuidado, não seja tãoconfiante com aquela pessoa".Pensamentos assim refletem que aconfiança em nossos dias não é umelemento tão apreciado nas relaçõesinterpessoais. Mas, de onde vemtanta falta de confiança? Por queestamos cada dia mais desconfia-dos de tudo e de todos?

A) Falta de credibilidade daspessoas e instituições

Credibilidade tem a ver comaquilo em que se pode acreditar.Possuir credibilidade significa sermerecedor de confiança. E merecerconfiança é muito importante, tantopara pessoas como para instituições.Mas sempre há o risco de sermosdecepcionados. Você já passou pelaexperiência de alguém te dever umdinheiro e não pagar? Ou de alguémtomar algum objeto emprestado enão te devolver? Alguém já marcouum compromisso com você e nãocompareceu? Você já teve alguma

decepção com alguma instituição?Notícias de escândalos têm abaladoa confiança da população em váriasinstituições mundo a fora. Você jádeve ter ouvido algumas notíciasdessas. A falta de credibilidade é umdos fatores determinantes para quedeixemos de confiar em pessoas ouinstituições.

B) Falta de segurança espiritualConfiança tem a ver com fé.

Aliás, a confiança é, antes de tudo,um ato de fé, e Deus deve ser oalvo maior da nossa confiança(Jr 17. 7). Se você tem fé firme emDeus, sua confiança não seráabalada, mesmo que seja decepcio-nado momentaneamente por algumapessoa (Sl 125. 1; Is 12. 2). Toda-via, se você não tiver segurança emDeus, não adiantará procurar ne-nhum outro alicerce onde apoiar asua confiança (Is 26. 4). Se vocênão tiver segurança em Deus que édigno de inteira e irrestritaconfiança, certamente nãoconseguirá confiar em mais ninguém.

II - O QUE A FALTA DECONFIANÇA PRODUZ?

A falta de confiança é umaexperiência negativa que deixa suasmarcas. E não há como negar queessas marcas nos afetam, tantoindividual quanto coletivamente. Afalta de confiança é o pior caminhoque se pode escolher para se teruma vida saudável. Veja algumasmarcas deixadas pela falta deconfiança:

A) Dificuldades relacionaisA falta de confiança não é nada

saudável para os relacionamentos

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humanos. Quando você perde acapacidade de confiar nas pessoas,perde também a possibilidade de serelacionar com elas. A falta deconfiança poderá afetar o seurelacionamento conjugal, o seurelacionamento com amigos e outrosmembros da família.

B) Individualismo "Tem gente enganando a

gente. Se você quiser alguém emquem confiar, confie em si mesmo".Estas palavras compõem parte daletra de uma canção popular. Elasrefletem um pouco o pensamentocomum diante da falta de confiançanas pessoas: confie em si mesmomais do que nos outros. Esse tipode pensamento nos leva afechar-nos em nós mesmos como sepudéssemos nos satisfazer apenasna individualidade. A falta deconfiança gera esse t ipo deindividualismo que pode transformarvocê em uma pessoa egoísta einsensível.

C) Medo e insegurança A falta de confiança transfor-

ma o mundo em um campo debatalhas virtual. Qualquer pessoapassa a ser vista como um inimigoem potencial. Isso gera medo de tudoe de todos. Você anda na rua e vêameaça em qualquer pessoa. Noâmbito profissional a falta deconfiança nos outros transformacolegas de trabalho em concorren-tes, gerando medo de perder oemprego. No âmbito familiar, a faltade confiança gera insegurançaquanto ao comportamento docônjuge, provocando crises deciúmes e contendas. A falta deconfiança vê ameaça até mesmo nascoisas menos importantes. Você deve

se lembrar de Saul que, ao ouvir umasimples canção, perdeu a confiançaem Davi e passou a tratá-lo comoum inimigo (1 Sm 18. 6 a 9).

III - COMO VENCER A FALTA DECONFIANÇA?

Todos nós estamos sujeitos adecepções nos mais variados níveisde relacionamentos. Mas asdecepções não podem sercicatrizes definitivas em nossoscorações. Passar por algum tipo defrustração faz parte da vida. Não ébom que isso aconteça, é claro, masestamos sujeitos. A grande questãoque você precisa entender é comosuperar a falta de confiança. Este éo grande segredo para uma vidasaudável. Eis algumas dicas:

A) Descansando em Deus O salmista ensina: "Descansa

no Senhor e espera nele" (Sl 37. 7).É natural que ouvir notícias sobreassaltos, seqüestros, fraudes detodos os tipos leve você a descon-fiar de qualquer um que chegue àsua porta. Mas nem sempre você serácapaz de distinguir claramente osperigos. Melhor do que desconfiar detodos será descansar em Deus e crerque ele é capaz de proteger os seusservos, pois Deus "não desamparaos seus santos" (Sl 37. 28).Descansar em Deus é a melhor saídaquando você perder a confiança naspessoas.

B) Dando uma segunda chance àspessoas

Isto pode não parecer muitofácil à primeira vista. Vivemos emuma sociedade cruel, que nãoacredita na recuperação das

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pessoas. Pedro perguntou a Jesuscerta vez: ". Até quantas vezes meuirmão pecará contra mim, que eu lheperdoe? Até sete vezes?". Atentativa de Pedro era estabelecerum limite para a confiança. MasJesus respondeu: "Não te digo queaté sete vezes, mas até setentavezes sete" (Mt 18. 21 e 22). Cadaerro que alguém comete contra nósé, na verdade, uma quebra deconfiança. Mas o perdão poderestaurar a confiança, e não hálimite para isto. Você pode serdecepcionado várias vezes, mas seo seu coração entender essapalavra de Jesus, você será capazde perdoar e confiar novamente,dando uma nova chance a quem tedecepcionou.

C) Reconhecendo as suaspróprias fraquezas

Você é tão capaz dedecepcionar as pessoas quanto elassão em relação a você. O apóstoloPaulo ensinou: "Aquele, pois, quepensa estar em pé veja que não caia"(1 Co 10. 12). O grande problema éque às vezes nos esquecemos de

que nós estamos tão sujeitos aerrar quanto os outros. Você nãoestá isento de também decepcionaras pessoas. Reconhecendo a suafraqueza e possibilidade de errartambém, você poderá ser mais pa-ciente com as pessoas e maiscompreensível, capaz de suportarmuitas fraquezas delas, afinal, vocênão é perfeito.

CONCLUSÃO

De acordo com um dicionárioeletrônico, "crise de confiançacorresponde a um sentimentocoletivo de insegurança comrelação ao futuro". É a condição quevivemos. Infel izmente temosperdido a confiança em tudo em emtodos. Mas esta realidade não ésaudável. Precisamos aprender comas Escrituras que nos ensinam aperdoar e superar os medos e asdecepções, a fim de que possamoscontinuar a vida. Afinal, como dizaquele velho cãntico, "eu preciso devocê e você precisa de mim". Quemprecisa do outro precisa tambémconfiar no outro.

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Texto: João 15.12-17Chave: "Ninguém tem maior amordo que este: de dar alguém aprópria vida em favor dos seusamigos." João 15.13Devocional: Salmo 113Hinos Sugeridos: 113 e 159 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Dt 6.1-93 Feira: Lc 10.25-274 Feira: Jo 13.31-355 Feira: Gl 4.1-76 Feira: Sl 1Sábado: Pv 1Domingo: Jo 15

Autor: Rev. Enos Dias Pereira

Você pode pensar sobre osignificado e o valor da verdadeiraamizade, de seus perigos e de suagrande necessidade. Preciso selembrar da grande dificuldade quetodos nós temos em manter boas esólidas amizades. Existe uma músicapopular bem antiga, que a sua letradiz: "Amigo, palavra fáci l depronunciar, coisa difíci l de seencontrar". Foi o que constatoualguém ao oferecer cartões de natala outra pessoa. Esta perguntou: -Para quem vou mandar cartões denatal? Tal pessoa não reconheciaamizades que pudessem receber umsimples cartão.

Os seus relacionamentos sãosuperficiais e passageiros ou sólidasamizades? Você tem apenascolegas de trabalho e estudo ouamigos mais chegados que irmãos?Você tem amigos? Vamos estudareste tema, procurando conhecer bemo nosso melhor amigo, queinconfundivelmente é o nossoSenhor Jesus Cristo.

ESTUDO 24

VOCÊ TEM AMIGOS?VOCÊ TEM AMIGOS?

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I - TER JESUS COMO AMIGO ÉEXPERIMENTAR O SEU GRANDE

AMOR

"O meu mandamento é este:que vos ameis uns aos outros,assim como eu vos amei. Ninguémtem maior amor do que este: de daralguém a própria vida em favor dosseus amigos" (15.12 e 13)

Interessante é que Jesuscoloca o seu amor por nós como ummandamento, e é verdade, pois, noAntigo Testamento temos o resumoda lei de Deus dessa forma: - Ouve,Israel, o SENHOR, nosso Deus, é oÚnico SENHOR. Amarás, pois, oSenhor, teu Deus, de todo o teucoração, de toda a tua alma, e detoda a tua força" (Dt. 6.4,5). OSenhor Jesus toma este ensino doAntigo Testamento e o amplia no seuministério como podemos ver:"Respondeu-lhe Jesus: Amarás oSenhor, teu Deus, de todo o teucoração, de toda a tua alma e detodo o teu entendimento. Este é ogrande e primeiro mandamento. Osegundo, semelhante a este, é:Amarás o teu próximo como a ti mes-mo. Destes mandamentos dependemtoda a lei e os profetas"(Mt. 22.37-40).

"Respondeu Jesus: O principalé: Ouve, ó Israel, o Senhor, nossoDeus, é o único Senhor! Amarás,pois, o Senhor, teu Deus de todo oteu coração, de toda a tua alma, detodo o teu entendimento e de todaa tua força. O segundo é: Amarás oteu próximo como a ti mesmo. Nãohá outro mandamento maior do queestes"(Mc. 12.29-31). "A isto ele(o intérprete da lei) respondeu (aJesus): Amarás o Senhor teu Deus,de todo o teu coração, de toda a

tua alma, de todas as tuas forças ede todo o teu entendimento; e:amarás o teu próximo como a timesmo"(Lc. 10.27). Neste últimotexto, após o intérprete da lei terrespondido com o mandamento,Jesus lhe disse: "respondestecorretamente, faze isto e viverás",e ele querendo justificar-se, pergun-tou a Jesus, "quem é o meupróximo?". Para responder-lhe apergunta, Jesus lhe contou ahistória do Bom Samaritano, queajudou o homem que estava ferido àbeira do caminho, e no final fez-lhea própria pergunta inicial dointérprete da lei: "Qual dos três teparece ter sido o próximo do homemque caiu nas mãos dos salteadores?".Ele respondeu: "O que usou demisericórdia para com ele". EntãoJesus lhe disse: "Vai e procede tude igual modo".

Portanto, ter amigo, é experi-mentar o maior amor de alguém, comoamou o Samaritano da história deJesus. Fica claro no ensino de Jesusnessa história, o desafio de seramigo de todos, especialmenteajudando a quem está mais próximode nós, ou seja, em perigo enecessidade.

O texto que tomamos doevangelho de João, é umaampliação do novo mandamento,que acabamos de estudar, e que seencontra inicialmente em João13.34,35, o qual começa e terminacom a recomendação de Cristosobre amor ao próximo como umnovo mandamento:"Novomandamento vos dou: que vos ameisuns aos outros; assim como eu vosamei, que também vos ameis uns aosoutros. Nisto conhecerão todos quesois meus discípulos: se tiverdesamor uns aos outros". Neste novo

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mandamento, o amor de Cristo, ésem dúvida colocado como modelo.A maior demonstração de amor, éalguém dar a vida por seus amigos,morrendo por eles. Em Romanos 5.8-10, Paulo fala de "inimigos queforam reconciliados com Deus pelamorte de seu Filho". Em nossotexto, Jesus fala com os seusamigos, em favor de quem, embreve daria a sua vida por eles,porque eram objetos de seu grandeamor.

II - TER JESUS COMO AMIGO ÉEXPERIMENTAR MUITO MAIS DO

QUE SER SEU SERVO

"Vós sois amigos, se fazeis oque eu vos mando. Já não voschamo servos, porque o servo nãosabe o que faz o seu Senhor; mastenho-vos chamado amigos, porquetudo quanto ouvi de meu Pai vostenho dado a conhecer" (15:14 e15).

Não devemos confundir aexpressão "já não vos chamoservos...", pois antes Jesuschamava os seus discípulos deservos(doulos), ou os tratava comotais. O texto agora quer dizer, queno cenáculo, Ele está abrindo o seucoração, com os segredos damotivação íntima de seu ministério edo seu sacrifício iminente. O que Eleestá lhes dizendo, é que o Senhor, odono de um escravo, não precisavadar explicação, por que estavadando uma ordem, o escravo deveapenas ouvir e obedecer, nãoprocurar saber a razão da ordem. MasJesus passa a tratá-los comoamigos, o qual passa a compartilhara esperança e os planos futuros deseu ministério e reino eterno.

Aqui neste texto, vemos ocontraste entre escravo e amigo,que não é diferente entre escravo efilho de Gálatas 4.7. John Wesley,tratando de sua conversão,descreveu-a como o momento emque ele trocou a fé de um escravopela fé de um filho.

Na expressão e na linguagemdo apóstolo João, pode ser dito, queJesus nesta oportunidade, estavatrocando a obediência de umescravo, pela obediência de umamigo. Porque, a partir daqueles instantes, Ele passa a compartilharcom eles, os seus planos imediatose eternos, dando-lhes muito maisprivilégio e responsabilidade. E a partirdeste texto, isto torna muito maisevidente e claro. Observe bem asverdades que se encontram noscapítulos que antecedem (13 e 14)e os capítulos que seguem ao textoque tomamos para essa lição (15 a17), antes de sua prisão e de suamorte na cruz.

III - TER JESUS COMO AMIGO ÉEXPERIMENTAR A SUA ESCOLHAE DESIGNAÇÃO MUITO PESSOAL

"Não fostes vós que meescolhestes a mim; pelo contrário,eu vos escolhi a vós outros e vosdesignei para que vades e deisfrutos, e o vosso fruto permaneça;a fim de que tudo quando pedirdesao Pai em meu nome, ele vo-loconceda. Isto vos mando: que vosameis uns aos outros". (15.16,17)

Jesus retorna rapidamente àilustração que tinha tomado noinício do capítulo, sobre a videira,seus ramos e frutos (Jo. 15.1-11).No dia em que encontrou os seusdiscípulos pela primeira vez, Ele

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convocou cada um deles para o seuserviço com a ordem simples, masfirme: "Segue-me", escolhendo-ospara que participasse do seuministério terreno. O fruto que osramos produzem é o fruto da própriavideira, fruto duradouro, de vidasunidas a Ele sempre vivo, testemu-nhando de sua graça permanente:"Eu vos designei que vades e deisfrutos, e que o vosso fruto perma-neça" (Jo. 15.16) .

A palavra de Jesus no início deseu sermão sobre a "Videira e osramos", tem um sentido aqui, de umaoração respondida: "A fim de quetudo quanto pedirdes ao Pai em meunome, Ele vo-lo conceda". É acondição que Ele havia determina-do, com o propósito de glorificar oPai Celestial: "Se permanecerdes emmim, e as minhas palavras permane-cerem em vós, pedireis o quequiserdes, e vos será feito. Nisto églorificado meu Pai, em que deismuito fruto; e assim vos tornareismeus discípulos" (João 15.7 e 8).

Jesus tem o direito de nosdeterminar regras de comportamen-to, porque foi Ele quem primeiro nosescolheu para sermos membros dasua Igreja. Parece-nos, entretanto,que intuito de nosso Senhor JesusCristo, foi de enaltecer perante osonze, os privilégios do apostolado:"Lembrai-vos de que, chamando-vosamigos, fui eu que vos escolhi econtei no número do meu povo, an-tes que vós mesmos me aceitásseis.Compreendei, pois, a espontaneida-de, a grandeza e a profundidade domeu amor por vós". Crendo queJesus, fazendo uso da palavra"escolher", Jesus trata aqui daeleição dos apóstolos comoproclamadores do evangelho e daeterna eleição dos que são salvos.

Contudo, João Calvino faz oseguinte comentário chamando aatenção especificamente para osagrado ministério da Palavra: "Otema deste discurso não é a eleiçãovulgar (ou comum) dos crentes, pelaqual são adotados por filhos deDeus; mas à eleição particular, pelaqual Jesus Cristo designa aquelesque pregam o evangelho". Esteparágrafo termina, repetindo aordem de Jesus, para que os seusdiscípulos se amem uns aos outros(Jo:15.17), e pela terceira vez, elechama a atenção para à práticadessa belíssima virtude que deveprevalecer entre nós, cristãos: Oamor.

CONCLUSÃO

Somos atraídos a Cristo nessalição a tê-lo como o nosso amigoíntimo pessoal, e caminharmos comEle neste mundo, de tão poucosamigos, cumprindo aqui o seuministério. Primeiro, ter Jesus comoamigo é experimentar o seu grandee imensurável amor, experimentandomuito mais e além do que ser seuservo, a sua escolha e designaçãoserá muito pessoal, com propósitosespecíficos: dar frutos, tendo umavida de oração vitoriosa.

"Quão bondoso amigo éCristo, revelou-nos seu amor, e nosdiz que lhe entreguemos, oscuidados sem temor, falta aocoração dorido, gozo, paz,consolação? É porque nós não leva-mos, tudo a Ele, em oração".(Hino159, Hinário Novo Cântico)

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Texto: Mateus 6.25-34Chave: "Portanto não vosinquieteis com o dia de amanhã,pois o amanhã trará os seuscuidados; basta ao dia o seupróprio mal" Mt 6.34Devocional: Salmo 37.1-5Hinos Sugeridos: 32 e 146 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Is 41.103 Feira: Fp 4.10-194 Feira: Sl 1275 Feira: Sl 27.10-146 Feira: Lc 17.26-30Sábado: Jr 2.31-35Domingo: 1 Co 4.7

É possível que uma boa partedos crentes esteja informada sobreo que é o “Stress” da vida, suascausas, sintomas e consequências,por ser considerada como a“doença do século”, embora não sejaalgo novo, pois a encontramos navida de alguns personagens daEscritura.

A complexidade e aceleraçãoda vida moderna são fatores quecontribuem para o crescimento donúmero, assustador, de pessoas,principalmente cristãs, vítimas doStress e suas consequênciasdesastrosas para a vida.

ESTUDO 25

VOCÊ ESTÁ CANSADO?Autor: Rev. Jorge Teixeira Corrêa Filho

VOCÊ ESTÁ CANSADO?

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I - ANALISANDO O STRESS:SINTOMAS, CAUSAS E

CONSEQUÊNCIAS

a) Os sintomas

São perceptíveis e podem serclassificados como: dores em ge-ral, tensão muscular, batimento car-díacos irregulares, insônia, dificul-dade respiratória, imunidade baixalevando a gripes frequentes, indi-gestão, naúseas, extremidades fri-as (mãos e pés), apertar os dentes,descontrole muscular, preocupa-ção excessiva, falta de domínio pró-prio (agressividade), e que não tra-tados logo no início podem trazerconsequências destruidoras, umaqualidade de vida ruim e alta-estimabaixa.

b) As possíveis causas

Vivemos no mundo do “FAST”(rápido), competitivo, no qual, énecesário atualizar-se constante-mente. A meta é não mais correratrás de algo, mas estar a frente detudo, e como resultado pagamos oalto preço de ver a vida sendodestruída.

A pressão imposta pelomundo, embora seja conhecidaperante os homens, ela é em certosentido imperceptível para muitos,devido aos sonhos, projetos edesejos estabelecidos para se obtero sucesso, a fama, a vitória e arealizção. Salomão em Eclesiastes jádizia: “Vaidade de vaidades, tudo écorrer atrás do vento.”

c) Existem algumas coisas quemerecem ser avaliadas erepensadas à luz das Escrituras,como:

1 - As ameaças da vida: Você podeestar correndo perigo, enfrentandoalta-estima baixa, tendo seusvalores confrontados, lutando con-tra o divórcio e até mesmo sofrendocom coisas inconscientemente;

2 - As escolhas que devemosfazer (trabalho, escola, namoro,casamento, educação de filhos);

3 - O medo de fracassar. o que éo fracasso aos olhos de Deus?

4 - A satisfação pessoal e dasnecessidades existentes. Quemsuprirá você?

5 - E no geral levanta-se asquestões como: aceleração da vida,a corrida contra o tempo, tudotornou-se urgente na vida humana,não existe mais prioridade, tudo éextremamente necessário e“pro-agora”.

A medicina aponta os acessó-rios que acmpanham esse pacoteestressante: aumento da pressãoarterial, colesterol alto, formação dedespósitos gurdurais nas artérias,dificuldade respiratória e cansaço,fruto de uma sobre carga deadrenalina por enfrentar esse Stressdiário.

O resultdado obtido por viverassim é: a pessoa terá seu sistemaimunológico fragilizado, deixandosusceptível às enfermidades (doresde cabeça, coluna, estômago,virose, infecções sérias, a diminui-ção de algumas substâncias de de-

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fesa que o cérebro produz).

II - UMA AUTO-AVALIAÇÃO

1 - Como você tem gastado suaenergia em sua rotina diária?

Mateus 6.34 “Portanto não vosinquieteis com o dia de amanhã, poiso amanhã trará os seus cuidados;basta ao dia o seu próprio mal”.Salmo 127.1-3, “Se o senhor nãoedificar a casa, em vão trabalhamos que a edificam; se o Senhor nãoguardar...inútil vos será levantar demadrugada...aos seus amdados eledá enquanto dormem.” (Is 41.10;Fp 4.19).

Mediante os textos apresen-tados, o que avaliar, repensar emudar em sua rotina diária?Teoricamente talvez você seja umgrande conhecedor e memorizadordas Escrituras, mas na prática diáriacomo se organiza, se fundamenta,espera e cre nessas verdades? Comoconciliar sua rotina de vida se har-moniza, concilia com essas promes-sas de Deus?

2 - É possível repensar asatividades e reorganizá-las?

É preciso, a luz da Escritura,estabelecer a escala de prioridadesna vida. Quem sabe começar com orelacionamento com Deus, osustentador e provedor da vida, deonde procede todo bem? (At17.24,25,28). Depois, o relacio-namento familiar (esposa, filhos) epor último o trabalho e as demaiscoisas.

É necessário que haja algumasmudanças em sua rotina, em seu

alvo, em suas metas, lembrando queo fim último do homem é glórificar aDeus e gozá-lo para sempre.

Muitas de suas responsabilida-des podem ser delegadas, ainda quevocê talvez não creia, mas, existemoutras pessoas competentes. Outraspoderão ser adiadas ao estabelecera escala de prioridades, e algumasaté canceladas (Êx 18.18).

É preciso reorganizar a suaagenda, você não é escravo dela,se preciso for, cancele algo, não hánada nesse mundo que pague ovalor de uma vida vivida comqualidade na presença do Senhor.

3 - O perigo do cansaço e asgrandes perdas.

Existem muitos que lutam, “ra-lam” e se “matam” para dar confor-to a família. Plano de saúde, car-ro, casa, faculdade e outros. Maso que se tem visto é: o aumentoassustador de divórcio entre evan-gélicos, infartos em pessoas ain-da jovens, vítimas do Stress (TOC -transtorno obcessivo compulsivo) edepressivas. E a conquista de todoesforço não pagam, não recupe-ram e nem reconstrói as perdasobtidas.

Deus continua suprindo emantendo vidas sem plano desaúde, sem casas, sem carros, comsalário mínimo, pessoas iletradas. Nãoquero dizer que não se deve almejaressas coisas, pelo contrário. Oproblema é: elas são prioridades davida em si mesmas? Ou elas sãoconsequências de uma vidaplanejada, vivida, descansada nadependência de Deus. Reavalie isso.

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III - DESCANSANDO EPLANEJANDO EM CRISTO

Este é o caminho apresentadopelo salmista (Sl 37.3-7), confia,entrega, descansa e espera nele,agrada-te dele, e ele satisfará osdesejos do teu coração. Isto nãosignifica cruzar os braços, mas totaldependência. Lutar, mas crendo quetudo vem do Senhor (1 Co 4.7).

Conhecer a Deus deve enco-rajar o cristão a enfrentar os pro-blemas, as necessidade e as lutascom flexibilidade na tomada de de-cisões e planejamentos para a vida,entendendo que são necessárias al-gumas mudanças na rotina diária, embusca de uma melhor adptação pe-rante os dsafios à frente, para quese viva com qualidade. Considere eaplique esses princípios em sua vidapara vencer o Stress (1 Co 4.7):

1 - Pois quem é que te fazsobressair?

a) Todas as coisas foram criadas pelopoder da palavra de Deus (Hb11.3);b) O Senhor te formou e estabele-ceu todos os seus dias, quandonenhum deles ainda havia (Sl 119.13-16);c) Pois, é ele quem a todos dá vida,respiração e tudo mais. Nelemovemos, existimos e vivemos (At17.24,25,28);d) O coração do homem pode fazerplanos...o homem traça o seucaminho, mas o Senhor lhe dirige ospassos (Pv 16.1,9).

2 - O que tem tu que não tenhasrecebido?

a) Da tua mão tu damos (1

Cr 29.14,16);b) Elias e a viúva de Sarepta (1Rs 17); Eliseu e a viúva (2 Rs 4);c) Vendiam as suas prpriedades ebens distribuindo...pois nenhumnecessitado havia entre eles (At2.45; 4.34);d) O que muito colheu não tevedemais e que pouco colheu não tevefalta (2 Co 8.2-5,15).

3 - E se recebestes porque tevanglorias como se o não tivesserecebido?

a) Agora sou eu que tenho quemanter e sustentar todas as coisasque Deus me deu. Que loucura, quedesespero! O que será de mim?b) Já não é mais a graça, a provi-dência, a misericórdia, mas o planode saúde, o seguro de vida, oemprego, o salário alto e outros;c)São os meus “títulos”, pós-gradu-ação, doutourado que me mantémno emprego, e não Deus;d) Será que os “deístas” estãocertos? Deus deu “corda” no mundoe o deixou tudo acontecer aleato-riamente, por conta do acaso, dodestino e dos mais espertos?

CONCLUSÃO

Considerar a fidelidade, as pro-messas, o prpósito de Deus para anossa vida éalgo muito especial parao cristão. Descanças na graça deDeus é verdadeiramente confortante.

O meu Deus segundo a suariqueza, e não segundo a nossariqueza, segundo a sua glória, e nãoa nossa, há de suprir, mas em Cristoe não fora dele, cada uma devossas necessidades (Fp 4:19).

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Texto: Gênesis 2.15-17Chave: "mas da árvore doconhecimento do bem e do malnão comerás; porque, no dia emque dela comeres, certamentemorrerás". (Gênesis 2:17)

Devocional: 1 Coríntios 15.50-58

Hinos Sugeridos: 114 e 292 doNovo Cântico

Introdução

Leitura Diária:

2 Feira: Gn 3.19; Tg 2.263 Feira: Jo 6.39-404 Feira: Gn 2.17; Is 59.2;5 Feira: Ef 2.1-56 Feira: Lc 16.23-26; Ap 20.14Sábado: Jo 11.26; Ef 2.6Domingo: Jo 11.25; Fp 1.21

Autor: Rev. Fabrício Eler Batista

A vida é, de fato, muito curta,Moisés chega a afirmar: "acabam-se os nossos anos como um brevepensamento [...] tudo passarapidamente, e nós voamos" (Sl.90:9-10). Tiago afirma: "Que é a vossavida? Sois, apenas, como neblina queaparece por instante e logo sedissipa" (Tg.4:14).

Hermes Aquino escreveu umpoema que revela a realidadetransitória (passageira) e efêmera(curta duração) da vida.

"Eu sou nuvem passageira quecom o vento se vai. Eu sou comoum cristal bonito que se quebraquando cai. Não adianta escrevermeu nome numa pedra, pois essapedra em pó vai se transformar. Vocênão vê que a vida corre contra otempo, sou um castelo de areia nabeira do mar".

Contudo, não fomos criadospara morrer. A morte é umaexperiência traumática para o serhumano, pois, o próprio Deuscolocou "a eternidade no coração dohomem" (Ec.3:11), mas, comoconseqüência do pecado, a morteentrou no mundo (Gn.2:17; Rm.5:12; 6:23).

ESTUDO 26

VOCÊ PRETENDE MORRER?VOCÊ PRETENDE MORRER?VOCÊ PRETENDE MORRER?

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I - A MORTE FÍSICA (Gn.3:19)

Biblicamente, a morte física éentendida como a separação entreo corpo e a alma, ou, o corpo e oespírito (alma e espírito sãosinônimos na Bíblia).

Gênesis 3:19 faz referência àcriação do homem para mostrar arealidade da morte física: "tu és póe ao pó tornarás". Deus, com suaspróprias mãos, esculpiu o homem dopó da terra e lhe deu o fôlego devida: "formou o Senhor Deus aohomem do pó da terra e lhe soprounas narinas o fôlego de vida, e ohomem passou a ser alma vivente"(Gn.2:7). O corpo humano, formadodo pó da terra, recebeu a vida apósDeus lhe dar o espírito e, paramorrer, é necessário que haja aseparação entre o corpo e oespírito.

Elias clamou: "meu Deus,rogo-te que faças a alma destemenino tornar a entrar nele. OSenhor atendeu à voz de Elias; e aalma do menino tornou a entrar nele,e reviveu" (1ªRs.17:21-22); Jesus aoressuscitar uma menina "disse-lhe,em voz alta: Menina, levanta-te!Voltou-lhe o espírito, ela imediata-mente se levantou" (Lc.8:54-55).Lucas deixa claro que a morte deJesus se deu quando Ele entregouao Pai seu espírito: "Então, Jesusclamou em alta voz: Pai, nas tuasmãos entrego o meu espírito! E, ditoisto, expirou" (Lc.23:46). Tiagoafirma que "o corpo sem espírito émorto" (Tg.2:26).

Você pode até ter apretensão de não morrer, mas, a

morte física é uma experiênciainescapável a todos os sereshumanos. Aos "homens estáordenado morrerem uma só vez" (Hb9:27), a exceção, é claro, daquelesque estiverem vivos quando nossoSenhor Jesus voltar (1 Co 15:51-52).A solução Divina para a morte físicaestá na ressurreição do último dia(Jo 6:39-40). Contudo, enquantonão ouvimos o "ressoar da últimatrombeta", enquanto o "últimoinimigo a ser destruído" ainda inves-te contra nossas almas (1Co 15:26),a cada dia que passa estamostodos mais próximos da morte.

II - AMORTE ESPIRITUAL(Ef.2:1-3)

A morte espiritual é aseparação entre o ser humano eDeus. Tal fato se deu no Édemquando o homem desobedeceu omandato de Deus (Gn.2:17).Sabemos que Adão não morreufisicamente nesse dia, mas,separou-se de Deus, perdendo acomunhão intima com o Supremo eDivino Criador (Is.59:2).

A morte espiritual é umarealidade para todos os sereshumanos: "Portanto, assim como porum só homem entrou o pecado nomundo, e pelo pecado, a morte,assim também a morte passou atodos os homens, porque todos pe-caram" (Rm.5:12). Davi tinha essaconsciência, ele sabia que já havianascido em pecado (Sl.51:5).

A realidade da morte espiritualdo homem é em razão de seuspecados. O mesmo ensino dado aosromanos (Rm.5:12) é repetido aosefésios (Ef.2:1-3) e aos cristãos em

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Colossos (Cl.2:13).

Em Efésios 2:1-3 Paulo mostraque todos os homens, enquanto nãosão alcançados pela graça salvadorade Deus, estão espiritualmentemortos: "Ele vos deu vida, estandovós mortos nos vossos delitos epecados". A palavra morte é usadapor Paulo para descrever a situaçãodo homem sem Deus, fisicamentevivo, mas, espiritualmente morto.

Você pode até ter apretensão de não morrer, mas, amorte espiritual é uma realidade paratodos os homens (Rm.3:23; 5:12),muitos, mesmo fisicamente vivos,estão espiritualmente mortos.

A solução para a morteespiritual está na conversão da alma,ou do espírito, quando Deus alcançao pecador pela Sua misericórdia,graça e amor (Ef.2:4-5; 5:14;Hb.3:7-8).

III - A MORTE ETERNA(Lc.16:23-26)

A morte eterna, ou "segundamorte" (Ap.2:11; 20:14; 21:8),também consiste numa separação,mas, eterna, definitiva e irremediá-vel, entre Deus e o ímpio. ThomasWatson disse que para o fiel aeternidade "é um dia que não temcrepúsculo", mas, "para o incrédulo,é uma noite que não tem alvorada".

Ao referir-se sobre a morte deum certo homem rico, bem como àde Lazaro, Jesus fala da condiçãoirreversível da eternidade. O opostoexato da morte eterna é a vidaeterna (Mt.25:46). Para o justo, casode Lázaro, a condição irreversível é

a bem-aventurança da vida eterna,Lazaro estava "consolado" (v.25).Para o ímpio, caso do homem rico, acondição irreversível é a perdição damorte eterna, o homem rico estava"atormentado" (v.24).

É importante notarmos areação daquele homem rico noinferno. Ele clamou pela misericórdiaDivina, pedindo até mesmo aintervenção de Lazaro em suasituação (v.23-34). Contudo, aresposta que aquele homemrecebeu revela a condiçãoirreversível da eternidade: "estáposto um grande abismo entre nós evós, de sorte que os que querempassar daqui para vós outros nãopodem, nem os de lá passar paranós" (v.26).

Você pode até ter apretensão de não morrer, mas, amorte eterna é uma realidade na vidade todos aqueles que morrem físicae espiritualmente. Para estes, "temsido guardada a negridão dastrevas, para sempre" (Jd.13), taltormento será "pelos séculos dosséculos" e eles não terão "descansoalgum, nem de dia nem de noite"(Ap.14:11). Por isso, o próprioSenhor Jesus já havia advertido:"temei, antes, aquele que pode fa-zer perecer no inferno tanto a almacomo o corpo" (Mt.10:28).

A solução para a morte eternaestá na ressurreição espiritual(Ef.2:6). O próprio Senhor Jesusafirmou "todo o que vive e crê emmim não morrerá, eternamente"(Jo.11:26).

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CONCLUSÃO

A morte da morte (Jo.11:25-26).A morte morreu na morte de Cristo.Ele arrancou o aguilhão da morte. Oapóstolo Paulo exultou com esta no-tícia dizendo: "Tragada foi a mortepela vitória. Onde está, ó morte, atua vitória. Onde está, ó morte, oteu aguilhão? [...] Graças a Deus quenos dá a vitória por intermédio denosso Senhor Jesus Cristo" (1Co15:54-55;57).

Jesus Cristo venceu a morte econquistou para nós a ressurreiçãoe a vida (Ef.2:6). Ele mesmodeclara: "Eu sou a ressurreição e avida. Quem crê em mim, ainda quemorra, viverá" (Jo11:25).

Aqueles que foram ressuscita-dos por Jesus ou alguns de seusservos não estão vivos até hoje, pois,morreram novamente. A vitória finalsobre a morte virá quando Jesusvoltar e derrotar cabalmente esteúltimo inimigo: "E, então, virá o fim,quando ele entregar o reino ao Deus

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e Pai, quando houver destruído todoprincipado, bem como todapotestade e poder. Porque convémque ele reine até que haja posto to-dos os inimigos debaixo dos pés. Oúltimo inimigo a ser destruído é amorte" (1Co 15:24-26).

Para aquele que crê em Jesus,a morte não é um ponto final naexistência, não é o 'sono da alma',nem a sombria expectativa de'aniquilamento', tampouco umahorrível esperança de 'purgatório' ouuma intérmina sucessão dereencarnações, mas um encontroimediato com Jesus nos céu (2 Co5:8; Fp.1:23).

O cristão não deve temer amorte física, nem a espiritual,tampouco a morte eterna, mas deveexultar de alegria em saber que amorte (seja ela qual for) já foivencida. O cristão celebra a morteda morte. Para ele, "o viver é Cristo,e o morrer é lucro" (Fp.1:21), é ser'promovido', é o passaporte paranossa entrada na glória.