Lição 2

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Lição 2 EM MEIO À ADVERSIDADE

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Lição 2

EM MEIO À ADVERSIDADE

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VERDADE PRÁTICA

Nenhuma adversidade poderá

reter a graça e o poder do Evangelho.

TEXTO ÁUREO

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I N T E R A Ç Ã O

A prisão do apóstolo Paulo em Roma foi crucial

para a propagação do Evangelho na região de

Filipos. A partir de uma experiência de sofrimento,

Deus usou pessoas para propagar a mensagem das

Boas Novas. É verdade que alguns pregadores

usavam o sofrimento do apóstolo para proclamar

Cristo de boa consciência. Outros utilizavam-se do

sofrimento alheio para obterem vantagens

pessoais. Cristo não era o centro das suas

preleções. Infelizmente, na atualidade, algumas

pessoas perderam o temor de Deus. A exemplo

daqueles pregadores de Filipos, elas exploram as

tragédias pessoais, pois veem nelas a oportunidade

de se locupletarem com as feridas alheias (elas

sabem que o sofrimento humano pode ser muito

rentável). Cristo não se acha mais no centro de suas

vidas.

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Saber que as adversidades

podem contribuir para a expansão do

Evangelho.

Explicar as motivações de Paulo para a pregação do

Evangelho.

Compreender que o significado da vida

consiste em vivermos para o

Evangelho

OBJETIVOS

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INTRODUÇÃONesta lição, veremos como a paixão pelas almas consumia o

coração de Paulo. Embora preso em Roma, ele não esmorecia na missão de proclamar o Evangelho. E, tendo

como ponto de partida o seu sofrimento, o apóstolo ensina aos filipenses que nenhuma adversidade será capaz de

arrefecer-lhes a fé em Cristo. Ao contrário, ele demonstra o quanto as suas adversidades foram positivas ao progresso

do Reino de Deus.

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I. ADVERSIDADE: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO

1. PAULO NA PRISÃO. Paulo estava preso em Roma, aguardando julgamento. Ele sabia que tanto poderia ser absolvido como executado. Todavia, não se achava ansioso. O que mais desejava era, com toda ousadia, anunciar a Cristo até mesmo no tribunal. Paulo não era um preso qualquer; sua segurança estava sob os cuidados da guarda pretoriana (1.13).

Constituída de 10 mil soldados, esta guarda encarregava-se de proteger os representantes do Império Romano em qualquer lugar do mundo. Sua principal tarefa era a proteção do

imperador.

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2. UMA PORTA SE ABRE ATRAVÉS DA ADVERSIDADE. Uma das principais contribuições da prisão de Paulo foi a livre comunicação do Evangelho na capital do mundo antigo. Os cristãos estavam espalhados por toda a cidade de Roma e adjacências. Definitivamente a prisão de Paulo não reteve a força do Evangelho e o promoveu universalmente. Deus usou o sofrimento do apóstolo para que o Evangelho fosse anunciado de Roma para o mundo (v. 13).

I. ADVERSIDADE: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO

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II. O TESTEMUNHO DE PAULO NA ADVERSIDADE (1.12,13)

1. O PODER DO EVANGELHO. De modo objetivo, Paulo diz aos

filipenses que nenhuma cadeia será capaz de impor limites ao Evangelho de Cristo. Esse sentimento superava

todas as expectativas do apóstolo concernentes ao crescimento do

Reino de Deus. O seu propósito era ver as Boas Novas prosperando

entre os gentios. Portanto, nenhum poder humano conterá a força do Evangelho, pois este é o poder de

Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).

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II. O TESTEMUNHO DE PAULO NA ADVERSIDADE (1.12,13)

2. A PREOCUPAÇÃO DOS FILIPENSES COM PAULO.

Está implícita a preocupação dos filipenses com o bem-estar de Paulo. Eles o amavam e sabiam do seu ardor em proclamar o Evangelho. Todavia,

achavam que a sua prisão prejudicaria a causa cristã. O versículo 12 traz

exatamente essa conotação: "E quero, irmãos, que saibais as coisas que me

aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho". Para o apóstolo, seu encarceramento contribuiu ainda mais para o

progresso da mensagem evangélica (v.13).

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II. O TESTEMUNHO DE PAULO NA ADVERSIDADE (1.12,13)

3. PAULO REJEITA A AUTOPIEDADE. Paulo era um missionário consciente da

sua missão. Para ele, o sofrimento no exercício do santo ministério era

circunstancial e estava sob os cuidados de Deus (v.19). Por isso, não

manifestava autopiedade; não precisava disso para conquistar a compaixão das

pessoas. Para o apóstolo, a soberania de Deus faz do sofrimento algo passageiro,

pois os infortúnios servem para enchernos de esperança, conduzindo-

nos numa bem-aventurada expectativa de "que todas as coisas contribuem

juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são

chamados por seu decreto" (Rm 8.28).

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III. MOTIVAÇÕES PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO (1.14-18)

1. A MOTIVAÇÃO POSITIVA.

"E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais

confiadamente, sem temor" (v.14). Estava claro para os cristãos romanos, bem como para a guarda pretoriana, que o processo judicial contra Paulo era injusto, porque ele não havia cometido crime algum. Além de saberem

da inocência do apóstolo, os pretorianos recebiam diariamente deste a mensagem do Evangelho (v.13). O resultado não poderia ser outro. Os cristãos filipenses foram estimulados a anunciar o Evangelho com total

destemor e coragem.

2. A MOTIVAÇÃO NEGATIVA.

A prisão de Paulo motivou os cristãos a proclamar o Evangelho de "boa mente" e "por amor". Mas havia aqueles que usavam a prisão do apóstolo

para garantir vantagens pessoais. Dominados pela inveja e pela teimosia, agiam por motivos errados. Mas pelo Espírito, o apóstolo entendeu que o mais importante era anunciar Cristo ao mundo "de toda a maneira". Isto não significa que Paulo aprovava quem procedia dessa forma, porque um dia todo mau obreiro terá de dar contas de seus atos ao

Senhor (Mt 7.21-23).

Duas motivações predominavam nas igrejas da Ásia Menor onde o apóstolo Paulo atuava. São elas:

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IV. O DILEMA DE PAULO (1.19-22ss.)

1. VIVER PARA CRISTO. "Nisto me regozijo e me regozijarei ainda" (v.18). Estas palavras refletem a alegria de Paulo sobre o avanço do Evangelho no mundo. Viver, para o apóstolo, só se justifica se a razão for o ministério cristão: "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher" (vv.21,22).A morte para ele era um evento natural, mas glorioso. Significava estar imediatamente com Cristo. O Mestre era tudo para Paulo, o princípio, a essência e o fim da sua vida. Nele, o apóstolo vivia e se movia para a glória de Deus. Por isso, podia dizer: "E vivo, não mais eu; mas Cristo vive em mim"(Gl 2.20).

2. PAULO SUPERA O DILEMA. "Estar com Cristo" e "viver na carne". Este era o dilema do apóstolo (vv.23,24). Ele desejava estar na plenitude com o Senhor. Todavia, o amor dele pelos gentios era igualmente intenso. "Ficar na carne" (v.24), aqui, refere-se à vida física. Isto é: viver para disseminar o Evangelho pelo mundo. Mais do que escolha pessoal, estar vivo justifica-se apenas para proclamar o Evangelho e fortalecer a Igreja. Este era o pensamento paulino. Nos versículos 25 e 26, ele entende que, se fosse posto em liberdade, poderia rever os irmãos de Filipos, e viver o amor fraterno pela providência do Espírito Santo.

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Paulo resolveu o seu dilema em relação à igreja, declarando que o seu desejo de estar com Cristo

foi superado pela amorosa obrigação de servir aos irmãos (vv.24-26). Ele nos ensina que devemos estar prontos a trabalhar na causa do Senhor,

mesmo que isso signifique enfrentar oposição dos falsos crentes e até privações materiais. O que

deve nos importar é o progresso do Evangelho e o crescimento da Igreja de Cristo (vv.25,26).

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SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"Alguns pregam Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente (1.15).

Posteriormente Paulo voltará sua atenção aos judaizantes, que distorcem o evangelho

insistindo nas obras como algo essencial para a salvação (3.2-11). Aqui a tensão é pessoal em

vez de doutrinária. Alguns se tornam evangelistas mais ativos por um espírito competitivo,

tendo um prazer perverso no pensamento de que Paulo está atado e incapaz de tentar alcançá-

los. Outros se tornam evangelistas mais ativos por amor, um esforço de aliviar Paulo da

preocupação de que expansão do evangelho retrair-se-á devido à sua inatividade forçada.

É fascinante ver como Paulo recusa-se a julgar as motivações, e está encantado com o fato

de que, seja pela razão que for, o evangelho está sendo pregado. Poucos de nós têm essa

maturidade. Os críticos de Paulo poderão ficar amargamente ressentidos com o seu sucesso,

mas o apóstolo não ficará ressentido com eles! Em vez disso ele se regozijará por Cristo estar

sendo pregado, e deixará a questão dos motivos para o Senhor.

Porque sei que disto me resultará salvação (1.19). Paulo não se refere aqui à sua libertação

da prisão. O maior perigo que qualquer um de nós enfrenta é o desânimo que as dificuldades

frequentemente criam" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo

Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.437).

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MinistérioPr Adão Alves de Araújo