Lição 02 adeus a culpa

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LIÇÃO 2 - Série de Exercícios "Adeus à Culpa" A ESCOLHA DO AMOR OFERECE-ME A LIBERTAÇÃO DO MEDO Nós podemos escolher a liberdade ou a escuridão. Podemos escolher o amor ou o medo e a culpa. Nossa mente-ego ou personalidade não quer que acreditemos que temos estas escolhas. Ela nos diz que vivemos em um mundo onde a liberdade do mundo é impossível. Ela nos encoraja a acreditar que o medo é não somente real, mas também justificável, normal e saudável. Ela insiste que as situações externas em nossas vidas estão além do nosso controle e que, quando estamos envolvidos nestas situações, não temos nenhuma escolha a não ser experimentar o medo. De acordo com nosso ego, o medo não é uma escolha, mas sim uma parte inevitável da nossa experiência. Com muita frequência vivemos nossas vidas escolhendo o medo e permitindo que o ego a controle, apesar de todas as nossas boas intenções em estar num caminho espiritual. Quando isso acontece comigo é como se o mundo gastasse uma parte do dia me esmagando, causando-me uma grande inquietação e me deixando com um sentimento apreensivo de medo em meu estômago e ossos. Se alguém ousasse me dizer que o sentimento que eu estava experimentando era uma escolha e não o resultado das coisas terríveis que estavam me acontecendo, que estavam além do meu controle, eu certamente iria pensar que esta pessoa não entendia realmente do que se tratava a vida. Nossa mente-ego é tão ilusória que nos quer convencer que nossas respostas emocionais são o resultado do que fazem outras pessoas e eventos externos a nós, que estas respostas que damos a estas pessoas e eventos não tem nada a ver com os nossos pensamentos internos.

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LIÇÃO 2 - Série de Exercícios "Adeus à Culpa"

A ESCOLHA DO AMOR OFERECE-ME A LIBERTAÇÃO DO MEDO

Nós podemos escolher a liberdade ou a escuridão. Podemos escolher o amor ou o medo e a culpa. Nossa mente-ego ou personalidade não quer que acreditemos que temos estas escolhas. Ela nos diz que vivemos em um mundo onde a liberdade do mundo é impossível. Ela nos encoraja a acreditar que o medo é não somente real, mas também justificável, normal e saudável. Ela insiste que as situações externas em nossas vidas estão além do nosso controle e que, quando estamos envolvidos nestas situações, não temos nenhuma escolha a não ser experimentar o medo.

De acordo com nosso ego, o medo não é uma escolha, mas sim uma parte inevitável da nossa experiência. Com muita frequência vivemos nossas vidas escolhendo o medo e permitindo que o ego a controle, apesar de todas as nossas boas intenções em estar num caminho espiritual.

Quando isso acontece comigo é como se o mundo gastasse uma parte do dia me esmagando, causando-me uma grande inquietação e me deixando com um sentimento apreensivo de medo em meu estômago e ossos. Se alguém ousasse me dizer que o sentimento que eu estava experimentando era uma escolha e não o resultado das coisas terríveis que estavam me acontecendo, que estavam além do meu controle, eu certamente iria pensar que esta pessoa não entendia realmente do que se tratava a vida.

Nossa mente-ego é tão ilusória que nos quer convencer que nossas respostas emocionais são o resultado do que fazem outras pessoas e eventos externos a nós, que estas respostas que damos a estas pessoas e eventos não tem nada a ver com os nossos pensamentos internos.

ESCOLHENDO OUTRO CAMINHO

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Uma outra forma de olhar para o mundo é manter-se consciente de que tanto o amor quanto o medo são escolhas, que podemos treinar nossas mentes para escolher um ou o outro. Para fazer isso devemos nos lembrar sempre que nosso sistema de crenças é o responsável pelo o que vemos e não as situações externas.

São os nossos próprios pensamentos sobre estas situações que irão determinar se experimentaremos paz ou conflito, amor ou medo. Eu encontrei a seguinte citação no Um Curso em Milagres, que é muito útil para resistir à tentação de interpretar, julgar ou ficar com medo:

"O que não é amor é sempre medo, nada mais."

Este conceito é tão maravilhosamente simples que minha mente-ego continua resistindo a ele. Apesar disso, existem momentos onde eu abro o meu coração para o presente que é o amor de Deus e ouço somente a Sua voz me dizendo o que pensar, agir ou fazer. Durante estes momentos eu sou capaz de experimentar mais e mais paz em minha vida.

Quando eu rezo e faço o meu melhor para ouvir as palavras de Deus, nunca me foi dito para tentar mudar outra pessoa ou dizer o que ela tem que fazer - algo que eu imaginava ser a minha função. Ao invés disso, a minha voz interior me pede para "acordar" e reconhecer a presença da luz de Deus dentro de mim, que está brilhando em direção a todo universo e sendo refletida de volta.

Minha voz interior têm também me pedido para reconhecer que sou uma criança de Deus, que estou unido com todas as outras pessoas como um só Ser não separado.

LÍDERES ESPIRITUAIS

Muitos líderes espirituais que se destacaram na história da humanidade sempre compartilharam uma mesma característica: um comprometimento total com Deus e com o perdão do mundo e de todas as pessoas. Minha mente-ego

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costuma argumentar com uma afirmação muito frequente de Jesus, que diz que nós podemos fazer o que ele fez em sua vida e muito mais. Isto parece uma linda retórica, mas eu não sentia em meu coração que isto poderia ser aplicado a mim mesmo. Como eu poderia ter sucesso em perdoar e não julgar tão completamente como Jesus?

RACIONALIZAÇÃO

Eu compreendo que quase todos sentem desta forma. Gostaríamos de aceitar a possibilidade de que podemos perdoar e não julgar como Jesus, mas o que nós realmente acreditamos é: "Bem, isto pode ter funcionado para estes poucos e aclamados líderes espirituais, talvez para alguém que não tenha sido tão famoso, mas com certeza não irá funcionar para mim". Então racionalizamos o nosso ceticismo dizendo: "As coisas ficaram diferentes quando aquelas pessoas incomuns estiveram por aqui, mas os problemas que nós temos de lidar hoje em dia são muito mais complexos e difíceis do que no passado". Acredito que os problemas de hoje em dia são exatamente os mesmos daqueles enfrentados pelas pessoas há milhares de anos atrás - apenas as suas formas são diferentes. A tentação de julgar e condenar os outros, de agir como ovelhas e seguir a maioria ao invés de seu próprio mestre interior, de avaliar e separar nós mesmos e os outros em "inocentes" ou "culpados" são as mesmas questões que a humanidade têm se deparado por milênios.

COMPROMISSO

Meu compromisso com Deus certamente não tem sido tão estável como eu gostaria, mas naqueles momentos em que eu me comprometo comigo mesmo, tenho experimentado um glorioso sentimento de totalidade e de unidade. Minha mente sente que está unida às outras com o propósito de estender o amor e a alegria. Quando eu me sinto com raiva, não posso sentir a voz do amor, a voz de Deus. Eu sinto que eu preciso ser constantemente lembrado de que a raiva - não importa o quanto possa ser justificada - nunca traz a paz da mente que eu quero. Recentemente eu estava falando com Madre Teresa

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e dizendo a ela sobre o meu desejo de aprender como me comprometer e me entregar totalmente a Deus. Ela foi muito gentil e disse que eu estava sendo muito cruel comigo mesmo. Ela começou a explicar, "O que é importante é a nossa intenção de devotar as nossas vidas a Deus - mas vivendo no mundo não é possível dar a nossa atenção a Deus todo o tempo. É a nossa intenção que conta".

DAR E RECEBER

Nós podemos sentir a presença cheia de paz de Deus quando paramos um instante no tempo e fazemos que este instante seja apenas para dar e perdoar - ao invés de tomar e culpar. À medida em que aprendemos a doar mais e mais e descobrimos que dar é receber, nós podemos então ver porque é importante abandonar o nosso investimento na censura, na condenação e na culpa. Fazendo isto, compreendemos que devemos aceitar a responsabilidade pela nossa liberdade e alegria porque a única coisa que pode nos ferir são os nossos próprios pensamentos. São os nossos próprios pensamentos que determinam se nossas mentes estarão unidas no amor com as outras mentes - ou se estarão vivendo em um mundo de separação onde estamos constantemente vulneráveis ao ataque. Esta percepção de nossa vulnerabilidade ao ataque é na verdade uma defesa contra a experiência da paz de Deus.

A escolha do amor me oferece a libertação do medo

Na maior parte de minha vida eu tenho respondido automaticamente ao que as outras pessoas dizem ou fazem. Agora eu reconheço que as minhas respostas podem ser determinadas somente pelas decisões que eu tomo. Eu peço a minha liberdade exercitando o meu poder de decisão de ver as pessoas e eventos com amor ao invés do medo.

Passos para integrar a lição de hoje na nossa vida diária

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1. Vou reconhecer que quaisquer sentimentos que eu experimente hoje - paz ou amor, ou alguma forma de medo (raiva, depressão, etc.) - são determinados pelos pensamentos que eu coloco na minha mente. Eu posso escolher manter na minha mente apenas os pensamentos que eu quero. 2. Vou me lembrar hoje, uma vez a cada hora, que a escolha do amor oferece a libertação do medo. Serei determinado em reinvindicar a minha liberdade e deixar os pensamentos de amor substituir todos os nossos medos. 3. Quando eu pensar que as coisas estão ruins na minha vida hoje, vou parar por um momento e dizer a mim mesmo: "Não são as outras pessoas ou eventos que me fazem infelizes. Eu posso escolher a paz ao invés disso." 4. Sabendo que posso apenas ser ferido pelos meus próprios pensamentos, eu resistirei hoje a tentação de culpar os outros. Ao invés disso eu reinvindicarei a oportunidade de ver a mim mesmo e todos os outros como livres da culpa e do medo. 5. Repita o título desta lição pelo menos duas vezes durante o dia - A escolha do amor me oferece a libertação do medo.

"A mente sem culpa não pode sofrer."