Levantamento das plantas tóxicas presentes na praça ... · em botânica Harri Lorenzi, e também...

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IX Encontro de Iniciação Científica do Centro Universitário Barão de Mauá Levantamento das plantas tóxicas presentes na praça Paulino Alonso no bairro Jardim Macedo em Ribeirão Preto/SP Luis Marcio Balbierato 1 , Odete Luiza De Lucca Thiezerini 2 Centro Universitário Barão de Mauá 1 [email protected], 2 [email protected] Objetivos Realizar o levantamento, catalogação e classificação das espécies potencialmente tóxicas presentes na Praça Paulino Alonso do bairro Jardim Macedo, Ribeirão Preto/SP. Materiais e Métodos Os espécimes vegetais foram mapeados manualmente utilizando-se lápis e papel, recebendo, cada um, uma numeração para facilitar e registrar sua localização no local. As plantas foram fotografadas com um aparelho celular da marca Samsung Galaxy S2, através de visitas que ocorreram entre os meses de maio e julho de 2015. Não houve coleta de materias. A identificação e classificação das espécies foram realizadas com o auxílio de literatura específica, principalmente com base nas publicações do engenheiro agrônomo e mestre em botânica Harri Lorenzi, e também do conhecimento científico da Profª Drª Odete L. L. Thiezerini. Após a identificação das espécies tóxicas, foi iniciada uma revisão da literatura específica sobre a toxicidade e seus efeitos no corpo humano e em animais domésticos (cães e gatos) entre os meses de julho e setembro. Resultados Os espécimes vegetais foram mapeados manualmente utilizando-se lápis e papel, recebendo, cada um, uma numeração para facilitar e registrar sua localização no local. As plantas foram fotografadas com um aparelho celular da marca Samsung Galaxy S2, através de visitas que ocorreram entre os meses de maio e julho de 2015. Não houve coleta de materias. A identificação e classificação das espécies foram realizadas com o auxílio de literatura específica, principalmente com base nas publicações do engenheiro agrônomo e mestre em botânica Harri Lorenzi, e também do conhecimento científico da Profª Drª Odete L. L. Thiezerini. Após a identificação das espécies tóxicas, foi iniciada uma revisão da literatura específica sobre a toxicidade e seus efeitos no corpo humano e em animais domésticos (cães e gatos) entre os meses de julho e setembro. Conclusões Analisando os resultados obtidos nota-se que dos 42 indivíduos identificados, 13 apresentam potencial tóxico, ou seja, para aproximadamente 3,2 indivíduos, 1 apresenta toxicidade significativa tanto para homens como para animais. Esse resultado expressivo nos mostra a necessidade urgente da implantação de programas de educação ambiental, pois grande parte dessas plantas é inserida nas praças e parques públicos pelos próprios moradores. Além disso, uma ação pública se faz necessária no sentido de melhorar o planejamento paisagístico, de identificar as espécies tóxicas em ambientes públicos, assim como instruir os cidadãos a seu respeito, evitando-se assim, acidentes graves por intoxicação. Referências Bibliográficas GOMES, M. A. S.; SOARES, B. R.. A vegetação nos centros urbanos: considerações sobre espaços verdes em cidades médias brasileiras. Estudos Geográficos, Rio Claro, v. 1, n. 1, p.19-29, jun. 2003. LORENZI, H. Plantas Tóxicas: estudo de fitoxicologia química de plantas brasileiras. São Paulo, SP: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011.

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  • IX Encontro de Iniciação Científica do Centro Universitário Barão de Mauá

    Levantamento das plantas tóxicas presentes na praça Paulino Alonso no bairro Jardim Macedo em Ribeirão Preto/SP

    Luis Marcio Balbierato1, Odete Luiza De Lucca Thiezerini2 Centro Universitário Barão de Mauá

    [email protected], [email protected]

    Objetivos Realizar o levantamento, catalogação e classificação das espécies potencialmente tóxicas presentes na Praça Paulino Alonso do bairro Jardim Macedo, Ribeirão Preto/SP.

    Materiais e Métodos Os espécimes vegetais foram mapeados manualmente utilizando-se lápis e papel, recebendo, cada um, uma numeração para facilitar e registrar sua localização no local. As plantas foram fotografadas com um aparelho celular da marca Samsung Galaxy S2, através de visitas que ocorreram entre os meses de maio e julho de 2015. Não houve coleta de materias. A identificação e classificação das espécies foram realizadas com o auxílio de literatura específica, principalmente com base nas publicações do engenheiro agrônomo e mestre em botânica Harri Lorenzi, e também do conhecimento científico da Profª Drª Odete L. L. Thiezerini. Após a identificação das espécies tóxicas, foi iniciada uma revisão da literatura específica sobre a toxicidade e seus efeitos no corpo humano e em animais domésticos (cães e gatos) entre os meses de julho e setembro.

    Resultados Os espécimes vegetais foram mapeados manualmente utilizando-se lápis e papel, recebendo, cada um, uma numeração para facilitar e registrar sua localização no local. As plantas foram fotografadas com um aparelho celular da marca Samsung Galaxy S2, através de visitas que ocorreram entre os meses de maio e julho de 2015. Não houve coleta de materias. A identificação e classificação das espécies foram realizadas com o auxílio de literatura específica, principalmente com base nas publicações do engenheiro agrônomo e mestre em botânica Harri Lorenzi, e também do

    conhecimento científico da Profª Drª Odete L. L. Thiezerini. Após a identificação das espécies tóxicas, foi iniciada uma revisão da literatura específica sobre a toxicidade e seus efeitos no corpo humano e em animais domésticos (cães e gatos) entre os meses de julho e setembro.

    Conclusões Analisando os resultados obtidos nota-se que dos 42 indivíduos identificados, 13 apresentam potencial tóxico, ou seja, para aproximadamente 3,2 indivíduos, 1 apresenta toxicidade significativa tanto para homens como para animais. Esse resultado expressivo nos mostra a necessidade urgente da implantação de programas de educação ambiental, pois grande parte dessas plantas é inserida nas praças e parques públicos pelos próprios moradores. Além disso, uma ação pública se faz necessária no sentido de melhorar o planejamento paisagístico, de identificar as espécies tóxicas em ambientes públicos, assim como instruir os cidadãos a seu respeito, evitando-se assim, acidentes graves por intoxicação.

    Referências Bibliográficas GOMES, M. A. S.; SOARES, B. R.. A vegetação nos centros urbanos: considerações sobre espaços verdes em cidades médias brasileiras. Estudos Geográficos, Rio Claro, v. 1, n. 1, p.19-29, jun. 2003. LORENZI, H. Plantas Tóxicas: estudo de fitoxicologia química de plantas brasileiras. São Paulo, SP: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011.

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    MEDEIROS, L. F. S.; M. PEREIRA. Espécies com princípios tóxicos, empregados na arborização urbana do bairro Nossa Senhora das Graças - Miguelópolis, SP. Nucleus, [s.l.], v. 5, n. 2, p.209-219, 30 nov. 2008. Fundacao Educational de Ituverava. MOREIRA, F. Plantas que curam: cuide de sua saúde através da natureza. São Paulo-SP: Hemus, 1996. SOUZA, A. L. et al. Diagnóstico quantitativo e qualitativo da arborização das praças de Aracaju, SE. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 35, n. 6, p.1253-1263, out. 2011. SOARES, S; PEREIRA, P. Implicações dos Beltranos na Computação. Revista Brasileira de Informática na Educação. N. 55, pp. 50-55, 2010.

    Tabela 1. Plantas tóxicas encontradas na Praça Paulino Alonso. Nomepopular

    Nomecientífico

    Família Princípioativo

    Partetóxica

    Númerodeindivíduos

    Abacateiro Perseaamericana

    Lauraceae Persin Todas 2

    Antúrio Anthuriumandraeanum

    Araceae Cristaisdeoxalatodecálcio

    Todas 1

    Algodão-bravo

    Ipomoeacarnea

    Convolvulácea Swainsonina FolhaePólen

    2

    Cinamomo Meliaazedarach

    Meliaceae SaponinaseMeliatoxinaA2

    Frutosouchádefolha

    2

    Espada-de-São-Jorge

    Sansevieriatrifasciata

    Asparagaceae Cristaisdeoxalatodecálcioesaponinas

    FolhaseRizomas

    1

    Mangueira Mangiferaindica

    Anacardiaceae Oleoresina Cascadofrutoeopeciolo

    3

    Jasmim-manga-vermelha

    Plumeriarubra

    Apocynaceae Agoniadina(alcalóide)

    Látex 2

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    Figura 1Plantas

    Figura 2. Plantas