LEVANTAMENTO DA HIGIENE ORAL DAS PESSOAS DEFICIENTES DA DOENÇA DE PARKINSON

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Keila Cristina Rausch Pereira, Francisco Rosso Junior , PUIC. Curso de Odontologia, Campus de Tubarão. Introdução A Doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa do Sistema Nervoso Central caracterizada pela tríade sintomática: tremor de repouso, rigidez muscular e bradicinesia. Sua principal causa é a falta da dopamina, um neurotransmissor sintetizado no tronco encefálico (Substancia Negra). De caráter insidioso, tal doença traz mudanças biológicas, psicológicas e sociais. Compromete a concentração, aprendizado, memória e compreensão, alem dos indivíduos afetados apresentarem alterações de fala, voz e acuidades motoras. Atividades de vida diária, como por exemplo, tomar banho, alimentar- se, andar, higienização dos dentes e cavidade oral tornam-se de difícil execução pelos indivíduos afetados, expondo-os ao risco da doença carie e periodontal. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o grau de higiene bucal dos indivíduos afetados pela DP e a associação com o grau da doença . Objetivos Objetivo Geral - Realizar um levantamento epidemiológico da saúde oral grau de higiene das pessoas deficientes da Doença de Parkinson. Objetivos Específicos -Conhecer as condições de saúde bucal e grau higienização bucal das pessoas deficientes da Doença de Parkinson. Metodologia Os dados foram coletados, através da aplicação de um questionário a 48 indivíduos cadastrados na Associação de Parkinson de Florianópolis, sendo que 2 pacientes (dados) foram perdidos devido ao mal preenchimento do questionário. As informações clínicas sobre a condição bucal foram obtidas por meio dos critérios da OMS estabelecidos para o índice CPOD (Dentes cariados, perdidos e obturados) e IHO (Índice de Higiene Oral) por sextantes. Para avaliar a severidade da Doença de Parkinson foi usada a escala de incapacidade proposta por Hoehn y Yahr, e as questões sociodemograficas foi coletada adaptadas da proposta de Grusha. Resultados A idade media da amostra foi de 72,3 anos (DP= 8,50). Entre os indivíduos pesquisados, 60,5% era do sexo masculino e 52,2% dos indivíduos apresentavam a Doença Parkinson no grau 1. Da amostra 65,2% tinham uma escolaridade correspondente ao fundamental completo (8 anos de estudo) e a renda media informada em 73,9% da amostra foi de ate 3 salários mínimos No que se refere à saúde geral, 76,1% dos indivíduos relatou uma boa/ excelente saúde. Quanto a saúde bucal, o CPO-D médio da pesquisa foi de 25,7 dentes afetados pela doença carie e apenas 22,9% dos indivíduos apresentaram um índice de higiene oral satisfatório. No teste de associação mostrou que o grau de severidade da Doença Parkinson tem significância estatística com o grau de higiene bucal (p=0,03). CONDIÇÔES DE HIGIENE Conclusões Esta pesquisa mostrou que o grau de severidade da Doença Parkinson é um fator de risco para os indivíduos afetados por tal patologia. Medidas preventivas devem ser adotadas para esta população especifica. A educação em saúde bucal deve ser efetiva tanto para o individuo afetado como para o seu cuidador já que o progresso da doença ira trazer uma incapacidade motora de higienização da sua boca. Bibliografia ANTONINHA, A. D. B. C. & SADAMI, R. A. S. O papel da odontologia na equipe interdisciplinar: contribuindo para a atenção integral ao idoso. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 16(4):1099-1109, out-dez, 2000. ANTUNES, José Leopoldo Ferreira. PERES, Marco Aurélio de Anselmo. Epidemiologia da saúde bucal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. FERRAZ, Ballalai Henrique. SANVITO, Wilson Luiz. Doença de Parkinson: Prática Clinica e Terapêutica. São Paulo: Atheneu. 2005. GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, D. A.; CECIL, Russell L. (Ed.) Cecil tratado de medicina interna. 22. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. O'SULLIVAN, Susan B.; SCHMITZ, Thomas J.. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 2. ed. São Paulo: Manole, 2004. SLAVKIN, H. C., 1999. Does the mouth put the heart at risk? Journal of the American Dental Association, 130:109-113.

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LEVANTAMENTO DA HIGIENE ORAL DAS PESSOAS DEFICIENTES DA DOENÇA DE PARKINSON Grande área: Ciências da Saúde, Área: Odontologia. Keila Cristina Rausch Pereira, Francisco Rosso Junior , PUIC. Curso de Odontologia, Campus de Tubarão. Introdução - PowerPoint PPT Presentation

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Keila Cristina Rausch Pereira, Francisco Rosso Junior , PUIC. Curso de Odontologia, Campus de Tubarão.

Introdução

A Doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa do Sistema Nervoso Central caracterizada pela tríade sintomática: tremor de repouso, rigidez muscular e bradicinesia. Sua principal causa é a falta da dopamina, um neurotransmissor sintetizado no tronco encefálico (Substancia Negra). De caráter insidioso, tal doença traz mudanças biológicas, psicológicas e sociais. Compromete a concentração, aprendizado, memória e compreensão, alem dos indivíduos afetados apresentarem alterações de fala, voz e acuidades motoras. Atividades de vida diária, como por exemplo, tomar banho, alimentar-se, andar, higienização dos dentes e cavidade oral tornam-se de difícil execução pelos indivíduos afetados, expondo-os ao risco da doença carie e periodontal. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o grau de higiene bucal dos indivíduos afetados pela DP e a associação com o grau da doença .

Objetivos

Objetivo Geral- Realizar um levantamento epidemiológico da saúde oral grau de higiene das pessoas deficientes da Doença de Parkinson. Objetivos Específicos-Conhecer as condições de saúde bucal e grau higienização bucal das pessoas deficientes da Doença de Parkinson.

MetodologiaOs dados foram coletados, através da aplicação de um questionário a 48 indivíduos cadastrados na Associação de Parkinson de Florianópolis, sendo que 2 pacientes (dados) foram perdidos devido ao mal preenchimento do questionário. As informações clínicas sobre a condição bucal foram obtidas por meio dos critérios da OMS estabelecidos para o índice CPOD (Dentes cariados, perdidos e obturados) e IHO (Índice de Higiene Oral) por sextantes. Para avaliar a severidade da Doença de Parkinson foi usada a escala de incapacidade proposta por Hoehn y Yahr, e as questões sociodemograficas foi coletada adaptadas da proposta de Grusha.

ResultadosA idade media da amostra foi de 72,3 anos (DP= 8,50). Entre os indivíduos pesquisados, 60,5% era do sexo masculino e 52,2% dos indivíduos apresentavam a Doença Parkinson no grau 1. Da amostra 65,2% tinham uma escolaridade correspondente ao fundamental completo (8 anos de estudo) e a renda media informada em 73,9% da amostra foi de ate 3 salários mínimos No que se refere à saúde geral, 76,1% dos indivíduos relatou uma boa/ excelente saúde. Quanto a saúde bucal, o CPO-D médio da pesquisa foi de 25,7 dentes afetados pela doença carie e apenas 22,9% dos indivíduos apresentaram um índice de higiene oral satisfatório. No teste de associação mostrou que o grau de severidade da Doença Parkinson tem significância estatística com o grau de higiene bucal (p=0,03).

CONDIÇÔES DE HIGIENE

ConclusõesEsta pesquisa mostrou que o grau de severidade da Doença Parkinson é um fator de risco para os indivíduos afetados por tal patologia. Medidas preventivas devem ser adotadas para esta população especifica. A educação em saúde bucal deve ser efetiva tanto para o individuo afetado como para o seu cuidador já que o progresso da doença ira trazer uma incapacidade motora de higienização da sua boca.

Bibliografia

ANTONINHA, A. D. B. C. & SADAMI, R. A. S. O papel da odontologia na equipe interdisciplinar: contribuindo para a atenção integral ao idoso. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 16(4):1099-1109, out-dez, 2000. ANTUNES, José Leopoldo Ferreira. PERES, Marco Aurélio de Anselmo. Epidemiologia da saúde bucal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. FERRAZ, Ballalai Henrique. SANVITO, Wilson Luiz. Doença de Parkinson: Prática Clinica e Terapêutica. São Paulo: Atheneu. 2005.

GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, D. A.; CECIL, Russell L. (Ed.) Cecil tratado de medicina interna. 22. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. O'SULLIVAN, Susan B.; SCHMITZ, Thomas J.. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 2. ed. São Paulo: Manole, 2004.  

SLAVKIN, H. C., 1999. Does the mouth put the heart at risk? Journal of the American Dental Association, 130:109-113.

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