Letristas em Cena 3ª edição
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LETRISTAS EM CENA
Coletnea de Letras Musicais
Poetas brasileiros
Autores
Tirollo Branca et al
3 Edio
Piracicaba/SP
Sotaques/Editora
18/06/2014
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Coletnea de Letras Musicais
2
PROJETO: LETRISTAS EM CENA 3 EDIO
Copyright 2014
Projetista: Branca Tirollo
Obra Letristas em Cena Coletnea de Letras musicais
3 Edio
ISBN: 978-85-67263-06-9
Fotografia: Colaborao
Editor: Branca Tirollo
Sotaques/Editora
www.sotaques.com.br
Contato: [email protected]
Piracicaba/SP/Brasil
Todos os direitos reservados aos autores:
Ananias Domiciano Gomes, Ayrton Mugnaini Jr., A.
Singulares, Beto Clep, Branca Tirollo, Carlos Alberto
Collier Filho, Chico Pires, Dhiogo Jos Caetano, Etel Frota,
Gilbertto Costta, Iso Fischer, I. Malforea, Julio Csar
Nascimento, Ktya Chamma, Luiz Antnio Bergonso, Luiz
Menestrel, Marcelo Salvo, Marcelo Secco, Marcos Antonio
Passarelli, Marins Bonacina, Neila Bittencourt Pereira,
Nertan Silva-Maia, Priscila Pettine, Renata Machado
Gomide, Renato Brito, Rolan Crespo, Rosangela Calza, Rosi
Lopes, Samuel Neri, Sonekka, Suzete Oliveira Camargo
Dutra, Tato Fischer, Telma Sanchez, Thiago Augusto
Arlindo Tomaz da Silva Crepaldi, Valria Pisauro, Valdemir
A. F. Barros, Vanoci Marques, Vuldembergue Farias,
Wander Porto, Xavier Pete, Zezinho Nascimento, Zizen
(Marta Nascimento)
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Letristas em Cena
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Coletnea de Letras Musicais
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APRESENTAO
QUEM SABE FAZ A HORA NO ESPERA ACONTECER...
Os versos de Geraldo Vandr da cano Pra no dizer que no falei das flores retratam muito bem a tarefa a que Branca Tirollo se props, j no ano passado,
continuando agora a saga: editar um livro que contenha o
maior nmero de letras de msica do Planeta Terra, coisa
para o GuinessBook.
Ano passado saiu a primeira edio virtual, em
impresso real a todos os interessados, e agora, em 2014, ela
se prope a reeditar aquele, com novas letras de msica
acopladas. Participante do Clube Caiubi de Compositores,
conclamou seus associados a participarem do feito, sendo
atendida por vrios, e alguns deles se achegam para esta
segunda edio e terceira edio.
Quando se v o trabalho pronto, parece que a tarefa
engendrada foi muito fcil; quem tem cabelos, sabe quanto
cai; quem tinha, tambm. Parabns, Branca Tirollo!
Continue nessa pegada, hora dessas estaremos no Guiness
Book.
Quero ainda mais fortalecer seu empreendimento,
usando da mxima que aprendi como sendo de Regina Brett,
jornalista americana, com a qual compus uma cano, SER
FELIZ, por entender que tais palavras no serviriam apenas
para mim:
O QUE PENSAM DE VOC NO DA SUA CONTA!
Tato Fischer
So Paulo, 23 de Maio de 2014.
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Letristas em Cena
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Coletnea de Letras Musicais
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AGRADECIMENTOS
Ainda que saibamos o que as mazelas do orgulho
podem causar em ns, no ho de obscurecer jamais a
gratido que reside em nossa alma, mesmo que muitos
orgulhosos creiam merecer todos os elogios maniquestas s
para si.
Eis aqui o resultado de uma coletividade de
somadores de ideias; idealistas irrecuperveis que debruam
agradecimentos aos deuses de todas as inspiraes, s musas
de todos os poetas e a todos os seres materializados que,
servindo de instrumento mgico e divino, tornam tudo
possvel.
Somos gratos por mantermos nossa sanidade em meio
loucura que viver sonhando. Os Caiubistas vivem
sonhando, cantando e contando sonhos.
Aos nossos familiares queridos que sempre nos
incentivaram e apoiaram ainda que em noites bomias vo
os nossos singelos agradecimentos.
Agradecemos humildemente a Branca Tirollo por todo
o esforo, dedicao e empenho que debruou para tornar
esse projeto possvel. Projeto este que, de incio sendo de
um, tornou-se de todos como rplica de milagre divino que
multiplica todas as unidades e cria a propagao.
Somos gratos ao Pai Universal por permitir a ns todas
as possibilidades de realizaes. Sem a liberdade de agir, de
se rebelar e manifestar que nos fora concedida, a arte no
seria possvel, ento somos gratos.
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Letristas em Cena
..... 7
Por fim, no esgotamos aqui todas as possibilidades e
muitos outros textos sero criados, frutos de mentes
pensantes e de coraes pulsantes. Portanto, agradecemos
aos nossos parceiros e leitores por permanecer acreditando
no trabalho de todos os Letristas que esto em cena e
daqueles que ainda estaro.
Priscila Pettine
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Coletnea de Letras Musicais
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Letristas em Cena
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NDICE Autores
ANANIAS DOMICIANO GOMES.......................
AYRTON MUGNAINI JR.....................................
A. SINGULARES...................................................
BETO CLEP...........................................................
BRANCA TIROLLO.............................................
CARLO ALBERTO COLLIER FILHO...............
CHICO PIRES.......................................................
DHIOGO JOS CAETANO.................................
ETEL FROTA.......................................................
GILBERTTO COSTTA........................................
ISO FISCHER.......................................................
I. MALFOREA....................................................
JULIO CSAR NASCIMENTO..........................
KTIA CHAMMA..............................................
LUIZ ANTNIO BERGONSO...........................
LUIZ MENESTREL............................................
MARCELO SALVO............................................
MARCELO SECCO............................................
MARCOS ANTONIO PASSARELLI................
MARINS BONACINA.....................................
NELIA BITTENCOURT PEREIRA..................
NERTAN SILVA-MAIA.....................................
PRISCILA PETTINE...........................................
RENATA MACHADO GOMIDE.......................
RENATO BRITO.................................................
ROLAN CRESPO................................................
ROSANGELA CALZA.......................................
ROSI Lopes..........................................................
SAMUEL NERI...................................................
SONEKKA..........................................................
SUZETE OLIVEIRA C. DUTRA.......................
TATO FISCHER.................................................
0012
0023
0034
0041
0071
0151
0158
0242
0246
0365
0371
0399
0408
0418
0430
0439
0455
0461
0479
0482
0487
0505
0519
0608
0631
0646
0656
0672
0683
0701
0708
0754
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Coletnea de Letras Musicais
10
TELMA SANCHEZ..............................................
THIAGO AUGUSTO S. CREPALDI..................
VALDEMIR A. F. BARROS................................
VALRIA PISAURO...........................................
VANOCI MARQUES...........................................
VULDEMBERG FARIAS....................................
WANDER PORTO...............................................
XAVIER PETE..................................................
ZEZINHO NASCIMENTO..................................
ZIZEN...................................................................
***************************
EPLOGO.............................................................
0797
0861
0864
0948
0975
0994
1007
1021
1084
1392
1403
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Letristas em Cena
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Coletnea de Letras Musicais
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ANANIAS DOMICIANO GOMES
Banho de sol......................................
0013
Cad meu pandeiro.......................... 0014
Campeonato de preservao.......... 0016
Coruja................................................. 0017
Demorou ........................................... 0018
Funk dos manos................................ 0019
Lele, lelo, lele, lela............................. 0021
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Letristas em Cena
..... 13
BANHO DE SOL
Hoje sexta feira
O fim de semana esta inteiro
Planejei tudo certo
Para no dar o inverso
Vou gastar meu dinheiro
Vou pular na areia
Vou jogar futebol
Deixei tudo combinado
Para que nada de errado
Vou tomar banho de sol
Vou pegar um voo
Voar de avio
Voar o Brasil
Onde todos me viram
Vou at o Japo
Sou brasileiro
Di corao
Esse o meu perfil
Sou mais Brasil
Pais dos campees
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Coletnea de Letras Musicais
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CAD MEU PANDEIRO
Cad meu pandeiro cad, cad
Estou querendo achar
Estou querendo achar
Hoje fim de semana
Fim de semana
Estou querendo sambar
Vou chamar meus amigos
Meus amigos, todo o cidado
Todo cidado vai l
Convocar o mundo inteiro
Pra festa da unio
Trabalhei a semana Inteira
Semana inteira
Quase que no deu pra procurar
Eu senti uma dor no peito
Quero achar meu pandeiro
Pra fazer uma festa no jeito
Cad meu pandeiro cad, cad
Estou querendo achar
Estou querendo achar
Hoje e fim de semana
Fim de semana
Estou querendo sambar
Esta tudo bem certinho
Bem certinho
Pra festa comear
Pra comear
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Letristas em Cena
..... 15
E no meio da baguna
Perdi meu pandeiro
E no consigo achar
Cad meu pandeiro cad, cad
No consigo achar
No consigo achar
Hoje fim de semana
Fim de semana
Estou querendo sambar
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Coletnea de Letras Musicais
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CAMPEONATO DE PRESERVAO
Levantei pensando
Que poderemos mudar
Para no futuro
No passarmos sede.
Cultivando nossas matas
Limpando nossas nascentes
Preservando nosso verde
Nossa vida ser mais bela
Com o espelho da natureza
Se trabalharmos todos juntos
Venceremos com certeza
Vamos convocar o mundo
Nao por nao
Para um grande campeonato
De preservao
Onde o premio e o verde
E quem preserva campeo
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Letristas em Cena
..... 17
CORUJA
Gavio que cume
A coruja que esta
No toco
A bicha e feia que di
Mexe e corri
Vai pro toco
Cantou a noite inteira
E o gavio s de olho
O bicho vai pega
asa que vai voar
Mostrar quem somos
Gavio acostumou
Voltar l no toco
Coruja malvada
Esta desconfiada
No quer mais sair do toco
Gavio montou campana
Armou sua barraca
Quando ela sair
O bicho vai subir
Quebrar a estaca
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Coletnea de Letras Musicais
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DEMOROU
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
Inventaram um fuxico
Que eu tava traindo ela
Que eu ia pro cabar
Invs de ir pra capela
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
Inventaram um fuxico, que
Eu no gostava de trabalhar
Que o meu negocio
Era s beber e cantar
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
Inventaram um fuxico
Que eu era meio bandido
S vivia atrs de mulher
Largada do marido
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
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Letristas em Cena
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FUNK DOS MANOS
Ola mulheres malucas que
Andou no meu carro
Escutando funk ostentao
Com as rodas prateadas
Bancos de couros
E o meu tesouro
Nunca me deixa na mo
Dando volta na cidade
Em media velocidade
Medalho amarelo no peito
Esse meu jeito
Fazendo minha vontade
Cansei de andar de buzo
Enfrentando lotao
Ento pensei
E pensando planejei
Entrei para funk ostentao
Hoje estou por cima
S curtindo as meninas
Fazendo o que eu quero
Sem nem um mistrio
Curtindo minha vida
Vou dar um conselho
Para os manos
Que s anda nos panos
Agora estou na rea
Vou bater
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Coletnea de Letras Musicais
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E no falha
Mudei, mudei minha aparncia
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Letristas em Cena
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LE L, LEL, LEL, LEL.
Vamos brincar de esconde, esconde.
S eu e voc.
Sem ningum, pra nos achar.
Onde s voc mim acha
Eu acho voc, s naquele escurinho.
Onde ningum pode ver
Esse esconde, esconde.
Est dando o que fala
O povo j descobriu
Que e s eu e voc
Que se encontra para brincar
Lel, lel, lel, lel.
Vamos brincar de esconde, esconde.
S eu e voc sem ningum, pra nos achar.
Esse esconde, esconde.
Est ficando complicado
Minha me quer ti conhecer
Seu pai quer me achar
Vamos dar um tempo
Se no o bicho vai pegar
Lel, lel, lel, lel.
Vamos brincar de esconde, esconde.
S eu e voc sem ningum, pra nos achar.
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Coletnea de Letras Musicais
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Letristas em Cena
..... 23
AYRTON MUGNAINI JR.
A primeira ltima vez.........................................
Baianinha japonesa.............................................
Eu acabei de reler a sua carta.............................
O homem da minha vida.....................................
Um tiro no escuro................................................
Valsa para um sol medroso.................................
0024
0025
0026
0027
0029
0031
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Coletnea de Letras Musicais
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A PRIMEIRA LTIMA VEZ
Minha memria como eu
Deveria ser mais seletiva
Cada momento que a gente viveu
Pra mim uma lembrana sempre viva
Ainda lembro muito bem
De tudo que a gente fez
De cada primeira e de cada ltima vez
Nosso primeiro beijo ao sol
Primeira noite de luar
Primeiro filme, depois primeiro jantar
Primeira festa, ltimo show
A primeira flor que eu te dei
Primeira chuva, ltimo livro que eu ganhei
Nossa primeira discusso
Primeira vez que eu disse no
Primeira vez que eu levei um bofeto
Lembro muito bem de cada instante
At mesmo dos que eu no quero lembrar
Eu s aprendi
Aps sofrer bastante
Que todo mundo gosta bastante de ti
Mas s mesmo tu pra te aguentar
Tem uma ltima coisa, meu amor
Que eu queria te dizer
Sem medo de ser brega ou me contradizer
Hoje eu queria te encontrar
Pra festejarmos com prazer
O meu primeiro ano longe de voc
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Letristas em Cena
..... 25
BAIANINHA JAPONESA
Baianinha japonesa
Minha linda, meu amor
No vou ver maior beleza
Nem em Tquio ou Salvador
Morou na Bahia
E ela sansei
Vem pra minha cidade
bom demais, meu rei
Que koibito
Baianinha japonesa
Meu tesouro, minha jia
No vou ver maior beleza
Nem em Juazeiro ou Nagoya
Ela tem um charme
No olhar puxado
Que ajuda a me puxar
Pra ficar ao seu lado
E eu sempre vou
No tem canto de alma
Que ela no atinja
Ama como gueixa
E trabalha como ninja
Que shigoto
Baianinha japonesa
Quanto love, sono crazy
No vou ver maior beleza
Nem na Liberdade ou no Largo 13
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Coletnea de Letras Musicais
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EU ACABEI DE RELER A SUA CARTA
Eu acabei de reler a sua carta
Voc me diz que me amar coisa boa
Eu reli letra por letra, at a data
J faz trs anos, mas como o tempo voa
De l pra c a gente foi brigar
Uma bobagem to pequena que cresceu
Mas sei que se eu te perdoar
Nessa hora quem no me perdoa sou eu
A carta inclui uma foto, tu e o Nando
Sorrindo e se abraando
Nem d pra imaginar
Que se a mquina pegasse pensamento
No s o filme, no momento
At ela ia queimar
A resoluo que a cmera no v
a pior que eu j vi
No chega a 10 dpi
Releio a carta e penso em voc
Vocs dois sempre brigaram
Quem sabe at se mataram
Ou pior, at se casaram
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Letristas em Cena
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O HOMEM DA MINHA VIDA
Como bom ser livre pra voar
E conhecer o amor e seus mistrios
Mas voc no tinha que casar
Teu nico jeito agora o adultrio
No fui assistir seu casamento
Porque o centro da ateno ia mudar
No quis estragar esse momento
No fui pra ningum me ver chorar
Hoje no meu ttulo de eleitor
Est escrito que eu sou solteiro
Mas isso mentira, meu amor
S penso em voc o tempo inteiro
A paixo e o desejo me consomem
Voc tambm se sente consumida
Mulher de amigo meu pra mim homem
Por isso voc o homem da minha vida
Voc mudou seu ttulo de eleitora
Ganhou o sobrenome do marido
Porm est me confessando agora
Que tem um segredo escondido
Foi tudo um fracasso, na verdade,
Porque voc com ele no se encaixam
Ele exige alta fidelidade
Porm a impedncia dele baixa
Por isso eu fiquei maravilhado
Quando voc nessa vida deu um basta
E hoje segue o velho ditado
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Coletnea de Letras Musicais
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Burro amarrado tambm pasta A paixo e o desejo me consomem
Voc tambm se sente consumida
Mulher de amigo meu pra mim homem
Por isso voc o homem da minha vida
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Letristas em Cena
..... 29
UM TIRO NO ESCURO
(NO AR MAIS UM CAMPEO DE VIOLNCIA)
Voc est to diferente
Voc mudou to de repente
Ficou nervosa e totalmente irada
sorte minha que voc no anda armada
O teu olhar duro me inibe
Parece a Lilian Witte Fibe
J sei o que est acontecendo
So esses filmes que voc anda vendo
Eles fazem muito mais mal
Que o Pernalonga e o Pica-Pau
E me do at cefalia
Tanta violncia afligiu-me
Se voc diz que s um filme
Voc pensa que s platia
Filme com tanta paulada e tiro
Me deixa aflito
Parece o ar que eu respiro
Sujo e gratuito
O mundo hoje s tem vcio
Se puser cerca vira hospcio
Se cobrir vira circo e no do bom
Se tirar foto vira anncio da Benetton
Baixaria e violncia
Do cada vez mais audincia
No tem problema se tanta gente morrer
Porque sempre sobra mais algum pra ver
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Coletnea de Letras Musicais
30
Eu tambm estou mudado
E pra ningum ficar chocado
Eu me previno bastante
Hoje s visto roupa rubra
Pois caso eu morra e algum descubra
O sangue fica menos chocante
Filme com tanta paulada e tiro
Me deixa aflito
Parece o ar que eu respiro
Sujo e gratuito
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Letristas em Cena
..... 31
VALSA PARA UM SOL MEDROSO
Hoje
O sol t fraco
Brilhando opaco
Quase mal se v
A causa
Sei desde cedo
Ele tem medo
De encontrar voc
Que hoje
T irritada
Grita por nada
Um bicho te mordeu
T chata
E rabugenta
Quem que aguenta?
Ah, eu sei... s eu
Te amo
Tambm agora
No s nas horas
Em que ests feliz
E o choro
Nunca foi gafe
Pois desabafe
At ficar feliz
Grite
Se descabele
Cubra minha pele
At me soterrar
Mesmo
Soterrado e exangue
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Coletnea de Letras Musicais
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Um beijo grande
Inda vou te mandar
Sabemos
Que amanh cedo
Teu jeito azedo
J ter passado
No s
Tua beleza,
Tua fortaleza
Me deixa abismado
Se o Sol
Estiver chocho
Direi seu frouxo, T pensando o qu?
Esta
Mulher-maravilha
Todo dia brilha
Mais do que voc!
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Letristas em Cena
..... 33
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Coletnea de Letras Musicais
34
A. SINGULARES
Do teu beijo.............................
Escala.......................................
Sobre o dia e a noite...............
A volta que no acontece.....
0035
0036
0037
0038
-
Letristas em Cena
..... 35
DO TEU BEIJO
Quero tua boca
To minha, to nua
A minha, tua
O instante do beijo encostado
Beijo no calado, pintado, talhado
Beijo gravado
Aquele que fica na boca, segue a gente em cada passo beijo
de artista, beijo de palhao
Beijo sem pecado, beijo na boa
Roubado ou doado
espero um beijo nunca acabado
Como o vento, que - s de fazer um movimento -
logo est ao seu lado
Lbios que acolhem os meus
Quero beijo sem adeus, nem at breve
Beijo que sorri em mim
faz o meu tambm sorrir (e beijar mais), sem fazer greve
Quero teu beijo, sou sapo
desfaz o meu estado e me faz nobre
Quero teu beijo, sou fraco
Depois me d um abrao e me traz sorte
Me d outro beijo e quantos mais quiser
Grudado, lambido, molhado - aceito o beijo que vier
Selo do momento estado, perpetuado
Beijo que salivo, me beije o quanto puder
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Coletnea de Letras Musicais
36
ESCALA
Dana em mim, chacoalha
Me batalha em sorte e suor
Desperte, nessa toada
o que me colore melhor
Deita no meu azul
vamos sumir em violetas
A sua paz esquenta
Nessa paleta perfeita
Assim como faz o vento
quando te beija e no pede licena
farei o mesmo contigo
noite adentro, cores intensas
Dilui minha tinta no seu gosto
Me desenhe em seu papel
Azul embaixo, sou seu mar
Em cima, um rascunho do cu
Me escala em tua escala
Pinta meus mveis, minha casa
pinta meu corpo, meus sonhos
Deixa seu quadro risonho
decorando minha parede
esquentando nossa amizade
Seu vermelho me acende
nele tem a sua imagem.
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Letristas em Cena
..... 37
SOBRE O DIA E A NOITE
O dia
se voc no sabe
a noite
vestida de claro
Quando se cansa
tira sua bata
cerleo
para esconder-se
no escuro
E veste uma camisola
de estrelas
para ser noite
inteira
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Coletnea de Letras Musicais
38
A VOLTA QUE NO ACONTECE
Piano que toca
na noite que encosta
Esperando algum que partiu
Saudade que encosta,
a lgrima toca
Escorrendo no rosto como um rio
A Lua enquadrada, sozinha, amarela
Estampada na janela aberta
Espelho - me vejo e fecho a cortina
Escureo sozinho em sentinela
Espero de olhos vermelhos, fechados,
a volta que no acontece
como andar na chuva molhado
perdido, onde no se conhece
ser assaltado, agredido
No ter sbado ou domingo
como no ter feriado, descanso
Sem sua voz me chamando no ouvido
como no ver as flores de Maio, de Junho e de pano
noite sem lua, a vida, um engano
praia sem mar, surfista sem onda,
ovelha sem rebanho
ter o copo vazio,
no se sufocar em goles de vinho
Quintal sem criana, vaso sem planta
cu sem o azul, palco sem dana
-
Letristas em Cena
..... 39
sapo sem lago, Sapato molhado,
fita amarrada sem lao
quadro sem cor, dinheiro sem valor
sentir frio e no ter cobertor
dedo sem aliana
gol sem torcida vibrando
show de Rock sem banda
pandeiro, sem samba, tocando
letra sem msica, s mpar, sem par
Palavra jogada sem poesia
quadro sem tinta, desabafar
os versos com a parede fria
desaprender a andar
De asas quebradas, no posso voar
Lembranas dos beijos roubados
Estalam na boca, mas no mais molhados
estar parado, apagado
Viver sem sonho, no mundo jogado,
ao meio-fio estirado
Cachorro sem dono, maltratado
Piano que toca, saudade que encosta
Na noite que encosta, a lgrima toca
Esperando algum que partiu
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Coletnea de Letras Musicais
40
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Letristas em Cena
..... 41
BETO CLEP
Bem melhor do que sonhei...........
Cano de um novo tempo.................
Com voc.........................................
Dias de frio......................................
Folhas e flores.................................
Guarde essa cano............................
O final vai ser feliz.........................
Por que no? (tentar ser feliz)......
Sem voc.........................................
Seus maiores segredos...................
Sorrisos enfim...................................
Tudo acabou..................................
Tudo que sei...................................
Versos poemas e canes..................
Vivemos?........................................
Vou acreditar..................................
0042
0044
0046
0048
0050
0052
0054
0055
0057
0059
0060
0062
0063
0065
0067
0069
-
Coletnea de Letras Musicais
42
BEM MELHOR DO QUE SONHEI
Para Rose Farias
Eu tive tenta sorte
Em te conhecer
Pra dar sentido em minha vida
Razo do meu viver
Agora estou to feliz
Voc chegou, eu sei
Pra preencher o vazio
Que s crescia no meu corao
Voc to especial
Diferente eu sei
Algo to bom pra mim
Bem melhor do que sonhei
Em poucas palavras
Eu tento dizer
O quanto te amo
O quanto eu gosto de voc
Eu tenho tanto medo
De um dia te perder
Se isso acontecesse
No saberia o que fazer
Pois a minha vida
S completa com voc
E pra sempre do seu lado
Eu quero viver.
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Letristas em Cena
..... 43
Eu te amo tanto
No sei nem como explicar
Ento eu fiz essa cano
Pra me declarar
Em poucas palavras
Eu tento dizer
O quanto te amo
O quanto amo voc
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Coletnea de Letras Musicais
44
CANO DE UM NOVO TEMPO
No tenha medo da tempestade
Porque ser forte e ter coragem
So suas virtudes indispensveis
A esperana to incerta
Mas pra voc palavra certa
Exprime todos seus sentimentos
Sua vontade de viver
Acorde cedo escove os dentes
E agradea por estar vivo
Respire fundo e solte um grito
Para espantar todos os males
Acreditar que tudo ir mudar
E o sol mais uma vez ir brilhar
Acreditar que tudo ir mudar
E o sol mais uma vez ir brilhar
No s voc que tem problemas
O mundo est to cheio deles
Ser mais um sero mais dez
Ficam os dedos, mas somem os anis
To importantes te fazem falta
Mais sei que um dia ters tudo de volta
A vida vista como num filme
Em que o final ser feliz
Muitos perigos coisas armadas
Mas o mocinho vencendo no final
-
Letristas em Cena
..... 45
Acreditar que tudo ir mudar
E o sol mais uma vez ir brilhar
Acreditar que tudo ir mudar
E o sol mais uma vez ir brilhar
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Coletnea de Letras Musicais
46
COM VOC
A tristeza que eu sentia antes
Hoje eu no sinto, no
Voc trouxe de volta
A paz no meu corao
No me diga que tudo mentira
Me diga que tenho razo
Voc faz to bem pra mim
Quero estar sempre assim
Eu tenho muito que viver,
Eu tenho tanto que aprender.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com voc.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com voc.
Com voc, com voc, com voc
Com voc, com voc, com voc.
Eu lembro bem, voc me disse
A vida tem muitos segredos
Eu no queria fingir,
Ento aprendi a sorrir,
S pra te agradar.
Voc faz to bem pra mim
Quero estar sempre assim
-
Letristas em Cena
..... 47
Eu tenho muito que viver,
Eu tenho tanto que aprender.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com voc.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com voc.
Com voc, com voc, com voc
Com voc, com voc, com voc.
-
Coletnea de Letras Musicais
48
DIAS DE FRIO
A chuva que corroem
A ferida que no di
O tempo que destri
O resto de sonhos
A vergonha do espelho
A imagem que me inibi
Um barulho na esquina
O medo eu sei que existe
Dias de frio
Noites de inverno
S o silncio
Ningum por perto
Dias de frio
Noites de inverno
S o silncio
Ningum por perto
O medo permanente
Os dias no tm fim
A segurana inexistente
Minha vida assim
A solido me incomoda
E o sol quem me acorda
Tudo que um dia foi perdido
Tem certeza no tem volta
-
Letristas em Cena
..... 49
Dias de frio
Noites de inverno
S o silncio
Ningum por perto
Dias de frio
Noites de inverno
S o silncio
Ningum por perto
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Coletnea de Letras Musicais
50
FOLHAS E FLORES
Leve pra sempre contigo
A lembrana de um sorriso
Sem se esquecer de um grande amor
Que nunca deixou de existir
Lembre livros folhas e flores
E paredes desenhadas
Juras de amor no entendidas
Lies de vida, no decoradas
Nossa vida nossa casa
Um retrato no porto
A despedida a partida
No entendi qual a razo
Eu tive medo eu tive insnia
Eu no consegui dormir
A minha vida indo embora
No consigo mais sorrir
Se um dia perceber
Que eu estou fazendo falta
Pode vir pode voltar
Mas por favor no faa hora
Lembre s das coisas boas
Esquea as coisas ruins
Tenha certeza de uma coisa
Nosso amor no ter fim.
Nossa vida nossa casa
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Letristas em Cena
..... 51
Um retrato no porto
A despedida a partida
No entendi qual a razo
Eu tive medo eu tive insnia
Eu no consegui dormir
A minha vida indo embora
No consigo mais sorrir
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Coletnea de Letras Musicais
52
GUARDE ESSA CANO
As lagrimas encobriram
Sorrisos to imperfeitos
No se esqueceras de mim
Mesmo com todos os meus defeitos
E tudo que em mim odiavas
Tenho certeza sentirs tanta falta
S se percebe quando perde
Um dia voc vai perceber
Guarde essa cano
Como pedido de ajuda
Guarde essa cano
Como uma carta de amor
Escrita na ultima hora
Minutos antes de ir embora
Sem coragem de olhar nos seus olhos
E dizer adeus
Palavras foram ditas
Sem nenhuma precauo
Sentimentos destrudos
Sem nenhuma explicao
Feridas ficaram expostas
E como iriam cicatrizar
No haveria remdio
Para imensa dor curar
Guarde essa cano
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Letristas em Cena
..... 53
Como pedido de ajuda
Guarde essa cano
Como uma carta de amor
Escrita na ultima hora
Minutos antes de ir embora
Sem coragem de olhar nos seus olhos
E dizer adeus
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Coletnea de Letras Musicais
54
O FINAL VAI SER FELIZ
Acorde cedo
Para ver o sol raiar
Respire fundo
E no deixe de sonhar
Eu sei que as coisas
No andam assim to bem
Mas ficar triste
Nada vai adiantar
A vida um grande Quebra cabea Cheio de peas para montar
As peas se encontram se encaixam
Mesmo no sendo do mesmo lugar
Quando parece
O final vai ser feliz
Voc descobre
A pea estava no lugar errado
Hora de comear tudo de novo
Ou quem sabe, talvez .
Tentar outra vez
Mas s se tem uma certeza
O final vai ser feliz.
Voc merece
Voc precisa
Voc ser
Muito feliz
-
Letristas em Cena
..... 55
POR QUE NO? (TENTAR SER FELIZ)
Te fiz uma cano
Com palavras doces
Pra te trazer alivio
Amenizar as suas dores
Te fiz uma cano
Com todo sentimento
Pra te fazer sorrir
E eternizar esse momento.
Ento, por que no?
Tentar ser feliz
Por que no?
Ento, por que no?
Tentar ser feliz
Por que no?
Abra a janela,
Olha l fora,
O dia est lindo,
Levanta, acorda.
Vamos l fora
Curtir e viver,
Felicidade existe
S depende de voc.
Ento, por que no?
Tentar ser feliz
Por que no?
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Coletnea de Letras Musicais
56
Ento, por que no?
Tentar ser feliz
Por que no?
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Letristas em Cena
..... 57
SEM VOC
Estrelas Rutilantes
Sentidos sem razo
Vontade de sumir
Mudar de direo
Pular de paraquedas
Da asa de avio.
No sei por que me sinto assim
s vezes eu quero fugir
E esquecer o que sofri
E o que ainda vou sofrer
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem voc
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem voc
Sem voc, sem voc, sem voc
Sem voc, sem voc, sem voc
Esqueo de viver os dias tristes
Pensando em ir dormir mais cedo
Quando penso em fugir Eu procuro dormir
Quem sabe amanh tudo ir mudar
No sei por que me sinto assim
s vezes eu quero fugir
E esquecer o que sofri
E o que ainda vou sofrer
-
Coletnea de Letras Musicais
58
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem voc
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem voc
Sem voc, sem voc, sem voc
Sem voc, sem voc, sem voc.
-
Letristas em Cena
..... 59
SEUS MAIORES SEGREDOS
No importa o dia ,
No importa a hora,
No importa a intensidade
O desejo e a vontade.
Eu quero te dizer
Eu quero estar s com voc
Mais do que isso eu preciso
Ter voc para sempre comigo.
Eu quero estar com voc
O maior tempo possvel
Descobrir seus maiores segredos
Ser muito mais que um amigo.
a mais pura verdade
a minha realidade
Eu respiro fundo
Me encho de coragem
S pra te dizer
Eu quero estar s com voc
Mais do que isso eu preciso
Ter voc para sempre comigo.
Eu quero estar com voc
O maior tempo possvel
Descobrir seus maiores segredos
Ser muito mais que um amigo.
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Coletnea de Letras Musicais
60
SORRISOS ENFIM
Tantos dias passaram
Sem que eu consiga imaginar
Como seria a distncia
Como seria no poder te amar
Como seria viver
Sem ter voc para admirar
Sem ter voc
Para comigo caminhar
Na estrada fria e deserta
Dessa vida insensata
Desse mundo inseguro
Dos dias atuais
Em que o dinheiro compra quase tudo
E o amor j no vale mais
Mas com voc diferente
Ainda posso acreditar
Velhas manhs
A luz sobre ns
Dias azuis
Sorrisos enfim
Quando o silncio fala mais que tudo
Quando olhar soa to profundo
E a sua voz se faz to presente
o desejo de querer pra sempre
Ser s seu ser to dependente
-
Letristas em Cena
..... 61
Da palavra do sorriso
De tudo que vier de voc
Nem consigo imaginar
A distncia como seria
Como seria sua ausncia
E como eu sofreria
Melhor nem pensar nisso
Me acostumei com o seu sorriso
E no conseguiria mais
Viver longe de voc
Velhas manhs
A luz sobre ns
Dias azuis
Sorrisos enfim.
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Coletnea de Letras Musicais
62
TUDO ACABOU
Seus olhos no me dizem mais nada
Apenas caminhos perdidos
Lembranas doces e amargas
Bocas dentes e sorrisos
Todo tempo passado
No foi um tempo perdido
As lembranas boas
Guardo sempre comigo
O que foi ... Um sorriso
O que foi ... O paraso
Um sonho...
Eu no queria acordar
Aprender a recomear
No cometer mais os mesmos erros
Saber escutar
Ningum perfeito
Como todo sonho bom
Acabou ao amanhecer
Tive grandes momentos
Felizes com voc
O que foi ... Um sorriso
O que foi ... O paraso
Um sonho...
Eu no queria acordar
Apague a luz desliga o rdio
Tudo acabou
-
Letristas em Cena
..... 63
TUDO QUE SEI
Eu Aprendi coisas inteis
J me esqueci de coisas fteis
Se viver j me ensinaram
Aprendi tudo errado
Perdi tanto o meu tempo
Futuro e passado
Melhor viver correndo
Do que ficar parado
Tudo Que sei No serve pra nada
E nada que sei e muito impreciso
Tudo que sei no serve pra nada
E o nada que sei e puro improviso
Estudei mais de dez anos
E mal sei escrever
Quase tudo que me ensinaram
No precisava aprender
A vida um jogo
Perder e ganhar
E esse grande jogo
Estou aprendendo a jogar
Tudo que sei no serve pra nada
E nada que sei e muito impreciso
Tudo que sei no serve pra nada
E o nada que sei e puro improviso
Se o comeo foi torto e desastroso
O fim pode ser melhor.
-
Coletnea de Letras Musicais
64
E cada dia o mundo gira,
O mundo gira ao meu redor
E j que estou s
Vou dormir mais meia hora
Tudo Que sei no serve pra nada
E nada que sei e muito impreciso
Tudo que sei no serve pra nada
E o nada que sei e puro improviso
-
Letristas em Cena
..... 65
VERSOS POEMAS E CANES
Nossa cano
Um velho rock dos anos oitenta
Nossa inteno
Ir embora antes que escurea
Mudaram as estaes
Mas nossos continuam os mesmos
Pode se abrir pra mim
Entre ns no existem segredos
A tempestade j passou
Mas ela ainda no me escreveu
Ser que se lembra de mim?
Ou ser que j me esqueceu
Eu sou mais um passageiro
Na avenida das desiluses
Versos poemas e canes
Procurando encontrar
Num sorriso num olhar
A paz que eu preciso
Pra sonhar
Hoje leio os jornais
No tenho mais quinze anos
Como mudou minha vida
Como mudaram meus planos
Eu sei
Vida bandida
-
Coletnea de Letras Musicais
66
Por mais que a gente lute
Sempre resta uma ferida
Minha timidez
Era o que me destrua
Eu no sabia a prtica
To pouco a teoria.
Eu sou mais um passageiro
Na avenida das desiluses
Versos poemas e canes.
Procurando encontrar
Num sorriso num olhar
A paz que eu preciso
Pra sonhar.
-
Letristas em Cena
..... 67
VIVEMOS?
Vivemos no pas do futuro
Aonde o futuro nunca chega
Vivemos uma vida turbulenta
Recheada de incertezas
Eu tenho medo do que pode acontecer
O que ser de mim ou de voc
Viver esta cada vez mais difcil
Como vamos sobreviver
Queremos um pas melhor
Sonhamos esperamos
Mas no sabemos at quando
No sabemos at quando
S temos deveres
No temos direitos
Aqui tudo se compra
Aqui tudo tem seu preo
Ento continuamos
Vivendo do avesso
Um dia se vive mais
No outro se vive menos
Vivemos enjaulados
Numa quase liberdade
Se hoje estamos livres
No estamos de verdade
No existe segurana
-
Coletnea de Letras Musicais
68
Quem me da explicao
No saio mais de casa
Tenho medo de ladro
Vivemos num pas to desigual
Qualquer barbaridade j parece normal
Vivemos no pas da impunidade
Onde no existe igualdade
Mas perante a lei
Somos todos iguais
Ser que isso verdade?
A verdade existe
Mas nem sempre real
Queremos fazer o bem
Mas quem manda nos falar
-
Letristas em Cena
..... 69
VOU ACREDITAR . . .
Hoje estou to triste
Nem eu mesmo sei por qu
Deve ser passageiro
Vou tentar esquecer
Pensei em mudar
Por alguns dias
Mais atitudes impensadas
No levariam a nada
Estou cheio de problemas
No adianta fugir
Vou ficar e encarar
Vou acreditar . . .
Essa vida passageira
No tenho tempo a perder
Eu no quero ficar mais triste
Eu no quero mais sofrer
Os anos se passaram
Me deixaram bem mais forte
Hoje eu trao meu destino
Eu decido a minha sorte
As marcas do tempo
No vo me incomodar
Eu serei assim
Eu vou lutar at o fim
Estou cheio de problemas
-
Coletnea de Letras Musicais
70
No adianta fugir
Vou ficar e encarar de frente
Vou acreditar . . .
Essa vida passageira
No tenho tempo a perder
Eu no quero ficar mais triste
Eu no quero mais sofrer
-
Letristas em Cena
..... 71
-
Coletnea de Letras Musicais
72
BRANCA TIROLLO
Acasalamento......................................................
0074
Amor moda da casa.......................................... 0076
Amor inocente.................................................... 0077
Asas de poeta...................................................... 0078
Ataques sem nexo............................................... 0079
Brasil................................................................... 0081
Cad o meu caf................................................. 0082
Caladas............................................................. 0083
Choro bruto........................................................ 0084
Coelhinho da Pscoa.......................................... 0085
Coisa.................................................................. 0086
Cmodo demais................................................. 0088
Democracia obscura.......................................... 0089
Desafiando limites............................................. 0090
Devastao........................................................ 0092
Dondoca............................................................ 0094
E assim desejo-te............................................... 0096
Fera racional...................................................... 0097
O formidvel do amor....................................... 0098
Fuga no Mensalo.............................................. 0099
Hino: ALB.......................................................... 0101
Imposto macabro................................................ 0102
Ladro de galinha............................................... 0104
Malandro............................................................ 0106
Memrias de um Caipiracicabano.................... 0107
Mensagem das Caras pintadas........................... 0108
Mistrio.............................................................. 0110
Mudei a formalidade do amor........................... 0113
Mutilao........................................................... 0114
No sou inventor do meu destino..................... 0116
Noite.................................................................. 0118
Olhos de ouro.................................................... 0121
-
Letristas em Cena
..... 73
Pssaro da madrugada...................................... 0124
Pirado............................................................... 0125
Pirataria............................................................ 0127
Policial do futuro............................................. 0129
Prepare o anzol................................................ 0131
Que mal que tem............................................. 0132
Refgio............................................................ 0133
Revoluo........................................................ 0134
Rua Brasil........................................................ 0135
O sabor da amizade......................................... 0137
Samba do povo............................................... 0139
Saudade Tua.................................................... 0141
Seu amor iluso de tica............................... 0142
Somente por amor............................................ 0144
Telhados de vidro............................................. 0145
Vai, vai, Brasil! ............................................... 0146
Vegetao......................................................... 0148
-
Coletnea de Letras Musicais
74
ACASALAMENTO
Ser masculino ou feminino
No importa...
Atitude compe-se em versos
Felinos... So exticos
Macho ou fmea...
Devoram-se...
Em suas dimenses
O poeta adormece
Sobre a pgina alinhada
O compositor desperta a cano
Masculino ou feminino
Seres se cruzam no tempo.
Das mais variadas
Paixes
Filosofia de vida
Que marca datas
E contradies
Enquanto a poesia se acalma
Na doce misso
Do toque sagrado
De um violo.
Leva-se a vida
Na serenidade
Da consolao.
Desafios e contrastes
-
Letristas em Cena
..... 75
Nos acordes, nas rimas.
A mtrica eletrizao
Escrevo meu verso
Voc ao inverso
Compe a cano
Felinos so exticos
Macho ou fmea
Devoram-se em suas dimenses
Seres se cruzam no tempo
Das mais variadas paixes
Filosofia de vida
Que marca datas
E contradies
-
Coletnea de Letras Musicais
76
AMOR MODA DA CASA
Os tempos mudaram, e os amantes, tambm.
Uns jogam com a sorte, outros vo e vem.
H quem viveu um amor de vero
E outros sequer conseguiram amar...
Na trilha do amor, muitos querem aconchego.
Mas nem sempre acontece, a vida um mistrio.
Tudo tem seu preo, nada vai mudar.
Neste vai e vem, tambm aprendi.
Que no vale a pena sofrer tanta dor
Nas desiluses, que tanto insisti.
Neste vai vem, trocando de amor.
Hoje sou feliz, no sou inseguro.
Meu amor consciente, e vivo melhor.
O amor, moda da casa.
tudo que tenho, e que dou valor.
No me arrisco mais buscando estilhaos
Pois tenho ao meu lado, a mais bela flor.
Meu prato do dia, meu ar, minha luz.
Minha alegria, meu cantar afinado.
No percebo se faltar o sal
Tudo ao seu jeito bem refinado.
-
Letristas em Cena
..... 77
AMOR INOCENTE
Espia a lua mais bela
Sondando teus olhos azuis
Pela fresta da janela
O Arco Iris se vai
Depois da chuva que cai
Sobre teu p de alecrim.
Joga um beijo da janela
Encena luz de vela
Que o vento traz
Para mim...
Mande um sorriso de lembrana
Uma ponta do jardim
Umas gotas perfumadas
Com cheiro desse alecrim
Faa um pacote de abraos
Com muitos laos de amor
Escreva um poema intenso
Que me encante, por favor...
Enlaa teus sonhos nos meus
Deixa o amor propor um brinde
Debaixo das asas do vento
At que a vida se finde
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Coletnea de Letras Musicais
78
ASAS DE POETA
Poeta terra mar
Poesia flor em boto
Abrindo as asas da vida
No ritmo e na cano
Poesias so as ondas do mar
Avanando as areias to calmas
Lavando a alma do homem
Que vive a chorar suas magoas
Poetas so as veias dos versos
Jorrando no verso da sorte
O clamor
Lamrias que fazem qualquer um.
Chorar
Na voz de qualquer cantador
-
Letristas em Cena
..... 79
ATAQUES SEM NEXO
Entrei na dana da ona pra ver
Se ela ainda zombava do meu SER
Notei uma fera insistente, mas nada valente.
Areia movedia.
Enquanto surtava ponto.com
As loucuras da gente
Ela se lembrou:
-So artistas!
Consegui enfim por um fim
Sem deitar-me aos seus ps
Conectei meu arsenal
E consegui ver sorrindo
No jornal
Pra fera,
Pro baixo astral
Para os meus amigos
Dediquei meu arsenal
Que legal!
Vou... Dar uma volta ao Mundo
Num segundo de euforia
Cantar, danar, sem ataques.
Comemorar a alegria
E poder viver
Pra fera me ver todo dia.
-
Coletnea de Letras Musicais
80
Para os meus amigos
Dediquei meu arsenal
Que legal!
Comemorar a alegria
E poder viver
Que legal!
Comemorar a alegria
E poder viver
-
Letristas em Cena
..... 81
BRASIL
s
Terra
Gigante
Um
Pas
Falante
O
Brasil
Avante
-
Coletnea de Letras Musicais
82
CAD O MEU CAF
( musicada por Luciane Casaretto)
Cad o meu caf? Meu Caf Brasileiro
Que sabor esse? Que palha essa?
Canta meu Brasil: Isso no me interessa
Cad o meu caf? Meu Caf Brasileiro
T tirando onda, no capitalismo.
T nos bancos das Ilhas fazendo turismo
T na boca do lobo. T no estrangeiro
T dentro da linha da corrupo
Num pulo de gato, guardado em galpo.
Cad o meu caf? Meu Caf Brasileiro?
T na foto que a Nonna tirou no terreiro
Na roda de samba, no tom do pandeiro.
Devolvam o sabor do caf.
Do meu Caf Brasileiro
-
Letristas em Cena
..... 83
CALADAS
Corta o vento, vento corta.
Povo sofrido, temido.
A procurar sensaes
Uns buscam casa, comida.
Outros, festas, folies.
H quem procura remdio
Curador e oraes
Estes so os mais aflitos
Sem pausa pras refeies.
Pois enquanto vela a reza
Esquecem as obrigaes.
H quem trabalha e cavalga
Dividindo tempo e questes
Trocando em cada esquina
Sbias informaes.
Mas h quem, tagarelando.
No consegue encontrar
O mapa da sua vida
E um lugar para ficar.
Estes servem de tropeo
Pra aqueles que iro chegar
Ainda sem pensamento
Se vo ou no, se juntar.
Com o povo que cavalga
Sempre no mesmo lugar.
-
Coletnea de Letras Musicais
84
CHORO BRUTO
Oh! Quo grande minha angstia
Que de leve, venta e leva:
Alegrias, pipas, gritos,
Risos tensos, sem iguais.
Das palavras ainda no ditas
O pensamento quem fica
Sobrepondo pesos mais.
Quo grande minha angstia.
Que de leve, aumenta os ais.
Oh! Quo grande alegria que se esvai...
-
Letristas em Cena
..... 85
COELHINHO DA PSCOA
Coelhinho da Pscoa
Que trouxe pra mim
Uma msica bela,
Desafio sem fim
Se h um amigo
No h pranto e dor
Desafiando os limites do amor
Nesse tempo de crise
Em que tudo no so flores
Preservar os amores
estar numa marquise
Esperando em paz
Pelas graas dos cus
Recarregando de gs
Enchendo-me de Deus
Se essa passagem existir mesmo
No h como resistir
Mesmo que eu fique a esmo
O perdo vou LHE pedir
-
Coletnea de Letras Musicais
86
COISA
Jogaram na lama o meu quintal
Minha cozinha est na lua
Enxugaram o Pantanal
Molharam a mo da minha rua
Toma cuidado vo molhar a sua
Queimaram os meus neurnios
E adulteram os livros principais
Trocaram educao moral e cvica
Por duas matrias que do mais
Sexo e Box, na escola so reais.
Meu filho cursando a quarta B
Est de olho no vdeo game
Que est na vitrine da loja 3D
Ainda me fala sem medo
Papai: eu ganhei um E
Jogaram a merda na TV
Obrigam-me a ouvir mentiras
E ainda falam mal de voc
Enquanto voc pira
Os ratos ficam na mira
Eu quero fama, quero mina, quero minha grana.
No preciso mais de tempo pra pensar
J sou velho na cor dos cabelos
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero voc, pra me escutar.
-
Letristas em Cena
..... 87
Voc! Voc! Voc!
Voc! Voc! Voc!
Livra-se desta coisa
Eu quero um pas inteiro pra me ouvir
Voc! Voc! Voc!
Leva pro facebook
Tweeds pro mundo
No e-mail da titia
Pra aquela gata
Que te deu mole
Diga para o papai
Que a sua me
J sabe
Fale pro teu filho
Se livrar desta coisa
E no se esquea de
Avisar os jornais
Que no estamos aqui
Pra brincar.
-
Coletnea de Letras Musicais
88
CMODO DEMAIS
Hoje acordei a mil por hora
Tinha tantos afazeres
E acabei por esquecer
Do nosso amor.
Tudo o que eu
Tinha a fazer
Era em torno
De ti?
Oh! Oh! Oh!
Cmodo demais
Eu s quero liberdade e Paz
Oh! Oh! Oh!
Cmodo demais...
-
Letristas em Cena
..... 89
DEMOCRACIA OBSCURA
Democracia. Parada, quebrada, estao
sem luz.
feita de rombos, boicote, panela,
insanidade total.
Barreira na vida, beco sem sada, dinheiro,
roubada.
Malandragem, picaretas, escola do mau.
Quem mandou virar o jogo fui eu
Eu quero silncio agora.
Eu quero ser feliz, acordar e dormir.
Sem barulho, sem buzinas.
Sem bolso que domine a Lei
A lei que se aplica
No que no se tem
Eu quero viajar
E fugir
Quero ver
O amanhecer
Dormir.
Sou Patriota brasileiro
Quero ver a democracia
Democraticamente, fluir.
-
Coletnea de Letras Musicais
90
DESAFIANDO LIMITES
Caminhos incertos, dedos incertos, desertos.
Sombras que desaparecem ao meio dia
Quando o sol divide o cu em partes iguais.
A lua flutua, no prata nem cinza, nem preta.
Nem branca, vaidade ou mentira, no iluso.
to somente a lua em sua estao.
Na vida h segredo h coragem e medo.
Cada um do seu jeito sente sua emoo.
Na minha parede no tem calendrio
Sou eu quem marca o dia do meu carnaval
O natal que foi ontem comemoro amanh
Neste manjar de f provo a minha avel
Rega meu seco jardim o pranto de outros
Daqueles que nunca choraram por mim
No existem fronteiras um desafio sem fim,
Desafio sem fim
Neste moar peo que as pedras no rolem
Mas devagar murmurando, uma a uma se vo.
E vou passando meia face anjo meia face fera
Desafiando a espada a enfrentar a guerra
s vezes penso que estou morta e voltei
Terminar meu choro, pra quem.
Ainda no me viu chorar
So incertos os passos, que tento.
Encenar neste compasso
-
Letristas em Cena
..... 91
Sonho por razes desconhecidas, desconhecidas.
Embora eu cante alto, no palco sombrio da vida.
Tudo que exala do meu ser dizem ser vergonha
Eu digo que apesar das barganhas
Tenho sorte e todas as batalhas so vencidas
Tenho sorte e todas as batalhas so vencidas
Moro num lago formado das guas, do meu pranto.
Cada canto um endereo. Ai, ai, a vida essa.
Se eu afundar neste cho aqui vai, o meu apreo.
Meu pranto j virou tinta. No ser em absoluto
Desconhecido da sorte, do mal, do bem, da morte.
Serei sempre uma estrela viva, a colorir um luto.
Rega meu seco jardim o pranto de outros
Daqueles que nunca choraram por mim
No existem fronteiras um desafio sem fim,
Desafio sem fim
-
Coletnea de Letras Musicais
92
DEVASTAO
Olho com tristeza, os campos e as matas.
O rio que pingando no faz serenatas
O asfalto que corta alm dos sertes
E os animais em extines
As aves no cu no cantam em festa.
Os homens magoados no fazem canes
Inspirados na lei da floresta
Os filhos de outrora eram educados
Pelas famlias e seus professores
Hoje o governo quer ensin-los
Aplicando Leis com tais dissabores
No valorizam os Mestres e a escola
Separam todos por classes sociais
Crianas, os jovens e velhos.
Aplicando sem piedade
Golpes, e mais golpes fatais.
Querem cobrar respeito e ordem
Falam muito em preservao
Mas vivem em plena desordem
Destruindo os povos e a prpria nao
Vendem a alma do povo e da terra
Queimam o verde, desbarrancam os morros.
Colocam na mesa do trabalhador
O po da dor e a morte sem socorro.
Sem terra, sem teto, sem dignidade.
-
Letristas em Cena
..... 93
Sem ambio, o povo se isola.
Caindo na cova que o governo cavou
Pra matar o pobre, preso na gaiola.
No h outro jeito, o povo precisa.
Lutar com a espada, e vencer o drago.
Para acalmar a fria que sente
Partindo pra guerra, defendendo a nao.
-
Coletnea de Letras Musicais
94
DONDOCA
Dondoca...
isso o que voc
Folgada, maliciosa
S pensa em raspar o p
Vive pintando os olhos
E a sobrancelha, t u.
Dondoca...
Nada vai te consertar
Voc precisa de cafun
E eu...
De um bom jantar
No me venha reclamar
Que as unhas esto lascadas
Que o fogo no pra voc
Eu comprei pensando no nosso jantar...
E o que me aguarda
o seu blasfemar!
Dondoca...
Voc o que ...
Vive pra se embonecar
Mas no serve nem
Pra lavar os meus ps.
Dondoca...
Hoje voc vai pagar
O preo da sua vaidade
Vou te botar na calada
Fechar a porta da entrada
E assistir o seu penar
-
Letristas em Cena
..... 95
Ver voc na arte bancada
Roendo as unhas e se lembrar de mim
Vai aprender que a vida no se vive assim.
Dondoca...
isso o que voc
Vai sentir a barriga vazia
E esquecer, de raspar os ps.
Vai me pedir arrego
E preparar o melhor jantar
A quem sabe eu me apego
Na hora do amor te farei cafun.
Dondoca...
isso, o que voc !
-
Coletnea de Letras Musicais
96
E ASSIM DESEJO-TE
No quero que seja meu deus
Nem meu demnio nem ateu.
Nem meu sonho nem meu eu.
Seja apenas, meu.
Seja meu homem, meu prazer.
Mas no seja minha vida
Eu quero desfrutar do que bom
Eu quero apenas uma ida
volta no me interessa
Eu quero voltar s, sem pressa.
-
Letristas em Cena
..... 97
FERA RACIONAL
Eis que febril queima, este corpo meu.
Num instante dcil - quando me toca o seu.
Estes teus braos - em laos, em plumas.
Teus encantos - espantos espumam.
Teus olhos domados - em risos, em versos.
Teus pecados meigos - de afagos, e beijos.
Eis que a ti revelo - meus sonhos em gritos.
Num sbito instante - de amores, e dores.
Por teus insultos - deboches, rumores,
Nestes negros olhos - de glria, delrios.
De pegadas duras - desvairadas loucuras,
Deste pranto falso - de torturas, castigos.
Eis que tu to farto - to ntido e puro.
No tapete enrola - teu corpo, tua face,
Nestas melodias - sussurros, desgastes.
Destas noites loucas - de pasmo contraste.
Tuas fantasias de sonhos malucos,
Tua frente fria - de tristes desastres.
Eis que tu voltas sereno, calado.
Num olhar carente - de intrigas e abraos:
Destas peles rubras, de apertos, marcadas.
No meu corpo sadio, e esgotado.
Neste alvio frtil - que exala, espalha,
Descansa-te nu, sereno e domado.
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Coletnea de Letras Musicais
98
O FORMIDVEL DO AMOR
Um consolo romntico me adormece
No sonho eu me ponho a rezar
O som da orao segue o vento
Abrindo a janela do teu aposento
A lua sonda-te e pousa
No luar do teu sonhar
O eco da minha prece te chama
A essncia do meu amor te perfuma
o formidvel das loucuras de quem ama
Se levantar e tocar na maaneta
No te assuste. Acaricie meu sonhar
Que pelas madrugadas vagueia,
Tentando deliciar seus meigos olhos
Para teus doces beijos roubar.
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Letristas em Cena
..... 99
FUGA NO MENSALO
(reservada para Gustavo de Godoy)
Contradio
Omisso e obscuridade.
Cacos estilhados, papis picados.
Engavetados, mofados
O brasileiro
Cobrou resultado
Vergonha nacional
E segue afora.
Um fora da Lei.
Mais uma vez
Pega o ladro
Ele quer se safar
Do camburo
Pega o ladro
Vergonha nacional
E segue afora.
Um fora da Lei
Mais uma vez
Tenha certeza: o jornal sabia
E a sua tia, tambm.
O seu melhor amigo
Com certeza acoitou
O Brasileiro viveu a fantasia
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Coletnea de Letras Musicais
100
Que o pas poderia mudar
Por um dia
Vergonha nacional.
E segue afora.
Um fora da Lei
Mais uma vez
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Letristas em Cena
..... 101
HINO DA ACADEMIA DE
LETRAS DO BRASIL
(Musicada por Vuldembergue Farias)
Sobre um brado pensamento glorioso
Na passagem do milnio ento surgiu
Agregando valores conquistamos
Academia de Letras do Brasil
Despertai-vos h tempo, vamos seguir.
Escreva seu verso, para o universo servir.
Tua tese, seu cntico, sua escrita, teu encanto.
Pelo bem da humanidade, por um novo porvir.
Avante, sempre vamos escrevendo.
Tentando a humanidade, humanizar.
Na Ordem de Plato, despertando talentos.
Levante a Bandeira, vamos atuar.
Pela paz, pelo amor, pela evoluo.
Abrace o livro, a informao.
Desperte os talentos, e os pensamentos.
Atravs da escrita, eis a revoluo.
Diga no a fome e a misria
Plante arvore frutfera, sementes de feijo.
Projetando o futuro dos filhos da terra
Que breve vem pra colher este quinho.
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Coletnea de Letras Musicais
102
IMPOSTO MACABRO
(Reservada para Gustavo Godoy)
Cortei a maioria dos gastos
O oramento aos pedaos.
No d pra infringir a Lei
Preciso pagar os credores
Mas, no sei:
Se eu pago os impostos,
Ou se continuo a comer
Eu gosto muito do meu Ser.
Remdios! Remdios, mais remdios.
Meu corao precisa bater.
Nas minhas contas eu noto
Remdios, remdios, remdios.
Quarenta e oito por cento
De impostos.
Este o meu dilema
No foi a TV
Nem a geladeira
Muito menos o carro
Eu moro num beco
E ando a p
No d pra infringir a Lei
Preciso pagar os credores
Mas, no sei:
Se eu pago os impostos,
Ou se continuo a comer
No h remdio pra se viver
No h remdio, pra esquecer.
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Letristas em Cena
..... 103
No h remdio no SUS, vai ver.
Vai ver e comprove, faa a prova dos nove.
Se eu contar no vo acreditar
No passa na TV, nos jornais, nem na roda
de samba.
Mas vale a pena relembrar.
Eu era apenas uma criana
Que nem trana sabia fazer
Tudo o que eu fazia era plantar e colher
Na era do caf, tudo era mandado.
E quando o ano findava, o governo arrecadava.
Cinquenta por cento de todo mingau
Que eu tinha pra comer.
De gro em gro, mesmo sem razo.
No Palcio do governo pode conferir se quiser
Cada tijolo assentado parte do meu quinho.
S no ouo falar de onde veio
S no leio nos jornais de onde veio
Ningum comenta a realidade
S no ouo falar de onde veio
S no leio nos jornais de onde veio
S no ouo falar de onde veio
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Coletnea de Letras Musicais
104
INFERNO NO INVERNO
Foi-se o vero
Chegou o outono em sua palidez
Ouve um gemido distante, o sol se apagou.
Manh agonizante, estranhos flutuantes.
No eram troves, nem a chuva caia.
Sobre a terra abrasada, houve grande motim.
Crianas gritavam, por todo lugar.
Grvidas morriam em plena agonia.
O medo chegou bem perto de mim
Olhei para os lados, no compreendia.
Liguei a TV, no funcionava.
No tinha mais gua, nem energia.
No eram bandidos, nem o fim do mundo.
As prises abriam-se as portas
Os presos temidos voltavam s celas
Num passo ligeiro entre idas e voltas.
Tive sede procurei por gua.
Encontrei soldados da Fora Armada
Tentei falar com o governo do estado
Mas Braslia j estava calada
As prises abriram as portas
Para os homens de bem abrigar
Seus filhos e netos ainda pequeninos
Soldados estavam s beiras das fontes
Guardando as guas que haviam roubado.
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Letristas em Cena
..... 105
Notei que a morte ento se alastrava
E sem esperana, com sede eu sofria.
No mais que dez dias, j sem fora alguma.
Velei meu enterro, enquanto eu morria.
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Coletnea de Letras Musicais
106
LADRO DE GALINHA
Voc conhece o ladro de galinha
Que abriu um comrcio na rua ao lado
Ele passou quatro anos roubando
De galinha em galinha, ele fez um sobrado.
Adquiriu uma fazendo em Minas
Na praia construiu sua manso.
Comprou uma gata de estilo invocado.
De repente o povo resolveu acordar
De prontido a sondar o safado
E todo mundo comeou a gritar
Pega o ladro, mas tomem cuidado.
O cabra tem capanga e cunha forte
Bala de borracha e spray de pimenta
No difcil conhecer o pau mandado
Ele usa botina e farda cinzenta.
No sobrou cidado sem ser lesado
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Letristas em Cena
..... 107
MALANDRO
Malandro...
isso o que voc
No serve nem pra massagear os meus ps
Cansados...
Por tantos vai e vem na cozinha
Preparando, seu caf, seu jantar.
Enquanto voc...
D em cima da vizinha
Malandro...
Voc no serve pra nada
No trabalha, no estuda.
S pensa nas coxas das mocinhas
E no jantar, come as coxas da minha galinha.
Malandro...
Vou botar voc pra fora
E a, quero ver quem vai abrir.
A porta da casa pra voc dormir
Vou assistir de camarote
De olhar cabisbaixo, sentado em caixote.
A... Vai me pedir arrego
Tentar... Me convencer de que mudou...
Mas eu... No vou cair na armadilha
Pois malandro igual a voc
No passa mais na minha trilha.
Malandro!
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Coletnea de Letras Musicais
108
MEMRIAS DE UM CAIPIRACICABANO
(Declamado)
Este um pequeno trecho - guardo e prezo -
O verde lar dos bichos, borboletas coloridas.
Beija-flor encantado, beijando a flor do capim.
Bando de andorinhas riscando o cu nublado
Garas tranquilamente, cruzando o vu prateado.
A encantar querubins
Paraso que Deus criou, cheio de verso e cano.
Descanso de nossos filhos, a nossa roa de po.
Recanto de enamorados, calados com os ps no cho.
No se via aqui misria, nenhuma reclamao.
O cu estava na terra, e as estrelas sobre as mos.
Passaram por este trecho, homens de terras distantes.
No plantaram semente, mas espalharam corantes.
No criaram versos e rimas - sequer uma melodia
Roubaram nossas canes, sufocando a poesia.
Cantaram nossas canes - grande astcia -
Destruram um paraso pra provocar a angstia
Hoje o Caipira chora, memorizando o passado.
Belezas mui fulgurantes, que nada tinha de errado.
Falo do verde das matas, que deitavam nas cascatas.
Do tom que as pedras e as guas exibiam serenatas
Reclamam por no ouvir, o barulho das correntezas.
Que no velho engenho ecoava com muita delicadeza.
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Letristas em Cena
..... 109
Quando passam por estas bandas - frias e quebrantadas.
Lagrimas velam o penoso cho coagida a boca- A confessar o que extravasa em cada corao.
Onde os gringos navegaram, entre as colinas e os portos.
Navegam na lama quente, milhares de peixes mortos.
E neste trecho de pedras, caminha o triste Caipira.
Em meio s impurezas, movido pela incerteza.
Abandonado, o Caipira. Vive como alma penada
Passando fome e sede, sentado a beira de um rio.
Memorizando a paisagem. Do antigo Rio Piracicaba.
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Coletnea de Letras Musicais
110
MENSAGEM DAS CARAS PINTADAS
Gente! Somos gente. Nesta terra de Deus
Brasil! Ptria amada. Terra sagrada.
Somos gente implorando, os nossos quinhes.
Entre os mais de cento, e noventa milhes.
Se livre das drogas! Faa como eu
Ame a si prprio corra atrs do que seu.
Se livre dos reis, que esta terra de Deus.
Raa de gente, gente valente.
Cara pintada, cara amarrada.
Cara de fome, cara drogada.
Cara de raiva, cara forjada.
gente sofrida, buscando na vida.
Po e guarida, de cara pintada.
Esconde o rosto, por que tem vergonha.
A noite anda e de dia sonha.
Esperando do cu socorro e perdo.
Onde tudo limpo no existe po.
E ainda deve pra sociedade.
Uma vida de satisfao.
Se bater na porta do rei ele grita:
- Sai daqui malandro! Trabalhar bom.
Mas no do emprego pro tal cidado.
Gente valente vira cara pintada.
Busca socorro na maior perdio.
Envolve-se nas drogas, e vira ladro.
Misria que queima a mente e a alma.
Seca o corpo e traz desespero.
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Letristas em Cena
..... 111
Vai cegando gente de cara pintada.
Que obrigado, assumir todo erro.
Saia da roubada, isso confuso.
Ningum te entende, o se ta na priso.
Caia na real, voc, voc, voc gente.
No faa cumprir a ordem do rei.
Levanta a cabea, e de sua mo.
A favor da guerra contra a corrupo
No oua o rei, ele folgado.
Ele no cheira, no injeta, no traga.
Envolve-te no vicio, por uma migalha.
Ele enche o bolso do seu rosto suado.
O seu fica furado, funde sua mente.
O rei vira passado, voc o presente.
Voc vira culpado, o rei o inocente.
No tenha medo seja esperto
Cheire uma flor e sinta o perfume.
Erga para o rei, um sinal vermelho.
Levanta tua cara, olhe no espelho.
Fuja da dor, encontre o amor.
No seja tolo, o rei seu pavor.
Ele bebe teu sangue, te enterra.
Vive mais que voc, muitas primaveras.
Usa gravata, carro importado, terno bom.
E voc drogado, ganha sete palmo de cho.
Pra voc no tem lei, ningum tem pena.
Quem te condena no tem corao.
o prprio rei que te da cama.
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Coletnea de Letras Musicais
112
Pra voc dormir deitado na lama.
O rei te ilude pra uma vida melhor.
Muda de cara, te prega moral.
E por baixo do pano te joga na pior.
Gente! Livre-se da iluso.
Devolva o troco pro seu inimigo.
Se livre do castigo dizendo no.
No se esconda na sombra do medo.
Que a vida passa e voc se acaba.
Sem saber por que viveu.
Ningum se importa se ler no jornal.
Na primeira, pgina que voc morreu.
O prprio rei tomando whisky
Vai ironizar sorrir e dizer:
-Quem esse? Que bom! No foi dessa vez.
Este eu no o conheo! Graas a Deus
Agora eu quero ver, voc que ta assistindo.
Abrir espao na primeira pgina.
Contar para mundo que me viu sorrindo
Anuncie! Pe no seu jornal.
Trate a gente de igual pra igual
No quero ler que algum morreu.
Aqui quem fala um cara pintada
Saindo da roubada.
Graas a Deus
(Pea Teatral ensaiada na periferia. Apoio negado pelos
governantes). Um grupo de adolescentes envolvidos
sofreram em questo. (Na poca atual lamentvel a
situao dos jovens, na maioria)
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Letristas em Cena
..... 113
MISTRIO
Do meu jeito doce acontece
A todo vapor, em busca do amor.
Que traga, escurece, amanhece
E pro lado da cama se mexe
Querendo falar.
Tolices. Dos acordos, loucuras.
Acordes, leituras:
Bilhetes malvados
Da sua insanidade
Sou anjo da noite macabra
Voc me protege, no embalo.
Me faz delirar.
Me faz delirar
(Para a pea teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos, o
palco da vida. Aprovado pelo Ministrio da Cultura [Pronac
n 079 515]. A verba no foi liberada pelas empresas por
no constar na ficha tcnica artistas da grande mdia)
Lei Rouanet - A Lei n 8.313/91 permite que os projetos
aprovados pela Comisso Nacional de Incentivo Cultura
(CNIC) recebam patrocnios e doaes de empresas e
pessoas, que podero abater, ainda que parcialmente, os
benefcios concedidos do Imposto de Renda devido.
(Esta histria precisa ser mudada. Justia Social.
(Direitos iguais para todos).
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Coletnea de Letras Musicais
114
MUDEI A FORMALIDADE DO AMOR
(musicada por Vinne Decco)
E o vento levou
Meu nico verbo!
Amar! Amar!
Antes era o amor,
Nosso verbo predileto.
Eu amava, ele amava,
Amvamo-nos.
ramos dois em um.
Um para o outro
Dois sem terceiros.
Depois comeamos:
Se der vamos!
Hoje vou pensar,
Se ainda te quero.
Muitos verbos
Aproximaram-se
Invadiram
Dominaram
Hoje est assim:
Eu amei, adorei,
Louvei, me casei.
Vivi ,sofri ,cansei.
Pensei resolver.
Larguei e sumi.
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Letristas em Cena
..... 115
Voltei!
Acha! Pra que?
Um time de futebol?
Somente um artilheiro
Meu amor! Sem verbo.
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Coletnea de Letras Musicais
116
MUTILAO
Noto que o tempo no se importa
Vai passando pela minha porta
Devagar. ..
Eu corro e invento a minha vida
Se para uma estrada sem sada
Eu no sei...
Prefiro ficar. Delirando...
E sonhar...
No conheo mais a brisa mansa
Nem o sorriso da roseira em flor
No tenho encontrado a primavera
E o vero j se foi.
Devagar...
Passou a guerra e desconheo
O que chamam de cu e de luar
No me lembro de mais estrelas
Nem de mar.
Devagar...
Eu sonho ser aquela criana
Balanando firme a sua trana
Na esperana de encontrar.
Seu par.
Devagar...
Abrao a meu brinquedo e choro.
Quase sempre, eu sei no me engano.
A fome pontual e chega na hora do jantar
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Letristas em Cena
..... 117
Devagar...
Olho o po escasso sobre a mesa.
J no sei se quero mais rezar
Num instante noto que a pobreza
Paira sobre o ar.
Devagar...
Aguardo o momento
Pra ver os avies de guerra
Retirando nossa gua
Da terra
Devagar...
Submundo profundo
Nem seu quinho conseguiu.
Em troca da moeda forte
Venderam a alma do Brasil.
Devagar...
Eu corro e invento a minha vida
Se para uma estrada sem sada
Eu no sei.
Prefiro ficar delirando.
E sonhar...
Devagar.
Cabea maluca, a cuca explodiu.
Em troca da moeda forte.
Venderam a alma do Brasil.
Devagar...devagar...devagar...
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Coletnea de Letras Musicais
118
NO SOU INVENTOR DO MEU DESTINO
Alo irmandade. Chegam a irmos. Na paz.
No sou do mal. Sou pau mandado.
Menino desprezado. Que um dia sorriu
Nesta terra de ningum. Toda galera viu
Ouvir a quem? Fuji da escola eu no tinha mochila,
Lpis de cor. Nas cores do meu mundo
Pintei o sete, manchei.
No conheo meu pai, minha me morreu.
Minha tia me acolheu. E pra sobreviver
Ela me mandava pedir nos bairros nobres
Onde nunca a porta eu vi abrir
Com muita sorte eu conseguia fugir do camburo
Homens armados, atirando em todo lado.
Sem ao menos perguntar:
Quem voc? Cidado.
Mas eu falava: Sou da paz. Menino fujo.
Segura essa irmo! Voc ensina com perfeio.
Como se mira uma arma pra um cidado
Agora eu cresci, sai nos jornais, na primeira pgina.
Fiquei famoso. Pinto a cara pra ningum saber
Quando pego o jornal pra me ver.
Hipocrisia! Eu no nasci assim. Eu levo a vida
Que traaram pra mim. Chumbo trocado no di.
Dizem que sou chapado. Pera a, meu irmo!
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Letristas em Cena
..... 119
No quero matar. Mas, tambm no quero morrer.
Eu sou da paz, pego pra comer. Vendo pra ganhar,
Uso pra esquecer. Nesta rea no falta patro
H muito eu quero saber. Algum pode informar?
Fala ai sociedade! Onde arrumo um emprego legal
E uma faculdade.
Onde posso me curar? Procura-se um medico entendido
Sobre abandono, corpo e alma feridos.
Sobre hipocrisia, caligrafia fcil.
Que um crebro aguente
Com fome e cansao
Fala a doutor! Se h remdio pra esta dor?
Dizem que sou chapado.
Pera a, meu irmo!
No quero matar
Mas tambm no quero morrer
Eu sou da paz, pego pra comer.
Vendo pra ganhar, uso pra esquecer.
Nesta rea no falta patro
H muito eu quero saber. Algum pode informar?
Fala ai sociedade! Onde arrumo emprego
E uma faculdade.
Onde posso me curar
Procura-se um medico entendido
Sobre abandono, corpo e alma feridos.
Sobre hipocrisia, caligrafia fcil.
Que um crebro aguente
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Coletnea de Letras Musicais
120
Com fome e cansao
Fala a doutor! H remdio pra esta dor?
(Para a pea teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos.
Aprovado pelo Ministrio da Cultura [Pronac n 079 515].
A verba no foi liberada pelas empresas por no constar na
ficha tcnica artistas da grande mdia)
Lei Rouanet - A Lei n 8.313/91 permite que os projetos
aprovados pela Comisso Nacional de Incentivo Cultura
(CNIC) recebam patrocnios e doaes de empresas e
pessoas, que podero abater, ainda que parcialmente, os
benefcios concedidos do Imposto de Renda devido.
(Esta histria precisa ser mudada. Justia Social.
(Direitos iguais para todos).
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Letristas em Cena
..... 121
NOITE
Noite! Poema e cano
Rima de clera e dor
Divina noite de estrelas
Com negros cachos em flor
Amo-te! Tanto, tanto
Amo-te! Tanto, tanto
Amo-te! Tanto, tanto
Cada canto de seus encantos
Em todos os versos que so meus
Amo a paz que bela serena
Nos meus olhos a brilha.... ar
Os brilhantes que so seus
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Coletnea de Letras Musicais
122
OLHOS DE OURO
(musicada por Vuldembergue Farias)
Ouvi falar um dia, que a sorte no seria.
Um bem pra quem no tem - em si a alegria.
Jurei ento deixar, o vento me levar,
Com as folhas do jardim.
Na linha do pensamento
A minha ousadia
Voltou para ficar.
Mudei a cor da LUA, nas luzes do ALECRIM.
As folhas secas soltei
Saudando o verde sem fim
Onde caram, no sei.
Sobre asas, num sonho bem distante.
Sorrindo me peguei
Voando os horizontes
Procurando alegrias perdidas a fins
Meus olhos eram de ouro
Um vaso feito de touro
Guardando as jias pra mim.
No vou chorar, no vou.
No vou chorar, no vou.
No vou chorar, no vou.
No vou chorar, no vou.
O tempo que se foi
A runa que ficou
O tempo, que se foi.
No vou chorar. No vou.
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Letristas em Cena
..... 123
No vou chorar, no vou.
No vou chorar, no vou.
No vou chorar, no vou.
No vou chorar, no vou.
O tempo que se foi
A runa que ficou
No vou. Chorar, no vou.
No vou chorar, no vou.
No vou. Chorar...
No vou chorar, no vou.
Eu canto a minha liberdade
Eu dano com minha voz
Eu ando com minha coragem
Na veracidade do vento
No vento que corta o algoz
No vento que corta o algoz.
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Coletnea de Letras Musicais
124
PSSARO DA MADRUGADA
Canta, canta, passarinho, o terreiro est molhado.
Molha o bico, bate as asas, voa sobre meu telhado.
No v embora, no hora de partir.
Nunca pense em desistir, nem deixar o seu reinado.
Quando a chuva for embora, vou sair pelas estradas.
Levando minha viola, pra cantar pra minha amada.
Todo dia ela pergunta, para um belo beija-flor.
Onde anda o meu amor, pssaro da madrugada.
Canta, canta passarinho. Vem treinar comigo agora
Ensaiar pra serenata, mais uma cano de amor.
Vamos juntos nesta estrada, desafiar a escurido.
Cantar para o meu amor, vestida em linho bordado.
Canta, canta passarinho. Testemunha bem pertinho.
Um casal apaixonado. Construindo o seu ninho.
Vem cantar comigo agora, no demore j hora.
O padre espera na capela, o casamento foi marcado.
Canta, canta passarinho, testemunha deste amor.
Vem viver no meu telhado, ver um casal enamorado.
Amar sem preconceito, e ser feliz sem sentir dor.
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Letristas em Cena
..... 125
PIRADO
Chega de horrio gratuito no Rdio e na TV
Ele quer fama, quer mina, quer grana.
Eu no preciso mais de tempo pra pensar
J sou velho na cor dos cabelos
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero voc, pra me escutar.
Eu sou viajado, pirado, tatuado.
Livre do medo, de pesadelo, e iluso.
Eu canto pra espantar a morte
E minha sorte no viajar de avio
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero voc, pra me escutar.
No tampo o sol com a peneira
Nem canto mentira de babo
Eu quero ver os ratos de esgoto
Na classe operria deste cho
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero voc, pra me escutar.
No quero mais ouvir baboseira
Se o prato do dia capito
No brinque com a cafeteira
Ela no faz bola de sabo
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
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Coletnea de Letras Musicais
126
E quero voc, pra me escutar.
No trance a trilha da sorte
Ratos de encruzilhada
Se eu cruzar teu caminho
Vo ficar sem estrada
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero voc, pra me escutar.
Afrouxa o cinto e requebra
Pare de torrar minha grana no ar
Devolva minha primeira idade
Que vou te ensinar a mamar
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero voc, pra me escutar.
Ele quer fama, quer mina, quer grana
No preciso mais de tempo pra pensar
J sou velho na cor dos cabelos
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero voc, pra me escutar.
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Letristas em Cena
..... 127
PIRATARIA
Rock (reservada para Gustavo Godoy)
onda, fato, rastro, trapaa.
Entregues ao lu, com admirao.
o bolso que apia, o corte real.
Implica na fama, do bem e do mal.
Botam culpa no diabo
Mas fazem tudo igual.
Sem timidez, sem alma e razo.
Virou ponta de estoque
Do norte ao sul, abrindo barreiras.
Na c